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10 Projeto de Producao para Construcao Metalica Aplicado em Lajes Mistas Steel Deck PDF
10 Projeto de Producao para Construcao Metalica Aplicado em Lajes Mistas Steel Deck PDF
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
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1.1 Projetos
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A industrialização dos canteiros de obra através da pré-fabricação e de sistemas
construtivos cada vez mais tecnológicos é mais do que uma tendência, já é realidade em
muitas obras no Brasil. Por sua vez, o setor de construção metálica, por seus componentes e
sistemas altamente industrializados, deve se preparar por meio da especialização de seus
profissionais para desenvolver projetos cada vez mais ricos em detalhes das interferências e
soluções para interfaces com outros sistemas.
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Concreto
Tela Soldada
Steel Deck
Arremates tipo “L” com a mesma chapa metálica, também são empregados
usualmente no perímetro da laje para conter o concreto durante a cura. Espaçadores para
distanciamento da malha antifissuração também devem ser adequadamente empregados para
garantir a funcionalidade da composição.
Quando as propriedades da forma colaborante não atingem a expectativa de sobrecarga
do projeto, barras ou armaduras de aço também podem ser acrescentadas a composição para
aumentar a resistência mecânica da laje, geralmente estas condições aparecem quando a
distância entre vigas é superior ao recomendado pelo fabricante do steel deck e exigem
também a utilização de escoramento no meio do vão.
Figura 2.2 – Fluxo de comunicação sugerido para o processo-projeto de lajes steel deck .
Desta maneira, se espera que os projetos de produção descrevam à prescrição
detalhada das técnicas construtivas, ferramentas e materiais empregados em cada serviço, de
modo a estabelecer padrões a serem seguidos em outras obras, abrangem requisitos para
compra, recebimento, estocagem dos materiais e componentes para construção.
Os fatores apontados por Souza et al. (1995) para obtenção de lajes racionalizadas que
se aplicam execução de lajes mistas com steel deck são:
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cuidados no escoramento;
emprego de referenciais de níveis mais precisos que as guias de madeira comumente
empregadas na concretagem;
definição precisa do posicionamento de componentes das instalações, com vistas à
terminalidade dos serviços executados;
definição prévia do caminhamento da concretagem, com vistas a proporcionar a
textura final especificada para a laje.
A estes fatores ainda podem ser acrescentados:
fluxo do processo de produção “in loco” (figura 2.3).
paginação das chapas de steel deck , com o sentido de montagem;
cuidados no descarregamento, armazenamento e içamento do material até a estrutura;
detalhamento dos arremates perimetrais ou complementares envolvidos;
detalhamento da fixação das chapas e dos arremates na estrutura;
detalhamento dos pontos de interferência ou aberturas;
indicação dos pontos de escoramento e outros detalhes de montagem;
citação de normas técnicas ou recomendações do fabricante;
detalhamento da distribuição e sentindo da aplicação das malhas antifissuração,
incluindo sua sobreposição e espaçadores.
5. Escoramento nas
1. Içamento 2. Distribuição 3. Espalhamento 4. Montagem
Áreas Necessárias
Figura 2.3 – Fluxo de produção resumido para lajes mistas steel deck.
A elaboração de projetos de produção se justifica ainda mais para empreendimentos
onde existe um número significativo de repetições no processo de execução, como edifícios
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de múltiplos andares ou grandes extensões de laje. A aplicação dos arremates perimetrais e de
mudança de direção é um detalhe muito importante e sempre repetitivo em lajes com steel
deck , na figura 2.4, adiante, podem ser observados a forma de apresentação destes detalhes e
suas aplicações.
Figura 2.4 – detalhamento de aplicação de arremates (Revista Téchne, ed. 129. Pini. 2007).
Deve se ressaltar que a elaboração dos projetos de lajes racionalizadas como esta deve
estar em sintonia com as soluções construtivas correspondentes. A exemplo disso, os projetos
de arquitetura devem especificar os níveis de piso acabado, indicar os desníveis e detalhar as
soluções propostas pela execução para se atingir estes desníveis. Em contra partida, o
detalhamento do projeto de estrutura deve atender às premissas adotadas para a racionalização
nos procedimentos de concretagem e na produção de telas soldadas ou armaduras
(NOVAES,2001).
SOUZA et al. (1995) ainda consideram que para obtenção de lajes racionalizadas, é
que necessário a elaboração de um projeto de produção destinado a orientar os serviços de
concretagem, que deve contemplar:
definição das frentes de concretagem, em função da posição do elevador de cargas e
da geometria do edifício;
definição do caminhamento da concretagem, delimitando os painéis, em função da
dimensão da régua de sarrafeamento ou outros equipamentos que cumpram a função;
posicionamento de taliscas;
posicionamento de componentes das instalações, que eventualmente sejam embutidos
na espessura da laje;
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posicionamento dos caminhos empregados para circulação de operários e
equipamentos, durante a concretagem.
A estes fatores também podem ser acrescentados:
orientação para o recebimento do concreto: verificação do fator agua-cimento,
extração de corpos de prova e mapeamento da laje de acordo com cada caminhão
betoneira, afim de possibilitar o rastreamento do lote, caso a resistência do concreto
não seja atingida;
cura: cuidados especiais de acordo com a espessura da laje, localização da obra e o
respectivo clima local.
Na figura adiante 2.5, destacam-se quatro importantes fases que podem ser descritas
no projeto de produção.
3. Lançamento e
1. Colocação de Mestras 2. Sentido de Concretagem 4. Nivelamento
Sarrafeamento
Figura 2.5 – Algumas etapas que podem ser descritas no projeto de produção para concretagem.
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Armadura adicional Escoramento Aberturas
LONA
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Por fim, a figura 2.8 apresenta o fluxo de um processo típico para produção de laje
mista tipo steel deck, com algumas interferências. Os tópicos apontados abaixo necessitam ser
abordados em fases distintas do processo do projeto e podem ser adotados em outros projetos
similares, o que pode permitir as empresas construtoras e até mesmo agentes do processo a
ampliar o domínio técnico sobre as práticas empregadas neste sistema construtivo e
estabelecer padrões de qualidade.
Figura 2.8 – Fluxo de um processo típico para produção de laje mista tipo steel deck
Cabe ressaltar que o projeto de produção para lajes racionalizadas como esta é
resultado da elaboração de projetos para montagem de seus componentes em conjunto com o
projeto de concretagem, que possui exímia importância e sua não elaboração pode
descaracterizar o processo de racionalização construtiva.
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3. CONCLUSÃO
Pode ser observado que a participação dos profissionais de projeto em etapas distintas
do processo executivo colabora para a solução de muitas dificuldades encontradas em obra e
não previstas em projeto.
Desta forma, sugere-se que uma parcela dos projetos de produção seja gradativamente
elaborada em paralelo com a elaboração dos projetos do produto (projeto de lajes mistas, por
exemplo), nas fases que compõem o processo de projeto, possibilitando a troca de
informações entre os agentes do processo; enquanto outra parcela, destinada a caracterizar os
procedimentos de execução, deve ser elaborada após o processo de projeto do produto
(projeto de concretagem, por exemplo), durante o planejamento da produção, servindo-se das
informações contidas nos projetos do produto e para produção, elaborados anteriormente.
Assim, as responsabilidades pela elaboração dos projetos para produção são divididas
entre profissionais de projeto, contratados externamente às estruturas técnicas dos agentes da
promoção e da produção, e profissionais da empresa construtora, pela maior proximidade
destes com as particularidades dos procedimentos produtivos e com a potencialidade da
empresa, em termos, por exemplo, de recursos humanos e de equipamentos.
Fica claro que os conteúdos dos projetos do produto e para produção, por necessidade
de relacionamento com procedimentos e técnicas empregadas durante a produção, devem
respeitar tanto as particularidades tecnológicas e organizacionais dos processos construtivos
adotados, quanto às exigências de desempenho de materiais, componentes, subsistemas e do
produto final.
A padronização e registro de soluções construtivas e de procedimentos da produção,
para consideração durante a elaboração dos projetos do produto e para produção, além de
evitar a centralização de conhecimentos em poucos profissionais, contribui para que durante a
elaboração dos projetos, seja ampliada a incorporação de dados e informações acerca de
aspectos produtivos e reduzida a possibilidade de consideração de soluções tendenciosas e
conflitantes.
Os profissionais que elaboram o projeto de produção devem ter uma visão geral de
como funcionará todas as etapas construtivas da obra e observar toda a logística do canteiro
de obras para o recebimento desses materiais; é importante também que todas as soluções
adotadas sejam graficamente explicitas.
O processo de projeto de produção demonstra claramente que é mais uma
“ferramenta” para colaborar com a produtividade e melhoria dos níveis de construtibilidade
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das edificações e não basta a concepção de projetos individuais com as suas especificações de
materiais a serem empregados, vai bem mais além.
Para o desenvolvimento do projeto, o processo de execução deve caminhar em
paralelo, os profissionais que o desenvolve devem se antecipar com relação às interferências
que aparecerão no percurso e, através de uma visão sob a ótica executiva, devem solucionar o
projeto para que todas as etapas sejam exeqüíveis com a maior facilidade possível.
Este estudo tomou por base a disciplina “Projetos de Produção para o Ambiente
Construído”, componente curricular do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Projeto e
Tecnologia do Ambiente Construído do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia
(IF-SP), onde foi apresentada uma visão sistêmica e analítica sobre o planejamento de um
processo produtivo.
À seguir, serão apresentadas duas pranchas projeto de produção para lajes mistas com
steel deck (figuras 3.1 e 3.2), desenvolvidas nesta disciplina.
Figura 3.1 – Detalhe para junta de topo e proteção para grandes aberturas.
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Figura 3.2 – Setorização e caminhamento da concretagem.
REFERÊNCIAS
SAÚDE, Jorge; RAIMUNDO, Duarte; PROLA , Luís Carlos; PIERIN, Igor. Lajes Mistas:
Aspectos Construtivos e Respectivas Recomendações Do Eurocódigo 4. In:
Construmetal 2006. 2006. São Paulo.
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