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“Quem quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos” (Mc 10,44).
Diácono, cuja instituição está em Atos dos Apóstolos 6,2-6, é o título dado ao
terceiro grau do Sacramento da Ordem. Na igreja, o clero é formado por três graus de
sacramento da ordem sacerdotal: os bispos, presbíteros (ou sacerdotes) e diáconos. Os
diáconos podem ser transitórios ou permanentes. O diácono transitório é quem recebe
o grau diaconal apenas como uma etapa para depois receber o Sacramento da Ordem
no grau de presbiteral, ou seja, para tornar-se padre. Já o diácono permanente é quem
já é casado, não podendo progredir para o grau de presbítero, pois há a proibição do
matrimônio para os padres. Assim sendo, os diáconos permanentes permanecem
sempre como diáconos.
Em sua trilogia Jesus de Nazaré, o Papa Bento XVI, ali como teólogo Joseph
Ratzinger, escreve um belíssimo comentário do lava-pés, traçando um paralelo entre a
cena, o hino cristológico de Fl 2,5-11, o chamado hino da Kenósis (rebaixamento,
aniquilamento) e Apocalipse 7,14: “Estes são os que vieram da grande tribulação e
lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro”. De modo que o Papa
conclui o seu pensamento dizendo que a grande diaconia de Cristo foi a realização do
seu Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição): “Quando no Apocalipse, aparece a
formulação paradoxal segundo a qual os redimidos ‘lavaram as suas túnicas e as
branquearam no sangue do Cordeiro’, isso quer dizer é o amor de Jesus até o fim que
nos purifica, que nos lava. O gesto do lava pés exprime isto mesmo, é o amor serviçal
de Jesus que nos tira fora da nossa soberba e nos torna capazes de Deus, nos torna
puros” (Jesus de Nazaré -Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição, p. 62).
A todos abençoo.