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"Está em curso no Brasil um golpe", disse a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-
feira, 22, a jornalistas em Nova York, ressaltando que quer que o Mercosul e a União de
Nações Sul-Americanas (Unasul) avaliem o processo, a fim de adotarem "sanções"
contra o Brasil. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão
de Relações Exteriores do Senado, que antes elogiou o discurso discreto na ONU, disse
que a declaração dela é “extremamente delirante”.
"Dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira. Eu sou uma vítima, sou uma pessoa
injustiçada", ressaltou Dilma, destacando que não se pode admitir um processo de
impeachment que, na verdade, segundo ela, é uma eleição indireta. "Sou vítima de um
processo absolutamente infundado", reforçou.
Dilma afirmou que vai se "esforçar muito" para convencer os senadores sobre a falta de
fundamentação do processo de que é vítima no Congresso. "O ministro da Justiça, o
ministro da Fazenda, todos nós vamos lá junto aos senadores debater, explicar e dar
todas as informações necessárias." A presidente afirmou que não teve o respaldo
necessário por segmentos da Câmara, mas disse ter certeza que será ouvida no Senado.
"Depois os senadores votam como achar que devem."
Questionada sobre a proposta de novas eleições, Dilma afirmou que não acusa as
pessoas que tenha essa ideia de golpistas. "Uma coisa é eleição direta, com votos e o
povo brasileiro participando. Mas tem que ser me dado o direito de defender o meu
mandato. Não sou uma pessoa apegada a cargos, mas estou defendendo o meu
mandato", afirmou Dilma aos jornalistas.
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