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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

ISCED – UÍGE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS
SECÇÃO DE ENSINO DE MATEMÁTICA

ALGORITMO PARA O CÁLCULO DE LOGARITMOS DECIMAIS

Por

BIMPA FRANCISCO MAVENGO PEDRO

Trabalho apresentado para


obtenção do grau de licenciado em
Ciências de Educação na opção de
Ensino de Matemática

Uíge, 2018
BIMPA FRANCISCO MAVENGO PEDRO

ALGORITMO PARA O CÁLCULO DE LOGARITMOS DECIMAIS

Tutor: MSc. Kumbo João


Co - Tutor: Lic. Venâncio Sebastião Finda

Trabalho apresentado para


obtenção do grau de licenciado em
Ciências de Educação, opção de
ensino de Matemática.
I

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao casal Hutawako António e Rita de Assunção, pela paciência e
persistência, amor e apoio incondicional que me deram, aos meus progenitores Luntadila
Pedro e Albertina Mavengo por me terem gerado, pois, são a razão da minha existência, á
minha futura esposa Joana Joaquim António e aos meus amados irmãos, amigos pelo apoio
moral e atenção incondicional que me deram durante a minha vida académica.
II

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, pois sem ele eu não teria forças para aguentar essa longa
jornada, e por me conceder uma mente disponível para o aprendizado.

Aos meus amados pais, Luntadila Pedro e Albertina Mavengo, por me terem mostrado o
mundo e o caminho da escola. A minha família em geral que, com muito carinho e apoio, não
mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

Agradeço ainda, e muito sinceramente, às pessoas que contribuíram direita ou indirectamente


na minha vida académica. Aos meus orientadores MSc. Kumbo João e Lic. Venâncio
Sebastião Finda, que de forma sábia, ensinar-me todo o segredo para a realização deste
trabalho.

Agradeço a todos professores que contribuíram na minha formação académica e profissional,


desde o ensino primário até o ensino superior. Especialmente ao MSc. Estêvão Zilungua
Capela, por ter sido o protagonista na arrumação das bibliografias que serviram de fonte de
pesquisa para elaboração deste trabalho. Ao meu querido professor da 4ª Classe, Manuel
Kiazeya, por ter confiado e apostado em mim.

Agradeço a Direcção da Escola de Formação de Professores “Foguetão” do Uíge por nos ter
permitido efectuar este trabalho.

Aos meus irmãos e amigos, Kifuando Félix, Leonel Nunes, Pedro Vika, Daniel Nsumbo,
Agatângelo Francisco, Pedro Mudiambo, Georgina da Silva, Rogeiro António, Madalena
Rafael, Gamita Jorge, Januário Gaspar, pela cumplicidade, carinho e apoio prestado em todos
momentos de minha vida. Especialmente ao meu grupo de estudo “Mukena Mukena” e para
todos aqueles que duma forma ou outra não fiz menção, aqui fica o meu muito obrigado.
III

EPÍGRAFE

“Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados,


capacita os escolhidos’’.

Albert Einstein
IV

RESUMO
Este trabalho é resultado da pesquisa do processo de ensino e aprendizagem de algoritmo para
o cálculo de logaritmos decimais nos alunos da 10ª Classe da Escola de Formação de
Professores “Foguetão” do Município do Uíge, tendo em conta as dificuldades que os alunos
apresentam no cálculo de logaritmos decimais, despertou a necessidade de como contribuir no
desenvolvimento das habilidades dos alunos no cálculo de logaritmo decimais. Neste caso, o
objectivo fundamental deste trabalho é apresentar um algoritmo para o cálculo de logaritmos
decimais, visando a desenvolver as habilidades dos alunos da 10ª Classe da Escola de
Formação de Professores “Foguetão” do Município do Uíge. Para desenvolver este trabalho,
apoiou-se em alguns métodos, tais como: métodos de nível teórico, métodos de nível empírico
e métodos estatístico matemáticos. Para o suporte teórico, baseou-se numa revisão
bibliográfica feita em vários livros e programas de Matemática do referido nível de ensino,
onde se obteve conceitos que serviram de requisitos iniciais. Para o seguimento deste
trabalho, usou-se a norma APA (6ª edição). Este trabalho está constituído por três capítulos,
uma parte final que integra as conclusões, sugestões, bibliografia e apêndice. Para a
comprovação da hipótese, apoiou-se no teste t de Student para amostra pareada. Por fim, fez-
se uma análise comparativa dos resultados obtidos no pré-teste e pós-teste, notando um
resultado satisfatório no pós-teste, comprovando assim a validez da pesquisa.

Palavras-chave: Algoritmo. Cálculo. Logaritmos Decimais.


V

ABSTRACT
This work is the result of the research of the algorithm teaching and learning process for the
calculation of decimal logarithms in the students of the 10th class of the Teacher Training
School "Foguetão" of the Municipality of Uíge, taking into account the difficulties that
students present in the calculation of decimal logarithms, has awakened the need for how to
contribute in the development of students' abilities in the calculation of decimal logarithm. In
this case, the main objective of this work is to present an algorithm for the calculation of
decimal logarithms, aiming to develop the skills of the students of the 10th Class of the
Teacher Training School "Foguetão" of the Municipality of Uíge. To develop this work, it
was based on some methods, such as: theoretical-level methods, empirical-level methods and
mathematical statistical methods. For the theoretical support, it was based on a bibliographical
revision made in several books and programs of Mathematics of the referred level of
education, where concepts were obtained that served as initial requirements. For the follow-up
of this work, the APA standard (6th edition) was used. This work consists of three chapters, a
final part that integrates the conclusions, suggestions, bibliography and appendix. To test the
hypothesis, we relied on the Student t test for paired sample. Finally, we performed a
comparative analysis of the results obtained in the pre-test and post-test, noting a satisfactory
result in the post-test, thus confirming the validity of the research.

Keywords: Algorithm. Calculation. Decimal Logarithms.


VI

LISTA DE QUADRO E GRÁFICO

Quadro nº 1: Dados do pré-teste ……………………………………………………………43

Gráfico nº 1: Dados do pré-teste……………………………………………………………..43

Quadro nº 2: Dados do pós-teste …………………………………………………………….44

Gráfico nº 2: Dados do pós-teste …………………………………………………………….44

Quadro nº 3: Comparação dos resultados dos testes (pré e pós-teste)………………………46

Gráfico nº 3: Comparação dos resultados dos testes (pré e pós-teste)………………………46

Quadro nº 4: Compovação estatística da hipótese (respostas certas do pré e pós-teste)……48


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1

3 – Justificativo da escolha do tema ....................................................................................... 2


4 – O problema científico ....................................................................................................... 2
5 – Hipótese do tema .............................................................................................................. 3
6 – Objectivos do trabalho ...................................................................................................... 3
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 6

1.1 – Antecedentes da investigação ........................................................................................ 6


1.2 – Nota histórica sobre o surgimento de logaritmos .......................................................... 6
1.3 – Noções elementares sobre logaritmos............................................................................ 9
1.4 – Sistema de logaritmos .................................................................................................. 17
CAPÍTULO II – APRESENTAÇÃO DE ALGORITMO PARA O CÁLCULO DE
LOGARITMOS DECIMAIS ................................................................................................. 24

2.1 – Análise dos programas de Matemática e alguns livros didácticos da 10ª Classe no que
concerne a logaritmos ........................................................................................................... 24
2.2 – Pressupostos iniciais para a compreensão do algoritmo .............................................. 28
2.3 – Algoritmo para o cálculo de logaritmos decimais ....................................................... 30
2.4 – Exemplos de aplicação do algoritmo ........................................................................... 31
2.4.1 – Exercícios propostos ................................................................................................. 40
CAPÍTULO III – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS RECOLHIDOS ..... 41

3.1 – Objectivos do capítulo ................................................................................................. 41


3.2 – Descrição e localização da escola ................................................................................ 41
3.3 – Caracterização da amostra ........................................................................................... 41
3.4 – Abordagem objectiva dos testes .................................................................................. 42
3.5 – Análise comparativa dos dados recolhidos nos testes.................................................. 45
3.6 – Comprovação Estatística da Hipótese .......................................................................... 46
CONCLUSÕES....................................................................................................................... 49

SUGESTÕES .......................................................................................................................... 50

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 51

APÊNDICES ........................................................................................................................... 52
1

INTRODUÇÃO

É facto que a Matemática precisa ser significativa e prazerosa para o aluno. Quando se utiliza
situações da realidade do indivíduo, percebe-se que a aprendizagem de conceitos e posterior
abstracção dos mesmos tornam-se mais fácil. Na actualidade, ou no dia-a-dia os avanços
científicos são de frequente ocorrência, por isso é preciso criar estratégias de ensino para
introduzir determinados conteúdos matemáticos de maneira significativa a fim de que o
individuo ou o aluno perceba o papel da Matemática na sociedade em que está inserido e que,
com posse deste conhecimento, seja capaz de modificar a realidade que o cerca. Despertar o
interesse pela Matemática é o desafio a ser vencido por todos (simpatizantes da Matemática).
Não é uma tarefa fácil, mas com atitudes simples pode-se mudar a visão de que a Matemática
é para poucos que se familiarizam com ciências exactas. Nesta vertente, este trabalho de
pesquisa pensa somente em focar numa área de Matemática que concerne a logaritmos.

1 – Apresentação do tema

O presente trabalho fundamenta-se: no cálculo de logaritmos decimais, aos alunos da 10ª


Classe da Escola de Formação de Professores “ Foguetão’’ do Município do Uíge.

Baseando-se nas dificuldades desta área de ensino, resolveu-se participar na possível solução
das mesmas de modo a reduzir a situação abordando o tema “ Algoritmo para cálculo de
logaritmos decimais na 10ª Classe’’, de maneira a criar e desenvolver bases aceites, através
da apresentação de um algoritmo fundamentando com sugestões para sua aplicação em
exercícios que vão sustentar a teoria e a prática pedagógica, fundamentada nos conhecimentos
já adquiridos e direccionados na superação das dificuldades apresentadas pelos alunos no
cálculo de logaritmos decimais.

Para o alcance dos objectivos traçados o trabalho está estruturado da seguinte maneira:

Começa-se com a introdução, onde destaca-se o tema, o problema científico, o campo de


acção, a justificação da escolha do tema, objectivos, objecto, hipótese e contributo do
trabalho.

O primeiro capítulo, trata-se do enquadramento teórico, onde se apresenta uma abordagem


teórica dos conteúdos que deram sustentabilidade ao estudo em causa.

O segundo capítulo, trata-se da apresentação do algoritmo com procedimentos adequados que


facilite a compreensão do cálculo dos logaritmos decimais.
2

O terceiro capítulo, trata da apresentação do tratamento dos dados recolhidos nos testes
aplicados aos alunos antes e depois das aulas de consolidação envolvendo o algoritmo que se
apresenta no segundo capítulo para apurar a validez e a eficácia do trabalho.

Considerações finais (conclusões, sugestões), bibliografia e apêndices.

2 – Delimitação do tema

Tratar de logaritmos no seu todo é um campo muito abrangente, o presente trabalho está
delimitado apenas no cálculo de logaritmos decimais na 10ª Classe na Escola de Formação de
Professores “Foguetão” do Município do Uíge.

3 – Justificativo da escolha do tema

A escolha do tema, sobre o campo de logaritmos, para o trabalho de conclusão do curso


decorreu da experiência vivida como aluno do ensino médio, isto é, concretamente na Escola
de Formação de Professores “Cor Mariae’’ do Município Uíge, pelo facto de não ter
aprendido na ênfase o tema em causa, e com uma expectativa de poder ou querer aprender no
ensino superior, algo que também não foi concretizado então o tema em causa deixou a
desejar.

Movido pela vontade e necessidade de querer saber mais acerca do tema, e também com a
experiência vivida na Escola de Formação de Professores “ Foguetão’’ como professor
estagiário, pelas dificuldades ora encontradas por parte dos colegas e dos alunos no cálculo de
logaritmos decimais, e pela insuficiência que apresenta o manual da 10ª Classe, levou a
reflectir acerca do mesmo. Por esses motivos sentiu-se a necessidade e obrigação de
desenvolver este trabalho científico nessa área de modo que sirva de ajuda para os professores
ao ensinarem e para aos alunos ao aprenderem tal conteúdo no sentido de minimizar as
dificuldades.

4 – O problema científico

As dificuldades de aprendizagem da Matemática têm sido apresentadas por vários alunos das
Escolas de Formação de Professores do Município do Uíge. Para direccionar esta pesquisa,
levanta-se o seguinte problema científico:

Como contribuir no desenvolvimento das habilidades dos alunos da 10ª Classe da Escola
de Formação de Professores “Foguetão’’ do Município do Uíge, no Cálculo de
logaritmos decimais?
3

5 – Hipótese do tema

Sendo a hipótese uma resposta antecipada, admite-se que os alunos têm dificuldades no
cálculo de logaritmos decimais, atendendo essa situação, apresenta-se a seguinte hipótese:

Se se apresentar um algoritmo para o cálculo de logaritmos decimais, então é possível


contribuir no desenvolvimento das habilidades dos alunos da 10ª Classe da Escola de
Formação de Professores “ Foguetão” do Município do Uíge.

6 – Objectivos do trabalho

Objectivo geral:

O principal objectivo deste trabalho é apresentar um algoritmo para o cálculo de logaritmos


decimais, visando a desenvolver as habilidades dos alunos da 10ª Classe da Escola de
Formação de Professores “Foguetão” do Município do Uíge.

Objectivos específicos:
 Diagnosticar as habilidades dos alunos sobre cálculo de logaritmos decimais na 10ª
Classe na Escola de Formação de Professores “ Foguetão’’ do Município do Uíge.
 Fundamentar teoricamente os conceitos relativos ao cálculo de logaritmos decimais na
10ª Classe na Escola de Formação de Professores “ Foguetão’’ do Uíge.
 Verificar através de uma revisão bibliográfica as teorias sobre o cálculo de logaritmos
decimais na 10ª Classe relacionando assim itens desta área de estudo.
 Avaliar o impacto do algoritmo apresentado na superação das dificuldades da
aprendizagem no cálculo de logaritmos decimais na 10ª Classe.

7 – Objecto de estudo

O presente trabalho tem como objecto de estudo o processo de ensino e aprendizagem da


Matemática na 10ª Classe, na opção Matemática e Física.

8 – Campo de acção

O presente trabalho tem como campo de acção o processo de ensino e aprendizagem do


cálculo de logaritmos decimais na 10ª Classe da Escola de Formação de Professores“
Foguetão’’.

9 – Metodologia de investigação

Tendo em conta o problema levantado durante a pesquisa realizada, houve a necessidade de


fazer o estudo das bibliografias que tratam dos conteúdos relacionados ao cálculo de
4

logaritmos decimais. Para (Marconi, 2003, p. 83) “o método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo-
conhecimentos válidos e verdadeiros-, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientísta”.

Na vida quotidiana, há sempre a perseguição de alguns objectivos. Mas estes não se realizam
por si mesmo, sendo necessária certa actuação, ou seja, a organização de uma sequência de
acções para atingi-los. Assim sendo, para esta pesquisa estão empregues os seguintes
métodos:

Método de nível teórico

 Histórico-lógico:

Este método utilizou-se para estabelecer a análise da evolução histórica dos fenómenos,
permitindo o estudo detalhado da formação dos alunos da Escola de Formação de Professores
e a vinculação da matéria no desenvolvimento de ensino de Matemática em geral e no cálculo
de logaritmos decimais em particular.

 Análise e síntese:

Este método permitiu efectuar o estudo de bibliografia e extrair ideias principais que serviram
de apoio ao trabalho desta investigação.

 Hipotético-dedutivo:

Serviu para comprovar a validez da hipótese formulada neste trabalho, e depois da aplicação
do algoritmo facilitou fazer as generalizações apoiadas nos resultados alcançados. Estas
generalizações confirmam a eficácia e validez do algoritmo apresentado.

Método de nível empírico

 Entrevista:

Serviu para saber as opiniões dos alunos e dos professores (que leccionam esta matéria na
referida escola) possibilitando uma maior riqueza na obtenção de informação necessária sobre
a temática.

 Inquérito:

Consistiu na aplicação de um questionário que permitiu encontrar as principais dificuldades


que os alunos da Escola de Formação de Professores enfrentam no cálculo de logaritmos
decimais.
5

Método Estatístico Matemático

 Análise percentual:

Serviu para analisar os dados estatísticos dos testes e sua interpretação percentual.

Aplicou-se este método para explicar o tratamento dos dados dos testes em tabelas e gráficos
e a comparação dos resultados obtidos;

10 – Etapas da pesquisa

Para o cumprimento dos objectivos preconizados, destacou-se as seguintes etapas da pesquisa:

 Análise dos programas e consultas bibliográficas dos manuais de Matemática em


relevância aos que envolvem conteúdos que tratam do cálculo de logaritmos decimais;
 Análise do manual de Matemática da 10ª Classe da reforma educativa;
 Análise e descrição dos dados recolhidos;
 Contacto com o Director, professor e alunos da escola em que se realizou a
investigação para garantir a realização de actividades didácticas nas salas de aulas;
 Elaboração do algoritmo para desenvolver as habilidades dos alunos no cálculo de
logaritmos decimais;
 Elaboração da obra didáctica para os alunos de modo que esta sirva de consulta
bibliográfica aos professores da Escola de Formação de Professores do Município do
Uíge.

11 – Contribuição do trabalho

Ensinar Matemática de modo que os alunos aprenda de forma efetiva é um desafio com o qual
muitos professores convivem diariamente. Trazer para sala de aula metodologias que possam
atrair as atenções dos alunos, levá-los a compreender os conceitos matemáticos e assim tornar
a Matemática para este um conhecimento importante é o objetivo de todos professores que
tem compromisso com a melhoria da qualidade do ensino de matemática. Diante disso,
acredita-se que este trabalho poderá contribuir de grosso modo para minimização das
dificuldades que os alunos da 10ª Classe das Escolas de Formação de Professores “Foguetão”
apresentam no cálculo de logaritmos decimais, uma vez que apresenta-se aqui um algoritmo
de forma simples e acessível. Além disso, poderá ser utilizado como um material de estudo
tanto para os professores na preparação de aulas relativamente a logaritmos decimais, como
para os alunos e, para qualquer leitor que desejar aumentar o seu conhecimento nesta área do
saber. É nesta sequência de pensamento que se decide dar possível contributo a este tema.
6

CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A pesquisa em causa trata de uma análise geral dos manuais e dos programas apresentados
nas Escolas do II Ciclo do Ensino Secundário, e em particular as Escolas de Formação de
Professores, no que tange ao objecto de estudo. Por questões de amparo científico, e como
nenhuma investigação parte do nada, para a realização deste trabalho apoiou-se em teorias de
alguns autores que já se tenham debruçado sobre alguns assuntos que têm certa relação com o
tema em estudo. Portanto partiu-se de uma noção elementar sobre logaritmos e breve historial
sobre o seu surgimento.

1.1 – Antecedentes da investigação

Durante a investigação deste trabalho, verificou-se que raras vezes existiu investigações sobre
“Logaritmos”; mas, esta pesquisa tem como antecedentes de investigação:

André Pindi (2009), fez uma abordagem com o tema “Aplicações dos logaritmos à vida
prática e as outras ciências no II ciclo do ensino secundário”, cujo objectivo primordial foi:

Levar o aluno a descobrir de que agora em Matemática é muito particularmente, o estudo dos
logaritmos, não se trata apenas de um exercício ou de um passatempo, mas trata-se na
realidade de conceitos, que se aplicam a resolução de muitos problemas ligados as situações
concretas na vida prática, em vários domínios da ciência, nomeadamente, Agronomia,
Medicina, Economia, Física, Química, Biologia e até na resolução de problemas no domínio
da própria Matemática, tais como a resolução de equações exponenciais.

Mbalu Lukaya (2011), fez uma abordagem com o tema “Tratamento metodológico para o
cálculo dos logaritmos decimais”. Para ele, não apresenta nenhum objectivo geral, mas sim
apresentou alguns objectivos específicos.

Mas apesar das investigações feitas pelos autores citados, ou que antecederam esta pesquisa,
verifica-se ainda algumas insuficiências relativamente ao cálculo de logaritmos decimais por
parte de alguns alunos. É por isso que se pensou em apresentar um algoritmo que visa a
desenvolver as habilidades dos alunos no cálculo de logaritmos decimais.

1.2 – Nota histórica sobre o surgimento de logaritmos

A origem dos logaritmos remonta a antiguidade. Segundo (Iezzi, et al., 1997, p. 189), “o
conceito de logaritmos foi introduzido pelo matemático Escocês John Napier (1550-1617),
Barão de Murchiston, rico proprietário rural escocês, era um homem fortemente engajado
nos conflitos políticos e religiosos de seu tempo”. E nesses assuntos sua razão não raro era
7

sobrepujada pela emoção. Inimigo violento do catolicismo, em 1593 publicou um trabalho no


qual procurava provar que o Papa encarnava o anti-Cristo e que o Criador deveria dar fim ao
mundo entre 1688 e 1700.

Mas felizmente, quando se dedicava ao seu passatempo predilecto, ou seja, o estudo da


ciência, em especial certas partes da Matemática como a trigonometria, por exemplo, Napier
se guiava pela ponderação de um autêntico cientista. Visto que só em 1614, depois de vinte
anos de trabalho, publicou a obra em que revelava a mais importante de suas invenções: os
logaritmos.

O nome logaritmo foi cunhado por Napier (de “logo’’ e “arithmos’’ que significam
respectivamente razão e número), e o título da obra citada é Mirifice logarithmorum canonis
descriptio (ou seja, uma descrição da maravilhosa regra dos logaritmos). Nesta, Napier
explica a natureza dos logaritmos, segundo sua concepção, e fornece uma tábua de logaritmos
de senos de 0º a 90º, de minuto em minuto. Explica-se esse enfoque pela preocupação
reinante na época em elaborar tábuas trigonométricas para servir à navegação e à astronomia.
Posteriormente o grande astrónomo e matemático Francês Pierre de Laplace (1749-1827)
assim se referiria aos logaritmos: “ ao encurtarem o trabalho, dobraram a vida dos
astrónomos’’.

Mas o germe da ideia de logaritmos já aparecera antes, na Arithmetica integra (1544), a mais
importante álgebra alemã do século XVI, de autoria de Michael Stifel (1487-1567).
Originalmente um monge agostiniano, Stifel acabou se convertendo às doutrinas de Lutero1,
de quem eram amigos. Às tantas, certamente sem consultar o líder de sua igreja, anunciou aos
camponeses da aldeia onde era pastor algo que julgava ter descoberto através da interpretação
das profecias bíblicas: o fim do mundo em 3 de Outubro de 1533. Acontece que o Stifel tinha
grande reputação científica e era muito forte a fé religiosa nessa época. Quando o dia
anunciado passou, muitos camponeses estavam arruinados pois tinham esbanjado todos os
seus haveres. E Stifel teve de buscar refúgio numa prisão… de lá Lutero o salvou para a
Matemática.

Na obra citada Stifel observou que aos termos de uma progressão geométrica 1, 𝑟, 𝑟 2 ,
…Correspondem o termo de uma progressão aritmética formada pelos expoentes 0, 1, 2, 3, …
e chamou atenção para o facto de que o produto (quociente) de dois termos da primeira
progressão fornece um termo cujo expoente é a soma (respectivamente, diferente) dos termos

1
Martinho Lutero (1483-1546): teólogo e reformado alemão, que se caracteriza pelo ataque ao culto dos Santos
e aos valores dos sacramentos e que defende a livre interpretação da bíblia.
8

correspondentes da segunda. Para que esta ideia tivesse proveito prático era preciso preencher
convenientemente as lacunas entre os termos consecutivos das progressões. Assim qualquer
multiplicação (divisão) de números positivos poderia ser feita através de uma adição
(subtracção). Colocando esses valores numa tabela para um caso particular onde 𝑟 = 2, tem-
se:

PG 𝟐𝒏 1 2 4 8 16 32 64 128 256 512 …


PA 𝑛 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 …
Por exemplo, para calcular 8 × 16 bastava efetuar a adição 3+4 = 7 e verificar qual é o valor
do termo da PG, correspondente ao termo 7 da P.A. Nesse caso, é o número 128. Logo, 8 ×
16 = 128.

Já para calcular a divisão, de dois números naturais o procedimento era o inverso ao anterior.
Por exemplo, para calcular a divisão 512 ÷ 128, bastava fazer 9 − 7 = 2 e verificar qual é o
valor do termo da P.G, correspondente ao termo da P.A cujo valor é 2, nesse caso, encontrou-
se o número 4. Logo, 512 ÷ 128 = 4. Essas ideias são formalizadas atualmente pelas
propriedades das potências que possuem mesma base.

Mas esse trabalho de interpolação era muito difícil para a época. Stifel chegou a introduzir
expoentes fraccionárias e negativos mas não foi muito longe.

A ideia de Stifel, se devidamente elaborada (na ocasião não havia como) leva a definição
clássica de logaritmos de base r – supondo 𝑟 > 0 e 𝑟 ≠ 1. Mas não foi esse caminho seguido
por Napier. Os logaritmos, segundo este último, eram definidos cinemáticamente e não
pressupunham a ideia de base. Todavia estão relacionados com a base 1/e (𝑒 = 2,7182 …).
Então tem sentido chamar de neperianos os logaritmos naturais, ou seja, base 𝑒, em
homenagem a Naper – nome de Napier.

1.2.1 – Importância de logaritmos no ensino da Matemática e outras áreias do saber

A Matemática, por ser uma ciência de base, apresenta inúmeras aplicações em outros campos
de estudo e em outras ciências. Qualquer que seja o ramo do conhecimento humano ao qual se
direccione habilidades, defronta-se, cedo ou tarde, com a Matemática e os seus “mistérios”.
Os logaritmos são bons exemplos desta aplicabilidade da Matemática. Eles surgiram a partir
da necessidade humana de resolver problemas com números muito grandes, como os que se
tem ao estudar astronomia, ou números muito pequenos, como os que aparecem no estudo das
moléculas. A fim de facilitar operações de multiplicação e divisão entre os números, foram
desenvolvidas as teorias sobre logaritmos. Os logaritmos foram inventados na primeira
9

metade do século XVII para facilitar cálculos complicados que a vida na época já exigia
(como se viu anteriormente). Os navegantes precisavam saber onde estavam, a partir da
posição de certas estrelas no céu. Os astrónomos, por sua vez, precisavam determinar a
posição das estrelas e dos planetas ao longo do ano, prever os eclipses e as marés a partir da
órbita da lua e estudar outros diversos fenómenos do céu. Os banqueiros precisavam fazer os
cálculos dos juros e para todas essas actividades o trabalho era enorme. O astrónomo, por
exemplo, podia saber quê cálculos fazer para resolver um problema, mas frequentemente
levava meses para obter o resultado. As primeiras tábuas de logaritmos foram festejadas como
um enorme avanço da ciência, pois possibilitavam uma rapidez no cálculo, a qual, até pouco
tempo, seria considerada inacreditável. Na actualidade, com o advento das calculadoras e dos
computadores, os logaritmos perderam muito a sua utilidade inicial. No entanto muitas
aplicações foram desenvolvidas com base na teoria dos logaritmos. Entre elas, destaca-se o
cálculo do nível de intensidade sonora, a escala Richter, para avaliar a intensidade de
terramotos, e o cálculo de pH (potencial hidrogeniônico) em Química. Neste desenvolvimento
merece o destaque do matemático John Napier e matemático Inglês Henry Briggs2.

Por meio dos logaritmos, pode-se transformar as operações de multiplicação em soma e de


divisão em subtracção, entre outras transformações.

1.3 – Noções elementares sobre logaritmos

1.3.1 – Definição de logaritmos

Antes de fazer um estudo numa determinada área do saber, deve-se primeiramente entender o
que ela estuda e o que se pretende alcançar. A partir de várias leitura e observações feita de
algumas obras que relactam sobre o tema, destaca-se:

Definiçao 1: De acordo a sua etmologia apresentado pelo Napier, o nome logaritmo provém
do latim de “ logo ’’e “ arithmos ’’ que significam respectivamente razão e número.

Definição 2: De acordo a referência feita por Pindi (2009, p.5) o logaritmo de um número N
na base a (sendo a positivo e, deferente de 1) é o expoente x da potência a que é necessário
elevar a para se obter N.

Definição 3: Considerar um número a, positivo e diferente de 1, e um número b positiva.


“Chama-se logaritmo de b na base a ao expoente x que se deve dar à base a de modo que a
potência obtida seja igual a b’’ (Iezzi et al, 1993, p.132).

2
Henry Briggs (1561-1639). Matemático Inglês. Grande admirador de Napier, em 1615, eles trocaram ideias
sobre algumas modificações na teoria dos logaritmos.
10

Em símbolos: log 𝑎 𝑏 = 𝑥 ⟺ ax = b (0 < 𝑎 ≠ 1, 𝑏 > 0)

Diz-se ainda:

 b é o logaritmando
 a é a base
 x é o logaritmo.

Definição 4: segundo (Alessandra, P., & G., 2003, p. 67) “ o logaritmo de um número 𝒃, na
base 𝒂, onde 𝒂 e 𝒃 são positivos e 𝒂 diferente de um, é um número 𝒙, tal que 𝒙 é o expoente
de 𝒂 para se obter 𝒃, então: 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = 𝑥  𝑎 𝑥 = 𝑏, 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑏 > 0, 𝑎 > 0, 𝑎 ≠ 1 em que:

 b é chamado de logaritmando
 a é chamado de base
 x é o logaritmo

Com base as definições expostas acima, “definiu-se os logaritmos como sendo o número
que se deve elevar a base para se obter o logaritmando”.

Exemplos 1:

a) log 3 81 = 4, pois 34 = 81 d) log10 0,1 = −1, pois 10−1 = 0,1


b) log 5 5 = 1, pois 51 = 5 1 −3
e) log 1 8 = −3, pois ( ) =8
2 2
0
c) log 3 1 = 0, pois 3 = 1
Pode-se observar que todos esses exemplos, foram sempre levadas em consideração as
condições da definição: O logaritmando b positiva e a base a também positiva e diferente de
1. Isto é: b > 0, (b ∈ ℝ∗+ ); 0 < 𝑎 ≠ 1, (𝑎 ∈ ℝ∗+ − {1})

Não existe, por exemplo, log 2 (−4), mesmo porque a equação exponencial 2𝑥 = −4 não se
verifica para 𝑥 ∈ ℝ (sabe-se, do estudo feito da função exponencial, que 2𝑥 > 0, 𝑥 ∈ ℝ).
Também não foram definidos: log 2 0, log1 5, log 0 5, log −2 5.

1.3.2 – Consequências ou propriedades decorrentes da definição de um logaritmo

Considerando a definição do logaritmo e todas as condições de existência, apresenta-se a


seguir algumas propriedades que têm verificação imediata pela definição e que serão
aplicadas na resolução de exercícios:

𝐏𝟏 – O logaritmo de 1, em qualquer base, é zero. Isto é: log 𝑎 1 = 0 (𝑎 ∈ ℝ, 0 < 𝑎 ≠ 1)


11

A pergunta feita por este logaritmo é: Qual é o expoente a que se deve elevar a base a para
obter 1? Como se sabe que qualquer número elevado a zero é um (1), então o logaritmo de 1
em qualquer base é zero também. Esta propriedade está provada.

Exemplo 2:

a) log 4 1 = 0 ⟹ 40 = 1 b) log 7 1 = 0 ⟹ 70 = 1
𝐏𝟐 – O logaritmo da própria base é 1, em qualquer base. Isto é:

log 𝑎 𝑎 = 1 ( 𝑎 ∈ ℝ, 0 < 𝑎 ≠ 1). Assim tem-se: Qual é o expoente a que deve-se elevar
a base a para obter a? É evidente que não houve modificação no número, então o expoente é
1. Com a equivalência fundamental, demonstra-se:

log 𝑎 𝑎 = 𝑥 ⟹ 𝑎 = 𝑎 𝑥 ⟹ 𝑥 = 1

Exemplo 3:

a) log 4 4 = 1 ⟹ 41 = 4 b) log 9 9 = 1 ⟹ 91 = 9
𝐏𝟑 – O logaritmo de uma potência da base é o expoente, em qualquer base, ou seja:

log 𝑎 𝑎𝑚 = 𝑚 (𝑎, 𝑚 ∈ ℝ 𝑒 0 < 𝑎 ≠ 1). Provando a propriedade apresentada pela


equivalência fundamental, tem-se: log 𝑎 𝑎𝑚 = 𝑥 ⟹ 𝑎 𝑥 = 𝑎𝑚 ⟹ 𝑥 = 𝑚

Exemplo 4:

a) log 4 43 = 3 ⟹ 43 = 43 b) log 2 25 = 5 ⟹ 25 = 25
𝐏𝟒 – A potência de base a e expoente log 𝑎 𝑏 é igual a b. Isto é:

𝑎log𝑎 𝑏 = 𝑏 (𝑎, 𝑏 ∈ ℝ∗+ e 𝑎 ≠ 1)

Exemplo 5:

a) 2log2 8 = 8 ⟹ log 2 8 = 3 ⟹ 23 = 8 ⟹ 2log2 8 = 8


b) Qual é o valor de x na expressão: 𝑥 = 3log3 5 ?

Resolução: Substituindo log 3 5 por y, tem-se 𝑦 = log 3 5 ⟹ 𝑥 = 3𝑦 . Aplicando a volta da


equivalência fundamental:log 3 𝑥 = log 3 3𝑦 ⟹ log 3 𝑥 = 𝑦. Agora, substituindo o valor
original de y: log 3 𝑥 = log 3 5. Com isso pode-se cortar os logaritmos de base 3 dos dois lados
da igualdade e obter 𝑥 = 5.

𝐏𝟓 – Dois logaritmos em uma mesma base são iguais se, e somente se os logaritmandos são
iguais. Isto é: log 𝑎 𝑏 = log 𝑎 𝑐 ⟺ 𝑏 = 𝑐 (𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ∗+ 𝑒 𝑎 ≠ 1)
12

Fazendo log 𝑎 𝑏 = 𝑦, tem-se:

log 𝑎 𝑏 = 𝑦 Aplicar a equivalência fundamental


𝑏 = 𝑎𝑦 Voltando a substituição log 𝑎 𝑐 = 𝑦
𝑏 = 𝑎log𝑎 𝑐 Então aplicar a propriedade P4
𝑏=𝑐 Como se queria demonstrar

1.3.3 – Propriedades operatórias

Saber algumas propriedades operatórias é útil na hora de resolver logaritmos mais complexos
ou operações entre eles. Neste ponto, procura-se demonstrar as propriedades operatórias dos
logaritmos fazendo recursos às propriedades das potências, pelo que se exige da parte do
aluno um bom domínio sobre as potências, pois de contrário torna-se difícil e até mesmo
impossível a compreensão exacta e clara das propriedades operatórias dos logaritmos.

Veja a seguir, algumas propriedades dos logaritmos de mesma base.

1. Logaritmo de um produto
O logaritmo de um produto é igual a soma dos logaritmos, isto é:
log 𝑎 (𝑏 × 𝑐) = log 𝑎 𝑏 + log 𝑎 𝑐.

Demonstração: sejam a, b e c números reais positivo e a≠1. Temos:

log 𝒂 (b × c) = x ⟹ b × c = ax ( I)

log 𝑎 b = 𝑦 ⟹ b = ay (II)

log 𝑎 c = z ⟹ c = az (III)

Substituindo II e III em I, obtém-se:

a𝑦 × a 𝑧 = a𝑥 , Aplicando a propriedade do produto de duas potências com a mesma base tem-


se: a𝑦+𝑧 = ax ⟹ y + z = x. Retornando a forma logarítmica, tem-se:

log 𝑎 (𝑏 × 𝑐) = log 𝑎 𝑏 + log 𝑎 𝑐

Exemplo 6:

1) log 2 (8 × 16) = log 2 8 + log 2 16 = 3 + 4 = 7


2) log 2 3 + log 2 5 + log 2 √7 = log 2 (3 × 5 × √7) = log 2 15√7
3) Sabendo que log 2 = 0,3 e log 10 = 1, calcular log 20.

Resolução:
𝐩𝐫𝐨𝐩.
log 20 = log(2 × 10) ⇒ log 20 = log 2 + log 10 ⟹ log 20 = 0,3 + 1 ⟹ log 20 = 1,3
13

4) Seja log 2 x + log 2 y = 4, com x e y reais positivos. Se 𝑥 − 𝑦 = 6, determinar 𝑥 + 𝑦.

Resolução:
𝐩𝐫𝐨𝐩. 𝐝𝐞𝐟.
log 2 x + log 2 𝑦 = 4 ⇒ log 2 (𝑥 × 𝑦) = 4 ⇔ x × y = 16

x−y=6 I
Tem-se então o seguinte sistema: {
x × y = 16 II

Substituindo x = 6 + y de I em II, vem:

y 2 + 6y − 16 = 0
−6±√36+64
𝑦=2 y=
𝟐 2
(6 + 𝑦) × 𝒚 = 16 ⟹ y + 6y − 16 = 0 ⟹ { ou
y=2
𝑦 = −8 −6±10
y= ⇒ { ou
2
y = −8

Observe que 𝑦 = −8 não convém, pois y deve ser real positivo.

Substituindo 𝑦 = 2 em I obtém-se: x = 6 + 2 ⟹ x = 8

Portanto: x + y = 8 + 2 = 10

2. Logaritmo de um quociente

O logaritmo de um quociente é igual à diferença entre o logaritmo do dividendo e o logaritmo


b
do divisor, tem-se: log 𝑎 𝑐 = log 𝑎 b − log 𝑎 c.

Demonstração: sejam a, b e c números reais positivos e a≠1. Temos:


b b
log 𝑎 c = 𝑥 ⟹ 𝑎 𝑥 = (I)
c

log 𝑎 b = 𝑦 ⟹ 𝑎 𝑦 = b (II)

log 𝑎 c = z ⟹ 𝑎 𝑧 = c (III)

Substituir II e III em I e aplicando a propriedade da divisão de duas potências com a mesma


base. Obtém-se:

a𝑦
𝑎 = 𝑧 ⟹ 𝑎 𝑥 = 𝑎 𝑦 × 𝑎−𝑧 ⟹ 𝑎 𝑥 = 𝑎 𝑦−𝑧 ⟹ 𝑥 = 𝑦 − 𝑧
𝑥
𝑎

Retomando à forma logarítmica, tem-se:

b
log 𝑎 = log 𝑎 b − log 𝑎 c
c
14

Exemplo 7:
4
1) log 2 32 = log 2 4 − log 2 32 = 2 − 5 = −3

2) Sabendo que log 20 = 1,3010 e log 4 = 0,602. Calcular log 5.

Resolução:

20
log 5 = log ( ) = log 20 − log 4 ⟹ log 5 = 1,3010 − 0,602 ⟹ log 5 = 0,699
4

3) Sabendo log 3 𝑥 − log 3 𝑦 = 4, com x e y reais positivos. Determinar o valor do


𝑥
quociente 𝑦.

Resolução:
prop. 𝑥 def. 𝑥 𝑥
log 3 𝑥 − log 3 𝑦 = 4 ⇒ log 3 = 4 ⇒ = 34 ⟹ = 81
𝑦 𝑦 𝑦
1
4) Mostrar que log 𝑎 b = − log 𝑎 b (a, b∈ ℝ∗+ , a ≠1).

Resolução:

1 1 1
log 𝑎 = log 𝑎 1 − log 𝑎 b ⟹ log 𝑎 = 0 − log 𝑎 b ⟹ log 𝑎 = − log 𝑎 b
b b b

3. Logaritmo de uma potência

O logaritmo de uma potência é igual ao produto do expoente pelo logaritmo da base da


potência. Assim, tem-se: log 𝑎 b𝑚 = 𝑚 × log 𝑎 b.

Demonstração: sejam a e b números reais positivos, com a≠1, e m um número real. Faz-se:

log 𝑎 b𝑚 = 𝑥 ⟹ 𝑎 𝑥 = b𝑚 ( I)

log 𝑎 b = 𝑦 ⟹ 𝑎 𝑦 = b (II)

Substituindo II em I, obtém-se:

𝑎 𝑥 = (𝑎 𝑦 )𝑚 ⟹ 𝑎 𝑥 = 𝑎𝑚×𝑦 ⟹ 𝑥 = 𝑚 × 𝑦

Voltando à forma logarítmica, temos:

log 𝑎 b𝑚 = 𝑚 × log 𝑎 b

Observação.

Em decorrência dessa propriedade, pode-se escrever:


15

𝑛
1 1
log 𝑎 √b = log 𝑎 b 𝑛 = × log 𝑎 b (𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 > 1)
𝑛
Em conformidade diz-se que o logaritmo da raiz n-ésima é igual ao inverso do índice da raiz
multiplicado pelo logaritmo do radicando.

Exemplo 8:

1) log 2 9 = log 2 32 = 2 × log 2 3


1
1
2) log 3 √5 = log 3 52 = 2 × log 3 5

3) Sendo log 2 = 0,3010, calcular log 16.

Resolução:

log 16 = log 24 ⟹ log 16 = 4 × log 2 ⟹ log 16 = 4 ∙ 0,3010 ⟹ log 16 = 1,2040

4. Cologaritmo de um número

Em questões relativas à parte aplicada dos logaritmos, usa-se, às vezes, o chamado


cologaritmos, que agora passa-se a definir:

“Dados 0 < 𝑎 ≠ 1 e b > 0, denomina-se cologaritmos de b na base a (indica-se colog 𝑎 b)


ao oposto do logaritmo de b na mesma base”. (Iezzi et al, 1993, p.142).

Então tem-se: colog 𝑎 b = − log 𝑎 b

1
Como se viu anteriormente que, − log 𝑎 b = log 𝑎 b. Daí:

1
colog 𝑎 b = log 𝑎
b
Exemplo 9:

1) Determine os seguintes cologaritmos:


a) colog 2 16 = − log 2 16, Como log 2 16 = 4, tem-se: colog 2 16 = −4
1
b) colog 27 3 = − log 27 3 ⟹ colog 27 3 = − 3

5. Mudança de base

Ao aplicar as propriedades operatórias fica-se sujeito a uma restrição: os logaritmos devem


ser da mesma base. Contorna-se essa dificuldade mediante um processo que permite reduzir
logaritmos de diferentes bases para uma base conveniente.
16

Por exemplo, para passar log 𝑎 b, com a e b positivos e a ≠ 1, para a base c, com 𝐜 > 𝟎 e c ≠1,
utiliza-se a expressão:

log c b
log 𝑎 b = , com log c a ≠ 0
log c 𝑎

Demonstração:

Com efeito, fazendo:

log 𝑎 b = 𝑥 ⟹ 𝑎 𝑥 = b (I)

log 𝑐 b = 𝑦 ⟹ c 𝑦 = b (II)

Comparar I e II, conclui-se que 𝑎 𝑥 = 𝑐 𝑦 . Fazendo log 𝑐 𝑎 = 𝑧, tem-se 𝑐 𝑧 = 𝑎. Substituindo


𝑦
𝑎 = 𝑐 𝑧 em 𝑎 𝑥 = 𝑐 𝑦 , se obtém (𝑐 𝑧 )𝑥 = 𝑐 𝑦 . Então 𝑥 = 𝑧 . Portanto, tem-se:

log 𝑐 b
log 𝑎 b =
log 𝑐 𝑎

Observação.

Para passar log 𝑎 b para a base b se deve fazer:

log 𝑏 𝑏 1
log 𝑎 b = ⟹ log 𝑎 b = , com a, b ∈ ℝ∗+ − {1}
log 𝑏 𝑎 log 𝑏 𝑎

Exemplo 10:

1) Passar log 4 7 para a base 2.

Resolução:

log 2 7 log 2 7 1
log 4 7 = = = log 2 7
log 2 4 2 2

2) Sendo log 2 𝑥 = 12, calcular o valor da expressão: 𝑦 = log 4 𝑥 + log 2 𝑥 + log 8 𝑥.

Resolução:

Passando cada parcela a base 2, tem-se:

log 2 𝑥 log 2 𝑥 log 2 𝑥 log 2 𝑥


𝑦= + log 2 𝑥 + ⟹𝑦= + log 2 𝑥 +
log 2 4 log 2 8 2 3

3 log 2 𝑥 + 6 log 2 𝑥 + 2 log 2 𝑥 11 log 2 𝑥 11 × 12 132


⟹𝑦= ⟹𝑦= ⟹𝑦= ⟹𝑦=
6 6 6 6
17

⟹ 𝑦 = 22

3) Sendo log 2 = 0,30 e log 24 = 0,38, calcular log 2 24.

Resolução:

Passando log 2 24 para a base 10, obtém-se:

log 24 0,38 38 19
log 2 24 = = ⟹ log 2 24 = ⟹ log 2 24 =
log 2 0,30 30 15

1.4 – Sistema de logaritmos

Segundo (Iezze, Doeel, & Périgo, p. 112), afirmam que:


Chama-se sistema de logaritmos de a ao conjunto de todos os logaritmos dos números reais positivos
em uma base a (0 < 𝑎 ≠ 1). Por exemplo, o conjunto formado por todos os logaritmos de base 2 dos
números reais e positivos é o sistema de logaritmos na base 2.

Entre a infinidade de valores que pode assumir a base e, por tanto, entre a infinidade de
sistemas de logaritmos, existem dois sistemas de logaritmos particularmente importante, que
são: sistema de logaritmos decimais e sistema de logaritmos neperiano.

1.4.1– Sistema de logaritmos decimais

Para (Bucchi, 1998, p. 187) diz que:

O sistema de logaritmos decimais é o sistema de base 10 também chamado de sistema de logaritmos


Vulgares ou de Briggs (Henry Briggs, matemático Inglês (1561 – 1630), foi quem primeiro destacou a
vantagem dos logaritmos de base 10, tendo publicado a primeira tábua (tabela) dos logaritmos de 1 a
1000 em 1617). Ele foi proposto para adequar os logaritmos ao sistema de numeração decimal. Em uma
de suas obras, publicada em 1624, Briggs menciona as palavras características e mantissa3. No
sistema decimal, somente as potências de 10 com expoente inteiro têm logaritmos inteiros.

Exemplo 11:

1) log 100 = 2
2) log 1000 = 3

Os logaritmos de números compreendidos entre 1 a 10 são iguais a valores compreendidos


entre 0 e 1; os compreendidos entre 10 a 100 são iguais a valores compreendidos entre1 e 2, e
assim por diante.

Assim, tomando como exemplo o número 431, pode-se escrever:

3
Mantissa: é uma palavra de origem latina que significa ‘‘excesso”
18

100 < 431 < 1000 ⟹ 102 < 431 < 103

Aplicando logaritmo nessa desigualdade, temos:

log 102 < log 431 < log 103 ⟹ 2 < log 431 < 3

Logo, o log 431 (é o número situado entre 2 e 3).

Assim, dado N > 0, existe 𝐜 ∈ ℤ tal que: 10c ≤ N < 10𝑐+1 ⟹ c ≤ log N < 𝑐 + 1.

Assim, o logaritmo decimal de N é a soma do inteiro c com uma parte decimal m e indica-se
por:

log N = c + m, onde c ∈ ℤ e 0 ≤ m < 1

Em que:

 c é a característica do logaritmo de N
 m é a mantissa do logaritmo de N

1.4.2 – Característica e Mantissa

Como já foi visto anteriormente de que um logaritmo decimal está constituído por duas partes
essenciais: uma antes da vírgula e outra depois da vírgula. A primeira chama-se característica
e a segunda chama-se mantissa.

 Característica: é a parte inteira do logaritmo decimal de um número. Que pode ser:


positiva, negativa ou nula.

1.4.2.1 – Cálculo da característica de 𝐥𝐨𝐠 𝐍

A característica do logaritmo decimal N real será calculada por uma das duas regras
seguintes:

1. Regra ( 𝐍 > 1)

A característica do logaritmo decimal de um número N > 1 é igual ao número de algarismos


de sua parte inteira, diminuído de uma unidade.

Justificação:

Seja N > 1 e N tem (𝑎 + 1) algarismo na sua parte inteira, então tem-se:

10𝑎 ≤ N < 10𝑎+1 ⟹ log 10𝑎 ≤ log N < log 10𝑎+1 ⟹ 𝑎 ≤ log N < 𝑎 + 1. Isto
é, a característica de log N é a (número de algarismos antes da vírgula).
19

Exemplo 12: Obter a característica de um número maior que 1.

Logaritmos Número de algarismo (𝒂 − 𝟏) Característica


log 1354,6 4−1 3
log 5,2 1−1 0
log 204 3−1 2
log 31,423 2−1 1
2. Regra (𝟎 < 𝐍 < 1)

A característica do logaritmo decimal de um número 0 < 𝑁 < 1 é negativa e formada por


tantas unidades, quantos forem os zeros que antecedem seu primeiro algarismo significativo.

Justificação

Seja 0 < 𝑁 < 1 e N tem a algarismos zeros precedendo o primeiro algarismo não nulo, tem-
se então:

10−𝑎 ≤ N < 10−𝑎+1 ⟹ log 10−𝑎 ≤ log N < log 10−𝑎+1 ⟹ −𝑎 ≤ log N <
−𝑎 + 1. Isto é, a característica do log N é igual a ( – 𝑎).

Exemplo 13:

Números de zeros que antecedem o primeiro


Logaritmos algarismo significativo. Característica (−𝒂)
log 0,0013 3 −3
log 0,000023 5 −5
log 0,2 1 −1
log 0,0102 2 −2

Mantissa: é a parte decimal do logaritmo. Em geral, a mantissa é um número irracional e por


esse motivo as tábuas de logaritmos são tabelas que fornecem os valores aproximados dos
logaritmos dos números inteiros, geralmente de 1 a 1000.

Sendo que, a parte inteira da mantissa é sempre zero.

Exemplo 14:
Determinar a mantissa de:
a) log 25 b) log 286
Resolução:
Considerando a parte da tabela logarítmica, onde estão os números 25 e 286:
20

N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456
28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757

a) A mantissa do log 25 é m = 0,3979.


b) A mantissa do log 286 é m = 0,4564.
Observação

A mantissa é sempre um número decimal positivo e menor que 1.

Ao procurar a mantissa do logaritmo decimal de N, deve-se lembrar a seguinte propriedade:


quando se multiplica ou se divide um número por uma potência inteira de 10, a mantissa m
de seu logaritmo decimal não se altera. (Bucchi, 1998, p. 290)

Demonstração

Viu-se que log N = c + m, então, calcular log(N ∙ 10𝑎 ), com 𝑎 ∈ ℤ.


Note que: log(N ∙ 10𝑎 ) = log N + log 10𝑎 = log N + 𝑎 log 10
Como log N = c + m e log 10 = 1, tem-se:
log(N ∙ 10𝑎 ) = c + m + 𝑎 ⟹ log(N ∙ 10𝑎 ) = (c + 𝑎) + m
Em que 𝐜 + 𝐚 é a característica de log(N ∙ 10𝑎 ) e m é a mantissa de log(N ∙ 10𝑎 ).
Exemplo 15:
Determinar:
a) log 261 b) log 26,1 c) log 0,261
Resolução:
a) Característica: log 261 ⟹ c = 2
A partir da tabela acima, a mantissa do log 261 é 𝐦 = 0,4166.
Sabe-se que log N = c + m. Como 𝐜 = 2 e 𝐦 = 0,4166, tem-se: log 261 = 2 + 0,4166 ⟹
log 261 = 2,4166
b) Característica: log 26,1 ⟹ c = 1
Mantissa: é a mesma do log 261, pois 26,1 = 26,1 × 10
Então log 26,1 = 1 + 0,4166. Portanto: log 26,1 = 1,4166
c) Característica: log 0,261 ⟹ c = −1
Mantissa: é a mesma do log 261, pois 261 = 0,261 × 1000
Então log 0,261 = −1 + 0,4166. Portanto: log 0,261 = −0,5834
21

Uma consequência importante é: “Os logaritmos de dois ou mais números cujas


representações decimais diferem apenas pela posição da vírgula têm mantissas iguais”.

O uso da tabela logarítmica

Procedimentos para encontrar a mantissa dos números compreendidos entre 1 a 999:

a) Localizar na tabela a primeira coluna, tendo em conta os dois primeiros números;


b) Vai-se na linha da tabela tendo em conta o terceiro algarismo;
c) Procura-se na intersecção dessa fila com essa coluna a mantissa desejada.

Exemplo 16:
1. Resolver a equação 5𝑥 = 7.
Resolução
log 7
5𝑥 = 7 ⟹ log 5𝑥 = log 7 ⟹ 𝑥 ∙ log 5 = log 7 ⟹ 𝑥 =
log 5
O log 7 tem característica 0 e mantissa 0,8451 (tabela). Então log 7 = 0,8451.
O log 5 tem característica 0 e mantissa 0,6990 (tabela). Então log 5 = 0,6990
log 7 0,8451
Então tem-se: 𝑥 = log 5 ⟹ 𝑥 = 0,6990 ⟹ 𝑥 = 1,2
4
2. Calcular o valor aproximado de √21.
Resolução:
4
Fazendo N=√21, vem:
4
1 1 1
N = √21 ⟹ N = 214 ⟹ log N = log 214 ⟹ log N = ∙ log 21
4
1
Como log 21 = 1,3222, então: log N = 4 ∙ 1,3222 ⟹ log N = 0,3305

Observando a tabela vê-se que o valor mais aproximado de 0,3305 é 0,3304, que corresponde
ao número 214.
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989
20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3234 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
4
Como a característica é zero, conclui-se que N = 2,14, ou seja, √21 ≅ 2,14.
3. Dado log 2 = 0,3010, determinar o número de algarismos de 264 .
Resolução:
Seja 𝑥 = log 264 . Daí, tem-se:
22

log 𝑥 = log 264 ⟹ log 𝑥 = 64 ∙ log 2 ⟹ log 𝑥 = 64 ∙ 0,3010 ⟹ log 𝑥 = 19,264


Como a característica é 19, conclui-se que264 tem 20 algarismos.
Cálculo do logaritmo de um número que não se encontra na tabela
Pode-se determinar o logaritmo de um número decimal usando a tabela, apesar de que ele não
constar dela.
Exemplo 17: calcular log 164,8
Resolução:
Característica: log 164,8 ⟹ c = 2.
Mantissa: Observa-se que o número 164,8 não se encontra na tabela. Viu-se que “ caso o
número tenha mais de três dígitos (4,5,6, …) – então reduz-se esse número a três dígitos”
(Mónica, 2009, p. 112).
Assim tem-se:
164,8 ≅ 1648 ≅ 165(excesso)
Mantissa {
mantissa: 2175 ⟹ 0,2175
Então tem-se: log 164,8 = 2 + 0,2175 = 2,2175
Mas vai-se usar um outro método para encontrar a mantissa desse número, um processo
chamado interpolação4.
Forma negativa e forma preparada de um logaritmo decimal
Para log N, tal que 0 < 𝑁 < 1, pode-se apresentar o resultado sob duas formas diferentes.
Considerando o log 0,00135, tem-se:
log 0,00135 = −3 + 0,1303 ⟹ log 0,00135 = −2,8697
Diz-se então que o log 0,00135 está na forma negativa ou é um logaritmo negativo.
Observe que nesse caso não ficam explícitas a característica e a mantissa.
Por outro lado, se tem:
log 0,00135 = −3 + 0,1303 = 3̅, 1303
Nesse caso, ficam explícita a característica (−3) e a mantissa 0,1303. Então diz-se que
o log 0,00135 está na forma preparada ou mista, ou é um logaritmo preparado.
 Passagem da forma negativa para a forma preparada
Considerando ainda log 0,00135, tem-se:
log 0,00135 = −2,8697
⏟ ⟹ log 0,00135 = −2 − 0,8697
𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚
𝐧𝐞𝐠𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚

Agora, sem alterar o resultado, vai-se somar −1 à parte inteira e +1 à parte decimal:

4
Interpolação: é o método que será apresentado no segundo capítulo para nos ajudar a dar solução a logaritmos
decimais com mais de 3 dígitos.
23

3̅, 1303
log 0,00135 = (−2 − 1) + (1 − 0,8697) ⟹ log 0,00135 = −3 + 0,1303 = ⏟
𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚
𝐩𝐫𝐞𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐚

 Passagem da forma preparada para forma negativa


Basta somar a característica, que neste caso é negativa, com a mantissa, que sempre é
positiva.
Exemplo 18:
2̅, 1072 = −2 + 0,1072 ⟹ log 0,0128 = −1,8928
log 0,0128 = ⏟ ⏟
𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚
𝐩𝐫𝐞𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐧𝐞𝐠𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚

1.3.2 – Sistema de logaritmo neperianos


O sistema de logaritmo neperianos, nome dado em homenagem a Napier, tem como base o
número irracional ℮ (℮ = 2,718 … ).
Esse sistema também é conhecido como sistema de logaritmo natural.
Estabelecendo a condição N > 0, o logaritmo neperiano ou natural é indicado por:

log 𝑒 N = ln N
 Passagem da base ℮ para a decimal
Considerando N um número real positivo, tem-se:
log N log N 1
log ℮ N = ⟹ log ℮ N = ⟹ log ℮ N = ∙ log N ⟹ log ℮ N = 2,3 ∙ log N
log ℮ 0,43 0,43
Usando a relação obtida acima, pode-se resolver questões que envolvem a base decimal e a
base ℮.
Exemplo 19:
1. Sendo log 5 = 0,70, calcular ln 5.
Resolução:
ln N = 2,3 ∙ log N ⟹ ln 5 = 2,3 ∙ log 5 ⟹ ln 5 = 2,5 ∙ 0,70 ⟹ ln 5 = 1,61
2. Dados log 2 = 0,30 e log ℮ = 0,43, calcular o valor de x na equação ℮𝑥 − 8 = 0.
Resolução:
℮𝑥 − 8 = 0 ⟹ ℮𝑥 = 8 ⟹ log ℮𝑥 = log 8 ⟹ 𝑥 ∙ log ℮ = log 23 ⟹ 𝑥 ∙ log ℮ = 3 ∙ log 2
3 ∙ log 2 3 ∙ 0,30
⟹𝑥= ⟹𝑥= ⟹ 𝑥 = 2,09
log ℮ 0,43
24

CAPÍTULO II – APRESENTAÇÃO DE ALGORITMO PARA O CÁLCULO DE


LOGARITMOS DECIMAIS

No capítulo anterior, tratou-se do enquadramento teórico, salientando os aspectos gerais sobre


noções introdutivas de logaritmos, onde apresentou-se também os aspectos relevantes no que
tange do estudo de logaritmo no geral, isto é, partindo do seu surgimento, a importância do
seu estudo, definição, propriedades e de logaritmos decimais em particular que é o alvo desta
pesquisa.

Já neste capítulo, fez-se uma análise dos programas e de alguns livros de Matemática deste
nível de ensino, e apresentou-se o algoritmo de cálculo de logaritmos decimais para contribuir
no desenvolvimento das habilidades dos alunos da 10ª Classe da Escola de Formação de
Professores “Foguetão”.

2.1 – Análise dos programas de Matemática e alguns livros didácticos da 10ª Classe no
que concerne a logaritmos

Os programas e os livros têm sido instrumentos ou ferramentas muito importante no processo


de ensino e aprendizagem. Por sua vez, os programas de ensino para qualquer nível do
conhecimento, representam um instrumento muito importante que visa na coordenação,
orientação metodológica para os professores afins de alcançar os objectivos traçados a cada
nível do saber.

2.1.1 – Análise do programa de Matemática da 10ª Classe

No âmbito geral o tema de logaritmos encontra-se no programa da 10ª Classe, do Ensino


Secundário, das Escolas de Formação de Professores e não só. Nas Escolas de Formação de
Professores para o I Ciclo do Ensino Secundário, o programa da 10ª Classe encontra-se
subdivido em duas áreas de actuação, isto é: para formação geral e para formação
profissional.

No caso da formação profissional (Matemática e Física), esse conteúdo é leccionado no 3º


trimestre, e está introduzido no quarto tema, correspondendo ao oitavo subtema, e está
dosificada da seguinte maneira:

Tema 4: expressões fraccionárias e irracionais.

4.8- Logaritmos.

4.8.1- Logaritmos. Definição.


25

4.8.2- Propriedades dos logaritmos.

4.8.1- Equações logarítmicas.

E apresenta os seguintes objectivos específicos:

1. Definir logaritmos.
2. Deduzir ou introduzir as propriedades dos logaritmos.
3. Resolver equações logarítmicas.
No qual encontra-se a seguinte sugestão metodológica:

Logaritmos.
Trata-se o logaritmo como operação inversa da potenciação. Desenvolve-se o cálculo para a
sua aplicação nas outras disciplinas. Apesar do actual desenvolvimento dos computadores,
torna-se necessário para o aluno, compreender o fenómeno e dominar as propriedades dos
logaritmos.

Depois da análise feita do programa da referida classe para os alunos da especialidade


(formação profissional), constatou-se que existem algumas insuficiências nessa área de
formação, como:

 Este programa não se faz menção de logaritmos decimais.


 Este programa não faz menção aos tipos de sistemas de logaritmos.
 Este programa não apresenta objectivos específicos virados a logaritmos
decimais.
 Na sugestão apresentada não faz menção a logaritmos decimais.
No caso da formação geral, esse conteúdo é leccionado no 1º trimestre, e corresponde ao
segundo tema, onde primeiro aparece as potências, isto é, estando dosificado da seguinte
forma:

Tema 2: Potências e Logaritmos

2.1- Potências de expoente racional.

2.2- Operações com radicais.

2.3- Radiciação e potenciação.

2.4- Logaritmos.

2.4.1- Definição. Propriedades.

2.5- Logaritmos decimais.


26

E apresenta os mesmos objectivos específicos que já se fez menção acima. Concretamente, no


caso anterior, assim como as sugestões metodológicas. Para o caso das insuficiências que o
programa apresenta para os alunos da não opção (formação geral), prevalecem as mesmas já
referidas, excepto à não menção de logaritmos decimais.

2.1.2 – Análise de alguns livros didácticos de Matemática da 10ª Classe

O livro didáctico constitui um importante apoio para o trabalho do professor, como uma fonte
permanente para aprendizagem do aluno.

Ao longo dos anos, portanto, o livro didático vem se constituindo em uma ferramenta de
carácter pedagógico capaz de provocar e nortear possíveis mudanças e aperfeiçoamento na
prática pedagógica: “não é à toa que a imagem estilizada do professor apresenta-o com um
livro nas mãos, dando a entender que o ensino, o livro e o conhecimento são elementos
inseparáveis, indicotomizáveis” (SILVA, 1996, p. 8). Mas, o livro não pode ser considerado
como um instrumento de informações prontas, onde o educando reproduza apenas
pensamentos e respostas elaboradas, a partir de conhecimentos simplificados apresentados
pelos mesmos, que nem sempre estão conectados à realidade da comunidade em que o aluno
está inserido. “A importância atribuída ao livro didáctico em toda a sociedade faz com que
ele acabe determinando conteúdos e condicionando estratégias de ensino, marcando de
forma decisiva o que se ensina e como se ensina, o que se ensina” (LAJOLO, 1996, p. 4).
Com este ponto de vista, nota-se que a preocupação com os livros didácticos em Angola,
inicia com a aprovação da Reforma Educatica, onde os manuais na qual os professores e
alunos buscam os conhecimentos escolares são praticamente pobres em conteúdos. Cabe ao
professor ter competência para superar as limitações próprias que os manuais trazem. Assim,
o professor além do livro didáctico, é importante que utilize materiais diversificados, como
fonte de informação, de forma a ampliar o tratamento dos conteúdos e fazer com que o aluno
sinta-se inserido no mundo a sua volta5.

Com isto, vai-se seguir com uma análise dos livros do II Ciclo do Ensino Secundário sobre
abordagem do tema “ logaritmos decimais ’’:

Aqui fez-se análise de alguns livros de Matemática da 10ª Classe da reforma educativa e
alguns na qual encontrou-se o tema em estudo para ver como estão abordados estes

5
Segundo Weverton Magno Ferreira de Castro, citado pelo Maboko Pedro António no seu trabalho de fim do
curso de licenciatura em ensino de Matemática no ISCED-UIGE, para obtenção do grau de licenciado em
ciências da educação, sobre Estudo Analítico das Funções definidas por ramos.
27

conteúdos, isto é, se existe uma via ideal no seu tratamento que visa desenvolver habilidades
dos alunos neste conteúdo de ensino.

Mafalda oliveira (2007) no seu livro de Matemática, manual do aluno da 10ª Classe, não
faz menção do tema em causa, isto cria um vazio por parte dos alunos e não só, duma vez que,
este livro representa como sendo uma fonte de investigação permanente para o aluno e de
auxílio para o professor.

Maria Augusta Ferreira Neves (2005), no seu livro de Matemática, manual do aluno da
10ª classe (reforma educativa). Neste livro a autora não faz mensão do tema em causa,
criando o mesmo vazio.

Eduardo Mónica ( 2012) no seu livro de logaritmos, dirigido para estudantes do 1º Ano da
universidade e alunos da 10ª Classe em particular. Aqui o autor começa pela caracterização
dos logaritmos decimais e um breve histórico sobre o seu surgimento, e a seguir faz uma
diferenciação entre os logaritmos de base euler e os de base 10, que é o caso em estudo desta
pesquisa para fazer compreender quando é que se está diante de um logaritmo deciamal. A
seguir representa uma regra de uma forma não esclarecidora para determinar a característica
de um logaritmo decimal, seguido de vários exemplos, que pelo sinal ajuda na compreensão
da mesma. Para obtenção da mantissa, o autor recomenda o uso das tabelas logaritmicas. O
autor não aprensenta uma sequência de passos para o cálculo de logaritmos decimal.

Dos três livros dirigidos para os alunos da 10ª Classe analisados, notou-se que, nos dois
primeiro livros não se faz abordagem do tema em causa, constatou-se que, estes manuais que
servem de apoio aos professores e alunos para desenvolver as suas habilidades, criando assim
grandes dificuldades para obtenção dos conteúdos no mesmo tema.

Para o caso do terceiro livro analisado, notou-se que a abordagem feita pelo autor não é
devidamente rica. No que diz respeito as técnicas ou ferramentas que servem de auxílio para o
cálculo de logaritmos decimais. Por isso é que se sugere aos professores que dêssem devida
atenção na abordagem desse mesmo conteúdo e sem se esquecer de recorrer as outras
bibliografias que fazem aborgagem do tema. Ou seja, devem buscar livros de outros autores
que trata do tema, evitando a limitação dos manuais da reforma educativa, pois que nestes
manuais não existem nada que trata sobre logaritmos.
28

2.2 – Pressupostos iniciais para a compreensão do algoritmo

Para que o aluno compreenda o algoritmo de cálculo de logaritmos decimais, é necessário


antes de tudo:

Que esteja familiarizado com conteúdos relacionados a notação científica e método de


interpolação linear para o cálculo de logaritmos decimais, visto que são itens muito essenciais
para o caso em estudo. Isto é, o aluno deve ter conhecimento como escrever um número
qualquer que seja em notação científica, afim de ser aplicado na resolução de exercícios de
logaritmos decimais, aplicando o algoritmo proposto nesta pesquisa.

2.2.1 – Notação científica

O surgimento da notação científica ajuda escrever números muito extenso ou muito pequeno
de uma maneira mais compacta, tornando os cálculos mais simples. Essa vantagem faz com
que a notação cintífica seja muito utilizada nos ramos da Matemática, Física, Química e
Geografia.

O uso da notação científica ou a escrita de um número em notação científica é feita com o


auxílio de potência de base 10. Onde pode-se enuciar que todo e qualquer número N racional
e não nulo pode ser representado sob a seguinte forma: 𝑵 = 𝒂 × 𝟏𝟎𝒏 , com 𝒂 ∈ ℝ, e 𝒏 ∈ ℤ.
Onde: a é um número real denominado parte inteira, cujo módulo é igual ou maior que 1 e
menor que 10. E necessariamente que o valor de a seja diferente de zero (𝒂 ≠ 𝟎) e n é um
número inteiro denominado ordem da grandeza ou expoente.

2.2.1.1 – Cálculos de notação científica quando os números são maiores ou igual a 10

Quando os números são maiores ou igual a 10, a virgula decimal desloca-se da direita para
esquerda e o expoente será sempre positivo.

Exemplo 20: Escreve os seguintes números na forma de notação científica:

a) 453 = 4,53 × 102 b) 580000 = 5,8 × 105


2.2.1.2 – Cálculo de notação científica quando os números são menores que 1

Para esses casos a virgula decimal se desloca da esquerda para direita, mas com o expoente
negativo;

Exemplo 21: Escreve esses números na forma de notação científica:

a) 0,0034 = 3,4 × 10−3 b) 0,000065 = 6,5 × 10−5


29

2.2.2 – Método de interpolação linear para cálculo de logaritmos decimais

O método de interpolação6 é um método que vai ajudar a calcular logaritmos decimais no


qual, o valor da mantissa não se encontra na tabela. Por exemplo, dado o log 164,8.

Visto que a característica é igual a 2.

Mantissa: observe que o número 164,8 não se encontra na tabela.

Para encontrar a mantissa desse número, vai-se aplicar a interpolação.

Procedimentos:
Toma-se os dois números inteiros, imediatamente inferior e superior a 164,8, tem-se:
164 < 164,8 < 165 ⟹ log 164 < log 164,8 < log 165
De acordo com a tabela, log 164 tem mantissa 0,2148 e log 165 tem mantissa 0,2174.
Agora, faz-se a seguinte comparação:
Aumento Comparação Aumenta
1 164 ------------ 0,2148 0,0026
165 ------------- 0,2174
Note que o aumento de uma unidade ao número 164 resulta em um aumento de 0,0026 no
valor da mantissa.
A partir daí, pode-se estabelecer a seguinte regra de três simples (dentro da tabela abaixo):
Aumento Comparação Aumento
0,8 164 ----------------- 0,2148 d
1 164,8 ----------------? 0,0026
165 ------------------- 0,2174
Da tabela tem-se:
1 ------------------- 0,0026
0,8 ----------------- d
1 0,0026
= ⟹ d = 0,8 × 0,0026 ⟹ d = 0,0021
0,8 d
Dessa forma, a mantissa do log 164,8 é: 0,2148 + d = 0,2148 + 0,0021 = 0,2169
Assim, log 164,8 = 2 + 0,2169 ⟹ log 164,8 = 2,2169
Obs: Para obter-se resultados precisas e satisfatório, precisa-se ter em conta de que a parte
inteira do número na obtenção da mantissa que não se encontra na tabela deve ter no mínimo
dois algarismos.

6
Interpolação é o método para encontrar valores de uma sucessão entre dois valores consecutivos conhecidos.
30

2.3 – Algoritmo para o cálculo de logaritmos decimais

No processo de ensino e aprendizagem da Matemática desenvolvem-se capacidades e


qualidades de raciocínio.

Em sua definição, o algoritmo requer um conjunto de passos ordenados, isto significa que
estes passos devem ser bem definidos, estruturados e devem estar nas condições de resolver
todos os casos ou problemas da mesma natureza.

De uma forma geral, um algoritmo é uma sequência finita e ordenada de passos ou regras com
um esquema de processamento que permite a realização de uma tarefa.

Atendendo ao nível de comprensão e assimilação dos alunos ao conteúdo em causa, acha-se


conveniente apresentar os passos que podem auxiliar neste domínio de ensino:

1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição de


existência dos logaritmos. Isto é: log N, com 𝑁 > 1 ou 0 < 𝑁 < 1;
2º Passo: Converter o número em notação científica;
3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica (ele fará parte do seu cálculo.
Isto é, a característica do logaritmo);
4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear.
5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. logo tem-se o
resultado do logaritmo.
2.3.1 – Esquema do algoritmo

1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração


a condição de existência dos logaritmos.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

passos do 3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica (ele fará


algoritmo parte do seu cálculo. Isto é, a característica do logaritmo);

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não


exista, busca pelo método de interpolação linear.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro


passo. logo tem-se o resultado do logaritmo.
31

2.4 – Exemplos de aplicação do algoritmo

Com o objectivo de elevar os níveis de comprensão do algorimo e criar mais habilidades por
parte dos alunos ou qualquer leitor que pretender aumentar o seu conhecimento, entendeu-se
apresentar alguns exemplos ilustrativos.

Exemplo 22: Com o auxílio da tabela logaríitmica, calcule:

a) log 8 b) log 25
c) log 345
Resolução:
Aplicando os passos do algorimo, tem-se:

a) Para o log 8.
1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 8, vê-se que 8 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 8, tem-se: 8,0 × 100 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A potência é 100 , com o expoente igual a 0.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Da tabela tem-se: Mant.(8) = 0,9031.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 0.

Mant. é igual a 0,9031.

Logo: log 8 = 0 + 0,9031 ⟹ log 8 = 0,9031

b) Para log 25.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 25, vê-se que 25 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 25, tem-se: 2,5 × 101 .


32

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A nossa potência é 101 , com o expoente igual a 1.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Da tabela tem-se: Mant.(25) = 0,3979.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 1. Mant. é igual a 0,3979.

Logo: log 25 = 1 + 0,3979 ⟹ log 25 = 1,3979

c) Para log 345


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 345, vê-se que 345 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 345, tem-se: 3,45 × 102 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A nossa potência é 102 , com o expoente igual a 2.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Da tabela tem-se: Mant.(345) = 0,5378.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 2.

Mant. é igual a 0,5378.

Logo: log 25 = 2 + 0,5378 ⟹ log 345 = 2,5378

Exemplo 23: Se log 124 = 2,0934 , calcule:

a) log 12,4 b) log 1,24


c) log 1240000
33

Resolução:

Aplicando os passos do algorimo tem-se:

a) Para o log 12,4.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 12,4, vê-se que 12,4 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 12,4, tem-se: 1,24 × 101 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A potência é 101 , com o expoente igual a 1.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Apartir do exercício dado tem-se: Mant.(12,4) = 0,0934 (viu-se que a mantissa de um


número não depende da posição da virgula).

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 1.

Mant. é igual a 0,0934.

Logo: log 12,4 = 1 + 0,0934 ⟹ log 12,4 = 1,0934

b) Para o log 1,24.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 1,24, vê-se que 1,24 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 1,24, tem-se: 1,24 × 100 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A potência é 100 , com o expoente igual a 0.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Apartir do exercício dado tem-se: Mant.(1,24) = 0,0934.


34

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 0. Mant. é igual a 0,0934.

Logo: log 12,4 = 0 + 0,0934 ⟹ log 12,4 = 0,0934

c) Para o log 1240000.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 1240000, vê-se que 1240000 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 1240000, tem-se: 1,24 × 106 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A potência é 106 , com o expoente igual a 6.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Apartir do exercício dado tem-se: Mant.(1240000) = 0,0934 (o número de zeros que


aparecem depois do número significativo não influência no valor da mantissa).

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 6. Mant. é igual a 0,0934.

Logo: log 1240000 = 6 + 0,0934 ⟹ log 1240000 = 6,0934

Exemplo 24: Determine a forma preparada ou mista de cada logaritmo:

a) log 0,018 b) log 0,504


c) log 0,0093
Solução: Para escrever a forma preparada de cada logaritmo, primeiro deve-se calcular o seu
valor, aplicando os passos do algoritmo.

a) Para o log 0,018.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 0,018, pela condição 0 < 0,018 < 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 0,018, tem-se: 1,8 × 10−2 .


35

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A potência é 10−2, com o expoente igual a (−2).

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Da tabela logaritmica tem-se: Mant.(0,018 ou apenas 18)= 0,2553.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a (−2). Mant. é igual a 0,2553.

̅ , 3553
Logo: log 0,018 = −2 + 0,2553 ⟹ log 0,018 = −1,7447ou log 0,018 = 2

𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚
𝐩𝐫𝐞𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐚

b) Para o log 0,504.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 0,504, pela condição 0 < 0,504 < 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 0,504, tem-se: 5,04 × 10−1 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A nossa potência é 10−1 , com o expoente igual a (−1).

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Da tabela logarítmica tem-se: Mant.(0,504 ou apenas 504)= 0,7024.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a (−1). Mant. é igual a 0,7024.

̅ , 7024
Logo: log 0,504 = −1 + 0,7024 ⟹ log 0,504 = −0,2976 ou log 0,504 = 1

𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚
𝐩𝐫𝐞𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐚

c) Para o log 0,0093.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 0,0093, pela condição 0 < 0,0093 < 1, então o logaritmo existe.
36

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 0,0093, tem-se: 9,3 × 10−3 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A nossa potência é 10−3 , com o expoente igual a (−3).

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Da tabela logaritmica tem-se: Mant.(0,0093 ou apenas 93)= 0,9685.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a (−3). Mant. é igual a 0,9685.

̅ , 9685
Logo: log 0,0093 = −3 + 0,9685 ⟹ log 0,0093 = −2,0315 ou log 0,0093 = 3

𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚
𝐩𝐫𝐞𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐚

Exemplo 25: Com auxílio da tabela, calcule:

a) log 692,4 b) log 26,94


c) log 0,002345
Resolução: Aplicando os passos do algoritmo tem-se:

a) Para log 692,4


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 692,4, vê-se que 692,4 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 692,4 tem-se: 6,924 × 102 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A potência é 102 , com o expoente igual a 2.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

O número 692,4 contém mais de três algarismos. Por isso para obtenção da mantissa vai-se
aplicar o método de interpolação.

Toma-se os dois números inteiros, imediatamente inferior e superior a 692,4. Tem-se:


37

692 < 692,4 < 693 ⟹ log 692 < log 692,4 < log 693
De acordo com a tabela, log 692 tem mantissa 0,8401 e log 693 tem mantissa 0,8407.
Agora, faz-se a seguinte comparação:
Aumento Comparação Aumenta
1 692 ------------ 0,8401 0,0006
693 ------------- 0,8407
Note que o aumento de uma unidade ao número 693 resulta em um aumento de 0,0006 no
valor da mantissa.
A partir daí, pode-se estabelecer a seguinte regra de três simples (dentro da tabela abaixo):
Aumento Comparação Aumento
0,4 692 ----------------- 0,8401 d
1 692,4 ----------------m 0,0006
693 ------------------- 0,8407
Da tabela tem-se:
1 ------------------- 0,0006
0,4 ----------------- d
1 0,0006
= ⟹ d = 0,4 × 0,0006 ⟹ d = 0,00024
0,4 d
Dessa forma, a mantissa do log 692,4 é:
m = 0,8401 + d ⟹ m = 0,8401 + 0,00024 ⟹ m = 0,84034
5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 2. Mant. é igual a 0,84034.

Logo: log 692,4 = 2 + 0,84034 ⟹ log 692,4 = 2,84034

b) Para o log 26,94.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 26,94 vê-se que 26,94 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 26,94 tem-se: 2,694 × 101 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A potência é 101 , com o expoente igual a 1.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;
38

O número 26,94 contém mais de três algarismos. Por isso para obtenção da mantissa vai-se
aplicar o método de interpolação.

Tomando os dois números inteiros, imediatamente inferior e superior a 26,94, tem-se:


26 < 26,94 < 27 ⟹ log 26 < log 26,94 < log 27
De acordo com a tabela, log 26 tem mantissa 0,4150 e log 27 tem mantissa 0,4314.
Agora, faz-se a seguinte comparação:
Aumento Comparação Aumenta
1 26 ------------ 0,4150 0,0164
27 ------------- 0,4314
Note que o aumento de uma unidade ao número 27 resulta em um aumento de 0,0164 no valor
da mantissa.
A partir daí, pode-se estabelecer a seguinte regra de três simples (dentro da tabela abaixo):
Aumento Comparação Aumento
0,94 26 ----------------- 0,4150 d
1 26,94 ----------------m 0,0164
27 ------------------- 0,4314
Da tabela tem-se:
1 ------------------- 0,0164
0,94 ----------------- d
1 0,0164
= ⟹ d = 0,94 × 0,0164 ⟹ d = 0,015416
0,94 d
Dessa forma, a mantissa do log 26,94 é:
m = 0,4150 + d ⟹ m = 0,4150 + 0,015416 ⟹ m = 0,430416
5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 1. Mant. é igual a 0,430416.

Logo: log 26,94 = 1 + 0,430416 ⟹ log 26,94 = 1,430416

c) Para log 0,002345.


1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 0,002345 vê-se que 0 < 0,002345 < 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 0,002345 tem-se: 2,345 × 10−3.

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;


39

A potência é 10−3, com o expoente igual a (−3).

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

O número 0,002345 ou apenas, 234,5 contém mais de três algarismos. Por isso para obtenção
da mantissa vai-se aplicar o método de interpolação.

Tomando os dois números inteiros, imediatamente inferior e superior a 234,5 tem-se:


234 < 234,5 < 235 ⟹ log 234 < log 234,5 < log 235
De acordo com a tabela, log 234 tem mantissa 0,3692 e log 235 tem mantissa 0,3711.
Agora, faz-se a seguinte comparação:
Aumento Comparação Aumenta
1 234 ------------ 0,3692 0,0019
235 ------------- 0,3711
Note que o aumento de uma unidade ao número 235 resulta em um aumento de 0,0019 no
valor da mantissa.
A partir daí, pode-se estabelecer a seguinte regra de três simples (dentro da tabela abaixo):
Aumento Comparação Aumento
0,5 234 ----------------- 0,3692 d
1 234,5 ----------------m 0,0019
235 ------------------- 0,3711
Da tabela tem-se:
1 ------------------- 0,0019
0,5 ----------------- d
1 0,0019
= ⟹ d = 0,5 × 0,0019 ⟹ d = 0,00095
0,5 d
Dessa forma, a mantissa do log 234,5 é:
m = 0,3692 + d ⟹ m = 0,3692 + 0,00095 ⟹ m = 0,37015
5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a (−3). Mant. é igual a 0,37015.

Logo: log 0,002345 = −3 + 0,37015 ⟹ log 0,002345 = −2,62985.


40

2.4.1 – Exercícios propostos

P1. Com auxílio da tabela logarítmica, calcule:

a) log 8 b) log 1,630 c) log 0,029


P2. Determine a forma preparada ou mista de cada logaritmo:

a) log 0,018 b) log 0,504 c) log 0,0093


P3. Dados os logaritmos na forma preparada, passa-os para a forma negativa:

a) log 0,98 = 1, 991226 b) log0,00621 = 3, 914343


P4. Passa para a forma preparada os seguintes logaritmos:

a) log 0,0068 = −2,167491 c) log 0,0501 = −1,300162


b) log 0,132 = −0,879426 d) log 0,943 = −0,025488
P5. Resolva as equações:

a) 3𝑥 = 2 b) 6. 32𝑥 = 12 c) 15𝑥 = 72
P6. Calcule o valor aproximado de:
7
a) √7 c) √71
3 4
b) √2 d) √2018
P7. Sendo log 3 = 0,477121, determine o número de algarismos de:

a) 320 2
c) 33
b) 325 d) 3289
P8. Com auxílio da tabela, calcule:

a) log 692,9 c) log 2017,4


b) log 26,945 d) log 1994
P9. Com auxílio da tabela, calcule o valor de N:

a) log 𝑁 = 0,785330 c) log 𝑁 = 2,952308


b) log 𝑁 = 1,939519 d) log 𝑁 = 0,359835
P10. Com auxílio da tabela, calcule o valor de B:

a) log 𝐵 = 2, 146128 c) log 𝐵 = 3, 914343


b) log 𝐵 = 4, 243038 d) log 𝐵 = 1, 991226
41

CAPÍTULO III – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS RECOLHIDOS

3.1 – Objectivos do capítulo

Este capítulo tem como finalidade analisar, descrever e interpretar os diferentes dados
recolhidos nos testes, no sentido de situar o grau de dificuldades que os alunos da 10ª Classe
da Escola de Formação de Professores “Foguetão” do Município do Uíge apresentam neste
conteúdo.

3.2 – Descrição e localização da escola

A Escola de Formação de Professores “Foguetão” foi criada à luz do Decreto Executivo


Conjunto nº 336 ∕ 015, de 7 de Julho. É uma instituição pública, construída de raiz no bairro
Tange, ao Oeste da cidade do Uíge. É limitada ao Norte pelos bairros Popular e Pedreira, ao
Sul pelos bairros Catapa e Tange, a Este pelo centro da cidade do Uíge, ao Oeste pelo bairro
Tange, Município do Uíge, Província do Uíge.

Relativamente ao espaço físico, a escola tem 27 salas de aulas, 3 laboratórios (Química,


Biologia e Física), uma sala de Informática, sala de professores, Biblioteca, 8 casas de banho
para alunos, 3 casas de banho para professores e 3 casas de banho para a Direcção, área
adstrita para a Direcção e todos os serviços administrativos da instituição. Apresenta uma
estrutura do 1º andar, formada em três blocos interligados entre si, tem uma varanda saliente
em forma de meia-lua na parte frontal da mesma e a parte traseira tem uma rampa para acesso
de deficientes físicos. Foi inaugurada em 17 de Março de 2015, por sua Excelência Ministro
da Educação DR. Pinda Simão, baptizada pelo nome de: Cdte Pedro Benga Lima “Foguetão”
tendo entrada em funcionamento no dia 7 de Março de 2016. A escola tem como o Director
Geral, o Senhor Pedro Nunes.

3.3 – Caracterização da amostra

Este trabalho investigativo tem como objectivo apresentar um algoritmo para o cálculo de
logaritmos decimais, visando a desenvolver as habilidades dos alunos da 10ª Classe da Escola
de Formação de professores “Foguetão” do Município do Uíge. O estudo desta matéria
baseou-se apenas na Escola de Formação de Professores “Foguetão” do Município do Uíge.
Neste contexto, para a realização dos testes foram seleccionados 65 dos 208 alunos que fazem
parte do universo, pertencentes as turmas A e B da 10ª Classe da especialidade de Matemática
e Física, compreendidos entre os 15 à 22 anos de idade, dos quais 61 do género masculino e 4
do género feminino.
42

3.4 – Abordagem objectiva dos testes

Para além da descrição feita, o desenvolvimento desta pesquisa obedeceu três momentos ou
fases importantes:

 Primeira fase ou momento:

No primeiro momento aplicou-se o teste diagnóstico (pré-teste) que permitiu identificar as


principais dificuldades que os alunos apresentavam no cálculo de logaritmos decimais;

 Segunda fase ou momento:

No segundo momento, foi de trabalho didáctico nas salas de aulas com os alunos, onde
apresentou-se o algoritmo de cálculo de logaritmos decimais para suprimir eventuais
dificuldades que os alunos apresentavam;

 Terceira fase ou momento:

No terceiro momento apresentou-se os planos de aulas e trabalhou-se com os alunos em sala


de aulas, terminando assim com uma avaliação (pós-teste) que permitiu averiguar a validez e
a eficácia do trabalho.

3.4.1 – Teste diagnóstico (Pré-teste)

O teste diagnóstico realizou-se com o objectivo de conhecer o nível de conhecimento e


dificuldades que os alunos apresentam no cálculo de logaritmos decimais.

Nesta fase, preocupou-se em elaborar quatro questões. Assim sendo, tem-se:

 A primeira questão era para saber se os alunos já tinham um certo conhecimento sobre
o tema em causa, ou se o mesmo não era desconhecido por parte dos deles;
 Comprovando a primeira questão, a segunda questão surgiu para apresentar a
definição que se tinha sobre logaritmos decimais;
 Já a terceira questão, era para determinar a característica de um dado logaritmo
decimal.
 Finalmente a última questão estava acompanhada com duas alíneas:

A primeira alínea era para calcular o logaritmo decimal, onde a mantissa se encontra na
tabela;

A segunda alínea era para calcular o logaritmo decimal, onde a mantissa não se encontra na
tabela.
43

3.4.2 – Quadro e gráfico ilustrativo dos dados do pré-teste

Sendo o objectivo do pré-teste é nos permitir identificar as principais dificuldades que os


alunos apresentam acerca do problema em causa, e com base a isso, apresentou-se o quadro e
o gráfico dos dados recolhidos.

Quadro nº 1: Dados do pré-teste

Respostas
Questões Certas Erradas Total
Nº % Nº %
Q1 61 93,85 4 6,15 65
Q2 30 46,15 35 53,85 65
Q3 18 27,69 47 72,31 65
Q4-a) 10 15,38 55 84,62 65
Q4-b) 0 0,00 65 100,00 65
O gráfico abaixo está representado os resultados correspondentes ao quadro anterior.

Gráfico nº 1: Dados do pré-teste

65
61 Gráfico do Pré-Teste
55
47
35
30 acertas
18 erradas
10
4
0

Q1 Q2 Q3 Q4-a) Q4-b)

Observando atentamente o quadro e o gráfico, pode-se notar que dos 65 alunos testados, 61
alunos assinalaram na opção sim que correspondia a primeira questão (Q1) e apenas 4
assinalaram na opção não, na segunda questão (Q2), acertaram 30 alunos e 35 erraram, na
terceira questão (Q3) acertaram 18 alunos e 47 erraram, finalmente na última questão (Q4) na
sua primeira alínea (a) apenas 10 alunos acertaram e 55 erraram, enquanto na alínea (b) todos
alunos erraram e notamos que nenhum aluno tinha conhecimento desta questão.

Verifica-se que a maior parte dos alunos não acertaram as três últimas questões apresentadas
no questionário (pré-teste), e por este motivo criou-se uma maior preocupação pelos
resultados observados. Isto mostra que logo na primeira questão, que os alunos já ouviram
falar do tema em causa mas têm muitas dificuldades no que concerne ao cálculo de logaritmos
decimais.
44

3.4.3 – Ficha de trabalho

A partir dos resultados obtidos no pré-teste, elaborou-se uma ficha de trabalho que serviu
como guia orientadora, isto é, os plano de aulas em anexos. Estes planos serviram de guias
metodológicas aplicando o algoritmo de cálculo de logaritmos decimais, para alcançar os
objectivos preconizados para o ensino de logaritmos decimais na 10ª Classe na Escola de
Formação de Professores “Foguetão” do Município do Uíge.

3.4.4 – Pós-teste

O pós-teste serviu para verificar a validez e a eficácia do algoritmo apresentado. É uma etapa
muito importante da investigação porque informou da evolução dos alunos com base o que se
ensinou. Para aplicação do pós-teste trabalhou-se com o mesmo questionário do pré-teste,
alterando apenas os exercícios de algumas alíneas.

3.4.4.1 – Quadro e gráfico ilustrativo dos dados do pós-teste

Como já é do conhecimento que a finalidade do pós-teste é de saber até que ponto os alunos
conseguiram compreender o que se ensinou, e com base a isso, apresentou-se o quadro e o
gráfico dos dados recolhidos.

Quadro nº 2: Dados do pós-teste

Respostas
Questões Certas Erradas Total
Nº % Nº %
Q1 65 100,00 0 0,00 65
Q2 61 93,85 4 6,15 65
Q3 60 92,31 5 7,69 65
Q4-a) 58 89,23 7 10,77 65
Q4-b) 50 76,92 15 23,08 65
O gráfico abaixo está representado os resultados correspondentes ao quadro anterior.

Gráfico nº 2: Dados do pós-teste

Gráfico do Pós-Teste
65 61 60 58
50
certas

15 erradas
4 5 7
0

Q1 Q2 Q3 Q4-a) Q4-b)
45

Esta fase do pós-teste, foi aplicado aos alunos que participaram no pré-teste. Como mostra o
gráfico, houve um rendimento aceitável em relação ao primeiro gráfico apresentado do pré-
teste.

Logo, na primeira questão notou-se que todos os alunos já tinham ouvido falar de logaritmos
decimal, fruto do trabalho feito com eles, na segunda questão (Q2), 61 alunos acertaram e
apenas 4 erraram a mesma, na terceira questão (Q3), 60 alunos acertaram e 5 erraram e já na
última questão, isto é, na sua primeira alínea (a), 58 alunos acertaram e 7 erraram, enquanto
na alínea (b) 50 acertaram e 15 continuaram no erro.

3.5 – Análise comparativa dos dados recolhidos nos testes

Analisando atentamente os resultados dos dois testes aplicados aos alunos, notou-se que
houve uma mudança significativa no pós-teste. Isto mostra que a metodologia aplicada ou
usada para o desenvolvimento das suas habilidades de cálculo de logaritmos decimais é
adequada ao seu nível de aprendizado.

Na primeira questão (Q1), viu-se que no pré-teste 61 alunos dos 65 já tinham ouvido falar de
logaritmos decimais perfazendo 93,85% e apenas 4 alunos não, correspondendo 6,15%; ao
paço que no pós-teste todos já tinham noção sobre os logaritmos decimais correspondendo
assim os 100%.

Na segunda questão (Q2) sobre a definição do logaritmo decimal, no pré-teste 30 dos 65


alunos acertaram que corresponde a 46,15% e 35 erraram fazendo assim uma correspondência
de 53,85%; ao paço que no pós-teste 61 dos 65 alunos acertaram perfazendo 93,85% e 4
alunos erraram o que corresponde a 6,15%.

Na terceira questão (Q3) sobre a obtenção da característica de um dado logaritmo decimal, no


pré-teste 18 dos 65 alunos acertaram perfazendo apenas 27,69% e 47 alunos não acertaram
correspondendo 73,31%; enquanto no pós-teste 60 alunos acertaram perfazendo 92,31% e 5
erraram que corresponde a 7,69%.

Na quarta e a última questão (Q4) sobre o cálculo de logaritmo decimal, na sua primeira
alínea (a) no pré-teste 10 dos 65 alunos acertaram perfazendo 15,38% e 55 erraram que
corresponde a 84,62%; ao paço que no pós-teste 58 dos 65 alunos acertaram perfazendo
89,23% e 7 erraram que corresponde a 10,77%; enquanto na alínea (b) no pré-teste nenhum
aluno acertou do 65; ao passo que no pós-teste 50 dos 65 alunos acertaram perfazendo
76,92% e 15 continuaram no erro correspondendo assim 23,08%.
46

3.5.1 – Quadro e Gráfico ilustrativo de comparação dos resultados dos testes

No quadro abaixo estão representados os dados comparativos dos dois testes aplicados aos
alunos.

Quadro nº 3: Comparação dos resultados dos testes (pré e pós-teste)

Pré-teste Pós-teste
Questões Certas Erradas Certas Erradas Total
Nº % Nº % Nº % Nº %
Q1 61 93,85 4 6,15 65 100,00 0 0,00 65
Q2 30 46,15 35 53,85 61 93,85 4 6,15 65
Q3 18 27,69 47 72,31 60 92,31 5 7,69 65
Q4-a) 10 15,38 55 84,62 58 89,23 7 10,77 65
Q4-b) 0 0,00 65 100,00 50 76,92 15 23,08 65
O gráfico abaixo está representado os resultados correspondentes ao quadro anterior.

Gráfico nº 3: Comparação dos resultados dos testes (pré e pós-teste)

Gráfico do Pré e Pós-teste


65 65
61 61 60 58
55
47 50 Q1
35 Q2
30
18 Q3
15
10
4 4 5 7 Q4-a)
0 0
Q4-b)
certas erradas certas erradas
Pré-teste Pós-teste

Com os resultados da investigação feita aos alunos da Escola de Formação de Professores


“Foguetão” do Município do Uíge, apresentou-se um algoritmo que visou em contribuir para
o desenvolvimento das habilidades dos alunos, no cálculo de logaritmos decimais.

Depois da análise comparativa feita entre os dois quadros e gráficos permitiu observar que o
algoritmo aplicado contribuiu significativamente no rendimento que tiveram os alunos.

3.6 – Comprovação Estatística da Hipótese

No desenvolvimento desta pesquisa, estabeleceu-se uma hipótese que serviu de solução


antecipada ao problema apresentado. É nesta conformidade que se efectuou a comprovação
estatística da hipótese por via do Teste t de Student para amostra pareada com uma margem
de confiança de 95% (ou uma chance de erro de 5%), comparativamente a quantidade de
47

questões certas antes e após às metodologias aplicadas. Assim sendo, para se provar a validez
da hipótese desta pesquisa, foi necessário obedecer os seguintes passos:

 Enunciar o problema;
 Estabelecer o nível de significância ou de confiança;
 Identificar a variável de teste e definir a região de aceitação de H 0 de acordo com o
tipo de teste;
 Determinar o valor calculado da variável de teste;
 Decidir pela aceitação ou rejeição de H0 ;
 Interpretar a decisão dentro do contexto do problema.
Tendo em consideração os resultados ilustrados nas tabelas referentes aos dados do pré e pós-
teste, optou-se em um teste bilateral à esquerda e à direita na qual foram estabelecidas as
hipóteses nula (𝐻0 ) significando que não existe diferença significativa entre as médias das
respostas certas obtidas pelos alunos no pré-teste e pós-teste, isto é, (𝝁𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 = 𝝁𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔 ) e a
alternativa H1 indicando que existe diferença entre as médias da respostas certas do pré e
pós teste, isto é, (𝝁𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 ≠ 𝝁𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔 ).

H0 : μ d = 0
{ ; ondeμd = μantes − μdepois
H1 : μd ≠ 0

Tal como foi estabelecido, a margem de erro para a amostra é de 5% e uma margem de
aceitação de 95%, ou seja: 𝛼 = 0,05 𝑒 1 − 𝛼 = 0,95

Para o cálculo do valor crítico do teste deve-se ter em conta que se optou ao teste bilateral à
esquerda (𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 < 𝑡𝑛−1,𝛼 ) e à direita (𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 > 𝑡𝑛−1,𝛼 ), com 5% de significância e a variável de
teste é 𝑡𝑛−1 com uma amostra de 5 elementos (𝑛 = 5), logo o valor crítico será7:

𝑡𝑛−1,𝛼 = 𝑡5−1;0,05 = 𝑡4;0,05 = 2,7765 ⇒ 𝑡𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 = 2,7765


Tratando de um teste bilateral a hipótese H0 será aceite para valores maiores de −2,7765 e
para valores menores 2,7765 e se t calculado for menor de que −2,7765 ou maior que 2,7765
a hipótese H0 será rejeitada. Sem perder de vista que há uma chance de 5% de que se venha
rejeitar 𝐻0 sendo verdadeira.

Na sequência, para determinar o valor calculado da variável de teste (𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 ), construiu-se uma
tabela com os dados das questões certas dos dois testes aplicados respectivamente:

7
Vindo da tabela (que consta no Apêndice nº06)
48

Quadro nº 4: Comprovação Estatística da Hipótese (respostas certas do pré e pós-teste)

Respostas certas
Questões Pré-teste 𝒙𝒊 Pós-teste 𝒚𝒊 𝒅𝒊 = 𝒚𝒊 − 𝒙𝒊 𝟐
𝒅𝒊 − 𝒅 (𝒅𝒊 − 𝒅)
Q1 61 65 4 −31 961
Q2 30 61 31 −4 16
Q3 18 60 42 7 49
Q4-a) 10 58 48 13 169
Q4-b) 0 50 50 15 225
SOMA 119 294 175 0 1420
MÉDIA 𝜇𝑋 = 23,8 𝜇𝑦 = 58,8 𝑑 = 35 𝜇(𝑑𝑖 −𝑑̅) = 0

Onde:

∑ 𝑥𝑖 ∑ 𝑦𝑖 ∑ 𝑑𝑖
d) Médias: 𝜇𝑋 = ; 𝜇𝑦 = ;𝑑 =
𝑛 𝑛 𝑛
O valor da variável de teste tem como equação:

𝑑̅
𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 =
𝑆⁄
√𝑛
Onde S é o Desvio Padrão dado por:

∑(𝑑𝑖 −𝑑̅)2 1420 1420


𝑆=√ = √ 5−1 = √ = √355 = 18,84
𝑛−1 4

𝑑̅ 35 35 35
𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 = = = = = 4,16
𝑆⁄ 18,84 18,84⁄ 8,41
⁄ 2,24
√𝑛 √5
Conforme foi dito anteriormente, se o valor da variável de teste fosse menor do que −2,7765
ou maior do que 2,7765 a hipótese 𝐻0 seria rejeitada. Assim sendo:

𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 = 4,16 > 𝑡𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 2,7765. No entanto, a hipótese 𝐻0 foi rejeitada com 5% de
significância e aceitou-se a hipótese alternativa (𝐻1: 𝜇𝑋 ≠ 𝜇𝑌) admitindo que existe uma
diferença entre as médias aritméticas das respostas certas dos dois testes aplicados.

Deste modo, de acordo a análise comparativa feita, concluí-se que o algoritmo aplicado é
válido, porque os resultados alcançados no pós-teste são mais eficientes em relação aos
resultados do pré-teste o que comprova a validade da hipótese inicialmente elaborada.
49

CONCLUSÕES

Após ter-se analisado de uma forma detalhada e coerente sobre a pesquisa que se foi feita com
o tema: Algoritmo para o cálculo de logaritmos decimais aos alunos da 10ª Classe da Escola
de Formação de Professores “ Foguetão” do Município do Uíge, chegou-se as seguintes
conclusões:

 A falta de aplicação de técnicas ou metodologias adequada para o cálculo de


logaritmos decimais, tem influenciado no fraco domínio deste conteúdo por parte de
alguns alunos;
 As insuficiências que os manuais da reforma educativa apresentam no que tange aos
conteúdos relacionados aos logaritmos decimais têm contribuído bastante no fracasso
deste processo de ensino e aprendizagem;
 As insuficiências que alguns programas apresentam referentes a não menção do tema
em causa, têm influenciado muito alguns professores na má elaboração dos conteúdos;
 Falta de interesse por parte de alguns alunos no que diz respeito a seu aprendizado tem
influenciado negativamente no processo de ensino e aprendizagem deste conteúdo;
 A falta de motivação vinda dos professores para com os seus alunos tem criado neles o
desinteresse em querer saber mais e aprender melhor os conteúdos Matemáticos e em
particular os logaritmos decimais;
 Poucas investigações existentes acerca do tema tem contribuído na fraca aderência de
outros pesquisadores.

Com a aplicação do pós-teste, notou-se um rendimento aceitável em relação ao pré-teste,


conforme constam nos dados dos quadros e gráficos apresentados no trabalho. Neste sentido,
espera-se que o trabalho feito possa vir a contribuir significativamente na superação das
dificuldades que muitos alunos e até mesmo professores apresentam no cálculo de logaritmos
decimais.
50

SUGESTÕES

Com objectivo de alcançar os melhores resultados possível no processo de ensino e


aprendizagem da Matemática, requer que os professores estejam munidos de técnicas capazes
de minimizar as dificuldades encontrada nesta área do saber. Visto que, as análises feita nos
manuais e programas da 10ª classe e dos resultados obtidos nos testes, sugere-se o seguinte:

 Que haja aplicação de técnicas ou metodologias adequada para o cálculo de


logaritmos decimais, de modo que se influencie para o bom domínio deste conteúdo
por parte de alguns alunos;
 Que se trabalhe para melhorar as insuficiências que os manuais da reforma educativa
apresentam no que tange aos conteúdos relacionados aos logaritmos decimais de modo
que se contribua para o sucesso deste processo de ensino e aprendizagem;
 Que se melhore as insuficiências que alguns programas apresentam referentes a não
menção do tema em causa, de modo que se influencie muito alguns professores na boa
elaboração dos conteúdos;
 Que haja interesse por parte de alunos no que tange a seu aprendizado de modo que se
influencie positivamente no processo de ensino e aprendizagem deste conteúdo.
 Que os professores sejam motivadores dos seus alunos para criar neles o interesse em
querer saber mais e aprender melhor os conteúdos Matemáticos e em particular os
logaritmos decimais;
 Que este trabalho seja um caminho a seguir para os futuros pesquisadores que irão se
interessarem a dar o seu contributo nesta área do conhecimento.
51

BIBLIOGRAFIA

[1].Aguiar, P. D. (2008). Matemática Basica.

[2]. Alessandra Basquelha, M. L. (2003). Matemática Ensino Médio. São Paulo: 2ª edição.

[3]. Afonso, M. P. (2017). conjunto de exercicios para desenvolver as habilidades no estudo


analítico das funções definidas por ramos. Isced-Uíge.

[4]. Bucchi, P. (1998). curso prático de Matemática. são paulo: 1ª edição, Moderna.

[5]. Burin, C. S. (2011). Resolução de problemas. Floriano polis: 2ª edição.

[6]. Carlinhos, P. Apostila sobre logaritmos. UNITAU.

[7]. Domingos Anselmo Maura da Silva, G. F. (2006). Matemática Elementar. amazonas.

[8]. Ernest F. Haeussler, J. R. Matemática para administração, Economia, Ciências sociais e


da vida. 8ª edição.

[9]. Fernandes, J. F. Tabuas de logaritmos. A. V. ilha da Madeira.

[10]. Gelson Iezze, O. D. Matemátima volume único. Actual.

[11]. Gelson Iezzi, O. D. (1977). Fundamentos de Matemática Elementar. são Paulo: Actual.
3ª edição.

[12]. Iezzi, G. I., Teixeira, J. c., Dolce, O., Machado, N. J., Goulart, M. C., & Castro, L. R.
(1997). versão azul com trigonometria no volume 2. São Paulo: Afiliada.

[13]. Marconi, E. l. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5º ed.). São Paulo, Brasil:
atlas. S.A.

[14]. Mónica, E. (2009). Logaritmos. Lda-Angola: Texto Editora. 1ªedição.

[15]. Nascimento, F. Matemática para concurso.

[16]. TâniaCristina Neto, G. V. Minimanual compacto de Matemática: Teoria e Pratica,


ensino Médio . são Paulo: Rideel. 1ª edição.

[17]. Vandanezi, T. (2015). Matemática. Universidade Federal de Juiz de Fora.

[18]. Xavier, A. M. (s.d.). Logaritmos e exponecial.


52

APÊNDICES
53

Apêndice nº01
PRÉ-TESTE
Questionário de Matemática

Estimado aluno! Leia atentamente análise e responde com tranquilidade as questões.

O presente questionário que tens em mão é um documento que poderá contribuir para o
melhoramento do ensino-aprendizagem da Matemática na sua escola. Com objectivo de
sabermos sobre o estudo actual de cálculo de logaritmos decimais. Pede-se que participe com
vontade, humildade e honestidade. Ele é anónimo e agradecemos pela colaboração.

Escola _____________________________________________________________________

10ª Classe Data____ /____ / 2018

Turma _____ Idade _____anos Sexo _____

1ªQuestão:Já ouviste falar de logaritmos decimais?

Sim ____ Não ____

2ªQuestão: Define o logaritmo decimal?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3ªQuestão:Dado o logaritmo de 0,0025. Indica o valor da característica, assinalando com X a


opção certa:

a) (2) ___ b) (3)___ c) (−3) ___


d) Nenhuma certa, ____

4ªQuestão: Com ajuda da tabela abaixo, calcula:

a) log 235 b) log 24,59


N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989
20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3234 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962

Resolução: __________________________________________________________________
54

Apêndice nº02
FICHA DE TRABALHO Nº 01
Escola de Formação de Professores “Foguetão”
Classe: 10ª Classe
Disciplina: Matemática
Tema 4: Expressões Fraccionários e irracionais
Assunto: Sistemas de logaritmos
Tipo de aula: Nova
Duração: 45 min. Data: ____ / ____ / 2018
Objectivo específico:
 Conhecer o sistema de logaritmos.
 Definir o logaritmo decimal.
Métodos: expositivo, elaboração conjunta e trabalho independente
Introdução
A.N.P: define o logaritmo de um número?
R: logaritmo de um número é o número que se deve elevar a base para se obter o
logaritmando.
O.P.O: como se chama o conjunto de logaritmos, na base 10 de todos os número positivos?
R: Chama-se sistema de logaritmo de base 10. Então vamos falar de sistemas de logaritmos.
Desenvolvimentos
Chamamos de sistema de logaritmos de a ao conjunto de todos os logaritmos dos números
reais positivos em uma base a (0 < 𝑎 ≠ 1). Por exemplo, o conjunto formado por todos os
logaritmos de base 2 dos números reais e positivos é o sistema de logaritmos na base 2.

Entre a infinidade de valores que pode assumir a base e, por tanto, entre a infinidade de
sistemas de logaritmos, existem dois sistemas de logaritmos particularmente importante, que
são: sistema de logaritmo neperiano e o sistema de logaritmos decimais.

 Sistema de logaritmo neperianos


O sistema de logaritmo neperianos, nome dado em homenagem a Napier, tem como base o
número irracional ℮ (℮ = 2,718 … ).

Esse sistema também é conhecido como sistema de logaritmo natural.

Estabelecendo a condição N > 0, o logaritmo neperiano ou natural é indicado por:


55

log 𝑒 N = ln N

Ex: ln 5 ; ln 4; ln 10, …
 Sistema de logaritmos decimais

O sistema de logaritmos decimais é o sistema de base 10 também chamado de sistema de


logaritmos Vulgares ou de Briggs (Henry Briggs, matemático Inglês (1561 – 1630), foi quem
primeiro destacou a vantagem do emprego dos logaritmos de base 10, tendo publicado a
primeira tábua (tabela) dos logaritmos de 1 a 1000 em 1617). Ele foi proposto para adequar os
logaritmos ao sistema de numeração decimal.

Em uma de suas obras, publicada em 1624, Briggs menciona as palavras características e


mantissa. No sistema decimal, somente as potências de 10 com expoente inteiro têm
logaritmos inteiros.

Exemplo:

3) log 100 = 2
4) log 1000 = 3

Obs. todo logaritmo decimal pertence ao sistema de logaritmos de base 10.


Definição: logaritmo decimal é o logaritmo de todos os números positivos escritos na base
10.Assim, o logaritmo decimal de N é a soma do inteiro c com uma parte decimal m e vamos
indicá-lo por: 𝐥𝐨𝐠 𝐍 = 𝐜 + 𝐦, onde 𝐜 ∈ ℤ e 0 ≤ 𝐦 < 1.

Onde: c representa a característica (é a parte inteira do logaritmo decimal de um número. Que


pode ser: positiva, negativa ou nula) e o m é mantissa (é a parte decimal do logaritmo).

Ex: log 0,261 = −1 + 0,4166 = −0,5834

Característica é igual a (−1);


Mantissa é igual a 0,4166.
Controlo
1 – O que é um sistema de logaritmos?
R:Chamamos de sistema de logaritmos de a ao conjunto de todos os logaritmos dos números
reais positivos em uma base a (0 < 𝑎 ≠ 1).
2 – Define o logaritmo decimal.
R: logaritmo decimal é o logaritmo de todos os números positivos escritos na base 10.
56

Apêndice nº03
FICHA DE TRABALHO Nº 02
Escola de Formação de Professores “Foguetão”
Classe: 10ª Classe
Disciplina: Matemática
Tema 4: Expressões Fraccionários e irracionais
Assunto: Cálculo de logaritmos decimais
Tipo de aula: Nova
Duração: 45 min. Data ___ / ____/ 2018
Objectivo específico: Mostrar aos alunos caminho para o cálculo de logaritmos decimais.
Métodos: Expositivo, elaboração conjunta e trabalho independente
Introdução
C.N.P: Escreve os seguintes números abaixo na forma de notação científica:

c) 34000 = 3,4 × 104 d) 0,000065 = 6,5 × 10−5


O.P.O: qual é o procedimento a utilizar para determinar o logaritmo decimal de um dado
número?

R: o procedimento a ser aplicado é através de cálculos. Portanto, abordaremos sobre o cálculo


de logaritmos decimais.

Desenvolvimento

Já é do nosso conhecimento, de que o logaritmo decimal é o logaritmo de todos os números


positivos escritos na base 10. (escreve-se: log 𝑁).

Onde: 𝐥𝐨𝐠 𝐍 = 𝐜 + 𝐦, onde 𝐜 ∈ ℤ e 0 ≤ 𝐦 < 1. Que obdece a seguinte condição de


existência: N > 1 ou 0 < 𝑁 < 1.

Para calcular o valor de um dado logaritmo decimal, vamos aplicar o nosso algoritmo. Que
indica um conjunto de passos ordenados, isto significa que estes passos devem ser bem
definidos, estruturados e devem estar nas condições de resolver todos os casos ou problemas
da mesma natureza.

Exemplo: Com o auxílio da tabela logaritmica, calcule:

a) log 25 b) log 0,0504


c) log 20,17
57

Resolução:

d) Para olog 25.

APLICANDO O ALGORIMO TEMOS:

1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 25, vê-se que 25 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 25, tem-se: 2,5 × 101 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A nossa potência é 101 , com o expoente igual a 1 (é a nosso característica).

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

Da tabela tem-se: Mant.(25) = 0,3979.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 1.

Mant. é igual a 0,3979.

Logo: log 25 = 1 + 0,3979 ⟹ log 25 = 1,3979

e) Para olog 0,504.

APLICANDO O ALGORIMO TEMOS:

1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 0,504, pela condição 0 < 0,504 < 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 0,504, tem-se: 5,04 × 10−1 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A nossa potência é 10−1 , com o expoente igual(−1).

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;
58

Da tabela logarítmica tem-se: Mant.(0,504 ou apenas 504) = 0,7024.

5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a (−1).

Mant. É igual a 0,7024.

Logo: log 0,504 = −1 + 0,7024 ⟹ log 0,504 = −0,2976

f) Paralog 20,17

APLICANDO O ALGORIMO TEMOS:

1º Passo: Observar o valor do logaritmando dado, tendo em consideração a condição;

Para 𝑁 = 20,17 vê-se que 20,17 > 1, então o logaritmo existe.

2º Passo: Converter o número em notação científica;

Para 𝑁 = 20,17 tem-se: 2,017 × 101 .

3º Passo: Guardar o expoente do número em notação científica;

A nossa potência é 101 , com o expoente igual a 1.

4º Passo: Buscar o valor da mantissa com ajuda da tabela. Caso não exista, busca pelo
método de interpolação linear;

O número 20,17 contém mais de três algarismos. Por isso para obtenção da mantissa vamos
aplicar o método de interpolação.

Tomando os dois números inteiros, imediatamente inferior e superior a 20,17. Tem-se:


20 < 20,17 < 21 ⟹ log 20 < log 20,17 < log 21
De acordo com a tabela, log 20tem mantissa 0,3010 e log 21tem mantissa 0,3222.
Agora, fazemos a seguinte comparação:
Aumento Comparação Aumenta
1 20 ------------ 0,3010 0,0212
21 ------------- 0,3222
Note que o aumento de uma unidade ao número 693 resulta em um aumento de 0,0212no
valor da mantissa.
59

A partir daí, podemos estabelecer a seguinte regra de três simples (dentro da tabela abaixo):
Aumento Comparação Aumento
0,17 20 ----------------- 0,3010 d
1 20,17 ----------------m 0,0212
21 ------------------- 0,3222
Da tabela tem-se:
1 ------------------- 0,0212
0,17 ----------------- d
1 0,0212
= ⟹ d = 0,17 × 0,0212 ⟹ d = 0,0036
0,17 d
Dessa forma, a mantissa dolog 20,17é:
m = 0,3010 + d ⟹ m = 0,3010 + 0,0036 ⟹ m = 0,3046
5º Passo: Adicionar a mantissa ao expoente que encontrou no terceiro passo. Logo tem-se o
resultado do logaritmo.

Expoente é igual a 1.

Mant. É igual a 0,3046.

Logo: log 20,17 = 1 + 0,3046 ⟹ log 20,17 = 1,3046


60

Apêndice nº 04
PÓS-TESTE
Questionário de Matemática

Estimado aluno! Leia atentamente análise e responde com tranquilidade as questões.

O presente questionário que tens em mão é um documento que poderá contribuir para o
melhoramento do ensino-aprendizagem da Matemática na sua escola. Com objectivo de
sabermos sobre o estudo actual de cálculo de logaritmos decimais. Pede-se que participe com
vontade, humildade e honestidade. Ele é anónimo e agradecemos pela colaboração.

Escola _____________________________________________________________________

10ª Classe Data____ /____ / 2018

Turma _____ Idade _____anos Sexo _____

1ªQuestão:Já ouviste falar de logaritmos decimais?

Sim ____ Não ____

2ªQuestão: Define o logaritmo decimal?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3ªQuestão:Dado o logaritmo de 0,0250. Indica o valor da característica, assinalando com X a


opção certa:

a) (−2) ___ b) (3)___ c) (−3) ___


d) Nenhuma certa, ____

4ªQuestão: Com ajuda da tabela abaixo, calcula:

a) log 201 b) log 0,2018


N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989
20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3234 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962

Resolução: _____________________________________________________________
61

Apêndice nº 05
TABELA DE MANTISSAS
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 0000 1414 0792 1139 1461 1761 2041 2304 2553 2788
2 3010 3222 3424 3617 3802 3979 4150 4314 4472 4624
3 4771 4914 5051 5185 5315 5441 5563 5682 5798 5911
4 6021 6128 6232 6335 6435 6532 6628 6721 6812 6902
5 6990 7076 7160 7243 7324 7404 7482 7559 7634 7709
6 7782 7853 7924 7993 8062 8129 8195 8261 8325 8388
7 8451 8513 8573 8633 8692 8751 8808 8865 8921 8976
8 9031 9085 9138 9191 9243 9294 9345 9395 9445 9494
9 9542 9590 9638 9685 9731 9777 9823 9868 9912 9956

10 0000 0043 0086 0128 0170 0212 0253 0294 0334 0374
11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755
12 0792 0828 0864 0899 0934 0969 1004 1038 1072 1106
13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430
14 1461 1492 1523 1553 1584 1614 1644 1673 1703 1732
15 1761 1790 1818 1847 1875 1903 1931 1959 1987 2014
16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279
17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529
18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989

20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3234 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456
28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757

30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172
33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 5276 5289 5302
34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 5416 5428
35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
36 5563 5575 5587 5599 5611 5623 5635 5647 5658 5670
37 5682 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 5775 5786
38 5798 5809 5821 5832 5843 5855 5866 5877 5888 5899
39 5911 5922 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010

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Apêndice nº 06
Tabela test t de Student

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