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ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES

5.1. INTRODUÇÃO

A análise histórica de acidentes em instalações similares1 a deste estudo, foi


realizada por meio da consulta a bancos de dados, internacionais e nacionais,
quando disponíveis, e através de literatura especializada, os quais forneceram as
informações necessárias para a análise e avaliação dos dados e informações
relevantes tais como: causas, tipologias acidentais e número de vítimas, entre
outras.

A análise de acidentes passados, suas causas, efeitos e circunstâncias em que


ocorreram são de fundamental importância para a identificação de processos e
situações propícias a acidentes, facilitando, assim, a implantação de medidas tanto
preventivas como corretivas e de intervenção em situações emergenciais.

1
Similares, porém não necessariamente usinas eólicas.

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Deve-se ressaltar que os bancos de dados consideram somente acidentes


relevantes (major
major hazards),
hazards ou seja, ocorrência que geraram conseq
consequências de
médio e grande porte com repercussões significativas a instalações industriais,
patrimônio público e privado, pessoas e meio ambiente, não incluindo pequenos
vazamentos ou incidentes envolvendo o produto.
produto

As linhas de transmissão,
smissão, atualmente são a maneira mais eficiente de levar energia
do local de geração ao consumidor final e que estão presentes em praticamente
todos os lugares onde existem populações significativas instaladas; mas devido a
problemas geográficos, econômicos, ou sociais algumas linhas de transmissão
passam próximas a áreas residenciais e industriais causando preocupação na
comunidade local em relação aos efeitos na saúde dos elevados campos elétricos e
magnéticos.

Os principais riscos identificados no setor elétrico brasileiro, segundo


segundo a Fundação
COGE (ex-Comitê
Comitê de Gestão Empresarial – COGE), durante o ano de 2008 foram
responsáveis por 3,31E+02 acidentes/ano relacionadas à população externa, o que
demonstra os perigos inerentes às linhas de transmissão de energia
energia, tal como
demonstra
tra o gráfico adiante.
adiante

5,00E+00
Geradoras/Transmissoras 6,00E+00
/Outras 0,00E+00
2,00E+00

3,26E+02
Distribuidoras 5,40E+01
3,00E+00
1,30E+01

3,31E+02
No setor 6,00E+01
3,00E+00
1,50E+01

População (acidentes/ano) Contratadas (acidentes/ano)


Trajeto (acidentes/ano) Típico (acidentes/ano)

Figura 5.1 – Estatísticas no Setor Elétrico Brasileiro. (2008)


Fonte: Fundação COGE.

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Como se pode observar, a maioria dos acidentes ocorridos no ano de 2008 envolve
a população externa ao empreendimento, não por falta de medidas de segurança
por parte da empresa de distribuição, mas pela não conscientização da população
do entorno que gera situações de risco a empresa.

No ano de 2008, o contingente de 101.451 empregados próprios do setor conviveu,


no desempenho diário de suas atividades,
atividades, com riscos de natureza geral e riscos
específicos, registrando-se
se 8,51E+02 acidentes de trabalho típicos com afastamento,
acarretando, entre custos diretos (remuneração do empregado durante seu
afastamento) e indiretos (custo de reparo e reposição de material, custo de
assistência ao acidentado e custos complementares – interrupção de fornecimento
de energia elétrica, por exemplo), prejuízos de monta para o Setor de Energia
Elétrica.

Em 2008 foram perdidas 925.984 horas em decorrência dos acidentes com lesão,
que se comparadas com as 870.048 horas perdidas em 2007, mostram um aumento
de 6%, não acompanhando o crescimento de horas trabalhadas que foi de 1%. Os
custos com acidente no setor elétrico brasileiro são demonstrados segundo a figura
a seguir.

20… 1,84E+02
20… 3,04E+02
Acidentes/ano
20… 4,44E+02
20… 4,21E+02
20… 6,41E+02
20… 6,68E+02
20… 5,32E+02
20… 5,95E+02

Figura 5.2 – Custo Total Estimado de Acidentes do Trabalho por Ano no Setor Elétrico
Brasileiro (em milhões de reais) [2008].
Fonte: Fundação COGE.

Entre os principais acidentes identificados nas linhas de transmissão em diversas


empresas do setor de energia podemos citar: impacto sofrido por pessoa, queda
com diferença de nível, reação do corpo, queda no mesmo nível, ataque de ser vivo,

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atrito ou abrasão, exposição à energia elétrica, esforço excessivo, aprisionamento


em, sob ou entre, etc.

Além dos fatores físicos identificados acima, existem também os fatores ambientais
influentes na segurança dos serviços operacionais em redes aéreas de distribuição,
como exposto na Tabela 5.1.

Tabela 5.1
Fatores Ambientais Influentes na Segurança dos Serviços Operacionais em Redes Aéreas de
Distribuição de Energia elétrica.
CONDIÇÃO AMBIENTE DE INSEGURANÇA
CASO FATOR AMBIENTAL
(NBR 14280)
01 Pouca iluminação. Iluminação inadequada.
02 Chuva / tempestade/ ventania Exposição aos fenômenos da natureza.
Irregularidade ou instabilidade do
03 Riscos da natureza.
terreno.
Dependências inseguras de Riscos inerentes às dependências inseguras de
04
terceiros. terceiros.
05 Poste na beira de valas e rios. Riscos da natureza/ mal projetado.
Poste congestionado por
06 estruturas e outros objetos Problema de espaço e circulação/mal projetado.
estranhos às redes elétricas.
07 Trânsito intenso. Riscos relacionados com o trânsito.
Ações agressivas da
08 Riscos relacionados com o ambiente público.
comunidade.
09 Presença e ações de animais. Presença de animais.
10 Sol quente/ forte calor. Exposição aos fenômenos da natureza
Postes e estruturas fora do
11 Mal projetado/mal construído.
padrão.
Fonte: Revista Produção v. 13 n. 2 2003

5.2. FONTES DE INFORMAÇÕES

No presente estudo, a pesquisa para elaboração da análise histórica, foi desenvolvida


através de consulta aos seguintes bancos de dados e referências bibliográficas.

Banco de Dados Nacional

 Fundação COGE;
 Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional;
 Sistema de Transmissão Nordeste S.A. – STN;
 FURNAS Centrais Elétricas S.A.

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Banco de Dados Internacional

 Department of Minerals and Energy Western Australia;


 Occupational Safety and Health Administration – OSHA;
 Official New South Wales government – NSW;
 Alberta Municipal Affairs;
 IEEE Industry Applications Society Petroleum and Chemical Industry Technical
Conference;
 The International Archives of the Photogrammetry - Remote Sensing and
Spatial Information Sciences.National Electronic Injury Surveillance System –
NEISS.

5.3. DEFINIÇÕES

A anatomia de acidente é mostrada através da Figura 5.3.

Figura 5.3 – Anatomia de Acidentes.


Fonte: AMPLA Engenharia (Adaptado)

Para uma melhor compreensão, algumas definições e tipologias acidentais


empregadas neste estudo estão abordadas a seguir.

5.3.1. Causas dos Acidentes

Para este estudo, as causas de acidentes foram divididas em seis categorias


principais, conforme abaixo relacionadas:

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 Falha mecânica;
 Falha humana (operacional);
 Causa natural;
 Corrosão;
 Ação de terceiros;
 Abalos sísmicos;
 Outras (Causa desconhecida).

A seguir são apresentadas as definições adotadas para cada uma das categorias de
falhas.

Falha Mecânica – Entende-se como falha mecânica qualquer problema ocorrido


com equipamentos e materiais, independente da ação realizada pelo homem no
momento do acidente. Portanto, esta categoria inclui falha de projeto e construção e
falhas de material relacionadas com a falta de controle dos padrões de qualidade,
procedimentos de teste e de manutenção. Deve-se lembrar, no entanto, que é muito
difícil dissociar a falha mecânica do erro humano (falha operacional), uma vez que,
mesmo a falha de um equipamento devido, por exemplo, à falta de manutenção, na
maioria das vezes, está associada à falha do homem.

Falha Humana ou Operacional – Entende-se por falha operacional ou erro humano


qualquer problema gerado através da ação realizada pelo homem no momento do
acidente.

Causa Natural – Dentre as causas naturais que podem gerar acidentes, estão
incluídos os problemas geológicos como os desabamentos, desmoronamentos e
movimentação do solo (movimento de massa); os problemas hidrológicos como as
inundações e as consequentes correntes de água provocadas e outros problemas
naturais, tais como, descargas atmosféricas, vendavais etc., estão incluídos nesta
categoria.

Devido a Corrosão – A falha devido à corrosão é causada pela deterioração dos


materiais devido à ação química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não
associado a esforços mecânicos. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de

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materiais, sejam metálicos como os aços ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não
metálicos, como plásticos, cerâmicas ou concretos. A ênfase neste estudo será
sobre a corrosão dos materiais metálicos. Esta corrosão é denominada corrosão
metálica.

Ação de Terceiros – Nesta categoria estão incluídas causas geradas por outros
eventos/atividades não diretamente relacionados com instalações estudadas. Essas
causas podem ainda ser divididas em dois tipos: intencional (sabotagem ou
vandalismo) ou não intencional (Ex.: Abertura de vala para drenagem ou galeria de
águas pluviais pelas prefeituras locais sem o devido conhecimento do local).

Abalos Sísmicos - Terremotos de diversas magnitudes são regularmente


detectadas em todo o mundo. A maioria dos abalos é pequena e não pode ser
percebida sem a utilização de instrumentos especiais. Entretanto, apesar de grandes
terremotos raramente ocorrerem, estes podem apresentar um risco significativo de
danos às estruturas civis. O tempo médio entre grandes terremotos (período de
retorno) é frequentemente medido em centenas ou milhares de anos.

5.3.2. Tipologias Acidentais

As tipologias acidentais identificadas nos bancos de dados pesquisados estão


apresentadas a seguir.

Fogo/Incêndio – Grande quantidade de energia emitida na forma de calor de


radiação visto que este é produto da combustão de materiais inflamáveis.

Explosão – Qualquer evento com grande liberação de energia na forma de ondas


de pressão associada a uma rápida expansão de gases. Esta tipologia engloba tanto
as explosões em ambientes confinados (Confined Vapour Explosion – CVE) quanto
as que ocorrem em ambientes não confinados (Unconfined Vapour Cloud Explosion
– UVCE).

BLEVE/Fireball – Combustão instantânea superficial do volume esférico de mistura


inflamável, de vapor ou gás em ar, que é disperso explosivamente pela ruptura
repentina do recipiente que o contém. A massa inteira, liberada pela ruptura

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repentina, se eleva por efeito de redução de densidade provocada pelo


superaquecimento e emite intensa radiação sobre uma área considerável.

Jato de Fogo (Jet Fire) – Fogo proveniente de um escape de líquido ou gás


pressurizado à medida que está sendo liberado por uma unidade de processo. A
principal preocupação com este tipo de tipologia, similar ao incêndio em poça, estar
relacionada com os efeitos de radiação local.

Flashfire – Incêndio de uma nuvem de vapores inflamáveis sem efeitos de pressão


apreciáveis.

UVCE – Unconfined Vapor Cloud Explosion – Termo geralmente encontrado na


literatura referindo-se a explosão de uma nuvem de vapor. É geralmente aceito
quando algum grau de confinamento se faça necessário para que ocorra a explosão.

VCE – Vapor Confined Explosion – Quando um vapor inflamável é liberado, sua


mistura com o ar forma uma nuvem de vapor inflamável. Se ela entra em ignição, a
chama pode mover-se e atingir altas velocidades e produzir uma onda de choque
(sobrepressão) significante.

Nuvem tóxica – Nuvem formada pela liberação de uma substância considerada


tóxica.

Incêndio em nuvem – Ocorrência de fogo em nuvem inflamável sem efeito de


sobrepressão.

Vazamento – Perda de produto, mas que não sofreu incêndio e/ou explosão.

5.4. HISTÓRICO DE ACIDENTES POR COMPONENTES E/OU CATEGORIA

5.4.1. Linhas de Transmissão

A incidência de ocorrências em linhas de transmissão situadas próximas a zonas de


trabalho tais como minas, foram reportadas na Austrália entre os anos de 1995 e 1999
segundo estudo realizado pelo Department of Minerals and Energy Western Australia.

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Outros 1,00E+00

Guindastes 2,00E+00

Furadores 6,00E
6,00E-01 Acidentes/ano

Escavadeiras 2,60E+00

Caminhão 3,20E+00

Figura 5.4 – Contato de Veículos de Grande Porte com linhas de Transmissão


Fonte: Department of Minerals and Energy Western Australia

A maioria dos contatos se deu por veículos de grande porte, o que demonstra a
importância do seu distanciamento de indústrias e alguns setores de extração.

Estudos realizados nos EUA durante um período de 10 anos constataram cerca de


500 casos, com alguns casos de funcionários sofrendo choques elétricos e outras
lesões, resultando em grandes períodos de internamento hospitalar.
hospitalar. Os dados são
expostos segundo a Figura 5.5.
5.

Transporte 4,10E-04

Carregador 2,58E-04

Pessoas 2,04E-04

Carregamento de Equipamentos 5,60E-05 Acidentes/ano

Andaimes 4,40E-05

Equipamento de Grande Porte 1,00E-03


03

Outros tipos de contatos 2,80E-05

Figura 5.5 – Acidentes em Linhas de Transmissão (1996)


Fonte: OSHA

A maior parte dos acidentes identificados está relacionada a equipamentos de


grande porte (1,00E-03
03 acidentes/ano), o que incluem caminhões, guindastes e etc.,

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seguido de acidentes de transporte (4,10E-04


(4,10E 04 acidentes/ano) relacionados colisões
com a base de sustentação das linhas, ou objetos transportados por veículos de
grande porte resultando em abalroamento.

Diversos acidentes foram registrados com funcionários do setor de construção civil,


entre os anos de 1998 e 1999 foram registrados uma media de 7,15E+01
acidentes/ano.

Não-fatais/ano 6,60E+01

Fatalidades/ano 5,50E+00

Figura 5.6 – Acidentes elétricos na construção civil. (2006)


Fonte: NSW

Segundo o Department of Labor’s Bureau of Labor Statistics de 2,79E+02 acidentes


registrados, com eletrocução, durante o ano de 1996 1,16E+02 acidentes/ano foram
resultado de contato entre funcionários do setor de construção e linhas de alta
tensão.

Dos acidentes fatais registrados (5,50E+00 fatalidades/ano), 2,50E+00


fatalidades/ano foram registradas em residências, e 1,50E+00 fatalidades/ano foram
registradas em áreas rurais e industriais. A maior parte dos acidentes foi registrada
em homens com idade media de 33 anos.

Dos acidentes não fatais registrados entre julho de 2003 e junho de 2004, 1,85E+01
acidentes/ano necessitaram de intervenção médica. De todos os ac
acidentes foi
constatado que 2,86E+01 acidentes/ano ocorreram durante o horário de trabalho.

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Falha de Seguranção 1,00E+00

Falta de Manutenção 1,00E+00

Acidentes/ano

Prática Ilegal 1,00E+00

Linhas de
2,00E+00
Transmissão

Figura 5.7 – Acidentes elétricos Fatais. (2006)


Fonte: NSW

Os principais acidentes envolvendo contato, exclusivamente com linhas de


transmissão, estão relacionados ao contato corporal de funcionários e/ou
equipamentos (escadas, varas, entre outros.) com as redes de alta ou baixa tensão.
As práticas ilegais abrangem o contato de pessoas da comunidade em geral,
principalmente por entrar em áreas privadas de
de distribuição de energia, surf de trem,
entre outros.

A Alberta Municipal Affairs compilou diversos dados estatísticos segundo o tipo de


contato e danos ocasionados pelo contato de equipamentos e pessoas com a rede
de distribuição de energia, como explicitado
explici na figura subsequente.

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Acidentes/ano

Acidentes/ano

Figura 5.8 – Acidentes com Linhas de Transmissão em Alberta. (2000)


Fonte: Alberta Municipal Affairs

A figura acima apenas confirma o que já havia sido exposto, o grande problema de
cargas e veículos de grande porte, computando, do total de acidentes em Alberta,
cerca de 1,40E+02 acidentes/ano apenas no período compreendido entre
01/04/1999 e 31/03/2000. Fazendas cortadas por linhas de transmissão também
apresentaram um grande risco de acidentes (3,10E+01 acidentes/ano
acidentes/ano) agravando
ainda mais os riscos de exposição a choques elétricos, entre outros problemas.

Em uma analise mais detalhada do município supracitado entre os anos de 1991 e


2000, pode-se
se perceber o quanto acidentes com linhas de transmissão são passiveis
de ocorrer
correr e os inúmeros casos registrados não apenas por este, mas também por
diversos bancos de dados estatísticos do setor energético. Os dados obtidos de
Alberta são mostrados na figura abaixo.

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0,00E+00
91/92 1,60E+01
4,00E+00
92/93 1,10E+01
3,00E+00
93/94 1,50E+01
0,00E+00
94/95 7,00E+00
0,00E+00
95/96 2,00E+00
1,00E+00
96/97 6,00E+00
7,00E+00
97/98 1,40E+01
1,00E+00
98/99 1,50E+01
99/00 1,00E+00
1,00E+01

Fatalidades Ferimentos

Figura 5.9 – Fatalidades e Ferimentos por ano envolvendo Linhas de Transmissão em


Alberta. (2000)
Fonte: Alberta Municipal Affairs

Como se pode perceber a partir dos dados de ferimentos e fatalidades do município,


a cada ano diversas pessoas são internadas com ferimentos
ferimentos graves ocasionados
por linhas de alta tensão. O município apresentou para o período em questão um
total de 1,60E+01
0E+01 fatalidades/ano e 8,60E+01
,60E+01 feridos/ano com um total de acidentes
da ordem de 1,02E+02 acidentes/ano.

5.4.1.1. Incidência de Descargas Atmosféricas

O efeito das descargas em linhas de transmissão pode ser direto ou indireto. Os


efeitos indiretos acontecem quando o raio incide próximo à linha de transmissão.
Neste caso, a tensão induzida só produzirá efeitos mais sérios em linhas de
transmissão de tensão abaixo de 69 kV, que é o caso típico de linhas de
subtransmissão e de distribuição. Linhas com tensão mais alta o efeito da indução
pode ser desconsiderado. A descarga direta é aquela que o raio incide diretamente
na linha de transmissão,
smissão, podendo ocorrer de dois modos:

 No vão da linha de transmissão;


 Na torre.

A proteção, neste caso, é efetuada colocando o cabo guarda (cabo para-raios ou


cabo de cobertura) acima das fases da linha de transmissão. Este cabo guarda

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forma uma proteção,, isto é, um para-raios de Franklin, que produz uma zona
protegida na qual a linha de transmissão está contida.

Da totalidade dos raios que incidem em linhas de transmissão, isto é, mas


propriamente no cabo de cobertura, 6,00E-01
6,00E 01 caem diretamente na torre de
transmissão, os restantes nos vãos.

Quando um raio cai na linha de transmissão entre duas torres, a sobretensão


associada ao raio se divide em duas partes, cada qual se dirigindo em direção
opostas.

Segundo estudo publicado pela IEEE Industry Applications


ns Society Petroleum and
Chemical Industry Technical Conference os riscos associados a linhas de
transmissão estão ligadas a choques, raios, operações, incêndios entre outros
casos. Estes dados são expostos na figura abaixo.

Raios 5,73E+01

Choque elétrico 9,50E+01

Operações 1,50E+01

Incêndio 1,37E+01

Ocorrências/ano
Outros 1,50E+01

Figura 5.10 – Acidentes Elétricos Fatais. (1998)


Fonte: IEEE Industry Applications Society Petroleum and Chemical Industry Technical
Conference

Os raios apresentam-se
se como a segunda maior causa de acidentes em linhas de
alta tensão, respondendo por 5,73E+01 acidentes/ano, ficando atrás apenas de
choques elétricos com 9,50E+01 acidentes/ano.

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Um estudo semelhante foi realizado a partir de dados coletados pela usina de


ITAIPU, inerentes ao sistema de transmissão de energia das usinas do rio madeira
para o sudeste. Os dados são expostos
expost na próxima figura.

Descargas atmosféricas 2,51E-01

Queimadas 9,70E-02

Ocorrências/100 km/ ano

Queda de estrutura 3,80E-02

Total (incluindo todos os


3,86E
3,86E-01
tipos de "causas")

Figura 5.11 – Número Médio, por 100 Km de Linha e Por Ano, de Curto
Curto-Circuito,
nas Linhas do Sistema de Transmissão de Itaipu. (2008)
Fonte: ITAIPU

Os acidentes de Itaipu estão relacionados a curtos-circuitos


curtos circuitos ocasionados pelas
causas abordadas na Figura 5.11.
5 . As descargas atmosféricas foram as maiores
responsáveis pela causa supracitada (2,51E-01
(2,51E ocorrências/100 km/ano).

Segundo estudo realizado pelo Sistema de Transmissão Nordeste S.A. – STN,


diversos problemas em para-raios
para são responsáveis pelas altas tensões geradas por
descargas elétricas, como exposto na próxima figura.

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Falta de amortecedores 3,00E+00

Rabicho com
4,00E+00
defeito/desconectado

Falta ou defeito em peças de


6,67E-01
fixação
Falha e/ou Acodentes por ano

Figura 5.12 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo o Sistema de Proteção
(Pára-Raios). (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste
No S.A.

Os rabichos com defeito e/ou danificados merecem maior atenção, uma vez que são
responsáveis pela dissipação da energia para o solo, protegendo todo e sistema e
circunvizinhança da ação de descargas atmosféricas.

Em estudo realizado por FURNAS sinaliza que entre os anos de 1996 e 2001
ocorreram 9,45E+01 eventos de desligamentos de linhas de transmissão por ano,
ocasionados por descargas atmosféricas e classificados segundo a figura a seguir.

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2001 1,87E+01

2000 1,27E+01

1999 1,50E+01
Desligamentos/ano
1998 1,20E+01

1997 1,52E+01

1996 2,10E+01

Figura 5.13 – Desligamentos por ano do Sistema FURNAS


FURNAS Ocasionados por Descargas
Atmosféricas. (1996-2001)
Fonte: FURNAS

Estes dados mostram a importância da instalação dos sistemas de proteção contra


descargas atmosféricas, uma vez que a sua ausência pode resultar em acidentes
graves além da suspensão do sistema de distribuição de energia.

5.4.1.2.
.2. Crescimento de Vegetação

Uma das principais causas de falha nos sistemas elétricos é ocasionada pelo
crescimento de árvores
rvores e outros tipos de vegetação próximos a rede elétrica. Este é
um fator ainda não considerado, com um plano de ação efetivo, pelas principais
redes de distribuição
uição do mundo, apesar dos diversos casos de falhas ocorridos. Um
deles, ocorrido em Ontário na região nordeste dos EUA, em agosto de 2003 foi
responsável por um grande “apagão” em toda a região, implicando em perdas
econômicas para a região. Segundo estudo
estudo desenvolvido pelo Vegetation
management standard (FAC
FAC-003-1),
), entre os anos de 2004 e 2007 nos EUA,
identificaram que as principais causas de falhas nas linhas de transmissão são
ocasionadas pelo crescimento de árvores, ou a projeção de árvores fora da e
estrutura
de sustentação da fiação. Estes dados são expostos na figura a seguir.

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Falhas (vegetação fora da


2,35E+01
estrutura)

Falhas (Vegetação dentro da Falhas/ano


3,25E+00
estrutura)

Crescimento de Vegetação
8,75E+00
(dentro/fora da estrutura)

Figura 5.14 – Dados relativos ao desenvolvimento de vegetação nos EUA. (2008)


Fonte: The International Archives of the Photogrammetry, Remote Sensing and Spatial Information
Sciences.

A NERC's Board of Trustees aprovou outras normas relacionadas ao crescimento de


vegetação próximo as linhas de transmissão, chamadas de Transmission Vegetation
Management Annual Work Plan (FAC-006-1) e a Reporting for Vegetation
Vegetation-Related
Outages (FAC-007-1).

5.4.1.3. Principais não conformidades encontradas no sistema das Linhas de


Transmissão resultantes em falhas e/ou acidentes.

A Transmissora é responsável pela manutenção e operação dos ativos de sua


propriedade, que estão sujeitos a vários tipos de falhas: prematuras ou precoces,
casuais e falhas por desgaste. As primeiras ocorrem no período de depuração.
Geralmente são problemas congênitos que surgem na fase de manutenção e
operação, oriundos do projeto e construção. As falhas casuais são a
adquiridas ao
longo de sua vida útil, devido à ação direta dos inúmeros agentes externos e
internos. São levantadas durante as inspeções ou se manifestam nas emergências.
Mesmo operando e mantendo suas instalações de transmissão de forma adequada,
a energia gerada sofre no transporte diversas perturbações aleatórias ou intrínsecas,
com níveis de severidade diferentes e de origem externa (distúrbios aleatórios que

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 19
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

fogem do controle das empresas, incluindo aqueles originados em instalações


adjacentes) e interna (distúrbios permanentes ou transitórios do próprio sistema de
potência). Há também patologias decorrentes da falta de um investimento sistêmico
na manutenção e operação.

Durante o período considerado ocorreram os seguintes desligamentos segundo


informações do Sistema de Transmissão Nordeste S/A.

1,80E+01

6,00E+00

2,00E+00 2,00E+00
1,00E+00 1,00E+00 1,00E+00

Desligamento em Desligamentos Desligamentos poluição Ação inadequada Urgência Urgência


de urgência por automáticos por automáticos por atmosférica de manutenção programada por programada por
motivo fortuito queimadas descargas no sistema de defeito de defeito na
atmosféricas proteção prensagem do tubulação do relé
cabo ao terminal de gás do banco
do circuito de de reatores
corrente do
oscilógrafo

Falhas e/ou Acidentes por ano

Figura 5.15 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo Estudo Realizado pela
STN. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S/A.

Seguem, nos itens abaixo, as principais não conformidades identificadas, com uma
linguagem própria, adotada no campo, levantada por inspetores, para a transmissão,
durante três anos após o término da construção, podendo resultar em acidentes e/ou
interrupção no fornecimento.

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 20
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

 Área Ocupada

Benfeitoras na faixa 1,00E+00

Falta de aterramento em cercas 7,00E+00

Vegetação alta 7,67E+00

Roças com risco de queimadas 1,90E+01

Plantio de árvores perigosas 3,33E+00

Árvores isoladas perigosas 1,87E+01

Falha e/ou acidentes por ano

Figura 5.16 – Perigos ou Situações de Riscos Identificadas Segundo a Faixa de Servidão. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.

Entre as principais causas de acidentes ou exposição podendo resultar em tal


ocorrência, foram as áreas de roçados cruzadas
cruzadas por linhas de alta tensão, devido a
presença de queimadas para o plantio, técnica muito utilizada no Brasil;
respondendo sozinha por 1,90E+01 falhas/ano, no setor de distribuição de energia.

 Estradas de Acesso

As estradas de acesso apresentam riscos no que diz respeito ao acesso ao local das
linhas de transmissão, principalmente nas áreas destinadas para tal que, na maioria
das vezes, encontram-se
se intransitáveis devido a falta de manutenção, resultando em
acidentes de transporte dos funcionários (4,10E+01
(4,10E+01 acidentes/ano), seguido pela
falta de vias de acesso (2,07E+01 acidentes/ano).

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 21
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

Falta de passagem
3,00E+00
molhada

Falta ou dano em colchete 1,00E+01

Falta de estrada de acesso 2,07E+01

Estrada sem drenagem 6,67E-01

Acesso impedido 7,00E+00

Acesso intrasitável 4,10E+01

Falta ou dano em porteiras 1,27E+01

Na área da estrada 6,67E-01

Falha e/ou acidentes por ano

Figura 5.17 – Perigos ou Situações de Riscos Identificadas Segundo as Estradas de Acesso. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.

 Fundações

Conforme mostra a Figura 5.18,


5. , os acidentes relacionados a erosão na base
respondem sozinhos por 7,67E+00 acidentes/ano, a maior causa de exposição ao
risco quando considerados os problemas relacionados a fundação da estrutura. A
erosão da base esta relacionada a falta de estudo do subsolo da região, e trata
trata-se
de um importante item a ser avaliado, uma vez que a queda da torre implica em
ruptura dos cabos e exposição das áreas circunvizinhas ao alto potencial elétrico.

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 22
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

Dano a proteção
1,00E+00
anticorrosiva

Arrancamento de fundação 6,67E-01

Fundação com recalque 1,00E+00

Formigueiros na base 1,00E+00

Erosão na base da torre 7,67E+00

Falha e/ou acidentes por…

Figura 5.18 – Perigos ou Situações de Riscos Identificadas Segundo as Fundações. (2009)


Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.

 Estruturas

A falta de peças ou parafusos (2,57E+01 acidentes/ano) representa à maior parte


das ocorrências de falhas e/ou acidentes
acidentes ligados a estrutura resultando em queda de
peças e funcionários, bem como em colapso da estrutura; seguido da aplicação de
tensão inadequada a estrutura (1,23E+01 acidentes/ano) resultando em acidentes
com choques elétricos de funcionários e população circunvizinha. Estas ocorrências
são apresentadas na Figura 5.19
5. e com base nos dados fornecidos pelo STN.

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 23
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

Torre fora de prumo ou flambagem 1,33E+00

Faltando peças e/ou parafusos 2,57E+01

Faltando acessorios de
4,67E+00
estaiamento
Falha e/ou acidentes por ano
Casa de abelha 7,67E+00

Falta de sinalização 1,33E+00

Tesão inadequada 1,23E+01

Figura 5.19 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo as Estruturas. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.

Segundo levantamento realizado por FURNAS, entre os anos de 1975 e 2005


ocorreram 1,17E+00 acidentes/ano relacionadas ao colapso das torres por ventos
fortes totalizando 4,58E+00 colapsos/ano ocorridos durantes tempestades severas.

Em estudo desenvolvido pela Hidrelétrica de ITAIPU, o número médio de


ocorrências entre os anos de 1993 e 2005, por 100 km de linha e por ano, de curtos
curtos-
circuitos (referidos a polos afetados), originados por queda de torres, provocando
curto-circuito, simultâneo,
ltâneo, nos dois polos de um mesmo bipolo, nas linhas do
Sistema de Transmissão foram da ordem de 2,86E-02
2,86E 02 ocorrências/100 km/ano.

 Sistema de Aterramento

Os problemas com aterramento estão relacionados ao contrapeso partido e/ou


desconectado, apresentando um total de 7,33E+00 acidentes/ano prejudicando a
dissipação das correntes para o solo.

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 24
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

 Condutores

Falta amortecedores-espaçadores
espaçadores 1,33E+00

Falta ou amortecedores com defeito 4,67E+00

Uso de ferragens inadequadas 6,67E+01

Cadeias fora de prumo 1,57E+01

Defeito em quadruplicadores 3,33E-01

Defeito nos isoladores de vidro 6,67E-01 Falha e/ou acidentes por ano

Isoladores polimericos rasgados 3,33E+00

Defeitos em grampos de suspenção 1,33E+00

Falta ou contrapinos com defeito 1,13E+01

Cadeias sem anéis equalizadores 1,93E+01

Distância cabo solo insuficiênte 6,67E-01

Figura 5.20 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo as Estruturas. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.

As cadeias sem anéis equalizadores são responsáveis por 1,93E+01 acidentes/ano


influenciando indiretamente nas taxas de falhas nas linhas. Segundo classificação
dos defeitos que influenciam diretamente nas falhas nas linhas temos a distância
cabo-solo insuficiente
iente representando 6,67E-01
6,67E 01 ocorrências/ano. Os isoladores
polimétricos, por exemplo, apresentam uma taxa de falha igual a 3,33E+00.

5.5. CONCLUSÃO

Para o desenvolvimento dos demais capítulos deste EAR é fator fundamental a


definição da frequência de ocorrência
oco de acidentes em Linhas de Transmissão
Transmissão. Para
este estudo serão adotados valores conservativos conforme indicado na
nas Tabelas
5.2 a 5.3.

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


RET.01-EAR-178-2011-REV.1 AGOSTO/2011
5. 25
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

Tabela 5.2
Frequência de acidentes/ano (Exclusos as fatalidades)
Linhas de Transmissão
Acidentes em Linhas de Transmissão
Acidentes/ano
Banco de
Item Característica Frequência
Dados
1. Linhas de Transmissão 1,36E+03
1.1. No Setor 4,09E+02
1.1.1. Típico 1,50E+01
1.1.2. Trajeto 3,00E+00
1.1.3. Contratadas 6,00E+01
1.1.4. População Externa 3,31E+02
Fundação COGE.

1.2. Distribuidoras 3,84E+02


1.2.1. Típico 1,30E+00
1.2.2. Trajeto 3,00E+00
1.2.3. Contratadas 5,40E+01
1.2.4. População Externa 3,26E+02
1.3. Geradoras/ Transmissoras/ Outras 1,30E+01
1.3.1. Típico 2,00E+00
1.3.2. Contratadas 6,00E+00
1.3.3. População Externa 5,00E+00
1.4. Acidentes em Geral 2,64E+02
1.4.1. Equipamentos de Grande Porte 1,00E-03
OSHA

1.4.2. Andaimes 4,40E-05


1.4.3. Carregamento de Equipamento 5,60E-05
1.4.4. Transporte 4,10E-04
Equipamentos (Guinchos, Gruas, Etc.) Montados
1.4.5. 3,30E+01
em um Caminhão.
Alberta Municipal Affairs

1.4.6. Veículos Fora de Controle 4,00E+01


Caminhões e/ou Veículos Transportando Cargas
1.4.7. 5,80E+01
Muito Altas.
1.4.8. Veículos de Escavação e Terraplanagem 9,00E+01
1.4.9. Atividades em Fazendas 3,10E+01
Deslocamento de Estruturas (Contentores de
1.4.10 1,00E+00
Grãos)
1.4.11 Equipamentos de Perfuração e Sísmicos 5,00E+00
1.4.12 Aeronaves, Paraquedas, Pipas, Etc. 6,00E+00
Continua...

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


RET.01-EAR-178-2011-REV.1 AGOSTO/2011
5. 26
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

...continuação
Banco de
Item Característica Frequência
Dados
1.5. Contato de Veículos de Grande Porte 8,40E+00
Energy Western
Department of
Minerals and

1.5.1. Caminhões 3,20E+00


Australia

1.5.2. Escavadeiras 2,60E+00


1.5.3. Furadores 6,00E-01
1.5.4. Guindaste 2,00E+00
1.6. Descargas Atmosféricas ------------
ITAIPU

1.6.1. Raios (Ocorrências /100 Km/ano) 2,51E-01


Applications Society

Chemical Industry
Petroleum and
IEEE Industry

Conference
Technical

1.6.2. Raios (Ocorrências/ano) 5,73E+01


FURNAS

1.6.3. Desligamentos/ano 9,45E-01


Nordeste S.A. –

1.7. Problemas em para-raios 7,67E+00


Transmissão
Sistema de

1.7.1. Falta ou defeito em Peças de Fixação 6,67E-01


STN

1.7.2. Rabicho com Defeito / Desconectado 4,00E+00


1.7.3. Falta de Amortecedores 3,00E+00
1.8. Curtos – Circuitos (Ocorrências/100Km/ano) 1,35E-01
ITAIPU

1.8.1. Descargas Atmosféricas 2,51E-01


1.8.2. Queimadas 9,70E-02
1.8.3. Queda de Estruturas 3,80E-02
1.9. Falhas/ano 3,55E+01
The International

Photogrammetry
Archives of the

1.9.1 Crescimento de Vegetação (Dentro/fora da estrutura) 8,75E+00


3,25E+00
1.9.2 Vegetação Dentro da Estrutura

2,35E+01
1.9.3. Vegetação Fora da Estrutura
Continua...

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


RET.01-EAR-178-2011-REV.1 AGOSTO/2011
5. 27
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

...continuação
Banco de
Item Característica Frequência
Dados
1.10. Segundo a Área Ocupada 5,67E+01
1.10.1. Arvorem Isoladas Perigosas 1,87E+01
1.10.2. Plantio de Arvores Perigoso 3,33E+00
1.10.3. Roças com Riscos de Queimadas 1,90E+01
1.10.4. Vegetação Alta 7,67E+00
1.10.5 Falta de Aterramento em Cercas 7,00E+00
1.10.6 Benfeitorias na Faixa 1,00E+00
Sistema de Transmissão Nordeste S.A.

1.11. Segundo a Área de Acesso 6,94E+01


1.11.1. Na Área da Estrada 6,67E-01
1.11.2. Acesso Intransitável 4,10E+01
1.11.3. Acesso Impedido 7,00E+00
1.11.4. Falta de Estrada de Acesso 2,07E+01
1.12. Segundo as Fundações 1,03E+01
1.12.1. Erosão na Base da Torre 7,67E+00
1.12.2. Fundação com Recalque 1,00E+00
1.12.3. Arrancamento de Fundação 6,67E-01
1.12.4. Dano na Proteção Anticorrosiva 1,00E+00
1.13. Segundo as Estruturas 5,30E+01
1.13.1. Tensão Inadequada 1,23E+01
1.13.2. Falta de Sinalização 1,33E+00
1.13.3. Casa de Abelha 7,67E+00
1.13.4. Falta de Acessórios de Estaiamento 4,67E+00
1.13.5. Falta de Peças e Parafusos 2,57E+01
1.13.6. Torre Fora de Prumo e Flambagem 1,33E+00
1.14. Segundo o Sistema de Aterramento 7,33E+00
Sistema de Transmissão

1.14.1. Aterramento 7,33E+00


3,93E+01
Nordeste S.A.

1.14.1. Segundo os Condutores


1.14.2. Distancia Cabo-Solo Insuficiente 6,67E-01
1.14.3. Cadeias sem Anéis Equalizadores 1,93E+01
1.14.4. Falta ou Amortecedores com Defeito 4,67E+00
1.14.5. Falta ou Contrapinos com Defeitos 1,13E+01
1.14.6. Isoladores Poliméricos Rasgados 3,33E+00

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 28
ENERGIAS EÓLICAS DO NORDESTE S.A

Tabela 5.3
Frequência de fatalidades/ano
Linhas de Transmissão
Fatalidades em Linhas de Transmissão
Fatalidades/ano
Banco de Dados Item Característica Frequência
1. Linhas de Transmissão 1,92E+02
1.1. Setor Elétrico 5,50E+00
1.2. Segundo a Causa 1,86E+02
NSW

1.2.1. Linhas de Transmissão 2,00E+00


1.2.2. Pratica Ilegal 1,00E+00
1.2.3. Falta de Manutenção 1,00E+00
Applications Society

1.2.4. Falha na Segurança 1,00E+00


Chemical Industry
IEEE - Industry

Petroleum and

Conference

1.2.5. Descargas Atmosféricas 5,73E+01


Technical

1.2.6. Choque Elétrico 9,50E+01

1.2.7. Operações 1,50E+01

1.2.8. Incêndio 1,37E+01

5. ANÁLISE HISTÓRICA DE ACIDENTES


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5. 29

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