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Matemática para
Administradores
Professores Fernando Guerra e Inder Jeet Taneja
2014
3ª edição
Copyright 2014. Universidade Federal de Santa Catarina / Sistema UAB. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, trans-
mitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, do autor.
1ª edição – 2007.
Inclui bibliografia
Curso de Graduação em Administração, modalidade a Distância
ISBN: 978-85-7988-114-5
CENTRO SOCIOECONÔMICO
Números Reais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Conjuntos Numéricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Desigualdades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Intervalos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Funções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Conceito de Função. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Função Composta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 36
Função Inversa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Resumindo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Sequências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Limites de Funções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
A Noção de Limite. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Limites Laterais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Indeterminações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Limites Infinitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Continuidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Resumindo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Unidade 3 – Derivadas
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Definição de Derivada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Atividades de aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Derivada de Função Composta (ou Regra da Cadeia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Resumindo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
A Diferencial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Resumindo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Minicurrículos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
1
UNIDADE
Números Reais e
Funções
Objetivo
Nesta Unidade, você vai: recordar conjuntos
numéricos, propriedades dos números reais e
expressar o conjunto solução de uma desigualdade
na forma de intervalo; identificar os diferentes tipos
de funções, esboçar gráfico de uma função e calcular
função composta; e, finalmente, aplicar funções na
resolução de problemas práticos.
1
UNIDADE
UNIDADE
Caro estudante!
Conjuntos Numéricos
Números naturais
O conjunto ù = {0,1,2,3,...} é denominado conjunto dos nú-
meros naturais.
Números inteiros
O conjunto Z = { ...,–3, –2, –1,0,1,2,3,... } é denominado con-
junto dos números inteiros.
Período 2 13
1 Números racionais
São todos os números fracionários, que têm o numerador e o
UNIDADE
Números irracionais
São os números que não são racionais, mas podem ser “encon-
trados na reta”. Por exemplo: 2 = 1,41421 ..., = 3,14159 ...,
e= 2,718282 ... . Denotaremos por Qc, o conjunto dos números irracionais.
Números reais
É a união do conjunto dos números racionais com o conjunto
dos números irracionais.
A Reta Real
Figura 1
UNIDADE
tância unitária) serve como escala por meio da qual é possível asso-
ciar pontos da reta a números inteiros positivos ou negativos, como
ilustrado na Figura 1.
Todos os números positivos estão à direta do zero, no “sentido
positivo”, e todos os números negativos estão à sua esquerda.
Desigualdades
Período 2 15
1 P4. a < b e c < 0 a c < b c
Exemplo: 4 < 6 e 3 > 0 4 3 < 6 3
UNIDADE
Exemplos:
!
1) Para qualquer número real a tem-se |a| 0 e
|a|= 0 a = 0.
2) |–a| = |a| para qualquer real a.
3) Geometricamente, o valor absoluto de um número
real a é distância de a até zero.
4) Para qualquer real a tem-se: a² =|a|, a raiz qua-
drada de qualquer número real, quando existe, é
maior ou igual a zero. Logo, |a|² = a² = (–a)².
UNIDADE
valor absoluto:
Intervalos
Intervalos limitados
1) Fechado [a,b] = {x ú ; a x b}
2) Aberto (a,b) = {x ú ; a < x < b}
3) Semiabertos (a,b] = {x ú ; a < x b}
[a,b) = {x ú ; a x < b}
Intervalos ilimitados
1) Fechados [a, +) = {x ú ; x a}
(–, b] = {x ú ; x b}
2) Abertos (a, +) = {x ú ; x > a}
(–, b) = {x ú ; x < b}
Período 2 17
1 3) Aberto e fechado (–,+) = ú
Figura 2
Figura 3
Figura 4
UNIDADE
x – 5 –8 ou x–58
x –8 + 5 ou x8+5
x –3 ou x 13
Portanto, x –3 ou x 13 ou ainda [–3, 13]
|3x – 5| = 3x – 5 se 3x – 5 0 ou 3x 5 ou
Período 2 19
1 Admita então neste passo.
x = 3.
ção dada.
temos
UNIDADE
Para x>2 e x<–3 você não encontra número real al-
gum que seja solução da desigualdade proposta. En-
tão, a segunda parte da solução leva você a concluir
que S2 = .
Portanto, a solução de (x – 2) (x + 3)<0 é
S = S1 S2 = (–3, 2) = (–3, 2)
(propriedade 4)
Período 2 21
1 Atividades de aprendizagem
aprendizagem
UNIDADE
b)
c) |3x – 2|<4
d) |3 – x|7
e) 2 (x –1) + 3 x+7
f) (x+3) (x – 2) 0
UNIDADE
Nesta seção, nosso objetivo será o de apresentar o
conceito de função, sua representação gráfica e
estudar alguns tipos especiais de funções, tais
como, função módulo, exponencial, logarítmica,
função composta, função inversa e algumas apli-
cações de funções. Não esqueça: continuamos à
sua disposição!
Conceito de Função
Período 2 23
1 Definição
(Função): Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que
UNIDADE
!
junto B, se e somente se, todo elemento de A está em
correspondência com um único elemento de B. Escre-
vemos f : A B definida por y= f(x), onde y é o valor
de f em x.
Domínio: é o conjunto dos valores de x tais que a
função está definida. Anotamos D(f)=A ou Dom(f)=A.
Contradomínio: o conjunto B é o contradomínio da
função CD(f)=B.
Imagem: é o conjunto dos valores y B tais que
y = f(x) para algum x. Anotamos Im(f) B.
Assim:
Figura 5
UNIDADE
Figura 6
(ix) , x –2
(xi)
Período 2 25
1 Exemplo 1.8 Seja A = {x ú | x 1} e f : A[0, +) tal
!
Observação. Quando o domínio e o contradomínio
de uma função estão contidos no conjunto dos núme-
ros reais, a função é chamada de uma função real de
variável real.
UNIDADE
Sejam f e g duas funções definidas num mesmo conjunto A.
que é o quociente de f e g.
te das funções f e g.
Período 2 27
1 retangular são dadas por (x, f(x)), onde x A. Para isso construímos
um quadro (x, f(x)) atribuindo a x valores convenientes.
Vejamos alguns exemplos de gráficos:
UNIDADE
Figura 7
Figura 8
UNIDADE
Resolução. Temos para x , y = f(x) = 2 e para x ,
y = f(x) = x, construímos o seguinte quadro.
Figura 9
Se ao fim deste primeiro estudo sobre funções e
demais tópicos houver dúvidas e não conseguir re-
solver os exercícios propostos, não desista! Releia
o material e estude os exemplos mais uma vez e
ainda, refaça os exercícios. Além disso, consulte
o seu tutor e as referências na bibliografia. Essa
recomendação também vale para as demais se-
ções e Unidades. Agora, vamos estudar alguns
tipos de função.
Período 2 29
1 Algumas Funções Elementares
UNIDADE
Função constante
A função que associa cada elemento do seu domínio a um
mesmo elemento do contradomínio é chamada de função constante.
Figura 10
UNIDADE
Figura 11
Uma reta pode ser representada por uma função afim da forma
y = ax + b. Precisamos apenas determinar a e b.
Função módulo
É a função definida por
Figura 12
Período 2 31
1 Função quadrática
Sejam a, b e c números reais quaisquer com a . A função f
UNIDADE
!
Observação. O gráfico de uma função quadrática repre-
senta uma parábola no plano cartesiano, dependendo
das condições sobre os valores dos constantes a, b e c.
Função polinomial
É toda função cuja regra de associação é um polinômio, ou seja,
Função racional
É toda função f cuja regra de associação é do tipo
UNIDADE
Exemplo 1.19 A função é uma
Figura 13
Figura 14
Período 2 33
1 Propriedades da exponencial
As seguintes propriedades valem para quaisquer a, b, x, y ú
UNIDADE
P3.
P4.
!
A função exponencial mais comum em aplicações é a
função exponencial de base a = e, onde e = 2,71828...
é a constante de Euler, que é um número irracional. A
função, nesse caso, é chamada de função exponencial
natural ou, simplesmente, função exponencial.
Constante de Euler-
Mascheroni – é uma cons-
tante matemática com múl-
tiplas utilizações em Teoria
dos números. Ela é definida
Função logaritmo
como o limite da diferença
entre a série harmônica e o
Seja a um número positivo e a . A função definida por
logaritmo natural. Fonte:
<http://www.educ.fc.ul.pt/ y = f(x) = log ax, x > 0, recebe o nome de função logarítmico de base a.
docentes/opombo/ Vejamos os gráficos da função logarítmica:
seminario/euler/
obra.htm#Constante
%20de%20Euler>. Acesso
em: 6 maio 2011.
Figura 15
UNIDADE
Figura 16
!
P3. Propriedade da potenciação:loga(yx) = xlogay
Período 2 35
1 Exemplo 1.20 A função da figura 13, f(x) = ax, a > 1 é uma
função crescente para qualquer número real x. A função
da figura 16, y = f(x) = logax, x > 0 e 0 < a < 1 é uma
UNIDADE
Função Composta
fog gof
UNIDADE
{0}. Assim sendo, o domínio de F é o conjunto dos
números reais tal que x ±2.
b)
Função Inversa
Período 2 37
1 Propriedades da função inversa
Seja f uma função inversível e f –1 a sua inversa, então temos as
UNIDADE
seguintes propriedades:
UNIDADE
Primeiro passo: trocando x por y e y por x, vem x=3y – 5;
Segundo passo: expressando y em função de x, vem
xy – 7x = 2y – 3
xy – 2y = 7x – 3
y(x – 2) = 7x – 3
Período 2 39
1 Atividades de aprendizagem
aprendizagem
UNIDADE
e)
b) ;
c)
d)
e)
d)
e) f(2x)
6. Faça o gráfico da função f(x) = –x² + 2, com o
Dom(f) ={– 3, – 2, – 1,0,1,2,3}
UNIDADE
b) y = f(x) = 3–x
c)
Saiba mais...
SILVA, Sebastião Medeiros da; SILVA, Elio Medeiros da; SILVA, Ermes
Medeiros da. Matemática: para os cursos de economia, administração e
ciências contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1988.
Período 2 41
1 Resumindo
r
UNIDADE
UNIDADE
1. a) x – 3 ou x 3 b)
c) d) x – 4 ou x 10
2.
3. a) –11 b) 4a+1
c) 4x + 4h – 3 d) 4x + 4h – 6
e) 4
4. a) 9 b)
c) 10x + 5h – 4 d)
e)
5. a) –6 b) 3
c) 6 d)
e) 4x – |2x – 3|
6.
Período 2 43
1 7. a) Dom(f) =ú
c) Dom(f) = [5, +
b) Dom(f) = (–
UNIDADE
8.
9. a) e Dom(fog) = ú – {1}
b) e Dom(fog) = ú – {–1}
c) fof = x e Dom(fof) = ú
UNIDADE
UNIDADE
Sequências, Limite e
Continuidade
Objetivo
Nesta Unidade, temos os seguintes objetivos:
introduzir Sequências e cálculo de limite de uma
sequência; apresentar a noção intuitiva de limite de
uma função; calcular limite de função usando
propriedades, bem como calcular limites laterais, limites
infinitos; e analisar a continuidade de uma função.
Período 2 45
2
UNIDADE
UNIDADE
Caro estudante!
Nesta Unidade vamos estudar Sequência, Limite e
Continuidade de uma função real. Recomendamos
que você realize todas as atividades sugeridas ao
longo da Unidade a fim de não estudar somente
para as avaliações, que procure realizar outras lei-
turas, principalmente as indicadas no Saiba mais,
que pesquise sobre os temas abordados e que se
mantenha atualizado; afinal, num mundo
globalizado e em constante transformação, é pre-
ciso estar sempre “ligado”, atualizado e informado.
Não esqueça, conte sempre conosco!
Período 2 47
2 Exemplo 2.3 Os números
qüência .
são os números:
sequência:
são os números:
UNIDADE
Definição 2.2 Informalmente podemos dizer que uma
sequência tem limite L (converge para L) se a partir de certo índice
todos os termos da sequência se aproximam cada vez mais de L. Ou
ainda dizemos que uma sequência {an} tem o limite L se, para todo ,
existe um número N > 0 tal que |an – L|< œ inteiro n>N; e escrevemos:
Período 2 49
2 Exemplo 2.13 A sequência ,e
UNIDADE
existe o limite).
ou é crescente pois:
De fato,
n(2n+3)(n+1)(2n+1)
cente porque:
UNIDADE
Vamos verificar se você está acompanhando as ins-
truções propostas até o momento nesta Unidade?
Procure, então, realizar os exercícios a seguir.
1. a) Dada a sequência –1, –3, –5, –7,... determine: o termo geral an
a)
b)
c)
a)
b)
a)
b)
Período 2 51
2 Limites de Funções
UNIDADE
O
conceito de Limite é importante na construção de muitos ou-
tros conceitos no Cálculo Diferencial e Integral, por exemplo,
as noções de Derivada e de Integral.
A Noção de Limite
f(x) = 3x + 2, para x 1
2,75
0,5 0,75 0,9 0,99 0,999 0,9999
4,99997
2
UNIDADE
Agora, vamos considerar que a variável x aproxima-se cada
vez mais de 1, com x>1, e observar o que está acontecendo com f(x):
Figura 17
!
Lê-se: O limite da função f(x) quando x aproxima-se de
1 é 5, ou ainda, o limite de f(x) quando x tende a 1 é 5.
Isso significa dizer que o valor da expressão 3x +2 cada
vez mais aproxima-se de 5 à medida que os valores de
x estão aproximando-se de 1. Quando x 1, f(x) 5.
Período 2 53
2 Consideremos agora a função f definida pela expressão:
, para x 1
UNIDADE
UNIDADE
se, para todo (epslon), >0, existe um (delta), >0, tal que
|f(x) – L|< sempre que 0 <|x – a|<.
P3. , então:
a)
c)
d)
Período 2 55
2 P4. Se
e)
Por exemplo:
a)
Logo:
Por exemplo:
(i) (2x²–7x+4)=22²–72+4=24–72+4=8–14+4=18
(ii) (x5–3x4+2x3+2)=15–314+213+2=1–3+2+2=2
UNIDADE
Resolução: Aplicando o P3(a), (b) e (d), obtemos:
Portanto:
Portanto:
=5
Período 2 57
2 Atividades de aprendizagem
aprendizagem
UNIDADE
5.
6.
7.
8.
9.
UNIDADE
Na subseção anterior analisamos o comportamen-
to de uma função f(x) quando x se aproxima de um
número real a e quando x assume valores (positi-
vos ou negativos) de valor absoluto muito grande.
O nosso objetivo agora é estudar os casos quando
x tende para a pela direita, xa e x>a, ou em que
x tende para a pela esquerda, xa e x<a, e com
isso identificar a existência de limite de uma fun-
ção através dos limites laterais e esboçar o gráfico
de uma função usando limites laterais. Para isso
vejamos as seguintes definições.
Determinar:
a)
b)
Período 2 59
2 Resolução: Pela definição de limite à esquerda, você res-
ponde a letra a). Observe que a função f(x) está definida
por: f(x) = x² + 1 se x < 1
UNIDADE
Logo:
Assim:
Assim:
Figura 18
a)
2
UNIDADE
b)
Logo:
Logo:
Portanto:
Figura 19
Período 2 61
2 Teorema de existência do limite. Sejam I um intervalo
aberto, a um ponto desse intervalo e f:I–{a}ú. Então existe:
UNIDADE
Assim:
temos:
UNIDADE
Figura 20
Atividades de aprendizagem
aprendizagem
Vamos conferir se você compreendeu as definições
apresentadas? Então resolva os exercícios propos-
tos a seguir.
10) Seja
Calcular: , e
11) Seja
Calcular: , e
12) Seja
Calcular: , e
Período 2 63
2 13) Seja f(x) uma função definida para todo número real por:
UNIDADE
14) Seja
Calcular: , e .
Indeterminações
UNIDADE
( ). Utilizando essa propriedade você notou que não
símbolo de indeterminação.
Para melhor entendimento, vejamos os exemplos:
Resolução: Temos:
Mas;
Nesse caso:
Período 2 65
2 Exemplo 2.25 Calcular:
UNIDADE
Portanto:
Limites Infinitos
UNIDADE
ou seja, quando x 3+, f(x) +
Agora vamos considerar x se aproximando de 3 pela esquerda.
Para x<3 obtemos os valores de f(x), dados no quadro abaixo.
Período 2 67
2 Limite de Função Racional
UNIDADE
com a 0 0 e b0 0.
Então:
. (Aqui n=m=3).
Portanto:
UNIDADE
Teste seus conhecimentos, respondendo às ativi-
dades propostas.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
Nos exercícios desta seção e da anterior você teve
a oportunidade de perceber se entendeu a aplica-
ção dos teoremas neles enunciados. Só prossiga
após fazer todos os exercícios propostos em ambas
as seções, porque contribuirá para melhor enten-
dimento dos conteúdos. Para possíveis dúvidas,
consulte o seu tutor.
Período 2 69
2 Continuidade
UNIDADE
i) Não existe
UNIDADE
A função f(x) é descontínua no ponto x=3, pois
e , logo
não existe .
Figura 21
Período 2 71
2 d) O quociente, , é uma função contínua em x=a,
Observação 2.4
UNIDADE
Vamos analisar a continuidade de uma função num
determinado ponto x=a e para isso consideremos
os seguintes exemplos resolvidos.
22. Seja
24. Seja
Período 2 73
2 Resumindo
r
UNIDADE
UNIDADE
1. a) {–(2n –1)}; b)
2. a)
b)
c)
5.
6.
7.
8.
9. 1.
10. não existe.
12.
13. k =–8
14.
15.
16. +
Período 2 75
2 17.
18. +
UNIDADE
19. –
20. –
21. 0
22. Sim, f(x) é contínua em x=2
23. A função dada não é contínua em x=–3
24. A função f(x) não é contínua em x=3
UNIDADE
UNIDADE
Derivadas
Objetivo
Nesta unidade nosso objetivo é fazer cm que você
compreenda a taxa média de variação; conheça a
definição de derivada de uma função e seu
significado geométrico; calculer e aplique algumas
regras de derivadas; determine a derivada de função
composta; aprenda a regra da cadeia ou derivada
de função composta e suas aplicações; apresente a
derivada de função inversa; e calcule derivadas
sucessivas.
Período 2 77
3
UNIDADE
UNIDADE
Prezado estudante!
Como você já sabe, estudaremos alguns conceitos
pertinentes a Derivadas nesta Unidade. Não se as-
suste! Vamos dar um passo de cada vez, de ma-
neira que você possa acompanhar a caminhada.
Para tanto, é muito importante que você se dedi-
que aos estudos e aproveite esse momento que é
fundamental para sua formação pessoal e profissi-
onal. Leia, pesquise, assista às aulas gravadas e
realize as atividades disponíveis no AVEA. Você es-
tará desse modo, formando-se de maneira respon-
sável, autônoma e, certamente, isso fará diferença
na vida profissional.
C
onsideremos uma função f dada por y = f(x). Quando x varia de
um valor inicial de x para um valor final de x, temos o incremen-
to em x. O símbolo matemático para a variação em x, chamada
incremento em x, será x (leia-se delta x). Logo:
Período 2 79
3 Assim: y=10–2=8. Portanto: x=2 e y=8
Portanto:
y = 2 . x0 .x + (x)²
Figura 22
UNIDADE
recebe o nome de taxa média de variação da função f(x) quando x
passa do valor x0 para o valor x x0 + x e expressa a variação média
sofrida pelos valores da função f(x) entre esses dois pontos.
Exemplo 3.1 Seja a função f tal que f(x) = 2x+1, para x ú.
Determine a taxa média de variação de f quando x passa
de: x0 = 1 para x0 + x = 4
Resolução: Como x0 + x = 4, temos 1 + x = 4 x = 4–1 = 3
f(x0) = f(1) = 21+1=3 e f(x0 + x) = f(4) = 24+1=9
Logo:
Exemplo 3.2 Seja a função f tal que f(x) = x²+4, para x ú.
Determine a taxa média de variação de f quando x passa
de: x0 = 2 para x0 + x = 5
Resolução: Como x0 + x = 5 temos: 2+x = 5 x = 5–2 = 3
f(x0) = f(2) = 2² 4 = 4 + 4 = 8
f(x0 + x) = f(5) = 5² 4 = 25 + 4 = 29
Logo:
Período 2 81
3 Assim:
C(x0 + x) = 2(x0 + x)² – 0,5(x0 + x) + 10
UNIDADE
UNIDADE
Teste seus conhecimentos respondendo às ativida-
des propostas. Sempre que sentir dificuldades retorne
aos conceitos e aos exemplos apresentados e tam-
bém busque o auxílio de seu tutor. Bons estudos!
c) ; 3e6
d) f(x) = x²; –4 e –1
e) f(x) = –x+1; –2 e 6
Período 2 83
3 Definição de Derivada
UNIDADE
se esse limite existir. Dizemos, nesse caso, que a função f(x) é derivável
em x.
se esse limite existir. Dizemos, nesse caso, que a função f(x) é derivável
em x0, ou seja, existe f’(x0).
UNIDADE
Portanto, a derivada de f(x) = 4x² + 8, em relação a x, é 8x,
ou seja: f’(x) = 8x
Portanto:
f’(2) = 20
Período 2 85
3 Logo:
UNIDADE
Portanto:
encontre: f’(–1)
Portanto:
Ou seja:
f’(–1) = – 5
UNIDADE
Substituindo os valores, obtemos:
Observação 3.1
a) – derivada à direita de x0
b) – derivada à esquerda de x0
Período 2 87
3 Exemplo 3.9 Calcular f’(x) no ponto x0 = 0 da função f(x) = |x|,
ou seja: f’(0)
Resolução: Por definição, temos:
UNIDADE
vem
UNIDADE
Figura 23
!
Assim, podemos dizer que a derivada de uma função
f(x), quando existe, assume em cada ponto x0 um valor
que é igual ao coeficiente angular da reta tangente ao
gráfico de f(x), no ponto de abscissa x0.
y – y0 = a(x–x0)
Onde a é o coeficiente angular da reta. Se f(x) é uma função derivável
em x = x0, segue da interpretação geométrica da derivada que a reta
tangente ao gráfico de f(x) no ponto (x0,f(x0)) tem coeficiente angular
a=f’(x0). Portanto, a equação da reta tangente é:
y – f(x0) = f’(x0)(x–x0)
Período 2 89
3 Exemplo 3.10 Determine a equação da reta tangente ao grá-
fico da função f(x) = x² no ponto (2,4).
Resolução: Para determinar o coeficiente angular da reta
UNIDADE
Assim:
f’(2) = 4
A equação da reta tangente é:
y – f(x0) = f’(x0)(x–x0)
Ou seja:
y – f(2) = f’(2)(x–2)
Logo:
y – 4 = 4(x–2) y – 4 = 4x–8 y = 4x–8 +4 = 4x– 4
Portanto, a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = x²
no ponto (2,4) é: y = 4x– 4
UNIDADE
O cálculo da derivada de uma função pela definição 3.2, de-
pendendo da função, pode ser bastante complicado. Contudo, com
base na definição 3.2, é possível obter várias regras que facilitam muito
o trabalho. São as chamadas regras de derivação para soma, produto
e quociente de funções. Elas são importantes no cálculo de derivadas
de qualquer função.
A seguir apresentaremos alguns exemplos de cálculo de deriva-
da usando a definição 3.2. Posteriormente, esses exemplos serão utili-
zados como regras de derivação.
Por exemplo:
Período 2 91
3 Derivada da função potência
Se f(x)=xn, onde n ù, então f’(x)=nxn–1
UNIDADE
Por exemplo:
tão: , aqui
f’(x)=g’(x)+h’(x)
f’(x)=g’(x)+h’(x)
f(x)=f1(x)+f2(x)+...+fn(x)
então
f’(x)=f’1(x)+f’2(x)+...+f’n(x)
f’(x)=u(x).v’(x)+u’(x).v(x)
f’(x)=u(x).v’(x)+v(x).u’(x)
3
UNIDADE
Para simplificar a notação, às vezes escrevemos simplesmente:
f’=u.v’+v.u’
f(x)=f1(x)f2(x)... fn(x)
então:
Por exemplo:
Período 2 93
3 Por exemplo:
UNIDADE
!
(i) f(x) = k f’(x) = 0, onde k é uma constante
(ii) f(x) = ax+b f’(x) = a, onde a e b são constantes
(iii) f(x) = xn f’(x) = nxn–1, onde n Q, racionais
(iv) f(x) = g(x) + h(x) f’(x) = g’(x) + h’(x)
(v) f(x) = u(x). v(x) f’(x) = u(x). v’(x)+v(x). u’(x)
(vi) f(x) = (u(x))n f’(x) = n(u(x))n–1 u’(x)
(vii) v(x)0
f’(x)=(ax)’ = ax lna
Em particular, quando a=e, então:
f(x)=ex f’(x) = ex
UNIDADE
Em particular:
Período 2 95
3 Agora, usando a regra (v), vem
f’(x)=u(x).v’(x)+u’(x).v(x)
UNIDADE
UNIDADE
Chegou a hora de testar os seus conhecimentos.
Procure, então, resolver as atividades propostas.
5.
6.
7.
8.
, então:
ou, ainda:
Logo:
y = f(g(x)) y’ = f’(g(x)).g’(x)
Período 2 97
3 Exemplo 3.14 Determinar a derivada da função: y=e4x
Logo:
UNIDADE
Resolução: Sabemos que:
onde:
Assim:
Logo:
Portanto:
Resolução: Aqui,
ou u’= –x²
Assim: y=eu
Logo:
Período 2 99
3 Exemplo 3.18 Calcular a derivada de:
UNIDADE
Logo:
UNIDADE
Resolução: Temos: a=3, u=lnx e
Logo:
Logo:
Período 2 101
3 Aplicando a regra de derivação acima, temos:
UNIDADE
Portanto:
y=ln(x.ex+2)
Se y=logau, então:
é a função:
UNIDADE
Resolução: Aqui: a=10 e Para encontrarmos u’ va-
ou seja:
é a função
Período 2 103
3 Atividades de aprendizagem
aprendizagem
UNIDADE
12.
13.
15.
UNIDADE
y = f(x) = 5x–7, que é x = g(y). Aplicando a regra prática
estudada na Unidade 1, exemplo 1.26 (p. 39), para encon-
trarmos a função inversa de uma dada função, temos:
ou, ainda:
Logo:
y = f(x) = 5x–7,
é dada por:
Período 2 105
3 Portanto, a derivada da inversa da função f(x) = x³ para x>0,
, é:
UNIDADE
ou
ou, ainda:
ou seja:
UNIDADE
Portanto, a derivada da função inversa de: y = f(x) = x³ –2
, no ponto y=6 é:
Atividades de aprendizagem
aprendizagem
Derivadas Sucessivas
Período 2 107
3 derivada de ordem n, de f(x) indicada como f(n)(x). As funções f’(x),
f’’(x),..., f(n)(x), são as derivadas sucessivas de f(x).
UNIDADE
UNIDADE
Resolução: Aplicando as regras de derivação, temos:
f(x) = e–2x
f’(x) = –2.e–2x
f’’(x) = 4.e–2x
f’’’(x) = –8.e–2x
f’’’’(x) = 16.e–2x
Portanto, a derivada de ordem 4 ou a quarta derivada da fun-
ção f(x) = e–2x é: f’’’’(x) = 16.e–2x e, consequentemente
fn(x) = (–1) n . 2n . e–2n, œn ù
Atividades de aprendizagem
aprendizagem
Período 2 109
3 Tabela: Derivadas e Identidades Trigonométricas
UNIDADE
Derivadas:
1. y = un y’=nun–1 u’
2. y = u v y’=u’v + v’u
3.
6. y = log au
7. y = lnu
SILVA, Sebastião Medeiros da; SILVA, Elio Medeiros da; SILVA, Ermes
Medeiros da. Matemática: para os cursos de economia, administração e
ciências contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1988.
UNIDADE
Nesta Unidade, estudamos a taxa média de variação; a
definição de derivada de uma função e realizamos cálculos de
derivadas de diversos tipos de função, tais como: derivada da
função produto e função quociente, derivada da função com-
posta (ou regra da cadeia) e aplicações da regras de derivação
de função composta e derivadas sucessivas. Ratificamos a ne-
cessidade da compreensão para que você possa acompanhar o
curso. Só prossiga depois de fazer todos os exercícios propos-
tos. Consulte o tutor sempre que achar necessário.
c) d) e) –1
2.
3.
4. f’(x) = 0
5. f’(x) = x² – x + 4
6.
7.
Período 2 111
3 8.
UNIDADE
9.
10.
12.
13.
14.
15.
16. 5
17.
18.
19.
20.
23.
UNIDADE
UNIDADE
Aplicações da Derivada
Objetivo
Nesta Unidade, compreenderemos o teorema do valor
médio; descreveremos a Fórmula de Taylor;
empregaremos a diferencial e expressaremos algumas
funções marginais; determinaremos os pontos de
máximos e mínimos aplicando a derivada segunda e
aplicaremos derivadas na construção do gráfico de
uma função.
Período 2 113
4
UNIDADE
UNIDADE
Na Unidade anterior você aprendeu o que é a deri-
vada de uma função, sua interpretação geométrica
e várias regras que auxiliam no cálculo dela. Ago-
ra, nesta Unidade, aprenderemos a aplicá-la para
escrever a fórmula de Taylor e determinar informa-
ções importantes sobre a função. Aplicaremos, tam-
bém, derivadas no esboço do gráfico de uma fun-
ção para determinar os valores máximos e míni-
mos, os pontos de inflexão e a concavidade de
uma função usando a derivada segunda. Para isso,
vamos iniciar esta Unidade com o Teorema do Va-
lor Médio. Bons estudos!
Definição do TVM
Período 2 115
4
UNIDADE
Figura 24
UNIDADE
de forma que:
Período 2 117
4 Exemplo 4.3 Seja f(x)=lnx, determine a fórmula ou o
polinômio de Taylor no ponto a=1, de ordem:
(i) 3;
UNIDADE
Assim
ou seja:
UNIDADE
Finalmente, respondendo (iii), para calcular temos que:
ln(1,1), fazendo x=1,1 em (i), vem:
f(x)=ex vale
Período 2 119
4 Exemplo 4.5. Seja a função f(x) = x. Obter uma aproxima-
ção de Taylor de terceira ordem no ponto: a=9
Resolução. Vamos determinar:
UNIDADE
Assim:
Logo:
ou seja:
UNIDADE
Por exemplo, um valor aproximado de 5 seria:
Período 2 121
4 Atividades de aprendizagem
aprendizagem
UNIDADE
que:
UNIDADE
S
uponha que a função f seja definida por y = f(x) e f seja derivável
em x0. A variação sofrida por f, quando se passa do ponto x0 ao
ponto x0 + x, é:
df = f’(x0)x
Período 2 123
4 Para calcularmos a diferencial de f no ponto x0 = 1 e
x = 0,01 temos:
f’(x) = 6x e f’(1) = 6
UNIDADE
Assim:
df = f’(x0)x = f’(1) = 6
Não é difícil de observar que df f.
Portanto:
f = 0,0603 e df =
UNIDADE
Agora, vamos calcular dy. Sabemos que: dy = f’(x)x
A derivada de y = f(x) = 4x² – 3x +1 em relação a x é:
f’(x) = 8x – 3
Assim:
dy = f’(x)x = (8x – 3)x
Portanto:
dy = (8x – 3)x
Os resultados para as partes (ii), (iii) e (iv) são apresenta-
dos no quadro abaixo, onde:
y = (8x – 3)x + 4(x)² e dy = (8x – 3)x
x x y dy
2 0,1 1,34 1,3
2 0,01 0,1304 0,13
2 0,001 0,013004 0,013
Período 2 125
4 Definição 4.3 Se C(x) é o custo total de produção de x unida-
des de um produto, então o custo marginal, quando x=x0, é dado
por C’(x0), caso exista. A função C’(x) é chamada função custo mar-
UNIDADE
ginal.
Assim, usando o conceito de diferencial, vem:
UNIDADE
Determinar o custo marginal para: x = 20
Resolução. Inicialmente, vamos calcular a derivada da função:
C(x) = 0,02x³–0,4x²+400x+200
ou seja:
C’(x) = 0,06x² – 0,8x+400
e
C’(20) = 0,06(20)² – 0,820+400 = 408
Como C’(20) C = C(21) – C(20), vem:
C’(20) 0,02(21)³–0,4(21)²+40021+200)
–0,02(20)³–0,4(20)²+40020+200)
8.608,82 – 8.200 = 408,82
Logo: C(20) é o custo aproximado da produção do vigési-
mo primeiro item.
Portanto, o custo marginal quando x = 20 é: C’(20) = 408
Período 2 127
4 Exemplo 4.11 Suponha que R(x) seja a receita total recebi-
da na venda de x cadeiras da loja BBC, e
R(x) = – 4x²+2000x. Calcular a receita marginal para x = 40.
UNIDADE
UNIDADE
quantidade x de um fator de produção variável. Chamamos função
produtividade marginal do fator a derivada da função P em rela-
ção a x.
ou seja:
Período 2 129
4 Exemplo 4.14 Considere a função
, onde P é a produção mensal (em tone-
ladas), e H, o número de homens-hora empregados. Calcular:
produção
UNIDADE
ou seja:
Portanto: P’(100) = 19
UNIDADE
Vamos conferir se você entendeu? Resolva as ativi-
dades propostas e, caso tenha dúvidas, faça uma
releitura cuidadosa dos conceitos, preste atenção
nos exemplos apresentados e prossiga nos estudos
somente depois de sanadas as dúvidas. Não esque-
ça: você pode contar com o auxílio do seu tutor.
5. Calcular dy da função y = f(x) = e–x² no ponto x0 = 0 para x = 0,01.
Calcular:
a) a função custo marginal;
b) o custo marginal para x = 1.000;
c) o número de unidades produzidas quando o custo margi-
nal é R$ 600,00.
9. Dada a função custo C(x) = 0,3x³ – 2,5x² + 20x + 200, obtenha o
custo marginal para x = 50 e x = 100.
10. Dada a função custo C(x) = 0,3x³ – 2,5x² + 20x + 200, obtenha o
custo médio para x = 10. Sugestão: o custo médio, CM, é dado por:
Período 2 131
4 12. A receita total recebida da venda de x televisores em cores é dada
por:
UNIDADE
Determinar:
a) a função receita marginal;
b) a receita marginal quando x = 20.
13. Dada a função receita total R(x) = – 20x² + 1.500x, determinar a
receita média para x = 10. Sugestão: a receita medida, RM, é dada
por
UNIDADE
Caro estudante!
Esta seção tem como objetivo estudar aplicações
da derivada para determinar os valores máximos e
mínimos de uma função. Para isto necessitamos
da seguinte definição.
Período 2 133
4 Exemplo 4.16 Determinar o ponto crítico da função
, x ú
UNIDADE
ou,
mos as raízes: x = –1 e
f(x)= x³ + x² – x + 1 em
UNIDADE
(b) Se f’(x)> 0 em (a,b), então f(x) é crescente em [a,b];
(c) Se f’(x)< 0 em (a,b), então f(x) é decrescente em [a,b].
x f(x) Conclusão
x<0 – f(x) decrescente em (– ,0]
x>0 + f(x) crescente em [0, +)
Figura 25
Período 2 135
4 Exemplo 4.19 Determinar os intervalos onde f é crescente e
decrescente onde: f(x)= x³
Resolução. De f(x)= x³ temos: f’(x)= 3x² Agora, 3x² 0, en-
UNIDADE
x f(x) Conclusão
1 0 ponto crítico de f
x<1 + f é crescente
1<x<3 – f é decrescente
x=3 0 ponto crítico de f
x>3 + f é crescente
UNIDADE
em x0.
da derivada.
ou f(0) = 0
ou
Período 2 137
4 Assim, x= –2 é um ponto de mínimo relativo da função f e
seu valor no ponto é:
UNIDADE
ou seja:
Figura 26
UNIDADE
ponto de mínimo relativo da função f.
Portanto, x= 0 é um ponto de máximo relativo da função f
e x= 3 é um ponto de mínimo relativo da função f.
Veja a figura a seguir:
Figura 27
Exemplo prático
Período 2 139
4 Assim:
UNIDADE
ou ainda:
UNIDADE
Entendeu? Para certificar-se, procure, resolver as
atividades propostas.
15. Seja: f(x) = x³ + x² – 5x – 5
a) Determine os pontos críticos de f.
b) Determine os intervalos onde f é crescente e decrescente.
a) os pontos críticos,
b) os intervalos onde f é crescente e decrescente,
c) os valores máximos e mínimos de f.
Período 2 141
4 Saiba mais...
UNIDADE
SILVA, Sebastião Medeiros da; SILVA, Elio Medeiros da; SILVA, Ermes
Medeiros da. Matemática: para os cursos de economia, administração e
ciências contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1988.
UNIDADE
Nesta Unidade você estudou a importância do Teorema
do Valor Médio e verificou que a fórmula de Taylor é uma exten-
são desse teorema. Compreendeu uma das mais importantes
aplicações da derivada na construção ou esboço do gráfico de
uma função na determinação de seus valores máximos e míni-
mos e sua concavidade usando a derivada segunda e aplicou
derivada em algumas funções marginais.
Período 2 143
4 Res posttas `as atividades de
pos
espos
aprendizagem
aprendizagem
UNIDADE
1. c = –1+ 2
2. c = 0
3. f(x) = 1 – (x–1)+(x–1)² – (x–1)³+...+(–1)n+(–1)n+1(x–1) n+1
4.
5. dy = 0
6. df = 0,1
7. y = –0,0699 e dy = –0,0700
8. a) b) 750 c) 4.000
9. 2.020 e 8.520
10. CM = 45
11. R’(250) = 0
12. a) b) 670
13. 1.300.
14. a) b) 15,33
15. a) 1 e
b) f é crescente no intervalo
f é decrescente no intervalo
UNIDADE
17. 10 aparelhos de TV Plasma por dia.
18. 33 bicicletas.
19. a) R(x) = 30x – 5xln x b) x = e5
Caro estudante!
Período 2 145
4
UNIDADE
UNIDADE
AYRES, Frank. Cálculo diferencial e integral. 3. ed. São Paulo:
Makron Books, 1994.
Período 2 147
MINICURRÍCULO
Fernando Guer
ernando Guerrra
Licenciado em Matemática pela
Universidade Presidente Antônio
Carlos de Barbacena (1974/Minas
Gerais), possui graduação em Admi-
nistração pela Universidade Federal de
Santa Catarina (1989) e é Mestre em Teoria (Ciência) da Infor-
mação (UFSC, 1980). Atualmente é professor adjunto da Uni-
versidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Matemá-
tica, desde 1978 e participa da EaD-UFSC desde 2006. Tem
experiência na área de Finanças, com ênfase em Matemática
Financeira, Análise de Investimentos e Avaliação de Empresas.
Possui publicações dos livros: Matemática Financeira Através
da HP-12C; e Integrando Matemática Financeira com Excel, em
coautoria com Adilson Almeida.
Inder Jee
Jeett TTane
aneja
aneja
É doutor (Ph.D.) pela Universidade de
Délhi (1975/Índia) e Pós-doutor nas áreas
de Teoria (Ciências) da Informação (1983-
1984/Itália) e Estatística (1989-1990/
Espanha). É pesquisador, nas área de con-
centração em Teoria (Ciência) da Informa-
ção, na qual tem cerca de 80 artigos, 5 capítulos e 1 livro publi-
cados – seus trabalhos têm mais de 400 citações. Atualmente é
professor Titular do Departamento de Matemática de Universi-
dade Federal de Santa Catarina, onde leciona diversas discipli-
nas de Matemática desde 1978.