Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Outras circunstâncias
IU insensível: não percebe perda de urina
IU postural: ao levantar por ex.
Enurese noturna: perde quando está dormindo
IU contínua: comum por fístulas – não fica seca
IU durante o coito: na penetração ou durante o orgasmo – menos frequentes!
Epidemiologia
Pode variar de 15 a 55% da população
Uma grande parte não procura atendimento por essa queixa
A queixa mais comum é de IU esforço (30 a 75%)
Incontinência urinária de urgência > 33%
Importância
Impacto na qualidade de vida; distanciamento social; impacto laboral; distúrbios emocionais por
vergonha e frustração; internações hospitalares; alterações cutâneas (vulvite urêmica e outras
infecções), necessidade de cuidados domiciliares (idosos precisam de mais assistência nesse caso)
Fatores de risco
Idade: aumenta a proporção de pacientes com incontinência grave ao longo do tempo
Raça (controvérsia): raça branca?
Obesidade: aumenta pressão intrabdominal continuamente, então aumenta a hiperatividade e
a incontinência de esforço
Menopausa? Pode ser pela idade
Gravidez e partos: maior em multíparas, mais comum com parto normal, cesariana promove
proteção limitada (a longo prazo parece equivaler a parto normal)
Causas reversível (DIAPPERS)
Delirium
Infecção
Atrofia (uretrite ou vaginite atrófica)
Pharmacologic agent (agente farmacológico)
Psíquicos - distúrbios
Excesso de débito urinário – insuficiência cardíaca congestiva, hiperglicemia
Restrição de movimento (mobilidade)
Stool impactation (impactação fecal)
Anatomia da bexiga
Ureteres desembocam no trígono vesical (composto por musculatura diferente do resto da
bexiga) entra em contato direto com a uretra e praticamente contínua a ela
Músculo detrusor: responsável pela contração vesical para esvaziar a urina camadas:
muscular, submucosa, mucosa (células guarda-chuva – responsáveis pela impermeabilidade
da bexiga)
Esfincter urinário: interno; externo (circular) + compressor uretral + esfíncter uretrovaginal
Sistema nervoso: simpático (T11-L2 – plexo hipogástrico) – pela noradrenalina estimula
receptores beta para inibir a musculatura lisa e alfa para contrair a musculatura,
parassimpático (S2-S4 – nervo pélvico) – pela acetilcolina estimula receptores muscarínicos
e somatomotor (S2-S4 – nervo pudendo – núcleo de Onof) – pela acetilcolina estimula os
receptores nicotínicos responsável pela fase de esvaziamento e enchimento da bexiga
Distribuição dos receptores: muscarínicos em toda a bexiga – contrai o músculo detrusor;
receptores beta maior na bexiga – faz relaxamento da musculatura lisa – e alfa maior na
uretra – faz contração; logo, simpático participa na fase de armazenamento
Exame físico
Inspeção: presença ou não de prolapso genital, alteração da mobilidade uretral, se a uretra
está tópica ou não, ulcerações, infecções
Avaliação neurológica, sensibilidade local
Exame bimanual (vaginal e retal): avalia órgãos genitais, volume uterino, presença de
massas pélvicas que podem comprimir a bexiga
Teste diagnóstico
Exame de urina (EAS e cultura de urina): afastar a principal causa – infecção urinária
Resíduo pós-miccional: em caso de bexiga hipocontrátil, alteração neurológica
Cistometria (estudo urodinâmico): mede a fase de enchimento vesical – capacidade,
sensibilidade, contração ou não de detrusor, perda na fase de enchimento
Urofluxometria (estudo urodinâmico): avalia contração do detrusor e sinais de obstrução
infravesicais.
Tratamento
Conservador
Comportamental: alimentos, medicamentos, exercícios como fisioterapia pélvica
Medicamentos
Cirúrgicos
Incontinência urinária de urgência: tratamento inicial NÃO farmacológico
Treinamento vesical; tratamento comportamental (perda de peso, ingestão hídrica),
exercícios do assoalho pélvico (com assistência inicialmente), abstenção de cafeína,
biofeedfack (identificar situações que perde urina para tentar controlar), eletroestimulação
Pode precisar de medicamentos: anticolinérgicos ou agonista beta 3, botox,
neuroestimulação sacral
Cirurgias
Sling de uretra média
Procedimento mais realizado e mais estudado, rápido (30 minutos), minimamente invasivo e
alta eficácia (cai ao passar dos anos)
Problema é a exposição da tela (hoje em dia é menor)
Inserção: via retropúbica (pelo espaço de Retzius – dá suporte e evitar a mobilidade dela),
transobturatório (mais usado – perfura a membrana do forame obturador), mini-slig (incisão
única – na região da uretra
Operação de Burch
Mais agressiva
Faz a colposusspensão retropúbica – identifica o osso púbico e o ligamento de Cooper (íle-
pectíneo)
Outros tratamentos
Injeções uretrais (bulking): não funciona bem
Esfíncter artificial: mais no homem
Radiofrequência/laser: em estudo!