Você está na página 1de 3

« - Deixa lá, o Tempo é um mestre de cerimónias que sempre acaba por nos pôr no lugar

que nos compete.» in A Caverna de José


Saramago

«Não tenho a certeza de nada, salvo que não podemos continuar aqui parados, à espera
que o mundo nos caia em cima (...).» in A Caverna de
José Saramago

«Cipriano Algor disse para a filha, Tu deita-te, que eu fico a olhar pelo lume (...).»
in A Caverna de José
Saramago

« - É um modelo – dizia um dia D. Laura – um rapaz assim é que dá gosto a uma mãe.»
in O Conde d’Abranhos de Eça de
Queiroz

« - Espera, Jacinto! (...) O comboio pára aqui uma hora... Come com tranquilidade. Não
escangalhemos este almocinho com arrumações de maletas... O Grilo não tarda a aparecer.»
in A Cidade e as Serras de Eça de
Queiroz

«Mas, à porta, que de repente se abriu, apareceu minha prima Joaninha, corada do passeio
e do vivo ar (...), trazendo ao colo uma criancinha, gorda e cor-de-rosa (...).»
in A Cidade e as Serras de
Eça de Queiroz

«Valentina tinha orgulho nos seus pés bonitos e dizia: – Casa-te só com um homem que
tenha os pés bonitos. São o espelho da alma.
- Julgava que os olhos é que são o espelho da alma...» in Um cão que sonha de Agustina
Bessa-Luís

«Escolhia para Valentina uma toilette virtuosa, às pintinhas, com a qual ela poderia ir à
missa e assistir a um casamento.» in Um cão que sonha de
Agustina Bessa-Luís

«Um velho no Inverno é isto que conto, e vai-se tecendo o livro com a sua figura (...).»
in Peregrinação de Barnabé nas Índias de Mário
Cláudio
«Com a unha, que consente que cresça sem mesura, vai sublinhando o velho os
parágrafos a tinta preta, e ao soletrar o que lê a meia voz, pontua-se-lhe o papel de camarinhas de
saliva.»
in Peregrinação de Barnabé nas Índias de Mário
Cláudio

«Fez rodar a cadeira e olhou para as estantes. Estava a sentir-se bastante contente consigo
próprio» in Balbúrdia na Cidade Tom
Sharpe

«Só gostava que houvesse hoje em dia mais gente como ele – disse.»
in Balbúrdia na Cidade de Tom
Sharpe

«Sem querer, tínhamo-nos posto a brincar, como um ano atrás, ao Jogo do Olho Vivo.»
in Delfim de José Cardoso
Pires

«Uma velha que ia no seu caminho volta atrás para dar a sua espreitadela no carro
“Santas Noites”, resmunga; e segue.» in Delfim de
José Cardoso Pires

« - Porque é o verniz que ela usa. Pinta sempre as unhas daquela cor. Um aço prateado,
sabes como é?» in Delfim de José
Cardoso Pires

«O motorista voltou e subimos. Heinz pensava que, às nove, ia haver um baterista, mas
para onde é que nós íamos? » in O Lobisomem de
Boris Vian

«O táxi arrancou lentamente. Era um velho Viraquatro, cujo motorista era meio surdo.»
in O Lobisomem de Boris
Vian

« Uma vaca mugia no palheiro e a rapariga soltou outra risada.


- Lá torna o diabo da vaca.
- Deixa-a mugir.» in Uma Abelha na Chuva de Carlos de
Oliveira
«Entrou em casa pela porta da cozinha. Mariana começava a lida diária e fez uma cara de
espanto ao vê-lo chegar da rua àquela hora.» in Uma Abelha na Chuva de Carlos de
Oliveira

«Acordo cedo, às vezes sete, sete e meia, a ouvir as vozes frescas e trémulas; e fico
assim, de olhos fechados, a escutar, delicado.»

in É proibido Apontar de José Rodrigues Miguéis

“O verbo ler não suporta o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o
verbo amar… o verbo sonhar… É evidente que se pode sempre tentar. Vejamos: “Ama-
me!” “Sonha!” “Lê!”. “Lê, já te disse, ordeno-te que leias!”
- Vai para o teu quarto e lê!
Resultado?
Nada.
Ele adormeceu sobre o livro (…).

in Como um romance de Daniek Pennac

Você também pode gostar