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A gestão dos recursos humanos é uma prática que surgiu com o desenvolvimento de
actividades empresariais ao longo da evolução das sociedades humanas e a sua evolução
começou-se a se verificar desde o trabalho manufactureiro nos anos 1600 a 1700 depois de
Cristo na produção de bens e serviços em pequenos grupos de trabalhadores.
Durante a revolução industrial na Europa e mais tarde na América do Norte, e com o
aparecimento das primeiras máquinas industriais, houve a necessidade de se sair do trabalho
manufactureiro e optar-se pelo sistema de produção de bens e serviços em máquinas o que,
substituiu também o trabalho em oficinas que era antes realizado na época da manufactura e
passar-se ao trabalho nas fábricas, aparecendo a necessidade de se aumentar o número do
pessoal para operar as máquinas, o aparecimento de normas, regras e procedimentos de
funcionamento, controlo do pessoal e monitoria do trabalho realizado na organização.
Essa inovação fez surgir nos finais da década de 1920 e início da de 1930 a teoria das
relações humanas formulada por Elton Mayo e Fritz Roethlisberg, defendendo que a
satisfação do homem no trabalho tornava-o mais produtivo e a organização mais eficaz nos
resultados de produção de bens e serviços para a sociedade e, depois da II Guerra Mundial
aparece a teoria comportamental ou behaviorista defendida por Chester Bernard, Mary Parker
Follett e Paul Simon, defendendo que o comportamento do indivíduo afectava o
funcionamento organizacional e que a organização moldava o comportamento do indivíduo
em interacção com a sua tarefa o que fez com que a gestão dos recursos humanos passassem a
ser exercida pelo pessoal das Secretarias dos Serviços Sociais criadas nas indústrias para
cuidar das necessidades sociais dos trabalhadores e dos seus interesses individuais e hoje, essa
função é exercida pessoal altamente profissional e com gestores de linha especializados.
A evolução e desenvolvimento do conceito da gestão de recursos humanos e gestão de
pessoal obedeceu a etapas tais como: surgimento de secretarias dos serviços sociais (1915-
1920) para a criação de condições e qualidade de vida e para responder as demais
necessidades sociais dos trabalhadores; administração dos recursos humanos ou de pessoal
(1930) com intuito de realizar actividades das secretarias dos serviços sociais e apoio à gestão
no recrutamento do pessoal, formações básicas e abertura de processos individuais do pessoal;
gestão de pessoal (1940 e 1950) com intuito de realizar todo o trabalho do pessoal da
organização; gestão de pessoal (1960 e 1970) com funções ligadas a gestão e
desenvolvimento organizacional, formação regular do pessoal e planificação do trabalho,
numa primeira fase e, mais tarde, passou a desempenhar funções ligadas a selecção do
pessoal, formação contínua e avaliação do desempenho dos recursos humanos das
organizações; gestão dos recursos humanos (1970 e 1980) com a ideia de se praticar o
empreendedorismo nas instituições do Estado e; gestão de recursos humanos (1990 até aos
dias de hoje), onde se focaliza o trabalho em equipa, formação contínua no trabalho,
iniciativas de qualidade total do trabalho.
O desenvolvimento do conceito de Gestão de Recursos Humanos conheceu diversas
fases e foi sempre acompanhado por teorias de grandes pensadores norte-americanos. Esse
conceito começa a ser estudado nos anos 1600 depois de Cristo, quando começam a ser
organizados trabalhos nas organizações com a utilização do trabalho manufactureiro em
oficinas.
Com a revolução industrial que iniciou em alguns países europeus surgem máquinas
para facilitar o trabalho que era antes manufactureiro, passando a se trabalhar em indústrias e
houve a necessidade de mais recursos humanos para operar as máquinas o que, fez com que
ao invés de os gestores se preocuparem com a gestão de pessoas, passaram a se preocuparem
com a gestão de recursos humanos, existindo a necessidade de se criar as políticas,
procedimentos e normas de relacionamento entre os recursos humanos para com a
organização. Deste modo, a gestão dos recursos humanos vem ganhando grande importância
para o melhor funcionamento das organizações em todo o mundo e, ajuda na melhor gestão de
entradas dos demais recursos nas organizações, no respectivo processamento e na saída de
bens e serviços para o ambiente externo das organizações.
Sem a gestão de recursos humanos as organizações não existiriam pois, não haveria
nenhum modo de produção e, uma boa gestão de recursos humanos inclui a gestão de horários
laborais, definição de tarefas, segregação de funções, indicação de tarefas e remuneração pelo
trabalho realizado.
Walt Disney
Alguns autores referem que na origem do que se viria a designar por “Função Pessoal”
estão os chamados Welfare Officers, funcionários encarregados de zelar pela melhoria das
condições de trabalho e de alojamento e pelo apoio aos trabalhadores doentes ou mais
necessitados. Por essa razão se pode afirmar que, quer nos Estados Unidos da América
(EUA)quer na Europa, a “Gestão de Pessoal” remonta ao século XIX, muito associada à
garantia de boas condições de vida laboral e pessoal dos trabalhadores. O papel dos Welfare
Officers correspondia, em larga medida, ao de uma «almofada social», capaz de amortecer a
grande conflitualidade existente entre o empregador e os seus empregados. Numa perspectiva
crítica, o seu papel pode também ser visto como uma tentativa de garantia e manutenção de
baixos salários a troco de alguns benefícios sociais permitindo, ainda, limitar a influência
sindical no interior da empresa. (Cabral-Cardoso, 1999 e Carvalho, 1998).
Embora o aparecimento de uma secção de pessoal nas empresas possa ser referenciado
ainda no século XIX, foi apenas a partir do início do século XX que esta assume um carácter
de maior funcionalidade e importância.
Na década de 80, resultado de diversos factores que marcaram os anos 70, como a
globalização, a desregulação e as rápidas mudanças tecnológicas exige-se, por parte das
empresas, um planeamento estratégico, ou seja, um processo de antecipação das mudanças
futuras e do alinhamento das várias componentes da organização, de forma a promover a
eficácia e eficiência organizacional. Assim, embora os aspectos técnicos da administração de
pessoal tradicional fossem ainda uma componente integral da GRH tradicional, a formulação
e implementação estratégica transformam-se no seu paradigma dominante.
A GRH é vista, pela primeira vez, como um agente de ajuda às empresas para a
realização dos seus principais objectivos (Lawler, 1999).
A permuta do nome Gestão de Pessoal para o de Gestão de Recursos Humanos não foi
uma mudança consensual por parte dos gestores de pessoal, como refere Cabral-Cardoso
(1999). Como afirma Moura (2000), do ponto de vista conceptual, a designação GRH que
evoluía a partir do conceito de Gestão de Pessoal “está longe de constituir um campo de
conhecimentos estabilizado e aceite na literatura”. Carvalho (1998) argumenta que a essência
do processo de evolução está no facto dos trabalhadores passarem a ser vistos como um
recurso a valorizar e não apenas como um custo a minimizar, sendo considerados como um
dos factores competitivos da organização. Torrington e Hall (1995) caracterizam a Gestão de
Pessoal como sendo orientada para os empregados, enquanto a GRH seria mais orientada para
a gestão. Beaumont (1993) considera a GRH como a continuidade da Escola das Relações
Humanas, enquanto outros argumentam que existem poucas diferenças entre a Gestão de
Pessoal e a GRH.
Legge (1995) ao analisar as diferenças entre a GRH e a Gestão Administrativa de
Pessoal reflecte sobre os modelos normativos das duas perspectivas, concluindo pela
existência de fortes similitudes entre ambas. Porém, refere que existem três diferenças
fundamentais que parecem distinguir a GRH da Administração de Pessoal, assim:
- a GRH tem uma perspectiva integrada da gestão das pessoas, o que exige uma visão
mais vasta da organização e uma compreensão de todas as dimensões e conceitos do
comportamento organizacional, como a cultura e estrutura, ao invés de se limitar a um
conjunto de técnicas, mais ou menos sofisticadas, mas que não formam um corpo conceptual
coerente e global, como acontecia na gestão de pessoal;
A novidade mais relevante introduzida, na década de 80, foi a nova visão dos recursos
humanos considerados como um investimento organizacional pela primeira vez e não como
um custo, considerados como tal até final da década de 70. Inicialmente chamaram-lhe Gestão
de Pessoal e nos anos 80, Recursos Humanos, ou seja, a passagem da utilização das
expressões Pessoal, Direcção de Pessoal ou Função Pessoal, para Recursos Humanos,
Direcção de Recursos Humanos ou DRH, partindo do princípio que “Recursos Humanos é
estratégico; Pessoal é operacional”. Logo estamos perante práticas distintas de gestão de
pessoas. Segundo esta distinção, a GRH passa a estar integrada na gestão estratégica, faz o
alinhamento claro com as novas concepções da gestão global e do funcionamento das
organizações e adopta uma perspectiva de individualização relativamente às pessoas na
organização. Desde então, está mais envolvida no negócio global, mais proactiva e integrada
na gestão e não apenas implicada na satisfação dos trabalhadores, nas suas necessidades de
trabalho e na resolução dos seus problemas.
Segundo Keating (2002), o desenvolvimento da DRH pode também ser visto como
intimamente ligado à evolução das relações de trabalho na organização. A sua legitimidade
derivaria, principalmente, da maior ou menor capacidade para lidar com as incertezas
provenientes das relações entre os grupos divergentes da organização. Segundo esta corrente,
até ao final dos anos 70, a DRH limitava-se a processar salários e a dar respostas de carácter
administrativo às exigências legais em vigor. As pessoas eram admitidas, geralmente sem
critérios de selecção e procurava-se enquadrá-las nas funções, valorizando-se a disciplina e a
eficiência. A partir da década de 80 inicia-se um novo tipo de relacionamento com os
trabalhadores e muitas empresas criaram, pela primeira vez, os seus órgãos de RH. Os
procedimentos de selecção melhoram, gerem-se as remunerações com preocupação de
equilíbrio interno e externo e a formação profissional começa a ter alguma expressão. Em
resposta a estas reclamações de salário igual para função igual, começa-se a falar em
avaliação de mérito e mais tarde em avaliação de desempenho.
Com este novo contexto, assiste-se a fortes mudanças na natureza das funções dos
gestores de pessoal, ou seja, as limitadas preocupações com as actividades meramente de
natureza administrativa são alargadas para preocupações mais centradas no desenvolvimento
dos recursos humanos da organização, especialmente preocupações com a motivação,
envolvimento, empenhamento, flexibilidade e competências nucleares dos empregados. Hoje,
o que destaca a Gestão Estratégica de Recursos Humanos (GERH) da sua perspectiva mais
tradicionalista é a detenção de recursos humanos dotados de características profissionais que
permitam à organização demarcar-se da concorrência. Esta demarcação define-se pela posse
de competências difíceis de imitar, garantindo-lhe a vantagem competitiva de que necessita
para se afirmar no contexto de mercado global que caracteriza as últimas décadas do século
XX. Daí a aproximação da FRH aos centros de decisão estratégica das empresas ser cada vez
mais forte. Alguns autores sintetizam que as ideias centrais da GERH poderão, assim, ser
agrupadas em torno dos movimentos de descentralização de tomada de decisão e de
centralização nas competências–chave, que caracterizam o mundo moderno da actividade
organizacional. A última década tem sido generosa em produzir uma série de práticas de
gestão destinadas a, por um lado, atribuir cada vez mais tarefas e responsabilidades aos
indivíduos colocados nas bases da organização e, por outro, concentrar os esforços da
organização nas competências em que ela é realmente especialista, libertando-se das
competências periféricas. Importa, contudo, referir que se por um lado existem vantagens que
passam por uma maior implicação e motivação dos colaboradores, pois estes são chamados a
participar em algumas das decisões da sua empresa verificam-se, igualmente, na GRH actual
algumas desvantagens, particularmente esta vê-se destituída de algumas das suas
responsabilidades transferidas, na sua maior parte, para uma contratação em regime de
outsourcing (Gomes e Cunha, 2003).
Assim, a nova FRH não se pode limitar a procurar a adequação às exigências de curto
prazo, mas deve pensar em necessidades de médio e longo prazos, com o intuito de assegurar
o êxito dos projectos da empresa e de se prevenir contra os riscos de uma inadequação das
competências na relação com as novas exigências de trabalho. Este entendimento permite
atribuir à GERH um novo papel, agora totalmente integrado com o resto da organização.
No geral, as grandes ideias associadas às transformações da FRH, nos anos 90, foram
segundo alguns autores:
iv. Criar organizações mais flexíveis, achatadas e mais complexas (em termos de
produção, recursos, …);
É a fase inicial do preenchimento de uma vaga em aberto, dando subsídios à Seleção. Pode
ser feito atraindo profissionais já contratados pela empresa em outros cargos (Recrutamento
Interno) ou buscando-se candidatos sem vínculo com a empresa no mercado de trabalho
(Recrutamento Externo) (LIMONGI-FRANÇA; ARELLANO, 2002).
A atração interna tem como benefícios (PONTES, 2008; LIMONGI-FRANÇA; ARELLANO, 2002):
A atração de talentos é um tema cada vez mais relevante para as empresas e equipes de
Recursos Humanos. Fazer com que uma marca empregadora esteja presente na mente dos
principais profissionais do mercado é indispensável para organizações que queriam disputar
(ou manter) a liderança dos segmentos em que atuam.
Boas contratações impactam diretamente nos negócios. Estudos, autores, gurus e empresas
do mundo todo, como Seth Godin, McKinsey, Delloite, Jim Collins e Gary Hamel, vêm
provando de forma cada vez mais clara como a capacidade de atrair boas pessoas está
diretamente relacionada com o desempenho das principais empresas do mundo.
O talento parece ser cada dia mais indispensável e não é para menos. Dá para imaginar um
negócio evoluindo sem as pessoas e competências que ele precisa? O problema é que a “Era
do Talento” trouxe consigo uma competição acirrada por pessoas, e entender como é o
processo de escolha delas é um dos grandes desafios das empresas atualmente. Nesse
material você encontrará algumas informações relevantes sobre o tema:
RETENÇÃO DE QUADROS
Percebe-se que reter talentos é fundamental para diminuir gastos com recrutamento,
selecção e treinamento, além de proporcionar estabilidade aos colaboradores, porém nem
todas as empresas ainda conseguiram enxergar esse tema por esse prisma.
[...] hoje não é mais tão importante reter talentos na organização. Possuir talentos é apenas
uma parte da questão. O mais importante é o que fazer para que estes talentos sejam aplicados de
maneira rentável, ou seja, como aplicar esses talentos no sentido de obter elevados retornos desse
precioso capital humano. (CHIAVENATO 2005, p.4)
Percebe-se que reter pessoas vai além de um objectivo e sim uma consequência
perfeita se as organizações possuírem uma boa gestão e reconhecer que a única maneira das
empresas prosperarem é através da fidelização e retenção dos colaboradores potenciais,
através de medidas eficientes, como reconhecimento e capacitação constante. Vê-se que o
fator humano no mundo contemporâneo deve-se ser mais valorizado do que mesmo a
tecnologia, sendo assim, é relevante que as empresas utilizem de subsidio para reter seu
capital e consigam ter um diferencial. Rowh (HSM Management, 2008, vol. 12, nº67 p.138)
afirma que “Quando atraímos pessoas maravilhosas e as retemos, criamos uma vantagem
competitiva para nossos negócios”.
Chiavenato (2004, pg. 15) diz que “processos de manter pessoas, são os processos
utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as actividades das
pessoas”. Todo ser humano tem por necessidade o reconhecimento e não é diferente com a
pessoa talentosa. Sendo reconhecida e recompensada com certeza esse talento irá avançar
cada vez mais e será retido pela organização em que presta seus serviços contribuindo com
suas qualidades, como afirma Chiavenato (2010, pg. 209): “Contudo, atrair, reter e utilizar
talentos não é mais suficiente”, é necessário também saber recompensar, desenvolver e
monitorar sua actuação.
Ulrich (1999, p. 29) afirma que tal como as equipes esportivas recrutam
agressivamente os melhores atletas, as organizações empresariais no futuro competirão
agressivamente pelo melhor talento. Cumprir com os direitos dos trabalhadores, darem
condições de trabalho e respeitar sua cultura é importante, mas é preciso muito mais, é
necessário que a empresa invista no potencial do seu capital humano tanto profissionalmente
como pessoalmente.
A empresa socialmente responsável está sempre atenta a todos esses fatores, além de
ter um bom relacionamento com seus profissionais, para que esses se sintam a vontade e
satisfeitos na organização que prestam seus serviços.
Dinheiro satisfaz num primeiro momento, depois disso é preciso mais, como
valorização, benefícios, boas condições de trabalho, motivação, valorização são alguns dos
fatores que agregam a permanência de talentos nas organizações.
Pércia, Sita apud Lombardo (2013, p. 18) diz que: a oferta de bons salários e
benefícios contribui para a permanência de profissionais talentosos, mas existem fatores ainda
mais determinantes para gerar motivação, aumentando de forma significativa o diferencial
competitivo para retenções de talentos nas empresas políticas internas de valorização do
profissional; a utilização de metodologias de trabalho cooperativo, bem como a adoção e
valorização de atitudes respeitosas e agregadoras de competências por parte da liderança.
Entretanto, para que a gestão de talentos seja eficiente e eficaz, estimular e garantir um alto
nível de motivação é tão importante e necessário quanto prevenir e minimizar a desmotivação
individual e coletiva.
O mais importante é o que fazer para que esses talentos sejam aplicados de maneira
rentável, ou seja, como aplicar esses talentos no sentido de obter elevados retornos desse
precioso capital humano. Isso significa preparar e motivar talentos para um contínuo
crescimento e desenvolvimento profissional e abrir oportunidades para que eles alcancem
sucesso.
Já para Ruiz (2000), talentoso é o profissional que faz um bom trabalho, e que independente
da sua experiência profissional, normalmente sendo um quociente de inteligência superior ao
da média e oferece resultados em pouco tempo. Os talentos são aqueles que expõem a sua
criatividade e que está sempre a procura de novos desafios.
De acordo com Inácio (2008), a expressão talento faz com que se reporte aos tempos antigos, onde
para os povos hebreus, gregos e romanos, o talento era entendido como uma unidade de peso,
passando a tornar-se uma unidade monetária, em virtude da troca de metais precisos por esse peso.
Depois de passados muitos anos, o talento continua sendo visto como uma moeda, já que as
organizações, buscam adquirir e multiplicar seus talentos humanos a fim de serem bem-sucedidas e
lucrativas, pois somente assim conseguirão permanecer no mercado com elevado grau de
competitividade. Os talentos são exigências da globalização e as empresas necessitam da presença
deles para que alcancem o sucesso almejado.
Para Lima (2007), uma pessoa talentosa consegue influenciar outros colaboradores fazendo com que
eles se sintam mais seguros a fazer o seu trabalho, pois sabem que ao lado deles o resultado é
garantido. Com isso, o talento é necessário e faz diferença dentro de uma organização.
Afirma Chitero (2010), que a presente época, considerada era da informação, faz com que as
organizações, embora necessitem de habilidades manuais, estejam sempre em busca de
fornecedores cerebrais, valorizando ainda mais as atividades do cérebro. É uma intensa procura por
pessoas criativas, íntegras, autocríticas, flexíveis, que tenham iniciativa, capazes de aprender de
forma contínua. As organizações não estão buscando apenas competências técnicas; mas acima de
tudo, os aspectos qualitativos das pessoas, para que se tenham cada vez mais variedade de estilos,
comportamentos e qualificações dentro das empresas.
Conforme Ruiz (2000), a pessoa talentosa não procura o emprego é a organização que busca
por ele. Ela é bastante procurada e muito concorrida, dificilmente o talento fica algum tempo
sem trabalho.
Para Chitero (2010), atualmente, as empresas têm como maior desafio transformar seus
colaboradores, desenvolvendo-os e estimulando-os, para que possam ser capazes de garantir
os resultados da organização, e de alcançar o sucesso não basta só atrair e desenvolver, é
necessário reter tais talentos, e isso torna-se possível através de investimentos em
treinamentos, cursos, e possibilitanto a chance de darem sugestões, o que os incentivará a
serem criativos.
Pavan (2008) diz que muitas empresas ainda procuram a forma correta de reter talentos,
porém devido a suas diferenças esquecem de montar seu próprio plano estratégico para a
produção. Há alguns artifícios que podem ser seguidos, como o objetivo de evitar a migração
de seus talentos e colaboradores. Uma das formas de descobrir motivos pelos qual o
colaborador está se desligando da empresa é através da entrevista de desligamento, pois
quando bem feitas podem fornecer informação da qual a empresa desconhecia.
Para Buffon (2010), o processo de reter talentos já não é mais uma diferenciação e sim uma
questão de sobrevivência organizacional. Isso remete ao fato de que a vantagem competitiva
pertencerá às organizações que souberem atrair, desenvolver e reter seus talentos. Atualmente,
não são mais os bens físicos que indicam o sucesso; a capacidade de cultivar talentos decide
se uma empresa ganhará ou perderá.
Reichheld (2002) diz que as empresas de sucesso têm de vencer a guerra pelo talento
recrutado e retendo os funcionários mais capazes. A competência, porém não é a dimensão
que mais interessa esses líderes, porque pode ser avaliada com facilidade e desenvolvida por
meio do treinamento e da educação, sobretudo se os candidatos tiverem as aspirações e
atitudes corretas. Existem líderes que buscam além de aumentarem os padrões de desempenho
da empresa, também desenvolver planos de carreira do tipo up-or-out (cresça ou saia da
empresa), tornando mais difícil que o colaborador se acomode a sua função, pois a cultura de
alto nível de empresa não tolera mediocridade e nem comportamento egoísta.
De acordo com Wlesel (2010), uma organização somente conseguirá reter seus talentos a
partir do momento em que perceber que seus colaboradores precisam sentir-se motivados para
que permaneçam na empresa em que se encontram; e isso acontece, posto que eles possuem
necessidades que precisam ser supridas, sendo elas: a possibilidade de crescimento,
desenvolvimento e realizações; reconhecimento na família, na empresa e na comunidade;
poder e sucesso. Logo, é de suma importância que as organizações entendam o que é a
motivação, e como ela se dá na vida de um colaborador, e assim se colocarem como um meio
para que as pessoas possam alcançar seus sonhos. Para isso, é preciso que as organizações
criem ferramentas a fim de que isso ocorra.
Ainda segundo o autor (op. cit), compreende-se que as organizações devem buscar no
mercado, profissionais que tenham sonhos, ambições, que desejem crescer, busquem o
sucesso profissional e pessoal, posto que assim elas se coloquem comprometidas em oferecer
condições e oportunidades para que tudo isso seja realizado.
Para Saviani (1997), ter o conhecimento dos planos de crescimento para os próximos meses
ou anos, saber que vai passar a conhecer novas tecnologias, novos mercados, às vezes novos
países dentro de um processo de intercâmbio comercial tornou-se fator motivacional incrível
para um colaborador de talento.
O talento está substituindo o capital financeiro como recurso estratégico fundamental. A vantagem
competitiva e a criação de valor decorrem cada vez mais da alavancagem do capital humano –
idéias, expertise e relações que existem dentro da organização. (KURTZMAN, 2004, p. 186)
O autor Chiavenato (2004) entende que o processo de retenção de talentos, contribui para que
o colaborador perceba a sua importância dentro do contexto da organização, possibilitando a
participação no desenvolvimento da organização, ciente das mudanças organizacionais,
deixando de ocupar o lugar de mero espectador.
Segundo Inácio (2008), com o intuito de reter talentos, as empresas devem observar se estão
dando as seguintes oportunidades aos seus colaboradores: realização; reconhecimento;
progresso; prazer pelo que estão fazendo; desenvolvimento pessoal e responsabilidade.
Portanto, o desenvolvimento organizacional, alcançará o resultado esperado a partir do
instante em que as organizações passarem a investir no talento humano. Pode até ocorrer que
por um dado momento a empresa exerça boas práticas utilizando-se de artifícios que tornem
mais fácil o procedimento de produção ou de otimização de tempo, no entanto, um líder não
conseguirá por muito tempo seguir com seus processos, sem realizar o desenvolvimento e a
retenção dos talentos de sua organização.
Gramigna (2007) afirma que o melhor investimento de uma organização é quando se contrata
um colaborador. Se ao adquirir equipamentos com avanços altamente tecnológicos, a
organização deve adquirir conhecimentos a respeito deste equipamento para poder operá-lo
corretamente e para que o mesmo ofereça o resultado esperado, o mesmo também deve ser o
comportamento do administrador quanto aos talentos humanos inseridos em sua empresa,
onde é preciso que a organização passe a conhecê-los de forma que este relacionamento faça
com que estes talentos sejam desenvolvidos de forma plena, a ponto de alcançar todos os
objetivos traçados pela empresa. Um colaborador verdadeiramente comprometido com os
objetivos de uma organização pode representar no aumento da produtividade.
Souza (2008) explica que quando uma empresa procura do talento muitas vezes ela acaba
envolvendo alguns empregados na missão, são os chamados Headhunter ou caça-talentos,
essas pessoas são responsável por analisarem e identificarem um talento para que estejam na
empresa e assim quando conseguem realizar a missão muitas vezes são gratificados e até
recompensados financeiramente por isso. O lado positivo disto é a participação, o
envolvimento, o comprometimento com esse trabalho na busca de talentos.
De acordo com Chiavenato (2004), uma pessoa que está inserida no quadro de colaboradores
de uma organização, deve ser dotada de comprometimento, pois é por meio deste que se torna
possível o estabelecimento de uma relação de confiança. E, para manter esta parceria é
necessário manter uma boa comunicação entre os seus colaboradores, se preocupando com
uma comunicação clara, onde os objetivos definidos e a avaliação permanente do
desenvolvimento dos talentos na organização sejam comunicados de maneira esclarecedora,
pois assim, a empresa além de impressionar o ambiente externo, também terá uma equipe
satisfeita de trabalho dentro de sua realidade. E, é por meio desta prática, que faz com que a
organização crie um forte laço com um de seus maiores clientes, que são os internos.
Arruda (2009) afirma que a empresa que investe em seus talentos oferecendo-lhes boas
condições de trabalho terá como retorno alta produtividade, competitividade e maior
rentabilidade. Assim, o endomarketing surgiu para fortalecer as relações entre empresa e
colaboradores, e enrijecer dentro do ambiente organizacional a noção de cliente, afinal, tanto
os clientes externos quanto os clientes internos, são a base para o amparo das organizações.
A mão de obra humana jamais será substituída pelas máquinas por mais que essas
exerçam suas funções com exímia destreza, pois, onde tem uma máquina que trabalha tem
uma pessoa que a opera, alguém com sentimentos, com objetivos, ideais, e principalmente que
acredita na organização para a qual trabalha sempre dando o melhor de si cooperando para o
crescimento e desenvolvimento da mesma.
Com tudo isto se assegura que os recursos materiais, financeiros e tecnológicos sejam
utilizados com eficiência e eficácia. E as pessoas passam a significar o diferencial competitivo
que mantém e promove o sucesso organizacional, elas passam a construir a competência
básica da organização, a sua principal vantagem competitiva em um mundo globalizado,
instável, mutável e fortemente concorrencial. Chiavenato (2004, pg. 4).
O capital financeiro é essencial para o bom andamento das empresas, mas é preciso
muito mais que isso, é preciso o capital humano, ainda mais sendo ele um talento dentro das
organizações. Hoje o cenário mudou e a valorização das pessoas está cada vez mais em
evidência, comprovado em estudos a importância delas dentro do ambiente organizacional.
Agregando valor nos processos e serviços prestados, com essa valorização todos em
ganhá-la principalmente a empresa retentora dessa mão de obra humana, como explana
Pércia, Sita apud Lombardo em sua obra:
Para evoluir no seu contexto de atuação, as empresas têm a disposição muito mais que
seu capital financeiro. De acordo com as teorias e estudos mais recentes, o que mais pode
gerar e agregar valor nos processos, serviços e produtos de qualquer organização é seu próprio
“capital humano”, constituído pelas pessoas que nela trabalham e por suas competências.
Estas competências resultam da integração e combinação variável de conhecimentos,
habilidades e atitudes, que podem ser em parte de origem genética e em parte adquiridas e
desenvolvidas ao longo das experiências de vida, aprendizado e relacionamento interpessoal,
em âmbito considerando-se seu valor Pércia, Sita apud Lombardo (2013, pg. 31).
Para Chiavenato (2010, pg. 125) “Reter talentos, no entanto, não é um desafio de mão
única”. É fundamental também que cada pessoa também faça a sua parte, demonstrando em
seu cotidiano as competências chave para os negócios. Com essa afirmação percebe-se que o
colaborador também precisa fazer sua parte, colocando em prática todo o seu talento para
contribuir com o sucesso da organização.
Por mais que as empresas invistam em tecnologias, o capital humano ainda é o mais
importante para o sucesso, as organizações que investem nos profissionais, ou seja, em
pessoas e que valorizam os colaboradores, tendem ao sucesso organizacional como relata
Cintra et., tal. (2011, p. 120): “Hoje, as organizações estão se equiparando tecnologicamente,
mas o que as distâncias, diferenciando-as umas das outras, são as pessoas, consideradas
CAPITAL INTELECTUAL e primordiais para o sucesso organizacional.”.
Identificar e reter o capital humano nas organizações não é tarefa fácil, porém, perder
esse profissional para a concorrência é prejuízo duplo, pois, além de ter um talento a menos
para colaborar com o sucesso da empresa, essa pessoa irá trabalhar para o adversário, levando
consigo todo o aprendizado adquirido e a empresa precisará repor esse talento que em alguns
casos não será tão eficiente como o perdido. Essa concorrência poderá ser vista positivamente
no sentido agregará valor à mão de obra.
Em mercados que são competitivos por qualificações escassas, pessoas e grupos serão
cortejados e seduzidos. Em uma empresa comercial, perder um ativo vital para um competidor
é um prejuízo duplo, somente não teremos o benefício, como ainda poderia trabalhar
ativamente contra nós. Alguns dizem que, quanto mais concorrentes estiverem tentados a
contratar o seu pessoal, maior será o conceito externo sobre o valor do capital humano da
empresa. Mayo (2003, p. 101).
Nos dias de hoje podemos dizer que as pessoas estão se tornando o ativo mais
importante das Organizações, isso se deve a capacidade do ser humano ser o único elemento
passível a desenvolvimento, treinamento e possuir desenvoltura para reverter situações
adversas.
Podemos perceber que as empresas que priorizam o capital humano estão alcançando
cada vez mais suas metas e superando-se, pois são as organizações que possuem uma política
criativa e através de sua própria cultura organizacional buscam sempre priorizar estas
filosofias.
Com isso, temos a certeza de que não adianta a organização agregar vários
profissionais inovadores, com visão de desenvolvimento estratégico, motivação pessoal e
criatividade, é necessário que exista uma cultura focada na descoberta destes talentos e uma
eficaz Administração de Recursos Humanos, para que deste modo desenvolvam-se e somem
valores para a organização.
Para Chiavenato, o capital humano é constituído das pessoas que fazem parte de uma
Organização. Capital humano significa nos ativos tangíveis e físicos, está rodeada com um
fenômeno inesperado, pois o valor talentos que precisam ser mantidos e desenvolvidos. Mais
do que isso, capital humano significa capital intelectual. Um capital invisível composto de
ativos intangíveis.
Com base no que diz Chiavenato, podemos dizer que a contabilidade tradicional, ainda
com sua preocupação baseada somente de mercado das empresas não está baseada mais
somente em seu valor patrimonial físico, mas de seus talentos através de projetos inteligentes
em sua gestão principalmente do seu capital humano e intelectual.
Falando-se em líderes e talentos, Cintra, et., tal. (2011, pg. 120) diz que: “No passado,
as organizações privilegiavam profissionais que apenas cumprissem normas e procedimentos
de trabalho previamente estabelecidos, pois questionamentos não eram permitidos e nem
necessários”. Hoje o cenário é outro, é preciso deixar de ser chefe para tornar-se líder, o
talento precisa de espaço e apoio dos superiores para poderem dar o melhor de si.
Stewart (1998, pg. 79) afirma que: “Os líderes precisam focalizar e acumular talento
onde necessário seja por meio da contratação ou do ensino”. Como sempre ocorre no caso do
capital intelectual, a ligação com a estratégia é fundamental.
Para o sucesso das organizações, é preciso ter líderes que saibam lidar de maneira
adequada com os talentos, pois esses são pessoas especiais, dotadas de competências. Por isso
é necessário gestores cada vez mais humanos e aptos a entender esses profissionais e os dar
liberdade de colocar seus talentos em prática.
Líderes eficazes sabem como identificar, reter e gratificar seus talentos, deixando-os
satisfeitos com seus superiores e com a organização, dando o resultado esperado nesse
mercado tão competitivo.
Pércia, Sita apud Lombardo (2013, pg. 22): Assim como manter talentos a empresa
deverá deixá-los satisfeitos no ambiente organizacional, essa tarefa poderá ser feita por
gestores qualificados e que estejam preparados para essas situações, pois, sabe-se que o
colaborador que trabalha satisfeito tem seu potencial melhor aproveitado.
Chiavenato (2004, pg. 396) diz: a organização viável é aquela que não somente
consegue captar e aplicar adequadamente os seus recursos humanos, como também os
mantém satisfeitos em longo prazo na organização. Pode-se definir que uma organização de
sucesso é a que tem líderes eficientes e que saibam usar essas ferramentas adequadamente
para satisfazer seus talentos para que possam dar o melhor de si para o sucesso da
organização.
FATORES QUE PODEM LEVAR À FUGA DE TALENTOS
Quais são as razões pelas quais os profissionais talentosos decidem deixar a empresa?
Muitos autores têm refletido acerca dessa questão e muitos fatores têm sido enumerados.
A perda de um colaborador pode trazer prejuízos à organização, pois ele leva consigo toda a
experiência e conhecimentos adquiridos durante o seu período de atuação na empresa,
gerando ainda uma lacuna no quadro de colaboradores que nem sempre é preenchida a
tempo e de modo satisfatório. Isso implica dizer que quando a instituição perde um talento
para o mercado perde também capital humano, bem como todo o tempo e os recursos que
foram investidos nessa pessoa. Nessa abordagem, Mayo (2003, p. 101) complementa que
“em uma empresa comercial, perder um ativo vital para um competidor é um prejuízo duplo
– não somente não teremos o benefício, como ainda poderia trabalhar ativamente contra
nós”.
Branham (2002) menciona os seguintes motivos que podem levar a perda de capital humano:
- não considerar seu trabalho importante ou achar que suas contribuições não são
reconhecidas e valorizadas;
O mesmo autor ainda lembra que dentro da organização podem ocorrer três tipos de abuso,
que também contribuem para a fuga de talentos:
1. Abuso sistémico, que ocorre quando uma empresa não está cumprindo suas promessas e
renega seus compromissos;
Lico (2011) reforça alguns aspectos que podem influenciar os talentos na decisão de
deixarem a empresa, tais como:
Em uma pesquisa divulgada pela Taleo Researh em 2009, verificou-se que noventa e sete por
cento dos diretores de empresas participantes disseram que o fator número um para a
vantagem competitiva e crescimento sustentável em longo prazo nas empresas é o acesso a
talentos e sua retenção. Esses dados alertam para o fato que a empresa que negligenciar
essa realidade em suas políticas de Recursos Humanos estará pondo em risco seu futuro no
mercado.
Parodi (2009) afirma que atualmente só sobrevive no mercado uma empresa que seja capaz
de identificar, desenvolver e reter seus talentos, já que essa política está intimamente
relacionada a aspectos econômicos, na medida em que se busca reter os profissionais cujos
resultados são satisfatórios para a organização.
Chiavenato (2003, p. 19) complementa essa assertiva ao colocar que “a organização viável,
do ponto de vista de recursos humanos, é aquela que não apenas 16 capta e aplica seus
recursos humanos adequadamente, mas também os mantém na organização”.
Diante dessa realidade, buscar-se-á então apontar algumas medidas que visem minimizar a
perda de capital humano, levando-se em consideração as relações estabelecidas no
ambiente empresarial e entre os indivíduos, as especificidades e o contexto dessas
organizações com o objetivo de evitar níveis de rotatividade que comprometam sua
viabilidade e saúde financeira.
Biondo (2005) lembra que nos anos sessenta Abraham Maslow, psicólogo e teórico das
relações humanas elaborou sua famosa hierarquia das necessidades, que trazia conceitos
hoje amplamente difundidos como motivação e sinergia bem como preocupação acerca dos
desejos subjacentes ao ser humano quando as necessidades fisiológicas estão supridas. A
existência e a manifestação de outras necessidades menos fisiológicas, como o sentido de
posse, o reconhecimento, a autoestima ou a auto-realização são inerentes ao homem e
devem ser levadas em consideração ao se planejar e implantar políticas de manutenção de
capital humano.
Um dos aspectos mais importantes da filosofia de uma organização é o que se relaciona com a
política de salários. O nível de salários é o elemento essencial na posição competitiva da organização
no mercado de trabalho, como nas relações da organização com seus próprios empregados.
Por outro lado, o mesmo autor (2003, p. 35) também enfatiza a importância da concessão de
benefícios nesse contexto e utiliza o termo Compensação para essa prática, que ele define
como: “[...] sistema de incentivos e recompensas que a organização estabelece para
remunerar e recompensar as pessoas que nela trabalham.” Desse modo, a compensação
envolve a remuneração sob todas as suas formas possíveis, nas quais os benefícios se
destacam como um diferencial nas políticas de Recursos Humanos.
Todavia, não existe uma forma ideal de gerir a remuneração e outros fatores têm
influenciado nessa prática e por vezes acabam tendo peso maior do que o salário em si
quando analisados de forma conjunta.
Pesquisas realizadas pelo Grupo Catho/ Carreira e Sucesso (2009) apontam que os
profissionais, via de regra, não têm como prioridade a remuneração, mas valorizam
perspectivas de crescimento dentro da empresa. O salário aparece em terceiro lugar. Há
preocupação com o desenvolvimento da carreira e aprimoramento do currículo. Esses
resultados também apontam outros itens que podem compor um pacote atrativo de
benefícios, como por exemplo: Stock Options, onde a empresa fornece ações aos seus
funcionários por um valor bem abaixo do mercado; empréstimo social, quando a empresa
empresta dinheiro sem nenhuma taxa de juros, ou com uma taxa simbólica; participação em
resultados; cursos tanto para aperfeiçoar o lado técnico como o comportamental do
funcionário; aluguel, supermercado, combustível e estudo dos filhos.
Vale lembrar que não basta apenas adotar certos benefícios, é necessário que haja critérios
técnicos para que não percam sua característica recompensadora e se tornem apenas mais
um item no cardápio oferecido ao colaborador. Nessa perspectiva, Gil (2006, p. 193-194)
salienta a importância de usar os benefícios com parcimônia ao afirma que:
tem sido comum em muitas empresas a concessão de benefícios em lugar de aumentos, como forma
de evitar a tributação. Não há dúvida de que constitui medida bastante adequada para a saúde
financeira da empresa. Todavia, quando essa política de benefícios não é bem orientada, pode
provocar no empregado a sensação de que não está recebendo um benefício, mas algo dado em
troca de um aumento de salário.
Além de remuneração competitiva e pacote de benefícios, outros fatores são essenciais para
uma política de Retenção de Talentos, tais como: cultura e imagem da empresa perante o
mercado; ambiente de trabalho saudável, com horário flexível e instalações adequadas;
motivação constante; possibilidade de desenvolvimento de carreira; comunicação e clareza
quanto aos objetivos, visão, missão e valores da empresa.
Na análise de Herman (1993) se a empresa for capaz de atitudes extras para demonstrar a
sua lealdade para com seus funcionários, esses também serão capazes de atitudes extras
para mostrar a sua lealdade para com a empresa.
Em síntese, alguns passos que podem ser considerados como elementos chave no que
concerne â retenção de talentos, de acordo com Talent Retention: Six Technology-Enabled
Best Practices (2009) são:
5. incentivar a pró-atividade; e,
Para Weil e Tompakow (2005), o líder deve apresentar autocontrole e empatia, buscar a
unanimidade, dar o exemplo e saber enfrentar tensões e conflitos. Em outras palavras,
“liderança é a influência interpessoal exercida numa situação, por intermédio do processo
de comunicação, para que seja atingida uma meta.” (MINICUCCI, 2006, p.170).
Compreende-se que o papel do líder não está limitado a planejar, dar ordens e
supervisionar a execução de tarefas. Muito mais que isso, segundo Goleman, Boyatzis e
McKee (2002), o líder é responsável pela difusão de sentimentos positivos entre o grupo.
Isso implica trabalhar para estimular a aprendizagem contínua, a fim de diminuir do nível de
resistência às mudanças, e criar condições para uma comunicação clara que permita aos
integrantes vencer dificuldades, conquistar a autonomia e participar do crescimento da
organização.
Para Chiavenato (2004) cabe ainda salientar que o papel do líder vem sofrendo alterações, a
exemplo de todo o meio social em que está inserido. Por conseguinte, liderança não é uma
capacidade nata, privilégio de poucos. Trata-se de um processo dinâmico que pode ser
aprendido e implantado nas organizações, em todos os seus níveis de atuação. Para tanto,
não bastam investimentos em conhecimento técnico. Torna-se imprescindível a valorização
do potencial humano em toda sua extensão.
A comunicação efetiva com os colaboradores é uma das práticas mais eficazes para motivar
e reter subordinados pois permite que se estabeleça uma conexão com os mesmos, além de
demonstrar que existe preocupação quanto ao seu desempenho e crescimento profissional..
O feedback é sem dúvida a melhor ferramenta para que essas diretrizes sejam
implementadas, pois permite que se estabeleça uma zona de comunicação entre os
diferentes níveis de uma organização e que se desenvolva relacionamento interpessoal,
essencial para um ambiente de trabalho saudável e propício. Assim sendo, fica clara a
importância de o líder valer-se dessa estratégia que pode funcionar como um poderoso fator
motivador, se feito no momento adequado e da forma correta.
De acordo com Williams (2005) são quatro os tipos de feedback: Feedback positivo: Quando
o objetivo é reforçar o que a pessoa é ou o que ela faz; feedback corretivo: Quando se
pretende modificar um comportamento, tendo-se a preocupação de referir-se
especificamente ao comportamento e não à pessoa, evitando rótulos. Deve-se tomar
cuidado para que não se torne um feedback ofensivo, que pode gerar agressividade e
afastamento, ao invés de uma mudança positiva. Por último, há o feedback insignificante,
que não traz informações suficientes e a pessoa que o recebe não tem certeza de seu
propósito.
Vale ressaltar que a ausência de feedback é também prejudicial, pois não leva a mudanças
desejáveis no comportamento das pessoas, além de transmitir uma mensagem de ausência
de interesse nas ações do subordinado e que portanto não se acompanha suas ações.
Williams (2005) afirma que a falta de retorno pode fazer com que uma pessoa reaja com
baixa produtividade e/ou comportamento inadequado, daí a importância de o líder estar
atento a esses aspectos cuja causa subjacente pode ser a qualidade e/ou a quantidade de
feedback que os colaboradores recebem.
Importante salientar que o feedback não consiste apenas de palavras, já que atos e gestos
podem ser até mais reveladores das intenções e sentimentos do interlocutor do que
verbalizações. Fazer contato visual quando se está falando com a pessoa é importante, pois
mostra que há interesse e abertura ao diálogo.
Desse modo verifica-se a importância de o líder utilizar-se dessa ferramenta de modo eficaz
para que possa ampliar seu campo de atuação no meio organizacional, não apenas no
sentido de fazer com que metas sejam cumpridas em um contexto meramente funcional,
mas principalmente otimizando sua influência no contexto relacional para que objetivos
sejam atingidos.
As empresas vêm convivendo com um mercado de trabalho tão aquecidos que os bons
profissionais estão cada vez mais escassos, caros e mais disputados (BACOCCINA, CILO,
2010). Este fenômeno pode ser explicado, em parte, pelo fato dos talentos atualmente
decidirem sobre seu futuro profissional no sentido de escolher se ficam na empresa ou se
aceitam um novo desafio em outra organização, ou até mesmo fora do país.
Davenport (2001) aposta que uma estratégia bem definida para atrair e reter talentos
seria o equilíbrio que pondere os interesses de ambas as partes, talento e organização e que
haja um comprometimento e desenvolvimento para unir as pessoas à organização para que
elas possam se doar sem restrições.
O autor afirma também que é preciso cada vez mais atrair e reter as pessoas que
tenham a capacidade de se adequar e absorver os valores, missão e visão das organizações.
Para Kaye; Jordan-Evans (2000) se a organização possuir estratégia de retenção talentos a
partir de seu modo de gestão de pessoas, a responsabilidade maior para atrair e reter um
talento passar a ser do gestor imediato, o qual deve estar comprometido e ciente do papel que
desempenha na manutenção de talento na organização, pois são eles que possuem habilidades
específicas para identificar os sinais que se manifestam de forma antecipada no caso do
colaborador querer se desligar da organização ou ainda, habilidades que propicie identificar
uma progressão de carreira.
Dassler (2003), diz que os gestores de linha devem assumir comportamento de atrair e
reter os talentos nas organizações, buscando adequar seus processos, criar competências e
comportamentos e gerir a seleção, mas principalmente desenvolver pessoas com foco a
garantir o conhecimento e a competitividade, visando o mercado nacional e internacional.
Pontes (2005), destaca uma preocupação das empresas de como reter os novos talentos, pois
um talento depois de atraído preciso ser continuamente treinado, avaliado, estimulado com
desafios que agregam crescimento profissional e intelectual e alicerçar não somente seus
processos de recrutamento, mas também o de desenvolvimento para que os talentos
permaneçam.
Para Mayo (2003) está claro que o turnover desses talentos não vai acabar, pois, para
mercados específicos por qualificações escassas, esses talentos estarão sempre recebendo
ofertas e perder um talento para a concorrência é um prejuízo duplo, pois além de não se
poder contar mais com o talento, ele poderá impulsionar a competitividade da concorrência.
No entanto, a autora faz um alerta para as empresas que pensam que apenas altos
salários representam a garantia da permanência desses talentos nas organizações, pois este
elemento possui pouca influência se as empresas tiverem um ambiente tóxico.
Além das práticas já citadas anteriormente, segundo Sarsur et. tal (2003), a formação
de Talent Pool vêm ganhando força no mercado brasileiro.
As empresas precisam se conscientizar que apenas ações isoladas podem não ser
suficientes para atrair e reter os talentos certos.
Na contemporaneidade as pessoas têm sido cada vez mais valorizadas, considerando que é o
maior ativo intangível das organizações. A partir de suas competências, conhecimentos,
habilidades e atitudes, as empresas têm alcançado resultados significativos nas metas
organizacionais, garantindo a competitividade e produtividade no mercado.
Nesse novo contexto, marcado pela era do conhecimento, alguns comportamentos passam a
ser requeridos pelas empresas modernas e torna-se evidente a necessidade de tratar o
colaborador como um elemento diferenciado para o alcance de resultados. A organização
busca mais do que a satisfação, a felicidade e a realização dos seus parceiros internos
admitindo que, dessa forma, conseguirão atrair e reter os melhores talentos que serão os
elementos-chave para o seu sucesso.
De acordo com SENGE (2004), organizações que aprendem são aquelas “[...] nas quais as
pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente
desejam, onde se estimulam padrões de pensamento novos e abrangentes, a aspiração coletiva
ganha liberdade e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender juntas". Para uma
política de retenção eficaz, cabe às empresas se preocuparem de forma contínua em atingir
uma convergência entre os desejos do colaborador e o que a mesma tem a oferecer,
possibilitando assim uma união entre a necessidade da empresa e da pessoa com sua paixão e
seu talento.
Para tanto, é fundamental que a estratégia da área de Gestão de Pessoas esteja alinhada a da
empresa, conhecendo e vivenciando intensamente a missão e os valores organizacionais,
praticados pela cúpula diretiva das organizações, para que todos possam caminhar na mesma
direção de forma assertiva. Assim, o profissional de RH deve pensar de forma sistêmica para
promover entre os colaboradores o engajamento e perceber a necessidade de implantar de
forma estratégica políticas e mudanças em consonância com as diretrizes da empresa.
Segundo PASCHINI (2006), o profissional de RH deve buscar estabelecer uma relação
baseada na confiança mútua, no respeito, no comprometimento e na confidencialidade.
Para trabalhar com o capital humano, de modo que todos dêem o máximo de si, é necessário
ter pessoas motivadas e satisfeitas, pois assim desenvolverão com melhor qualidade suas
atividades e perseguirão objetivos com maior eficácia, portanto, torna-se indispensável a
qualquer empresa, independentemente do seu porte, empreender esforços para possibilitar que
as pessoas sintam-se sempre estimuladas a crescer junto com a organização.
Com base nos conceitos apresentados, em seguida será destacado o conjunto de políticas de
Gestão de Pessoas com a combinação de salários, benefícios, clima de trabalho, perspectiva
de progresso na carreira e possibilidade de realização profissional.
A busca constante pela excelência destes itens é essencial para que a empresa se torne um
ótimo lugar para se trabalhar, contribuindo de forma significativa para o grande desafio da
contemporaneidade: a busca e retenção de talentos, movimento impulsionado com o
aquecimento da economia, que cria cada vez mais vagas estimulando a competitividade das
empresas, e vem gerando esta nova cultura no mercado brasileiro.
BENEFÍCIOS COMO FORMA DE ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS
Atualmente as empresas se encontram em cenários muito competitivos fazendo com que formas de
atração e retenção de talentos se tornem diferenciais para o sucesso das organizações. Sendo assim
quando uma empresa identifica talentos com alto potencial tanto internamente quanto
externamente deve investir neles para que suas competências estejam preparadas para reagir a
novos desafios. Para que estes talentos não sejam perdidos para o mercado o próximo passo da
empresa é a elaboração de mecanismos de retenção como: desenvolvimento de carreira,
desenvolvimento profissional e pessoal seguidos de um bom ambiente de trabalho e de uma
remuneração composta por um salário competitivo e um programa de benefícios atrativo. (CUNHA,
FERRAZ E FURTADO, 2007).
É possível observar que no momento da seleção o salário é um fator importante, mas o plano de
benefícios também é um diferencial na tomada de decisão do candidato, uma vez que atualmente os
planos de benefícios muitas vezes acabam sendo similares entre as empresas. Desta forma as
empresas vem aprimorando cada vez mais suas estratégias de remuneração para se diferenciar no
mercado de trabalho.
Considerando este contexto, esta pesquisa propõe-se a identificar se as empresas da Serra Gaúcha
utilizam o plano de benefícios como estratégia de atração e retenção de talentos, bem como
identificar a estratégia mais adequada. A partir de um método de estudos de caso múltiplo, tendo
como público alvo empresas da Serra Gaúcha se realizou uma análise dos dados obtidos por meio de
questionários e documentações. Com isso buscou-se analisar a relação da atração e retenção de
talentos com os planos de benefícios utilizados pelas empresas.
Esta pesquisa foi proposta em virtude da concorrência global e a mudança na mentalidade das
pessoas frente ao trabalho vêm acarretando numa transformação das organizações no que se refere
ao relacionamento e ao gerenciamento de seu capital humano. E com o aquecimento do mercado de
trabalho e a preocupação dos profissionais na gestão de suas carreiras, as empresas investem cada
vez mais na gestão estratégica de pessoas a fim de garantir o crescimento e a sustentabilidade dos
seus negócios.
BENEFÍCIOS
Podem-se conceituar benefícios como conjuntos de planos oferecidos pela empresa sendo um
complemento à remuneração direta (MARRAS, apud SANTANNA, 2013). Com base nesse conceito os
benefícios também podem ser classificados como salários indiretos, ou seja, valores agregados ao
salário nominal que compõe a remuneração do funcionário.
Para Marras (2012) um programa de benefícios normalmente atende a dois campos de objetivos: os
da organização e os dos indivíduos. Analisando os interesses da organização o plano de benefícios
deve atender as necessidades básicas dos funcionários de forma que mantenha baixos índices de
absenteísmo e rotatividade e torne a empresa competitiva em relação a concorrência no mercado de
trabalho. Pela ótica do colaborador, o plano de benefícios tem a finalidade de melhorar a sua
qualidade de vida como parte integrante de sua remuneração.
Segundo Santana (2013) os benefícios são classificados como compulsório, sendo aquele que é
obrigatório por lei ou convenção coletiva e classificado como espontâneos sendo os benefícios
proporcionados pela a empresa muitas vezes com o propósito de ser um diferencial das demais
organizações. Marras (2012) também classifica os benefícios espontâneos como uma estratégia de
tornar o perfil da remuneração atraente e competitivo em termos de mercado, tanto para manter os
recursos humanos atuais quanto para atrair novos recursos.
Os benefícios podem ser de natureza monetária e não monetária. Chiavenato (2003) salienta que os
benefícios monetários são os concedidos em dinheiro por meio de folha de pagamento e gerando
encargos sociais deles decorrentes. Ex.: Férias, salário-família, 13º salário etc. Já os benefícios não
monetários são os oferecidos em forma de serviços, vantagens ou facilidades para usuários. Ex.:
Serviço social, refeitório, transporte exclusivo da empresa etc. Marras (2012) salienta que outro
aspecto bastante apreciado dos benefícios não monetários é de que estes possibilitam a satisfação
das necessidades do funcionário sem que este seja taxado pelo imposto de renda, se tornando uma
estratégia bastante atrativa para executivos e demais cargos do nível estratégico da organização.
O Programa de benefícios tem como objetivo propor aos colaboradores Planos assistenciais, planos
recreativos e planos supletivos. Chiavenato (2003) menciona que planos assistenciais, são benefícios
que oferecem ao colaborador e sua família amparo em casos de emergências. Ex.: Seguro acidente,
seguro de vida em grupo, assistência financeira e jurídica etc. Os planos supletivos são benefícios que
proporcionam ao colaborador momento de repouso, lazer, diversão. Ex.: cultural, colônia de férias,
área de lazer nas dependências da empresa, etc. E os planos supletivos são serviços ou benefícios
que trazem conveniência e facilidades ao colaborador com foco na qualidade de vida. Ex.: refeitório
no local, transportes da empresa, estacionamento, cafeteria, etc.
Algumas empresas utilizam benefícios flexíveis, Robbins (2005) afirma que esse plano de benefícios
permite ao colaborador optar entre diversos itens oferecidos pela empresa, aqueles que mais atende
suas necessidades pessoais. Segundo Marras (2012), os planos flexíveis de benefícios permitem que o
funcionário adeque os benefícios que compõe a sua remuneração a sua necessidade do momento.
Também ressalta que a política de benefícios flexíveis costuma ser proporcional ao cargo ocupado na
empresa, ou seja, quanto mais alto o cargo mais amplo é o leque de possibilidades de benefícios
oferecidos.
Conforme Dessler (2003), quando surgiram os planos de benefícios flexíveis eram conhecidos
também como “planos de cafeteria” porque assim como em uma cafeteria os funcionários poderiam
escolher ente diversas opções de benefícios. O propósito é permitir que o funcionário monte o seu
próprio pacote de benefícios, no entanto deveriam ser observadas duas restrições: o custo total do
pacote deve ser limitado pelo empregador e cada plano de benefícios deve incluir certos itens não
opcionais, de acordo com a legislação.
Chiavenato (2004) alerta que o plano de benefícios flexíveis possui aspectos positivos e negativos.
Nos aspectos positivos se ressalta que o funcionário tem liberdade de escolha dos benefícios que
melhor se adequam as suas necessidades, a empresa pode perceber e se adequar mais facilmente as
mudanças das necessidades dos seus funcionários, permite a introdução de novos benefícios a um
custo menor uma vez que basta adicionar uma nova opção ao composto de benefícios dispostos pela
empresa e aumenta o envolvimento do funcionário e da sua família com a organização e aumentam
a compreensão dos benefícios ofertados. Em contrapartida, nos aspectos negativos ressalta-se que
os custos administrativos aumentam e os funcionários podem realizar escolhas adversas tornando o
pacote de benefícios inadequado ao atendimento de situações emergenciais que não foram
previstas. Assim é evidente que esta modalidade de plano de benefícios requer acompanhamento do
RH porque escolhas indevidas podem comprometer o caráter estratégico do plano. 2.2 Retenção de
Talentos Quando seleciona-se pessoas talentos
A ARTE DE ATRAIR E RETER TALENTOS
O profissional de RH exerce a cada dia um dos papéis mais estratégicos na organização, que é o de
identificar, reter e engajar os colaboradores que contribuem de forma significativa para a
competitividade e o sucesso da empresa.
De acordo com RESENDE (2003), em qualquer ambiente que se viva ou se trabalhe, as pessoas
sempre se sobressaem ou se destacam por suas competências e habilidades, reveladas no seu
comportamento, manifestação ou atuação. Normalmente essas pessoas são mais realizadoras,
empreendedoras, mais voltadas para alcançar objetivos e obter resultados.
São conhecidas como talentos da organização, devido ao conhecimento técnico demonstrado nas
ações desenvolvidas, bem como a ocupação em funções altamente especializadas, cuja formação
demanda um grande investimento.
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