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RIO DE JANEIRO
2020
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
ASSESSORIA TÉCNICA
SÉRGIO DA TRINDADE DA ROCHA – 2019
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES DA SILVA – 2018/2016
GUSTAVO ABREU DA FONSECA – 2017
EDIÇÃO
PLANO B EDUCAÇÃO
POLÍTICA CAMBIAL 15
FIXANDO CONCEITOS 1 18
2. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 19
O PAPEL DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 20
Classificação das Unidades Econômicas 20
Formas de Financiamento 21
Vantagens dos Intermediários Financeiros 23
FIXANDO CONCEITOS 2 25
MERCADO FINANCEIRO
3. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 26
O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 27
ÓRGÃOS NORMATIVOS 29
ENTIDADES SUPERVISORAS 29
FIXANDO CONCEITOS 3 31
MERCADO DE CRÉDITO 34
MERCADO DE CAPITAIS 35
MERCADO DE CÂMBIO 37
FIXANDO CONCEITOS 4 38
5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 39
CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS 40
Risco 40
Liquidez 41
Rentabilidade 41
INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO EMITIDOS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 42
Depósitos à Vista 42
Depósitos a Prazo 42
Depósitos de Poupança 42
Letras Financeiras 43
Outros tipos de captação bancária 44
INSTRUMENTOS FINANCEIROS EMITIDOS POR EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS 44
Ações 44
Debêntures 45
Notas Promissórias 45
MERCADO FINANCEIRO
FUNDOS DE INVESTIMENTO 46
Definições 46
Classificação dos Fundos de Investimento 47
TÍTULOS DO TESOURO DIRETO 48
DERIVATIVOS 49
Definição 49
Futuros 49
Opções 50
Swap 51
PREVIDÊNCIA PRIVADA COMPLEMENTAR 51
FIXANDO CONCEITOS 5 53
6. ADMINISTRAÇÃO DE RISCO 54
RISCOS QUE CORREM AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 56
Risco de Crédito 56
Risco de Liquidez 56
Risco de Mercado 57
Risco Operacional 57
Risco de Insolvência 58
Risco Legal 58
PERFIL DE RISCO DOS INVESTIDORES INDIVIDUAIS 58
FIXANDO CONCEITOS 6 61
GLOSSÁRIO 62
GABARITO 70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 71
MERCADO FINANCEIRO
ECONOMIA:
CONCEITOS BÁSICOS e FUNÇÕES
01 UNIDADE 1
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Identificar conceitos ■■ Diferenciar o setor
básicos de economia. financeiro do setor real da CONCEITOS BÁSICOS
economia.
■■ Identificar as características POLÍTICA MONETÁRIA
e os objetivos da política ■■ Definir o que é e como
monetária. é formado o mercado POLÍTICA FISCAL
financeiro.
■■ Listar os tipos de política
POLÍTICA CAMBIAL
fiscal. ■■ Identificar quais são
as funções básicas do SETOR REAL X SETOR
■■ Identificar as características
mercado financeiro. FINANCEIRO
da política cambial.
FUNÇÕES BÁSICAS DO
MERCADO FINANCEIRO
FIXANDO CONCEITOS 1
MERCADO FINANCEIRO 7
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS
Somente por meio do conhecimento de alguns conceitos básicos de eco-
nomia é que se pode entender, de forma ampla e crítica, o funcionamento
do mercado financeiro.
Assim, é importante que você saiba que a economia estuda a riqueza (indiví-
duo, sociedade, empresa ou nação), as transações de troca que se verificam
entre as pessoas (oferta e demanda) e países (importação e exportação). Além
disso, a economia também procura compreender a decisão de utilização de
recursos produtivos escassos por natureza (terra, trabalho e capital), que, por
sua vez, carregam o custo de oportunidade no processo de transformação e
produção de diversos bens e serviços, além de sua respectiva distribuição.
MERCADO FINANCEIRO 8
UNIDADE 1
—— Unidades Econômicas
As unidades econômicas são aquelas que, de alguma forma, influenciam a
economia a partir de suas decisões e ações, tomadas racionalmente. São elas:
■■ Famílias.
■■ Empresas (pública e privada).
■■ Governo.
Abordaremos a classificação das unidades econômicas entre superavitárias,
deficitárias e unidades com orçamento equilibrado, na próxima unidade.
—— Crescimento Econômico x
Desenvolvimento Econômico
Embora muitas vezes esses dois termos sejam usados como se fossem
a mesma coisa, crescimento econômico ocorre quando há expansão
quantitativa da capacidade produtiva ao longo do tempo.
MERCADO FINANCEIRO 9
UNIDADE 1
POLÍTICA MONETÁRIA
—— Definição e Objetivos
A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento,
títulos públicos e taxas de juros. O Banco Central do Brasil, também conhe-
cido como BC, BCB ou BACEN, é a instituição responsável pela administra-
ção da política monetária do país e tem sob seu controle a oferta de moe-
da, as taxas de juros e as condições de crédito para atingir alguma meta
desejada, como reduzir a taxa de inflação.
■■ Restritiva.
■■ Expansionista.
Uma política monetária é considerada restritiva quando as autoridades
monetárias promovem reduções dos meios de pagamento da economia,
retraindo o consumo, o investimento e a atividade econômica. As medidas
Liquidez é um conceito restritivas são tomadas quando o crescimento da demanda e dos investi-
econômico que considera a mentos empresariais se situam acima da capacidade da oferta de moeda
facilidade com que um ativo da economia, visando anular os efeitos da inflação. A adoção dessa polí-
pode ser convertido no meio de tica tem como objetivo restringir a oferta de crédito e elevar seu custo, de
troca da economia, ou seja, é a forma a adequar o consumo e o investimento agregados à oferta monetá-
facilidade com que ele pode ser ria da economia.
convertido em dinheiro. O
grau de agilidade de conversão Uma política monetária, por sua vez, é considerada expansionista quan-
de um investimento sem perda do eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos nos
significativa de seu valor mercados e elevando os meios de pagamentos. Essa situação é geralmen-
mede sua liquidez. te adotada em momentos de retração do nível da economia em que se
produz uma deflação.
MERCADO FINANCEIRO 10
UNIDADE 1
■■ Depósitos compulsórios.
■■ Redesconto bancário.
■■ Operações de mercado aberto.
Depósitos Compulsórios
Todo banco é obrigado a manter depositada, em sua conta de reserva
Importante bancária no BACEN, uma quantia que representa um determinado percen-
tual sobre o saldo dos depósitos à vista de seus clientes.
Quanto maior a alíquota
do depósito compulsório, Alterações na alíquota do depósito compulsório, ou seja, no percentual
menor a capacidade sobre os depósitos, representam o papel do compulsório como instru-
de o sistema bancário mento de política monetária. Os bancos têm sua capacidade de conce-
multiplicar empréstimos e, der empréstimos e, portanto, de criar depósitos à vista, restringida quan-
consequentemente, menor a do esse percentual é aumentado e vice-versa. Assim, se o percentual de
sua capacidade de criar meios depósito compulsório é aumentado, os bancos terão menos reservas livres
de pagamento na forma de para emprestar, pois terão que direcionar uma parcela maior dessas reser-
depósitos à vista. vas para a sua conta no BACEN.
Redesconto Bancário
O redesconto bancário é um empréstimo concedido pelo BACEN a um
banco comercial que enfrenta um problema temporário de liquidez, ou
seja, um banco que não possui reservas bancárias suficientes para cumprir
seus compromissos de curto prazo.
MERCADO FINANCEIRO 11
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO 12
UNIDADE 1
POLÍTICA FISCAL
A política fiscal centraliza suas preocupações com relação aos gastos do
setor público e aos impostos cobrados da sociedade. Assim, ela deve mos-
trar-se eficaz para que haja equilíbrio entre a arrecadação tributária e as
despesas governamentais, garantindo que sejam alcançados determina-
dos objetivos macroeconômicos e sociais.
Expansionista
A política fiscal expansionista acontece quando há uma ação do
Governo para estimular a economia a partir da adoção de políticas
de redução de impostos e aumento de suas despesas, que incen-
tivam o crescimento econômico pelo lado da demanda.
Investimentos
em infraestrutura
Pagamento
de funcionários
MERCADO FINANCEIRO 13
UNIDADE 1
Contracionista
Uma política fiscal contracionista ocorre quando o Governo obtém
superávit orçamentário com o objetivo de conter eventuais eleva-
ções da demanda que sejam interpretadas como inflacionárias.
O superávit orçamentário
ocorre quando as receitas FIGURA 2: POLÍTICA CONTRACIONISTA
arrecadadas são superiores
às despesas, significando,
portanto, que o governo Congelamento de
concursos públicos
agiu de forma prudente
e responsável, não se
comprometendo acima de
sua efetiva arrecadação Controle da
dívida pública
Pouca ênfase em
projetos de
infraestrutura
POLÍTICA
CONTRACIONISTA
Primário
É o resultado da arrecadação do governo (receitas) menos as des-
pesas, exceto juros da dívida. A grosso modo, é a geração de caixa
do governo; é a economia para reduzir o endividamento. Mostra se
as contas estão em ordem ou não. Um resultado primário positivo
(superávit) mostra contas sob controle e mostra que a dívida não
seguirá uma trajetória explosiva.
Nominal
O resultado nominal do governo equivale à arrecadação de impos-
tos (receitas) menos as despesas, incluindo os juros da dívida. É a
medida mais completa, já que o número representa a total neces-
Títulos públicos são papéis sidade de financiamento do setor público. Ao apresentar um déficit
emitidos pelo Tesouro nominal, o governo terá que se financiar, por exemplo, com a colo-
Nacional, que representam cação de títulos públicos.
uma forma de financiar a
dívida pública e permitem que
os investidores “emprestem”
dinheiro para o governo,
recebendo em troca uma
determinada rentabilidade.
MERCADO FINANCEIRO 14
UNIDADE 1
POLÍTICA CAMBIAL
O comércio internacional lida com diferentes moedas representativas das
economias envolvidas nas operações. Para se estabelecer a conversão
entre as moedas, o mercado instituiu a taxa de câmbio.
A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridade monetária de um
país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a moeda de sua emissão
(compra de moeda estrangeira) ou adquiri-la (vender moeda estrangeira).
A política cambial está baseada na administração das taxas de câmbio —
promovendo alterações das cotações cambiais — e, de forma mais abran-
gente, no controle das transações internacionais executadas por um país.
Ela é fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da eco-
nomia e promover seu desenvolvimento econômico.
Os regimes cambiais podem ser de:
MERCADO FINANCEIRO 15
UNIDADE 1
FUNÇÕES BÁSICAS DO
MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro possibilita que as unidades econômicas (também
conhecidas como agentes econômicos) estejam em contato, direto ou indi-
reto, a um custo mínimo e com as menores dificuldades possíveis para esse
Ações representam uma
relacionamento. Dessa forma, a utilização dos recursos financeiros da eco-
fração do capital social de
nomia pode ser otimizada, possibilitando um aumento geral da produtivida-
uma empresa. Ao comprar
de, da eficiência e do bem-estar da sociedade.
uma ação o investidor se
torna sócio da empresa, ou Ao viabilizar o contato entre unidades econômicas, o mercado financeiro
seja, de um negócio. Passa também cumpre as seguintes funções:
a correr os riscos deste
■■ Estímulo à formação de poupança – as instituições financeiras
negócio bem como participa
existentes no mercado financeiro estimulam a formação de pou-
dos lucros e prejuízos como
pança de diferentes formas. Assim, elas captam poupança e, em
qualquer empresário.
troca, emitem ativos com diferentes graus de liquidez. O mercado
As debêntures são títulos de capitais — no qual operam os bancos de investimento e corre-
de dívida de empresas toras de títulos — auxilia as empresas a emitirem títulos próprios,
privadas. Quem investe em como ações e debêntures. Os fundos de pensão, os fundos de
uma debênture se torna um investimento e as seguradoras são importantes demandantes des-
credor da companhia que ses títulos e, portanto, também estimulam a formação de poupança.
emitiu o título, financiando
■■ Facilitação da transferência de poupança entre as unidades
suas operações em troca do
econômicas – quando o mercado financeiro coloca em contato as
pagamento de juros.
diferentes unidades econômicas, a troca de recursos entre os que
MERCADO FINANCEIRO 16
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO 17
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 1
MERCADO FINANCEIRO 18
INTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA
02 UNIDADE 2
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Compreender como ■■ Distinguir as diferentes
ocorre o processo de formas de financiamento
intermediação financeira. disponíveis às unidades O PAPEL DA
econômicas. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
■■ Identificar os diferentes
tipos de unidades ■■ Definir o papel
FIXANDO CONCEITOS 2
econômicas e compreender desempenhado pelos
o papel desempenhado por intermediários financeiros.
cada um deles.
MERCADO FINANCEIRO 19
UNIDADE 2
O PAPEL DA
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
O processo de intermediação financeira pode ser entendido como a capta-
ção de recursos por instituições financeiras junto às unidades econômicas
superavitárias e o seu subsequente repasse para as unidades econômicas
deficitárias. Esta unidade busca descrever o papel desempenhado pelos
intermediários financeiros nas transferências de recursos entre poupado-
res e tomadores.
—— Classificação das
Unidades Econômicas
Pode-se dizer que a economia é composta por intermediários financeiros e
agentes ou unidades econômicas.
MERCADO FINANCEIRO 20
UNIDADE 2
—— Formas de Financiamento
A atividade de intermediação financeira justifica-se por servir de elo entre
as unidades superavitárias (US), ou seja, aquelas que têm sobra de caixa,
e as unidades deficitárias (UD), que necessitam de financiamento. Ou seja,
os intermediários financeiros proporcionam um encontro entre os recursos
financeiros excedentes das US e as necessidades de financiamento das UD.
Autofinanciamento
Para se financiar, uma UD pode vender ativos próprios, inclusive
instrumentos financeiros. Por exemplo, se for pessoa física, um
indivíduo pode vender ações em seu poder para financiar a com-
pra de um bem; ou uma empresa pode vender um terreno que
esteja ocioso para adquirir, com o dinheiro arrecadado, máquinas
novas que ampliem sua capacidade produtiva.
MERCADO FINANCEIRO 21
UNIDADE 2
Financiamento externo
A outra opção de uma UD para financiar seus gastos é obter recur-
sos de terceiros, o que pode ser feito de duas maneiras:
TÍTULO DIRETO
TÍTULO DIRETO
ATIVO FINANCEIRO
UD IF US
MERCADO FINANCEIRO 22
UNIDADE 2
—— Vantagens dos
Intermediários Financeiros
Os intermediários financeiros justificam sua existência por serem mais capa-
zes de reduzir os custos de transação e os problemas gerados pela assime-
tria de informações entre as partes do que as unidades econômicas em geral.
Porém, você pode estar se perguntando: o que são esses custos de tran-
sação? Simples: os custos de transação se referem aos gastos envolvi-
MERCADO FINANCEIRO 23
UNIDADE 2
Ganhos de escala
Em função da especialização (expertise) desenvolvida na coleta
de dados e no processamento das informações, os intermediários
financeiros apresentam vantagens relativas a ganhos de escala,
possibilitando a redução do custo por transação à medida que se
aumenta o número de transações. Todo intermediário financeiro
possui um departamento de análise de crédito, sendo os custos de
manutenção de tal estrutura divididos entre milhares de contratos.
O mesmo se aplica aos custos legais de elaboração de contratos
de empréstimo, entre outros custos operacionais.
MERCADO FINANCEIRO 24
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 2
MERCADO FINANCEIRO 25
SISTEMA
FINANCEIRO
03
NACIONAL
UNIDADE 3
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Identificar qual o papel ■■ Conhecer a estrutura
do Sistema Financeiro do Sistema Financeiro O PAPEL DO SISTEMA
Nacional. Nacional. FINANCEIRO NACIONAL
ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL (SFN)
ÓRGÃOS NORMATIVOS
ENTIDADES SUPERVISORAS
FIXANDO CONCEITOS 3
MERCADO FINANCEIRO 26
UNIDADE 3
O PAPEL DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
O SFN pode ser definido como o conjunto de instituições financeiras (públi-
Atenção cas e privadas) e instrumentos financeiros destinados a oferecer alternativas
de aplicação e de captação de recursos financeiros entre as unidades econô-
O Sistema Financeiro Nacional micas (famílias, empresas e Governo). Ele engloba não só o mercado financei-
(SFN) foi originalmente ro, mas também o de Seguros Privados e de Previdência Complementar.
estruturado como o conjunto
de instituições que integram Instituições
o mercado financeiro, com Compõem o mercado financeiro diferentes tipos de instituições
funções de intermediação financeiras, como bancos, corretoras, distribuidoras e segurado-
financeira, regulação e ras. Cada tipo de instituição exerce funções específicas, de acordo
fiscalização. com o que determinam suas respectivas legislações.
MERCADO FINANCEIRO 27
UNIDADE 3
Instrumentos financeiros
Podem ser divididos em duas classes:
PREVIC
CVM SUSEP
BCB Comissão de Superintendência
Superintendência
Banco Central do Brasil Nacional de Previdência
Valores Mobiliários de Seguros Privados
Complementar
MERCADO FINANCEIRO 28
UNIDADE 3
ÓRGÃOS NORMATIVOS
Os órgãos normativos são responsáveis pela regulamentação do sistema
financeiro. São três os órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional,
cada um sendo responsável por um determinado segmento do sistema.
ENTIDADES SUPERVISORAS
Essas entidades são responsáveis por supervisionar o bom funcionamento
do Sistema Financeiro Nacional. Elas possuem o objetivo de supervisionar
o segmento pelo qual são responsáveis, juntamente com o órgão normati-
vo a que estão subordinadas.
MERCADO FINANCEIRO 29
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO 30
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 3
(a) SUSEP.
(b) CMN.
(c) CVM.
(d) BACEN.
(e) PREVIC.
MERCADO FINANCEIRO 31
04
SEGMENTOS do
MERCADO FINANCEIRO
UNIDADE 4
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Identificar e caracterizar os quatro segmentos
do mercado financeiro.
MERCADO MONETÁRIO
MERCADO DE CAPITAIS
MERCADO DE CRÉDITO
MERCADO DE CÂMBIO
FIXANDO CONCEITOS 4
MERCADO FINANCEIRO 32
UNIDADE 4
Mercado monetário
Envolve as operações de curtíssimo e curto prazos.
Mercado de crédito
Engloba as operações de financiamento de curto e médio prazos.
Mercado de capitais
Contempla as operações financeiras de médio e longo prazos.
Mercado de câmbio
Corresponde às operações de compra e de venda de moeda
estrangeira.
Embora, para fins de análise, seja importante fazer a distinção entre esses
diferentes segmentos do Mercado Financeiro, você deve saber que, na
prática, eles estão interligados.
MERCADO FINANCEIRO 33
UNIDADE 4
MERCADO MONETÁRIO
O Mercado Monetário encontra-se estruturado visando ao controle da
liquidez monetária da economia. Os papéis são negociados nesse merca-
do tendo como parâmetro de referência a taxa de juros, que se constitui
como sua mais importante moeda de transação.
MERCADO DE CRÉDITO
O Mercado de Crédito visa suprir as necessidades de caixa de curto e
médio prazos das várias unidades econômicas, seja por meio de conces-
sões de crédito às pessoas físicas ou por empréstimos e financiamentos
às empresas.
MERCADO FINANCEIRO 34
UNIDADE 4
■■ Crédito rotativo.
■■ Contas garantidas.
■■ Desconto bancário de títulos.
■■ Crédito direto ao consumidor (CDC).
■■ Adiantamento de contrato de câmbio (ACC).
■■ Empréstimo para capital de giro.
MERCADO DE CAPITAIS
O objetivo do Mercado de Capitais é suprir as necessidades de investi-
mentos das unidades econômicas por meio de diversas modalidades de
financiamentos de médio e longo prazos, tanto para capital fixo quanto
para capital de giro. Também é possível encontrar, no Mercado de Capitais,
financiamentos com prazo indeterminado, como as operações que envol-
vem emissão e subscrição de ações.
MERCADO FINANCEIRO 35
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO 36
UNIDADE 4
MERCADO DE CÂMBIO
No Mercado de Câmbio, são realizadas as operações de compra e venda
de moedas estrangeiras. Esse mercado reúne todas as unidades econômi-
cas que têm motivos para realizar transações com o exterior, via operadores
de comércio internacional, instituições financeiras, investidores ou bancos
centrais, ou, ainda, que tenham que realizar exportações e importações,
pagamentos de dividendos ou recebimento de capitais ou outros valores.
MERCADO FINANCEIRO 37
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 4
MERCADO FINANCEIRO 38
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
05 UNIDADE 5
TÓPICOS
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: DESTA UNIDADE
DERIVATIVOS
PREVIDÊNCIA PRIVADA
COMPLEMENTAR
FIXANDO CONCEITOS 5
MERCADO FINANCEIRO 39
UNIDADE 5
CARACTERÍSTICAS DOS
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
—— Risco
O risco de um investimento está associado à sua rentabilidade. A expec-
tativa é que, quanto maior o risco esperado, maior a rentabilidade projeta-
da da operação. Entretanto, alguns instrumentos emitidos por instituições
financeiras têm risco próximo de zero se o valor da aplicação obedecer a
certo limite: o investidor que mantiver, em um determinado banco, o total
de seus depósitos à vista, a prazo e de poupança, limitado a R$ 250 mil,
tem garantidas para as suas aplicações, mesmo que o banco “quebre” (isto
é, entre em processo de liquidação extrajudicial).
MERCADO FINANCEIRO 40
UNIDADE 5
—— Liquidez
A liquidez de uma aplicação financeira depende de seu prazo — quan-
to menor o prazo, maior a liquidez esperada — e de haver um mercado
secundário que negocie o título — por exemplo, as ações emitidas por
grandes empresas são geralmente negociadas em bolsa. Depósitos em
bancos não são negociáveis, mas são de curto prazo; portanto, são consi-
derados líquidos em razão do prazo.
—— Rentabilidade
A rentabilidade dos instrumentos financeiros é determinada pelo mercado,
com exceção dos depósitos de poupança. As ações são instrumentos de
renda variável.
Prefixados
Quando os juros nominais para o investidor são pactuados entre
as partes no momento em que o instrumento é negociado.
Pós-fixados
Quando a remuneração é indexada, por exemplo, à variação de
índices de preços, à taxa SELIC, à taxa de câmbio etc.
MERCADO FINANCEIRO 41
UNIDADE 5
INSTRUMENTOS DE
CAPTAÇÃO EMITIDOS POR
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
O objetivo desta parte do material é dar uma noção geral dos principais ins-
trumentos de captação existentes no Mercado Financeiro. Por esta razão,
trataremos aqui apenas daqueles que julgamos importantes por serem
eles os mais falados em nosso dia a dia, tanto na mídia impressa ou falada
quanto no cotidiano de um profissional como um corretor de seguros.
—— Depósitos à Vista
São também denominados depósitos em conta corrente. Não são remune-
rados, mas são os mais líquidos e, como já vimos, eles são livres de risco
até um certo limite.
—— Depósitos a Prazo
É a denominação oficial dos certificados de depósito bancário (CDBs),
sendo atualmente a mais importante fonte de captação de recursos dos
bancos. Os CDBs têm prazos mínimos que, geralmente, variam de 30 a
120 dias. São títulos nominativos, de renda fixa (rentabilidade prefixada ou
pós-fixada), emitidos por bancos na modalidade de depósitos a prazo, sen-
do o prazo definido no momento da negociação.
—— Depósitos de Poupança
Mais conhecidos como caderneta de poupança. Desde 2012, a caderne-
ta de poupança possui uma nova forma de cálculo de remuneração. Por
essa regra, o dinheiro depositado na poupança será corrigido mensalmente
pelo equivalente a 70% da taxa básica de juros (taxa Selic) mais a variação
da Taxa Referencial (TR). Isso valerá sempre que a Meta SELIC estiver em
8,50% ao ano ou em patamar menor. Se a taxa estiver acima disso, o rendi-
mento continuará sendo o tradicional: 0,5% ao mês mais a variação da TR.
Esse investimento pode ser resgatado a qualquer momento, mas, caso o res-
gate ocorra fora da “data de aniversário”, o investidor perde a remuneração
equivalente aos dias decorridos após a data de aniversário (mensal) anterior.
MERCADO FINANCEIRO 42
UNIDADE 5
Importante
Os rendimentos da caderneta de poupança são isentos de imposto de renda (IR) para
as pessoas físicas.
Já para as aplicações realizadas por pessoas jurídicas, a cobrança de IR será influencia-
da pelo tipo de instituição: para as empresas sem fins lucrativos, os rendimentos serão
isentos, mas, para as demais organizações, serão tributados.
—— Letras Financeiras
Oferecidas no mercado brasileiro desde 2010, as letras financeiras são títu-
los de dívida privados emitidos por instituições financeiras para a captação
de recursos. São instrumentos de renda fixa que garantem mais flexibili-
dade às instituições financeiras na captação de recursos, na medida em
que podem ser ajustadas às suas necessidades. As letras financeiras estão
livres do recolhimento do depósito compulsório; dessa forma, apresentam
rentabilidades superiores às dos CDBs.
Saiba mais
Quando uma pessoa deposita certa quantia de dinheiro num banco comercial, esta
quantia fica disponível para que o banco a empreste a outro cliente. Este cliente, por
sua vez, não gasta imediatamente todo o dinheiro tomado como empréstimo, mas
deposita o valor tomado em um segundo banco. Neste ponto temos uma multiplicação
da moeda, já que o primeiro depositante tem a totalidade de seu dinheiro disponível
em moeda escritural (pode emitir um cheque nesse valor, ou fazer compras com cartão
de débito, por exemplo) e o segundo depositante também tem a mesma quantidade
disponível. Entretanto, a quantidade de moeda “real” é apenas a quantidade que foi
depositada pelo primeiro depositante. O principal objetivo do depósito compulsório é
evitar a multiplicação descontrolada da moeda escritural. O depósito compulsório é a
reserva obrigatória recolhida dos depósitos bancários, conforme percentual fixado pelo
Banco Central do Brasil (BCB), com a finalidade de restringir ou de alimentar o processo
de expansão dos meios de pagamento.
MERCADO FINANCEIRO 43
UNIDADE 5
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
EMITIDOS POR EMPRESAS
NÃO FINANCEIRAS
—— Ações
As ações são títulos de propriedade, isto é, representam a propriedade
de uma fração da empresa emissora. Sua valorização depende do com-
portamento do mercado acionário e, portanto, são consideradas títulos
de renda variável.
Dividendos
Parcela do lucro líquido distribuído aos acionistas.
MERCADO FINANCEIRO 44
UNIDADE 5
Bonificações
Quando a empresa aumenta seu capital, pode haver distribuição
gratuita de ações aos acionistas, em proporção ao número de
ações já possuídas.
Direito de subscrição
Se não for exercido, pode ser vendido em bolsa.
—— Debêntures
São títulos de dívida emitidos por sociedades por meio de ações, de capital
aberto ou fechado. São nominativos, negociáveis e de médio e de longo
prazo. Rendem juros fixos ou variáveis e podem possuir cláusulas de cor-
reção monetária.
—— Notas Promissórias
Também conhecidas como commercial papers, são títulos cujo prazo de
vencimento varia de 30 a 180 dias. Seu rendimento é, na maioria dos casos,
prefixado, e, ao contrário do que ocorre com as debêntures, as empresas
emissoras não oferecem garantias reais.
MERCADO FINANCEIRO 45
UNIDADE 5
FUNDOS DE INVESTIMENTO
—— Definições
Fundo de investimento é um conjunto de recursos monetários formado por
Saiba mais depósitos de grande número de investidores que se destinam à aplicação
coletiva em carteira de títulos e valores mobiliários.
Os fundos de investimento
têm crescido em muitos Os fundos de investimento são representados por grupos de investidores
países, em detrimento da que reúnem, em fundo comum, os recursos monetários de muitos inves-
base tradicional de depósitos tidores, vendendo-lhes cotas de participação e podendo obter condições
dos bancos, apesar de não mais favoráveis de negociação.
haver qualquer tipo de seguro
Os fundos são regidos por um regulamento a partir do qual são estabeleci-
para os cotistas em caso de
das todas as regras de seu funcionamento e demais informações relevan-
quebra de um fundo mútuo.
tes como: tipos de ativos que irão compor a sua carteira, limites máximos
e mínimos para cada um dos ativos, estratégias de investimento, perfil de
risco etc.
MERCADO FINANCEIRO 46
UNIDADE 5
■■ Curto prazo.
■■ Referenciados.
■■ Renda fixa.
■■ Ações.
■■ Cambiais.
■■ Dívida externa.
■■ Multimercado.
Curto prazo
Aplicam seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais
ou privados prefixados ou indexados à CDI/SELIC ou a outros índi-
ces. Esses títulos podem ser indexados a taxas de juros ou infla-
ção, com prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio da
carteira do fundo inferior a 60 dias.
Referenciados
Investem, no mínimo, 95% de sua carteira em títulos ou operações
Benchmarking é um
que buscam acompanhar a variação do indicador de desempe-
processo de comparação
nho escolhido (benchmarking). Podem ser indexados a índices de
de produtos, serviços e
juros (como o CDI), inflação (como IGPM, IPCA), moedas estran-
práticas empresariais, e é
geiras e outros.
um importante instrumento
de gestão. Renda fixa
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados
à variação da taxa de juros ou a um índice de inflação.
MERCADO FINANCEIRO 47
UNIDADE 5
Ações
Devem manter, no mínimo, 67% da carteira investidos em ações nego-
ciadas em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado.
Cambiais
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relaciona-
dos à variação de preços de moeda estrangeira ou à variação do
cupom cambial.
Dívida externa
Aplicam, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos representa-
tivos da dívida externa de responsabilidade da União, sendo per-
mitida a aplicação do restante em outros títulos de créditos transa-
cionados no mercado internacional.
Multimercados
Fundos multimercados podem ter características como performan-
ce, risco e liquidez muito diferentes uns dos outros, dependendo
da estratégia de cada fundo.
TÍTULOS DO
TESOURO DIRETO
Assim como fazem muitas empresas, o Governo financia seu déficit por
meio da venda de títulos, conhecidos genericamente como títulos públi-
cos. Esses títulos compõem a dívida pública mobiliária ou, simplesmente,
dívida pública.
MERCADO FINANCEIRO 48
UNIDADE 5
DERIVATIVOS
—— Definição
Derivativos são contratos cujos valores dependem de um fator de risco, como:
Importante ■■ O preço de uma mercadoria, de um instrumento financeiro ou de
Operação de hedge consiste uma moeda.
em assumir uma posição ■■ Índices de preços ou de Bolsa.
comprada ou vendida em um
■■ Taxas referenciadas.
derivativo ou investimento,
visando minimizar ou eliminar o Os derivativos mais usados, conhecidos como derivativos de primeira gera-
risco de outros ativos. Ou seja, ção, são os contratos futuros, de opções e de swaps. Tais contratos podem
funciona como uma proteção ser utilizados como mecanismos de hedge (proteção) ou para especulação.
contra oscilações inesperadas
Veja a seguir as definições de cada um deles.
dos instrumentos financeiros.
—— Futuros
Os contratos futuros representam um acordo entre vendedor e comprador
que irão entregar e receber um ativo (mercadoria, moeda, ativo financei-
ro, índice, taxa referenciada) por um preço previamente estabelecido para
liquidação em uma data futura. Como são padronizados, é possível a rever-
são da posição ao longo do contrato.
MERCADO FINANCEIRO 49
UNIDADE 5
—— Opções
É um instrumento financeiro que garante ao investidor o direito futuro de
compra ou venda de um ativo por um preço predeterminado. Existem duas
modalidades de contrato de opção:
MERCADO FINANCEIRO 50
UNIDADE 5
—— Swap
É um contrato que prevê a troca (swap) de fluxos de caixa derivados de
dois instrumentos financeiros diferentes. Por exemplo, quem tem uma dívi-
da em dólar e receitas em reais pode querer trocar esse “risco dólar” pelo
“risco taxa de juros” com quem tem receitas em dólar e dívida corrigida
pela taxa de juros.
PREVIDÊNCIA PRIVADA
COMPLEMENTAR
Previdência Privada é uma alternativa de aposentadoria complementar
à Previdência Social. A principal característica da Previdência Privada é
que sua adesão é opcional e tem como objetivo básico a manutenção do
padrão de vida de uma pessoa quando decide parar de trabalhar.
Os benefícios podem ser contratados para serem pagos por toda a vida do
participante, por um período limitado de tempo ou de uma só vez.
MERCADO FINANCEIRO 51
UNIDADE 5
Fundos de pensão
Os fundos de pensão têm como objetivo fundamental acumular
fundos a partir de um sistema de capitalização, que garantam o
pagamento de aposentadoria e outros benefícios para seus asso-
ciados. São organizados sob a forma de fundação ou sociedade
civil, sem fins lucrativos, e são acessíveis, exclusivamente, aos
empregados de uma empresa ou grupo de empresas, ou aos ser-
Saiba mais vidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municí-
pios, ou aos associados, membros de pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial.
Os fundos de pensão são
investidores institucionais Sua expansão é mais marcante em países que não dispõem de um
que aplicam uma sistema público de aposentadoria satisfatório ou, ainda, naqueles
proporção relativamente que estejam reformando (privatizando) seus sistemas de bem-es-
elevada de seus ativos no tar social. No Brasil, assim como em muitos outros países, os maio-
Mercado de Capitais. res fundos de pensão estão vinculados às entidades públicas.
MERCADO FINANCEIRO 52
FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 5
MERCADO FINANCEIRO 53
ADMINISTRAÇÃO
de RISCO
06 UNIDADE 6
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Identificar e compreender ■■ Identificar e compreender
os diferentes tipos de os diferentes tipos de
riscos que correm as perfis de riscos dos RISCOS QUE CORREM AS
instituições financeiras. investidores individuais. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
FIXANDO CONCEITOS 6
MERCADO FINANCEIRO 54
UNIDADE 6
Quanto mais longo o período que utiliza para suas estimativas em relação
ao comportamento futuro de certas variáveis — demanda, preços, taxa de
juros —, menores são suas chances de acerto e maior é a incerteza.
O risco difere da incerteza porque pode, dentro de certos limites, ser men-
surado. Entretanto, medir com precisão o grau de risco é uma tarefa quase
impossível. O cálculo do risco de um ativo é baseado em análise probabilís-
tica. Esse cálculo é feito a partir de estatísticas históricas, ou seja, com base
no comportamento passado desse ativo. Se ocorrerem fatos de natureza
diversa daqueles verificados no passado, esse cálculo é prejudicado.
MERCADO FINANCEIRO 55
UNIDADE 6
Para que fique claro para você, pense no seguinte exemplo: dois ativos
financeiros que tenham o mesmo prazo de maturação e rendam a mesma
taxa de retorno — um deles é considerado mais arriscado do que o outro.
Obviamente, o ativo de menor risco sempre será escolhido. Por outro lado,
para que o ativo de maior risco seja preferido, é necessário que ofereça
rentabilidade superior à do ativo de menor risco.
—— Risco de Crédito
É a possibilidade de que a contraparte de um empréstimo (tomador) ou
operação financeira não queira ou não possa cumprir suas obrigações
contratuais, gerando, assim, perdas para a instituição financeira.
O risco pode ser diminuído por meio de uma cuidadosa diversificação das
operações entre diferentes setores ou áreas geográficas e também a partir
da análise financeira das contrapartes envolvidas.
—— Risco de Liquidez
As instituições financeiras sofrem com a dificuldade de encontrar o balan-
ço correto entre seus ativos e passivos. O risco de liquidez se relaciona
com a possibilidade de descasamento entre os fluxos financeiros de ativos
e passivos de uma instituição financeira e seus reflexos sobre a capacida-
de financeira da instituição de honrar suas obrigações.
MERCADO FINANCEIRO 56
UNIDADE 6
—— Risco de Mercado
O risco de mercado está associado à possibilidade de perdas decorrentes
Commodities são produtos de mudança nos preços dos ativos retidos pelas instituições financeiras.
que funcionam como matéria- Os preços dos ativos podem variar em virtude de modificações na taxa de
prima, são produzidos em juros, na taxa de câmbio, no preço de ações e de commodities etc.
escala e podem ser estocados
sem perda de qualidade, O risco de mercado é particularmente relevante em operações nos merca-
como petróleo, suco de laranja dos de futuros e opções. Nesses tipos de operação, pequenas alterações
congelado, boi gordo, café, nas taxas praticadas pelo mercado ou nos preços dos ativos podem levar
soja e ouro. Commodity vem a fortes perdas para os aplicadores, dado o elevado grau de alavancagem,
do inglês e originalmente ou seja, os valores em jogo — possibilidade de ganho ou perda — podem
significa “mercadoria”. ser muitas vezes superiores ao capital aplicado.
—— Risco Operacional
O risco operacional se refere à possibilidade de perda originada por falhas
na estrutura organizacional da instituição financeira, seja relativa a falhas
humanas, gerenciais, de controle ou dos sistemas operacionais, ou, ainda,
pela perda dos valores éticos e corporativos que unem os diferentes ele-
mentos dessa estrutura.
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UNIDADE 6
—— Risco de Insolvência
O risco de insolvência se refere à possibilidade de uma instituição finan-
ceira se tornar insolvente. Uma instituição financeira se torna insolvente
quando seu patrimônio líquido estiver abaixo do mínimo exigido pelas
autoridades supervisoras. Tal possibilidade pode ser resultado de diversas
situações de risco, como perdas em negociação com títulos, aplicações em
derivativos, diminuição do valor contábil dos empréstimos resultante da
inadimplência, parcial ou total, dos tomadores de empréstimo; variações
na taxa de câmbio.
—— Risco Legal
O risco legal corresponde à possibilidade de que contratos não sejam exe-
cutados porque as leis ou regulações não dão suporte às regras estabe-
lecidas entre uma instituição financeira e seus clientes, outras instituições
financeiras ou o Governo.
Perfil conservador
É aquele que prioriza a segurança e a liquidez nos investimentos
em lugar de buscar alta rentabilidade. Esse tipo de cliente prefere
investimentos com retornos previsíveis, normalmente buscando
investimentos de renda fixa. Em alguns casos, pode ser incluída
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UNIDADE 6
Perfil moderado
É o tipo de investidor que gosta da segurança de investimentos de
renda fixa, mas quer, ou pode dar uma “apimentada” na carteira
de investimentos. Geralmente, esse investidor quer ter um retorno
sem correr riscos expressivos. Por isso, participa, em parte, tam-
bém em fundos multimercado ou de ações.
Perfil balanceado
Esse é o investidor que tem condições e apetite para buscar
ganhos mais expressivos, mas ainda tem algumas limitações para
correr grandes riscos. A diversificação é um pouco maior e a expo-
sição à renda fixa é menor.
Perfil arrojado
Esse perfil caracteriza quem não tem problema em correr riscos
no curto e médio prazo e tem conhecimento de que o retorno nor-
malmente está ligado ao risco assumido. Seus objetivos são de
Volatilidade é aquilo que longo prazo, portanto, sua carteira pode estar sujeita à volatilidade
muda de preço em pequenos durante o período de acumulação.
intervalos de tempo.
Apesar do apetite ao risco, esse tipo de investidor tem total cons-
ciência e corre apenas riscos calculados que estejam de acordo
com seu planejamento de longo prazo.
Perfil agressivo
É aquele investidor que busca obter o máximo de retorno possível,
não levando em conta os riscos assumidos. Normalmente, esse
investidor toma decisões por conta própria, muitas vezes levado
pela emoção, e não segue regras ou parâmetros para investir.
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UNIDADE 6
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FIXANDO CONCEITOS
FIXANDO CONCEITOS 6
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GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO
A
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GLOSSÁRIO
CETIP: Foi criada em 1986 pelas instituições financeiras e pelo Banco Cen-
tral com o intuito de realizar a custódia, o registro e a liquidação financeira
das operações feitas com todos os papéis privados e os títulos estaduais
e municipais.
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GLOSSÁRIO
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GLOSSÁRIO
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GLOSSÁRIO
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GLOSSÁRIO
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GLOSSÁRIO
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GLOSSÁRIO
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GABARITO
GABARITO
—— Fixando Conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDREZO, A.; LIMA, I. Mercado financeiro: aspectos conceituais e histó-
ricos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Site
Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
www.fgc.org.br
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