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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11

25/11/2015 PLENÁRIO

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.331 DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO


REQTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES
DO BRASIL - ANOREG/BR
ADV.(A/S) : FREDERICO HENRIQUE VIEGAS DE LIMA E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
DOS TERRITÓRIOS

Ementa: AÇÃO DIRETA. RESOLUÇÃO DE TRIBUNAL DE


JUSTIÇA. CRIAÇÃO DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS.
1. A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de que a criação
de serventias extrajudiciais depende de lei formal, não podendo ser
promovida por resolução de Tribunal de Justiça.
2. Procedência do pedido.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do


Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Ministro Ricardo
Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas
taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar procedente o pedido
formulado na ação direita, nos termos do voto do Relator. Ausente, neste
julgamento, o Ministro Gilmar Mendes.
Brasília, 25 de novembro de 2015.

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR

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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.331 DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO


REQTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES
DO BRASIL - ANOREG/BR
ADV.(A/S) : FREDERICO HENRIQUE VIEGAS DE LIMA E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
DOS TERRITÓRIOS

RE LAT Ó RI O

O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):

1. Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade cujo objeto


é a Resolução nº 6, de 7 de outubro de 2004, do Pleno Administrativo do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Confira-se o teor
do ato:

“O PLENO ADMINISTRATIVO DO TRIBUNAL DE


JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, no uso de
suas atribuições legais e considerando a aprovação da Proposta
de Reestruturação dos Serviços de Notas e Registro do Distrito
Federal, na sessão do dia 24 de setembro de 2004, RESOLVE:
Art. 1º. Criar, no âmbito do Distrito Federal, os seguintes
serviços de notas e de registro, observado, quanto à
competência territorial, o disposto no anexo que integra a
presente Resolução:
I - 10º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal,
resultante do desmembramento do 1º Ofício de Registro de
Imóveis do Distrito Federal;
II - 11º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal,
resultante do desmembramento do 2º Ofício de Registro de
Imóveis do Distrito Federal;

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III - 12º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal,


resultante do desmembramento do 3º Ofício de Registro de
Imóveis do Distrito Federal;
IV - 13º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal,
resultante do desmembramento do 3º Ofício de Registro de
Imóveis do Distrito Federal;
V - 10º Ofício de Registro Civil, Títulos e Documentos e
Pessoas Jurídicas de Brasília;
VI - 11º Ofício de Registro Civil, Títulos e Documentos e
Pessoas Jurídicas de Brasília;
VII - 8º Ofício de Notas de Brasília;
VIII - 9º Ofício de Notas de Brasília;
IX - 4º Ofício de Protesto de Títulos de Brasília;
X - 5º Ofício de Protesto de Títulos do Guará;
XI - 13º Ofício de Notas e Protesto de Títulos de Ceilândia;
XII - 14º Ofício de Notas e Protesto de Títulos do Paranoá;
XIII - 5º Ofício de Notas, Protesto de Títulos, Registro
Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Santa Maria;
XIV - 6º Ofício de Notas, Protesto de Títulos, Registro
Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de São
Sebastião;
XV - 7º Ofício de Notas, Protesto de Títulos, Registro Civil,
Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Riacho Fundo;
XVI - 8º Ofício de Notas, Protesto de Títulos, Registro
Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Águas
Claras;
XVII - 1º Ofício de Notas, Registro Civil, Títulos e
Documentos e Pessoas Jurídicas do Guará.
Art. 2º. A instalação dos novos serviços obedecerá aos
seguintes prazos:
I - 6 (seis) meses:
a) notas;
b) protesto de títulos;
c) registro civil das pessoas naturais e de interdições e
tutelas; e
d) registro de títulos e documentos e civis das pessoas

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jurídicas.
II - 1(um) ano: registro de imóveis.
Art. 3º. Nenhum serviço será instalado sem prévio
concurso público, vedada qualquer hipótese de interinidade
para instalação.
Art. 4º. Atribuir a especialidade de protesto de títulos aos
seguintes serviços de notas:
I - 5º Ofício de Notas de Taguatinga, que passará a
denominar-se 5º Ofício de Notas e Protesto de Títulos de
Taguatinga;
II - 6º Ofício de Notas de Taguatinga, que passará a
denominar-se 6º Ofício de Notas e Protesto de Títulos de
Taguatinga;
III - 7º Ofício de Notas de Samambaia, que passará a
denominar-se 7º Ofício de Notas e Protesto de Títulos de
Samambaia.
Parágrafo único. A acumulação do novo serviço deverá ser
implantada após o prazo de 6 (seis) meses, observada a
autorização e vistoria prévia da Corregedoria para o início do
funcionamento.
Art. 5º. Atribuir as especialidades de registro civil, títulos e
documentos e pessoas jurídicas ao 11º Ofício de Notas e
Protesto de Títulos de Sobradinho, que passará a denominar-se
11º Ofício de Notas, Protesto de Títulos, Registro Civil, Títulos e
Documentos e Pessoas Jurídicas de Sobradinho.
Parágrafo único. A acumulação dos novos serviços deverá
ser implantada após o prazo de 6 (seis) meses, observada a
autorização e vistoria prévia da Corregedoria para o início do
funcionamento.
Art. 6º. Extinguir o 8º Ofício de Registro Civil, Títulos e
Documentos e Pessoas Jurídicas de Sobradinho.
Art. 7º. Extinguir a Sucursal do 1º Ofício de Notas,
Registro Civil, Títulos e Documentos, Pessoas Jurídicas e
Protesto de Títulos, a partir da instalação do 1º Ofício de Notas,
Registro Civil, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas do
Guará.

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Art. 8º. Os serviços de notas e de registro criados deverão


ser instalados de acordo com as especificações quanto à
localidade, prazo de instalação e outras que se fizerem
necessárias, a serem definidas no ato de outorga da delegação.
Art. 9º. Os Titulares dos Ofícios de Registro de Imóveis
desmembrados deverão exercer, pessoalmente e por escrito, no
prazo máximo de quinze dias a contar da publicação desta
Resolução, perante o Corregedor, a opção prevista no art. 29, I,
da Lei 8.935/94.
Parágrafo único. No silêncio do Titular, considerar-se-á
que optou pela permanência na titularidade da delegação
originária.
Art. 10. A Corregedoria de Justiça submeterá ao Tribunal,
logo após expirado o prazo de opção do artigo anterior, as
regras do concurso público para o provimento das novas
serventias extrajudiciais.
Art. 11. A transferência de acervos, quando necessária,
deverá ocorrer simultaneamente com a instalação dos novos
serviços.
Art. 12. Atos suplementares necessários à implantação da
reestruturação serão editados pela Corregedoria.
Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.”

2. Em síntese, alega a requerente que a Resolução: (i)


ofenderia os direitos adquiridos dos atuais serventuários de permanecer à
frente do seu serviço e de exercer livremente seu direito de opção em caso
de desmembramento e desdobramento (CF/88, arts. 5º, XXXVI, e 236, § 3º;
Lei Federal nº 8.935/1994, art. 29, I); (ii) frustraria a exigência de concurso
público, porque permitiria que os delegatários – que selecionaram suas
serventias em ordem de classificação – fossem prejudicados por simples
ato administrativo; (iii) invadiria matéria reservada à lei; (iv) criaria
registros de imóveis em áreas onde só haveria construções irregulares.

3. Em conclusão, a requerente pede a suspensão do ato

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impugnado e, em caráter definitivo, a declaração de sua invalidade.

4. O Tribunal Pleno, apreciando questão de ordem suscitada


pelo Relator, Ministro Joaquim Barbosa, suspendeu a eficácia dos arts. 2º,
caput, I e II; 4º, parágrafo único; 5º, parágrafo único; e 9º da Resolução.
Veja-se a ementa do acórdão:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.


LIMINAR. QUESTÃO DE ORDEM.
SUSPENSÃO DO ART. 2º, CAPUT, I E II; DO
PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 4º; DO PARÁGRAFO ÚNICO
DO ART. 5º E DO ART. 9º DA RESOLUÇÃO 6/2004 DA
PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS. RITO DO ART. 12 DA LEI
9.868/1999.
Conveniência de julgamento da ação segundo o rito do
art. 12 da Lei 9.868/1999 e configuração do periculum in mora
para deferimento de cautelar.
Questão de ordem que se resolve com a suspensão de
dispositivos do ato atacado que se referem a prazos para a
implementação de suas disposições. Precedente: ADI 3.319-
QO.”

5. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios


prestou informações, em que narrou o procedimento de aprovação do ato
impugnado (fls. 493-496).

6. O Advogado-Geral da União defendeu a validade do ato


(fls. 661-674). Sustenta que: (i) não haveria afronta à reserva legal porque
a Resolução nº 6/2004 se limitaria a dar aplicação à Lei nº 8.935/1994; (ii)
não estando em jogo a criação de cargos públicos, não seria necessária a
edição de lei formal; e (iii) o delegatário das funções não se apropriaria
dos serviços, inexistindo direito adquirido a regime jurídico.

7. A Procuradoria-Geral da República se manifestou pela

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improcedência do pedido, por considerar que matéria estaria inserida no


âmbito da competência privativa dos tribunais (fls. 676-682).

8. É o relatório. Distribuam-se cópias aos Senhores Ministros


(Lei nº 9.868/1999, art. 9º).

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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO

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VOTO

Ementa: AÇÃO DIRETA. RESOLUÇÃO DE


TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CRIAÇÃO DE
SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS.
1. A jurisprudência desta Corte se firmou no
sentido de que a criação de serventias
extrajudiciais depende de lei formal, não
podendo ser promovida por resolução de
Tribunal de Justiça.
2. Procedência do pedido.

O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):

1. A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de que a


criação de serventias extrajudiciais depende de lei formal, não podendo
ser promovida por resolução de Tribunal de Justiça. Nesse sentido,
confiram-se os precedentes abaixo:

“(...) 2. CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE SERVENTIAS


EXTRAJUDICIAIS. As serventias extrajudiciais se compõem
de um feixe de competências públicas, embora exercidas em
regime de delegação a pessoa privada. Competências que
fazem de tais serventias uma instância de formalização de atos
de criação, preservação, modificação, transformação e extinção
de direitos e obrigações. Se esse feixe de competências
públicas investe as serventias extrajudiciais em parcela do
poder estatal idônea à colocação de terceiros numa condição
de servil acatamento, a modificação dessas competências
estatais (criação, extinção, acumulação e desacumulação de
unidades) somente é de ser realizada por meio de lei em
sentido formal, segundo a regra de que ninguém será obrigado

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a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.


Precedentes. (...)” (ADI 2.415/SP, Rel. Min. Ayres Britto; negrito
acrescentado)

“SERVENTIAS – SERVIÇOS NOTARIAIS E DE


REGISTRO – DESMEMBRAMENTO, DESDOBRAMENTO,
EXTINÇÃO, ACUMULAÇÃO, DESACUMULAÇÃO,
ANEXAÇÃO, DESANEXAÇÃO, MODIFICAÇÃO DE ÁREAS
TERRITORIAIS – RESERVA LEGAL – INOBSERVÂNCIA –
LIMINAR DEFERIDA. Alterações das serventias, presentes os
citados fenômenos, pressupõem lei em sentido formal e
material, não cabendo a disciplina mediante resolução de
tribunal de justiça.” (ADI 4.651 MC/DF, Rel. Min. Marco
Aurélio)

2. Diante da repercussão que a alteração das serventias tem


sobre os usuários e sobre os próprios serventuários, não se concebe que
sejam promovidas por ato infralegal. Dessa forma, havendo necessidade
de reorganização dos serviços, o Tribunal de Justiça deve encaminhar ao
Poder Legislativo competente um projeto de lei nesse sentido (CF/88, art.
96, II, d)1. Essa interpretação é confirmada pelas normas gerais federais
sobre o tema, que, em matéria de competência das serventias, fazem
referência expressa às leis estaduais de organização e divisão judiciárias 2.
1 CF/88, art. 96: “Compete privativamente: (…) II - ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,
observado o disposto no art. 169: (…) d) a alteração da organização e da divisão judiciárias”.
Na jurisprudência, v. ADI 3.773/SP, Rel. Min. Menezes Direito: “É pacífica a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal no sentido de que as leis que disponham sobre serventias
judiciais e extrajudiciais são de iniciativa privativa dos Tribunais de Justiça, a teor do que
dispõem as alíneas "b" e "d" do inciso II do art. 96 da Constituição da República. Precedentes:
ADI nº 1.935/RO, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 4/10/02; ADI nº 865/MA-MC,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8/4/94.”
2 Lei nº 8.935/1994, arts. 52 e 53: “Art. 52. Nas unidades federativas onde já existia lei
estadual específica, em vigor na data de publicação desta lei, são competentes para a
lavratura de instrumentos traslatícios de direitos reais, procurações, reconhecimento de
firmas e autenticação de cópia reprográfica os serviços de Registro Civil das Pessoas

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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO

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Não por acaso, as serventias extrajudiciais do Distrito Federal foram


criadas por lei formal (Lei Federal nº 11.679/2008, art. 74).

3. Diante do exposto, julgo procedente o pedido para


declarar a inconstitucionalidade da Resolução nº 6, de 7 de outubro de
2004, do Pleno Administrativo do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios.

4. É como voto.

Naturais. Art. 53. Nos Estados cujas organizações judiciárias, vigentes à época da
publicação desta lei, assim previrem, continuam em vigor as determinações relativas à
fixação da área territorial de atuação dos tabeliães de protesto de títulos, a quem os títulos
serão distribuídos em obediência às respectivas zonas. Parágrafo único. Quando da primeira
vacância, aplicar-se-á à espécie o disposto no parágrafo único do art. 11.”

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Supremo Tribunal Federal
Extrato de Ata - 25/11/2015

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EXTRATO DE ATA

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.331


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TERRITÓRIOS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do


Relator, julgou procedente o pedido formulado na ação direta.
Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o
julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 25.11.2015.

Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes


à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio,
Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber,
Teori Zavascki, Roberto Barroso e Edson Fachin.

Vice-Procuradora-Geral da República, Dra. Ela Wiecko Volkmer


de Castilho.

p/ Fabiane Pereira de Oliveira Duarte


Assessora-Chefe do Plenário

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