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AGO 2005 Projeto ABNT NBR 12244

Construção de poço tubular para


ABNT – Associação
captação de água subterrânea
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20031-901 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300
Fax: (21) 2220-1762
Endereço eletrônico:
www.abnt.org.br 1º Projeto de Revisão

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ABNT–Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Folha provisória – não será incluída na publicação como norma
Todos os direitos reservados

Apresentação
I) Este Projeto de Revisão de Norma:
1) é previsto para substituir a NBR 12244:1992 - Construção de poço para captação
de água subterrânea , quando for aprovado, sendo que nesse interim, a referida
continua em pleno vigor;
2) foi preparado pela CE-02:144.40 - Comissão de Estudo de Projeto e construção de
poço para captação de água subterrânea do ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de
Construção Civil;
3) recebe sugestões de forma e objeções de mérito, até a data estipulada no eidtal
correspondente;
4) não tem valor normativo

II) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

REPRESENTANTES ENTIDADES

Adalberto A de Souza SANEPAR


Antônio Pedro Viero CREA-RS
Benjamin M Vasconcelos Neto CORNER
Carlos Eduardo Giampa DH Perfurações
Claudio P Oliveira HIDROGEO – RS
Edgard Olivetto Junior SANEQUALI
Fernando Pons da Silva JUPER
Heli Alves Garcia TUPY
João Carlos S Souza SABESP
João Horácio Pereira SANEPAR
Joel Felipe Soares ABAS
José Eduardo de Lima DAE
Marcos Justino Guarda SANEPAR
Ricardo Santaliestra Pina SINDUSCON
Sergio Gouveia Azevedo IPT
AGO 2005 Projeto ABNT NBR 12244

Construção de poço tubular profundo


ABNT – Associação para captação de água subterrânea
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 /28º andar Origem: ABNT NBR 12244:1992
CEP 20031-901 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300 ABNT/CB-02 – Comitê Brasileiro de Construção Civil
Fax: (21) 2220-1762 / 2220-6436 CE–02:144.40 – Comissão de Estudo de Projeto e Construção de Poço para
Endereço eletrônico:
www.abnt.org.br Captação de Água Subterrânea
ABNT NBR 12244 – Public water supply system – Wells for extraction of
groundwater – Construction – Procedure
Descriptors: water.water supply system.Well
Esta norma cancela e substitui a ABNT NBR 12244:1992
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ABN – Associação Brasileira de
Normas Técnicas
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Impresso no Brasil
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Palavra(s)-chave: Água. Poço. Captação de água 08 páginas

Sumário

1.Objetivo
2.Referências normativas
3.Definições
4.Desenvolvimento da construção
5.Condições gerais
6.Condições específicas
7.Serviços e obras complementares

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de
Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por
representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros
(universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta
Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis na construção de poço tubular para captação de água subterrânea,
estabelecendo procedimentos técnicos para o acesso seguro aos mananciais subterrâneos, objetivando a extração
de água de forma eficiente e sustentável.

1.2 - Esta Norma se aplica a todos os poços tubulares, construídos em rochas com características físicas diversas.
2 PROJETO ABNT NBR 12244:2005

2 Referências normativas

A(s) norma(s) relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem
prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação.
Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que
verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes da(s) norma(s) citadas a seguir. A
ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 12212:1992 – Projeto de poço tubular para captação de água subterrânea.

3 Definições

Para aplicação desta norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.6 além das definições da NBR 12212.

3.1 Amostra de calha: Material fragmentado proveniente da perfuração, coletado em intervalos representativos das
formações geológicas atravessadas.

3.2 Desenvolvimento: Conjunto de processos mecânicos e/ou químicos que favoreçam o fluxo de água do aqüífero
para o poço.

3.3 Fiscal: Técnico legalmente habilitado (CREA) em construção de poços para captação de água subterrânea, a
serviço do contratante.

3.4 Furo piloto ou guia: Perfuração efetuada para obtenção de dados preliminares das características das rochas
em subsuperfície. Em muitos casos, constitui a primeira etapa de construção de um poço.

3.5 Perfilagem ótica: Filmagem das paredes internas do poço, realizada com equipamento de vídeo especial
através de descida no interior do poço, com tomadas laterais e de fundo.

3.6 Tamponamento: Preenchimento de perfurações improdutivas e ou poços abandonados, em toda a sua


extensão, por material inerte, pasta de cimento e/ou pellets de argila expansiva, com a finalidade de impedir
acidentes e a contaminação dos mananciais subterrâneos.

4. Desenvolvimento da Construção

4.1 - Elementos necessários


Na construção de um poço para captação de água subterrânea, tornam-se indispensáveis os seguintes elementos:
a) projeto executivo do poço – NBR 12212;
especificações dos materiais e equipamentos auxiliares;
b) especificações de serviços complementares;
c) onograma físico da obra;
d) equipamento de perfuração;
e) responsável técnico habilitado;
f) fiscal;
g) condições de recebimento do poço.

4.2 - Atividades necessárias


A construção de poços para captação de água subterrânea compreende as seguintes atividades:

a) preparação do canteiro de obra:


acesso, serviços de terraplenagem, encascalhamento e confecção de bases;
instalação da perfuratriz e dos equipamentos auxiliares;
disposição dos materiais;
instalações diversas;

b) perfuração:
perfuração inicial para colocação do tubo de boca;
execução de furo-piloto ou furo-guia;
amostras de calha;
PROJETO ABNT NBR 12244:2005 3

perfuração nos diâmetros e profundidades projetados;


verificação dos parâmetros da perfuração;
verificação das condições reológicas do fluido de perfuração;

c) dimensionamento da coluna de revestimento:


elaboração do perfil litológico com base no exame e descrição das amostras;
execução e interpretação de perfilagens elétricas e radioativas, de diâmetros, de densidade, sônicas,
laterais e outras;
elaboração do perfil de penetração;
correlação entre os vários perfis para montagem do perfil composto;

d) dimensionamento de pré – filtro:


análise granulométrica de amostras representativas;

e) colocação da coluna de revestimento;

f) colocação de pré – filtro;

g) desenvolvimento;

h) execução de teste de vazão;

i) coleta de água para análise;

j) serviços e obras complementares;


selamento;
desinfecção;
construção de laje de proteção sanitária;
lacre;
elaboração do relatório final.

5. Condições Gerais

5.1 - Serviços preliminares

5.1.1 O local da perfuração deve ser devidamente preparado para instalação da perfuratriz e seus acessórios, bem
como para a construção das obras temporárias, como reservatórios de lama e água, valetas de escoamento, etc.

5.1.2 A disposição dos materiais e equipamentos deve obedecer ao critério de organização e praticidade, de modo a
não prejudicar nenhuma das fases da obra.

5.1.3 Medidas gerais de proteção e segurança devem ser adotadas para evitar acidentes pessoais na área de
serviço.

5.1.4 Em local conveniente, deve ser instalada a infra-estrutura necessária, vestiário, refeitório, sanitário e água
potável, de modo a assegurar ao pessoal da obra condições de descanso e higiene compatíveis com a natureza dos
serviços.

5.2 - Perfuração

5.2.1 O construtor deve dispor na obra de máquina perfuratriz e de equipamentos, ferramentas e materiais em
quantidade e capacidade suficientes para assegurar a execução dos trabalhos.

5.2.2 Qualquer substituição de máquina, ferramenta ou acessório indispensável durante a perfuração para a
execução do poço, deve correr por conta e risco do construtor.

5.2.3 A perfuração deve ser efetuada nos diâmetros e profundidades estabelecidos no projeto executivo do poço
(ver NBR 12212).
4 PROJETO ABNT NBR 12244:2005

5.2.4 Qualquer alteração nos diâmetros estabelecidos e/ou nas correspondentes profundidades só pode ser
efetivada mediante autorização do contratante, baseada em parecer técnico da fiscalização.

5.2.5 A perfuração pode ser, inicialmente, executada através de um furo-piloto, com posterior alargamento nos
diâmetros previstos no projeto construtivo do poço.

5.2.6 A amostra de calha deve ser coletada a cada 2 metros e a cada mudança de litologia.
5.2.7 As amostras coletadas devem ser secas e dispostas em ordem crescente de perfuração, em caixas numeradas
com os respectivos intervalos de profundidade.

5.2.8 Uma vez examinadas pela fiscalização, as amostras devem ser acondicionadas em sacos plásticos
etiquetados ou em vidros rotulados com as seguintes informações: identificação do poço e intervalo de
profundidade.

5.2.9 As amostras selecionadas para análise granulométrica, pesando no mínimo 1 kg, devem ser enviadas ao
laboratório, que deve fornecer a curva granulométrica de cada uma delas.

5.2.10 Durante os trabalhos, o construtor deve manter na obra um registro diário de perfuração atualizado, contendo
as seguintes informações mínimas:

a) diâmetros da perfuração executada;

b)metros perfurados e profundidade total do poço no fim da jornada de trabalho;

c) material perfurado e avanço da penetração;

d) profundidade do nível de água no início e no fim da jornada de trabalho, se possível.

5.2.11 Com base na descrição das amostras coletadas, nas informações do diário de perfuração e nos registros dos
perfis corridos, deve ser montado o perfil composto, definindo a posição dos intervalos ou zonas aqüíferas.

5.3 Fluido de Perfuração

5.3.1 O fluido de perfuração deve ter os principais parâmetros reológicos monitorados durante os trabalhos, de
forma a proporcionar segurança e eficiência à perfuração, como também minimizar danos ao aqüífero.

5.3.2 De acordo com as características litológicas e exigências do projeto poderão ser utilizados fluídos com
formulações distintas a seguir:
a) formulações de fluído à base de água com altos teores de sólidos;
b) formulações de fluído à base de água com baixos teores de sólidos.

5.3.3 O fluído utilizado para o sistema de perfuração pelo método rotativo, salvo em situações especiais, deve ser
mantido com as seguintes características:

a) viscosidade funil marsh entre 35 e 60 s/quart


3
b) densidade entre 1,00 e 1,08 g/cm

c) pH entre 7,0 e 9,5

d) teor de areia < 1%, em volume

e) filtrado abaixo de 15 cm³

f) espessura reboco < 1mm

g) viscosidade aparente entre 15 cP e 30 cP

h) viscosidade plástica entre 8 e 20 cP

i) limite de escoamento entre 12 e 20 lb/100 pés²

j) teor de sólidos (vol.) < 5%


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5.3.4 O fluido de perfuração para o sistema roto-pneumático, salvo em situações especiais, deve ser mantido com as
seguintes características:

VE = VH2O + VAR VE = Volume de espuma

A razão água / volume RAV expressada percentualmente é:

RAV = VH2O X 100 ou VH2O X 100


VE V H2O + VAR

a) vazão de injeção 12 a 18 L/min


b) RAV 2%
c) dosagem de agente espumante entre 2,5 e 5 L/m³

5.3.5 É proibido, no preparo do fluido de perfuração, empregar aditivos a base de hidrocarbonetos ou outras
substâncias capazes de poluir o aqüífero, com exceção de polímeros sintéticos específicos.

5.4 Perfilagem elétrica e radioativa

5.4.1 - A perfilagem para definir características físicas das litologias seccionadas e disposição das seções filtrantes
em poços produtores de água, deve contemplar os seguintes parâmetros: SP, Gama, Indução, Sônico, Caliper e
verticalidade. As ferramentas utilizadas na execução dessas perfilagens devem obedecer às normas API.

5.5 Colocação da coluna de tubos, filtros e pré-filtro

5.5.1 As determinações da abertura das ranhuras dos filtros e da granulometria do material de pré-filtro devem ser
feitas a partir das curvas granulométricas das amostras selecionadas na perfuração.

5.5.2 A colocação da coluna de tubos e filtros deve evitar deformações ou ruptura do material que possam
comprometer a sua finalidade ou dificultar a introdução de equipamentos.

5.5.3 Ao longo da coluna de tubos e filtros, devem ser utilizados centralizadores, de modo a mantê-la centralizada e
assegurar a posterior colocação de pré – filtro.

5.5.4 As juntas e conexões do revestimento devem ser perfeitamente estanques.

5.5.5 Em poços totalmente revestidos, a extremidade inferior da coluna de tubos e filtros deve ser obturada por meio
de peça apropriada ou de selamento.

5.5.6 Em poços parcialmente revestidos, a extremidade inferior da coluna de tubos e filtros deve ser ancorada
adequadamente em rocha não desmoronante.

5.5.7 A colocação do pré-filtro, quando requerida no programa construtivo do poço, deve ser feita paulatinamente, de
modo a formar anel cilíndrico contínuo e homogêneo entre a parede da perfuração e a coluna de tubos e filtros.

5.5.8 A colocação do pré-filtro deve ser executada após a diluição completa do fluido de perfuração no contra fluxo
da água bombeada no espaço anular ou por bombeamento direto com tubo auxiliar.

5.5.9 A complementação do nível do pré-filtro deve ser assegurada durante o desenvolvimento do poço.

5.6 - Desenvolvimento

5.6.1Instalada a coluna de tubos e filtros, deve-se proceder ao desenvolvimento do poço, até que a turbidez e a
3
concentração de areia estejam dentro dos limites admissíveis, 5 NTU e 10 g/m , respectivamente.

5.6.2 O desenvolvimento deve ser efetuado através da combinação de métodos escolhidos em conformidade com
as características do aqüífero.

5.6.3 Nos poços perfurados com fluido, podem ser utilizados, durante o desenvolvimento, agentes químicos
dispersantes, a fim de facilitar a remoção das argilas.

5.6.4 Nenhum bombeamento efetuado durante o desenvolvimento deve ser considerado como teste de vazão.

5.7 Disposições gerais

5.7.1 Todo poço deve ser construído por empresa habilitada, sob responsabilidade técnica de profissional de nível
superior, devidamente credenciado junto ao CREA, com a ART da obra, e com base em projeto executivo (
ver NBR 12212 ).
6 PROJETO ABNT NBR 12244:2005

5.7.2 O construtor deve apresentar o cronograma físico da obra, com previsão de início das seguintes fases:

a) perfuração, perfilagem;
b) colocação dos tubos lisos, filtros e pré-filtro;
c) desenvolvimento e limpeza;
d) testes.

Nota. Nenhuma destas fases pode ser efetivada sem a presença ou o conhecimento prévio da fiscalização.

5.7.3 Concluído o poço, o construtor deve encaminhar ao contratante o relatório técnico construtivo.

5.7.4 O relatório deve conter os seguintes elementos:


a) nome do proprietário;
b) localização do poço (local, sítio, rua, fazenda, município, estado);
c) Coordenadas (UTM ou Geográficas) e cota do terreno;
d) método de perfuração e equipamentos utilizados;
e) perfil composto: Construtivo e litológico - Profundidades em metros “m” / diâmetros em milímetros
“mm” ou polegadas.
f) entradas de água;
g) materiais utilizados (diâmetro, tipo, espessura e quantidade);
h) selamentos (indicação dos trechos selados);
i) planilhas de teste final de bombeamento, com todas as medidas efetuadas, duração, data,
equipamentos e aparelhos utilizados;
j) análise físico-química e bacteriológica da água, firmada por laboratório idôneo;
k) indicação da vazão de explotação do poço e respectivo nível dinâmico;
l) especificações dos equipamentos instalados;

m) nome, número de registro no CREA e assinatura do profissional habilitado.

6. Condições específicas

6.1 - Teste de vazão (bombeamento e recuperação)

6.1.1 - Concluída a construção, deve-se proceder à execução do teste de vazão para determinação das condições
de explotação.

6.1.2 - O construtor deve dispor de equipamentos necessários para garantir a continuidade da operação durante o
período de teste.

6.1.3 - O equipamento de teste deve ter capacidade para extrair vazão igual ou superior à prevista em projeto.

6.1.4 - Na instalação de equipamento de bombeamento no poço, deve-se colocar uma tubulação auxiliar destinada a
medir os níveis de água.

6.1.5 - O conjunto de bombeamento deverá ser instalado abaixo do nível dinâmico previsto e jamais junto aos filtros.

6.1.6 - As medições de nível de água no poço devem ser feitas com medidor que permita leituras com precisão
centimétrica.

6.1.7 - Na determinação da vazão bombeada, devem ser empregados dispositivos que assegurem facilidade e
precisão na medição. Para vazões de até 40m³/h, devem ser empregados recipientes de volume aferido. Vazões
acima de 40m³/h devem ser determinadas por meio de sistemas contínuos de medida, tais como vertedouros, orifício
calibrado, tubos Venturi e outros.

6.1.8 - A tubulação de descarga da água deve ser dotada de válvula de regulagem sensível e de fácil manejo,
permitindo controlar e manter constante a vazão em diversos regimes de bombeamento.

6.1.9 - O lançamento da água extraída deve ser feito a uma distância do poço determinada no projeto, que não
interfira nos resultados dos testes.
PROJETO ABNT NBR 12244:2005 7

6.1.10 - As medidas de nível de água no poço, durante o bombeamento, devem ser efetuadas nas seguintes
freqüências de tempos, a partir do início do teste.

Período (min) Intervalo de leitura (min)


0 – 10 1
10 – 20 2
20 – 60 5
60 – 120 10
120 – 600 30
600 – 900 60
900 - em diante 120

6.1.11 - O teste de vazão deve ser iniciado com o bombeamento à vazão máxima definida no projeto, em período
mínimo de 24h.

6.1.12 - Uma vez terminado o ensaio de bombeamento deve-se proceder ao teste de recuperação do nível, sendo
medida até, no mínimo, 80% do rebaixamento verificado, conforme os intervalos de tempo do quadro abaixo:

Período (min) Intervalo de leitura (min)

0 - 10 1
10 - 20 2
20 - 30 5
30 - 60 10
60 - 120 20
120 - 240 30
240 - em diante 60

6.1.13 - O teste de vazão escalonado deve ser efetuado em etapas de mesma duração, com vazões progressivas,
em regime contínuo de bombeamento, mantida a vazão constante em cada etapa. A passagem de uma etapa à
outra deve ser feita de forma instantânea, sem interrupção do bombeamento.

6.1.14 - O plano de teste deve prever escalonamento de vazões com percentuais da vazão máxima, conforme
projeto.

6.1.15 - As medidas de vazão devem ser efetuadas em correspondência com as do nível de água.

6.1.16 - Em casos de vazão inferior a 5m³/h, o teste final de bombeamento deve manter vazão constante, com a
condição de que tenha duração total não inferior a 24h, assegurada a estabilização do nível dinâmico durante o
mínimo de 4 h.

7. Serviços e obras complementares

7.1 - Teste de alinhamento


A verificação do alinhamento deve ser feita mediante a introdução de gabarito visando à colocação do equipamento
de exploração para a vazão projetada.

7.2 - Teste de verticalidade


A medida de verticalidade deve ser feita por dispositivos aprovados pela fiscalização. As leituras dos desvios devem
ser tomadas de maneira a permitir o traçado do perfil geométrico do poço.

7.3 - Selamento

7.3.1 - O processo de selamento de qualquer espaço anular deve ser feito numa operação contínua.

7.3.2 Todo poço deve ter selo de proteção sanitária, situado no espaço anular entre o tubo de revestimento e a
parede da perfuração, com espessura mínima de 50 mm.

7.3.3 O material utilizado no selamento, em situações normais, deve ser constituído de calda de cimento ou pellets
de argilas expansivas com retardo de inchamento.

7.3.4 - Nenhum serviço pode ser efetuado no poço nas 48 horas seguintes ao selamento feito com cimento, a não
ser que se utilize produto químico para aceleração da pega (cura); se o selo for constituído de pellets de argilas
expansivas, a espera para hidratação total deve ser de 12 horas.

7.3.5 - Espaços anulares a serem selados por pellets de argila expansiva não poderão conter previamente fluido de
perfuração a base de polímeros com sais inibidores de argila; a preexistência de tais fluidos inibidores condicionam
a sua substituição por fluido a base de bentonita ou água somente no momento da aplicação do pellet.
8 PROJETO ABNT NBR 12244:2005

7.4 - Laje de proteção

7.4.1 - Concluídos todos os serviços no poço, deve ser construída uma laje de concreto, fundida no local,
envolvendo o revestimento.

7.4.2 - A laje de proteção deve ter declividade do centro para a borda, a espessura mínima de 10 cm e área não
inferior a 1,0 m2. A coluna de tubos deve ficar saliente no mínimo 30 cm sobre a laje.

7.5 - Coleta de água para análise

7.5.1 - A coleta para análise bacteriológica deve ser feita em frasco apropriado e esterilizado seguindo as
o
recomendações do laboratório, devendo ser mantido em temperatura inferior a 8 C até a entrega no laboratório, o
que deverá ser feito em no máximo 12 horas após a coleta. A amostragem deve ser efetuada durante o ensaio de
bombeamento e no mínimo 24 horas após a desinfecção final do poço.

7.5.2 - Durante a coleta de água, devem ser medidos o pH e a temperatura da água no poço.

7.5.3 - A amostra para análise físico-química deve ser coletada quando do teste de bombeamento, em recipiente
apropriado conforme recomendações do laboratório. O prazo entre a coleta e a entrega da amostra no laboratório
não deve exceder 24h.

7.6 - Desinfecção

7.6.1 - A desinfecção final deve ser feita com aplicação de solução bactericida, em quantidade que resulte
concentração de 50 mg/L de cloro livre ou de outra solução oxidante apropriada para poços de água.

7.6.2 - A solução deve ser introduzida no poço por meio de tubos auxiliares, sendo revolucionada através de
circulação em regime fechado de forma que permita a completa desinfecção das paredes do poço e da tubulação
situada acima do nível da água.

7.6.3 - A solução deverá ser bombeada em regime de circuito fechado por, no mínimo, 2 horas, ficando
posteriormente o poço em repouso por um período mínimo de 04 horas, quando deverá ser feito o expurgo da
solução.

7.7 - Acabamento

7.7.1 - Tampa
Após a conclusão dos trabalhos de perfuração, o poço deve ser lacrado com chapa soldada, tampa rosqueável com
cadeado ou outro dispositivo de segurança.

7.7.2 - Proteção final


Após a instalação do conjunto de bombeamento, a cabeça do poço deverá ser provida de tampa e lacre que o
proteja de contaminações e acidentes, e permita o acesso para operação e controle do poço, medição do nível da
água e inserção de produtos para desinfecção e limpeza. Nos poços surgentes deverá ter dispositivo que impeça o
desperdício de água.

7.7.3 - Área de Operação


Os poços deverão ter uma área de operação com um raio mínimo de 1 metro a partir do tubo de revestimento,
destinada à conexão da rede hidráulica e elétrica, equipamentos para monitoramento e desinfecção. Esta área deve
ser isolada, preferencialmente por instalações em alvenaria, grade ou tela removível, que permitam acesso de
equipamentos para procedimentos de manutenções periódicas. Em casos de poços rebaixados, a proteção em
alvenaria deverá ter perfeito isolamento que impeça a entrada de água, detritos, animais e drenos eficientes.

7.7.4 - Finalização
As paredes externas da cabeça do poço e a laje de proteção deverão ser pintadas com tinta à base de epóxi, os
drenos deverão permanecer livres e as instalações hidráulicas deverão ser isentas de vazamentos, com a finalidade
de manter a estanqueidade e a higiene do local.

7.7.5 - Poços improdutivos


Poços improdutivos e ou abandonados devem ser desinfectados e tamponados de forma segura para evitar
acidentes e que se tornem vetores de contaminação dos mananciais subterrâneos. O tamponamento consistirá no
preenchimento total do poço com material inerte - brita, cascalho ou mesmo material proveniente da própria
perfuração desde que assegurada a não contaminação por agentes externos - na porção inferior e pasta de cimento
na porção superior. Pode-se também utilizar pellets de argila em intervalos variados com a finalidade de isolar
camadas distintas.

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