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Aula 17 20.01.

2011

Corolário 2: f,g:X→ R contínuas

Y= {x ∈ X/ f(x) <g(x) } = X⋂A (A aberto)

Z={x ∈ X/ f(x) ≤ g(x) }= X ⋂F ( F fechado)

Teorema 4 (Teorema do Valor intermediário):

Seja f [a,b] →R contínua. Se f(a) <d<f(b) então existe c ∈ (a,b) tal que f(c)=d

Demo: Sejam A = { x ∈ [a,b] / f(x) ≤ d} ; B= { x ∈ [a,b]/ f(x) ≥ d}

Pelo corolário 2, A = [a,b] ⋂F ( Daí temos A fechado)

B= [a,b] ⋂ F2 ( B é fechado)

Temos então A = ̅ e B = . Daí ̅⋂B=A⋂B=A⋂

Além disso, [a,b] = A⋃B

Se ∄ c ∈ [a,b] tal que f(c)=d, então A ⋂ B = ∅. Daí segue ̅⋂B=∅ e A⋂=∅

Logo [a,b]=A⋃B é uma cisão

Além disso, f(a) < d ⇒ a∈A e f(b)>d⇒b∈B

Logo A ≠ ∅ e B ≠ ∅

Mas provamos que intervalos de R admitem apenas a cisão trivial. Absurdo!

Logo ∃ c ∈ (a,b) tal que f(c)=d ∎

Corolário: Se I ⊂ R é intervalo e f: I→R é contínua então f(I) é intervalo

Demo:

Caso 1: f constante, f(I) intervalo degenerado


β
Caso 2: f não constante
d
Sejam α =inf f(I) e β = Sup f(I)

Se f(I) for ilimitado superiormente tome β =+∞


α
Se f(I) for ilimitado inferiormente tome α = -∞

Provemos que f(I) é intervalo de extremos α e β

Vamos mostrar que ∀ tal que α < d < β , temos a ∈ f(I). Pela definição de supremo e ínfimo, existem a,b ∈ I tal que

α ≤ f(a) < d< f(b) ≤ β

Daí, pelo teorema do valor intermediário, ∃ c ∈ ( a,b) tal que f(c) = d ( d ∈ f(I) )

Logo ( α , β ) ⊂ f (I). Mostremos que f(I) possui extremos α e β


Como α e β são cotas inferiores e superiores de f(I), ∄c∈ I tal que f(c)<α e f(c)>β , assim α e β são extremos de f(I) ∎

Obs: Se I=[a,b] (Intervalo Fechado e limitado)

Então f(I) é intervalo compacto (Teorema 7)

Se não é fechado e I não é limitado então f(I) pode não ser do mesmo tipo de I

Ex1. Considere f(x) = sen (x)

I1=(0,7) f(I1) = [-1 ,1]



I2 =(0 , ) f(I2) = (0,1)


I3=(0,π ) f(I3)=(0,1]

I4=R f(I4)=[-1,1]

Ex2. Todo polinômio P: R →R

P(x)= a0 +a1x +a2x2 +…+anxn, com n ímpar, admite raiz real

P(R)= pelo corolário é um intervalo de R


     
R(x)= . +   .   + ⋯ + . +1
     

Daí, temos limx→±∞R(x) =1

P(x) =anxnR(x)

limx→∞P(x)=limx→∞anXn=+∞

limx→∞P(x)=limx→-∞anxn=-∞

Logo P(R) é ilimitado superiormente e inferiormente. Conclusão P(R)=R

Logo P é sobrejetiva e ∃c ∈ R tal que p ( c ) =0



Ex3. (existência de √ )

Ex4.Ponto fixo

Def. f é ponto fixo se f(x)=x

Teorema do Ponto fixo de Brouwer em dimensão 1

Seja f:[a,b]→R contínua e tal que f(a) ≤a e f(b)≥b. Existe então c ponto fixo de f.

Demo:Considere a função ϕ :[a,b] →R tal que ϕ (x) = x-f(x). Temos que ϕ é contínua com ϕ(a) <0 e ϕ (b) >0. Pelo
teorema do valor intermediário, deve existir c ∈ [a,b] tal que ϕ (c) = 0, ou seja f(c) = c.∎

Ex5. f:X→Y ; X=[-1,0]⋃(-1,2]

Y=[0,4], f(x)=x2

Teorema 5: Seja I⊂R. Toda f contínua e injetora é monótona se sua inversa g:J→I (onde J=f(I) ) é contínua

Demo: Suponhamos, inicialmente, que I=[a,b] seja um intervalo limitado e fechado. Seja f(a) < f(b), mostraremos
então que f é crescente. Do contrário existiriam pontos x<y em [a,b] com f(x)>f(y). Há duas possibilidades: f(a)< f(y)
ou f(a) > f(y). No primeiro caso, temos f(a)<f(y) <f(x) logo, pelo Teorema 4, existe c ∈ (a,x) com f(c) = f(y) assim
contradizendo a injetividade de f. No segundo caso, vem f(y) < f(a) < f(b) portanto existirá c ∈ (y,b) com f(c) = f(a),
outra contradição. Logo f é mesmo crescente. Agora seja f: I → contínua e injetiva no intervalo arbitrário I. Se f não
fosse monótona, existiriam pontos u < v e x<y em I tais que f(u)< f(v) e f(x)> f(y). Sejam a o menor e b o maior dos
números x, y, u e v. Então, f restrita ao intervalo [a,b], seria contínua, injetiva porém não monótona, contradição.

Agora, considere g é contínua

Considere g: J→I a inversa de f.

Suponha f crescente, temos que g também é crescente

Sejam a ∈ I, b = f(a)

⊦g contínua em b, isto é, ∀ ԑ>0, ∃ δ>0 tal que x∈(b-δ,b+δ) ⇒g(x) ∈(a+ԑ,a-ԑ) ⇔f(g(x))∈(f(a-ԑ),f(a+ԑ)) (f é crescente)
" #$%&#%'%

a-ԑ<g(x)< a+ԑ ⇐ f(a-ԑ) <x< f(a+ԑ)
) #$%&#%'%

dado ԑ>0, podemos supor (a-ԑ, a+ԑ) ⊂ I

Daí f(a-ԑ) = b-α , onde α,β >0

f(a+ԑ)= b+β

tome δ=min {α,β}. Daí y ∈ J, b-δ<y<b+δ⇒ b-α<y<b+β ⇒g crescent ⇒ g(b-α)<g(y)< g(b+β)⇒ a-ԑ< g(y)<a+ԑ ⇒ logo g é
continua em L.

Se a é extreme de I, digamos extremo inferior

Então b = f(a) é extremo inferior de J

Dado ԑ>0 podemos supor a+ԑ ∈ I. Daí temos f(a+ԑ) = b+ δ, δ>0

y∈J, b-δ<y<b+δ ⇒b≤y<b+δ⇒ g crescente

a≤g(y)≤g(b+δ)=a+ԑ ⇒a-ԑ<g(y)<a+ԑ

Logo g é contínua em b ∎

Corolário: ∀n ∈ N

g:[0,+∞) →[0,+∞) , g(x)= √. é contínua

Obs: Se n é ímpar g: R→R, g(x)= √. é contínua em toda reta.

Def: Se f:X→Y é bijetora contínua com inversa contínua então dizemos que f é um homomorfismo.

Teorema 5: f:I→R contínua injetora⇒ f: I→J = f(I) é homomorfismo

Funções em Compactos
Máximos e mínimos de f: X→R

Ex6: a) X=(0,1) f:X→R tal que f(x) = x, ∀x ∈ X, ∃x’, x’’ ∈ X tal que f(x’) < f(x)<f(x’’)

b) g:R→R, g(x) =/ 0 temos a<g(x)≤1, ∀ x ∈ R, g(0) =1 (em X)

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