Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
N 2801 PDF
N 2801 PDF
A DEZ / 2005
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.
Proteção Catódica
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
SUMÁRIO
1 OBJETIVO........................................................................................................................................................... 6
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES............................................................................................................... 6
3 DEFINIÇÕES....................................................................................................................................................... 6
3.2 CA ......................................................................................................................................................... 6
3.3 CC ......................................................................................................................................................... 6
2
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6 INSPEÇÃO DE ROTINA.................................................................................................................................... 12
6.3.1 RETIFICADORES....................................................................................................................... 16
6.3.7 DMR............................................................................................................................................ 20
6.5.3 CALIBRAÇÃO............................................................................................................................. 23
7 INSPEÇÃO ESPECIAL...................................................................................................................................... 23
8 AÇÕES CORRETIVAS...................................................................................................................................... 26
A-1.1 GERAL............................................................................................................................................. 27
3
N-2801 REV. A DEZ / 2005
A-2.1 GERAL............................................................................................................................................. 29
B-2 RECOMENDAÇÕES...................................................................................................................................... 31
D-1 GERAL........................................................................................................................................................... 35
TABELAS
4
N-2801 REV. A DEZ / 2005
FIGURAS
FIGURA B-1 - MEDIÇÃO DE POTENCIAL COM 2 SEMI-CÉLULAS SOBRE UM LEITO DE ANODOS .............. 32
FIGURA B-2 - CURVA DE POTENCIAL VERSUS DISTÂNCIA SOBRE UM LEITO DE ANODOS ...................... 32
___________
/OBJETIVO
5
N-2801 REV. A DEZ / 2005
1 OBJETIVO
1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para a realização de inspeções de
rotina e especial em sistemas de proteção catódica de dutos terrestres, conforme definido
na norma PETROBRAS N-2098.
1.2 Esta Norma se aplica a inspeção de sistemas de proteção catódica de dutos terrestres,
a partir da data de sua edição.
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
3 DEFINIÇÕES
Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.24.
3.1 BRS
3.2 CA
3.3 CC
6
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Equipamento com alimentação CA constituído por um diodo e uma chave eletrônica cuja
função é retornar a corrente de interferência, via leito de anodo ou conexão direta, à fonte de
origem.
Equipamento constituído por um diodo cuja função é retornar a corrente de interferência, via
leito de anodo ou conexão direta, à fonte de origem.
7
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Acessório isolante elétrico instalado em par de flanges, entre 2 trechos de duto, para prover
descontinuidade elétrica entre estes trechos.
Acessório isolante elétrico pré-fabricado, instalado entre 2 trechos de duto, para prover
descontinuidade elétrica entre estes trechos.
8
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Eletrodo cujo potencial a circuito aberto é constante sob condições similares de medição,
sendo utilizado para medir o potencial tubo-solo.
Sistema que consiste de fonte de corrente contínua e de anodo com a finalidade de prover
corrente de proteção anticorrosiva a uma estrutura metálica enterrada ou submersa.
9
N-2801 REV. A DEZ / 2005
4 CONDIÇÕES GERAIS
4.1 Para cada SPC devem estar disponíveis os documentos do projeto básico e de
detalhamento, bem como as informações do histórico da operação, inspeção e manutenção.
Nota: Caso não existam tais documentos de projeto, deve ser elaborado uma
documentação que retrate a situação existente do SPC.
4.2 Deve ser elaborado um procedimento de execução para atividade de inspeção do SPC,
o qual deve levar em consideração, também, o descrito nos itens 4.2.1 a 4.2.4.
a) devem ser realizados após uma polarização de, pelo menos, 2 semanas de
energização do SPC e após 3 meses, no mínimo, de enterramento do duto;
b) deve ser utilizada uma semi-célula de referência de Cu/CuSO4;
Nota: O eletrodo de zinco (Zn) pode também ser utilizado, mas, preferencialmente, deve
ser adotada a semi-célula citada na alínea b).
10
N-2801 REV. A DEZ / 2005
4.6 De forma a melhor padronizar a sistemática de inspeção e ter um maior controle das
instalações de proteção, é recomendável identificar e gerar mapa digitalizado de acesso de
todos os retificadores, drenagens e pontos de teste. [Prática Recomendada]
5.1.1 Potencial tubo-solo polarizado “OFF” igual ou mais negativo que os valores descritos
na TABELA 1.
11
N-2801 REV. A DEZ / 2005
5.1.2 Em locais onde o critério do item 5.1.1 não for possível de ser obtido, pode ser
adotado como critério alternativo, uma diferença igual ou superior a 100 mVcc entre o
potencial tubo-solo polarizado “OFF” e o valor despolarizado ou natural, ressalvando-se as
seguintes limitações:
5.1.4 Em trechos de dutos instalados em solos com resistividade elétrica (ρ) maior que
10 000 Ωcm, podem ser considerados os seguintes critérios de proteção (potenciais “OFF” -
Cu/CuSO4):
5.2.1 Neste caso, onde a queda ôhmica no solo é de difícil avaliação, recomenda-se que o
critério de proteção seja o de potencial tubo-solo polarizado “ON” igual ou mais negativo que
- 0,85 Vcc (Cu/CuSO4), avaliado com registro contínuo de potencial. [Prática
Recomendada]
6 INSPEÇÃO DE ROTINA
6.1 Geral
6.1.1 Um plano de inspeção de rotina deve ser implementado e mantido, com o objetivo de
estabelecer rotinas destinadas a garantir que os sistemas operem dentro dos critérios de
proteção estabelecidos nesta Norma, possibilitando a tomada de decisões em tempo hábil
que evitem a corrosão externa do duto. O plano tem como objetivo:
12
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Periodicidade
Item de Inspeção
Semanal Quinzenal Trimestral Semestral Anual
1. Potencial Tubo-Solo
Dutos não sujeitos a X X
correntes de interferências (ver item (ver item
dinâmicas. 6.2.1.2) 6.2.1.1)
Dutos sujeitos a correntes X X
de interferências (ver item (ver item
dinâmicas. 6.2.2.2) 6.2.2.1)
2. Retificadores
Dutos não sujeitos a X X X
correntes de interferências (ver item (ver item (ver item
dinâmicas. 6.3.1.1) 6.3.1.2) 6.3.1.4)
Dutos sujeitos a correntes X X X
de interferências (ver item (ver item (ver item
dinâmicas. 6.3.1.3) 6.3.1.2) 6.3.1.4)
X X X
3. Drenagens Elétricas (ver item (ver item (ver item
6.3.2.2) 6.3.2.1) 6.3.2.3)
X X X
4. Drenagens Galvânicas (ver item (ver item (ver item
6.3.3.2) 6.3.3.1) 6.3.3.3)
X
5. Leitos de Anodos
(ver item
Inertes e Galvânicos
6.3.4)
X
6. Pontos de Teste (ver item
6.3.5)
X X
7. Juntas Isolantes e DPJI (ver item (ver item
6.3.6.1) 6.3.6.2)
8. Dispositivo de X
Monitoração Remota (ver item
(DMR) 6.3.7)
9. Ramais de Alimentação X
Elétrica e Medidor de (ver item
Consumo 6.3.8)
13
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6.1.5 Nas medições de corrente de saída dos retificadores ou drenagens (ISAÍDA), quando
usado o “shunt” do equipamento, deve ser utilizado um voltímetro calibrado e adotada a
seguinte regra:
∆V x IN
ISAÍDA =
VN
Onde:
∆V = queda de tensão medida nos terminais do “shunt”, em mV;
IN = corrente nominal do “shunt”, em A;
VN = queda de tensão nominal do “shunt”, em mV.
14
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Deve ser realizado um levantamento da intensidade e extensão das interferências por meio
de consulta aos relatórios de inspeção e realização de registros contínuos de potencial
tubo-solo “ON”. Os registros contínuos de potenciais “ON” devem ser realizados em cada
ponto de teste, retificador, equipamento de drenagem elétrica, drenagem galvânica e válvula
de bloqueio, observando-se o item 6.1.4 alínea c) e conforme critérios da TABELA 3.
15
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Nos locais onde ocorram picos de potencial de -0,85 V, selecionados segundo os registros
contínuos de potenciais “ON” obtidos na última inspeção anual, deve ser realizado registro
contínuo de potencial tubo/solo de 24 horas.
6.3.1 Retificadores
6.3.1.1 Quinzenalmente, nos retificadores sem monitoração remota, de dutos não sujeitos a
correntes de interferências dinâmicas, deve ser realizada a anotação/inspeção/medição dos
itens abaixo listados:
16
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6.3.1.4 Anualmente, deve ser realizada em todos os retificadores a inspeção dos itens
listados no item 6.3.1.1 e mais:
17
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6.3.2.3 Anualmente deve ser repetida a inspeção dos itens listados no item 6.3.2.1 e mais:
18
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6.3.3.3 Anualmente deve ser repetida a inspeção dos itens listados no item 6.3.3.1 e mais:
19
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6.3.6.2 Anualmente, deve ser repetida a inspeção dos itens listados no item 6.3.6.1 e mais:
6.3.7 DMR
20
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6.4.1 Devem ser emitidos relatórios de inspeção trimestral, semestral e anual, conforme o
tipo de inspeção realizada, observando-se que:
6.4.2 Os relatórios devem conter, pelo menos, o descrito nos itens 6.4.2.1 a 6.4.2.10.
6.4.2.1 Introdução.
21
N-2801 REV. A DEZ / 2005
22
N-2801 REV. A DEZ / 2005
6.5.3 Calibração
7 INSPEÇÃO ESPECIAL
7.1 Geral
7.1.1 Um plano de inspeção especial deve ser implementado, com o objetivo de realizar um
levantamento detalhado das condições do SPC (inclusive o revestimento), registrar as
não-conformidades e recomendar ações corretivas.
7.1.2 O plano de inspeção especial (ver item 7.2) deve ser aplicado ao longo de todo o duto
ou em trecho específico e utiliza uma ou mais das técnicas de inspeção especiais descritas
abaixo:
Nota: A técnica descrita na alínea a) não é recomendada para dutos sujeitos a correntes
de interferência dinâmica.
b) DCVG;
c) AC;
d) ACVG.
7.1.4 A inspeção de potencial passo a passo “ON/OFF” deve ser realizada de acordo com o
que segue:
23
N-2801 REV. A DEZ / 2005
b) a queda ôhmica que ocorre na parede metálica do duto, devido a corrente que
percorre a tubulação, deve ser considerada em todos os pontos de teste, de
modo a permitir a correção dos potenciais “ON/OFF”.
7.2.1 Deve ser implementado caso aconteça, pelo menos, uma das condições descrita na
TABELA 4.
24
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Ao final dos trabalhos, deve ser elaborado um relatório por duto, contendo os resultados
obtidos nos serviços, apresentando, no mínimo, os tópicos citados nos itens 7.3.1
a 7.3.10.
7.3.1 Introdução.
7.3.4 Dado da tubulação, como por exemplo, início de operação, diâmetro nominal,
espessura de parede do duto, tipo de revestimento e sua espessura, extensão, aspectos
geográficos que atravessa (áreas urbanas, rurais e de proteção ambientais, rios, lagos e
estradas, pelo menos) etc..
7.3.6 Critérios adotados com base em normas e/ou literatura técnica especializada.
a) reforço do SPC;
b) reparo ou substituição de revestimento;
c) reparo ou substituição de trechos do duto, quando complementado com a
análise estrutural do duto.
7.4.2 As ações corretivas devem ser implementadas, o mais breve possível, e avaliadas
periodicamente, quanto a sua eficácia, dentro do plano de inspeção periódica.
25
N-2801 REV. A DEZ / 2005
8 AÇÕES CORRETIVAS
8.1 A adequação do SPC deve ser executada quando ocorrer deficiência de proteção. Esta
adequação inclui o reajuste ou reforço do sistema de forma local, com instalação de leitos
de anodos (contínuos ou não), ou de forma ampla com instalação de novos conjuntos
retificadores e leitos de anodos.
8.2 O controle das correntes de interferência deve ser feito estudando toda a região
afetada, consultando mapas com as malhas de dutos e fontes interferentes, instalando
equipamentos retificador e de drenagem elétrica adequadamente locados nos pontos de
retorno destas correntes. Os equipamentos retificadores e de drenagem elétrica danificados
devem ser imediatamente reparados. O reparo das falhas no revestimento em regiões de
entrada e saída da corrente de interferência pode reduzir tais interferências.
8.3 O revestimento deve ser reparado quando enquadrado em, pelo menos, uma das
situações abaixo:
8.5 Havendo detecção de corrosão sob tensão, deve ser feita uma análise do defeito do
duto, complementada por técnicas específicas, para definição de troca ou reparo do trecho
do duto.
8.6 Um programa de manutenção deve ser empregado para assegurar que o SPC e o
revestimento permaneçam eficazes durante a vida do duto. Ações preventivas e corretivas
devem ser tomadas onde as inspeções de rotina e especial indicarem que a proteção não
está dentro dos critérios estabelecidos.
_____________
/ANEXO A
26
N-2801 REV. A DEZ / 2005
A-1.1 Geral
A-1.1.1 A eficácia da proteção catódica deve ser avaliada através de medições de potencial
do duto na interface duto-solo em relação ao eletrodo de referência.
A-1.1.2 A técnica escolhida pode ser selecionada com base nas condições locais no
campo, levando em consideração o tipo e qualidade do revestimento, a resistividade do solo
e a presença de correntes de interferência, correntes telúricas e outros.
Notas: 1) Onde a corrente estiver fluindo através do solo e no duto existe queda ôhmica
(queda IR) no solo e no revestimento. Assim, o potencial medido com o
eletrodo de referência na superfície do solo inclui uma contribuição da queda
IR. Existem técnicas complementares que podem ser utilizadas para dar uma
avaliação mais precisa da eficácia da proteção catódica.
2) Onde somente as correntes fluindo no solo são as do SPC do próprio duto, os
potenciais medidos na superfície do solo são geralmente mais negativos que o
potencial na interface duto-solo.
A-1.2.2 Os valores obtidos contêm várias quedas IR desconhecidas que variam com o
tempo e a posição do eletrodo. A leitura pode não refletir o potencial da interface duto-solo.
A-1.3.1 A queda IR causada pela corrente de proteção catódica pode ser eliminada através
da utilização da técnica do potencial “OFF” instantâneo. Os valores obtidos são chamados
de potencial “OFF” instantâneo. Para dutos enterrados, o potencial medido em relação ao
eletrodo de referência deve ser medido, geralmente, em até 1 segundo após a corrente de
proteção ser desligada. Se a despolarização ocorrer rápida, o potencial “OFF” deve ser
determinado usando um processador de dados de alta velocidade.
A-1.3.2 O potencial “OFF” instantâneo pode ser medido por um instrumento de rápida
resposta. A proporção de períodos ligados e desligados deve ser definida para não ocorrer
despolarização.
27
N-2801 REV. A DEZ / 2005
A-1.3.3 Para uma efetiva medição de potencial “OFF” instantâneo, todas as fontes de
corrente de proteção catódica para o duto devem ser desligadas simultaneamente. A
FIGURA A-1 mostra o perfil típico de potencial durante uma medição de potencial “ON/OFF”
e como o componente de queda IR do potencial medido causado pela corrente de proteção
catódica fluindo no solo pode ser removida para dar o potencial polarizado mais preciso.
(mV)
P
O - 1 050 POTENCIAL "ON"
T
E
N QUEDA IR
C
I - 850 POTENCIAL POLARIZADO "OFF"
A
L
DESPOLARIZAÇÃO
POTENCIAL DESPOLARIZADO
TEMPO
A-1.3.5 Opcionalmente ao item 7.1.4, pode ser empregado um analisador de forma de onda
(“Wave Form Analyzer”), associado a chaves eletrônicas não sincronizadas conectadas aos
retificadores, que fornece os potenciais “ON” e “OFF” por meio de leitura nos pontos de
teste.
28
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Notas: 1) Pode-se admitir que o cupom metálico adota um potencial, com relação ao solo
adjacente, que é similar ao potencial do duto em uma falha do revestimento de
mesma dimensão. [Prática Recomendada]
2) Apesar de não haver corrente fluindo diretamente para o cupom quando este
cupom for desconectado do duto, ainda há corrente fluindo no solo na
vizinhança do duto e do cupom. Então, com o eletrodo de referência localizado
na superfície do solo pode haver uma significante contribuição da queda IR no
solo na medida de potencial do cupom. A medição do potencial “OFF”
instantâneo no cupom é mais precisa caso seja realizada em relação a um
eletrodo de referência permanente enterrado ao lado cupom de teste ou
construído em um conjunto único (sonda de polarização). A queda IR residual
pode ser minimizada através da colocação de um eletrodo de referência portátil
em um tubo no solo que tenha uma das extremidades posicionada próxima ao
cupom e a outra extremidade na superfície.
A-2.1 Geral
A-2.1.1 Falhas na junta de isolamento podem ser atribuídas a um dos seguintes fatores:
A-2.1.2 As medições que podem ser realizadas para determinar a eficácia de uma junta
isolante tipo monobloco ou convencional, estão descritas nos itens A-2.2 até A-2.5. Onde
existirem dúvidas, para maior segurança nas medições pode ser utilizada a combinação de
2 ou mais dos métodos descritos.
No caso das juntas de isolamento elétrico tipo convencional (flanges) instaladas, deve ser
verificado o isolamento em cada parafuso/cartucho isolante usando um ohmímetro ou um
outro instrumento equivalente. O valor aceitável de isolamento deve ser superior a 2 000 Ω.
29
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Nota: No caso das juntas de isolamento elétrico tipo monobloco, a interpretação dos
resultados da medição da resistência elétrica das juntas de isolamento pode ser
difícil. Isto pode ocorrer porque a resistência pelo circuito externo (do duto para a
terra) ou a resistência pelo circuito interno (no caso do duto conter um fluido
condutivo - eletrólito), estão ambas em paralelo com a resistência da junta de
isolamento. A resistência equivalente medida pode, então, ser uma combinação
dessas 3 hipóteses, e um valor baixo de resistência eventualmente encontrado
nem sempre é uma indicação confiável de que a junta está defeituosa.
Quando for utilizado teste de corrente para verificar a integridade de uma junta de
isolamento, este deve ser realizado por meio de uma fonte CC externa, na qual uma
corrente é aplicada em um dos lados da junta de isolamento. Se o potencial no outro lado da
junta de isolamento não mudar, ou mudar o valor na direção oposta (devido a um efeito de
interferência), a junta de isolamento pode ser considerada eficaz.
Medições com gerador de áudio-freqüência devem ser conduzidas pela introdução de uma
freqüência de áudio apropriada de um gerador de freqüência em lado da junta de
isolamento, por exemplo, por um localizador de duto convencional, e rastreando o sinal no
lado oposto da junta de isolamento.
_____________
/ANEXO B
30
N-2801 REV. A DEZ / 2005
B-1.3 Deslocando-se a semi-célula móvel ao longo da linha que une os anodos, medir o
potencial entre as semi-células em intervalos correspondentes à metade do espaçamento
entre anodos e sobre cada um dos anodos. As medições devem avançar além do final do
leito, à uma distância igual ao espaçamento entre anodos.
B-1.4 Confeccionar um desenho em escala, para cada leito pesquisado, contendo os dutos,
o retificador, os anodos e os pontos onde foram feitas as medições, incluindo-se os
respectivos valores e a polaridade adotada.
B-1.5 Para cada leito pesquisado, construir uma curva (potencial X distancia) com as
medições realizadas e verificar se os picos observados nessa curva coincidem com a
posição real dos anodos (ver FIGURA B-2).
B-1.6 Se sobre algum anodo não for observado um pico de potencial, significa que ele deve
estar fora de operação.
B-1.7 Verificar a razão do problema, medindo-se também a corrente drenada pelo anodo
(depois de descobrir seu cabo), repondo o anodo em operação ou substituindo. Todo
cuidado deve ser tomado na operação de desenterramento do cabo, para não danificá-lo.
B-2 RECOMENDAÇÕES
B-2.1 No caso de leito inerte, ligar temporariamente o retificador na maior corrente de saída
possível (não superior à nominal), procurando-se não demorar muito no serviço, visando
evitar-se a super proteção do duto.
31
N-2801 REV. A DEZ / 2005
TUBULAÇÃO PROTEGIDA
R
1 X
X
X
X VOLTÍMETRO
2 X
X
X
X ELETRODUTO
3 X POSIÇÕES DO ELETRODUTO DE Cu/CuSO 4
X Cu/CuSO4 MÓVEL SOBRE O
X EM POSIÇÃO
LEITO DE ANODOS LEITO
X REMOTA
4 X
X
X
X
5 X
X
X
X
6 X
X
X
X
7 X
X
X
X
8 X
1 2 3 4 5 6 7 8
_____________
/ANEXO C
32
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Caso forem observados valores anormais de potencial e corrente no SPC por corrente
impressa, a comparação com valores anteriores pode indicar a natureza da falha como
mostrado na TABELA C-1.
Observação Indicação
1) Indica ligações invertidas nos terminais
de saída do retificador. É uma falha muito
Potencial tubo/solo tornando-se mais
séria que pode resultar em dano severo
positivo quando o SPC é ligado.
ao duto em um período de tempo
relativamente curto.
1) Falha do fusível CA ou desarme do
disjuntor;
Voltagem de saída do retificador muito
2) Falha de fornecimento da alimentação do
baixa e corrente zero.
retificador;
3) Falha no transformador-retificador.
1) Deterioração dos anodos ou do leito de
anodos;
2) Ressecamento do solo em volta do leito
de anodos;
Voltagem de saída do retificador normal e
3) Acúmulo de gás produzido
com corrente baixa, mas não é zero.
eletroliticamente em volta dos anodos
(gás bloqueador);
4) Desconexão individual de anodos do
leito.
1) Interrupção do cabo de interligação
(principal) dos anodos ou do duto;
Voltagem de saída do retificador normal e
2) Falha de fusível CC ou do amperímetro
corrente zero.
do retificador;
3) Falha completa do leito de anodos.
Voltagem de saída do retificador zero e
1) Falha dos fusíveis CC.
corrente zero.
Voltagem de saída do retificador alta e 1) Retificador com tensão ajustada muito
corrente alta. alta.
1) Quebra da continuidade elétrica, ou
aumento da resistência entre o ponto da
conexão ao duto e o ponto de teste
Voltagem de saída do retificador normal e
devido à ineficiência da conexão do cabo;
corrente normal, mas potencial tubo-solo
2) Grande aumento da aeração do solo
insuficientemente negativo.
próximo ou no local da medição devido à
aridez ou aumento da drenagem do solo
local;
(CONTINUA)
33
N-2801 REV. A DEZ / 2005
(CONCLUSÃO)
Observação Indicação
3) Falha no dispositivo de isolamento, como,
por exemplo, curto-circuito em juntas de
isolamento na extremidade do duto
protegido;
4) Efeito de blindagem da proteção catódica
ou insuficiência de proteção catódica
devido ao lançamento de um duto novo;
5) Falha do SPC em uma seção adjacente
do duto ou em um duto secundário ligado
ao duto principal;
6) Deterioração ou dano no revestimento do
duto;
7) Adição ou aumento do duto enterrado,
incluindo contato com outras estruturas
metálicas;
8) Interação com o SPC na adjacência ou
vizinhança do duto;
9) Efeitos de corrente de interferência no
duto.
1) Quebra da continuidade elétrica do duto
em uma posição mais adiante do ponto
em medição;
Voltagem de saída do retificador normal e 2) Outro duto da faixa desconectado ou
corrente normal, mas potencial tubo-solo desligado do duto que esta sendo
excessivamente negativo. protegido, ou tenha recebido proteção
adicional através de um novo SPC;
3) Efeitos da corrente de interferência no
duto.
Voltagem de saída do retificador normal e 1) Presença de correntes de interferência no
corrente normal, mas potenciais tubo-solo solo, como, por exemplo, sistema CC de
flutuantes. tração ou efeitos telúrico/geomagnéticos.
_____________
/ANEXO D
34
N-2801 REV. A DEZ / 2005
D-1 GERAL
D-2.1 Medições
35
N-2801 REV. A DEZ / 2005
D-2.1.3 Devem ser medidas as interferências com outros dutos enterrados ou instalações
após o SPC ser energizado. As medições de interferência devem ser conduzidas conforme
descrito a seguir:
36
N-2801 REV. A DEZ / 2005
D-3.1 Geral
D-3.2.2 Os dados a serem considerados para os sistemas de tração CA são alta tensão
interferente, corrente de operação, esquema das torres de alta tensão e posição dos fios,
rota incluindo posição dos transformadores, freqüência e características da LT de alta
tensão.
D-3.3.1 Para determinar o risco da corrosão por CA, podem ser instalados cupons onde a
densidade de corrente CA alcançar seu máximo. Os cupons devem ser enterrados na
mesma profundidade do duto e ter equipamento adequado para as medições de corrente.
Cupons adicionais podem ser instalados para serem removidos e inspecionados
visualmente.
37
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Nota: Se a densidade de corrente CA em uma superfície com área nua de 100 mm2
(exemplo: provador de teste externo) for maior do que 30 A/m2 há um risco maior
de ocorrência de corrosão. Em determinadas condições, a corrosão CA pode
ocorrer com densidade de corrente CA menores do que 30 A/m2 em áreas de
100 mm2 de uma superfície nua. O risco de corrosão é principalmente relacionado
ao nível de densidade de corrente CA comparada ao nível de densidade de
corrente de proteção catódica. Se a densidade de corrente CA for muito alta, a
corrosão pode não ser evitada pela proteção catódica.
D-3.3.3 Nas seções onde a voltagem CA for maior do que 10 V ou onde as voltagens ao
longo do duto mostrarem variações para valores mais baixos, indicando possível descarga
de corrente CA, devem ser realizadas medições adicionais no local.
a) potencial tubo-solo;
b) densidade de corrente; e
c) relação entre densidades de corrente (densidade de corrente CA/densidade de
corrente CC).
D-3.4.1 As tensões de passo e de toque máximas devem ser limitadas de acordo com
limites de segurança estabelecidos nas normas de segurança e mantidos em todos os locais
onde uma pessoa possa tocar o duto ou um componente do duto.
D-3.4.2 Medidas de proteção contra a corrosão CA podem ser conseguidas através das
seguintes medidas:
D-3.4.3 Para reduzir as tensões de passo e de toque, devem ser considerados os seguintes
métodos:
D-3.4.4 Para reduzir a voltagem CA, podem ser considerados os métodos descritos nos
itens D-3.4.4.1 a D-3.4.4.3.
38
N-2801 REV. A DEZ / 2005
D-3.4.5 Aumento do nível da voltagem CC para alcançar um potencial mais negativo pode
reduzir a taxa de corrosão CA. Os potenciais tubo-solo não podem ser mais negativos do
que os valores apresentados no Capítulo 5 desta Norma.
_____________
/ANEXO E
39
N-2801 REV. A DEZ / 2005
E-1 Para dutos instalados em regiões sujeitas à movimentação do solo, que possam
submeter o duto à esforços de compressão e tração, observar os critérios a seguir:
E-2 Para dutos com revestimento de fita de polietileno, selecionar para investigar a
ocorrência de CST todos os trechos em que ocorreram descolamento no revestimento e
deformação plástica no duto. Dar atenção especial aos primeiros 30 km de dutos enterrados
após a estação de compressores.
E-3 Nos locais de falha do revestimento com presença de eletrólito, fazer a medição do pH
e concentração de BRS da solução retida entre o revestimento e o duto e coletar para
análise o produto de corrosão.
E-4 Nos locais onde ocorrer o contato direto tubo/solo, aplicar a técnica de classificação de
corrosividade do solo apresentado no ANEXO F.
E-5 Remover o revestimento com jato de água e jato abrasivo em todo o local que houve
descolamento do revestimento fazer inspeção não destrutiva por partículas magnéticas.
_____________
/ANEXO F
40
N-2801 REV. A DEZ / 2005
F-1 INTRODUÇÃO
Índice Índice
Parâmetros do Solo Parâmetros do Solo
Parcial Parcial
Resistividade Cloreto
(ohm.cm) (mg/kg)
> 12 000 0 < 100 0
12 000 à 5 000 -1 100 à 1 000 -1
5 000 à 2 000 -2 > 1 000 -4
< 2 000 -4
BRS (NMP/g) Sulfeto (mg/kg)
< 2 x 10 +2 Ausente 0
2 x 10 à 103 0 < 0,5 -2
> 103 à 6 x 104 -2 > 0,5 -4
> 6 x 104 -4 - -
(CONTINUA)
41
N-2801 REV. A DEZ / 2005
(CONCLUSÃO)
Índice Índice
Parâmetros do Solo Parâmetros do Solo
Parcial Parcial
Sulfato
pH
(mg/kg)
>5 0 < 200 0
<5 -1 200 à 300 -1
- - > 300 -2
Umidade
(%)
< 20 0
> 20 -1
F-2.4 De posse dos índices parciais, deve ser calculado o índice total de agressividade do
solo. O solo é classificado conforme a TABELA F-2.
Índice Total de
Classificação do Solo
Agressividade
Não Agressivo 0
Ligeiramente Agressivo -1 à -7
Agressivo -8 à -10
Muito Agressivo < -10
F-3.1 Devem ser coletadas amostras do solo que envolve o duto, exatamente no local em
que ocorreu a falha. No local definido, a perfuração deve ser feita a trado. As amostras
devem ser imediatamente coletadas do interior da massa de solo compactada no trado,
através de material estéril:
a) espátulas;
b) frascos de vidro de 125 mL (para análise microbiológica);
c) sacos plásticos de 500 g (para análise química).
42
N-2801 REV. A DEZ / 2005
F-3.2 Nos frascos, o solo deve ser novamente compactado, preenchendo todo o volume
para assegurar-se melhor anaerobiose, evitando contato com as mãos e a exposição
prolongada ao ar. Os frascos devem ser identificados, tampados e vedados com fita
1)
TEFLON®.
F-3.4 Os sacos plásticos devem ser preenchidos, lacrados e identificados. A seguir, devem
ser mantidos em ambiente preferencialmente refrigerado, por um tempo menor possível até
a realização das análises químicas.
_____________
1) ®
Teflon é marca registrada da DuPont para resinas, filmes, fitas e fibras de politetrafluoretileno (PTFE), sendo
um exemplo adequado de um produto comercialmente disponível. Esta informação é dada para facilitar aos
usuários na utilização desta Norma e não significa uma recomendação do produto citado por parte da
PETROBRAS. É possível ser utilizado produto comprovadamente equivalente, desde que conduza a resultado
igual.
43
N-2801 REV. A DEZ / 2005
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
_____________
IR 1/1
N-2801 REV. A DEZ / 2005
Membros
_____________