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A SAUDE MENTAL E SUAS NUANCES

1. A SAÚDE MENTAL

"A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e


não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade". (OMS), 1947)
É um estado de bem-estar, no qual, a pessoa é capaz de apreciar a
vida, participar das atividades sociais comuns; e administrar suas emoções,
lidando com sentimentos, tanto positivos, quanto negativos.
Os desafios da vida podem resultar em atitudes exageradas e
desequilibradas quando não estamos mentalmente saudáveis. É normal se
sentir triste, estressado, exausto, etc.; o que o indivíduo faz com esses
sentimentos é o que previne o descontrole emocional; determinando assim a
qualidade da saúde mental.
Outros meios de cuidar da saúde mental e maximizar a qualidade de
vida: exercícios físicos, desenvolver um hobby, dormir bem, ter uma alimentação
equilibrada; ter perspectivas, como metas, desejos, sonhos, etc.

2. A PSICOLOGIA

A Psicologia Clínica diminui o sofrimento emocional e possibilita o


autoconhecimento, mudando seus modos que geram angustias e maximizando a
compreensão do mundo em que a envolve. A psicologia é a ciência que trata dos
estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas
interações com um ambiente físico e social.
A psicologia abrange todos os aspectos da experiência humana, desde as
funções do cérebro como um órgão até as atitudes das nações, desde o
desenvolvimento infantil até o cuidado ao idoso. Nos mais diversos cenários,
desde os centros de pesquisa científica até os serviços de saúde mental, a
"compreensão do comportamento" é a tarefa dos psicólogos. (APA)
Como é uma disciplina multifacetada, a psicologia inclui muitos
subcampos: desenvolvimento humano, psicologia do esporte, saúde mental,
clínica, psicologia hospitalar, comportamento social, comunitária, processos
cognitivos, etc.

3. O PROFISSIONAL HABILITADO

O profissional é habilitado após a conclusão do curso de graduação, que


possui a duração de 5 anos; e a emissão do CRP, junto ao órgão responsável.
Possui um código de ética a seguir e o sigilo paciente/terapeuta deve ser
respeitado.
Busca auxiliar o indivíduo no processo da autocompreensão, podendo
trabalhar a relação do mesmo com a sua história, suas expectativas para o futuro,
bem como suas relações sociais. Tal compreensão partirá do indivíduo, cabendo
ao psicólogo o papel de mediador desse processo.
Deve-se ter em mente também que o psicólogo lidará com um sujeito
concreto, inserido numa realidade sócio-histórica-cultural, tendo no cotidiano seu
espaço vital e sua subjetividade.
A conscientização/compreensão do sujeito, não consiste em uma simples
mudança de opinião sobre a realidade, tampouco na mudança da subjetividade;
mas sim de uma mudança de sua relação com o meio e com os demais, pois não
há saber transformador da realidade que não envolva uma mudança de relações.
O horizonte da psicologia é a conscientização, auxiliando o indivíduo a
chegar a um saber crítico sobre si e sobre a sua realidade.

4. A PSICOTERAPIA

É a prática do processo focado em ajudar um indivíduo, casais ou grupo


de pessoas a resolver questões emocionais. Através da psicoterapia é possível
aprender maneiras mais construtivas de lidar com o estresse a que estamos
submetidos diariamente e com as particularidades da vida pessoal, profissional ou
familiar.
Também pode ser um processo de apoio ao passar por um período difícil
como: o luto; um divórcio; doenças graves; perturbações de ansiedade ou
depressão; conflitos laborais, dificuldade na adaptação à vida profissional e
transições de carreira; conflitos familiares; estresse; fobias; insegurança; baixa
autoestima; timidez excessiva; etc.
A psicoterapia é um tratamento colaborativo baseado na relação entre um
indivíduo e um psicólogo. Baseado em diálogo, ele fornece um ambiente de apoio
que permite falar abertamente com alguém que é objetivo, neutro e sem
julgamento. Você e seu psicólogo trabalharão juntos para identificar e mudar os
padrões de pensamento, comportamento e desenvolver novas habilidades.
Você deve considerar a terapia quando experienciar sentimentos,
situações e sintomas que não conseguem lidar sozinho. O processo terapêutico
ajuda na análise dos medos e das emoções reprimidas; dessa forma,
conseguimos equilíbrio para conseguirmos trazê-los à tona e começar a
expressá-los.
Benefícios da terapia: dividir o “problema” evoca o sentimento de leveza;
é um momento individual; livre de julgamentos; será acompanhado por um
profissional capacitado; desenvolver o autoconhecimento; aprender a lidar melhor
com sentimentos, situações e com o outro; aprender a gerenciar crises; é um
tratamento profissional e cientifico; desenvolve inteligência emocional; melhor
qualidade de vida no dia a dia; faz as pazes com o passado; Melhores
relacionamentos interpessoais; eleva a autoestima; desenvolve potencialidades;
ajuda a encontrar motivação; alivia o sofrimento; ajuda na criação de novas
perspectivas; aprende novas estratégias para lidar com os problemas.

5.0 TERAPIA EM GRUPO

O trabalho do psicólogo clínico não se resume às sessões individuais.


Além de atender crianças, adolescentes, adultos e idosos, também é possível
fazer atendimentos com casais, famílias e grupos.
As sessões grupais são uma modalidade de atendimento com objetivos e
estratégias clínicas diferentes da individual. Envolve mais de três pessoas sendo
atendidas ao mesmo tempo; além do contato com o psicólogo, o paciente
compartilha suas experiências e escuta a dos outros participantes.
Possui duração de 1:30h a 2:00h; e normalmente, é mediada por dois
profissionais: o psicólogo referência na intervenção e o coterapeuta; assim é
possível anotar informações, acompanhar os diálogos, mediar conflitos e realizar
as intervenções clínicas.
Podem funcionar de maneira livre ou temática. A mais frequente é esta
última, que reúne pessoas com vivências semelhantes. Como por exemplo,
pacientes oncológicos. Um dos principais aspectos é a existência de objetivos em
comum, seja o de compartilhar experiências ou desenvolver habilidades.
Além do diálogo, é possível utilizar técnicas diversas, por exemplo:
exercícios coletivos, treinamentos de habilidades e encenações.
Essa modalidade requer uma abertura maior dos pacientes, já que eles
vão se expor diante de outras pessoas. Com isso, exige também maior esforço do
terapeuta, responsável por mediar diversos processos ao mesmo tempo. Mesmo
com os desafios, é muito benéfica tanto para os participantes, quanto para o
profissional.
Outro aspecto positivo é a possibilidade de ser acolhido e aceito. É muito
comum que pessoas se sintam sozinhas em seu sofrimento; e a troca de
experiências com semelhantes, colaboram para diminui-lo através da
identificação.

6. A PSICO-ONCOLOGIA
 
A psicologia-oncologia foca na qualidade de vida e propõe o estudo da
identificação e impacto da doença no funcionamento emocional do paciente,
família e equipe; e o papel das variáveis psicológicas e comportamentais na
incidência e sobrevivência do câncer.
O psico-oncologista atua promovendo a qualidade de vida na prevenção;
conscientizando a população; auxiliando na identificação e enfrentamento de
situações estressoras; e nas questões envolvidas na cura ou terminalidade do
paciente.
Há alguns fatores que potencializam o sofrimento psíquico no
enfrentamento ao câncer e pode ocorrer de forma diferente para cada indivíduo,
são eles: 1 - decorrentes da fase da doença; 2 - ligados ao ciclo de vida familiar;
3 - causados pelas demandas impostas pela doença; 4 - causados pelo tipo e
pela localização do tumor.
Por isso é importante a rede de apoio e retaguarda familiar; os  laços
afetivos são indispensáveis para o enfrentamento de situações como o
adoecimento.
Ao psicólogo cabe auxiliar na compreensão da situação vivenciada,
estimulando a participação ativa do paciente e dos seus familiares nas decisões
relacionadas ao tratamento; atuar sobre as expressões psicoemocionais
e fantasias sobre a doença e o processo de adoecer; construir estratégias
positivas de enfrentamento e propiciar a produção de novos sentidos e
significados que favoreçam a reorganização frente a nova realidade que se
apresenta.

A Psico-Oncologia é aplicável: 1º) Na assistência ao paciente oncológico,


sua família e profissionais de Saúde envolvidos com a prevenção, o tratamento, a
reabilitação e a fase terminal da doença; 2º) Na pesquisa e no estudo de variáveis
psicológicas e sociais relevantes para a compreensão da incidência, da
recuperação e do tempo de sobrevida após o diagnóstico do câncer; 3º) Na
organização de serviços oncológicos que visem ao atendimento integral do
paciente, enfatizando de modo especial a formação e o aprimoramento dos
profissionais da Saúde envolvidos nas diferentes etapas do tratamento.
Cada ser humano reage de um jeito a uma determinada situação;
independente do sexo e idade, a insegurança e medo pode estar presentes; o
apoio psíquico, familiar e médico, ajuda o paciente a se fortalecer para o
enfrentamento da doença, e as relações positivas são benéficas para o
tratamento ou qualidade de vida do indivíduo.

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