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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. CONTEXTO HISTÓRICO
3. BRICS E SEUS INTEGRANTES
3.1 - Brasil
3.2 – Rússia
3.3 – Índia
3.4 - África do Sul
4 O BRASIL NO CONTEXTO DO BRICS
4.1 – Influência do BRICS
5 O G-20 INDUSTRIAL
6 O G-20 COMERCIAL

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

Após a Segunda Guerra Mundial, alguns países subdesenvolvidos se encontravam


num processo de transição entre estágios de desenvolvimentos e ficaram conhecidos
como economias emergentes, pois passaram a apresentar taxas mais elevadas de
crescimento econômico, considerando os demais países subdesenvolvidos, ao
direcionar seus investimentos ao desenvolvimento industrial e na melhoria da
qualidade de vida da população. Dentre estas economias, os cinco principais países
emergentes do mundo são: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que por
partilharem uma situação econômica, com índices de desenvolvimento
socioeconômicos semelhantes ficaram conhecidos como BRICS.
2. CONTEXTO HISTÓRICO

Em 2001 foi criada uma denominação que reunia dos países que mais cresciam
economicamente no mundo: BRICs. A princípio, o acrônimo criado pelo economista Jim
O’Neill era composto apenas pelo Brasil, Índia, China e Rússia, sendo acrescido
posteriormente a África do Sul, tornando-se a BRICS.

A BRICS não é um bloco econômico, porém após a 61ª Assembleia Geral das Nações
Unidas, em 2006 o mesmo deixou de ser apenas um acrônimo para adquirir caráter
diplomático. Desde então, os então países constituintes têm se aproximado cada vez mais
por meio de acordos. Um exemplo disso é a criação do Banco da BRICS, medida que
gera descontentamento por parte dos Estados Unidos e Reino Unido por representar um
forte concorrente para seus respectivos bancos (FMI e Banco Mundial).

Apesar de terem se unido e representarem mais de 20% do PIB mundial, recentemente


esse crescimento tem se estagnado decorrido à transferência do investimento do capital
estrangeiro para outros países emergentes como México e Coreia do Sul; isso se dá devido
ao fortalecimento das economias internas, tanto dos países da BRICS, quanto dos países
desenvolvidos que buscam países de políticas econômicas liberais para que possam obter
mais lucro. Além das resseções enfrentadas por países como Brasil e Rússia e a alarmante
queda na economia da China.

O objetivo principal da BRICS é articular a dinâmica econômica mundial, gerando uma


participação maior de economias até então periféricas ou emergentes; contribuindo com
a dissolução da hegemonia de países desenvolvidos, sobretudo os Estados Unidos.
Mesmo assim, segundo Adhemar Mineiro, assessor da Rede Brasileira pela Integração
dos Povos (REBRIP) é vista como pouco efetiva nesse sentido.

3. BRICS E SEUS INTEGRANTES

O BRICS é um agrupamento econômico atualmente composto por cinco países: Brasil,


Rússia, Índia, China e África do Sul. utilizando as iniciais dos quatro países considerados
emergentes, que possuíam potencial econômico para superar as grandes potências
mundiais em um período de, no máximo, cinquenta anos.
Não se trata de um bloco econômico ou uma instituição internacional, mas de um
mecanismo internacional na forma de um agrupamento informal, ou seja, não registrado
burocraticamente com estatuto ou registro formal.

No início era apenas um grupo de países que tinham interesses em comum, mas em 2006
passou a ser um mecanismo mundial. A partir do ano de 2011, a África do Sul também
foi oficialmente incorporada ao BRIC, que passou então a se chamar BRICS.

Os participantes do grupo possuem características econômicas em comum, como grande


volume de exportação de recursos minerais e commodities, forte acolhimento de capital
estrangeiro, crescimento regulado, mão de obra barata e abundante e melhoria nos
aspectos sociais (aumento do IDH, diminuição da pobreza e etc.). Por outro lado,
negativamente, se destacam a ainda situação precária da saúde pública, infraestrutura e a
política educacional, com exceção da China.

3.1 - Brasil

O Brasil é o maior produtor agrícola do mundo, sendo sua economia, em grande parte,
dependente da exportação de produtos primários (commodities), como soja, trigo e carne
bovina. Além disso, se destaca pelos recursos minerais existentes em seu território:
minério de ferro, aço e petróleo. A partir de investimento estrangeiro e parceria com
grandes empresários locais, busca aumentar seu processo de industrialização,
principalmente na produção de produtos tecnológicos.

3.2 - Rússia

O representante europeu é o segundo maior exportador de petróleo do mundo. Possuidor


de grandes quantias de recursos naturais, como ferro, aço e alumínio e indústria
maquinaria, o país apresenta um extenso mercador consumidor ativo. Diferentemente do
Brasil, o país carece de produtos naturais básicos e já possui uma frente industrializada
por todo território.

3.3 – Índia

Dentre os países envolvidos, a Índia é o menos desenvolvido. Com a recente abertura do


mercado, o país vem recebendo grandes volumes de investimento de capital estrangeiro,
principalmente norte americano e árabe. Possui um fortíssimo parque industrial
financiado, primariamente, por capital estrangeiro. Destaca-se a produção de
manufaturados, têxtil e tecnologia.
3.4 – China

A China é o país de maior destaque no grupo. Com um intenso processo educacional


(cerca de 99% da população jovem é alfabetizada), o país faz um incisivo investimento
na indústria de base, com enfoque aos bens de consumo e tecnologia. Com uma extensa
mão de obra, o país após a abertura de seu mercado para investimentos estrangeiros,
registra consecutivos crescimentos acima de 10% anuais.

3.5 - África do Sul


O último país a entrar no grupo foi a África do Sul. É o país mais rico da região africana,
com cerca de 20% do continente, e um dos maiores exportadores de minérios do planeta.
É o principal exportador de ouro, platina e manganês, além de grande destaque na
exportação de diamantes e gás natural. Ressalta-se também a agricultura local, sobretudo
cana-de-açúcar, milho e trigo. Com extensas relações com o mercado asiático, a África
do Sul deve liderar a lista de crescimento anual em 2012

4. O BRASIL NO CONTEXTO DO BRICS

Dos demais países que compõem o BRICS, o PIB do Brasil é o que possui menor taxa de
crescimento, que é de 3% ao ano, enquanto outros países que também compõem o BRICS,
como a China e a Índia, apresentam uma taxa de crescimento de 10%, mas neste caso é
importante ressaltar que o processo de crescimento econômico do Brasil iniciou-se antes
dos demais países, o que explica sua menor taxa de crescimento em relação aos demais.

O criador do BRIC, Jim O’ Neil, afirmou que o PIB brasileiro não precisa crescer mais
que 3% por ano para que se torne uma potência mundial. Para ele o controle da inflação
é muito mais importante, pois dessa forma os juros baixariam e o dinheiro seria mais
acessível, gerando consumo e lucro. Segundo o economista, o Brasil possui uma
vantagem a longo prazo: Os outros integrantes do BRICS sofrem com problemas
estruturais já enfrentados pelo país. O Brasil apresenta instituições fortes e democráticas.
Empresas como a Vale e a Petrobras atuam em uma economia política, econômica e
juridicamente estável. Mas o Brasil, muitas vezes é visto como o mais problemático do
BRICS, principalmente por causa de suas instituições pouco confiáveis e pela
desigualdade social que impede que a comunidade internacional tenha uma visão
favorável do país.
3.1 – Influência do BRICS

O BRICS vem conquistando influência cada vez maior na economia e na política mundial.
Juntos, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representam atualmente 43% da
população mundial e quase 30% do PIB global. O grupo, ganhou relevância a partir da
crise mundial, quando, além de representar 65% do crescimento do PIB global, passou a
apresentar novas propostas e soluções para os velhos problemas da economia mundial.

5. O G-20 INDUSTRIAL

O G-20 industrial-financeiro é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes


dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Foi
criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. Visa favorecer
a negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, levando em
conta o peso econômico crescente de alguns países, que, juntos, representam 90% do PIB
mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da
população mundial. Define-se G20 industrial como os 20 países que mais fabricam.

6. O G-20 COMERCIAL

O G-20 Comercial nasceu na Organização Mundial do Comércio (OMG) em 20 de agosto


de 2003, o grupo foi criado para tratar dos interesses em agricultura, que são comuns à
maioria dos países em desenvolvimento, no que se refere à eliminação de práticas que
distorcem o comércio e a produção agrícola; a busca de aumento substancial de acesso a
mercados; e desenvolvimento rural, segurança alimentar e necessidades de subsistência
dos agricultores nesses países. Seus membros não são fixos e é formado exclusivamente
por países emergentes e que são contrários a uma ação dos subsídios agrícolas. Os países
desenvolvidos têm o costume de subsidiar, que é pagar seus agricultores, e os países
emergentes não tem essa mesma condição econômica, tornando a competição
desiquilibrada. Os países emergentes não conseguem competir com o mesmo valor já que
sua agricultura não é subsidiada como os países desenvolvidos.
CONCLUSÃO

Conclui-se que apesar dos problemas internos enfrentados pelos países integrantes e as
discrepâncias em seus interesses políticos e econômicos, o BRICS sendo responsável por
20% do PIB mundial, com o maior mercado de consumo, possuindo mão-de-obra,
recursos naturais e potencial de crescimento, mostra que possui um grande peso
econômico e político, podendo desafiar as grandes potências econômicas mundiais como
os Estados Unidos e a União Europeia.
REFERÊNCIAS

▪ Mundo Educação. Geopolítica dos BRICS. Disponível em:


<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/geopolitica-dos-brics.htm>.
Acesso em: 20 de outubro de 2017.
▪ Wikipédia. BRICS. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/BRICS>
Acesso em 20 de outubro de 2017.
▪ Brasil Escola. Brics. Acesso em:
<http://brasilescola.uol.com.br/geografia/bric.htm>. Acesso em 20 de outubro de
2017.
▪ Guerino, Luiza Angélica. Geografia: A dinâmica do espaço mundial. 1ª ed.
Curitiba: Positivo, 2013.

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