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NOME: ALESSANDRO DA COSTA

MATRÍCULA: 0219075

ANÁLISE JURISPRUDENCIAL: APELAÇÃO CÍVEL (TJRS) Nº


70041025651 / AgRg NO AGRAVO DE INSTRUMENTO (STJ) Nº 1.070.922-SC

Analisando-se as jurisprudências indicadas, percebe-se que está presente


o PRINCÍPIO DA LITERALIDADE, visto que em ambos os casos o cerne das
discussões está justamente nas obrigações que não estão expressamente descritas
nos títulos de crédito, em razão da objetividade que este princípio proporciona aos
títulos de crédito.

Também há a incidência do PRINCÍPIO DA AUTONOMIA, uma vez que os


títulos de crédito são completamente autônomos em relação às obrigações contraídas
fora das relações creditícias, ou seja, o tratamento dado aos títulos de crédito é
exclusivamente para a esfera creditícia e não para as obrigações oriundas do negócio
jurídico. Nas referidas jurisprudências, os Recorrentes postulavam a discussão das
obrigações de forma não-autônoma, o que é possível, desde que amparada por um
amplo lastro probatório.

Nesse sentido, também está presente o PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO,


haja vista que o título de crédito não mantém vinculação direta com a causa da dívida
– fato que os Recorrentes pretendiam discutir judicialmente, conforme referido acima.

Por sua vez, o PRINCÍPIO DO FORMALISMO também se mostra presente


nos casos em questão, pois tem-se uma nota promissória e um cheque – títulos de
crédito que possuem suas respectivas formas devidamente expressas na legislação.

Ainda, veja-se que o PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES


PESSOAIS também está presente, pois o devedor não pode utilizar de suas exceções
de natureza pessoal e subjetiva, oriundas da relação negocial, para justificar eventual
inadimplemento do título de crédito.

Por fim, percebe-se a incidência do PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE, na


medida em que os títulos de crédito estavam em posse dos respectivos credores,
sendo estes os possuidores do exercício dos direitos decorrentes das cartulas.
No que tange à causa debendi, esta poderá ser discutida judicialmente
sempre que comprovada a origem da dívida, ultrapassando meras alegações, sendo
demonstradas, portanto, as causas pelas quais o título de crédito merece ser discutido
judicialmente, amparada na interpretação da legislação e nos princípios norteadores
do título de crédito em questão.

Dessa forma, em breve análise das decisões judiciais, há que se falar que
ambos os devedores tiveram seus pleitos recursais não providos pelos respectivos
órgãos julgadores, motivo pelo qual os efeitos jurídicos nos casos em questão serão
no sentido de que os títulos de crédito continuarão a ter validade jurídica no que tange
à obrigação creditícia, oportunizando aos credores o livre exercícios dos diretos
decorrentes destes, eis que as discussões em âmbito judicial não prosperaram. Por
derradeiro, importante ressaltar que os credores, uma vez que possuem as cartulas,
poderão ingressar junto ao Poder Judiciário para executar os títulos de crédito em
caso de inadimplência dos devedores.

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