Você está na página 1de 2

Faculdades Integradas de Ponta Porã

Acadêmico: Guilherme Chagas RA:

Curso: Direito Disciplina: Administrativo II

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
A. O que são cláusulas exorbitantes?

As cláusulas exorbitantes estão presentes nos contratos administrativos,


assim sendo diferentes dos estabelecidos nos contratos de direito particular. E as
cláusulas exorbitantes são as que extrapolam, exorbitam, ultrapassam os limites
aceitáveis nos contratos de Direito Privado, sendo assim não admitidos. As
cláusulas exorbitantes estão explicitas no Art.58 da Lei 8.666 de 1993, em seu inciso
I onde diz respeito a alteração unilateral do contrato, no qual deve ter por finalidade
a melhor adequação ao interesse público.

Assim sendo a modificação pode se dar de forma qualitativa ou quantitativa,


a simples chance da alteração unilateral não configura cláusula exorbitante. A
alteração unilateral pode ser feita pela administração pública devendo ser suportada
pelo particular. Porém, essa alteração é limitada pela Lei, e como dito em
observância a finalidade do interesse público, do caso contrário poderia ser utilizada
como uma forma de fraudar a licitação, sendo desvio de finalidade; E conforme o
Art. 65 do Estatuto, a alteração pode ocorrer de duas formas: quando possuir
modificação do projeto ou das especificações, para aplicação da melhor técnica aos
seus objetivos, é a chamada alteração qualitativa; E em um segundo caso, sendo
necessária a modificação do valor contratual em incidência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto, sendo está a alteração quantitativa.

Em um segundo caso, nós temos a rescisão unilateral do contrato, são as


hipóteses que permitem a rescisão unilateral se referem ao descumprimento do
contrato pelo particular e a razões de interesse público ou força maior. Quando há
culpa do contratado pela rescisão, pode ser compelido a indenizar os prejuízos;
deve a administração indenizar o contratado pelos eventuais prejuízos sofridos. A
Rescisão contratual pressupõe um prévio processo administrativo, garantido ao
contraditório e a ampla defesa. Verifica-se que o caso fortuito e a força maior dão
causa tanto à rescisão unilateral (pela administração) quanto à amigável ou judicial
(motivada pelo contratado). Em todos os casos, em havendo prejuízo ao particular,
assim dando direito a indenização.

B. Por que são admitidas nos contratos administrativos?

Não obstante, as cláusulas exorbitantes nos contratos com a presença da


administração pública, se difere dos celebrados por particulares, uma vez que a
formação das regras que vão regulamentar o contrato durante toda a sua atividade,
é imposta de forma unilateral pela própria administração pública, não podendo o
particular alterar de forma alguma, onde se justifica uma vez que é pautado nos
objetivos por ela pretendidos.

Sendo assim, a celebração de um contrato com o direito público irá conferir


ao poder publico prerrogativas próprias, não se estendendo aos particulares,
diferindo assim completamente da situação das regras estabelecidas pelo direito
privado. Uma vez que o poder publico é posto em grau de superioridade, pois visa
os interesses representados por ela. E conforme exposto existe a possibilidade de o
poder público alterar de forma unilateral as clausulas contratuais, bem como dispõe
da prerrogativa da rescisão unilateral desses contratos, onde implica na chamada
“exceção de contrato não cumprido”, sendo esta aplicada apenas para o poder
público. Bem como cabe somente a administração a possibilidade de aplicação mais
uma vez de forma unilateral de sanções e penalidades ao particular, se descumprido
as obrigações. Este conjunto de prerrogativas conferidas à Administração Púbica, se
dá o nome de Cláusulas exorbitantes.

Você também pode gostar