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1.

Uma das formas de se apresentar a atual organização do Estado é


distribuindo suas atividades de forma setorizada. Assim, muitos
doutrinadores afirmam que a Administração Pública, hoje, se divide em
primeiro, segundo e terceiro setores. Explique a afirmativa acima.
(2 Pontos)

O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas


questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com
a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das
inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor ( é a sociedade civil
organizada, como exemplo, a igreja).
2.A desconcentração e a descentralização são institutos iguais e se
referem à criação de órgãos públicos. Certo ou errado? Justifique.
(2 Pontos)

Errado. A criação e extinção de órgãos públicos é exemplo de


desconcentração, no entanto extravasa a competência do Presidente da República, uma vez
que a competência para dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da
administração federal não inclui a criação ou extinção de órgãos públicos (art. 84,VI, "a").

A desconcentração consiste na criação de órgãos públicos que integram a Administração


Pública direta. É a descentralização que pressupõe a criação de entidades que integrarão a
Administração Pública indireta.
Na descentralização por colaboração, ocorre a transferência apenas da execução da
atividade, como é o caso das concessionárias e permissionárias de serviço público. É na
descentralização por outorga que ocorre a transferência da titularidade e da execução do
serviço público, como ocorre nas entidades da Administração indireta.
3.A desconcentração pode dar enseja à criação das autarquias e das
empresas públicas. Certo ou errado? Justifique.
(2 Pontos)

Errado. É a descentralização que pressupõe a criação de


entidades que integrarão a Administração Pública indireta. E a autarquia é criada por lei.
4.Sempre que a Administração Pública estiver envolvida em relações
jurídicas, sejam elas de direito público ou de direito privado, o interesse
da Administração deverá prevalecer, pois ele sempre deve imperar sobre
os interesses privados. Certo ou errado? Justifique.
(2 Pontos)
Certo. Pelo princípio da supremacia do interesse público, em
detrimento do particular, que está respaldado no artigo 78 do CTN.
5.O princípio da indisponibilidade do interesse público é distinto do
princípio da supremacia do interesse público, significando este a
impossibilidade de livre transigência e aquele uma relação de
verticalidade entre o interesse público e o privado. Certo ou errado?
Justifique.
(2 Pontos)
Errado. É de extrema importância ressalvar que o Princípio da Indisponibilidade do Interesse
Público está diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração Pública, o
que se faz diferente ao se falar do Princípio da Supremacia do Interesse Público, que
fundamenta essencialmente os atos de império em sua forma direta.

Deveras, manifesta-se o princípio da indisponibilidade tanto no desempenho das atividades-


fim, quanto no das atividades-meio da Administração, tanto quando ela atua visando o
interesse público primário, como quando visa ao interesse público secundário, tanto quando
atua sob regime de direito público, como quando atua sob regime predominante de direito
privado.”

De fato o interesse público deve ser supremo. Por isso, a Administração Pública é colocada em
um patamar de superioridade em relação aos particulares, a fim de buscar a realização dos
interesses da coletividade. Para tanto a Administração Pública se vale da supremacia do
interesse público e da indisponibilidade de tal interesse, que tem o dever de zelar, proteger e
administrar tudo que for referente à coisa pública.

O interesse individual também deve ser observado pelo administrador e seguir caminho
diverso pode resultar em um grande problema, uma vez que muitos interesses particulares
podem ser suprimidos, ofendendo inclusive a dignidade humana desse cidadão, preceito este
muito bem resguardado pela Constituição Federal de 1988.

Em suma, a supremacia do interesse público deve ser utilizada de forma atenuada pela
Administração, pois o interesse privado não pode ser suprimido ou prejudicado em relação a
um interesse publico. Adotando esse pensamento certamente se tem um Estado Democrático
de Direito, em que interesses públicos e privados são observados e, devidamente respeitados,
pois nenhum deles prevalece sobre o outro, vivendo harmonicamente entre si.

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