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Quando entrar setembro

E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha trazer sol de primavera
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim é fácil inventar
Uma nova canção
Que venha trazer sol de primavera
Abre as janelas
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
Compositores: Alberto De Castro Guedes / Ronaldo Bastos Ribeiro

1. Releia esses versos da música:

”Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Qual é a boa nova que acontece todo ano em setembro ?
No dia 23 de setembro acaba o inverno e começa a primavera no hemisfério sul.
Aprendemos desde pequenos que o ano possui 4 estações que resultam da forma que a luz
solar chega ao planeta, a depender da posição que a Terra está ao longo do ano, em um
movimento chamado de Translação.
Apesar de ser um planeta só, as estações sempre são invertidas nos dois hemisférios.
Quando é verão aqui no hemisfério sul, na mesma data é inverno no hemisfério norte e vice
versa. Quando é primavera lá é outono aqui e quando é primavera aqui é outono lá.
Mas dentro do próprio hemisfério as estações não são percebidas da mesma forma. O fato é
que quanto mais perto você está do Equador menor será a sua percepção das 4 estações.
Para quem vive na região norte e nordeste o ano acaba apresentando duas estações, uma
quente e chuvosa e a outra quente e seca, ou seja, é quente o ano inteiro, a unica diferença é
que umaq época é chuvosa e a outra é seca.
No sul as estações são mais marcadas e perceptíveis: primavera, verão, outono e inverno.
O fato é que exite uma estação quente e uma fria. As duas outras são o resultado da
transição entre elas. Depois do verão esfria até o inverno e depois do inverno gradativamente
esquenta até o verão. O verão é quente, começa a esfriar e as folhas das árvores caem, com
o inverno vem o frio e depois disso vem a primavera onde as flores desabrocham. Apesar de
termos aprendido dessa forma não é assim que percebemos no nosso cotdiano. Então
aprendemos errado. Bom...sim e não.

O inverno amazônico
O chamado "Inverno Amazônico" é a denominação regional do que ocorre com o período de
chuva, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, já que é verão nesta época do
ano na maior parte do hemisfério sul. Ou seja, é um nome popular utilizado por quem vive
nestas regiões para justificar um período com mais nebulosidade, chuva onde faz menos
calor, nestas localidades. 
O que ocorre é que nos meses de Verão no Brasil, ou seja entre a segunda quinzena de
dezembro até meados de abril e maio, as regiões Norte e Nordeste do país, recebem uma
maior quantidade de precipitação, nesta época. Nestas regiões, o aumento da nebulosidade e
da chuva está associado ao tempo abafado, úmido presente na atmosfera e também pela
atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e por sistemas meteorológicos de
escalas menores, linhas de instabilidade e sistemas de brisas. O excesso de nuvens
escondendo o sol e a chuva não deixam a temperatura subir muito. 
Zeus (Júpiter) era o todo poderoso do Olimpo e se apaixona por Deméter (Ceres), a deusa da
agricultura que ensinou os homens a cuidar da terra e das plantações. É que dá à
humanidade o do trigo, planta símbolo da civilização
Dessa união nasce Perséfone (Prosérpina), uma mulher linda por quem todos se
apaixonavam, mas sua mãe Deméter impedia qualquer relacionamento.
Eis que o senhor do mundo dos mortos, do mundo inferior, Hades (Plutão) vê Perséfone
afastada colhendo alguns ramos de trigo, se apaixona e rapta a moça levando-a consigo para
o mundo subterrâneo.
Deméter entra em desespero ao não encontrar a filha e como castigo arrasa com as
plantações, entregando o mundo ao caos e à fome. Ao descobrir que Perséfone foi raptada
por Hades, Deméter fica furiosa e pede que Zeus interfira. Fica combinado que Perséfone vai
passar 6 meses com a mãe e 6 meses com o marido.
É dessa forma que os gregos e romanos explicam as estações do ano.
Quando Perséfone sai do mundo subterrâneo e vem para a superfície é a primavera e verão,
época de vida, florescimento, colheita, alegria. É a semente que eclode e rompe a terra,
explodindo de vida, gerando fartura e felicidade. São os animais que despertam do sono
profundo da hibernação, as flores que explodem em cores e formas, gerando os frutos e
sementes.
Passado esse período ela tem que voltar para o mundo subterrâneo junto ao seu marido. É a
época do recolhimento, do frio do outono e inverno, quando os homens jogam os grãos na
terra para que passado o inverno eles germinem e cresçam.

Em lugares onde o inverno é rigoroso a vida de uma maneira geral tem que criar alternativas
para continuar. É por isso que alguns animais hibernam e plantas perdem as folhas.
No inverno, os animais mergulham num estado de sonolência e inatividade, em que as
funções vitais do organismo são reduzidas ao absolutamente necessário à sobrevivência. A
respiração quase cessa, o número de batimentos cardíacos diminui, o metabolismo, ou seja,
todo o conjunto de processos bioquímicos que ocorrem no organismo, restringe-se ao
mínimo, a temperatura corpórea é apenas 1 ou 2 °C superior à ambiental; o número de
batimentos cardíacos varia de 3 a 15 por minuto (comparado aos 90-130 batimentos normais);
os movimentos respiratórios são de 2 a 5 por minuto, menos de um décimo do número normal
(20 a 50 respirações por minuto); o consumo de oxigênio reduz-se à vigésima parte do normal
(5% do que era) e o metabolismo, à trigésima (3,3% do que era).
Nas regiões onde os invernos são mais rigorosos as plantas também se preparam. No
outono, com os dias ficando mais curtos elas deixam de produzir a clorofila (que é o que dá a
cor verde às plantas) e que também é responsável pela fotossíntese, processo através do
qual as plantas produzem o seu próprio alimento. Antes da folha cair a árvore reabsorve toda
a água e os nutrientes. Manter as folhas representa um risco para a árvore, pois durante o
inverno, o gelo pode se acumular sobre a sua superfície, e o frio congelar a água e a seiva
que correm pelas folhas. Após esse processo as folhas amareladas e secas caem no solo
onde servirão de alimento para outros seres vivos. Com a chegada do inverno a árvore está
pronta pra enfrentar a falta de água e alimento.

Essas duas situações são como que pequenas mortes, períodos de coma, que esses seres
vivos passam para poderem suportar o inverno. Com a chegada da primavera as
temperaturas começam a subir gradativamente, os dias ficam mais longos e os animais que
estavam hibernando despertam para continuar suas vidas. É nesse período que eles
precisam encontrar um parceiro ou uma parceira, se reproduzir e ter seus filhotes antes que o
próximo inverno chegue. Isso é possível devido a grande produção vegetal que gera alimento
em abundancia para que os animais se alimentem .
Nas plantas pequenos brotos começam a aparecer e a árvore se põe verde novamente, as
folhas que cairam no outono agora nutrem as raízes em um eterno ciclo. Elas também precisa
aproveitar a primavera e o verão para se reproduzir e gerar novos descendentes.

São dessas representaçoes que nos chegam as imagens de um outono de preparação e um

inverno de silêncio e recolhimento. Também as representações de primavera como a estação
do amor, das flores e o verão como a plenitude da vida e da fartura.
Outra imagen que se apresenta é a representação do trigo. Na natureza o grão de trigo
precisa ser enterrado no outono para que o frio do inverno possibilite sua germinação na
primavera. Sem isso o grão não germina. Os dois ciclos são interligados e inseparáveis. E
porque o trigo e não outra planta ou flor?
Existe uma grande quantidade de cientistas qeu afirmam que domesticar o trigo nos tornou
humanos, pois exigiu que permanecessemos no mesmo lugar. E se nos transofrmamos nesse
processo o trigo também se modificou. É a partir do trigo que fazemos o pão, principal
alimento da humanidade por milhares de anos. E também alimento para a alma, pois os pães
primeiramente produzios pelos egipcios eram moldados na forma de humanos e animais e
oferecidos aos deuses. Ainda assim é na eucaristia onde o pão se torna o corpo de cristo.