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Funções do sistema
1. Excreção: ato de eliminar excretas, isto é, produtos indesejáveis resultantes de reações químicas
celulares (resíduos metabólicos).
Excreta mais produzida pelas células é o gás carbônico, eliminado pelo Sistema Respiratório; o
sistema urinário elimina as excretas nitrogenadas.
Excretas nitrogenadas (amônia, ureia e acido úrico) são derivadas do metabolismo de compostos
nitrogenados (proteínas e ácidos nucleicos). Os outros compostos orgânicos, quando
metabolizados, podem gerar gás carbônico, eliminado pelas vias respiratórias.
A amônia é muito tóxica, o que a impossibilita de ser armazenada. Ademais, por ser muito solúvel,
a sua excreção implicaria em perda excessiva de água, podendo provocar desidratação. Por
conseguinte, apenas animais aquáticos (invertebrados e peixes ósseos) excretam amônia (animais
amoniotélicos). Os mamíferos transformam, no fígado, amônia em ureia (duas moléculas de
amônia reagem com uma de gás carbônico, gerando uma molécula de ureia e uma de água).
Sendo assim, eles excretam a ureia (animais ureotélicos), por ser pouco tóxico e pouco solúvel.
Anatomia
1. Rim
O córtex renal é a região
periférica e a medula
renal é a interna.
O néfron é a unidade
morfofisiológica do rim,
responsável pela
produção de urina.
Cada néfron é composto
pelo corpúsculo renal
(cápsula e glomérulo),
juntamente com o tubo
néfrico, dividido em
túbulo contorcido
proximal, alça néfrica e
túbulo contorcido distal.
Via de drenagem de urina: finalizada nos ductos coletores dos néfrons que, em conjunto, formam a
pirâmide renal desemboca no cálice menor se reúnem formando o cálice maior o seu
conjunto forma a pelve renal coleta a urina até chegar no ureter urina chega na bexiga
urinária
2. Ureter
Transporta urina até a bexiga urinária
3. Bexiga urinária
Armazena temporariamente a urina antes da eliminação.
Ao alcançar um determinado nível de urina, o esfíncter interno da uretra é aberto
involuntariamente. Após esse processo, a urina chega à uretra. Nesse cenário, a liberação final da
urina ocorre pela abertura do esfíncter externo da uretra, controlado de forma voluntária.
Na gravidez, a capacidade da bexiga é reduzida, uma vez que é comprimida pelo crescimento do
útero ao longo da gestação. Dessa forma, ela precisa urinar com mais frequência.
4. Uretra
Conduz urina ao meio exterior.
1. Filtração glomerular: processo que ocorre no corpúsculo renal em que o sangue chega pela arteríola
aferente que se divide em um conjunto de capilares, formando o glomérulo renal. Isso posto, pela alta
pressão, o plasma sanguíneo e outras substâncias dissolvidas (menores que a proteína) passam da
parede do capilar para a cápsula renal.
Obs.: só passam micromoléculas (ex.: não passa moléculas de proteínas) o filtrado glomerular,
resultado da filtração glomerular, é muito parecido com o plasma, só que não possui proteínas, uma vez
que por serem muito grandes não conseguem ultrapassar a parede do glomérulo e da cápsula renal.
Obs.: devido à a alta concentração de glicose no sangue, o túbulo contorcido proximal é incapaz de
reabsorver tudo. Em consequência, nota-se a presença de glicose na urina, caracterizada como sinal de
diabetes.
3. Secreção de excretas: os resíduos metabólicos são adicionados à urina ao longo do néfron para serem
eliminados.
No túbulo contorcido distal, ocorre a eliminação ativa de excretas, tais como K+ e H+, além da
ureia a presença de H+, informa o caráter ácido da urina.
Controle da diurese
Controle endócrino, isto é, realizado por meio da ação de hormônios.
O Hipotálamo detecta o aumento da pressão osmótica e envia um estímulo para a Neurohipófise para
secretar o ADH. Sendo assim, há a maior reabsorção de água, que retorna para o sangue e reduz a
pressão osmótica de modo a inibir a secreção de mais ADH. Ademais, envia uma mensagem ao cérebro,
a fim de alertar da necessidade de ingerir água para reduzir a concentração sanguínea. Em consequência,
o cérebro cria a sensação de sede.
Obs.: o álcool inibe a secreção de ADH, de modo a aumentar a diurese (substância diurética). Sendo
assim, toda bebida alcoólica causa desidratação.
Obs.: Diabetes Insipidus doença provocada pela deficiência da atividade do ADH, que pode ser dar pela
falta do hormônio ou dos receptores hormonais. Com a menor atuação do ADH, há um maior volume de
urina e uma perda intensa de água, o que provoca um quadro de desidratação constante (sinais: muita
urina e muita sede).
2. Aldosterona
A Aldosterona é um mineralocorticoide, visto que é produzido e secretado pelo córtex da glândula
suprarrenal/ adrenal e atua na regulação de minerais no organismo.
Atua no túbulo contorcido distal, estimulando o aumento da reabsorção de Na+ e eliminação ativa
de K+. Sendo assim, é secretado em casos de hipercalemia (aumento da concentração de potássio
no sangue) e hiponatremia (redução da concentração de sódio no sangue).
Hipercalemia pode provocar uma parada cardíaca.
Hiponatremia reduz a pressão osmótica do sangue e o sangue perde água. Em consequência,
há uma redução da pressão sanguínea, detectada pelo rim que secreta a renina. Essa enzima ativa
o angiotensinogênio presente no sangue (enzima inativa secretada pelo fígado), que a transforma
em angiotensina. Esta atua na glândula suprarrenal, estimulando a secreção de aldosterona. A
aldosterona atua no túbulo contorcido distal, promovendo a reabsorção de sódio. Com o retorno de
sódio ao sangue, há o aumento da pressão osmótica (sangue ganha água por osmose) e a
pressão sanguínea é estabilizada.
Obs.: a elevada concentração de sódio no sangue, ocasionada pela ingestão de água do mar, aumenta
sua pressão osmótica de modo que tende a ganhar mais água. O aumento do volume sanguíneo
(hipervolemia) faz com que átrio secrete PNA, a fim de eliminar o excesso de água do corpo por meio da
urina. Desse modo, há a produção de um volume de urina maior que de água consumida, promovendo a
desidratação do indivíduo.