Você está na página 1de 9

IX CIERTEC

23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

SINAPSIS INOVAÇÃO EM ENERGIA


São Paulo, 16 de junho de 2019

PLANEJAMENTO E PROTEÇÃO DE REDE CONSIDERANDO ALTA


PENETRAÇÃO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E ASPECTOS SAZONAIS
Autores: MARCELO APARECIDO PELEGRINI, DR, FELIPE RIBEIRO MIRANDA, ENG,
BRUNO HENRIQUE NAKATA, MESTRE, MARIANA FULAN DE SOUZA, ENG.
mpresa: SINAPSIS INOVAÇÃO EM ENERGIA
Cargo: SÓCIO-DIRETOR

PALAVRAS-CHAVE: Alta penetração de GD; DADOS DA EMPRESA


sazonalidade rural; Rede com fluxo reverso; Endereço: Alameda Jaú, 48 – 5º Andar
contratação de MUSD; Proteção do sistema; Código Postal: 01420-000
Planejamento da Expansão Telefone: (11) 5051-0744
E-Mail: marcelo.pelegrini@sinapsisenergia.com
Tema: Geração Distribuída

SINOPSE: A Geração Distribuída – GD exige Estes aspectos são ilustrados através da


que a distribuidora redefina a topologia da apresentação de um estudo de caso em uma
rede, sendo necessário a utilização de distribuidora de energia elétrica onde
equipamentos e estratégias dinâmicas quando apresenta-se o diagnóstico das condições da
o nível de geração distribuída é elevado frente rede atual e da rede futura, com a presença
à carga. A distribuidora deve conhecer os dos Geradores Distribuídos (PCHs), em termos
aspectos sazonais tanto da carga quanto dos de carregamento e nível de tensão, com
geradores para adequar sua rede sem alocação de novos equipamentos ou
transgredir os critérios de qualidade e realocação dos equipamentos existentes de
continuidade. suporte de reativos (banco de capacitores) e
Assim, o presente artigo apresenta detalhes do controle de tensão (reguladores), para um
Planejamento e Proteção da Rede, horizonte de planejamento de 5 anos.
considerando alta penetração de GD e Em relação à coordenação da proteção dos
sazonalidade. Os aspectos a serem alimentadores são definidos os pontos de
abordados são: Análise dos requisitos de alocação de religadores e a folha de ajustes
níveis de tensão em configuração futura da individual de cada um, considerando a
rede de distribuição, considerando a presença ocorrência de fluxo reverso. São definidos
de fontes de geração distribuída (PCHs); também os elos fusíveis adequados para a
Estudo de Coordenação da Proteção coordenação da proteção com os religadores
(Alocação e Ajuste de Religadores, ao longo dos alimentadores.
dimensionamento de elos fusíveis), É também analisada a legislação existente e a
considerando fluxo reverso e; Definição dos sazonalidade das cargas e dos geradores para
Montantes de Uso (MUSD) a serem a definição da contratação dos Montantes de
contratados no ponto de suprimento. Uso do Sistema de Distribuição (MUSD), da
distribuidora analisada.

1
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

INTRODUÇÃO rede para verificar a exatidão dos dados


conforme a rede real da empresa.
A Geração Distribuída é o conceito que
2. Estudo do impacto da sazonalidade. Este
representa geradores conectados no sistema
estudo comtempla os efeitos do
de distribuição. As GDs aumentam a
crescimento de carga na região. Com o
complexidade para o cálculo, estudo e
crescimento anual da carga na região em
otimização da rede elétrica no tempo. Este
questão, ficará mais claro entender os
trabalho apresenta um estudo de
impactos na rede de distribuição
planejamento e proteção em uma distribuidora
associados à variação de carga mensal e
com alta penetração de GD, considerando os
horária dos clientes. As redes de
seguintes objetivos:
distribuição devem ser projetadas de
• Analisar os requisitos de garantia de níveis modo a suportar toda a carga existente,
de tensão em configuração futura da rede considerando uma projeção por um
de distribuição considerando a presença de determinado período de tempo. No
fontes de geração distribuída (PCHs). entanto, a carga não é uniforme durante
• Analisar o estudo de Coordenação da todo o período, de modo que é necessário
Proteção (Alocação e Ajuste de entender o fenômeno da sazonalidade
Religadores, dimensionamento de elos para não subestimar a rede frente à
fusíveis). variação das cargas e nem superestimar
• Definir os Montantes de Uso (MUSD) a as redes e onerar o consumidor com uma
serem contratados. tarifa desnecessariamente excessiva.
• Analisar as condições da rede atual e da 3. Estudo de Contratação de MUSD. Essa
rede futura, com a presença dos Geradores analise pretende encontrar o nível ótimo
Distribuídos (PCHs), em termos de de contratação considerando a entrada
carregamento e nível de tensão, com das novas PCHs e o crescimento de
alocação de novos equipamentos ou carga. O estudo se inicia com a análise da
realocação dos equipamentos existentes de regulamentação sobre a contratação de
suporte de reativos (banco de capacitores) MUSD e depois são realizadas as análises
e controle de tensão (reguladores). Na parte a partir dos cenários de carga e geração.
de coordenação da proteção dos 4. Diagnóstico do sistema atual quanto à sua
alimentadores de distribuição, com a capacidade de atendimento à demanda
presença de geração distribuída, serão projetada sem transgressão de critérios
definidos: técnicos. Ademais, existem outros fatores
• Pontos de alocação de religadores e a folha que apontam problemas sistêmicos e que
de ajustes individual de cada um, demandam obras da rede além daqueles
considerando a ocorrência de fluxo reverso. simuláveis por ferramentas de cálculo
• Elos fusíveis adequados para a elétrico
coordenação da proteção com os 5. Planejamento das redes. O mesmo possui
religadores ao longo dos alimentadores. os dados georreferenciados em uma
• Analisar a legislação existente e a ferramenta de cálculo elétrico, com os
sazonalidade das cargas e dos geradores dados de carga base utilizando as
para a definição da contratação dos medições operacionais e o mercado
Montantes de Uso do Sistema de (energia e demanda) a ser atendido pelo
Distribuição (MUSD). sistema ao longo do horizonte de estudo.
A. Metodologia de pesquisa 6. Proposição de obras, após identificar os
pontos críticos a serem atendidos pelo
Para realização dos estudos foram planejamento. Deverão ser propostas as
realizadas as etapas, a saber: respectivas alternativas (obras, recursos
1. Importação da rede para um software de etc.) para saneamento dos problemas
planejamento de rede, via integração com detectados.
o sistema GIS da empresa. Antes de 7. Avaliação das obras, visando municiar o
iniciar o estudo é necessário analisar a planejador de informações relevantes e

2
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

suficientes à composição de plano de C. Ajustes de Demanda


obras adequado às exigências verificadas.
Após os ajustes e verificações na rede é
Neste ponto, deve ser realizada a
necessário realizar o ajuste de demanda. O
avaliação técnica, de maneira a avaliar o
módulo de ajuste de demanda (do SINAPgrid)
impacto de cada intervenção proposta.
altera a curva de demanda das cargas por
PREPARAÇÃO DA REDE patamar, em função de dados de medição em
determinados pontos, ao longo dos
A. Objeto de Estudo
alimentadores primários.
Nesta etapa, denominada preparação de No ajuste de demanda os dados de
rede, são realizados os ajustes e análises medição são convertidos para curvas de
preliminares da rede. Por ajustes compreende- demanda ativa e reativa por fase. Em cada
se as tarefas: análise e correção do cadastro, patamar, as curvas das cargas são alteradas
definição da sazonalidade, determinação dos de forma que seu perfil e módulo esteja
pontos críticos e inserção das taxas de próximo da medição real.
crescimento. A etapa de preparação é Desta forma, a distribuidora
essencial para os demais estágios do trabalho. disponibilizou os dados de medição dos
B. Inconsistências encontradas alimentadores e das PCH’s de janeiro de 2017
a abril de 2018, de acordo com os dados foram
Inicialmente foi realizada a avaliação dos utilizadas 3 curvas para carga e 2 curvas para
dados do sistema para utilização na PCH, o levantamento das curvas será
ferramenta SINAPgrid, com o objetivo de explicado no capitulo de S. Sendo assim,
garantir que estes dados estivessem foram criadas 3 redes de acordo com as curvas
coerentes com as configurações reais da rede. para estudo.
Durante o processo de validação dos Definidas as curvas, utiliza-se o módulo
dados verificou-se que 110 cargas estavam de ajuste de demanda para adequar o fluxo
isoladas. Isso ocorreu porque estavam sem o das cargas extraídas com o valor medido. É
respectivo transformador MT/BT associado. possível importar as curvas dos alimentadores
Essas cargas isoladas não foram um problema para realização do ajuste de demanda.
o para prosseguimento dos estudos, pois ao No caso das PCH’s foi necessário clicar
realizar o ajuste de demanda na rede há uma nos geradores e importar as curvas, conforme
correção em relação a energia injetada nos mostra a Figura :
circuitos GVL_01 e GVL_04.
Ao importar a rede de acordo com a
extração verificou-se os seguintes problemas
e inconsistências:
• Suprimento desconectado dos
alimentadores
• Alimentador isolado, ou seja, sem definição
de barra inicial
• Parte do alimentador GVL_01 está isolado.
• Quantidade e posição das chaves
religadoras
• Quantidade, posição, potência e ligação
dos reguladores de tensão.
Após a verificação das inconsistências
foram realizados ajustes para adequação da Figura 1 – Ajuste de Geração
rede. Os principais foram:
- Conexão do suprimento D. Mercado
- Conexão dos trechos desconectados. O módulo de Mercado (do SINAPgrid)
- Configuração dos reguladores de acordo com permite ao usuário definir taxas de
os manuais dos equipamentos. crescimento às cargas para o horizonte de

3
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

planejamento desejado. Estas taxas de otimizarem a demanda (consumo em kW) já


crescimento são definidas por valores anuais, que as cargas possuem um perfil horário de
formando uma curva de crescimento. O consumo coincidente. Outro agravante é o alto
usuário pode configurar o mercado para um número de consumidores irrigantes que
período qualquer de anos e criar curvas de apresentam baixo fator de carga, porém
crescimento para cada rede ou para cada tipo possuem uma demanda imprevisível para a
de rede. definição do Montante de Uso do Sistema de
Sendo assim, foi disponibilizada a taxa Distribuição (MUSD).
de crescimento de 2,5% a.a. para o horizonte No caso especial da empresa estudada,
de estudo de 11 anos, conforme mostra a a geração distribuída inserida ao longo dos
Figura 2: alimentadores gera um outro complicador. É
necessário verificar se a proteção está
adequada para a corrente no sentido reverso,
assim como o comportamento dos reativos e
do próprio perfil de tensão para o caso de
geração e carga nos patamares mínimos e
máximos deve ser estudado.
Todos os estudos a serem realizados
(Planejamento, Proteção e Contratação de
MUSD) dependem da correta identificação das
condições a serem consideradas, por isso
serão apresentados os estudos preliminares
para a formação correta dos cenários.
Figura 2 – Configuração das Taxas A. Cenário de Carga
SAZONALIDADE No cenário de carga é necessário se
identificar o comportamento das cargas ao
Além do crescimento anual da carga na
longo dos dias da semana e meses do ano de
região de estudo, é necessário entender os
modo a reconhecer os padrões e construir os
impactos na rede de distribuição associados à
cenários bases.
variação de carga mensal e horária dos
Ao analisar as curvas de carga,
clientes.
observou-se 3 comportamentos bem típicos
As redes de distribuição devem ser
relacionados ao consumo. Estes padrões
projetadas de modo a suportar toda a carga
foram identificados como Padrão de dias Úteis
existente e considerando uma projeção por um
para verão e inverno; e o padrão de fim de
determinado período de tempo. No entanto, a
semana (e feriados). Os padrões foram
carga não é uniforme durante todo o período,
identificados a partir das curvas de cargas de
de modo que é necessário entender o
janeiro de 2017 a abril de 2018, que foram
fenômeno da sazonalidade para não
enviadas pela cooperativa para a realização
subestimar a rede frente à variação das cargas
dos estudos.
e nem superestimar as redes e onerar o
A curva de verão apresenta o maior valor
consumidor com uma tarifa
de pico, ver Figura 3 com o montante de 7,5
desnecessariamente excessiva.
MW as 14 horas. Optou-se por rejeitar 10%
No caso das permissionárias existe o
das curvas para evitar outliers, o valor utilizado
agravante do custo de conexão. Por estarem
está na curva de cor preta.
conectadas a uma distribuidora, o custo de
conexão é muito superior ao custo de conexão
na rede básica. Portanto, é essencial e uma
estimativa correta do montante de uso para
evitar tal oneração.
Devido ao grande predomínio da classe
residencial, é muito difícil para as cooperativas

4
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

Figura 3 – Curva de Verão - Dias Úteis Figura 6 – Curva de Inverno - Dias Úteis

A curva de verão (cluster 1) é formada A curva de inverno (cluster 2) é formada


apenas por dias de semana e não há nenhuma predominantemente por dias de semana e pelo
curva no período de inverno, de junho a período de inverno, como mostrado nas Figura
novembro, como pode ser visto nas Figura 4 e 7 e Figura 8.
Figura 5.

Figura 7 – Sazonalidade do Cluster 2 - meses


Figura 4 – Sazonalidade do Cluster 1 - meses

Figura 8 – Sazonalidade do Cluster 2 - dias

Figura 5 – Sazonalidade do Cluster 1 - dias Por fim, obteve-se a curva de final de


semana e feriados, Figura 9. Não houve
Um segundo grupo foi formado e a curva distinção entre meses, ocorrendo apenas
obtida está na Figura 6Figura 6 – Curva de separação entre dias, conforme Figura 10.
Inverno - Dias Úteis. Para este caso, por se
tratar de uma curva intermediária, foi
descartado apenas 1% das curvas. O valor de
pico foi ao redor de 6MW.

5
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

Figura 9 – Curva de Fim de Semana (Cluster Figura 11 – Sazonalidade da PCH1


3) (Cluster 1)

Figura 10 – Sazonalidade do Cluster 3 - dias


Figura 12 – Sazonalidade da PCH1 (Cluster
Como a curva de fim de semana 2)
apresenta o menor valor de carga, escolheu-
se a curva “média” para definir o patamar de Na curva de geração em níveis bons
menor consumo. O pico dessa curva foi em 3,8 (curva preta a esquerda), a PCH gera com
MW e o mínimo foi em 2MW. 75% da capacidade instalada, enquanto na
geração em níveis ruins (curva vermelha a
B. Cenário da Geração Existente direita) ela gera apenas 50% da capacidade
Similar ao estudo de carga, foram instalada.
analisadas as curvas das PCHs existentes Para a PCH 2 observou-se a
para analisar a sazonalidade das curvas da necessidade de se definir apenas um cenário
geração. com o valor de 56% de geração da potência
Diferente do cenário das cargas, para a instalada, ver Figura 13.
geração não foi possível identificar uma
sazonalidade típica. A diferença encontrada foi
referente aos níveis de geração.
Para a PCH 1 identificou-se 2
patamares, sendo eles definidos como curva
de geração boa e geração ruim, ver Figura 11
e Figura 12.

Figura 13 – Sazonalidade da PCH2 (Cluster


único)

C. Cenário da geração Nova


Optou-se por utilizar o comportamento
da PCH 1. Foi acentuando o intervalo para

6
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

ampliar a variação dos cenários. A geração


para o cenário bom considerou 80% da
potência instalada, enquanto no cenário ruim
foi considerado 40%. A potência instalada das
PCHs 3 e 4 são de 3,7 e 6,16 MVA
respectivamente.
Deste modo, foram construídas 6
possibilidades de cenários, sendo:
• 3 possibilidades de carga (verão, inverno e
fim de semana)
• 2 possiblidades de geração (bom e ruim)
• Cada tipo de estudo utilizou os cenários
mais adequados para atingir seus objetivos
nos estudos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O estudo foi segregado em três partes,
sendo elas: Planejamento; Contratação de
MUSD e; Alocação de Religadores e Figura 15 – Rede Planejada
Coordenação da Proteção. Os detalhes são
apresentados a seguir: O número de capacitores foi mantido,
A. Planejamento entretanto houve alteração na potência
instalada conforme Tabela 1.
Nas Figura 14 e Figura 15 é possível
observar quais capacitores que estavam Tabela 1: Potência Nominal dos Capacitores
instalados antes e quais capacitores e na Situação Atual e no Planejamento
reguladores foram planejados pela consultoria
da Sinapsis após a entrada das PCH3 e
Potência Nominal dos Capacitores
Capivari para o alimentador 4.
Capacitores na Capacitores na
Situação Atual Situação Planejada
450 kVAr 450 kVAr
600 kVAr 450 kVAr
600 kVAr 900 kVAr

A fim de comparar a alternativa proposta,


elaborou-se uma estimativa de volume de
compensações pagas em valor mensal e
considerando os dias úteis como dias de verão
e os finais de semana como os próprios dados
de medição do mesmo.
Na rede atual pode-se observar que o
volume é por volta de 200 MVAr (

Tabela 2).
Figura 14 – Rede Original

7
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

B. Contratação de MUSD
Para o caso da cooperativa foi acrescido
um estudo de Contratação de MUSD, para
encontrar o nível ótimo de contratação
considerando a entrada das novas PCHs e o
Tabela 2. Volume de Compensações pagas crescimento de carga. O estudo analisou a
na rede atual regulamentação vigente sobre a contratação
Rede Atual_mês de MUSD e depois realizou estudos a partir
AL1 AL4 dos cenários de carga e geração. Como
P (MW) 201,76 3056,70 resultado foi construída a Tabela 5.
Q (MVAr) 342,97 74,71
S (MVA) 397,92 3057,62 Tabela 5: Demanda de Pico - Demanda
fp 50,7% 100,0% Contratada
CONTRATADO
comp. (MVAr) 187,787 DEMANDA
(MW) 8,50 8,00 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50

8,5 100,0 94,4 89,9 85,6 82,4 80,4 82,4 86,3 92,7 100,0 100,0 164,7 170,6
8,0 100,0 94,1 88,7 84,5 80,9 78,4 79,4 82,4 88,4 94,1 94,1 152,9 158,8
Na rede planejada pode-se observar que 7,5
7,0
100,0
100,0
94,1
94,1
88,2
88,2
82,9
82,4
79,4
77,2
76,5
74,5
76,5
73,5
78,4
74,5
84,1
79,8
88,2 88,2 141,2 147,1
82,4 82,4 129,4 135,3
o volume também é por volta de 200 MVAr PICO
6,5
6,0
100,0
100,0
94,1
94,1
88,2
88,2
82,4
82,4
76,5
76,5
71,6
70,6
70,6
66,2
70,6
66,7
75,5
64,7
76,5 76,5 117,6 123,5
70,6 70,6 105,9 111,8
(Tabela 3). Com a diferença de ser uma 5,5
5,0
100,0
100,0
94,1
94,1
88,2
88,2
82,4
82,4
76,5
76,5
70,6
70,6
64,7
64,7
62,7
58,8
60,8
56,9
64,7 64,7 94,1 100,0
58,8 58,8 82,4 88,2

compensação capacitiva, dependendo da 4,5


4,0
100,0
100,0
94,1
94,1
88,2
88,2
82,4
82,4
76,5
76,5
70,6
70,6
64,7
64,7
58,8
58,8
52,9
52,9
52,9 52,9 70,6 76,5
47,1 47,1 58,8 64,7

tensão de suprimento, pode ser que ela não 3,5


3,0
100,0
100,0
94,1
94,1
88,2
88,2
82,4
82,4
76,5
76,5
70,6
70,6
64,7
64,7
58,8
58,8
52,9
52,9
47,1 41,2 47,1 52,9
47,1 41,2 35,3 41,2
2,5 100,0 94,1 88,2 82,4 76,5 70,6 64,7 58,8 52,9 47,1 41,2 35,3 29,4
ocorra.
Para os casos analisados chegamos a
Tabela 3. Volume de Compensações pagas seguintes possibilidades:
na rede planejada
• A Contratação de 8,5 MW é a mais segura
Planejada_mês
no quesito de minimizar o risco de
AL1 AL4
ultrapassagem, porém não é otimizada
P (MW) 1537,16 1725,71
• A Contratação de 6 MW é que mais
Q (MVAr) -426,35 -948,60
minimiza o valor pago total considerando o
S (MVA) 1595,19 1969,24
pior cenário de ultrapassagem.
fp 96,4% 87,6%
• A Contratação de 5,5 MW é 3% menos
comp. (MVAr) -180,60
otimizada para o valor de pico máximo, no
entanto ela é mais aderente aos valores
Por fim, no caso da utilização de um medidos nos últimos anos.
único ponto de fronteira como já sugerido na
secção de contratação de MUSD, não haveria
pagamento de compensações (Tabela C. Alocação de Religadores e Coordenação
4Tabela 5). da Proteção.
Foi realizada a análise dos fusíveis,
Tabela 4. Volume de Compensações pagas considerando as contribuições de correntes de
na rede planejada e com um único ponto de curto de todas as fontes. Estudo para constatar
fronteira onde ser instalado dispositivos de proteção na
PLAN_UN rede. A zona de proteção foi determinada em
P (MW) 3262,87 função dos tipos de equipamento de proteção.
Q (MVAr) -1374,95 Ver Figura 16.
S (MVA) 3540,73
fp 92,2%

8
IX CIERTEC
23 e 24 de julho de 2019
São Paulo
___________________________________________________

[4] ENERQ – USP; Planejamento da Expansão


de Sistemas de Distribuição Considerando
Novos Elementos de Redes Inteligentes e
Análise Regulatória Integrados em
Ambiente Procedimental, São Paulo, 2013.
[5] GPLAN/ELETROBRÁS. GPLAN-001-
REV00 - PROCEDIMENTO DOS
CRITÉRIOS DE PLANEJAMENTO DA
EXPANSÃO DO SISTEMA DE
DISTRIBUIÇÃO, Rev. 00, 2011.
Figura 16 – Diagrama de Coordenação da [6] Hong, T., Laing, T. D., & Wang, P. (2014).
Proteção Four best practices of load forecasting for
electric cooperatives. Paper presented at
CONCLUSÕES the B4-1-B4-4. doi: 10.1109/ REP
Con.2014. 6842203.
O presente trabalho apresentou um [7] KAGAN N. Planejamento de Sistemas de
sistema que possibilita a realização de estudos Distribuição de Energia Elétrica, material de
relacionados aos índices de perdas técnicas disciplina ministrada no curso de pós-
existentes nas empresas de distribuição, com graduação do Departamento da Engenharia
a possibilidade de reprodução do cálculo de Energia e Automação da Escola
regulatório e exploração de cenários para a Politécnica da USP, São Paulo – SP, 2005.
avaliação do impacto das referidas [8] KAGAN, N.; BARIONI, C.C e ROBBA, E. J.
metodologias nos valores esperados em face Introdução aos Sistemas de Distribuição de
das características de cada sistema .Por toda Energia Elétrica Editora Blucher, 2ª Edição.
a sua potencialidade, a ferramenta também São Paulo, SP, 2015.
possui elevado potencial de contribuição para
o aprimoramento do arcabouço regulatório,
com a possibilidade de realização de estudos
de sensibilidade de maneira ágil,
proporcionando ao setor resultados
extremamente relevantes e fundamentais para
a garantia do equilíbrio econômico financeiro
da concessão. Vimos também o quanto é
importante ter um bom sistema de proteção na
rede, para evitar contratempos relacionado a
eventuais problemas na rede elétrica.
REFERÊNCIAS
[1] Agência Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL. Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional – PRODIST. Módulo 7– 01/2008
[2] Agência Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL. Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional – PRODIST. Módulo 10 – Sistema
de Informação Geográfica Regulatório –
Revisão 0 – Julho/2016.
[3] ANEEL. PRODIST – Módulo 2 –
Planejamento da Expansão do Sistema de
Distribuição, Rev. 6, Brasília, SRD, 2015.

Você também pode gostar