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Fichamento

Ribeiro, Luís Távora Furtado. Ensino de história e de geografia. – Fortaleza: Brasil Tropical, 2001

O Lugar onde a criança vive

“No espaço da cidade, encontramos a combinação de fatores essenciais para o desenvolvimento das
noções espaço-temporais entre as crianças. Trata-se de uma realidade, ao mesmo tempo, próxima e
complexa.” (p. 91)

“Visitas, passeios e excursões registrados (...) devem ser apoiadas numa preparação anterior que
possibilite a observação e a seleção das situações e aspectos mais relevantes da realidade a serem
observadas.” (p. 92)

“Sugerimos que se trabalhe dialeticamente com o novo e o velho, o tradicional e o moderno, o local e o
universal (...) O importante é que os temas sejam significativos e que confiram sentido à aprendizagem as
crianças.” (p. 93)

“No trabalho com as dimensões temporais, pode-se propor a utilização de recursos com realização de
atividades de acordo com as possibilidades de professores e alunos, como visitas a locais significativos ou
exposições de fotografias ou gravuras de casa, ruas e praças...” (p. 93)

“Com relação à política (...) é importante um trabalho indispensável e cuidadoso de sensibilização e de


incentivo a gestos humanitários como a realização de feiras de solidariedade, coleta de roupas e
alimentos, sempre introduzindo a discussão a respeito de soluções não paliativas ou assistenciais...” (p.
93)

“Quanto à comunidade escolar, pais, vizinhos e até mesmo aluno e professores de outras salas e séries
podem e devem ser convidados e motivados a uma reflexão sobre a realidade.” (p. 95)

“É importante que esses momentos sejam apresentados como gestos concretos que contribuam para a
intervenção e transformação das realidades estudadas e vividas a partir de uma reflexão pedagógica
adequada, bem planejada e executada.” (p. 95)

“O confronto permanente da criança e seus professores com outros tempos e outros espaços, diferentes
dos seus, é fundamental. Aqui possibilitamos e contribuímos para que os alunos transitem do universal
pra o particular, do local para o mundial, do próximo para o distante e vice-versa (...) Num mundo
globalizado onde espaço e tempo são aproximados pela ação dos meios de comunicação e transporte, os
limites entre o próximo e o distante tornam-se muito fluidos e relativizados.” (p. 96)

“É importante e indispensável que a escola, particularmente o trabalho com a História e a Geografia, seja
um espaço de manifestações culturais locais e universais que interagem e são re-elaboradas sempre em
uma nova perspectiva.” (p. 97)

“Enfatizamos o trabalho com o passado que deve ser apresentado sem saudosismo e sem idealização e
que serve como instância crítica de um olhar sobre o mundo em que vivemos cheios de belezas e
comodidades, convivendo com graves problemas e exclusão social.” (p. 99)
“... relacionando produção-distribuição-consumo de produtos, a relação campo-cidade pode servir como
importante recurso para aproximar e familiarizar os alunos com o contexto sócio-cultural das sociedades
complexas.” (p. 100)

“Com relação às crianças que estudam na terceira ou quarta série do ensino fundamental é necessário
que elas sejam introduzidas no estudo do espaço em lugares distantes, como outros países ou
continentes. Aqui é sempre importante transformar o que é desconhecido em algo próximo e familiar...”
(p. 101)

“No mesmo contexto, assuntos como a pobreza e a violência urbana local e mundial (...) podem ser
tematizados numa perspectiva de esperança e da crença que a ação e a vontade política de comunidades
e povos pode superar esse problema...” (p. 102)

“O objetivo dessas atividades é o de aproximar as crianças de um universo social e cultural cada vez mais
complexo a partir de uma reflexão ativa, criativa, participativa e crítica.” (p. 102)

“Aí estão alguns assuntos, dentre muitos outros, que consideramos importantes para o trabalho
pedagógico das ciências sociais nas escolas. Eles devem sempre realizar sob a mediação indispensável da
atuação dos professores em suas salas de aula, como educadores de crianças e cidadãos do mundo.” (p.
102)

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