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APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

 Proteção dos direitos da pessoa humana independentemente de qualquer condição


 Ramo do direito público nascido após a 2ª Guerra Mundial
 Como os direitos humanos são inerentes às pessoas, sem qualquer discriminação, seus fun-
damento é anterior a toda forma de organização política
 Direitos humanos são direitos que se atribuem a cada pessoa humana pelo simples fato de
sua existência
o Seu suporte de validade é a própria dignidade da qual toda e qualquer pessoa é porta-
dor
 Art, 1º da DUDH

 Três princípios basilares :


o Dignidade da pessoa humana
 Núcleo de todos os outros
 Deve ser tratado com dignidade. Ser julgados por seus atos.
o Inviolabilidade da pessoa
 Não se pode impor sacrifícios, principalmente para benefícios de terceiros.
o Autonomia da pessoa
 Toda pessoa é livre para realizar qualquer conduta, desde que seus atos não
prejudiquem terceiros.

 Os direitos humanos são indivisíveis, mas costuma-se elenca-los em gerações ou di-


mensões:
o Uma geração não substitui a outra
o 1ª geração:Liberdade (lato senso)
 Especificamente os direitos civis e políticos
 Tem por titular o indivíduo
 São oponíveis ao Estado, de resistência ou de oposição perante o Estado
 Demandam uma ação negativa do Estado, uma abstenção para que pos-
sam ser efetivados
 Correspondem à fase inaugural do constitucionalismo ocidental
o 2ª geração:Igualdade (lato senso)
 Direitos sociais, econômicos, culturais e coletivos
 Nascidos a partir do início do século XX
o 3º geração:Fraternidade (lato senso)
 Direito ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, à comunicação e ao
patrimônio comum da humanidade
o 4º geração:Democracia

 Características dos direitos humanos


o Historicidade:
 Vão se construindo através do tempo
o Universalidade:
 Todas as pessoas são titulares dos direitos humanos. Basta ser humano, sendo
assegurados esses direitos tanto na ordem interna como na ordem internacional.
o Essencialidade:

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 São essenciais por natureza, inclusive norteando a elaboração de normas


o Irrenunciabilidade:
 Mesmo a autorização do titular não justifica ou convalida qualquer violação de
seu conteúdo.
o Inalienáveis:
 Não podem ser cedidos onerosa ou gratuitamente a outrem
o Inexauribilidade:
 São inexauríveis, podendo-se expandi-los, sendo acrescidos novos direitos a
qualquer tempo
 CF/88 art. 5º, §2º: Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adota-
dos, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Bra-
sil seja parte.
 Desse modo, são duplamente inexauríveis: tanto pelos direitos de-
correntes do regime e dos princípios adotados pela CF/88, como por direi-
tos advindos dos tratados internacionais de direitos humanos em que o
Brasil seja parte.
o Imprescritibilidade:
 São imprescritíveis, não se esgotando com o passar do tempo, podendo ser a
qualquer tempo vindicados.
 Pode haver limitações expressas impostas por tratados que preveem procedi-
mentos perante cortes ou instâncias internacionais
o Vedação ao retrocesso:
 Os direitos humanos devem agregar algo de novo e de melhor aos ser humano
 Não pode o Estado proteger menos do que já protegia anteriormente
 O mesmo vale para os tratados internacionais
 A interpretação normativa não pode ser no sentido de limitar o gozo e exercício
de qualquer direito ou liberdade
o Indivisibilidade:
 São indivisíveis, interdependentes e interrelacionados, um não existindo sem o
outro.

Organização das Nações Unidas

 Criada em 1945 pela Carta das Nações Unidas ou Carta de São Francisco
 O tratado constitutivo da ONU, embora cite por diversas vezes os direitos humanos, não criou
um sistema específico de normas que protegesse os indivíduos na sua condição de seres hu-
manos.
o Não definiu os direitos humanos, mas deu início ao sistema global de proteção aos di-
reitos humanos, delineando a arquitetura contemporânea desses direitos.
 CDH - Comissão de Direitos Humanos
o Começou a haver uma delimitação dos direitos humanos
o Em 2006 foi instinto a Comissão de Direitos Humanos e criado o Conselho de Direitos
Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos

 Positivação internacional dos direitos mínimos dos seres humanos


 Não segue a lógica clássica do Direito Internacional, onde só Estados e Organizações Inter-
nacionais tem personalidade jurídica. No âmbito dos direitos humanos, o indivíduo tem perso-

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nalidade jurídica de direito internacional público com capacidade limitada, ou seja, tem acesso à
comissões e cortes internacionais , como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em
que o indivíduo pode peticionar diretamente à Corte.

 Natureza jurídica da DUDH


o Não é um tratado, não tem poder vinculante, são recomendações. Mas nem por isso
devem deixar de ser atendidas.
o A Declaração instituiu direitos substanciais, mas não criou órgãos com competência
para zelar por esses direitos.

 Estrutura da Declaração Universal


o Estrutura Bipartite:
 Conjuga num só todo tanto os direitos de primeira geração como os de segunda
geração
o Art. 1º: Toda pessoa nasce igual em dignidade e em direitos
o Art. 2º: Toda pessoa tem capacidade de gozar os direitos e liberdades estabelecidos
sem distinção alguma
o Do art. 3º ao 21:Direitos Civis e Políticos, tradicionalmente chamados de direitos e
garantias individuais
o Do art. 22 ao 28:Direitos sociais, econômicos e culturais
o Art. 29:Deveres da pessoa para com a comunidade
o Art. 30:Princípio de interpretação sempre a favor dos direitos e das liberdades
proclamadas na declaração

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS


Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948

Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família hu-
mana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bár-
baros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os ho-
mens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da
necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para
que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão,

Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as na-


ções,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos hu-
manos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos ho-
mens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida
em uma liberdade mais ampla,

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Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperação


com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a
observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta impor-
tância para o pleno cumprimento desse compromisso,
A Assembléia Geral proclama
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por
todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade,
tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promo-
ver o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter na-
cional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efeti-
vos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob
sua jurisdição.

Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Artigo II
1. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta De-
claração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
condição.
2. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou inter-
nacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território inde-
pendente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão
proibidos em todas as suas formas.

Artigo V
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradan-
te.

Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a
lei.

Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. To-
dos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e
contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo VIII
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os
atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

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Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um
tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de
qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo XI
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a
sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham
sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituí-
am delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que
aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei
contra tais interferências ou ataques.

Artigo XIII
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada
Estado.
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

Artigo XIV
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros paí-
ses.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por cri-
mes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo XV
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de na-
cionalidade.

Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou
religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em rela-
ção ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.

Artigo XVII
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a
liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo
ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em par-
ticular.

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Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de,
sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer
meios e independentemente de fronteiras.

Artigo XX
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo XXI
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por inter-
médio de representantes livremente escolhidos.
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em
eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que
assegure a liberdade de voto.

Artigo XXII
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo
esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada
Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desen-
volvimento da sua personalidade.

Artigo XXIII
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favorá-
veis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe asse-
gure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus inte-
resses.
Artigo XXIV
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho
e férias periódicas remuneradas.

Artigo XXV
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde
e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais
indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou
outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças
nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus ele-
mentares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional
será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e
do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução

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promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou reli-
giosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a
seus filhos.
Artigo XXVII
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as
artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qual-
quer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.

Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades
estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo XXIX
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento
de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações
determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito
dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e
do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente
aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a
qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato
destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

QUESTÕES

CESPE 2012 (PC-CE)

O direito internacional dos direitos humanos, fenômeno que antecedeu à Primeira Guerra Mundial,
pode ser conceituado como uma construção consciente vocacionada a assegurar a dignidade hu-
mana.

ERRADA

Segundo a DUDH, ninguém poderá ser culpado por ação ou omissão que, no momento da sua práti-
ca, não constituía delito perante o direito nacional ou internacional.

CORRETA

Toda pessoa vítima de perseguição tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países,
mesmo em caso de perseguição legitimamente motivada por crime de direito comum ou por ato con-
trário aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

ERRADA

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Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão. Esse direito inclui a liberdade de, sem
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer
meios e independentemente de fronteiras.

CORRETA

CESPE 2012 (TJ-RR)

A Declaração Universal de Direitos Humanos foi adotada após a 2.ª Guerra Mundial pela Assembléia
Geral das Nações Unidas.

CORRETA

A Declaração Universal de Direitos Humanos não dispõe expressamente sobre o direito ao casa-
mento, mas assegura-o indiretamente ao proteger a família.

ERRADA

A Declaração Universal de Direitos Humanos reconhece o princípio da unicidade sindical.

ERRADA

A Declaração Universal de Direitos Humanos garante expressamente a gratuidade da educação


fundamental.

CORRETA

A Declaração Universal de Direitos Humanos reconhece expressamente que todos têm deveres para
com a comunidade de que participam.

CORRETA

CESPE 2009 (DPE-PI)

Os direitos fundamentais surgem todos de uma vez, não se originam de processo histórico paulatino.

ERRADA

As gerações de direitos humanos mais recentes substituem as gerações de direitos fundamentais


mais antigas.

ERRADA

CESPE 2011 (DPE-MA)

A característica da indivisibilidade dos direitos humanos decorre da constatação de que a condição


de pessoa é o único requisito para a sua titularidade de direitos e das necessidades humanas uni-
versais.

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ERRADA

O princípio da proibição do retrocesso social é uma cláusula de defesa do cidadão em face de pos-
síveis arbítrios impostos pelo legislador no sentido de desconstituir as normas de direitos fundamen-
tais.

CORRETA

CESPE 2007 (DPU)

Aplica-se aos direitos sociais, econômicos e culturais o princípio da proibição do retrocesso.

CORRETA

CESPE 2010 (DPU)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, apesar de ter natureza de resolução, não
apresenta instrumentos ou órgãos próprios destinados a tornar compulsória sua aplicação.

CORRETA

CESPE 2005 (SNJ)

A afirmação de que os homens têm direito à liberdade de viver “a salvo do temor e da necessidade”,
contida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, sugere que o respeito à dignidade humana
pressupõe, entre outras condições, o atendimento às demandas materiais básicas e às relativas a
proteção e segurança.

CORRETA

A Declaração Universal dos Direitos Humanos parte do pressuposto de que todos os seres huma-
nos, sem exceção, nascem livres e iguais em dignidade e direitos.

CORRETA

CESPE 2008 (MPE-RO)

A DUDH assegura o direito de resistência.

CORRETA

CESPE 2011 (TRF - 5ª REGIÃO)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos trata dos direitos de liberdade e igualdade.

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CORRETA

A Declaração Universal dos Direitos Humanos não faz referência a direitos políticos.

ERRADA

A Declaração Universal dos Direitos Humanos não trata de direitos econômicos.

ERRADA

A Declaração Universal dos Direitos Humanos não faz referência a direitos culturais e à bioética.

ERRADA

CESPE 2009 (SEJUS-ES)

Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Na-
ções Unidas, julgue os itens que se seguem.
Ninguém pode ser arbitrariamente detido, preso ou exilado.

CORRETA

O suspeito da prática de crime não é considerado inocente, ainda que não tenha havido pronuncia-
mento judicial acerca do fato por ele praticado.

ERRADA

O direito à educação e o direito de participação na vida cultural da comunidade são expressamente


consagrados, assim como o direito à igual proteção da lei e à liberdade de locomoção.

CORRETA

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Direitos do homem
Referente ao direito natural
Direitos fundamentais
Referente aos direitos no âmbito constitucional
Direitos humanos
Referente aos direitos no âmbito do direito internacional

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Art. 5º, §1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imedia-
ta.
Divergência doutrinária
Mazzuoli fala que mesmo os tratados internacionais sobre direitos humanos tem
aplicação imediata
Maximização da eficácia dos direitos fundamentais

Art. 5º, §2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorren-
tes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repú-
blica Federativa do Brasil seja parte.
Três vertentes dos direitos e garantias individuais:
Expressos
Implícitos
Tratados Internacionais

Dupla fonte normativa:


Direito interno
Direito internacional
Essa dualidade permite que o intérprete opte pela norma mais benéfica à pessoa protegi-
da
Otimização e maximização do sistema de proteção dos direitos e garantias indivi-
duais

Art. 5º, §3º - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprova-
dos, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos res-
pectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Cons-
titucional nº 45, de 2004)
RE 466.343-1/SP (Recurso Extraordinário - STF) - Supra nacionalidade das normas de di-
reitos humanos advindas de tratados internacionais aprovados antes da EC 45
"Por conseguinte, parece mais consistente a interpretação que atribui a característi-
ca de supra legalidade aos tratados e convenções de direitos humanos. Essa tese
pugna pelo argumento de que os tratados sobre direitos humanos seriam infracons-
titucionais, porém, diante de seu caráter especial em relação aos demais atos nor-
mativos internacionais, também seriam dotados de um atributo de supra legalida-
de."

a vertente que reconhece a natureza supraconstitucional dos tratados e convenções em ma-


téria de direitos humanos;

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APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

o posicionamento que atribui caráter constitucional a esses diplomas internacionais;

a tendência que reconhece o status de lei ordinária a esse tipo de documento internacional;

por fim, a interpretação que atribui caráter supralegal aos tratados e convenções sobre direi-
tos humanos.

Art. 5º, §4º - O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação te-
nha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
TPI
Primeiro tribunal penal internacional permanente
Estatuto de Roma, de 1998. Entra em vigor em 2002, criando efetivamente o TPI.
Sede em Haia, na Holanda.
Julga indivíduos, e não Estados.
Outros tribunais penais internacionais: Nuremberg e Tóquio (IIGM), Arusha (geno-
cídio de Ruanda, de 1994)

Resolução XXVIII da ONU (Princípios da Cooperação Internacional na Identificação, Deten-


ção, Extradição e Punição dos Culpados por Crimes contra a Humanidade), adotada
em 1973

Não confundir com a CIJ - Corte Internacional de Justiça


Órgão da ONU
Criado pelo artigo 92 da Carta da ONU, juntamente com a ONU, em 1945. Estabelecido
de fato em 1946.
Julga Estados, e não indivíduos.
O Brasil, em regra, não se submete à jurisdição da CIJ.
Corte também em Haia.

Prova: CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça

A CF não permite ao ordenamento jurídico pátrio recepcionar normas estrangeiras, como o Pacto
de São José da Costa Rica. (E)

Embora o art. 5.º da CF disponha de forma minuciosa sobre os direitos e as garantias fundamen-
tais, ele não é exaustivo e não exclui outros direitos. (C)

Prova: CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público

A respeito da incorporação dos tratados internacionais de proteção dos direitos humanos ao di-
reito brasileiro, assinale a opção correta.

Após a EC n.º 45, todos os tratados internacionais passaram a possuir status de norma constitu-
cional. (E)

Antes da EC n.º 45, não havia, na doutrina brasileira, menção ao fato de que os tratados interna-
cionais sobre direitos humanos deveriam ter o status de norma constitucional. (E)

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APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

Os tratados internacionais sobre direitos humanos não necessitam de aprovação pelo Congresso
Nacional. (E)

Após a EC n.º 45, foi dado nova abordagem aos tratados internacionais sobre direitos humanos.
(C)

(Cespe/2012/TJ-AL)

Os tratamentos normativos diferenciados não são compatíveis com o texto constitucional, por
ofensa ao princípio da igualdade, mesmo quando verificada a existência de uma finalidade razo-
avelmente proporcional ao fim visado. (E)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ART. 5º

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Prova: CESPE - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Juiz do Trabalho

A CF, ao dispor sobre o direito à vida e à integridade física, permite a comercialização de órgãos,
tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento. (E)

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

(Cespe/2012/TJ-AL)

Ostratamentos normativos diferenciados não são compatíveis com o texto constitucional, por
ofensa ao princípio da igualdade, mesmo quando verificada a existência de uma finalidade razo-
avelmente proporcional ao fim visado. (E)

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Prova: CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário

O Brasil, por ser um país laico, não tem religião oficial, sendo assegurada constitucionalmente a
inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, bem como o livre exercício dos cultos re-
ligiosos. (C)

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APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, indepen-


dentemente de censura ou licença;

Prova: CESPE - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Juiz do Trabalho

O direito à liberdade de expressão do pensamento é limitado, na CF, pelo dever estatal de prote-
ger a moral e os bons costumes, o que permite ao Estado atuar na definição do tipo de mensa-
gens e ideias autorizadas a circular no espaço público. (E)

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades sus-
pensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

Prova: CESPE - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Juiz do Trabalho

A criação e a dissolução de associações sem finalidades lucrativas dependem de autorização do


Ministério da Justiça. (E)

XXII - é garantido o direito de propriedade;

Prova: CESPE - 2004 - PRF - Policial Rodoviário Federal

Sem restringir o direito de propriedade previsto na Constituição da República, uma lei municipal
poderá proibir que o proprietário de um estabelecimento de ensino superior cobre dos alunos,
sob qualquer pretexto, a utilização de estacionamento de veículos construído em área de sua
propriedade. (E)

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de au-
toridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mi-
litar, definidos em lei;

Prova: CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça

Ninguém pode ser preso, senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de au-
toridade competente, salvo nos casos de direito penal militar.(C)

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário
e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

Prova: CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça

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APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

Salvo exceções, a CF proscreve a prisão por dívidas (C)

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos de-
samparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de
2010)

Direitos sociais são prestações positivas do Estado


Alexandre de Moraes fala que são normas de ordem pública
A alimentação foi incluída no rol de direitos sociais pela Emenda Constitucional no 64/2010.
O objetivo dessa inclusão foi o fortalecimento das políticas públicas de segurança alimentar, em
consonância com vários tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Cespe 2010 (DPU)

Os direitos sociais são exemplos de liberdades negativas. (E)

Cespe 2012 (TRE-RJ)

A alimentação tem, no ordenamento jurídico nacional, o estatuto de direito fundamental, o


que obriga o Estado a garantir a segurança alimentar de toda a população. (C)

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
Direitos sociais individuais dos trabalhadores

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de
lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

Cespe 2010 (Abin)

Para aprovação de lei que preveja indenização compensatória como meio de proteção
contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, exige-se quórum de votação de maioria sim-
ples, conforme determina a CF. (E)

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

Cespe 2012 (TRE-RJ)

ACF garante ao trabalhador a irredutibilidade salarial, o que impede que o empregador dimi-
nua, por ato unilateral ou por acordo individual, o valor do salário do trabalhador. A redução
salarial só será possível se estiver prevista em convenção ou acordo coletivo. (C)

15
APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Antes da EC 53 era 6 anos

Cespe 2010 (TRE-MT)

ACF assegura ao trabalhador assistência gratuita aos seus filhos e dependentes desde o
nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas. (E)

Art. 8º ao art. 11
Direitos coletivos dos trabalhadores

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o regis-
tro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organiza-
ção sindical;

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de


categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalha-
dores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

Cespe 2012 (TJ-AC)

Em decorrência do princípio da unicidade sindical, é vedada a criação de mais de uma organi-


zação sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na
mesma base territorial, que não pode ser inferior à área de um município. (C)

Nacionalidade
Estado:
Território
Soberania
Dimensão pessoal
É o vínculo político entre o Estado e o indivíduo, que faz deste um membro da comunidade cons-
titutiva da dimensão pessoal do Estado
DUDH: Art. 15: Estado não pode privar arbitrariamente o indivíduo da sua nacionalidade e nem
impedir de mudar
Ou seja, todo indivíduo tem direito à uma nacionalidade

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:
os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;

16
APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

Cespe 2012 (TJ-RR)

Suponha que Jean tenha nascido na França quandosua mãe, diplomata brasileira de carreira,
morava naquele país em razão de missão oficial. Nessahipótese, segundo a CF, Jean se-
rá automaticamente considerado brasileiro naturalizado, com todos os direitos e deveres previs-
tos no ordenamento jurídico brasileiro. (E)

os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e op-
tem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasilei-
ra; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

Cespe 2013 (TRF2ª Região)

Coma Emenda Constitucional n.º 54/2007, passaram a ser considerados brasileiros natos
os nascidos no estrangeiro, de pai e mãe brasileiros, desde que sejam registrados em reparti-
ção brasileira competente ou venham a residir no Brasil após atingir a maioridade. (E)

II - naturalizados:

os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

Mero cumprimento dos requisitos não assegura a aquisição da nacionalidade brasileira. É ato
discricionário do Chefe do Poder Executivo.

os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais


de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.

Tem direitos subjetivo à nacionalidade brasileira.

Cespe 2013 (TRF2ª Região)

Serão considerados brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade residen-


tes no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos, mas, com relação aos originários de
países de língua portuguesa, a CF prevê somente que tenham residência permanente no
país como condição para adquirir a nacionalidade brasileira. (E)

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de


brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.

Estatuto da Igualdade é um acordo assinado entre Brasil e Portugal em Porto Seguro, em 21 de


Abril de 2000, na época da comemoração dos 500 anos da descoberta do Brasil. O Estatuto ga-
rante que entre os dois países as duas nacionalidades possuem equivalência de direitos.

17
APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:


I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa

Cespe 2012 (TJ-AC)

O cargo de ministro de Estado das Relações Exteriorese o de ministro da Defesa são privati-
vos de brasileiros natos. (E)

§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:


I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao inte-
resse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária.
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estran-
geiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

(Cespe/2012/TRE-RJ)

Os efeitos jurídicos de sentença transitada em julgado que trate da perda da nacionalida-


de brasileira não são personalíssimos, podendo-se estender, portanto, a terceiros. (E)

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo na-
cionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Regime de governo é a forma de exercício do poder
Democracia, ditadura
Sistema de governo: Presidencialismo, parlamentarismo
Forma de governo: Monarquia, república
Forma de Estado: Unitário, federal

Plebiscito – Consulta popular realizada antes da promulgação de ato legislativo ou administrativo


Referendo - Consulta popular realizada depois da promulgação de ato normativo ou administrati-
vo

18
APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

Iniciativa popular - Art. 61, §2º da CF - Apresentação de projeto à Câmara dos Deputados, subs-
crito por no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído em no mínimo 5 estados, com no mí-
nimo 0,3% dos eleitores de cada um.

CESPE 2013 (TRE-MS)

O plebiscito e o referendo são formas de exercício indireto da soberania popular. A participa-


ção popular, em ambos os casos, faz-se posteriormente à promulgação da lei. (E)

CESPE 2011 (TER-ES)

O status de cidadão tem duas dimensões: a ativa, que se traduz pela capacidade de exercício do
sufrágio, e a passiva, traduzida pela legitimação para o acesso a cargos públicos. (C)

CESPE 2009 (TRF5ª Região)

É vedado aos estrangeiros, ainda que naturalizados brasileiros, o alistamento como eleitores.
(E)

Sufrágio: Direito a voto


Voto: Meio pelo qual o sufrágio é exteriorizado
No Brasil, voto das mulheres somente em 1932. Somente em 1988 analfabetos podem votar, além
dos maiores de 16 anos

19
APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

Idealizado a partir de uma convenção da ONU em Viena, em 1993.


Estados membros deveriam constituir programas nacionais de direitos humanos
O Brasil foi um dos primeiros a produzir essa formulação

PNDH-3 produzido por meio de participação popular


Conferências nacionais e regionais
6 eixos temáticos com a lógica de interdependência de direitos
Universais
Ações transversais, ou seja, executadas por vários ministérios
Eixo Orientador - Diretriz - Objetivo Estratégico - Ação Programática - Responsável

Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3


O Secretário Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República designa-
rá os representantes do Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3.
Pode constituir subcomitês temáticos para a execução de suas atividades, que po-
derão contar com a participação de representantes de outros órgãos do Governo
Federal.
Pode convidar representantes dos demais Poderes, da sociedade civil e dos entes
federados para participarem de suas reuniões e atividades.
Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os órgãos do Poder Legislativo, do
Poder Judiciário e do Ministério Público, serão convidados a aderir ao PNDH-3.

CESPE 2009 (DPE-PI)


O acompanhamento da implementação do PNDH deve ser feito pelo MP Federal. (E)
Nesse programa, não é feita alusão à proteção internacional dos direitos humanos.
(E)

CESPE 2010 (UERN)


A sugestão da criação de uma comissão da verdade para investigar abusos cometi-
dos durante a ditadura causou desconforto aos integrantes das Forças Armadas. (C)

Adotadas pelo Primeiro Congresso das Nações Unidas sobre a Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Delinqüentes, em 1955
Aprovado pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas
Secretário-Geral deve ser informado de cinco em cinco anos dos progressos feitos relati-
vamente à sua aplicação
Governos adotem as medidas necessárias para dar a mais ampla publicidade possível às
Regras Mínimas, não apenas junto dos organismos públicos interessados, mas também
junto das organizações não governamentais que se ocupam da defesa social
Autoriza o Secretário-Geral a adotar os procedimentos necessários para assegurar, em
termos adequados a publicação das informações recebidas nos termos da alínea b) do pa-
rágrafo 2, supra, e a pedir, se necessário, informações suplementares.
95 artigos

Não pretende descrever em pormenor um modelo de sistema penitenciário


Estabelecer os princípios e regras de uma boa organização penitenciária e as práti-
cas relativas ao tratamento de reclusos
Grande variedade das condições legais, sociais, econômicas e geográficas do mundo
Nem todas as regras podem ser aplicadas indistinta e permanentemente em todos
os lugares

20
APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS

Representam, em conjunto, as condições mínimas aceites pelas Nações Unidas.


Evolução constante das matérias tratadas
Adoção de novas práticas , desde que se ajustem aos princípios e objetivos que re-
gem as regras adotadas
Nesse sentindo, pode haver exceções às regras.

Generalidades:
Administração geral dos estabelecimentos penitenciários
Aplicável a todas as categorias de reclusos, dos foros criminal ou civil
Em regime de prisão preventiva ou já condenados
Estas regras não têm como objetivo enquadrar a organização dos estabelecimentos
para jovens delinqüentes
Mas, caso havendo estabelecimentos, deve-se aplicar as regras

Princípios básicos:
Aplicação imparcial
Não haverá discriminação alguma com base em raça, cor, sexo, língua, reli-
gião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, meios de fortuna,
nascimento ou outra condição
Deve haver respeito às crenças religiosas e aos princípios morais do grupo a que
pertença o recluso
Nenhuma pessoa deve ser admitida num estabelecimento penitenciário sem uma
ordem de detenção válida
Separação das diferentes categorias de reclusos
Em relação ao sexo
Presos preventivos e condenados
Civil e criminal
Jovens e adultos
Higiene pessoal mínima
Alimentação adequada e balanceada em horários determinados
Contato com o exterior
Contato com familiares
Serviço diplomático, se estrangeiro
Sob supervisão

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