Você está na página 1de 13

CONSTRUMETAL – CONGRESSO LATINO-AMERICANO DA CONSTRUÇÃO METÁLICA

São Paulo – Brasil – 31 de agosto a 02 de setembro 2010

PROJETO DE PRODUÇÃO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA


APLICADO EM LAJES MISTAS STEEL DECK

Tecn Raphael da Silva


raphaello.silva@gmail.com

RESUMO

Pode se notar a constante evolução dos processos construtivos e a colaboração do aço


no desenvolvimento de novas tecnologias com o objetivo de otimizar prazos, proporcionar
soluções técnicas mais eficazes, racionalizar e modular projeto e obra, dentre outros fatores.
A industrialização dos canteiros de obra na construção civil é cada vez maior,
motivada inclusive pela participação crescente da utilização de estruturas metálicas e mistas.
A utilização de lajes racionalizadas neste contexto é de grande valia e apresenta diversos
benefícios, destacando-se a rapidez de execução.
A utilização do steel deck é apenas um reflexo destes fatores, pois este sistema
construtivo representa uma solução interessante, especialmente quando combinado com
estruturas metálicas. Entretanto, sistemas industrializados como este ainda sofrem com a
escassez de estudos, principalmente sobre suas aplicações e montagem.
Sob esta ótica, este estudo visa apresentar a utilização do projeto de produção como
ferramenta para esclarecer a equipe de obra quanto a seqüência de produção de lajes mistas
steel deck desde o descarregamento da forma metálica e seus componentes, à cura do
concreto, bem como a importância da compatibilização com outros sistemas.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente processos racionais de construção ainda buscam seu espaço,


evidentemente com menor resistência do que no final do século XX, uma vez que se tornaram
conhecidos e estudados.
Com o propósito de racionalizar ao máximo as etapas de construção, o processo
construtivo a partir de componentes industrializados e metálicos, aponta para uma nova
concepção de edifícios, possibilitando ganho de qualidade e produtividade.
A utilização do aço como material para construção após o século XIX propôs
significativa transformação na sociedade, sua principal característica é a pré-fabricação, o que
resulta em processos bastante industrializados e ocasiona menos perdas e mais produtividade.

1
1.1 Projetos

Para se entender a finalidade de um projeto de produção é necessário compreender a


diferença entre dois possíveis conceitos de projeto. No primeiro conceito, temos o projeto
como produto, resultado de elementos gráficos e descritivos, organizados de forma lógica e
racional e de caráter estático. No segundo conceito, o projeto assume caráter dinâmico no
sentido de processo, onde soluções são estudadas e compatibilizadas (NOVAES,2001).
Nas duas situações, o projeto se destina a antecipar as necessidades de etapas
subseqüentes do processo de produção, como suprimentos, execução, uso e manutenção.
Dentro dos processos construtivos, os projetos reúnem informações tecnológicas através das
soluções apresentadas nos detalhamentos e informações gerenciais, que possibilitam tomadas
de decisões no planejamento da produção.
Desta maneira, Novaes (2001), afirma que a não associação dos aspectos de produção
da edificação ao processo de elaboração do projeto, ocasiona omissões ou superficialidade no
detalhamento dos projetos e sua baixa construtibilidade. Conseqüentemente, ao se deparar
com a incompatibilidade entre sistemas ou componentes construtivos, o construtor ou
responsável pela obra será obrigado a tomar decisões de curtíssimo prazo para solucionar a
questão.
Para evitar este tipo de situação indevida e que pode causar prejuízos que afetam desde
o cronograma financeiro até a estética do empreendimento, têm sido adotados mecanismos
para melhorias na qualidade do projeto-processo, o que implica na previsão e solução de todas
as interferências e interfaces entre os componentes do sistema construtivo adotado.
A atual realidade demonstra que, para grande parte dos empreendimentos da
construção civil, o planejamento da obra toma por base a projetos de produto, geralmente de
arquitetura, estrutura, fundações e instalações prediais e nem sempre compatibilizados e
sistematizados por uma coordenação de projeto.
Enquanto o projeto do produto se destina a atender requisitos, normas, parâmetros,
modulação, evidenciando gráfica e descritivamente suas intenções entre outros fatores
particulares a cada etapa da obra distintamente, o projeto de produção contribui para a eficácia
da execução em obras com racionalização construtiva incorporada, alta construtibilidade e
rico detalhamento das tecnologias e soluções construtivas empregadas, como resultado da
associação da concepção do processo construtivo ao processo de projeto.

2
A industrialização dos canteiros de obra através da pré-fabricação e de sistemas
construtivos cada vez mais tecnológicos é mais do que uma tendência, já é realidade em
muitas obras no Brasil. Por sua vez, o setor de construção metálica, por seus componentes e
sistemas altamente industrializados, deve se preparar por meio da especialização de seus
profissionais para desenvolver projetos cada vez mais ricos em detalhes das interferências e
soluções para interfaces com outros sistemas.

1.2 Laje Mista

A composição aço-concreto, chamada de “laje mista” na norma NBR 6118 (2003) –


“Projeto de Estruturas Concreto”, é denominada como “laje com fôrma de aço incorporada”
no Anexo C da norma NBR 14.323 (1999) - “Dimensionamento de Estruturas de Aço de
Edifícios em Situação de Incêndio”.
Uma laje mista é constituída por uma chapa de aço perfilada com resistência calculada
para suportar seu peso próprio e do concreto antes da cura, este tipo de laje também contém
uma armadura superior destinada a controlar a fissuração do concreto, comportando-se como
uma laje unidirecional. Após a cura do concreto, a estrutura aço-concreto constitui um
elemento estrutural único. A resistência aos momentos fletores positivos atuantes é dada pela
própria chapa perfilada de aço, estando o concreto comprimido nas suas nervuras. Nas zonas
de momento negativo é necessário incorporar eventualmente uma armadura de reforço.
(SAÚDE et al, 2006).
Estes autores ainda esclarecem que, para que a seção possa funcionar como uma
estrutura mista, o conjunto aço-concreto deve apresentar uma boa conexão entre si. Para tal, é
necessário que as chapas apresentem um perfil particular, quanto à forma das nervuras e das
reentrâncias na sua superfície, de modo a existir adesão entre o concreto e as chapas,
acompanhado por mecanismos de conexão, aplicados na laje, para garantir que a seção tenha
capacidade resistente à tensão longitudinal de cisalhamento solicitada na interface entre a
chapa e o concreto.
Quando empregadas adequadamente, o steel deck (figura 1.1) também dispensa o uso
de escoramentos. Sem muita dificuldade ou apropriação de tempo, as peças são facilmente
içadas e montadas permitindo fácil manuseio, segurança e grande produtividade no canteiro
de obras. Este sistema de lajes é composto basicamente pela forma de aço colaborante, malha
antifissuração (tela soldada) e concreto.

3
Concreto
Tela Soldada
Steel Deck

Figura 2.1 - Laje mista tipo steel deck (PERFILOR, 2005).

Arremates tipo “L” com a mesma chapa metálica, também são empregados
usualmente no perímetro da laje para conter o concreto durante a cura. Espaçadores para
distanciamento da malha antifissuração também devem ser adequadamente empregados para
garantir a funcionalidade da composição.
Quando as propriedades da forma colaborante não atingem a expectativa de sobrecarga
do projeto, barras ou armaduras de aço também podem ser acrescentadas a composição para
aumentar a resistência mecânica da laje, geralmente estas condições aparecem quando a
distância entre vigas é superior ao recomendado pelo fabricante do steel deck e exigem
também a utilização de escoramento no meio do vão.

2. PROJETOS DE PRODUÇÃO PARA LAJES MISTAS COM STEEL DECK


Apesar de sua modesta difusão, a tecnologia das lajes com steel deck vem sendo
empregada desde 1970. Entretanto, ainda é possível identificar diversos tabus enfrentados
durante a elaboração de projetos com steel deck ou durante a execução da laje. A falta de
compatibilização entre os projetos de arquitetura, estrutura e instalações prediais, entre outros,
é uma realidade que assola o setor de construção civil e que se arrasta até o momento em que
algo dá errado na obra.
Por esta razão, a figura do coordenador de projetos em muitas empresas tem perdido a
conotação de “responsável pelo setor de projetos” e assumido uma característica de
profissional multidisciplinar, que reúne conhecimento de grande parte do processo executivo
e competências para compatibilizar ou pelo menos analisar criticamente as propostas de
projeto de cada etapa da obra, suas interfaces e interferências.
Resumidamente, a figura 2.1, à seguir, apresenta o fluxo de comunicação geralmente
empregado entre os agentes envolvidos no processo de projeto, aquisição e execução deste
tipo de laje.
4
Figura 2.1 Fluxo de comunicação geralmente empregado no processo de execução de lajes tipo steel deck.
Na proposta para fluxo de comunicação do projeto-processo descrito adiante (figura
2.2), propõe se que a equipe de arquitetura, através da sua coordenação, realize a
compatibilização entre os projetos.

Figura 2.2 – Fluxo de comunicação sugerido para o processo-projeto de lajes steel deck .
Desta maneira, se espera que os projetos de produção descrevam à prescrição
detalhada das técnicas construtivas, ferramentas e materiais empregados em cada serviço, de
modo a estabelecer padrões a serem seguidos em outras obras, abrangem requisitos para
compra, recebimento, estocagem dos materiais e componentes para construção.
Os fatores apontados por Souza et al. (1995) para obtenção de lajes racionalizadas que
se aplicam execução de lajes mistas com steel deck são:
5
 cuidados no escoramento;
 emprego de referenciais de níveis mais precisos que as guias de madeira comumente
empregadas na concretagem;
 definição precisa do posicionamento de componentes das instalações, com vistas à
terminalidade dos serviços executados;
 definição prévia do caminhamento da concretagem, com vistas a proporcionar a
textura final especificada para a laje.
A estes fatores ainda podem ser acrescentados:
 fluxo do processo de produção “in loco” (figura 2.3).
 paginação das chapas de steel deck , com o sentido de montagem;
 cuidados no descarregamento, armazenamento e içamento do material até a estrutura;
 detalhamento dos arremates perimetrais ou complementares envolvidos;
 detalhamento da fixação das chapas e dos arremates na estrutura;
 detalhamento dos pontos de interferência ou aberturas;
 indicação dos pontos de escoramento e outros detalhes de montagem;
 citação de normas técnicas ou recomendações do fabricante;
 detalhamento da distribuição e sentindo da aplicação das malhas antifissuração,
incluindo sua sobreposição e espaçadores.

5. Escoramento nas
1. Içamento 2. Distribuição 3. Espalhamento 4. Montagem
Áreas Necessárias

6. Fixação do 7. Fixação dos 8. Aplicação de Fita 9. Malha Anti


10. Espaçadores
Steel Deck Arremates Adesiva nas Juntas Fissuração

11. Proteção das 12. Colocação


13. Concretagem 14. Sarrafeamento 15. Nivelamento
Áreas de Recorte das Mestras

Figura 2.3 – Fluxo de produção resumido para lajes mistas steel deck.
A elaboração de projetos de produção se justifica ainda mais para empreendimentos
onde existe um número significativo de repetições no processo de execução, como edifícios
6
de múltiplos andares ou grandes extensões de laje. A aplicação dos arremates perimetrais e de
mudança de direção é um detalhe muito importante e sempre repetitivo em lajes com steel
deck , na figura 2.4, adiante, podem ser observados a forma de apresentação destes detalhes e
suas aplicações.

Figura 2.4 – detalhamento de aplicação de arremates (Revista Téchne, ed. 129. Pini. 2007).
Deve se ressaltar que a elaboração dos projetos de lajes racionalizadas como esta deve
estar em sintonia com as soluções construtivas correspondentes. A exemplo disso, os projetos
de arquitetura devem especificar os níveis de piso acabado, indicar os desníveis e detalhar as
soluções propostas pela execução para se atingir estes desníveis. Em contra partida, o
detalhamento do projeto de estrutura deve atender às premissas adotadas para a racionalização
nos procedimentos de concretagem e na produção de telas soldadas ou armaduras
(NOVAES,2001).
SOUZA et al. (1995) ainda consideram que para obtenção de lajes racionalizadas, é
que necessário a elaboração de um projeto de produção destinado a orientar os serviços de
concretagem, que deve contemplar:
 definição das frentes de concretagem, em função da posição do elevador de cargas e
da geometria do edifício;
 definição do caminhamento da concretagem, delimitando os painéis, em função da
dimensão da régua de sarrafeamento ou outros equipamentos que cumpram a função;
 posicionamento de taliscas;
 posicionamento de componentes das instalações, que eventualmente sejam embutidos
na espessura da laje;

7
 posicionamento dos caminhos empregados para circulação de operários e
equipamentos, durante a concretagem.
A estes fatores também podem ser acrescentados:
 orientação para o recebimento do concreto: verificação do fator agua-cimento,
extração de corpos de prova e mapeamento da laje de acordo com cada caminhão
betoneira, afim de possibilitar o rastreamento do lote, caso a resistência do concreto
não seja atingida;
 cura: cuidados especiais de acordo com a espessura da laje, localização da obra e o
respectivo clima local.
Na figura adiante 2.5, destacam-se quatro importantes fases que podem ser descritas
no projeto de produção.

3. Lançamento e
1. Colocação de Mestras 2. Sentido de Concretagem 4. Nivelamento
Sarrafeamento

Figura 2.5 – Algumas etapas que podem ser descritas no projeto de produção para concretagem.

Para compor o conjunto do projeto de produção, o estudo deve apresentar soluções


para as situações apontadas durante a compatibilização. No caso das lajes mistas com steel
deck , algumas destas interferências de projetos (figura 2.6) podem ser :
 necessidade de proteção contra corrosão;
 necessidade de armadura adicional;
 necessidades específicas de proteção contra incêndios;
 espaçamento entre vigas superior ao recomendado pelo fabricante;
 aplicação de cargas dinâmicas sobre a laje;
 aberturas na laje;
 altura final da laje;
 trechos em balanço;
 utilização de conectores;
 altura e largura útil do steel deck ;
 dutos elétricos e tubulações hidráulicas embutidas na laje.

8
Armadura adicional Escoramento Aberturas

Conectores Instalações hidráulicas Instalações Elétricas

Figura 2.6 – Algumas interferências em lajes com steel deck .

Sobre as interferências apontadas acima a mais comum é a passagem de dutos


elétricos e hidráulicos embutidos na laje.
O projeto de produção ainda abrange operações de logística no canteiro em várias
etapas do processo executivo e deve descrever os procedimentos básicos de recebimento,
armazenamento, manuseio e segurança dos operários da obra para cada sistema construtivo e
seus componentes. A figura 2.7, a seguir, apresenta alguns dos principais itens que deve
contemplar estas recomendações:

LONA

DESCARREGAMENTO ARMAZENAMENTO COMPROVAR O FACE DE ESCORAMENTO


SEGURO EM LOCAL COBERTO COMPRIMENTO ASSENTAMENTO CORRETO

EVITE ACUMULO DE RESPEITAR O SOBRECARGA TRANSITAR COM


ESCORAR BALANÇOS
CONCRETO RECOBRIMENTO ADMISSIVEL SEGURANÇA

UTILIZE E.P.I. EVITE SITUAÇÕES SIGA AS ESCLAREÇA SUAS


UTILIZE E.P.C.
ADEQUADO INSEGURAS E ACIDENTES RECOMENDAÇÕES DÚVIDAS

Figura 2.7 – Recomendações de Recebimento e Armazenagem

9
Por fim, a figura 2.8 apresenta o fluxo de um processo típico para produção de laje
mista tipo steel deck, com algumas interferências. Os tópicos apontados abaixo necessitam ser
abordados em fases distintas do processo do projeto e podem ser adotados em outros projetos
similares, o que pode permitir as empresas construtoras e até mesmo agentes do processo a
ampliar o domínio técnico sobre as práticas empregadas neste sistema construtivo e
estabelecer padrões de qualidade.

Figura 2.8 – Fluxo de um processo típico para produção de laje mista tipo steel deck
Cabe ressaltar que o projeto de produção para lajes racionalizadas como esta é
resultado da elaboração de projetos para montagem de seus componentes em conjunto com o
projeto de concretagem, que possui exímia importância e sua não elaboração pode
descaracterizar o processo de racionalização construtiva.

10
3. CONCLUSÃO
Pode ser observado que a participação dos profissionais de projeto em etapas distintas
do processo executivo colabora para a solução de muitas dificuldades encontradas em obra e
não previstas em projeto.
Desta forma, sugere-se que uma parcela dos projetos de produção seja gradativamente
elaborada em paralelo com a elaboração dos projetos do produto (projeto de lajes mistas, por
exemplo), nas fases que compõem o processo de projeto, possibilitando a troca de
informações entre os agentes do processo; enquanto outra parcela, destinada a caracterizar os
procedimentos de execução, deve ser elaborada após o processo de projeto do produto
(projeto de concretagem, por exemplo), durante o planejamento da produção, servindo-se das
informações contidas nos projetos do produto e para produção, elaborados anteriormente.
Assim, as responsabilidades pela elaboração dos projetos para produção são divididas
entre profissionais de projeto, contratados externamente às estruturas técnicas dos agentes da
promoção e da produção, e profissionais da empresa construtora, pela maior proximidade
destes com as particularidades dos procedimentos produtivos e com a potencialidade da
empresa, em termos, por exemplo, de recursos humanos e de equipamentos.
Fica claro que os conteúdos dos projetos do produto e para produção, por necessidade
de relacionamento com procedimentos e técnicas empregadas durante a produção, devem
respeitar tanto as particularidades tecnológicas e organizacionais dos processos construtivos
adotados, quanto às exigências de desempenho de materiais, componentes, subsistemas e do
produto final.
A padronização e registro de soluções construtivas e de procedimentos da produção,
para consideração durante a elaboração dos projetos do produto e para produção, além de
evitar a centralização de conhecimentos em poucos profissionais, contribui para que durante a
elaboração dos projetos, seja ampliada a incorporação de dados e informações acerca de
aspectos produtivos e reduzida a possibilidade de consideração de soluções tendenciosas e
conflitantes.
Os profissionais que elaboram o projeto de produção devem ter uma visão geral de
como funcionará todas as etapas construtivas da obra e observar toda a logística do canteiro
de obras para o recebimento desses materiais; é importante também que todas as soluções
adotadas sejam graficamente explicitas.
O processo de projeto de produção demonstra claramente que é mais uma
“ferramenta” para colaborar com a produtividade e melhoria dos níveis de construtibilidade

11
das edificações e não basta a concepção de projetos individuais com as suas especificações de
materiais a serem empregados, vai bem mais além.
Para o desenvolvimento do projeto, o processo de execução deve caminhar em
paralelo, os profissionais que o desenvolve devem se antecipar com relação às interferências
que aparecerão no percurso e, através de uma visão sob a ótica executiva, devem solucionar o
projeto para que todas as etapas sejam exeqüíveis com a maior facilidade possível.
Este estudo tomou por base a disciplina “Projetos de Produção para o Ambiente
Construído”, componente curricular do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Projeto e
Tecnologia do Ambiente Construído do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia
(IF-SP), onde foi apresentada uma visão sistêmica e analítica sobre o planejamento de um
processo produtivo.
À seguir, serão apresentadas duas pranchas projeto de produção para lajes mistas com
steel deck (figuras 3.1 e 3.2), desenvolvidas nesta disciplina.

Figura 3.1 – Detalhe para junta de topo e proteção para grandes aberturas.

12
Figura 3.2 – Setorização e caminhamento da concretagem.

REFERÊNCIAS

NOVAES, Celso Carlos; Um enfoque diferenciado para o projeto de edificações: projetos


para produção (Artigo); Universidade Federal de São Carlos, Brasil, 2001.

PERFILOR S.A; Steel deck - Catálogo Técnico. São Paulo, 2005.

SAÚDE, Jorge; RAIMUNDO, Duarte; PROLA , Luís Carlos; PIERIN, Igor. Lajes Mistas:
Aspectos Construtivos e Respectivas Recomendações Do Eurocódigo 4. In:
Construmetal 2006. 2006. São Paulo.

SOUZA, A.L.R.; BARROS, M.M.B.; MELHADO, S.B. Projeto e inovação tecnológica na


construção de edifícios: implantação no processo tradicional e em processos inovadores. São
Paulo, EPUSP, 1995. (Boletim técnico da Escola Politécnica da USP/Departamento de
Engenharia de Construção Civil, BT/PCC/145).

13

Você também pode gostar