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FINITO CST-DKT
Rio de Janeiro
Setembro de 2017
ANÁLISE ESTRUTURAL DE CASCAS COM O ELEMENTO FINITO CST-
DKT
Examinado por:
___________________________________________
Prof. Gilberto Bruno Ellwanger, D.Sc.
___________________________________________
Prof. José Luis Drummond Alves, D.Sc.
___________________________________________
Prof. Maria Cascão Ferreira de Almeida, D.Sc.
___________________________________________
Prof. Claudio Marcio Silva Dantas, D.Sc.
iii
Agradecimentos
Aos meus pais, pela paciência e carinho.
À Stella, por não esquecer.
Aos meus amigos, passados, presentes e futuros, pelo apoio e diversão.
A todos os professores da minha vida, formais e informais, por todo o aprendizado,
proposital ou não.
Aos meus orientadores, por me ajudarem a finalmente começar outro capítulo da
minha vida.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
RESUMO
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Civil Engineer.
ABSTRACT
vi
SUMÁRIO
1 Introdução .......................................................................................................... 1
1.1 Motivação ................................................................................................... 1
1.2 Objetivo ...................................................................................................... 1
1.3 Revisão da Literatura .................................................................................. 2
1.4 Exemplos de estruturas representáveis por cascas ..................................... 2
1.5 Organização do Trabalho............................................................................ 3
2 Formulação Matemática..................................................................................... 4
2.1 Formulação do Elemento de Placa ............................................................. 4
2.2 Equação do Elemento de Placa................................................................... 7
2.2.1 Forma Variacional ................................................................................ 7
2.2.2 Sistema de Coordenadas Isoparamétricas............................................. 8
2.2.3 Funções de Forma............................................................................... 10
2.2.4 Integração Numérica........................................................................... 10
2.3 Formulação Teórica de EPT ..................................................................... 11
2.4 equação do elemento de membrana .......................................................... 12
2.4.1 Forma Variacional. ............................................................................. 12
2.4.2 Sistema de Coordenadas Isoparamétricas........................................... 13
2.4.3 Funções de Forma. .............................................................................. 14
2.5 Montagem do Elemento de Casca ............................................................ 15
2.6 Sistema Local/Global de Rigidez ............................................................. 16
2.6.1 Aplicação ............................................................................................ 16
2.6.2 Formulação ......................................................................................... 17
2.7 Avaliação das tensões no elemento de casca ............................................ 18
2.7.1 deformações de membrana ................................................................. 19
2.7.2 Deformações de placa ......................................................................... 19
2.7.3 Estado de Tensões .............................................................................. 20
3 Implementação ................................................................................................. 21
3.1 Organização dos Dados ............................................................................ 21
3.1.1 Pontos Nodais e Elementos ................................................................ 21
3.1.2 Propriedades dos Elementos ............................................................... 22
3.1.3 Numeração das Equações e Carregamentos ....................................... 22
3.1.4 Armazenamento ‘Skyline’ da Matriz de Rigidez ............................... 24
3.1.5 Deslocamentos, Rotações e Tensões .................................................. 26
vii
3.1.6 Glossário de Armazenamento de Dados............................................. 27
3.2 Entrada de Dados ...................................................................................... 27
3.2.1 Arquivo GEO...................................................................................... 28
3.2.2 Arquivo CNTR ................................................................................... 28
3.2.3 Arquivo RHSV ................................................................................... 29
3.3 Saída de Dados ......................................................................................... 30
3.3.1 Arquivo CASE.................................................................................... 30
3.4 Matriz de Rigidez ..................................................................................... 30
3.5 Solução do Sistema de Equações.............................................................. 31
3.5.1 Eliminação Gaussiana ........................................................................ 31
3.5.2 Método LDLT ..................................................................................... 32
3.5.3 Solução da Coluna Ativa .................................................................... 33
4 Testes de Verificação ....................................................................................... 37
4.1 Comportamento de Membrana ................................................................. 37
4.1.1 Concentração de Tensão ..................................................................... 37
4.1.2 Caso Teste .......................................................................................... 38
4.1.3 Resultados........................................................................................... 41
4.2 Comportamento de Placa .......................................................................... 47
4.2.1 Caso Teste .......................................................................................... 47
4.2.2 Resultados........................................................................................... 50
4.3 Comportamento de Casca ......................................................................... 54
4.3.1 Caso Teste .......................................................................................... 54
4.3.2 Resultados........................................................................................... 55
5 Conclusão ......................................................................................................... 58
5.1 Resultados................................................................................................. 58
5.2 Trabalhos Futuros ..................................................................................... 58
5.2.1 Estudo de Desvios .............................................................................. 58
5.2.2 Implementação Própria para Matrizes Esparsas ................................. 58
5.2.3 Implementação de Elementos de Maior Ordem ................................. 58
6 Referências bibliográficas................................................................................ 59
viii
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
1.2 OBJETIVO
1
1.3 REVISÃO DA LITERATURA
Placas e cascas são casos particulares de sólidos tridimensionais, porém com uma
das dimensões significativamente menor do que as outras duas, de modo que não
apresentam nenhuma dificuldade teórica sob o ponto de vista da elasticidade
(ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2000).
Para sua formulação, inclusive, os elementos de placas e cascas apresentam diversas
simplificações teóricas baseadas nessa característica. Tais elementos podem ser
formulados a partir de duas teorias: a teoria de Kirchhoff, conhecida como teoria clássica
de placas, e a teoria de Reissner-Mindlin. A abordagem escolhida para o trabalho foi a
teoria de Kirchhoff, cuja hipótese principal é que as seções transversais permanecem retas
e normais à superfície média do elemento. Resultados experimentais confirmam que as
hipóteses de Kirchhoff representam de modo aceitável estruturas laminares delgadas (DA
SILVA, 2005).
Embora seja possível encontrar soluções analíticas para a flexão de placas de
Kirchhoff, sua obtenção é trabalhosa e só é possível para casos muito particulares de
carregamento e geometria. Para a obtenção de soluções generalizadas de modo prático, é
necessário uso de ferramentas numéricas, como, por exemplo, o MEF, cujo estudo
profundo na comunidade acadêmica lhe rendeu bom grau de confiabilidade (CARRIJO,
1995).
Para a formulação do elemento de casca, utilizou-se a abordagem de Carrijo (1995),
que soma o elemento “Discrete Kirchhoff Theory” (DKT), responsável pela parcela de
flexão do elemento, com o elemento “Constant Strain Triangle” (CST), responsável pelos
efeitos de membrana do elemento. O enfoque principal do trabalho foi o estudo do MEF
e a implementação do elemento de casca.
O algoritmo em si foi baseado no STAP (BATHE, 1996), com algumas modificações
para flexibilizar o código para futuras amplificações de escopo.
2
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
3
2 FORMULAÇÃO MATEMÁTICA
(1)
(2)
(3)
sendo
(4)
(5)
4
Com isso temos as deformações correspondentes aos deslocamentos apresentados:
(6)
0 (7)
(8)
(9)
12
(10)
(11)
Equações de Equilíbrio:
0 (12)
0 (13)
0 (14)
A partir da Equação 11, temos a equação que representa o esforço cisalhante. Como
uma das hipóteses de placas finas é que a deformação cisalhante é negligenciada, temos:
0 (15)
0 ≡ (16)
5
≡ (17)
Momentos:
≡ (18)
sendo:
M τ z dz (19)
1 0
1 0 (20)
0 0
Forças Cortantes:
≡ (21)
0
≡ 0 (22)
0
≡ 0 (23)
0 (24)
6
w (25)
0 (26)
0 (27)
0 (28)
2 0 (29)
A solução para a Equação 29 pode ser obtida tanto através do método dos resíduos
ponderados quanto pela aplicação do método da mínima energia potencial
(ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2000).
dΩ dΩ ∑ (30)
, (31)
(32)
Onde:
7
dΩ (33)
∂
0
∂x
∂
0 (34)
∂y
∂
∂x ∂y
dΩ (35)
(36)
(37)
8
1 (38)
∆
(39)
Sendo
(40)
(41)
(42)
1
∆ á â (43)
2
Para 1,2,3 e , , sendo uma permutação cíclica positiva. As derivadas de
primeira ordem em função das coordenadas isoparamétricas são feitas da seguinte forma:
1
(44)
2∆
(45)
1
4∆
9
2.2.3 FUNÇÕES DE FORMA
2
(46)
sendo
, , , , , ,
3 1 1 3 1 3 ,
(47)
3 1 1 3 1 3 ,
3 1 1 3 1 3
Onde
(48)
≃ , , , , (49)
10
2.3 FORMULAÇÃO TEÓRICA DE EPT
(a) (b)
Figura 2.2.3 - Membrana de espessura t: (a) Carregamentos no plano XY; (b) Seção transversal
De acordo com Carrijo (1995), para uma chapa plana qualquer carregada apenas no
seu plano, o erro da suposição do EPT é tanto menor quanto for a espessura do mesmo.
Com isso, entrando com 0 na lei de Hooke, tem-se:
1
(50)
1
(51)
1
(52)
Em notação matricial:
(53)
σ
σ (54)
11
(55)
1 0
1 0
1 (56)
1
0 0
2
Sendo E o módulo de Young; o coeficiente de Poisson; e G o módulo de
cisalhamento, cujo valor é E/[2(1+ )].
Relações cinemáticas:
0 ≡ (57)
Equações de equilíbrio:
∂
0 (58)
∂
/
dz (59)
/
/
dz (60)
/
dΩ dΓ (61)
12
O primeiro termo no lado direito da equação está relacionado à carga distribuída no
contorno enquanto a segunda se refere às cargas nodais. Utilizando a abordagem de
Galerkin, os campos variacionais são discretizados usando as mesmas funções de
interpolação (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2000). Com isso temos:
, (62)
(63)
onde:
dΩ (64)
0 (65)
dΩ (66)
13
A fim de podermos utilizar elementos de diferentes dimensões, devemos definir um
sistema de coordenadas isoparamétricas. As equações a seguir apresentam as coordenadas
cartesianas em função das coordenadas paramétricas , e :
(67)
(68)
1 (69)
(70)
2∆
Sendo:
(71)
(72)
(73)
1
∆ á â (74)
2
Para 1,2,3 e , , sendo uma permutação cíclica positiva. As derivadas de
primeira ordem em função das coordenadas isoparamétricas são feitas da seguinte forma:
1
(75)
2∆
N (76)
14
Podemos notar que as derivadas das funções de forma apresentam valores constantes
por todo o elemento, ou seja, as componentes de deformação são constantes por todo o
elemento, como indica sua nomenclatura.
O elemento de casca plano final parte do princípio que não há interferências entre os
efeitos de flexão e membrana e vice-versa, de modo que o elemento apresenta menor erro
conceitual quanto menores forem os deslocamentos do mesmo (ZIENKIEWICZ, 1977).
O elemento implementado é um triângulo trinodal com 18 graus de liberdade, como
apresentado na Fig. 2.2.5
A matriz final de rigidez local, por nó, tem, portanto, com a seguinte forma:
0 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0
0 0 (77)
0
0 0 0
0 0 0 0 0
15
flexão da placa multiplicado por um fator fracional muito pequeno, de modo causar uma
interferência o mais desprezível possível na rigidez à flexão dos elementos vizinhos.
2.6.1 APLICAÇÃO
(78)
(79)
≡ (80)
logo:
(81)
ou seja:
(82)
Como R se trata de uma matriz de rotação, é uma matriz ortogonal, logo sua inversa
é simplesmente sua transposta.
16
2.6.2 FORMULAÇÃO
(83)
(84)
(85)
(86)
(87)
| |
17
(88)
| |
(89)
| |
(90)
de modo que:
(91)
logo:
(92)
0
(93)
0
de modo que:
(94)
x, y x, y ∙ 95
18
2.7.1 DEFORMAÇÕES DE MEMBRANA
x, y 0 ∙ ∙ 96
onde
0
0
0 ∙ x, y 0 97
x, y ∙ x, y ∙ x, y ∙ x, y ∙ 98
onde
∂
∂x
∂
x, y x, y 99
∂y
∂²
∂x ∂y
19
Neste caso, podemos notar que a deformação depende, na maioria dos casos, do
ponto avaliado, mesmo dentro de um mesmo elemento. É recomendado se avaliar tais
valores nos mesmos pontos usados para a integração numérica da rigidez.
∙ 100
∙ 101
onde D são as matrizes materiais dos elementos conforme calculadas nas Equações 60 e
20, respectivamente.
20
3 IMPLEMENTAÇÃO
21
3.1.2 PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS
Como será explicado na seção 3.5.3, é vantajoso numerar as equações onde o grau
de liberdade não está restrito, ou seja, onde o deslocamento será calculado, ao invés de
imposto por apoios. Para isso, o arranjo bidimensional chamado ID é utilizado. Como
cada nó possui até 6 graus de liberdade, ID tem comprimento igual a 6 e largura igual ao
número total de pontos nodais. Seguindo primeiro o comprimento e depois a largura, o
valor de ID(i,j) é zero se o grau de liberdade i do nó j for restrito por apoio ou um número
incremental, começando de 1.
Semelhante a ID, há um arranjo bidimensional chamado LM que mapeia a numeração
das equações relativas aos elementos. Seu comprimento é o número total de elementos e
a largura 18, o número de graus de liberdade por nó vezes o número de nós por elemento.
Os carregamentos são armazenados em um arranjo unidimensional chamado F, de
comprimento igual ao número total de equações numeradas em ID.
Exemplo 3.1.2
A Figura 3.2 mostra a estrutura do Exemplo 3.1.1, composta de 4 elementos, com 6
pontos nodais ao total, submetida a condições de contorno. Os nós 1 e 4 têm todos os
graus de liberdade translacionais restritos por apoios. O nó 3 tem os graus de translação
em Y e Z restritos. O nó 6 tem todos os seus graus de rotação restritos. O nó 2 está
carregado por uma força em Z de valor igual a 12.5 e o nó 5 está carregado por um
momento em Y de valor igual a 7.0.
A Tabela 3.1 apresenta o arranjo ID do modelo, a Tabela 3.2 o arranjo INCID e a
Tabela 3.3 o arranjo F.
22
1 0 0 0 1 2 3
2 4 5 6 7 8 9
Elemento ux uy uz rx ry rz ux uy uz rx ry rz ux uy uz rx ry rz
1 0 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 0 0 14 15 16
23
Tabela 3.3 - Arranjo F do Exemplo
Eq 1 2 3 4 5 6 7 8 9
F 0 0 0 0 0 12.5 0 0 0
Eq 10 11 12 13 14 15 16 17 18
F 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Eq 19 20 21 22 23 24 25
F 0 0 7.0 0 0 0 0
24
que pertencem à diagonal principal, indicando indiretamente o comprimento armazenado
de cada coluna. O termo extra de MAXA é utilizado apenas para facilitar a montagem e
leitura de STIFF.
Exemplo 3.1.3
No exemplo da Figura 3.3, a matriz de rigidez 8x8 possui 64 termos, 30 dos quais
são não-nulos. Aproveitando-se apenas da simetria da matriz, podemos isolar 36 termos,
o que já seria um ganho significativo. Entretanto, utilizando o esquema “skyline”, é
possível armazená-la em um arranjo unidimensional A de comprimento 21, com um
arranjo unidimensional auxiliar MAXA de comprimento 9. É importante ressaltar que dois
termos nulos ainda foram armazenados no arranjo, nos índices 8 e 20, pois estão abaixo
do último termo não-nulo de suas respectivas colunas, porém a grande maioria dos termos
nulos foram descartados, diminuindo o número total de multiplicações por zero na
solução.
Figura 3.3 - Matriz de rigidez armazenada no arranjo "skyline" (adaptado de BATHE, 1996)
25
3.1.5 DESLOCAMENTOS, ROTAÇÕES E TENSÕES
26
3.1.6 GLOSSÁRIO DE ARMAZENAMENTO DE DADOS
São utilizados ao todo 3 arquivos para a entrada de dados. O arquivo GEO contém
os dados geométricos da malha. O arquivo RHSV contém as condições de contorno, como
apoios e forças. O arquivo CNTR contém os dados de controle da análise, incluindo as
propriedades materiais da malha.
27
3.2.1 ARQUIVO GEO
28
elementos e conjuntos materiais na no início do arquivo e as propriedades de cada
conjunto material ao final.
Exemplo 3.2.2
No exemplo abaixo, o arquivo CNTR do exemplo anterior. O exemplo possui 6
pontos nodais, 4 elementos e 2 conjuntos materiais. O primeiro conjunto material consiste
em chapas de alumínio 6061 de 6 centímetros de espessura e o segundo conjunto material
em chapas de aço A36 de 10 centímetros de espessura.
Na primeira linha de dados temos o título do caso tratado. Na segunda linha de dados,
respectivamente, temos o número total de pontos nodais, o número total de elementos, o
número total de conjuntos materiais, o número de nós por elemento e o número de graus
de liberdade por nó. Na terceira linha de dados, temos variáveis referentes a análises
transientes, não aplicável na análise de cascas do presente trabalho. Na quarta linha de
dados, temos a chave que determina para o programa o tipo de análise a ser realizada. Na
quinta e sexta linha de dados, temos os conjuntos matérias, apresentando, respectivamente,
o módulo de elasticidade, o coeficiente de Poisson e a espessura do elemento. Os demais
dados na linha não são aplicáveis para a análise de cascas no presente trabalho.
29
O arquivo CASE indica para o programa EnSight como os outros arquivos de saída
se relacionam com a geometria de entrada, fornecida pelo arquivo GEO. Ele indica quais
são os arquivos que devem ser carregados e o nome que será dado a cada variável lida. O
arquivo CASE foi criado para o programa EnSight, mas também pode ser lido pelo
programa de visualização “open-source” ParaView.
30
3.5 SOLUÇÃO DO SISTEMA DE EQUAÇÕES
Para zerar os termos abaixo na diagonal principal da segunda coluna podemos: somar
à terceira linha 16/14 da segunda e subtrair da quarta linha 5/14 da segunda. Realizando
essas operações, obtemos:
Para zerar os termos abaixo da diagonal principal na terceira coluna podemos: somar
à quarta linha 20/15 da terceira. Realizando essa operação, obtemos:
31
Com essa configuração do sistema, podemos averiguar por retro-alimentação que:
7
6 7
5 5
6
8 20
7 7 12
15 5
7
1 16
5 13
14 5
5
0 4 0 8
5 5
Para escalonar o sistema linear de equações, podemos notar que estamos realizando
sucessivas multiplicações matriciais do tipo Li-1Si = Si+1 e Li-1vi = vi+1, cada matriz Li-1
responsável por anular uma meia coluna da matriz K, onde S1 = K, v1 = f e:
onde kij são os termos da matriz K, de modo que Ln-1-1 ... L2-1 L1-1 K = L-1 K = Sn, onde
Sn é a matriz totalmente escalonada. Podemos verificar também que:
∴
onde I é a matriz identidade, D é a matriz diagonal formada pelos pivôs de Sn e v é o
vetor de forças após o escalonamento.
32
Exemplo 3.5.2
No Exemplo 3.5.1, podemos observar que:
onde Vi são os termos do vetor v, Ri do vetor f, kij da matriz K, djj da matriz D, lij da
matriz LT e mj é o índice da primeira linha da matriz na coluna j a possuir um termo
33
não-nulo, ou seja j-mj é o comprimento da coluna. Os termos gij são apenas termos
intermediário. Os termos djj e lij são armazenados no mesmo arranjo onde K estava
armazenado, sem penalidade, com o intuito de salvar espaço na memória do
computador, já que os termos na diagonal de LT são sempre 1.
Em seguida, a retro-substituição de u é realizada com os seguintes passos:
temos m1 = 1, m2 = 1, m3 = 2, m4 = 3, m5 = 1.
Seguindo o algoritmo, temos d11 = 2 e V1 = 0.
Para j = 2, temos:
Para j = 3, temos:
Para j = 4, temos:
34
Para j = 5, temos:
Portanto
Para i = 5
35
Para i = 4
Para i = 3
Para i = 2
36
4 TESTES DE VERIFICAÇÃO
Figura 4.1 - Distribuição de tensão na região do furo (adaptado de GERE, GOODNO, 2013)
37
Entretanto, a distribuição real na região do furo é indicada Figura 4.1. Embora a
média ainda seja a tensão nominal, podemos observar uma grande concentração de tensão
ao se aproximar do mesmo. Seu valor máximo é dado por Young, Budynas e Roark (2002)
como
O caso teste consiste em uma chapa de aço quadrada de 0.1m de aresta com 0.01m
de espessura com um furo circular centrado de 0.02m de diâmetro. Uma das arestas está
sendo tracionada por uma força de 10kN uniformemente distribuída, ou seja, 100kN/m.
O módulo de elasticidade é de 200 GPa e o coeficiente de Poisson 0.3.
38
(MPa) 10.00
(MPa) 12.50
2.51
(MPa) 31.35
39
(a) (b)
(c) (d)
Figura 4.4 - Malhas de: (a) 46; (b) 176; (c) 632; e (d) 2488 elementos
40
4.1.3 RESULTADOS
41
Malha com 46 elementos
Corte Face
35.00
30.00
25.00
Syy (MPa)
20.00
15.00
10.00
5.00
0.00
0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05
X (m)
42
Malha com 176 elementos
Corte Face
35.00
30.00
25.00
Syy (MPa)
20.00
15.00
10.00
5.00
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05
X (m)
43
Malha com 632 elementos
Corte Face
35.00
30.00
25.00
Syy (MPa)
20.00
15.00
10.00
5.00
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05
X (m)
44
Malha com 2488 elementos
Corte Face
35.00
30.00
25.00
20.00
Syy (MPa)
15.00
10.00
5.00
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05
X (m)
45
Convergência
35.00
30.00
25.00
20.00
Syy (MPa)
15.00
10.00
5.00
0.00
0 500 1000 1500 2000 2500
Número de elementos
Erro Relativo FORTRAN Erro Relativo ANSYS
0%
‐5%
‐10%
Erro relativo
‐15%
‐20%
‐25%
‐30%
‐35%
‐40%
Número de Elementos
46
4.2 COMPORTAMENTO DE PLACA
A Figura 4.15 apresenta o modelo físico. Consiste em uma placa de aço retangular
de 2m de comprimento, 1m de largura e 30mm de espessura. Todas as arestas têm seus
graus de liberdade de translação restritos e a placa está sujeita a um carregamento
uniforme de 10kN/m² no sentido negativo de Z. O módulo de elasticidade é de 200GPa e
o coeficiente de Poisson 0.3.
47
48
49
4.2.2 RESULTADOS
ANSYS Fortran
‐0.5 ‐0.4 ‐0.3 ‐0.2 ‐0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
0.00E+00
‐5.00E‐05
‐1.00E‐04
UZ (m)
‐1.50E‐04
‐2.00E‐04
‐2.50E‐04
X (m)
ANSYS Fortran
‐5.00E‐05
‐1.00E‐04
UZ (m)
‐1.50E‐04
‐2.00E‐04
‐2.50E‐04
Y (m)
50
ANSYS Fortran
‐0.5 ‐0.4 ‐0.3 ‐0.2 ‐0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
0.00E+00
‐1.00E+03
‐2.00E+03
‐3.00E+03
Sxx (kPa)
‐4.00E+03
‐5.00E+03
‐6.00E+03
‐7.00E+03
‐8.00E+03
X (m)
ANSYS Fortran
‐0.5 ‐0.4 ‐0.3 ‐0.2 ‐0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
0.00E+00
‐5.00E+02
‐1.00E+03
‐1.50E+03
Syy (kPa)
‐2.00E+03
‐2.50E+03
‐3.00E+03
‐3.50E+03
‐4.00E+03
X (m)
51
ANSYS Fortran
‐1.00E+03
‐2.00E+03
‐3.00E+03
Sxx (kPa)
‐4.00E+03
‐5.00E+03
‐6.00E+03
‐7.00E+03
‐8.00E+03
Y (m)
ANSYS Fortran
‐5.00E+02
‐1.00E+03
‐1.50E+03
Syy (kPa)
‐2.00E+03
‐2.50E+03
‐3.00E+03
‐3.50E+03
‐4.00E+03
Y (m)
52
ANSYS Fortran
4.00E+03
3.00E+03
2.00E+03
1.00E+03
Txy (kPa)
0.00E+00
‐0.5 ‐0.4 ‐0.3 ‐0.2 ‐0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
‐1.00E+03
‐2.00E+03
‐3.00E+03
‐4.00E+03
X (m)
53
4.3 COMPORTAMENTO DE CASCA
54
4.3.2 RESULTADOS
55
Deslocamento em Z
56
Convergência
-0.05
-0.1
-0.15
-0.2
-2,366E-04
-0.25 -2,901E-04
-2,979E-04
-2,569E-04 -2,999E-04
-0.3
-2,906E-04
-2,983E-04 -3,006E-04
-0.35
uz máximo (ft)
20.00
16.75
15.00
10.00
6.00
5.00 3.47 2.82
5.83
3.33 2.59
0.00
100 1000 10000 100000
Número de Elementos
57
5 CONCLUSÃO
5.1 RESULTADOS
O trabalho foi extremamente proveitoso. Muito foi aprendido sobre elasticidade geral
e estudo de cascas. Um programa de elementos finitos com elemento de casca foi
implementado com resultados primários próximos da literatura e muito próximos do
programa comercial ANSYS.
A avaliação de tensões de flexão apresentou pequeno desvio comparado ao ANSYS,
porém as tensões de membrana se apresentaram muito próximas. Por se tratar de um
resultado de pós-processamento de dados, é possível que a escolha da interpolação de
tensões dos pontos de integração para os pontos nodais tenha sido equivocada.
58
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
59
LARA, R. S. Análise de Concentração de Tensões em Juntas Soldadas. Dissertação
(Mestrado) —Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016.
SPECHT, B. Modified shape functions for the three-node plate bending element passing
the patch test. NME International Journal for Numerical Methods in Engineering,
v. 26, n. 3, p. 705–715, 1988.
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1976.
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strain. London: McGraw-Hill, 2002.
ZIENKIEWICZ, O. C. The finite element method. London: McGraw-Hill, 1977.
ZIENKIEWICZ, O. C.; TAYLOR, R. L. The finite element method. Oxford:
Butterworth-Heinemann, 2000.
60