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FUNDAMENTOS DE SISTEMAS
DE CONTROLE
CONTEXTUALIZANDO
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Essas comunicações também podem utilizar outras linhas, a exemplo de
CTS e CTR, para clear to send (pronto para enviar) e clear to receive (pronto para
receber), como controle de tráfego. Há uma série de parâmetros utilizados, como
largura da banda (velocidade de comunicação), o número de bits por caractere (7
ou 8), se será utilizado um bit de parada (stop bit) ou se as linhas empregadas
serão CTS ou CTR. Os sinais RS232 são o padrão adotado entre terminais de
computadores e as plataformas de controle de fabricantes. Uma porta serial de 9
pinos é frequentemente incluída em computadores ou em sistemas de controle, o
que a torna uma ferramenta conveniente para carregar programas dentro de
dispositivos de controle. As linhas TX e RX podem se conectar nas extremidades
de um mesmo pino (ligação direta) ou podem se conectar como RX-TX e TX-RX
(ligação cruzada) (Lamb, 2015).
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Transmissão de Dados (TD) – Utilizando o exemplo acima, este é o pino
no qual os dados da porta serial do CLP deixam esta porta rumo ao
dispositivo externo;
Terminal de Dados Pronto (Ready) (DTR) – Este é o pino de controle
master para os dispositivos externos. Quando ele está ligado (1), o
dispositivo externo não pode transmitir ou receber dados;
Terra ou GND do Sinal – Como o próprio nome diz, este pino é onde deve
ser ligado o fio de aterramento;
Conjunto de Dados Pronto (Ready) (DSR) – Tipicamente, os dispositivos
externos possuem este pino permanentemente desligado “0”, sendo que
um CLP basicamente utiliza este pino para determinar se o dispositivo
externo está ligado e pronto para comunicação;
Requisição para Enviar (RTS) – Este é basicamente um pino para
negociação. Quando o CLP precisa enviar dados para um dispositivo
externo, ele seta este pino em “0” e diz “Estou querendo enviar dados para
você, ok?”. O dispositivo externo, então, diz Ok para o CLP enviar os dados,
setando o pino CTS (limpar para enviar) em “0”. O CLP envia os dados.
Limpar para Enviar (CTS) – Este é o outro lado da negociação. Como
observado acima, o dispositivo seta este pino em “0” quando ele estiver
pronto para receber os dados;
Indicador de Campainha (RI) *somente para modens – Este pino é utilizado
apenas quando o CLP está conectado em um modem.
Start Bit – Em RS232, a primeira coisa que precisamos enviar é o start bit.
O start bit foi inventado na primeira guerra mundial por Kleinschmidt, é um
bit de sincronização adicionado justamente antes de cada caractere que
nós enviamos. Ele é considerado um espaço (SPACE) ou voltagem
negativa ou 0.
Stop Bit – A última coisa que enviamos é chamado de stop bit. Este bit nos
diz que o último caractere foi enviado e devemos pensar nisso como um
ponto final do caractere. É chamado de MARK, ou tensão positiva, ou 1. Os
Start e Stop bit são comumente chamados de framing bits devido ao fato
de cercarem o caractere que está sendo enviado.
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Parity Bit – Como a maioria dos CLPs e dispositivos externos são
orientados por byte (8 bits = 1 byte), parece natural tratar dados como
bytes.
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necessário utilizar fios de par trançado, mas eles ajudam no controle de
interferências (Lamb, 2015).
O RS422 ou RS485 pode ser usado em distâncias e velocidade de dados
bem maiores do que o RS232, pois precisa de uma baixa tensão. O RS422 é uma
configuração do tipo multiponto, enquanto o RS485 utiliza uma configuração
multiponto ou em cascata (Daisy-chaim). Geralmente, essas comunicações são
chamadas de sinalização balanceada ou diferencial. Em longas distâncias, o
RS422 e o RS485 precisam de terminação em ambas as extremidades (Lamb,
2015).
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necessidade de implementar dispositivos de detecção de erro no nível mais alto
do protocolo a fim de detectar ruptura de dado e reenvio da informação em tempo
(Silveira, 2017b).
Finalmente, a RS485 é utilizada como o meio físico para muitas normas de
interface ouprotocolos bem conhecidos no mercado, incluindo profibus e modbus.
Portanto, essa interface de comunicação com certeza estará em uso por muitos
anos no futuro (Silveira, 2017b).
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2.3 RS485 X 232
half duplex
Modos de Operação half duplex
fullduplex
point-to-
Topologia de Rede multipoint
point
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fato da transição entre a lógica 0 e 1 ser apenas algumas centenas de milivolts
(Silveira, 2017b).
Fato interessante é que a RS232 é a única interface capaz de operar
comunicação full duplex. Isto acontece porque a RS232 apresenta canal
apropriado para emitir e receber, enquanto outras interfaces de comunicação
possuem canais compartilhados por múltiplos receptores e, no caso da RS485,
por múltiplos transmissores (Silveira, 2017b).
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Figura 7 – Cabo de rede Crossover
3.1 Endereçamento IP
Dentro de uma rede TCP/IP, cada micro recebe um IP único que o identifica
na rede. Um endereço IP é composto por uma sequência de 32 bits, divididos em
4 grupos de 8 bits cada. Cada grupo de 8 bits recebe o nome de octeto.
Figura 8 – Endereçamento IP
Fonte: O autor.
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Perceba que 8 bits permitem 256 combinações diferentes. Para facilitar a
configuração dos endereços, usamos números de 0 a 255 para representar cada
octeto formando endereços como 220.45.100.222, 131.175.34.7 etc.
Fonte: O autor.
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Várias são as estratégias de topologia, embora as variações sempre
derivem de duas topologias básicas que são as mais frequentemente
empregadas: em anel e em estrela.
4.1 Anel
Vantagens:
Direcionamento simples;
Possibilidade de ter dois anéis funcionando ao mesmo tempo. Caso
exista falha em um, ocorrerá somente uma queda de performance.
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Desvantagens:
Dificuldade de isolar a fonte de uma falha de sistema ou de equipamento;
Ampliação da rede, inclusão de novas estações ou servidores implica na
paralisação da rede.
4.2 Estrela
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topologia de árvore, em que existem vários concentradores interligados entre si
por comutadores ou roteadores (Macêdo, 2012).
Vantagens:
Facilidade de isolar a fonte de uma falha de sistema ou equipamento,
uma vez que cada estação está diretamente ligada ao concentrador;
Facilidade de inclusão de nova estação na rede, bastando apenas
conectá-las ao concentrador;
Direcionamento simples, apenas o concentrador tem esta atribuição;
Baixo investimento a médio longo prazo.
Desvantagens:
Confiabilidade – se houver uma falha no concentrador, no caso de redes
sem redundância, todas as estações perderão comunicação com a rede;
Todo o tráfego flui por meio do concentrador, podendo representar um
ponto de congestionamento.
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consolidado, muitas vezes ocorrem mudanças a partir do projeto original realizado
na concepção da planta, motivadas principalmente por expansão ou pela falta de
padrões de implementação.
Ao se deparar com problemas de comunicação, é preciso realizar um
estudo sistemático e global da situação, buscando encontrar não somente o
“elemento-problema”, mas entender como os elementos da rede influenciam no
desempenho uns dos outros. Com etapas bem definidas é possível realizar o
diagnóstico de maneira eficiente, baseando-se em critérios de fácil mensuração,
despendendo poucas horas de engenharia e utilizando softwares de análise.
(Guiero; Leão; Abreu, 2017).
O diagnóstico de uma rede de automação deve incluir seus elementos
físicos, passando pelas configurações dos dispositivos integrantes e de software.
(Guiero; Leão; Abreu, 2017).
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O sistema apresentou duas falhas de comunicação, sendo:
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Ao sensibilizar alguma falha de link, o sistema gerará um alarme e animará
a tela sinótica com a condição atual da rede;
A manutenção consegue atuar nas falhas de link antes que ocorra um
isolamento de comunicação de parte da rede;
A manutenção consegue verificar a necessidade de correção do link da
IHM antes da necessidade da sua utilização, que possivelmente pode ser
em um momento de isolamento da área a que a IHM pertence;
Com a utilização de um sistema de supervisão, os responsáveis pela
manutenção podem receber notificações das falhas, sem a necessidade de
verificar com frequência a rede e de fazer o alerta sobre a falha;
Diminuição dos riscos de avarias dos equipamentos da usina.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
GUIERO, G. A.; LEÃO, J. de A.; ABREU, L. F. Metodologia para análise de redes
de automação em operação. 6º Congresso Mineiro de Automação. Belo
Horizonte, 2008. Disponível em: <http://www.visionsistemas.com.br/pt/wp-
content/uploads/metodologia-para-analise-de-rede-de-automacao-em-
operacao.pdf>. Acesso em: 6 nov. 2017.
_____. Por que o RS485 é Mais Eficiente do que o RS232. Citisystems, 18 set.
2017. Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/rs485/>. Acesso em: 6 nov.
2017.
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