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5.1. INTRODUÇÃO
1
Similares, porém não necessariamente usinas eólicas.
As linhas de transmissão,
smissão, atualmente são a maneira mais eficiente de levar energia
do local de geração ao consumidor final e que estão presentes em praticamente
todos os lugares onde existem populações significativas instaladas; mas devido a
problemas geográficos, econômicos, ou sociais algumas linhas de transmissão
passam próximas a áreas residenciais e industriais causando preocupação na
comunidade local em relação aos efeitos na saúde dos elevados campos elétricos e
magnéticos.
5,00E+00
Geradoras/Transmissoras 6,00E+00
/Outras 0,00E+00
2,00E+00
3,26E+02
Distribuidoras 5,40E+01
3,00E+00
1,30E+01
3,31E+02
No setor 6,00E+01
3,00E+00
1,50E+01
Como se pode observar, a maioria dos acidentes ocorridos no ano de 2008 envolve
a população externa ao empreendimento, não por falta de medidas de segurança
por parte da empresa de distribuição, mas pela não conscientização da população
do entorno que gera situações de risco a empresa.
Em 2008 foram perdidas 925.984 horas em decorrência dos acidentes com lesão,
que se comparadas com as 870.048 horas perdidas em 2007, mostram um aumento
de 6%, não acompanhando o crescimento de horas trabalhadas que foi de 1%. Os
custos com acidente no setor elétrico brasileiro são demonstrados segundo a figura
a seguir.
20… 1,84E+02
20… 3,04E+02
Acidentes/ano
20… 4,44E+02
20… 4,21E+02
20… 6,41E+02
20… 6,68E+02
20… 5,32E+02
20… 5,95E+02
Figura 5.2 – Custo Total Estimado de Acidentes do Trabalho por Ano no Setor Elétrico
Brasileiro (em milhões de reais) [2008].
Fonte: Fundação COGE.
Além dos fatores físicos identificados acima, existem também os fatores ambientais
influentes na segurança dos serviços operacionais em redes aéreas de distribuição,
como exposto na Tabela 5.1.
Tabela 5.1
Fatores Ambientais Influentes na Segurança dos Serviços Operacionais em Redes Aéreas de
Distribuição de Energia elétrica.
CONDIÇÃO AMBIENTE DE INSEGURANÇA
CASO FATOR AMBIENTAL
(NBR 14280)
01 Pouca iluminação. Iluminação inadequada.
02 Chuva / tempestade/ ventania Exposição aos fenômenos da natureza.
Irregularidade ou instabilidade do
03 Riscos da natureza.
terreno.
Dependências inseguras de Riscos inerentes às dependências inseguras de
04
terceiros. terceiros.
05 Poste na beira de valas e rios. Riscos da natureza/ mal projetado.
Poste congestionado por
06 estruturas e outros objetos Problema de espaço e circulação/mal projetado.
estranhos às redes elétricas.
07 Trânsito intenso. Riscos relacionados com o trânsito.
Ações agressivas da
08 Riscos relacionados com o ambiente público.
comunidade.
09 Presença e ações de animais. Presença de animais.
10 Sol quente/ forte calor. Exposição aos fenômenos da natureza
Postes e estruturas fora do
11 Mal projetado/mal construído.
padrão.
Fonte: Revista Produção v. 13 n. 2 2003
Fundação COGE;
Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional;
Sistema de Transmissão Nordeste S.A. – STN;
FURNAS Centrais Elétricas S.A.
5.3. DEFINIÇÕES
Falha mecânica;
Falha humana (operacional);
Causa natural;
Corrosão;
Ação de terceiros;
Abalos sísmicos;
Outras (Causa desconhecida).
A seguir são apresentadas as definições adotadas para cada uma das categorias de
falhas.
Causa Natural – Dentre as causas naturais que podem gerar acidentes, estão
incluídos os problemas geológicos como os desabamentos, desmoronamentos e
movimentação do solo (movimento de massa); os problemas hidrológicos como as
inundações e as consequentes correntes de água provocadas e outros problemas
naturais, tais como, descargas atmosféricas, vendavais etc., estão incluídos nesta
categoria.
materiais, sejam metálicos como os aços ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não
metálicos, como plásticos, cerâmicas ou concretos. A ênfase neste estudo será
sobre a corrosão dos materiais metálicos. Esta corrosão é denominada corrosão
metálica.
Ação de Terceiros – Nesta categoria estão incluídas causas geradas por outros
eventos/atividades não diretamente relacionados com instalações estudadas. Essas
causas podem ainda ser divididas em dois tipos: intencional (sabotagem ou
vandalismo) ou não intencional (Ex.: Abertura de vala para drenagem ou galeria de
águas pluviais pelas prefeituras locais sem o devido conhecimento do local).
Vazamento – Perda de produto, mas que não sofreu incêndio e/ou explosão.
Outros 1,00E+00
Guindastes 2,00E+00
Furadores 6,00E
6,00E-01 Acidentes/ano
Escavadeiras 2,60E+00
Caminhão 3,20E+00
A maioria dos contatos se deu por veículos de grande porte, o que demonstra a
importância do seu distanciamento de indústrias e alguns setores de extração.
Transporte 4,10E-04
Carregador 2,58E-04
Pessoas 2,04E-04
Andaimes 4,40E-05
Não-fatais/ano 6,60E+01
Fatalidades/ano 5,50E+00
Dos acidentes não fatais registrados entre julho de 2003 e junho de 2004, 1,85E+01
acidentes/ano necessitaram de intervenção médica. De todos os ac
acidentes foi
constatado que 2,86E+01 acidentes/ano ocorreram durante o horário de trabalho.
Acidentes/ano
Linhas de
2,00E+00
Transmissão
Acidentes/ano
Acidentes/ano
A figura acima apenas confirma o que já havia sido exposto, o grande problema de
cargas e veículos de grande porte, computando, do total de acidentes em Alberta,
cerca de 1,40E+02 acidentes/ano apenas no período compreendido entre
01/04/1999 e 31/03/2000. Fazendas cortadas por linhas de transmissão também
apresentaram um grande risco de acidentes (3,10E+01 acidentes/ano
acidentes/ano) agravando
ainda mais os riscos de exposição a choques elétricos, entre outros problemas.
0,00E+00
91/92 1,60E+01
4,00E+00
92/93 1,10E+01
3,00E+00
93/94 1,50E+01
0,00E+00
94/95 7,00E+00
0,00E+00
95/96 2,00E+00
1,00E+00
96/97 6,00E+00
7,00E+00
97/98 1,40E+01
1,00E+00
98/99 1,50E+01
99/00 1,00E+00
1,00E+01
Fatalidades Ferimentos
forma uma proteção,, isto é, um para-raios de Franklin, que produz uma zona
protegida na qual a linha de transmissão está contida.
Raios 5,73E+01
Operações 1,50E+01
Incêndio 1,37E+01
Ocorrências/ano
Outros 1,50E+01
Os raios apresentam-se
se como a segunda maior causa de acidentes em linhas de
alta tensão, respondendo por 5,73E+01 acidentes/ano, ficando atrás apenas de
choques elétricos com 9,50E+01 acidentes/ano.
Queimadas 9,70E-02
Figura 5.11 – Número Médio, por 100 Km de Linha e Por Ano, de Curto
Curto-Circuito,
nas Linhas do Sistema de Transmissão de Itaipu. (2008)
Fonte: ITAIPU
Rabicho com
4,00E+00
defeito/desconectado
Figura 5.12 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo o Sistema de Proteção
(Pára-Raios). (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste
No S.A.
Os rabichos com defeito e/ou danificados merecem maior atenção, uma vez que são
responsáveis pela dissipação da energia para o solo, protegendo todo e sistema e
circunvizinhança da ação de descargas atmosféricas.
Em estudo realizado por FURNAS sinaliza que entre os anos de 1996 e 2001
ocorreram 9,45E+01 eventos de desligamentos de linhas de transmissão por ano,
ocasionados por descargas atmosféricas e classificados segundo a figura a seguir.
2001 1,87E+01
2000 1,27E+01
1999 1,50E+01
Desligamentos/ano
1998 1,20E+01
1997 1,52E+01
1996 2,10E+01
5.4.1.2.
.2. Crescimento de Vegetação
Uma das principais causas de falha nos sistemas elétricos é ocasionada pelo
crescimento de árvores
rvores e outros tipos de vegetação próximos a rede elétrica. Este é
um fator ainda não considerado, com um plano de ação efetivo, pelas principais
redes de distribuição
uição do mundo, apesar dos diversos casos de falhas ocorridos. Um
deles, ocorrido em Ontário na região nordeste dos EUA, em agosto de 2003 foi
responsável por um grande “apagão” em toda a região, implicando em perdas
econômicas para a região. Segundo estudo
estudo desenvolvido pelo Vegetation
management standard (FAC
FAC-003-1),
), entre os anos de 2004 e 2007 nos EUA,
identificaram que as principais causas de falhas nas linhas de transmissão são
ocasionadas pelo crescimento de árvores, ou a projeção de árvores fora da e
estrutura
de sustentação da fiação. Estes dados são expostos na figura a seguir.
Crescimento de Vegetação
8,75E+00
(dentro/fora da estrutura)
1,80E+01
6,00E+00
2,00E+00 2,00E+00
1,00E+00 1,00E+00 1,00E+00
Figura 5.15 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo Estudo Realizado pela
STN. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S/A.
Seguem, nos itens abaixo, as principais não conformidades identificadas, com uma
linguagem própria, adotada no campo, levantada por inspetores, para a transmissão,
durante três anos após o término da construção, podendo resultar em acidentes e/ou
interrupção no fornecimento.
Área Ocupada
Figura 5.16 – Perigos ou Situações de Riscos Identificadas Segundo a Faixa de Servidão. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.
Estradas de Acesso
As estradas de acesso apresentam riscos no que diz respeito ao acesso ao local das
linhas de transmissão, principalmente nas áreas destinadas para tal que, na maioria
das vezes, encontram-se
se intransitáveis devido a falta de manutenção, resultando em
acidentes de transporte dos funcionários (4,10E+01
(4,10E+01 acidentes/ano), seguido pela
falta de vias de acesso (2,07E+01 acidentes/ano).
Falta de passagem
3,00E+00
molhada
Figura 5.17 – Perigos ou Situações de Riscos Identificadas Segundo as Estradas de Acesso. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.
Fundações
Dano a proteção
1,00E+00
anticorrosiva
Estruturas
Faltando acessorios de
4,67E+00
estaiamento
Falha e/ou acidentes por ano
Casa de abelha 7,67E+00
Figura 5.19 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo as Estruturas. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.
Sistema de Aterramento
Condutores
Falta amortecedores-espaçadores
espaçadores 1,33E+00
Defeito nos isoladores de vidro 6,67E-01 Falha e/ou acidentes por ano
Figura 5.20 – Perigos e/ou Situações de Riscos Identificadas Segundo as Estruturas. (2009)
Fonte: STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.
5.5. CONCLUSÃO
Tabela 5.2
Frequência de acidentes/ano (Exclusos as fatalidades)
Linhas de Transmissão
Acidentes em Linhas de Transmissão
Acidentes/ano
Banco de
Item Característica Frequência
Dados
1. Linhas de Transmissão 1,36E+03
1.1. No Setor 4,09E+02
1.1.1. Típico 1,50E+01
1.1.2. Trajeto 3,00E+00
1.1.3. Contratadas 6,00E+01
1.1.4. População Externa 3,31E+02
Fundação COGE.
...continuação
Banco de
Item Característica Frequência
Dados
1.5. Contato de Veículos de Grande Porte 8,40E+00
Energy Western
Department of
Minerals and
Chemical Industry
Petroleum and
IEEE Industry
Conference
Technical
Photogrammetry
Archives of the
2,35E+01
1.9.3. Vegetação Fora da Estrutura
Continua...
...continuação
Banco de
Item Característica Frequência
Dados
1.10. Segundo a Área Ocupada 5,67E+01
1.10.1. Arvorem Isoladas Perigosas 1,87E+01
1.10.2. Plantio de Arvores Perigoso 3,33E+00
1.10.3. Roças com Riscos de Queimadas 1,90E+01
1.10.4. Vegetação Alta 7,67E+00
1.10.5 Falta de Aterramento em Cercas 7,00E+00
1.10.6 Benfeitorias na Faixa 1,00E+00
Sistema de Transmissão Nordeste S.A.
Tabela 5.3
Frequência de fatalidades/ano
Linhas de Transmissão
Fatalidades em Linhas de Transmissão
Fatalidades/ano
Banco de Dados Item Característica Frequência
1. Linhas de Transmissão 1,92E+02
1.1. Setor Elétrico 5,50E+00
1.2. Segundo a Causa 1,86E+02
NSW
Petroleum and
Conference