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Efeito Pelicular e Polarização na Avaliação do


Isolamento de Transformadores e Buchas com
Variação de Freqüência
M. E. C. Paulino, V. C. V. M. Beltrão

importante. E torna-se imperativo a busca de procedimentos e


Abstract--Este trabalho mostra técnicas de avaliação e testes ferramentas que possibilitem a obtenção de dados das
em transformadores utilizando varredura de freqüências. Isto instalações de forma rápida e precisa.
implica na observação do fenômeno do efeito pelicular e do Este trabalho mostra técnicas de avaliação e testes de
fenômeno da polarização do meio dielétrico. Além de mostras
transformadores utilizando varredura de freqüências. Por meio
resultados que evidenciam as técnicas apresentadas.
da observação do fenômeno do efeito pelicular e do fenômeno
Index Terms— Transformadores, diagnóstico, efeito pelicular, da polarização do meio dielétrico, o trabalho avalia a condição
variação de freqüência, testes e análises, detecção de defeitos. do isolamento de transformadores de potência e buchas de alta
tensão.

I. INTRODUÇÃO II. EFEITO PELICULAR

A avaliação de equipamentos de subestação tem evoluído


com a utilização procedimentos e sistemas de teste
dotados de técnicas e ferramentas que promovem uma
Efeito pelicular (Skin effect em inglês) é um efeito
caracterizado pela repulsão entre linhas de corrente
eletromagnética, criando a tendência de esta corrente fluir na
avaliação eficaz e rápida desses equipamentos. superfície do condutor elétrico. Este efeito é proporcional à
Essa avaliação deve ser aprimorada de forma a garantir o intensidade de corrente, freqüência e das características
funcionamento contínuo das instalações responsáveis pelo magnéticas do condutor [1].
suprimento de energia elétrica. Freqüentemente encontrado em sistemas de corrente
A estimativa dos custos envolvidos em qualquer tipo de alternada, o efeito pelicular é responsável pelo aumento da
interrupção de energia implica na implantação de programas resistência aparente de um condutor elétrico, devido à
de manutenção preventiva.Neste caso, o objetivo principal é diminuição da área efetiva do condutor.
permitir a avaliação da instalação e equipamentos utilizando
novas técnicas e ferramentas capazes de detectar o quanto III. MEDIDA DE CAPACITÂNCIA, FATOR DE POTÊNCIA E FATOR
antes uma possível falha. DE DISSIPAÇÃO COM VARIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA
Diante do novo modelo do setor elétrico e o advento da Medida da Capacitância (C) e Fator de Dissipação (FD)
parcela variável, as instalações, na sua grande maioria está estabelecida como um importante método de diagnóstico
envelhecida, são forçadas a permanecer em operação por tanto de isolamento, primeiramente publicado por Schering em 1919
tempo quanto possível e utilizado para esse propósito em 1924. Em um diagrama
Como os equipamentos elétricos instalados em subestações simplificado do isolamento, Cp representa a capacitância e Rp
podem ser solicitados a operar sob diversas condições às perdas.
adversas, tais como: altas temperaturas, chuvas, poluição,
sobrecarga e dessa forma, mesmo tendo uma operação e
manutenção de qualidade, não se pode descartar a
possibilidade de ocorrerem falhas que deixem indisponíveis as
funções de transmissão e distribuição de energia elétrica aos
quais pertencem. Assim, as atividades de comissionamento e Figura 1 – Diagrama simplificado do isolamento
manutenção periódica para verificação regular das condições
O fator dissipação é definido como:
de operação desses equipamentos tornam-se cada vez mais
I Rp 1
tan δ = = (1)
I Cp RP ⋅ ω ⋅ C P
M. E. de C. Paulino é Gerente Técnico da Adimarco Representações e
Serviços Ltda, Rio de Janeiro, Brasil (e-mail: marcelo@adimarco.com.br ou Na Figura 2, C1 e R1 conectados em série representam as
mecpaulino@yahoo.com.br). perdas do objeto em teste, e C2 representa perdas livres do
V. C. V. M. Beltrão é engenheira das Centrais Elétricas do Norte do capacitor de referência.
Brasil S/A, Belém, PA, Brasil (e-mail: vanessa.beltrao@eln.gov.br.)
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FD (3)
FP =
1 + FD 2

Figura 2 – Representação de uma Ponte Shering

Neste trabalho utilizou um sistema de teste, chamado


CPC100+CPTD1, da Omicron eletronics, que utiliza um Figura 4 - Relação entre Fator de Dissipação e o Fator de potência [2]
método similar àquele da ponte Schering. A principal
diferença deste sistema com os equipamentos similares no Assim, temos que para valores de δ muito pequenos ou
mercado é que não necessita de ajustes para medição da valores de ϕ próximos a 90°, os valores de FP e FD são muito
Capacitância e do Fator de Dissipação. A figura 3 mostra a próximos, conforme mostrado na tabela 1.
representação do circuito do sistema do teste utilizado
Tabela 1 – Relação entre Fator de Potência e Dissipação
ϕ° %FP (% COS ϕ) δ° %FD (% TAN δ)
90 0 0 0
89,71 0,506 0,29 0,506
84,25 10,00 5,74 10,05
0 100,00 90 ∞
B. Novas Aplicações de Avaliação do Isolamento com
Variação de Freqüência
Até os dias de hoje, o fator de dissipação ou o fator de
potência só foram medidos na freqüência da linha. Com a
fonte de potência do equipamento utilizado neste trabalho é
possível agora fazer essas medições de isolamento em uma
Figura 3 - Princípio de Medição do CPTD1 larga faixa de freqüência.
Além da possibilidade de aplicar uma larga faixa de
A capacitância de referência da ponte Cn é proveniente de freqüência, as medições podem ser feitas em freqüências
um capacitor de referência isolado a gás com perdas abaixo de diferentes da freqüência da linha e seus harmônicos. Com este
10E-5. Para uso em laboratório, tais capacitores são princípio, as medições podem ser realizadas também na
regularmente utilizados para obter medições precisas, já que as presença de alta interferência eletromagnética em subestações
condições climáticas são bem constantes. Não é o caso para de alta tensão.
medições em campo onde as temperaturas podem variar A faixa utilizada de freqüência utilizada nesse trabalho
significativamente, causando dilatação e contração do eletrodo varia de 15 a 400 Hz. Os testes podem ser realizados sem
no capacitor de referência. O sistema de teste leva todos esses problemas, pois, nesta faixa de freqüências, as capacitâncias e
fatores em consideração e os compensa eletronicamente. indutâncias do sistema elétrico testado são praticamente
Assim é possível realizar facilmente no campo testes para constantes.
Fator de Dissipação igual a 5 x 10E-5. Para avaliarmos o isolamento, devemos considerar que o
A. Relações entre o Fator de Potência e o Fator de dielétrico perde sua capacidade de isolar devido a:
Dissipação • Movimento de íons e elétrons (corrente de fuga)
A relação entre fator de potência (FP), definido como o • Perdas por causa do efeito da polarização
cosseno do ângulo entre a corrente total e a tensão aplicada C. Perdas por Movimento de íons e elétrons
(cos ϕ), e o fator dissipação (FD), definido como a tangente do A perda por movimento de elétrons, ou seja, por corrente
ângulo entre a corrente total e a corrente capacitiva (tan δ), de fuga no isolamento é dependente da freqüência da tensão
além do diagrama vetorial são mostrados na Figura 4. aplicada no isolamento. Este fenômeno ocorre devido ao efeito
Matematicamente, a correlação entre os dois pode ser pelicular, como exposto anteriormente, é o fenômeno
escrita como: responsável pelo aumento da resistência aparente de um
FP (2) condutor elétrico em função do aumento da freqüência da
FD =
1 − FP 2
corrente elétrica que o percorre.
Quando se aplica uma tensão contínua nas extremidades de
ou um condutor elétrico, a corrente elétrica se distribui de forma
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uniforme ao longo de toda a seção reta deste condutor. No geométricas do capacitor e se o espaço entre as placas for
caso da aplicação de tensão alternada, o efeito da passagem da preenchido com um material isolante, o fenômeno da
corrente alternada é diferente. polarização vai influenciar na capacitância, aumentando-a.
À medida que a freqüência da corrente que percorre o Entretanto, a criação de dipolos no isolante absorve energia
condutor aumenta o campo magnético junto ao centro do dos terminais do capacitor, devolvendo-a quando este é
condutor também aumenta conduzindo ao aumento da descarregado, configurando as perdas por polarização.
reatância local. As perdas por polarização são geradas devido aos efeitos de
Este aumento de reatância leva a corrente tender a, suspensão e rotação. No entanto, a polarização elétrica dos
preferencialmente, deslocar-se pela periferia do condutor. Isto materiais não tem origem em uma única fonte e a polarização
implica uma diminuição da área efetiva do condutor e logo um total de um material dielétrico será a soma de todos os tipos
aumento da sua resistência aparente. presentes neste material.
As figuras 5 a 7 ilustram a distribuição da corrente elétrica A figura 8 mostra os tipos de polarização e a
em uma seção de condutor circular de cobre, para as reversibilidade dos materiais polarizados.
freqüências de 60 Hz, 550 Hz e 100 kHz [3].

Figura 5 – Distribuição da corrente elétrica em 60 Hz em uma seção de


condutor circular de cobre [3].

Figura 8 – Tipo de Polarização

A suspensão de elétrons é completamente reversível. O


mecanismo é demonstrado na figura 9. Este tipo de
polarização também é chamado de “Polarização do Átomo”.
Figura 6 – Distribuição da corrente elétrica em 550 Hz em uma seção de
condutor circular de cobre [3].

Figura 9 – Polarização de elétrons em um campo elétrico

A figura 10 demonstra a suspensão de íons e sua


polarização no campo elétrico.
Figura 7 – Distribuição da corrente elétrica em 100 kHz em uma seção de
condutor circular de cobre [3].

Podemos assim concluir que a resistência medida em


corrente alternada de um determinado condutor aumenta à
medida que aumenta o valor da freqüência da corrente que
percorre esse condutor.
A área aparente é a área pela qual a corrente elétrica a uma
determinada freqüência se distribui. Sendo essa área
dependente da freqüência, uma vez que a freqüência aumenta,
aumenta também a corrente na camada superficial do elemento Figura 10 – Polarização de íons em um campo elétrico
dielétrico, e conseqüentemente, a possibilidade do
A polarização de bipolos é demonstrada na figura 11. O
estabelecimento de correntes de fuga neste isolamento.
bipolo típico é uma molécula de água. Na figura 12 uma
D. Perdas por Efeitos da Polarização molécula também é demonstrada quanto envolta por um
O comportamento de um material isolante quanto à campo elétrico. Quando o campo elétrico altera a polaridade, a
polarização tem uma característica semelhante à utilizada na orientação da molécula de água é alterada para 180º. Esta
compreensão da análise de um capacitor. rotação, relacionada com a freqüência aplicada, causa as
A capacitância está relacionada às características perdas descritas.
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Com a concentração baixa de água, a tensão de ruptura é


muito sensível; com uma concentração maior de água o FD é
um bom indicador do estado do isolamento.
A figura 15 mostra o FD do óleo novo e usado, dependente
da temperatura. Com temperaturas maiores, a viscosidade do
óleo diminui. Assim as partículas, os íons e os elétrons podem
se mover de uma maneira mais rápida e fácil, o que faz o FD
Figura 11 – Polarização de dipolos em um campo elétrico diminuir com a temperatura.

Figura 15 – Fator de Dissipação de óleo novo e antigo, dependentes da


Figura 12 – Molécula de água em um campo elétrico temperatura: para 1 = óleo novo; para 2, 3 e 4 = óleo usado

A superfície, os limites de elementos internos e Na figura 16 o fator de correção de temperatura (de acordo
intermediários (incluindo a superfície da precipitação) podem com ANSI 57.12.90) é demonstrado para o isolamento
ser carregados, isto é, elas contêm bipolos que são orientados baseado no óleo mineral.
para alguns graus devido a um campo externo e deste modo
contribuir para a polarização do material, gerando perdas
adicionais que são conhecidas por polarização interfacial.
Este efeito ocorre, por exemplo, na interface entre o óleo do
transformador e o isolamento sólido tais como papel ou placa
de transformador. Veja a figura 13.

Figura 16 – Fator de correção de temperatura para isolamento a óleo mineral.

IV. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS


Para isolamento de óleo e papel, o range dos valores de
Fator de Dissipação para novos e antigos transformadores são
publicados pelas normas e por outras literaturas. Pela IEEE
Figura 13 – Polarização Interfacial Std. 62-1995 são determinados os seguintes valores:
E. Influência de Diferentes Parâmetros como Água, Tabela 2 – Condições do isolamento pela IEEE Std. 62-1995 [4].
Temperatura e o Tempo no Fator de Dissipação
Condições do Isolamento
A figura 14 mostra a tensão de falha e o Fator de Transformador Deve ser
Bom Aceitável
Dissipação (FD) do óleo, dependente da concentração de água. Investigado
Novo DF < 0.5% - -
Antigo sob
DF < 0.5% 0.5% < DF < 1% DF > 1%
serviço
Todos os valores medidos a 20°C

Devem-se medir os valores de fator de dissipação


regularmente e salvá-los para comparação de resultados de
testes realizados em diferentes ocasiões. Deste modo podem
ser observadas tendências, aumentando a qualidade da
avaliação dos resultados [4].
Com a variação de freqüência, o resultado mostra uma
Figura 14 – Tensão de ruptura e Fator de Dissipação, dependentes da
quantidade de água.
tendência que pode ser usada para avaliação, pois à medida
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que elevamos a freqüência, as perdas aumentam, ou seja, os Tabela 4 - Avaliação do Fator de Dissipação [5]
Avaliação
valores de FP ou FD tende a aumentar.
FPmed < 2 x FPref Aceitável
As figuras 17 e 18 mostram o comportamento do FP com FPmed < 3 x FPref Deve ser investigada
variação de freqüência para um transformador novo de 69 kV, FPmed > 3 x FPref Crítica
de fabricação WEG. *sendo FPref o valor de placa ou de bucha nova

A figura 19 mostra uma varredura de freqüência de uma


bucha RIP (papel impregnado de resina) nova e a figura 9, a
verificação de uma bucha envelhecida [5].

Figura 17 – Transformador WEG, 69 kV, novo em fábrica

Figura 19 – Resultado de ensaio com variação de freqüência em uma bucha


RIP nova [5]

Essas informações devem ser usadas como referência da


bucha para comparação futura. A primeira avaliação é
realizada com os valores de fator de potência a 60 Hz. Tem-se
que os valores aproximados de FP são 0,285 para a bucha
nova e 0,465 para a bucha envelhecida.

Figura 18 – FP com variação de freqüência

A medida de capacitância dos gaps do isolamento entre os


enrolamentos e as medidas do enrolmento para a terra depende
principalmente da geometria do enrolamento. Mudanças nos
valores de capacitância servem como um excelente indicador
do movimento dos enrolamentos e de problemas estruturais. Se
ocorrer a suspeita de um problema em um enrolamento, a Figura 20 – Resultado de ensaio com variação de freqüência em uma bucha
RIP envelhecida [5]
medida de capacitância deve ser complementada com a
medida da reatância de dispersão. Um teste em separado para Dentro dos critérios apontados na tabela 2 a condição da
cada fase pode ser feito com essa técnica de medida. bucha envelhecida é aceitável. Entretanto, o exame da curva
Para buchas o teste de fator de dissipação e capacitância é o estabelecida pela variação de freqüência mostra que a bucha
procedimento de teste de campo mais eficaz para detecção encontra-se em bom estado.
antecipada de sua contaminação e deterioração. Ele também As duas avaliações, do valor a 60 Hz e da curva de variação
mede a corrente de teste alternada (CA), que é diretamente de freqüência, complementam a análise.
proporcional à capacitância da bucha.
Novamente a variação de freqüência mostra-se muito eficaz V. COMPARAÇÕES DE MEDIDAS DE CAPACITÂNCIA E FATOR DE
na determinação do grau de degradação do isolamento. O uso DISSIPAÇÃO EM 3 FASES
de medidas com variação de freqüência do isolamento da É realizada a comparação das medidas de fator de potência
bucha é útil para um diagnóstico melhor. As tabelas 3 e 4 entre as buchas das 3 fases de um banco de reatores
mostram as tolerâncias para avaliação de buchas. ASEA/BROWN BOVERI, tipo RM46, 2002, com Potência:
40,33 MVAr, Tensão HV: 500 kV, Corrente HV: 127 A.
Tabela 3 – Avaliação da Capacitância [5]
∆C = Cmedida – Cref* Avaliação A figura 21 mostra um dos reatores e a figura 22 mostra os
∆C < 5% Aceitável valores de FP para as 3 fases do banco.
5% < ∆C < 10% Deve ser investigada
∆C > 10% Crítica
*sendo Cref o valor de placa ou de bucha nova
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se também os valores de capacitância praticamente não se


alteram, apresentando uma variação de cerca de 0,7% em toda
a escala de freqüências. A comparação entre as fases mostra
uma diferença máxima de menos de 1% entre os valores de
capacitância.

Figura 21 – Reator ASEA/BROWN BOVERI, tipo RM46 (154kV-20kV)

Figura 24 - Comportamento da Capacitância pela variação de freqüência -


Comparação entre as 3 fases A, B e V.

VI. REFERÊNCIAS
[1] R. Robert, “Efeito Pelicular”, Revista Brasileira de Ensino de Física,
vol. 22, no. 2, Junho, 2000.
[2] M. E. C. Paulino, “Medidas de Resposta em Freqüência, Capacitância e
Figura 22 – Medidas de Fator de Potência nas fases A, B e V Fator de Potência com Variação de Freqüência para Diagnóstico de
Transformadores”. in Anais do SBSE 2008 - Simpósio Brasileiro de
Nota-se que o Fator de Potência tende a aumentar com o Sistemas Elétricos, Belo Horizonte, MG, Brasil, 2008.
aumento da freqüência, comprovando o descrito [3] C. R. Rodrigues, “Materiais Elétricos e Eletrônicos”, Notas de Aula
ESP1002, in http://www.ufsm.br/materiais/aula7.pdf
anteriormente. Entretanto registraram-se picos negativos e [4] IEEE-Std 62-1995 “Guide for Diagnostic Field Testing of Electric
positivos exatamente sobre a freqüência de 60 Hz. Isto ocorreu Power Apparatus – Part 1: Oil Filled Power Transformers, Regulators,
devido à forte interferência eletromagnética na medida, pois os and Reactors,” IEEE, Inc., New York, NY, 199
reatores avaliados estão instalados ao lado de bay de 500kV [5] Manual de Referência CPTD1- CPC100TD1.PR.1 - OMICRON
electronics GmbH
energizado. Vale ressaltar que se as medidas fossem feitas
apenas com 60 Hz os resultados anotados certamente estariam VII. BIOGRAFIA
errados, pois não levariam em consideração as condições reais
Marcelo Paulino graduou-se como
do isolamento sob teste. Engenheiro Eletricista na Escola Federal de
As buchas testadas foram fabricadas em 2002 e são do tipo Engenharia de Itajubá (EFEI). Possui larga
GOE 1675/1175/2500A (OIP) com isolação: 550/318(kV), e experiência em engenharia de sistemas de
potência, particularmente na área de Testes e
valores nominais da Capacitância C1 de 5516 pF e do fator de Ensaios em Equipamentos Elétricos.
potência de C1 com 0,46 %. Os resultados de FP variando a Atualmente é gerente do Departamento
freqüência são mostrados na figura 23. Técnico da Adimarco Representações e
Serviços LTDA, no Rio de Janeiro - Brasil.
Atua no contato direto com clientes no
fornecimento de equipamentos, pós-venda e
treinamento. É instrutor certificado pela
OMICRON eletronics Autor e co-autor de trabalhos técnicos em eventos no
Brasil e no exterior. Membro do CE B5 do Cigré-Brasil. Representante
brasileiro no WG B5.32 - Functional testing of IEC61850 based systems e
WG B5-06 - Maintenance Strategies for Digital Substation Automation
Systems

Vanessa Beltrão é Engenheira Eletricista pela


Universidade Federal do Pará - UFPA.
Atualmente é engenheira - Centrais Elétricas
do Norte do Brasil S/A e instrutora da
Universidade Corporativa Eletronorte. Tem
experiência na área de Transmissão da
Figura 23 - Comportamento do fator de dissipação pela variação de Energia Elétrica, atuando principalmente nos
freqüência - Comparação entre as 3 fases A, B e V temas de Gerenciamento da Manutenção,
Ensaios Elétricos, Análise de Ocorrências e
A figura 24 mostra as medidas de capacitância das buchas Pesquisa de Novas Metodologias para
Diagnóstico em Equipamentos de Subestação
com variação de freqüência. Novamente pode-se observar o
efeito da interferência eletromagnética em 60 Hz. Observam-

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