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Estou escrevendo este artigo porque muitos de vocês queriam aprender como usar sinais
analógicos na programação do CLP. Os sinais analógicos são amplamente utilizados em
programas de CLP, mas também são usados com frequência em um sistema de supervisão
SCADA. Então, como você conecta um transmissor analógico de 4-20 mA ao seu CLP e o
utiliza em seu programa do CLP? Como você converte a escala de um sinal analógico em
um Diagrama de Blocos de Função? Este artigo lhe dará respostas para isso e muito
mais.
○ Bits e Bytes
○ Conversor A/D
Entradas Analógicas
○ Ligação das Entradas Analógicas no CLP
Saídas Analógicas
○ Ligação das Saídas Analógicas no CLP
Mas primeiro, deixe-me começar com algumas noções básicas sobre sinais analógicos e como
eles funcionam em um CLP.
Isso é ótimo para sinais digitais. Eles são ou 0 ou 1 e, portanto, relativamente fáceis de se
trabalhar. Mas e os sinais analógicos? Como escreve a Wikipédia, os sinais analógicos são
sinais contínuos que podem variar com o tempo.
Por exemplo, você pode ter um sinal analógico de 0-10 volts. Este sinal pode variar de 0 a 10
volts e ter qualquer nível de tensão entre eles. E como os sinais analógicos são contínuos, este
sinal vai sempre representar, a qualquer momento, um nível de tensão. Se você olhar para o
diagrama abaixo, verá que o sinal analógico pode ter qualquer valor entre 0 e 10 volts.
A questão agora é: como um CLP lida com todos esses valores diferentes? Digamos que você
tenha um sinal analógico de 5 volts indo para o CLP. Nós não podemos representá-lo com
valores booleanos, porque eles só podem ter os valores 0 e 1.
Como mencionado antes, um CLP só pode trabalhar com os dois valores 0 e 1. Mas isso nos
impede de trabalhar com sinais analógicos. Porque o que realmente acontece é que o CLP
trabalha com números binários. Isso se deve ao fato de que um CLP ou um microcontrolador são,
na verdade, apenas circuitos elétricos avançados feitos de transistores. Como um transistor só
pode estar ou ligado ou desligado, estes dois estados vão então representar os valores 0 e 1.
Mas isso só nos dá dois estados. Muito útil para sinais digitais, mas não para analógicos. Para
entender como as entradas analógicas funcionam em um CLP, você tem que entender números
binários.
O número binário é o sistema de numeração usado por um CLP ou qualquer outro computador.
O sistema tem apenas dois números, em comparação com o nosso sistema de numeração de base
10, onde nós temos 10 números de 0 a 9. O binário é só outra maneira de escrever números. Eu
recomendo que você dê uma olhada neste tutorial sobre números binários se você não
sabe como eles funcionam.
Bits e Bytes
Um número binário com um dígito é chamado de bit. Um bit pode conter um 0 ou um 1. Como
mencionado, é assim que funcionam as entradas digitais. Mas se você combinar esses bits e,
assim, criar números de múltiplos dígitos, as coisas começam a ficar interessantes.
Em muitos CLPs, um sinal analógico é representado por uma word. Uma word em binário são
16 zeros em sequência ou dois bytes (8 zeros)[1]. Bem assim:
00000000 00000000
Se você lembrar um pouco sobre números binários, saberá que um número binário com 16
dígitos pode representar valores de 0 a 65.535. Isso é apenas metade da verdade para os CLPs.
Porque o primeiro bit é usado para sinalizar o número, dando-lhe um valor positivo ou
negativo.
Então, com 1 bit para sinal, nós temos 15 bits restantes para representar o valor analógico. O
número binário pode, portanto, representar valores de -32.768 a 32.767.
Conversor A/D
Quando o sinal de entrada analógica entra no CLP, ele passa por um conversor A/D ou
conversor analógico/digital. Este é o componente no cartão de entrada analógica do CLP que
transforma o sinal analógico em sinais digitais. São esses sinais digitais que finalmente
fornecerão nossa representação de valor binário no CLP.
Antes de conhecer o conversor A/D, é importante entender com que tipo de sinal analógico você
está lidando. Neste artigo vou focar nestes três tipos de sinais analógicos na programação de
CLP:
Tensão
Corrente
Resistência
A razão pela qual nós precisamos conhecer o tipo de sinal é porque precisamos saber a faixa do
sinal.
Nós temos que conhecer o nosso tipo de sinal. Pois agora sabemos que o sinal analógico tem
uma faixa de 16 mA neste exemplo. Um valor analógico é, na maioria da vezes, colocado em
uma double word de 32 bits em um CLP. Isso é porque o conversor A/D converte o sinal
analógico em um valor digital de 32 bits[2].
Você pode comprar cartões de entrada analógica com diferentes resoluções. Isso depende de
quantos bits o conversor A/D precisa para trabalhar. Mais bits nos dão mais números para
representar o sinal analógico.
Assim como chamamos de resolução quando falamos sobre o número de pixels em nossa
televisão, também chamamos de resolução quando falamos sobre valores analógicos
representados com um número.
A resolução é muito importante quando se lida com sinais analógicos na programação do CLP.
Ao entrar no cartão de entrada analógica, o sinal analógico será dividido em um valor entre 0 e
32.767. Dividir o valor analógico em 32.767 nos dá uma certa resolução.
Toda vez que nosso valor aumenta em 1, significa que o sinal analógico aumentou x mA.
Ainda não podemos calcular o mA. Pois a maioria dos CLPs tem algo chamado sobre- e sob
faixa, quando se fala em sinais analógicos. Vamos dar uma olhada mais de perto nas faixas de
sinais analógicos na programação de CLP.
Sinais analógicos tendem a ser muito sensíveis. Embora seja nossa intenção que a faixa do sinal
seja de 4-20 mA, o sinal pode às vezes atingir o pico ou cair. Quando isso acontece, nós
queremos ser capazes de ver isso no CLP. Embora não seja sempre o caso, esses picos e quedas
podem significar que há algo errado. Para ser capaz de detectá-los em nosso programa de CLP,
precisamos do que é chamado sobre- e sob faixa.
Nossa faixa normal ou faixa nominal é de 4-20 mA. Mas acima e abaixo disso, a Siemens
adicionou alguns mA extras na faixa. Eles dividem a sobre faixa nestas duas categorias:
• Transbordo [3]
• Subfluxo [3]
O que isto significa é que ao invés de uma faixa de 4-20 mA, nós temos agora uma faixa
de 1.185 - 22.96 mA. O mesmo se aplica aos outros tipos de sinais analógicos. Ex.: a faixa
de 0-10 V é a faixa de 0 - 11.852 V.
Em suma, isso significa que nossas faixas de sinal analógico podem ser ilustradas assim:
Com o transbordo e o subfluxo em mente, agora nós podemos começar a calcular a resolução
real do nosso sinal analógico. Mas ao invés de só usar as faixas de 22.96-1.185 mA ou 11.852 V,
há um número que você deve observar aqui:
27.648
Como você pode ver na tabela acima, é onde nossa faixa nominal termina. Nossa resolução para
um sinal de 0-10 V deve, portanto, ser calculada assim:
10 V / 27658 = 361.7 μV
Ou para nosso sinal de 4-20 mA
16 mA / 27648 = 578.7 nA
Estes dois números são os valores mínimos que podemos representar em nosso CLP com o valor
digital. Na maioria dos casos, esses degraus são pequenos e precisos o bastante. Também tenha
em mente que quanto maior resolução você quiser, mais caros os módulos de entrada e saída
analógicas do CLP serão.
Entradas Analógicas
Com um pouco de teoria em mente, vamos analisar as entradas analógicas em um CLP.
As entradas analógicas podem vir de uma variedade de sensores e transmissores, ou ambos. Por
exemplo, um dos tipos de termopares conectados a um transmissor, que é então conectado a
uma entrada analógica do CLP. Você pode medir um monte de coisas diferentes. O trabalho do
sensor ou transmissor é transformar isso em um sinal elétrico. Aqui estão algumas das coisas que
você pode medir com sensores analógicos:
• Nível
• Vazão
• Distância
• Viscosidade
• Temperatura
É claro que há muitas outras coisas que você pode medir. O ponto principal aqui é que nós (o
sensor ou o transmissor) iremos transformar esses valores físicos em um sinal analógico. É esse
sinal que podemos usar em nosso CLP como uma entrada analógica.
Um exemplo aqui poderia ser um transmissor de temperatura com uma saída de 4-20 mA.
Conectado ao transmissor está um sensor de temperatura. O transmissor é então calibrado para a
faixa de, por exemplo, 0-100 graus. O que isso quer dizer é que quando a temperatura é de 0
graus, a saída do transmissor será de 4 mA, e 20 mA para 100 graus.
Na maioria das vezes, um transmissor é necessário porque o sensor em si não pode nos fornecer
um sinal analógico. Ou pelo menos não aquele que se encaixa em uma entrada analógica de CLP.
É possível comprar módulos de entrada analógica onde você pode conectar um sensor de
temperatura diretamente, por exemplo. Mas, na maioria das vezes, você terá um módulo de
entrada de tensão ou corrente onde você conecta um transmissor.
A calibração é muito importante quando se fala em transmissores. Você tem que saber quanto
esses mA ou volts representam em valor físico.
Nesse tutorial eu vou cobrir a ligação dos dois sinais de entrada analógica mais básicos.
Tensão
Corrente
As razões pelas quais divido os sinais de entrada analógicos nessas duas categorias não são
apenas porque são os sinais mais usados. É também porque a ligação deles é diferente. Como
esses dois tipos de sinais analógicos funcionam de maneiras muito diferentes, você também terá
que ligá-los de maneira diferente no módulo de entrada analógica. Erros na ligação podem
potencialmente destruir o módulo de entrada, então seja cuidadoso!
Resistência.
A resistência é o que divide a tensão ou limita a corrente. De fato, um resistor é usado até mesmo
para medir a corrente. Mas mais sobre isso depois. Vamos começar analisando o primeiro tipo de
sinal analógico - tensão.
Usar tensão para sinais analógicos é bastante comum. Eles também são relativamente fáceis de
ligar, já que, na maioria das vezes, você só precisa de dois fios. Mas isso não significa que você
não deva ser cuidadoso ao ligar este tipo de sinal analógico. Se não estiver ligado corretamente,
você pode obter um sinal analógico defeituoso ou, pior ainda, um módulo de entrada analógica
quebrado.
É para isso que usamos o AGND ou terra analógico. É entre o AGND e a AIN que o CLP mede
quantos volts há na entrada analógica. Isso também nos dá a resposta para o que AIN é.
Quando você está conectando a fonte de tensão analógica, a AIN é onde você conecta o lado
positivo (+) dela. O lado negativo (-) deve ser conectado ao AGND. Esses são os dois principais
fios para o sinal analógico.
Mas se você conectar apenas esses dois, você acabará com um sinal muito vulnerável.
A compatibilidade Eletromagnética (EMC) pode facilmente alterar seu sinal analógico.
Como você pode ver abaixo, isso é resolvido blindando os fios e conectando a blindagem ao
terra. Esteja ciente de que este NÃO é o mesmo terra que o AGND!
A coisa é que nem todos os terras são os mesmos. Quando o AGND é usado como referência
para o nosso sinal analógico (0 volt), a blindagem deve ser conectada ao terra do aterramento.
Porque o ruído é apenas a indução de corrente nos fios por causa dos campos magnéticos.
Usando uma blindagem, a corrente será induzida na blindagem, ao invés dos fios do nosso sinal
analógico. Essa corrente precisa ser afastada e é por esse motivo que conectamos a blindagem ao
terra do aterramento.
Resistor Shunt
Na verdade, o CLP não consegue medir a corrente. Então, o que acontece é que dentro do
módulo de entrada analógica, um resistor é colocado entre o positivo (AIN) e o negativo
(AGND). Isso não apenas compõe o circuito fechado, mas também converte nosso sinal de
corrente em sinal de tensão.
O resistor é chamado de resistor shunt e possui uma resistência específica. Ex.: em alguns
módulos de entrada analógica da Siemens, é de 250 Ohms. E por causa da Lei de Ohm, o sinal
analógico de corrente agora pode ser convertido em um sinal de tensão por cálculos simples.
Como nós temos uma resistência bem conhecida, de 250 Ohms, também é possível calcular
quantos miliamperes nossa tensão medida corresponde.
Com esse conhecimento em mente, vamos dar uma olhada na ligação das entradas analógicas de
corrente. Elas geralmente podem ser divididas em três tipos:
Um fio que vai do A + para o transmissor e volta em outro fio para AIN. A alimentação vem de
A+, o transmissor controla o fluxo de corrente e o sinal analógico de corrente entra na AIN.
Você também pode usar uma fonte de alimentação externa para o transmissor de 2 fios. Conecte
o 0 V da alimentação ao AGND e 24 V pelo transmissor, que volta para AIN. Ainda que você
praticamente precise de 3 fios para isso, ainda é considerada uma conexão de entrada analógica a
2 fios. Porque o transmissor tem apenas dois fios.
Uma desvantagem dos circuitos de corrente a 2 fios é que você tem apenas um circuito para a
alimentação e para o sinal. Na verdade, isso significa que o transmissor tem que consumir menos
de 4 mA para funcionar. Alguns sensores e transmissores consomem mais do que isso, o que nos
leva aos circuitos a 3 e 4 fios.
Leia os Manuais
A coisa mais importante aqui é conhecer o transmissor ou sensor que você tem. Leia o manual e
decida como você deseja conectá-lo. Não se esqueça de ler também o manual do módulo de
entrada analógica. Diferentes fornecedores dão nomes diferentes aos terminais no módulo. Às
vezes, eles até colocam instruções diferentes para aterramento e proteção contra ruído.
Em suma. Para evitar problemas com ligação… Leia sempre e siga as instruções fornecidas pelo
fabricante.
Quando o sinal de entrada analógica entrar no CLP, você frequentemente terá que converter a
escala dele em seu programa de CLP. A conversão de escalas significa que você converte o valor
bruto da entrada analógica em algum tipo de unidade de engenharia. Uma unidade de
engenharia é um número que representa o valor físico, ex.: vazão (m³/s), massa (kg) ou
temperatura (graus).
A conversão de escalas é feita simplesmente com alguma matemática. Algumas IDEs, como a do
Siemens Step 7 ou do Tia Portal, até têm um bloco de função especificamente para fazer a
conversão de escalas. Aqui eu vou mostrar as duas maneiras de converter escalas de uma entrada
analógica.
Isolando a unidade de engenharia, obtemos agora uma equação que podemos usar diretamente
em nosso programa de CLP. Essa equação pode ser usada para converter a escala da entrada
analógica para a unidade de engenharia:
Unidade de Engenharia = (Valor Bruto / 27648) * 300
Claro que a opção mais fácil aqui é usar texto estruturado. Dessa forma, podemos converter a
escala da entrada analógica com apenas uma linha de código. Aqui está como isso é feito no
CODESYS:
Mas mesmo que você possa fazer a conversão de escalas apenas com matemática, às vezes você
recebe blocos de função para fazer a conversão de escalas.
O HI_LIM e o LOW_LIM são os limites para sua unidade de engenharia. Por exemplo, se você
quiser converter a escala do seu sinal analógico para 0-300 graus, o LOW_LIM deve ser 0 e
HI_LIM, 300. Na entrada chamada IN é onde o valor bruto da entrada analógica vai.
Finalmente, o resultado da conversão da escala será enviado para a saída do bloco (OUT).
Tudo o que está acontecendo aqui é a mesma matemática mostrada anteriormente. Algumas
pessoas preferem um método a outro.
Saídas Analógicas
As saídas analógicas têm muitas semelhanças com as entradas analógicas. Mas ainda existem
algumas diferenças tanto na maneira como você as liga, como na maneira como você as usa no
seu programa de CLP. Assim como na entrada analógica, as saídas analógicas podem ser
divididas em dois tipos:
• Tensão
• Corrente
Independentemente do tipo de saída analógica que você esteja usando, há uma coisa que você
sempre deve ter em mente. A carga. Porque essencialmente você conectará uma carga à saída.
Pode ser uma válvula controladora de vazão, um inversor de frequência ou até mesmo uma
entrada analógica em outro CLP.
O dispositivo que você conecta à sua saída analógica é o que decide que tipo de sinal analógico
você deve usar. Se você quiser controlar uma válvula com um sinal de 4-20 mA, então a sua
saída analógica também deve ser de 4-20 mA.
Mas às vezes 2 fios não são suficientes. Mesmo para saídas de tensão. Alguns módulos da
Siemens possuem dois terminais extras em suas saídas analógicas. Estes são usados para
compensar algo chamado impedância de linha ou resistência de linha. Sem entrar em
muitos detalhes, a impedância é a oposição que um circuito apresenta às mudanças
de corrente ou tensão. Novamente, estamos lidando com tensão aqui, então qualquer
resistência criará uma queda de tensão.
Se você tem um sinal analógico de tensão que muda, a resistência é ainda maior. Esses dois fios
adicionais estão lá para compensar, de modo que o nível de tensão na saída analógica seja o
mesmo nível de tensão no destino.
Falando em resistência, há também outra coisa que você tem que estar ciente quando lidar com
saídas analógicas de tensão: impedância de carga. Para evitar curto-circuito na saída
analógica, a carga conectada à saída deve ter uma impedância de carga mínima. Isso é
tipicamente entre 500 e 1 kOhm. Você deve sempre consultar o manual tanto para o módulo de
saída analógica quanto para a carga que você está conectando a ele.
Isso significa que quando você está trabalhando com saídas de corrente, você só terá, na maioria
das vezes, que ligar a malha de sinal de corrente. É claro que, em algum momento, você também
terá que ligar a malha de alimentação. Mas isso é muitas vezes necessário para alimentar o
próprio módulo para que o CLP possa vê-lo.
Uma grande diferença entre as saídas de corrente e tensão é a impedância de carga. Porque onde
as saídas de tensão requereriam uma impedância de carga mínima, as saídas de corrente têm, na
verdade, uma impedância de carga máxima. Lembre-se, nós estamos falando de fluxo de corrente
aqui e impedância (resistência) limita a corrente. Se a impedância da carga for muito grande, o
circuito simplesmente não será capaz de conduzir o fluxo de corrente necessário.
Uma saída analógica de corrente de CLP típica tem uma impedância de carga máxima de 300-
500 Ohms.
Conversão de Escalas de Saída Analógica
Se você sabe converter a escala de um valor analógico, também sabe como desconvertê-lo.
Porque isso é algo que você muitas vezes tem que fazer. Por desconverter a escala, eu quero
dizer, transformar a unidade de engenharia em um valor que o módulo pode converter em uma
saída.
Digamos que nós temos um sinal de saída analógica de 0-10 V para controlar a velocidade de um
motor. Para partir o motor a 50% da velocidade, temos que gerar um sinal analógico de 5 V na
saída. Para fazer isso, precisamos saber qual valor enviar ao conversor D/A. Para colocar em
outras palavras, precisamos saber nossa faixa.
Se tomarmos os CLPs da Siemens, como eu usei como exemplo no começo deste artigo, eles têm
uma faixa de 0-27648.
Pois agora que sabemos a nossa faixa, podemos calcular os 50% disso: 13824.
O problema aqui é que o operador não insere 13824 na IHM como setpoint. O que ele
tipicamente definirá é a unidade de engenharia, neste caso, porcentagem (%). É por isso que
agora que possuímos uma unidade de engenharia, temos que convertê-la em um valor dentro da
faixa de saída analógica.
Você pode fazer a desconversão de escalas de duas maneiras diferentes. Com matemática ou
com blocos de função. Usar a matemática é uma boa maneira de facilitar que se entenda o que
está por trás. Basta usar a mesma relação da conversão de escalas:
Ao isolar o Valor Bruto, você agora tem uma expressão matemática para converter uma unidade
de engenharia em um valor bruto. Você pode implementar isso em texto estruturado com apenas
uma linha de código:
A desconversão de escalas pode, claro, também ser feita com blocos de função. Alguns
fornecedores provêm blocos de função específicos para a desconversão de escalas. Tome a
Siemens como exemplo. Eles têm um bloco chamado UNSCALE. Funciona de maneira oposta
ao bloco SCALE. Para desconverter a escala de um valor dentro de uma determinada faixa para
um valor de 0-27648. O HI_LIM e o LOW_LIM são agora os limites da sua unidade de
engenharia.
Artigo original All About PLC Analog Input and Output Signals and
Programming escrito por: PETER, na PLC Academy.
1. O texto original diz: "A word in binary is 8 zeros’ in a row or two bytes
(4 zero’s)."
2. O texto original diz: "An analog value is often put in a 16-bit double
word in a PLC. This is because the A/D converter converts the analog
signal to a digital value of 16 bits long."
3. No original: Overshoot range (overrange), Overflow, Undershoot range
(underrange), Underflow.