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Orientador
Prof. Luiz Claudio Lopes Alves
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO IX – DISGRAFIA 47
CAPÍTULO X – TRATAMENTO 51
CONCLUSÃO 55
ANEXOS 56
BIBLIOGRAFIA 63
ÍNDICE 66
FOLHA DE AVALIAÇÃO 68
INTRODUÇÃO
Esperamos que o leitor tenha ao ler esta monografia a sensação de estar descobrindo
a aprendendo coisas novas e com isto possa ter suas opiniões e mais do que isto possa criar
novas hipóteses, ter novas idéias para que o nosso conhecimento sobre o transtorno de
aprendizagem de expressão escrita na criança portadora de TDAH possa crescer ainda mais
e, se tivermos sorte, diminuir o sofrimento daqueles que sofrem ou ainda irão sofrer com o
distúrbio de aprendizagem.
CAPÍTULO I
HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA
Dr. Quirós, Jacob Feldmanm, Sara Pain, Alicia Fernandez, Ana Maria Muniz e
Jorge Visca são alguns dos principais nomes de colegas argentinos que trouxeram os
conhecimentos da Psicopedagogia para o Brasil e enriqueceram o desenvolvimento desta
área de conhecimento.
Também deu aulas em Salvador, Porto Seguro, Rio de Janeiro, São Paulo,
Campinas, Itajaí, Joinville, Goiânia, Foz do Iguaçu e tantas outras cidades brasileiras.
Todos estes grupos foram acompanhados de perto pelo Mestre Jorge Visca, como
carinhosamente chamávamos, que costumava estar em Curitiba, pelo menos, duas vezes por
ano, quando permanecia por longos períodos.
Nosso Mestre querido, nascido me 1935, encerrou, neste ano de 2000, a sua breve
vida. Aos 65 anos, Visca partiu deixando cerca de dez obras publicadas, muitos
ensinamentos e um modo de ser que serve até hoje de modelo para seus alunos.
O simples fato que Still propôs uma base biológica para o problema, embora a
evidência definitiva ainda demorou mais algumas décadas para chegar, já foi um grande
passo. Antes disso, as crianças e os pais eram considerados responsáveis pela “falha moral”
e o tratamento era freqüentemente feito através do uso de castigos e punições físicas. Os
manuais de pediatria da época eram repletos de explicações de como bater em crianças e
afirmavam necessidade deste tipo de tratamento.
As observações e deduções de Still influenciaram o “pai” da psicologia Norte -
Americana, Willian James que especulou que estes distúrbios de comportamento seriam
devido à problemas na função inibitória do cérebro em relação à estímulos ou à algum
problema no córtex cerebral onde o intelecto acabava se dissociando da “vontade” ou
conduta social.
Em 1934, Eugene Kahn e Louis H. Cohen publicaram um artigo famoso “The New
England Journal of Medicine” afirmando que havia uma base biológica para a
hiperatividade baseado em um estudo feito com pacientes vitimas da epidemia da
encefalite de 1917-1918. Os autores deste artigo foram os primeiros à mostrar uma relação
entre uma doença e os sintomas da ADD (falta de atenção, impulsividade e hiperatividade).
Em 1937, Charles Bradley mostrou mais uma linha de relação ADD com o
biológico através da descoberta acidental de que alguns estimulantes, as anfetaminas
ajudavam crianças hiperativas a se concentrar melhor. Esta descoberta foi contrária à lógica
tradicional, pois os estimulantes em adultos produziam um aumento de atividade no sistema
nervoso central enquanto o inverso aconteciam em crianças com ADD. O por que deste
fenômeno ainda iria ficar mais algumas décadas sem resposta.
Em pouco tempo as pessoas com este problema receberam uma nova e obscura
descrição: “Disfunção Cerebral Mínima” e começavam a serem tratadas com dois
estimulantes que tinham se demonstrado muito eficazes no tratamento do problema
(Ritalina e Cyclert).
Nos anos 60 as observações clínicas se tornaram mais apuradas e ficou cada vez
mais aparente que a síndrome tinha alguma origem biológica e talvez até genética,
absolvendo os pais da culpa pelo problema definitivamente na comunidade científica. A
população em geral continuou culpando os pais, como ainda acontece até hoje em
populações menos informadas.
No final dos anos 60 muito já era sabido sobre ADD, mas a falta de novas evidência
ligando a síndrome à bases biológicas começou a criar discussões sobre a existência da
síndrome. Muitos acreditavam que o transtorno eram uma tentativa de livrar os pais de
culpa por seus filhos mimados e mal comportados. Depois deste período de incerteza
novas descobertas começaram a ser feitas ligando os problemas associados com a ADD
com certos tipos de neurotransmissores.
ETIOLOGIA
CAPÍTULO IV
Segundo alguns estudos, as mães de crianças com TDAH relatam que seus
filhos se mexiam muito, mesmo antes do nascimento (vida intra-uterina). Algumas
crianças, desde cedo, mostram-se mais irritadiças, chorando muito nos primeiros
meses de vida, movendo-se durante a noite (Andrade, 1998).
Já nos primeiros passos, alguns pais podem perceber que a criança com
TDAH é mais agitada do que as outras de sua idade, necessitando constantemente de
vigilância, já que pode cometer alguma “arte”, que, em geral, é mais grave do que o
esperado para a idade.
Outra manifestação que pode estar presente nas crianças com TDAH é a pouca
coordenação, sendo que muitas vezes os pais as rotulam de “desajeitadas” ou
“desastradas” (American Psychiatric Association, 1994; Bierdeman, 1998; Andrade e
Cols., 2000; Gherpelli, 2001).
Crianças com TDAH vivenciam dificuldades para ficar sentadas na sala de
aula e prestar atenção. Muitas vezes são rejeitadas pelos colegas por sua inquietude, o
que também pode ser agravado pelos comportamentos diruptivos.
De uma forma geral, pessoas com este transtorno tende a apresentar alguns
problemas como:
2) Problemas de aprendizado;
3) Distúrbio do comportamento;
4) Instabilidade e hiperatividade;
5) Distúrbios motores;
6) Retardos da fala.
Esta falta de atenção leva muitas vezes a problemas profissionais devido a falta
de produtividade e também a problemas de relacionamento, pois a falta de atenção
causa a impressão em outras pessoas de que elas são sem importância.
2) Problemas de aprendizado
3) Distúrbios de comportamento
Quando falamos de TDAH é muito difícil separar os problemas
comportamentais primários dos secundários. O indivíduo com TDAH tende a exibir
um comportamento irrequieto que faz com que as pessoas à sua volta o tratem de uma
forma diferenciada. Na maioria das vezes esta diferenciação é negativa, se
manifestando através da exclusão social do indivíduo por causa da sua inabilidade de
se manter quieto, de praticar esportes ou a sua tendência de quebrar coisas.
4) Distúrbios motores
5) Retardos da fala
TIPOS DE TDAH
Em relação aos tipos de TDAH, nota-se que o tipo com predomínio de sintomas
de desatenção é mais freqüente no sexo feminino e parece apresentar, conjuntamente
com o tipo combinado, uma taxa mais elevada de comprometimento acadêmico
(Biederman, 1998; Hudziak e cols., 1998; Rohde e cols., 1998 e 2000). Quanto ao
desempenho em testes que avaliam a aritmética, entretanto, observa-se que crianças
com TDAH do tipo predominantemente desatento apresentam um pior desempenho
quando compradas com o tipo combinado.
A pessoa deve apresentar seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção
persistentes por no mínimo 6 meses, em grau que compromete a adaptação e é
incompatível com o nível de desenvolvimento:
- freqüentemente não presta muita atenção nos detalhes ou comete erros por
descuido nos deveres escolares no trabalho ou em outras atividades.
São necessários seis ou mais dos seguintes sintomas persistentes por no mínimo
6 meses, em grau que compromete a adaptação e é incompatível com o nível de
desenvolvimento:
7.3 - Impulsividade
- caligrafia ruim
- dificuldades de coordenação
A) A presença de seis (ou mais) dos sintomas desatenção e/ou seis (ou mais de
hiperatividade-impulsividade, por pelo menos seis meses, em grau mal adaptativo e
inconsistente com o nível de desenvolvimento.
No caso do psicólogo, uma vez descartados outros problemas físicos que podem
apresentar semelhanças com TDAH o diagnóstico pode ser realizado através de testes
psicológicos como Wisc, já que crianças com TDAH tendem a apresentar uma
diferença entre os teste de atenção e memória em relação à outros testes como de
inteligência geral. A reprodução dos cubos é uma tarefa particularmente difícil. No
desenho da figura humana a sua performance é inferior ao que se seria esperado por
uma criança da sua idade por causa de problemas de atenção, localização espacial,
desenvolvimento motor, etc.
APRENDIZAGEM X DISGRAFIA
Além dos fatores neurobiológicos referidos na figura 1.0 em anexo, há que entrar
em linha de conta com vários sinais de risco normalmente associados, segundo
investigações, a problemas de aprendizagem. De acordo com estudos epidemiológicos,
varias condições têm sido apontadas como interferindo com o potencial de aprendizagem.
Dentro dos fatores mais significativos indicam-se os seguinte: fatores de risco pré e
perinatais, prematuridade, bripoxia, asfixia neonatal, taxa de hemoglobina baixa, problemas
infecciosos, baixo pelo ao nascer, viroses, influência placentária, anemia, nível energético
baixo, etc. Muitos desses fatores se encontram freqüentemente associados a lesões
mínimas do cérebro, caracterizados por pequenas e equívocos (soft) sinais neurológicos
que implicam com o nível de aprendizagem, como sejam: níveis baixos de atenção seletiva,
dispraxia, problemas de controle, dificuldades visuoconstrutivas, déficits auditivos e
visuais, problemas de comportamento, alterações neuropsicológicas ligeiras no EEG
(atividade lenta excessiva), etc.
Os fatores sócio-culturais mais focados nos estudos longitudinais e que estão
significativamente associados com a redução do potencial de aprendizagem, são os
seguintes: envolvimento desfavorável, zonas pobres, má nutrição, famílias pobres
desorganizadas e superlotadas, baixos salários, poucos objetos à disposição, fraca interação
e medialização entre os adultos e crianças.
Sabe-se que a atenção é: controlada pelo tronco cerebral, mais exatamente pela
substância reticulada, que tem por função regular a entrada e a seleção integrada dos
estímulos, com como a criação de um estado tônico de controle (1º bloco de Luria) que é
indispensável à aprendizagem. Uma vez afetada esta unidade funcional, o cérebro está
impedido de processar e conservar a informação, pondo em risco as funções de
decodificação e de codificação.
Segundo M. Frostig, 50% das crianças na primeira fase (1º ano da 1ª fase) possuem
um inadequado desenvolvimento perceptivo que tende a repercutir-se nas DA, quer quanto
a leitura e escrita, quer quanto ao cálculo.
O seu sistema nervoso não recebe, não organiza, não armazena e não transmite
informações visual, auditiva, e tatilquinestésica da mesma maneira que uma criança normal.
A criança com DA tem dificuldades em seguir explicações e instruções verbais que
ocorrem na sala de aula ou em distinguir no quadro negro muitos e variados sinais.
Parece mal a informação sensorial, compreende aspecto do todo, mas não consegue
compreender as relações das partes que o constituem. Ouve significações, mas perde-se
quando forma atenção à estrutura da palavra. Confunde auditivamente as estruturas das
palavras e como conseqüência perde seu significado.
DISGRAFIA
Na maioria destes casos, a “letra feia” é conseqüência das dificuldades para recordar
a grafia correta para representar um determinado som ouvido ou elaborado mentalmente.
Neste sentido, a criança escreve devagar, retocando cada letra, realizando de forma
inadequada as uniões entre as letras ou cada letra ou, amontoando-as com o objetivo de
esconder os erros ortográficos. É possível, porém encontrar crianças disgráficas que não
apresentam qualquer tipo de disortografia.
1 – Rígidos – Têm um controle rígido, que é mais uma tensão do que um controle.
Quando têm que realizar provas rápidas, esse controle relaxa.
2 – De grafismo solto – São crianças de escrita com poucos erros do tipo motor. No
conjunto, porém, sus escrita, apesar de irregular, é firme, com poucos desvios.
TRATAMENTO
Deve-se trabalhar então nestas crianças é o seu lado sensível tanto emocional como
criativa.
Uma intervenção por parte do Psicopedagogo pode ser levada para o lado do
experimento sensorial. Um trabalho com argila pode não buscar apenas a concretização de
algo pensado. Existe uma parte sensível que se utiliza do tato, fazendo a criança perceber
o material com que trabalha. O Psicopedagogo ao estimular, valorizar suas descobertas
pode introduzir conceitos discriminativos entre outros devido à sensibilização que a criança
experienciou.
Com isto abre-se novos caminhos para a introdução e estimulação de outras áreas.
Acreditamos que lidando com a criança com TDAH de uma maneira que a atitude
criativa possa ser estimulada e transmitida fazendo com que a criança se integre melhor ao
meio e evite as decepções causadas pela desinformação alheia. É preciso conscientização,
não só sobre a problemática em si, mas sobre a predisposição que cada criança tem em cada
área do conhecimento. Para isto devemos nos tornar mais sensíveis com visão ampla para
um mundo dinâmico e mutável que é o mundo infantil.
10.1 – Objetivos
Através da elaboração deste trabalho, podemos notar que embora TDAH afete uma
parcela grande da população, especialmente infantil e pelo que deduzimos, este problema
não deve ser algo novo pois acreditamos que o TDAH tenha acompanhado a espécie
humana desde sempre, mas foi apenas neste século que começaram a ocorrer alguns
avanços nesta área. Novas tecnologias como a psicofarmacologia, o EEG, da genética, das
analises neuroquímicas além das tecnologias de neuroimagem, possibilitam que a definição
do TDAH como um transtorno e possibilitaram também estabelecer quais eram os seus
sintomas e como estes se manifestam.
Entendam os problemas causados por este problema que exige uma visão
multidisciplinar para ser resolvido.
ANEXO I
Figura 1.1. – Fatores de Aprendizagem
ANEXO II
ENTREVISTA
Fernando Lage Bastos
Lélia Lage Bastos
Perguntas
1) Quem normalmente levanta hipótese de algum problema com criança com ADD?
São os pais, a escola,os parentes?
5) Sabemos que o ADD tem bases biológicas. A genético e os estudos com EEG,
PET e MRI e outras técnicas de exame tem demonstrado isto de maneira muito
forte. Qual o papel que uma psicoterapia pode ter em uma doença como esta?
R: Eles ficam aliviados, mas acabam fantasiando quanto ao tratamento acreditando que os
sintomas vão desaparecer por completo de uma ora para outra. Na verdade o tratamento é
lento e normalmente há uma diminuição nos sintomas, mas dificilmente eles somem por
completo.
R:Nunca inferior à 2 anos e normalmente vai até a adolescência, onde os hormônios sexuais
favorecem a maturação do sistema nervoso trazendo melhoras não só em ADD, mas
também nas epilepsias e Gilles de la Tourette.
9) Qual sua opinião com relação ao suposto uso excessivo do metilfenidaro que ocorre
nos EUA?
R:Nos EUA, o médico é visto como um deus, mas muitas vezes não consegue satisfazer as
esperanças que as famílias depositam nele quando encontra alguma coisa que não
compreende muito bem. Ele passa então a receitar remédios para se convencer que está
fazendo algo pelo paciente.
10) O índice de ADD no Brasil é de 3 a 6%, nos EUA de 3 a 5%, mas este índice é
muito menor em países como a Brã-Bretanha (1 a 2%). Isto leva os britânicos a
acusarem os americanos de diagnosticarem ADD em excesso e os americanos
fazem a crítica inversa. Na sua opinião, esta diferença se deve à diferença de
formação dos profissionais de saúde, à cultura, ou a algum outro fator?
R: Esta diferença se deve à formação dos profissionais de saúde, além de outros fatores. Na
Inglaterra, e em muitos países da Europa, a mão ganhado governo um salário para ficar em
casa cuidando do filho até que este tenha 3 anos de idade. Provavelmente nestas condições
a mãe tem mais contato com os filhos acredito que isto possa reduzir os comportamentos
ligados à ADD.
ANEXO III
Figura 1.2. – Disgrafia
ANEXO IV
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, Edler Rosita, Temas em Educação Especial, 2ª Ed. Rio de Janeiro. Editora
WYA, agosto 2000.
DAMASIO, A. R. Descartes’ Error: emotion, reason and the human brain. New York,
Avon Books, 1994.
DRONET, Rocha da Cribé Ruth, Distúrbios da Aprendizagem. 4ª Ed, São Paulo. Editora
Ática 2003.
DEUTSSH, Crowe e SPRINGER P. Sally, Cérebro Esquerdo, Cérebro Direito, 2ª Ed., São
Paulo. Editora Dummus, 1998.
WEISS L. LÚCIA MARIA, Psicopedagogia Clínica. 10ª Ed.., Rio de Janeiro, Editora DP
& A,2003
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO IX – DISGRAFIA 47
9.1 – Tipos diferentes de disgráficos 48
9.2 – Características diagnósticas 48
9.3 – Critérios diagnósticos para Transtorno da Expressão Escrita 50
CAPÍTULO X – TRATAMENTO 51
10.1 – Objetivos 53
CONCLUSÃO 55
ANEXOS 56
Anexo I 56
Anexo II 57
Anexo III 61
Anexo IV 62
BIBLIOGRAFIA 63
ÍNDICE 66
FOLHA DE AVALIAÇÃO 68
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Conceito Final: