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31/01/2014

Disciplina: Estruturas de Madeira
Prof.: Grécio Lima Vieira.
Conteúdo Programático 
1. Propriedades Físicas da Madeira;
2. Caracterização Mecânica – Procedimentos;
3. Classes de Resistencia;
4. Critérios de Segurança da NBR 7190/97;
5. Ações Atuantes e combinações de projeto;
6. Estados Limites
1. Peças Fletidas;
2. Peças Comprimidas;
3. Peças Tracionadas;
4. Ligações

Bibliografia (Básica)
 NBR 7190/1997 – Projeto de estruturas de madeira;
 PFEIL, Walter & PFEIL, Michelle S. Estruturas de Madeira. Rio 
de Janeiro, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora, 6. ed. 
2003. 
MOLITERNO, Antônio. Caderno de Projetos de Telhados em 
Estruturas de Madeira. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda.

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1.1 - Classificação das Árvores

Gimnospermas
Coníferas – Madeira mole (softwoods) – Pinus e
Araucária: (Não frutíferas).

Angiospermas
Monocotiledôneas (Palmas e Gramíneas)
Dicotiledôneas (Madeira dura – hardwoods)

1.1 - Classificação das Árvores

Monocotiledôneas
Destaca-se o bambu que tem boa resistência
mecânica e baixo peso específico.

Dicotiledôneas
Espécies usadas no Brasil para a construção
civil.

Ipê, Jatobá, Peroba Rosa, Sucupira, Maçaranduba,


Angico, Eucalipto

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1.2 – Defeitos na madeira


Formação de madeira de reação – busca da radiação
solar – crescimento excêntrico.

Seção transversal de um
tronco com madeira de
Formação de madeira de reação. compressão distinta. (WILCOX
(WILCOX et al.,1991). et al.,1991).

1.2 – Defeitos na madeira

Formação de nós, devido aos galhos que saem do


tronco principal da árvore.

Aparência de um nó em formação dentro de um tronco.


(WILCOX et al.,1991).

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1.3 – Propriedades Físicas da Madeira

Fatores que influenciam nas características físicas da


madeira:
*Espécie da árvore;
*O Solo, clima e origem da árvore;
*Fisiologia da árvore;
*Anatomia do tecido lenhoso;
*Variação na composição química.

1.3.1 – Umidade w

A umidade da madeira é determinada pela expressão:

onde m1 é a massa úmida, m2 é a massa seca e w é a


umidade (%).

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1.3.2 – Densidade ρ

Densidade básica:
௠ೞ ms é a massa seca da madeira, em kg;
ߩ= Vsat é o volume da madeira saturada em
௏ೞೌ೟ metros cúbicos.

Densidade Aparente:

m12 é a massa da madeira a 12% de umidade,



ߩ= భమ em kg;
V12 é o volume da madeira a 12% de umidade
௏భమ
em metros cúbicos.

1.3.3 – Retratibilidade

Redução das dimensões em uma peça de madeira pela


perda de água.

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1.3.3 – Retratibilidade

Redução das dimensões em uma peça de madeira pela


perda de água.

• Retração tangencial até 10% de variação


dimensional – provoca torção;
• Retração radial até 6% de variação dimensional –
provoca rachaduras;
• Retração longitudinal provoca até 0,5% de variação
dimensional da peça.

1.3.4 – Resistência ao fogo

É combustível e propaga chamas, mas se comporta


mecanicamente mais estável que outros materiais, pois
em alguns minutos uma camada mais externa se
carboniza, tornando-se isolante térmico auxiliando na
contenção do incêndio e evitando que a peça seja
destruída.

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1.3.4 – Resistência ao fogo

Em comparação com a estrutura metálica, a estrutura


de madeira tem um desempenho superior em situações
de incêndio se corretamente dimensionadas.
A estrutura metálica perde totalmente sua resistência
mecânica após cerca de 10 minutos exposta a altas
temperaturas (>500ºC)

1.3.4 – Resistência ao fogo

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1.3.4 – Resistência ao fogo

Seção carbonizada de uma viga de madeira laminada 
colada, exposição ao fogo por 30 minutos.

1.3.4 – Resistência ao fogo

Estruturas metálicas em colapso após incêndio sustentadas por uma 
viga de madeira que passou pelo mesmo tempo de exposição ao fogo.

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1.3.5 – Durabilidade Natural

Depende:
• da espécie;
• das características anatômicas;
• da região da tora que foi extraída a peça;
• pode-se compensar com tratamentos
preservativos

1.3.6 – Resistência Química

Geralmente as peças de madeira apresentam boa


resistência a ataques químicos.

Ataques de ácidos – provoca redução do peso e da


resistência mecânica.

Ataques de bases – provoca manchas esbranquiçadas


decorrentes da ação sobre a lignina e a hemicelulose da
madeira. (A lignina ou lenhina é uma macromolécula
tridimensional amorfa encontrada nas plantas terrestres, associada
à celulose na parede celular cuja função é de conferir rigidez,
impermeabilidade e resistência a ataques microbiológicos e
mecânicos aos tecidos vegetais.)

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1.3.7 – Defeitos devido a secagem

Os defeitos mais comuns que se estabelecem durante a


secagem são:
(1) fendas e rachaduras, geralmente devido a uma
secagem rápida nas primeiras horas;
(2) colapso, que se origina nas primeiras etapas da
secagem e muitas vezes acompanhado de fissuras
internas;
(3) abaulamento, que se deve a tensões internas as
quais apresenta a árvore combinada a
uma secagem irregular.

1.3.7 – Defeitos devido a secagem


No caso 3, a deformação é causada pela contração
diferenciada nas três direções do corte da madeira,
originando defeitos do tipo arqueamento, encanoamento,
encurvamento e torcedura, como ilustra a Figura a
seguir:

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2.0 – Caracterização Mecânica

Solicitações: Compressão, tração, cisalhamento e


flexão. As resistências variam em função da direção da
solicitação em relação as fibras.

2.1 – Compressão

Orientação:
Paralela
Normal
Inclinada

Peças sujeitas a esforços de compressão (RITTER, 1990)

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2.2 – Tração

Deve-se evitar em projetos, pois a resistência é baixa.

Peças sujeitas a esforços de tração (RITTER,1990).

2.3 – Cisalhamento

Não é crítico pois ocorrem ante falhas de esmagamento


por compressão normal.

Cisalhamento na madeira (RITTER,1990).

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2.4 – Flexão Simples

Ocorrem:
Compressão paralela às fibras;
cisalhamento horizontal;
tração paralela às fibras;
nos apoios de compressão normal.

Flexão na madeira (RITTER, 1990)

3.0 – Classes de Resistência

A NBR 7190/97 definiu classes de resistência para


possibilitar o emprego de madeiras padronizadas,
orientando a escolha do material para a elaboração de
projetos estruturais

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3.0 – Classes de Resistência

4.0 – Critérios de Segurança da NBR 7190/97

Toda estrutura deve ser projetada e construída de modo


a satisfazer aos seguintes requisitos básicos de
segurança:
a) com probabilidade aceitável, ela deve permanecer
adequada ao uso previsto, tendo-se em vista o custo
de construção admitido e o prazo de referência da
duração esperada;
b) com apropriado grau de confiabilidade, ela deve
suportar todas as ações e outras influências que podem
agir durante a construção e durante a sua utilização, a
um custo razoável de manutenção.

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4.1 – Critérios de Segurança da NBR 7190/97

A segurança da estrutura em relação a possíveis


estados limites será garantida pelo respeito às
condições construtivas especificadas por esta Norma e,
simultaneamente, pela obediência às condições
analíticas de segurança expressas por

onde a solicitação de cálculo Sd e a resistência de


cálculo Rd são determinadas em função dos valores de
cálculo de suas respectivas variáveis básicas de
segurança.

4.1 – Critérios de Segurança da NBR 7190/97

Em casos especiais, permite-se tomar a resistência de


cálculo Rd como uma fração da resistência
característica Rk estimada experimentalmente, sendo

com os valores de kmod e γw especificados em 6.4.4 e


6.4.5, respectivamente.

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4.1 – Critérios de Segurança da NBR 7190/97

Os coeficientes de modificação kmod afetam os valores


de cálculo das propriedades da madeira em função da
classe de carregamento da estrutura, da classe de
umidade admitida, e do eventual emprego de madeira
de segunda qualidade.
O coeficiente de modificação kmod é formado pelo
produto

4.1 – Critérios de Segurança da NBR 7190/97

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4.0 – Critérios de Segurança da NBR 7190/97

4.2 – Critérios de Segurança da NBR 7190/97

• O coeficiente de ponderação para estados limites


últimos decorrentes de tensões de compressão
paralela às fibras tem o valor básico γwc = 1,4.
• O coeficiente de ponderação para estados limites
últimos decorrentes de tensões de tração paralela às
fibras tem o valor básico γwt = 1,8 .
• O coeficiente de ponderação para estados limites
últimos decorrentes de tensões de cisalhamento
paralelo às fibras tem o valor básico γwv = 1,8.

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4.3 – Estados Limites Últimos

• Perda de equilíbrio global ou parcial, admitida a


estrutura como corpo rígido;
• Ruptura ou deformação plástica excessiva dos
materiais;
• Hipostaticidade de parte ou da estrutura toda;
• Instabilidade por deformação;
• Instabilidade por ressonância;

4.4 – Estados Limites de Utilização

• Deformações excessivas para uma utilização normal


da estrutura;
• Deslocamentos excessivos sem perda do equilíbrio;
• Vibrações de amplitude excessiva.

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4.5 – Caracterização completa da resistência da madeira

A NBR 7190/97 define como caracterização completa da
resistência da madeira a determinação das resistências:
• à compressão (fwc ou fc),
• à tração paralela às fibras (fwt,0 ou ft,0),
• à compressão normal às fibras (fwc,90 ou fc,90), à tração normal às 
fibras (fwt,90 ou ft,90),
• ao cisalhamento (fwv ou fv),
• ao embutimento paralelo às fibras (fwe,0 ou fe,0);
• ao embutimento normal às fibras (fwe,90 ou fechamento,90) e 
densidade básica.

4.6 – Caracterização Simplificada da resistência

A caracterização simplificada das resistências da
madeira de espécies usuais se faz a partir dos ensaios
de compressão paralela às fibras.
As demais resistências são determinadas em função da
resistência à compressão paralela admitindo‐se um
coeficiente de variação de 18% para os esforços
normais e um coeficiente de variação de 28% para as 
resistências a esforços tangenciais.

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4.7 – Caracterização Mínima de Rigidez das Madeiras

A caracterização mínima da rigidez das madeiras 
consiste em determinar o módulo de elasticidade 
na compressão paralela às fibras ( Ec0,m ) e na 
compressão perpendicular (Ec90,m ) com pelo 
menos dois ensaios cada.

4.8 – Caracterização Simplificada de Rigidez das Madeiras

A caracterização simplificada da rigidez das madeiras 
consiste na determinação da determinação da rigidez 
na compressão paralelas às fibras Eco,m, sendo Eco,m
o valor médio de pelo menos dois ensaios.
A rigidez da madeira é identificada pela letra E 
acompanhada de índices que identificam a direção à 
qual se aplica a propriedade.
A caracterização da rigidez também é feita para teor 
de umidade U = 12% (Anexo B, NBR 7190/1997).

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4.8 – Caracterização Simplificada de Rigidez das Madeiras

4.9 – Caracterização por meio de ensaio de flexão

A rigidez na madeira na flexão ( EM ) para as coníferas é dado por :

EM = 0,85 EC0

E para dicotiledôneas por :

EM = 0,90 EC0

sendo EC0 o módulo de elasticidade na compressão paralela às 
fibras

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4.10 – Procedimentos para Caracterização

A norma NBR 7190 adota como condição padrão de referência a


classe 1 de umidade, ou seja, umidade de equilíbrio igual a 12%.
Qualquer resistência ou rigidez determinada no intervalo de 10% a
20% podem ser corrigidas para umidade padrão através das
expressões:

5.0 – Ações

Ações são as causas que provocam o


aparecimento de esforços ou deformações.

• Forças – Ações diretas;


• Deformações – Ações indiretas.

Tipos de Ações:
• Permanentes;
• Variáveis;
• Excepcionais.

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5.0 – Ações

5.1 – Classes de Carregamento

Os valores característicos Fk das ações


variáveis são os especificados pelas diversas normas
brasileiras referentes aos diferentes tipos de construção.
Quando não existir regulamentação específica,
um valor característico nominal deverá ser fixado pelo
proprietário da obra ou por seu representante técnico
para isso qualificado.
Para as ações variáveis entende-se que Fk seja
o valor característico superior.

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5.1 – Classes de Carregamento

5.2 – Valores reduzidos de combinação (ψ0Fk)

Os valores reduzidos de combinação são


determinados a partir dos valores característicos pela
expressão ψ0Fk e são empregados nas condições de
segurança relativas a estados limites últimos, quando existem
ações variáveis de diferentes naturezas.
Os valores ψ0Fk levam em conta que é muito baixa a
probabilidade de ocorrência simultânea de duas ações
características de naturezas diferentes, ambas com seus
valores característicos. Por isto, em cada combinação de
ações, uma ação característica variável é considerada como a
principal, entrando com seu valor característico Fk, e as
demais ações variáveis de naturezas diferentes entram com
seus valores reduzidos de combinação ψ0Fk.

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5.2 – Valores reduzidos de combinação (ψ0Fk)

5.3 – Exemplos de Combinação de Ações:


5.3.1 Combinações de projeto de ações em uma treliça
A treliça da Figura 1 está submetida a carregamentos permanentes e
variáveis causados pelo efeito do vento. Os esforços causados nas barras
por esses carregamentos estão indicados na Tabela 1.
Determinar os esforços de cálculo para o estado limite último, na situação
mais crítica (tração ou compressão axiais) em cada uma das barras.

Figura 1: Geometria e identificação dos nós da treliça

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5.3.1 Combinações de projeto de ações em uma treliça


Resolução:

A estrutura está submetida a carregamento normal (uso previsto


na construção),logo de longa duração. A situação de projeto é
duradoura, o que exige a verificação de estado limite último e de
utilização.
No estado limite último, são consideradas as combinações
normais de carregamento.
A ação permanente deve ser verificada com efeito favorável e
desfavorável, por meio do coeficiente γg. Há somente uma ação
variável, o efeito do vento, Fq1,k, que é a ação variável principal.

5.3.1 Combinações de projeto de ações em uma treliça

Para cargas variáveis de curta duração consideradas como


ação variável principal, a NBR7190/97 permite a redução para 75%
da solicitação no estado limite último. Logo, a combinação última
normal é:

Determinação dos coeficientes de ponderação das ações:

• Ação permanente de grande variabilidade (FG,k):


• Combinação desfavorável γg = 1,4 (Tabela 11, comb. normais)
• Combinação favorável γg = 0,9 (Tabela 11, comb. normais)
• Ação variável – vento (FQ,k): γq = 1,4 (Tabela 13, comb. normais)
Os valores dos esforços majorados pelos coeficientes estão
apresentados na Tabela 1.

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5.3.1 Combinações de projeto de ações em uma treliça

Tabela 1: Esforços Solicitantes nas barras da treliça

5.3.1 Combinações de ações em uma viga


A viga da figura 2 está submetida a carregamentos permanentes de
grande variabilidade (g), cargas acidentais (q) de longa duração e
pressão do vento (w). Sabe-se que as ações valem g = 40 daN/m,
q = 10 daN/m e w = 20 daN/m. Pede-se:

a) a avaliação das combinações para estado limite de utilização;


b) a determinação do valor do momento de cálculo (MB,d) na seção B,
para estado limite último.

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5.3.1 Combinações de ações em uma viga


a) a avaliação das combinações para estado limite de utilização
Para se determinar a combinação de cálculo das ações para o
estado limite de utilização é necessário fazer a avaliação das ações
para se determinar a mais crítica.

Para situações normais de projeto, a norma NBR 7190 considera


que todas as ações variáveis atuam com seus valores
correspondentes à classe de longa duração, dado por

5.3.1 Combinações de ações em uma viga


Onde Fd uti , é o valor de cálculo das ações para estados limites de
utilização;
FGi K, é o valor característico das ações permanentes:
FQj K , é o valor característico das demais ações variáveis;
ψ2 j é o fator de combinação correspondente a cada uma das
demais ações variáveis;
ψ2j Fqj K , é o valor reduzido de combinação de cada uma das ações
variáveis.

Da Tabela 2 da NBR 7190, para ações devidas ao vento ψ2j = 0 e


para locais em que não há predominância de pesos e de
equipamentos fixos,nem de elevadas concentrações de pessoas
ψ2j = 0,2. Assim,substituindo-se os valores na expressão anterior,
tem-se

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5.3.1 Combinações de ações em uma viga

b) Combinação última normal para


MB,d
Para a determinação do momento de
cálculo na secção B, tem-se que
terminar o momento fletor em B
devido a cada ação, utilizando o
método das secção. O diagrama de
esforços para a viga com um
carregamento p uniformemente
distribuído é ilustrado pela Figura 3.
Os valores dos momentos fletores na
secção B devidos às ações q, g e w
são apresentados na Tabela 3.

Figura 3: Diagrama de esforços internos

5.3.1 Combinações de ações em uma viga

Tabela 3: Momentos fletores atuantes na secção B

De posse do valor do momento fletor interno, passa-se a


efetuar as combinações das ações dada pela equação da
combinação última normal para momento:

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5.3.1 Combinações de ações em uma viga

Para as ações variáveis para combinações normais últimas, o coeficiente
de ponderação é γQ = 1,4. Para a ação de vento, quando considerada
principal, pode ser minorada por um coeficiente de 0,75.
A ação permanente é de grande variabilidade logo o coeficiente de
ponderação γG para combinações normais e para efeitos desfavoráveis é
1,4, Para locais que não há predominâncias de pesos de
equipamentos fixos e nem de elevadas concentrações de pessoas
ψ0 =0,4 e para pressão dinâmica de vento ψ0 =0,5. Assim sendo,
considerando o vento como ação variável principal, tem‐se:

5.3.1 Combinações de ações em uma viga

Agora, considerando-se a ação acidental como variável principal, tem-se:

Portanto o valor crítico de MB,d no Estado Limite Último é MB,d = 26,9 daN.m

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6.0 – Propriedades da Madeira


A resistência é a aptidão da matéria suportar
tensões. A resistência é determinada convencionalmente pela
máxima tensão que pode ser aplicada a corpos-de-prova
isentos de defeitos do material considerado, até o
aparecimento de fenômenos particulares de comportamento
além dos quais há restrição de emprego do material em
elementos estruturais. De modo geral estes fenômenos são os
de ruptura ou de deformação específica excessiva.
Os efeitos da duração do carregamento e da
umidade do meio ambiente são considerados por meio dos
coeficientes de modificação Kmod adiante especificados.
Os efeitos da duração do carregamento e da
umidade do meio ambiente sobre a resistência são
considerados por meio dos coeficientes de modificação
kmod,1 e kmod,2 especificados em 6.4.4.

6.0 – Propriedades da Madeira


A rigidez dos materiais é medida pelo valor
médio do módulo de elasticidade, determinado na fase
de comportamento elástico-linear.
O módulo de elasticidade Ew0 na direção
paralela às fibras é medido no ensaio de compressão
paralela às fibras e o módulo de elasticidade Ew90 na
direção normal às fibras é medido no ensaio de
compressão normal às fibras.
Na falta de determinação experimental
específica, permite-se adotar

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7.0 – Dimensionamento de peças fletidas


Consiste na verificação da segurança dos:

Estados Limites Últimos


• Tensões normais de tração e compressão;
• Tensões de cisalhamento;
• Estabilidade lateral.

Estados Limites de Utilização


• Deformação excessiva;
• Vibrações limites.

7.1 – ELU para Momento Fletor NBR 7190/97

Para as peças fletidas, considera-se o vão teórico com


o menor dos seguintes valores:

a) distância entre eixos dos apoios;


b) o vão livre acrescido da altura da seção transversal
da peça no meio do vão, não se considerando
acréscimo maior que 10 cm.

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7.1 – ELU para Momento Fletor NBR 7190/97

Nas barras submetidas a momento fletor cujo


plano de ação contém um eixo central de inércia da
seção transversal resistente, a segurança fica garantida
pela observância simultânea das seguintes condições.

onde fcd e ftd são as resistências à compressão e à


tração, definidas em 7.3.2 e 7.3.1 da NBR 7190/97,
respectivamente.

7.1 – ELU para Momento Fletor NBR 7190/97

σc1,d e σt2,d são, respectivamente, as tensões


atuantes de cálculo nas bordas mais comprimida e mais
tracionada da seção transversal considerada,
calculadas pelas expressões

onde Wc e Wt são os respectivos módulos de


resistência, que de acordo com 7.2.1 podem ser
calculados pelas expressões usuais

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7.1 – ELU para Momento Fletor NBR 7190/97

Sendo I o momento de inércia da seção transversal


resistente em relação ao eixo central de inércia
perpendicular ao plano de ação do momento fletor
atuante.

7.1 – ELU para Momento Fletor


• Plano de Incidência do carregamento coincide com
um dos eixos principais de inércia e não sofrem
esforço normal.
• Em peças com pelo menos um eixo de simetria, um
eixo principal de inercia coincide com o eixo de
simetria.

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7.1 – ELU para Momento Fletor


• Verificações:

Tensão da Borda Comprimida

Tensão da Borda Tracionada

onde σc0,d σ e σt0,d são, respectivamente, as tensões


atuantes de cálculo nas bordas comprimida e tracionada
da seção transversal, com Wc e Wt correspondentes
aos respectivos módulos de resistência da seção
transversal:

7.1 – ELU para Momento Fletor


• Verificações:

I é o momento de inércia da seção transversal em


relação ao eixo central de inércia perpendicular ao
plano de ação do momento fletor atuante; fc0,d, e ft0,d ,
são as resistência de cálculo à compressão e à tração
paralela às fibras, respectivamente.

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7.1 – ELU para Momento Fletor


• Para cálculos das barras fletidas, adota-se o vão
teórico L, o menor

Distância entre eixos apoiados;
• L<= Vão Livre acrescido da altura da seção 
transversal da peça no meio do vão;
Não se considera acréscimo maior que 
maior que 10cm

7.2 – Estados Limites de Deformação


A menos que haja restrições especiais impostas por
normas particulares ou pelo proprietário da construção,
a verificação da segurança em relação aos estados
limites de deformações deve ser feita como indicado a
seguir, para as combinações de utilização definidas em
9.1.3 da NBR 7190/97.

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7.2 – Estados Limites de Deformação


Deve ser verificada a segurança em relação ao estado
limite de deformações excessivas que possam afetar a
utilização normal da construção ou seu aspecto
estético, considerando apenas as combinações de
ações de longa duração, conforme 9.1.3 da NBR
7190/97, levando-se em conta a rigidez efetiva definida
pelo módulo Ec0,ef especificado em 6.4.9 da NBR
7190/97.

7.2 – Estados Limites de Deformação


A flecha efetiva uef, determinada pela soma das
parcelas devidas à carga permanente uG e à carga
acidental uQ, não pode superar 1/200 dos vãos, nem
1/100 do comprimento dos balanços correspondentes.
As flechas devidas às ações permanentes podem ser
parcialmente compensadas por contraflechas u0 dadas
na construção. Neste caso, na verificação da
segurança, as flechas devidas às ações permanentes
podem ser reduzidas de u0, mas não se considerando
reduções superiores a 2/3.uG, como mostrado na figura
16.

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7.2 – Estados Limites de Deformação

7.2 – Estados Limites de Deformação


Nos casos de flexão oblíqua, os limites anteriores de
flechas podem ser verificados isoladamente para cada
um dos planos principais de flexão.

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