Você está na página 1de 5

Branquitude é racismo reverso

O problema brasileiro,que eu sempre comparei,mutatis

mutandi,com a Alemanha Nazista ,se aproxima deste apocalipse

cada vez mais.

Na juventude Marx escreveu um texto importantísssimo:” A

Questão Judaica”,no qual dizia que não havia um problema

judaico de fundo racial,mas que os problemas atinentes a ele

tinham a ver com a questão social.Que a sua origem é social:a

excludência ou incusão dos judeus na sociedade européia atendia a

interesses econômicos e sociais de classe,que se cristalizavam em

diferenciações nosográficas,étnicas e de cor eventualmente,só para

garantir o apartheid,que por sua vez mantém estes setores “

seguros”,em princípio,em relação ao seu poder e interesse.

Neste contexto o caldo de cultura derivativo desta base social

essencial transforma o problema numa questão trasncendente ao

do problema social,o escondendo com os mesmos objetivos de

sempre.Mas a situação é aquela,fundamental.


O reconhecimento no Brasil do problema negro não há de

obscurecer os outros problemas,quais sejam:o do indio,da mulher

e ...do branco pobre.O da fome,o das injustiças em geral.

É verdade que na Alemanha Nazista quem foi mais atingido foram

os judeus,mas cidadãos comuns,pessoas boas,ricas ou

pobres,homoafetivos,artistas e é mais que um perigo vitimizar um

grupo só,porque isto distorce o fato social real e ajuda a

reprodução das formas ocultas ou não de preconceito.

Se o outro individual ou coletivamente tem atributos que ameaçam

a minha posição eu o ameaço,o ignoro ou o destruo.No plano

individual não se pode banalizar o preconceito,porque ele

reproduz este caldo de cultura supradito.Por menor que seja a

manifestação do preconceito,deve ser reconhecida e repelida.

No século XIX os alemães,ainda divididos,receberam,da Europa

do leste, judeus que enirqueceram no pais,como os primeiros

Rotchilds.Muitos alemães permaneceram em extrema pobreza e

começaram a se ressentir da presença deste povo,que,inclusive já


falava na sua pátria.Mas dentro um sistema de valores,que exige

uma hierarquia(toda axiologia impõe uma hierarquia de

valores),um governo alemão tem o dever até de ajudar

imigrantes,mas a prioridade é o seu cidadão,que paga impostos.

Muitos governos na Alemanha do século XIX,na maioria

aristocráticos,deixaram de lado os seus súditos para enveredar por

projetos megalomaníacos,com a ajuda do dinheiro judeu.Isto não é

uma injustiça?

Aqui no Brasil,os negros escravos foram deixados de lado por

mão-de-obra estrangeira,considerada pelo imperador Pedro II

como mais capaz de trabalhar os campos.Eu queria perguntar à

direita monárquica que está aí,porque não ocorreu ao imperador

incluir os ex-escravos no sistema social brasileiro?Desde que o

Imperador subiu ao trono,no tempo da Revolta Farroupilha,o

trabalhador livre europeu foi progressivamente sendo

importado,porque se sabia que mais cedo ou mais tarde a

escravidão acabaria,principalmente no sul e que havia uma


intenção de fazer lá esta inclusão.A exclusão do negro,como

fenômeno da exclusão em geral é construido por décadas.

Eu era totalmente contra a ação afirmativa,porque entendia que a

solução destes desequilibrios entre raças ,grupos,etnias se dava

pelo processo educacional,a universalização do

ensino.Contudo,como já dissera em outros artigos,a demora em

implementar esta proposta me trouxe a verdade de que o excluido

não tinha porque esperar,porque é um direito dele sair da

exclusão.Então mudei de ideia,que é uma atitude tipica de quem é

inteligente e boa pessoa.

Contudo a ação afirmativa não podia ser só endereçada aos

negros,mas ao pobre e a todo aquele que sofre uma injustiça.

Como processo politico de criação escandalosa,que visa a atenção

da sociedade,a ação do Magazine Luiza pode e deve ser

contextualizda,mas se permanecer deste jeito,em outros setores,vai

criar as condições para uma guerra racial no Brasil.


É curioso como um governo de esquerda,há pouco no

poder,dividiu o Brasil e agora um setor da burguesia nacional o

acompanha.

Quem vai me convencer de que não existe por trás disto um

propósito econômico e politico?(de classe?).Quem vai me

convencer de que um branco abonado ,capaz,não vai ser

excluído?Ou um pobre mesmo?Que alternativas terão?É justo que

por causa de uma condição econômica e social alguém perca os

seus direitos de cidadania?

Você também pode gostar