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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO


CARLOS

X
Workshop “A Nova
da Pós- Graduação
Pós-

do IQSC
Graduação

Livro de Resumos

São Carlos – SP
30 e 31 de agosto de 2010
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Reitor: Prof. Dr. Antonio Grandino Roda


Pró-Reitoria de Pós-Graduação: Prof. Dr. Vahan Agopyan

INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS

Diretor: Prof. Dr. Albérico Borges Ferreira da Silva


Vice-Diretor: Prof. Dr. Germano Tremiliosi Filho

COMISSÃO ORGANIZADORA

Prof. Dr. Eder Tadeu Gomes Cavalheiro


Presidente da Comissão de Pós-Graduação

Profa. Dra. Ana Maria de Guzzi Plepis


Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Química Analítica

Prof. Dr. Artur de Jesus Motheo


Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Físico-Química

Prof. Dr. Roberto Gomes de Souza Berlinck


Vice-Presidente da Comissão de Pós-Graduação

Prof. Dr. Hamilton Brandão Varela de Albuquerque


Docente do Departamento de Físico-Química

Profa. Dra. Maria Teresa do Prado Gambardella


Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Físico-Química

Maria Silvia de Guzzi Plepis


Serviço de Pós-Graduação

Andreia Cristina Cardozo de Moraes


Serviço de Pós-Graduação

Gustavo Moraes da Costa


Serviço de Pós-Graduação

Sandra Aparecida Zambon da Silva


Área de Eventos
COMITÊ CIENTÍFICO

Prof. Dr Marcos Roberto de Vasconcelos Lanza


Docente do Departamento de Química e Física Molecular

Prof. Dr. Benedito dos Santos Lima Neto


Docente do Departamento de Química e Física Molecular

Prof. Dr. Antonio Carlos Bender Burtoloso


Docente do Departamento de Físico-Química

Prof. Dr. Marcelo Henrique Gehlen


Docente do Departamento de Físico-Química

Prof. Dr. Carlos Alberto Montanari


Docente do Departamento de Química e Física Molecular

Prof. Dr. Roberto Luiz Andrade Haiduke


Docente do Departamento de Química e Física Molecular

EDITORES

Ana Maria de Guzzi Plepis


Artur de Jesus Motheo
Andreia Cristina Cardozo de Moraes
Gustavo Moraes da Costa
PREFÁCIO

A Comissão de Pós-Graduação do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade


de São Paulo em colaboração com as Coordenações dos Programas de Físico-Química e
Química Analítica, tem o prazer de anunciar a realização do X Workshop de Pós-
Graduação do IQSC/USP.

A Pós-Graduação no IQSC tem passado por profundas transformações com a mudança


no perfil do corpo docente, com muitos colegas atuantes em linhas de pesquisa
diferentes das tradicionalmente desenvolvidas em nosso Instituto, o que motivou a
reestruturação dos programas de Pós-Graduação. Após muitas discussões como é do
conhecimento de todos, surgiu a proposta de um programa único de Química com três
áreas de concentração: Físico-Química, Química Analítica e Inorgânica e Química
Orgânica e Biológica.

O objetivo dessas mudanças era proporcionar uma formação mais ampla aos nossos
alunos além de consolidar a pesquisa na área de Química Orgânica e biológica, hoje
contemplada por um grande número de orientadores e alunos interessados nas mesmas.

Ao mesmo tempo, a USP promoveu uma atualização no seu regimento de PG, trazendo
novidades administrativas e acadêmicas, como a criação das Comissões Coordenadoras
de Programa, as Comissões Coordenadoras dos Programas. A Pós-Graduação do IQSC
também teve de se adequar a essas novas regras de funcionamento no âmbito da USP.

Todo esse trabalho teve como ônus um consumo de tempo de todos os envolvidos com
a CPG e as Coordenações, o que retardou a realização dos Workshops, já que o último
foi realizado em 2005.

Dessa forma o escopo desse evento é sem dúvida discutir os rumos e diretrizes a serem
dadas ao nosso novo programa de Pós-Graduação, visando não apenas contemplar a
avaliação trienal da CAPES, o que é muito importante, pois é nossa fonte de
reconhecimento e recursos, mas também de implementar a qualidade do aluno formado
no novo programa e a qualidade da pesquisa e dos trabalhos de PG gerados pelos nossos
alunos em conjunto com seus orientadores.

A pergunta a responder nesse evento é: O que e como fazer para mantermos a qualidade
da Pós-Graduação do IQSC, com o novo programa? A resposta cabe a todos nós, corpo
docente, discente e administrativo, que deveremos trabalhar juntos pela consolidação
desse novo programa e pelo seu sucesso!
PROGRAMAÇÃO

30 de agosto de 2010 (segunda-feira)

8h30min. Colocação de pôsters

9h Abertura:
. Prof. Dr. Vahan Agopyan
Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP
. Prof. Dr. Albérico Borges Ferreira da Silva
Diretor do IQSC/USP
. Prof. Dr. Eder Tadeu Gomes Cavalheiro
Presidente da CPG da USP

9h15min. "O CNPq e o Sistema de C&T do Brasil: desafios e oportunidades"


Prof. Glaucius Oliva
Diretor de Engenharia, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do CNPq, Docente do
IFSC/USP

10h15min. Coffee Break

10h30min. Sessão de Pôster

14h “A Pós-Graduação na USP”


Prof. Vahan Agopyan
Pró-Reitor de Pós-Graduação

15h15min. Coffee Break

15h30min. Mesa Redonda


“A Nova Pós-Graduação do IQSC”
- Prof. Dr. Vahan Agopyan
Pró-Reitor de Pós-Graduação
- Prof. Dr. Eder Tadeu Gomes Cavalheiro
Presidente da CPG
- Prof. Dr. Marcelo Henrique Gehlen
Membro do CA em Química da CAPES

17h Sessão de Pôster

18h Retirada dos pôsters


PROGRAMAÇÃO

31 de agosto de 2010 (terça-feira)

8h30min. Colocação de posters

9h - Prof. Dr. Carlos Roque Duarte Correia


Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

10h Coffee Break

10h15min. - Prof. Dr. Joaquim de Araujo Nóbrega


Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

11h15min. – 12h Sessão de Pôster

14h - Prof. Dr. Watson Loh


Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

15h Coffee Break

15h15min. Sessão de Pôsters

16h30min. Encerramento

17h Retirada dos pôsters


ÍNDICE DE AUTORES

Abreu, A. J. 9

Alberice, J. V. 85

Almeida, L. F. 102

Almeida, N. E. C. 127

Almeida, T. L. A. 102

Alves, C. A. 22

Alves, P. 131

Alves, S. A. A. 163

Amauro, N. Q. 129

Amorim, P. H 134

Andersen, R. J. 45

Andrade, F. D. 53

Andrade, F. R. 59

Andrade, J. R. 65

Antolini, E. 154

Asencios, Y. J. O. 182

Assaf, E. M. 9; 22; 63; 78; 91; 166; 182

Azevedo, E. B. 5; 11; 58; 152; 153; 173; 174

Baldan, M. R. 163

Barbosa, L. L. 110; 133


ÍNDICE DE AUTORES

Barcelar Jr., A. C 5

Barletta, J. Y. 86

Batista, B. C. 18; 49

Batista, T. 40

Beck Jr., W. 179

Bellido, J. D. A. 22; 63

Benetti, F. 57

Beraldo, D. A. S. 34

Berlinck, R. G. S. 12; 45; 54; 113; 143; 162

Bernardo, D. R. 39

Bertazzoli, R. 163

Bisanha, L. D. 96

Borba, J. C. 87

Borges, J. 79

Borges, J. C. 68; 92; 155; 161

Boscheto, E. 50

Braga, N.A 163

Brett, C. M. A. 160

Buchviser, S. F. 56

Burtoloso, A. C. B. 28; 136; 175; 178

Cabral, M. F. 41; 115; 126


ÍNDICE DE AUTORES

Caíres, A. C. F. 124

Calegaro, M. 115

Calixto, C. M. F. 27

Campana Filho, S. P. 3; 13; 37; 158

Cancino, J. C. 41

Cappelini, L. T. D. 106

Cardinali, M. C. B. 29

Cardoso, D. R. 72; 127;144; 161; 169

Carlos, R. M. 35; 51

Carosio, M. G. A. 114

Carrilho, E. 44; 55; 85; 87; 90; 146; 170

Carvalho Jr, V. P. 23; 176

Carvalho, F. A. O. 67

Carvalho, F. L. S. 63

Carvalho, J. W. P. 82

Carvalho, S. E. Q. 156

Castellan. A. 30

Castro, D. O. 36

Castro, M. V. 113

Cavalheiro, C. C. S. 17; 39; 40;101;111; 147; 181

Cavalheiro, E. T. G. 27; 108; 109; 134; 150; 160; 167

Cavalheiro, M. C. H. T. 78

Cervini, P. 134; 167


ÍNDICE DE AUTORES

Chatenet, M. 8

Chaves, H. K. 73

Cheleski, J. 84

Cliquet-Simões, E. 47; 142

Cobra, P. F. 133

Coelho, D. 41

Colmati Junior, F. 165

Colnago, L. A. 53; 110; 114; 133; 151

Coltro, W. C. T. 44; 87; 146; 170

Costa, C. R. 43

Costa, S. P. 159

Craievich, A. F 40

Curvelo, A. A. S. 15; 89; 97; 103; 118; 129; 135; 145

Debonsi, H. M. 12

Delezuk, J. A. M 3

Denari, G. B. 38

Denari, N. S. M. 130

Denis, A. B 7

Duarte, G. R. M. 87
ÍNDICE DE AUTORES

Elias, K. F. M. 91

Escriptório, R. A. 147

Farias, M. J. S. 112

Feliu, J. M. 121

Ferraz, C. P. 23; 176

Ferreira, A. G. 33

Ferreira, A. U. C. 17

Ferreira, D. M. 35

Ferreira, G. C. A. 18

Ferreira, N.G 163

Fiamingo, A. 13

Fonseca, L. R. 93; 94

Forgerini, D 38

Fornazari, A. L. T. 11

Fraige, K 90

Franco, D. W. 6; 14; 16; 24; 33; 56; 60; 72; 119

Frederice, R. 137

Freitas, R. F. 70; 77

Frollini, E. 20; 30; 36; 62; 164

Funes-Huacca, M. E. 85
ÍNDICE DE AUTORES

Gaiad, S. 19

Galinaro, C. A. 24; 56

Gambardella, M. T. P; 10; 124

Garcia, A. C. 8

Garcia, A. C. 14

Gehlen, M. H. 26; 137

Gessner, F. 17

Godói, L. A. G. 102

Goi, B. E. 101

Gomes, A. S. O. 4

Gomes, F. E. R. 68

Gomes, L. M. 173

Gomes, M. Z. V. 125

Gomes, P. C. F. L. 86; 128

Gonçalves, L. P. 107

Gonzalez, E. R. 4; 154;165

Goulart, R. R. 149

Grelier, S. 30

Gurgel, L. V. A. 89; 97
ÍNDICE DE AUTORES

Haiduke, R. L. A. 139

Hajdu, E. 54

Horn, M. M. 117

Johansen, H. D. 74

La Rotta, C. 4

Lacerda, T. M. 164

Lanças, F. M 7; 25; 47; 86; 98; 120; 128; 142

Landgraf, M. D. 38; 57; 95

Landgraff, A. C. M. 10

Lanza, M. R. V. 138

Leves, A. L. P. 17

Libardi, S. H. 161

Lima, F. H. B. 1; 42; 66

Lima, R. S. 146; 170

Lima-Neto, B. S. 23; 35; 51; 73; 81; 93; 94; 171; 176

Lucredio, A. C 91

Luiz, R. F. 99; 100


ÍNDICE DE AUTORES

Macedo, A. N. 2

Machado, D. S. 40

Machado, E. G. 42

Machado, L. C. M. 108; 109

Machado, S. A. S. 28; 41; 104; 126

Machiti, M. B. 50

Magalhães, L. 105

Maia, T. A. 166

Mallmann, I.S 68

Marabezi, K 89; 97

Marchi Netto, A. 53

Maria, R. M. 151

Maringolo, M. P. 123

Marinho, M. I. C. 115

Martinez, M. T. 126

Martin-Neto, L. 19; 29

Martins, A. L. 15

Martins, B. H. 19; 29

Martins, M. P. 12; 116

Martins, V. C. A. 117; 130

Massocco, M. M. 105; 125


ÍNDICE DE AUTORES

Mattos, R. I. 48; 65

Maule, A. J. P 48; 65

Mazo, L. H. 44; 110; 115; 156

Medina, M. B. 54

Melfi, A. J. 29

Melo, W. L. B. 38

Mendes, L. A. 95

Mendonça, R. L. 47; 142

Menegussi, L. R. 111

Metzker, G. 72

Migliorini, F.L. 163

Milori, D. M. B. P 19; 29

Miwa, D. W. 61

Mizuno, C. M. 88

Montanari, C. A. 70; 77; 84; 149

Montes, C. R. 29

Moraes, F. C. 41

Morais, R. P. 99; 143

Moreira, E. M. 43

Morgado, D. L. 20

Mori, R. C. 135

Motheo, A. J. 31; 43; 61; 74; 83; 96; 131


Mouad, A. M. 12; 116
ÍNDICE DE AUTORES

Mussi, M. 102

Nagao, R. 140

Nascimento, A.S. 92

Nascimento, E. S. P. 56

Nascimento, M. A. 122

Nascimento, U, M. 58; 173; 174

Nazário, C. E. D. 25

Nepel , T. C. M. 168

Neumann, M. G. 39; 40; 101; 111; 147; 181

Neves, H. R. 75

Neves, R. S. 31

Nikkuni, F. R. 64

Nitschke, M 4; 105; 125; 180

Nogueira, P. A. 132

Nonato, M. C. 84

Novo, L. P. 97; 103

Nunes, L. M. S. 110; 133

O. Neto, M 40
ÍNDICE DE AUTORES

Okumura, F. 115

Olivares, I. R. B. 152; 159

Oliveira Jr., O. N. 3

Oliveira, F. 62

Oliveira, F. E. R. 66

Oliveira, H. C. L. 76

Oliveira, J. R. 88

Oliveira, M. A. R. 124

Oliveira, T. B. 76

Oliveira, V. L. 177

Padovan, R. N. 152; 153

Padula, V. 54

Pagotto, J. F. 83

Papa, T. B. R. 169

Parolin, F. 58

Paula, B. S. 138

Paula, M. P. 164

Pavinatto, A. 3

Pavinatto, F. J. 3

Pelisson, L. 98

Pereira, F. R. 54
ÍNDICE DE AUTORES

Pereira, R. F. 136

Pichavant, F. 30

Pigatin, L. B. F. 102

Pimenta, E. F. 45

Pinheiro, M P 84

Pinho, V. D. 175

Pinto, L. F. A. 101

Plepis, A. M. G. 7; 117;130

Porto, A. L. M. 12; 78; 88; 99; 100;116; 157;

Prado, V. S.. 178

Pratta, P. M. P. 177

Prokopczyk, I. M. 40; 77

Puttini, R. 148

Queiroz, A. C. 1

Queiroz, S. L. 32; 69; 148

Raphael, E. 48

Razzino, C. A. 28

Reis, R. M. 138; 163


ÍNDICE DE AUTORES

Rezende, M. O. O. 38; 57; 95

Ribeiro, F. Z. 55

Ribeiro, S. S. 157

Rocha, J. R. 84

Rocha, L. C. 99; 100

Rocha, T. A. 165

Rodrigues Filho, U. P 100; 107; 146

Rodrigues, B. V. M. 20

Romminger, S. 12; 162

Rosalen, V. F. 51

Rosset, I. G. 78

Roveda Jr, A.C. 16

Sá, J. L. S. 81; 94

Sabatini, C. A. 26

Saciloto, T. R. 167

Santiago, P. S. 82

Santos, C. H. 29

Santos, D. B. 109

Santos, E. D. A. 51

Santos, G. R. 69

Santos, S. X. 160
ÍNDICE DE AUTORES

Santos, W. G. 181

Santos-Neto, A. J. 86

Sartori, G. R. 70

Sato, M. S. 118

Sattolo, N. M. S. 128

Scurachio, R. S. 144

Segato, T. P. 44; 146; 170

Seixas, F. R. F. 60

Seleghim, M. H. R. 45; 88; 143

Sentanin, F. C. 48; 65

Serafim, F. A. T. 56; 60

Sette, L. D. 99

Sgobbi, L. F. 104

Silva, A. A. 6; 56; 60

Silva, A. B. F. 123

Silva, C. G. 30

Silva, D. P. B. 31

Silva, D. S. 37

Silva, E. R. 44

Silva, K. P. 68; 92

Silva, M. D. 121

Silva, M. R. 120

Silva, R. C. 150
ÍNDICE DE AUTORES

Silva, S. M. O. 155

Silva, T. B. 171

Silva, T. L. 172

Silva, W. T. L. 59; 102

Sitta, E. 49

Sloboda, E. 46

Souza Junior, J. B. 80

Souza, A. L. 100

Souza, C. D. F. 7

Souza, C. G. S. 21

Souza, F. L. 61

Souza, L. V. 107

Souza, M. L. 119

Souza, R. F. 145

Tabak, M. 67; 82

Tanimoto, S. T. 28

Teodoro, D. L. 32

Ticianelli, E. A. 8; 64; 168

Tininis, A. G. 143

Toledo, E. J. L. 52

Travensolo, R. F. 55
ÍNDICE DE AUTORES

Tremiliosi Filho, G. 79; 112; 121; 177

Trsic, M 52

Truzzi, D. R. 33

Varanda, L. C. 21; 75; 80; 172; 174; 179

Varela, H 18; 42; 49; 50; 76; 122; 132; 140

Vaz, C. M. P. 59

Veiga, S. C. P. 158

Verbinnen, R. T. 141

Vicente, G. H. L. 71; 141

Vichietti, R. M. 139

Vieira, E. M. 2; 34; 46; 71; 106; 141

Vilela, W. F. D. 180

Wiggers, H. J. 84

Williams, D. E. 45

Zambon, M. D. 89; 97; 164

Zignani, S. C. 154
Universidade de São Paulo 1
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da reação de redução de oxigênio em nanopartícula de MnOX/C para


aplicação em cátodos de ar

Autores:
Adriana C. Queiroz– Instituto de Química de São Carlos, USP
Fabio H. B. Lima – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-Chave: Baterias Metal/ar, Óxidos de Manganês, Eletrocatálise.

O desenvolvimento de equipamentos eletrônicos portáteis tem gerado um aumento


significativo na demanda por energia. As baterias metal/ar, Lítio/ar e as células a
combustível alcalinas oferecem maior potência e autonomia em relação às baterias
convencionais. Por usarem eletrólito alcalino, possuem a vantagem de não ser
necessário o uso de metais nobres como eletrocatalisadores. O objetivo deste trabalho
foi estudar a atividade eletrocatalítica e o mecanismo da reação de redução de O2
(RRO) em nanopartículas de óxidos de manganês. Os óxidos de manganês foram
obtidos por decomposição térmica do nitrato de manganês. A caracterização foi feita
por Difratrometria de Raios X e Espectroscopia de Absorção de Raios X in situ. Os
experimentos eletroquímicos foram voltametria cíclica e curvas de polarização de
estado estacionário, realizados em eletrólito de KOH 1,0 mol L-1, na presença ou
ausência de O2 dissolvido. Os resultados experimentais mostraram que a fase delta-
MnO2/C foi a mais ativa para a eletrocatálise da RRO, o que foi associado à alta
reatividade do par Mn(III)/Mn(IV), que conduz a mediação eletrônica para o O2. As
próximas etapas desse trabalho envolvem a síntese de novos óxidos de manganês,
experimentos eletrocatalíticos e o estudo da estabilidade.

Agradecimento: FAPESP; CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 2
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de metodologias analíticas para determinação de


sulfonamidas em leite bovino

Autores:
Adriana Nori de Macedo– Instituto de Química de São Carlos, USP
Eny Maria Vieira – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: sulfonamidas, leite, HPLC

A utilização de drogas veterinárias na produção animal é de grande importância para o


tratamento e prevenção de doenças, porém, pode trazer como conseqüência a
presença de resíduos nos alimentos. As sulfonamidas são uma classe de antibióticos
utilizados no tratamento veterinário e humano, podendo contaminar alimentos de
origem animal, como o leite, que é um dos mais amplamente consumidos pela
população. Assim, é de grande importância o monitoramento de resíduos de
sulfonamidas em leite, uma vez que podem provocar resistência bacteriana, reações
alérgicas e intoxicações, comprometendo a segurança alimentar e causando prejuízos
na produção de derivados lácteos. Entre os métodos utilizados na análise de
sulfonamidas em leite, o de maior destaque vem sendo a cromatografia líquida de alta
eficiência com detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD). A maioria dos estudos vem
utilizando a extração em fase sólida (SPE) na extração das sulfonamidas e no clean
up da amostra. Entretanto, o método QuEChERS (Quick, Easy, Cheap, Effective,
Rugged, and Safe), introduzido em 2003, vem sendo considerado promissor na
extração de diversos compostos em matrizes alimentícias. Desse modo, o presente
projeto tem o objetivo de desenvolver e validar as metodologias SPE-HPLC-DAD e
QuEChERS-HPLC-DAD, para a análise de sulfonamidas (sulfatiazol, sulfametazina e
sulfadimetoxina) em leite bovino, comparando-as e selecionando a metodologia mais
adequada, considerando os parâmetros de validação de acordo com a legislação
estabelecida pela ANVISA, bem como os princípios da química verde. A metodologia
selecionada será aplicada na análise de amostras de leite do município de São Carlos.

Agradecimento: FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 3
Instituto de Química de São Carlos

Efeitos estruturais, de conformação e orientacionais na interação de quitosana


com modelos de biomembrana

Autores:
Adriana Pavinatto – Instituto de Química de São Carlos, USP
Felippe José Pavinatto – Instituto de Química de São Carlos, USP
Jorge Augusto de Moura Delezuk – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sérgio Paulo Campana-Filho– Instituto de Química de São Carlos, USP
Osvaldo Novais de Oliveira Jr . – Instituto de Física de São Carlos, USP

Palavras chave: Quitosana, interação, Filmes de Langmuir.

Quitosana, polissacarídeo derivado da quitina, é utilizada em aplicações biomédicas,


farmacêuticas e biotecnológicas. Devido ao seu caráter catiônico, interage com as
cargas negativas superficiais das biomembranas, sendo tais interações estão entre as
principais questões relativas ao uso de quitosana em seres humanos. Nesse sentido, o
objetivo deste estudo é avaliar as interações entre quitosanas e modelos de
biomembranas, focando determinadas características estruturais. Em trabalho recente
avaliou-se a influência do grau médio de acetilação de quitosana e de sua massa
molecular nas interações com modelos de biomembrana mimetizados através de
filmes de Langmuir de fosfolipídio. Verificouse que a disposição da quitosana em
cadeias poliméricas é essencial na interação com as monocamadas e que quitosanas
com baixos grau médio de acetilação e massa molecular possuem maior efeito sobre
os modelos de biomembrana, sendo mais adequado seu uso em aplicações que
dependam desta interação. Neste projeto visamos o estudo da contribuição dos
grupos hidroxílas das unidades repetitivas de quitosana nas interações com modelos
de biomembrana, empregando derivados 3,6-O,O-diacilados de quitosana. Propomos
também, avaliar a importância da conformação da quitosana em solução, através de
medidas de espalhamento de luz (DLS e SLS), e estudar a possível especificidade na
orientação das cadeias e dos grupos funcionais da quitosana quando adsorvida nas
monocamadas, através de medidas de elasticidade superficial dinâmica, geração de
soma de freqüência (SFG) e reflexão-absorção no infravermelho com modulação da
polarização (PMIRRAS).

Agradecimento: FAPESP, CNPq, CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 4
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de uma célula a combustível microbiana a glicerol com cultura


Pseudomonas aeruginosa

Autores:
Adriano S. O. Gomes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ernesto R. Gonzalez– Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcia Nitschke – Instituto de Química de São Carlos, USP
Camilo La Rotta – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Células a combustível, glicerol, P. aeruginosa, energia renovável.

Células a combustível são dispositivos eletroquímicos capazes de converter energia


química em energia elétrica com alta eficiência e baixa emissão de poluentes. Apesar
dos grandes avanços tecnológicos, a aplicação em escala industrial desta tecnologia
esbarra nas limitações impostas pelos catalisadores metálicos que, embora
apresentem alto poder catalítico, advêm de fontes finitas, são caros e possuem
diversas limitações cinéticas que acarretam em um alto custo para sua aplicação. Com
base neste quadro, o estudo com biocatalisadores (enzimas e microorganismos)
capazes de transferir elétrons para eletrodos tem ganhado força e sua aplicação em
células a combustível tem gerado resultados animadores. Neste trabalho foi utilizada
uma bactéria produtora de mediadores químicos – fenazina e piocianina – que são os
responsáveis pela transferência de elétrons das células para os eletrodos e
consequente produção de energia. Este trabalho teve como objetivo a construção de
um bioânodo com culturas bacterianas de Pseudomonas aeruginosa utilizando glicose
e glicerol no intuito de comparar a produção de energia entre estes dois substratos. Os
resultados mostraram que as culturas de P. aerugionsa são capazes de produzir
energia elétrica em meio de cultura enriquecido com estes dois substratos
separadamente, o que acarretou num máximo de corrente de aproximadamente 300
mA (glicose) e 250 mA (glicerol), com eficiências coulômbicas de 16% e 10%
respectivamente.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 5
Instituto de Química de São Carlos

Tratamento fotocatalítico (TIO2/UV) de águas ácidas de lavagem de biodiesel

Autores:
Alcyr C. Barcelar Jr. – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo Bessa Azevedo. – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Biodiesel, Fotocatálise, POA.

Para um efluente com características particulares como o da produção de biodiesel os


processos oxidativos avançados (POA) podem ser alternativas tecnológicas viáveis.
Os POA são interessantes pela possibilidade de conduzirem a uma redução da
produção de resíduos, destruindo poluentes orgânicos ao invés de transferi-los de
fase. No laboratório foram feitas degradações por TiO2/UV de águas ácidas de
lavagem de biodiesel produzida pela UFMA a critério de avaliação preliminar do
comportamento do sistema. As reações foram conduzidas a 50mL com lâmpada de
vapor de mercúrio de 250W a 12cm da superfície com agitação de 450 rpm e
suprimento de ar constante. O catalisador TiO2 era removido por filtração. Os fatores
analisados foram: temperatura, pH e concentração de catalisador. O tempo de reação
foi fixado em 1 hora e os erros sistemáticos foram minimizados por meio da
aleatorização dos ensaios. O método selecionado para determinar a porcentagem de
degradação foi a variação dos valores de DQO. Como o projeto está em fase de
planejamento preliminar pouco se pôde obter. Os resultados obtidos até o momento
indicam uma eficiência média de 50 a 60% de degradação do efluente.

Agradecimento: CNPQ (Processo 131838/2010-5).

Referencias:
1 Dezotti, M.[coordenação]; Bila, D. M.; Azevedo, E. B. Ozonização e Processos Oxidativos
Avançados. Rio de Janeiro: E-papers, 2008 v. 5 p. 243-308.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 6
Instituto de Química de São Carlos

Analise discriminante linear aplicado o espectro eletrônico de madeiras


aplicadas para classificação da espécie.

Autores:
Alexandre Ataide da Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

O processo de maturação de bebidas em tonéis de madeira é uma pratica conhecida


por atribuir características sensoriais desejáveis a bebidas, onde a madeira de
carvalho é a mais utilizada mundialmente. Devido a sua extensa e diversificada flora, o
Brasil oferece madeiras alternativas. Conhecer as características químicas e
sensoriais das madeiras brasileiras é de extrema importância para que se obter uma
bebida de qualidade. Questões de autenticidade são importantes para caracterizar um
produto. Com este objetivo, foi empregado o espectro eletrônico, na região do UV-vis,
e analise multivariada objetivando classificar 86 extratos de madeiras de 7 diferentes
espécies, as quais são empregadas no envelhecimento de aguardente. Os extratos
foram preparados a partir do pó de madeira (partículas de 100 mesh) com cachaça
não envelhecida, certificada, sob a agitação constante por 26 dias, a temperatura
ambiente. Foi utilizado um espectrofotômetro Helwett Packard, modelo 8452A, os
espectros foram obtidos de 200-400 nm. Os dados de 84 amostras foram tratados
através do software MINITAB 14.1. Os dados foram normalizados, e aplicados a
derivada primeira. Foi montado um modelo de calibração (67 amostras) e um modelo
de validação (17 amostras). Os melhores resultados obtidos foram para as amostras
de amburana e castanheira (aproximadamente 100% de acerto) e os resultados
menos satisfatórios foram para as amostras de jatobá e jequitibá. O modelo se
mostrou eficiente, considerando que os valores obtidos foram sempre acima de 70%
de acerto. Portanto mostra-se uma ferramenta importante, rápida e barata para
aplicações forenses.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 7
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento e validação de método para determinação de monômeros


residuais de resinas odontológicas

Autores:
Aline Bassi Denis– Instituto de Química de São Carlos, USP
Cristina Diagone Fontana de Souza
Fernando M. Lanças – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ana M. de Guzzi Plepis – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: monômeros residuais, HPLC, resinas.

O objetivo desse estudo foi desenvolver e validar um método para determinação de


monômeros residuais TEGDMA (tetraetilenoglicol dimetacrilato) e BisGMA (bisfenol A+
glicidil metacrilato) em resinas utilizando cromatografia liquida de alta eficiência
(HPLC). Espécimes (n=6) foram realizados com resina experimental e imersos em
acetonitrila (5ml-24h). O método desenvolvido utilizou: HPLC, coluna C18, fase móvel
A: Água com Trietilamina acidificada com acido acético (pH 4) e B: Acetonitrila, modo
de eluição com gradiente (40-85%-17min/55oC), fluxo de 1mL/min, detector UV em
210nm, injeção de 20µl. Na validação foram avaliados os parâmetros: linearidade,
especificidade, precisão, robustez, limite de quantificação e detecção. Os valores
encontrados (m/m%), para o TEGDMA foram entre 1,4468 a 1,9030 com coeficiente
de variação (CV%) de 5,97. Para o BisGMA os valores foram entre 2,9517 a 3,9349
com CV% de 2,16. O método desenvolvido é cientificamente valido para a
determinação e monômeros residuais em resinas.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 8
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da atividade eletrocatalítica de óxidos de manganês dopados com


níquel dipersos em diferentes substratos de carbono

Autores:
Amanda Cristina Garcia – Instituto de Química de São Carlos, USP
M. Chatenet – Université de Grenoble - França
Edson AntonioTicianelli – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: reação de redução de oxigênio, células a combustível, óxidos


de manganês

Platina é conhecida por ser o melhor eletrocatalisador para a Reação de


Redução de Oxigênio (RRO) em meio alcalino para o cátodo de célula a
combustível. Entretanto, por ser um metal de alto custo, catalisadores não
platinizados tem recebido a atenção de vários pesquisadores. Os principais
estudos buscam o desenvolvimento de catalisadores com alta atividade para a
RRO, capazes de realizar a redução completa, onde a transferência de 4-
elétrons por O2 é envolvida. Entretanto, alguns catalisadores citados na
literatura, como por exemplo, óxidos de manganês, aceleram a redução do O2
com a transferência de 2-elétrons para produzir H2O2, em seguida o íon
peróxido é reduzido ou decomposto. Resultados prévios têm mostrado que a
atividade de nanocristais à base de MnOx/Chezacarb dopado com níquel (Ni-
MnOx) exibem maior atividade para a RRO do que o material sem Ni, sendo
esta atividade próxima da Pt/Vulcan XC72 10 wt% (E-Tek). Neste trabalho a
atividade catalítica de Ni-MnOx dispersos em diferentes tipos de carbono foi
investigada. A preparação dos materiais consistiu primeiramente na formação
de uma suspensão de carbono (Monarch 1000, MM225 ou E350G) em solução
aquosa de Ni(NO3)2.6H2O, seguida pela adição de KMnO4 e MnSO4 a 80 ºC..
A caracterização física dos materiais se deu através de técnicas como
microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução, difração de raios X e
energia dispersiva de raios X. Os experimentos de RRO foram feitos em
eletrodo disco rotatório em NaOH 1,0 M. Os resultados mostraram que o
aumento da carga de Ni causa uma mudança pouco significativa no potencial
de início da RRO. Entretanto, notou-se que há um aumento na corrente limite,
evidenciando um efeito favorável da presença de Ni em relação ao número de
elétrons envolvidos na RRO. Os resultados mostraram também significativo
efeito em relação ao tipo de carbono utilizado como suporte.

Agradecimento: CAPES-COFECUB

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 9
Instituto de Química de São Carlos

Catalisadores de Ni/CeO2/ZrO2/Al2O3 para a reação de reforma do metano com


dióxido de carbono

Autores:
Amanda Jordão de Abreu – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete Moreira Assaf – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: catalisadores níquel, CeO2-ZrO2-Al2O3, reforma seca do metano

A reação de reforma do metano com dióxido de carbono (reforma seca) tem sido
objeto de grande estudo por vários pesquisadores, já que a partir do metano (principal
componente do gás natural) e do dióxido de carbono (um dos gases que provocam o
efeito estufa) pode-se formar produtos de maior valor agregado, como o gás de
síntese, um combustível ou insumo químico que contém, em peso, 50 a 60% de H2 e
40 a 50% de CO e pode ser utilizado diretamente como insumo na indústria química,
metalúrgica ou extrativa. Porém, como as demais reações de reforma do metano, essa
reação pode ser prejudicada pela desativação do catalisador, por formação de
carbono em sua superfície, e pelo elevado consumo de energia associado ao seu
processo, pois se trata de uma reação endotérmica. Catalisadores de metais nobres
como Pt, Rh e Ru têm se mostrado muito eficientes no processo de reforma do
metano, porém esses catalisadores possuem alto custo e têm disponibilidade limitada.
Por isso, catalisadores de metais de transição têm sido estudados e, entre estes
catalisadores de níquel têm se mostrado mais adequados para a reforma de
metano. Neste trabalho, o efeito da adição de CeO2-ZrO2 no catalisador de Ni/Al2O3 foi
estudado. Os suportes foram preparados pelo método de co-precipitação e os
catalisadores pelo método de impregnação. Todas as amostras foram caracterizadas
por fisissorção de nitrogênio (B.E.T), difração de raios-X (XRD), e redução a
temperatura programada (RTP). Análises de DRX mostraram que a adição de CeO2-
ZrO2 em Al2O3 levou à formação de uma solução sólida homogênea. Os resultados de
RTP indicam que a presença de CeO2-ZrO2 aumentou a redutibilidade das espécies
de níquel. Os catalisadores apresentaram boa atividade e estabilidade durante a
reação de reforma seca do metano. Esses resultados podem estar associados a uma
boa distribuição dos óxidos de cério e zircônio na superfície da alumina e a boa
redutibilidade do níquel em todas as amostras. A adição do CeO2-ZrO2 ainda
contribuiu para a remoção do carbono formado sobre os sítios ativos durante a
reação,evitando a desativação da amostra.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 10
Instituto de Química de São Carlos

Estudo estrutural e estereoquímico de derivados de ditiocarbamatos:


Supramolecularidade

Autores:
Ana Carolina Mafud Landgraff – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Teresa do Prado Gambardella – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Difração de Raios-X; Estrutura supramolecular; Ditiocarbamatos

Para melhor compreender as propriedades físicas e químicas de uma substância é


importante conhecer sua estereoquímica. Tendo em vista a vasta gama de aplicação
de ditiocarbamatos (DTC) nas mais diversas áreas, como produtos agrícolas,
fungicidas e repelentes [1]; na indústria, como aditivos em vulcanização da borracha [2];
em sínteses orgânicas, como precursores [3], além de serem ótimos agentes
quelantes, estão sendo estudados alguns lubrificantes e anticorrosivos para trabalhos
em alta pressão [4-6] derivados de DTC. As estruturas de três derivados de sódio foram
determinadas por difração de raios-X e os resultados utilizados para a análise das
interações intermoleculares. O empacotamento cristalino dá origem a estruturas
supramoleculares, cujas cadeias infinitas se desenvolvem nas direções [0 1 0], para
NaPyr e NaPip, e [1 0 0], para NaMor. Os átomos de sódio apresentam geometria bi-
piramidal invertida [7] e interações covalentes bidentadas, com os átomos de enxofre e
oxigênio de moléculas adjascentes, em NaPyr e NaPip, pelas respectivas operações
de simetria indicadas na Figura 1. No NaMor, a geometria é piramidal [7] em torno dos
átomos de sódio e as interações covalentes, com os átomos de enxofre e oxigênio de
moléculas adjascentes, são monodentadas. As interações intermoleculares formam
camadas não ligadas que reiteram a característica lubrificante destes três compostos.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 11
Instituto de Química de São Carlos

Degradação de antibióticos em águas por ferro zero

Autores:
Ana Luiza de T. Fornazari – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo B. Azevedo– Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: antibióticos, ferro zero, processo oxidativo avançado.

Atualmente, um dos tópicos mais relevantes da Química Ambiental é a qualidade da


água lançada no meio ambiente. Os fármacos lançados no meio ambiente podem
levar os microrganismos mais resistentes a se tornarem patogênicos. Uma das
grandes preocupações é a ingestão dessas substâncias desnecessária por parte dos
seres humanos quando da utilização de águas. Como os efeitos provocados por esses
resíduos não são ainda muito conhecidos, é difícil estimar qual concentração será
prejudicial e para que tipo de organismos. Neste projeto propõe-se avaliar a
degradação de antibióticos das classes das sulfonamidas e da classe dos β-
lactâmicos utilizando um processo redutivo com ferro zero. Como, também pode
ocorrer a formação de ferro (II), será avaliado o acoplamento da reação de redução
por ferro zero com processos oxidativos avançados (Fenton e foto-Fenton). Também
serão realizadas degradações eletroquímicas utilizando eletrodos de óxidos. A
destruição dos fármacos será avaliada por cromatografia líquida de alta eficiência com
um detector de arranjo de diodos (CLAE/DAD) e a remoção da matéria orgânica por
análises de carbono orgânico total ou dissolvido. Os intermediários formados durante a
degradação dos antibióticos serão identificados usando as técnicas de cromatografia
líquida com um espectrômetro de massas (CL/EM). O desempenho dos processos
será testado em amostras de esgoto sanitário provenientes da Estação de Tratamento
de Esgoto (ETE) de São Carlos.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 12
Instituto de Química de São Carlos

Biorredução de acetofenonas por fungos isolados da alga marinha vermelha


Bostrychia radicans e alga marinha marrom Sargassum sp.

Autores:
Ana Maria Mouad – Instituto de Química de São Carlos, USP
Mariana. Provedel Martins – Instituto de Química de São Carlos, USP
Stelamar. Romminger – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hosana. M. Debonsi – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP
Roberto G.Souza Berlinck – Instituto de Química de São Carlos, USP
Andre Luiz Meleiro Porto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: fungos marinhos, algas marinhas, redução de cetonas.

Em reações biocatalíticas micro-organismos de origem marinha merecem destaque


devido ao seu potencial enzimático. Neste trabalho, linhagens de fungos isolados de
algas marinhas foram estudadas em reações de redução de derivados de
acetofenonas com o objetivo de obter alcoóis quirais, precursores importantes em
síntese orgânica. Assim, os fungos marinhos foram cultivados em Erlenmeyers
contendo meio de cultura extrato de Malte 2%. Após três dias foram adicionados 50
mg dos substratos (orto-flúoracetofenona, o-cloroacetofenona, o-bromoacetofenona, o-
nitroacetofenona) previamente dissolvidos em DMSO. As reações foram conduzidas
em agitador orbital por dez dias, filtradas, extraídas com Acetato de Etila e analisadas
por Cromatografia Gasosa utilizando coluna quiral de Ciclodextrina. As reações com
derivados de acetofenonas utilizando os fungos isolados e identificados como
Botryosphaeria sp. Br-09, Eutypella sp. Br-23, Pestalotiopsis sp. SMA2- C e Penicillium
sp. SMA2-8 apresentaram os seguintes resultados durante as triagens: O fungo
Botryosphaeria sp. Br-09 converteu as cetonas o-cloroacetofenona e o-
bromoacetofenona em 100% de seus respectivos alcoóis com excesso enantiomérico
> 99%. A mesma o-bromoacetofenona foi convertida em 96% de seu respectivo álcool
na reação com o fungo Eutypella sp. Br-23. Estes fungos foram isolados da alga
marinha B.radicans. Os micro-organismos isolados da alga Sargassum sp.
demonstraram a presença de enzimas ativas, no entanto, os resultados variaram de
acordo com o substrato selecionado. O fungo Penicillium sp. SMA2-8 reduziu em 98%
a orto-cloroacetofenona, apresentando excesso enantiomérico maior que 99%. O
fungo Pestalotiopsis sp. SMA2- C apresentou o mesmo potencial de conversão frente
à orto-flúoracetofenona, porém, o excesso enantiomérico obtido foi de 80%. Neste
trabalho, foram obtidos alcoóis com boas conversões e elevada pureza enantiomérica.
Foi realizado ainda, o primeiro isolamento de fungos associados à alga marinha B.
radicans para aplicação em biocatálise.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 13
Instituto de Química de São Carlos

Membranas de N,O-carboximetilquitosana/colágeno para aplicação na prevenção


de adesões pericárdicas pós-cirurgicas

Autores:
Anderson Fiamingo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sérgio Paulo Campana Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: N,O-carboximetilquitosana; colágeno; fator de crescimento


queratinócitos.

As aderências pericárdicas são decorrentes de intervenções cirúrgicas sobre o


coração e os grandes vasos. Inúmeros problemas médicos são relatados como
consequência da existência e da severidade das aderências, as quais dificultam
futuras abordagens, e adicionam maior morbidade e mortalidade às reoperações. De
fato, além dos inconvenientes gerados ao paciente, as aderências pós-operatórias
também exigem mais habilidades técnicas dos cirurgiões e demandam mais tempo
durante as reoperações. Recentemente um trabalho desenvolvido por pesquisadores
da Faculdade de Medicina (FM/USP) e do Instituto de Química de São Carlos
(IQSC/USP) propôs uma nova abordagem, em que foram utilizados o fator de
crescimento de queratonócitos (KGF) e N,O-carboximetilquitosana (CMQ) em forma
de gel, que resultou em efetiva redução de adesões pericárdicas. Este projeto tem
como objetivo produzir e caracterizar membranas de N,O-
carboximetilquitosana/colágeno e fator de crescimento de queratinócitos, que
mimetizem as características do pericárdio, com maleabilidade e tenacidade
adequadas, além de ser biocompatível e servir de matriz para regeneração das células
mesoteliais, fundamentais para a prevenção das aderências pericárdicas.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 14
Instituto de Química de São Carlos

Reação entre glicerol e benzoíla. Análise do produto via LC-MS e LC-MS/MS

Autores:
André Castilho Garcia – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: glicerol, cloreto de benzoíla, espectrometria de massas

Durante a fermentação alcoólica da produção de aguardente de cana são originados


diversos subprodutos, tais como ácidos orgânicos, ésteres e glicerol, sendo este último
a substância mais abundante depois do etanol e do CO2 no mosto fermentado. O
glicerol é produzido pelas leveduras, quando expostas a condições adversas de
fermentação, a fim de manter o equilíbrio redox e a osmorregulação das células.
Enólogos sugerem que o glicerol tem implicações sensoriais positivas em vinhos no
que diz respeito à textura e ao sabor adocicado dessas bebidas. Presente também em
aguardentes de cana, é possível que o glicerol possa ser relacionado às
características sensoriais e/ou às condições de fermentação dessas bebidas. Um dos
métodos utilizados para a quantificação de glicerol em aguardentes de cana é o
monitoramento via análise por HPLC-DAD, com o detector ajustado para o
comprimento de onda de 230 nm. Efetuou-se assim a detecção do produto oriundo da
reação entre o glicerol e cloreto de benzoíla em meio básico (condições de Schotten-
Baumann). A presente comunicação descreve a extensão da reação de derivatização
do glicerol com cloreto de benzoíla através de análises de padrões derivatizado e de
amostras de aguardente de cana via análise por LC-MS e LCMS/MS. Os resultados
obtidos indicaram que a reação entre glicerol e cloreto de benzoíla é quantitativa
originando como produto apenas uma forma derivatizada de glicerol, a qual
apresentou a esterificação das três hidroxilas da molécula.

Agradecimento: CNPq, FAPESP e CAPES.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 15
Instituto de Química de São Carlos

Sistemas químicos oscilantes. Epistemologia e ensino de ciências

Autores:
André Luis Martins – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Aprígio da Silva Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: sistemas químicos oscilantes; ensino de química; epistemologia.

Neste resumo é apresentado um plano geral do trabalho de pesquisa de mestrado. A


motivação do projeto é a de estabelecer implicações práticas e teóricas para a grande
área do Ensino de Ciências - em especial para o Ensino de Química – das
considerações epistemológicas acerca da complexidade, termo utilizado nas últimas
décadas para designar grande faixa de procedimentos e abordagens no tratamento de
problemas científicos das mais diversas áreas. O estudo de sistemas complexos
configura-se na atualidade como campo promissor na elucidação de propriedades
emergentes e em geral não redutíveis dos fenômenos observados na natureza, como
a auto-organização, a origem da vida, o funcionamento do sistema imunológico, o
sistema neuronal ou a dinâmica atmosférica. No escopo da Química, Dinâmica
nãolinear e Termodinâmica de processos irreversíveis passam na atualidade a
construir metodologias e enfoques que pouco a pouco compõem a chamada teoria dos
sistemas complexos. No contexto do Ensino de Química, a metodologia desta
pesquisa será, primeiramente, identificar e propor soluções aos obstáculos
epistemológicos no ensino de conceitos pertinentes a teoria dos sistemas complexos,
visando uma transposição didática dos sistemas químicos oscilantes, em nível
superior. Em segundo lugar, de maneira complementar, desenvolver argumentos e
ferramentas que possibilitem uma reestruturação dos cursos de química de modo que
consigam levar em conta aspectos da epistemologia que aborda os sistemas
complexos. O ponto de partida é a suposição de que um sistema educação - ensino -
aprendizagem obedece a certas delimitações teóricas típicas ao tratamento de
sistemas complexos.

Agradecimento: CNPQ.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 16
Instituto de Química de São Carlos

Ancoramento do complexo trans-[RuII(NO+)(NH3)4ina]3+ em dendrimeros


PAMAM

Autores:
Roveda Jr, A.C. – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: óxido nítrico, tetraaminas de rutênio, dendrímeros PAMAM.

Dendrímeros poliamidoamina (PAMAM) têm recebido atenção em diferentes áreas da


ciência principalmente como carregadores de drogas, devido a propriedades como
hidrofilicidade e a presença de diferentes grupos funcionais na superfície da estrutura.
Nitrosilo complexos de rutênio, especialmente trans-[RuII(NO+)(NH3)4ina](BF4)3 (ina
= ácido isonicotínico), exibiram resultados satisfatórios contra tripanosomatídeos como
Trypanosoma cruzi. Entretanto, ensaios in vivo demonstraram que os nitrosilo
complexos foram rapidamente eliminados na urina dos ratos. Dessa forma, ligando-os
a PAMAM espera-se que ocorra um aumento no tempo de residência dos complexos
no organismo dos animais e consequentemente uma melhora no tratamento contra
tripanosomatídeos. Assim, este trabalho descreve o ancoramento do complexo trans-
[RuII(NO+)(NH3)4ina](BF4)3 (designado como RuNO) em dendrímero PAMAM de
geração 0 (G0) por meio de uma ligação peptídica, para posterior avaliação de
atividade tripanocida e leishmanicida. Foram verificadas por UV-vis duas bandas para
o complexo G0/trans- RuII(NO+)(NH3)4ina](BF4)3 (designado por G0/RuNO) em 235
nm e 270nm, as quais são similares às bandas do complexo livre RuNO (232 nm e
275 nm) em solução. Dois processos redox foram observados por VC para G0/RuNO:
ENO +/NO 0 = -0,175 V e ERu III/RuII = 0,150 V (vs ECS), os quais são próximos aos
valores obtidos para o complexo livre, ENO +/NO 0 = -0,175 V e ERu III/Ru II = 0,152
V (vs ECS). O espectro de IV apresentou uma banda intensa em 1940 cm-1 (NO+)
para G0/RuNO e em 1933 cm-1 (NO+) para RuNO. Por espectroscopia de 1H RMN
para G0/RuNO verificou-se sinais com deslocamentos químicos () em 8,6 and 8,1
ppm correspondentes aos prótons nas posições orto e meta do ligante ina,
respectivamente, e sinais entre 3,6-2,2 ppm referentes aos prótons do G0. Resultados
de análise elementar para G0/RuNO: calculado H, 3,9%, C, 19,9%, N, 17,1% e
experimental H, 4,8%, C, 20,4%, N, 16,2%.

Agradecimento: Capes, CNPq e FAPESP (processo nº 2009/04265-3)

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 17
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da variação temporal das propriedades espectroscópicas do corante


auramina O em suspensões aquosas da argila montmorillonita (SWy-1)

Autores:
Avelardo Urano de Carvalho Ferreira– Instituto de Química de São Carlos, USP
Fergus Gessner– Instituto de Química de São Carlos, USP
Alessandra Lima Poli Leves – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carla Cristina Schmitt Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Auramina O, argila, fluorescência.

O corante auramina O possui a característica de variar a forma e a intensidade de


seus espectros de absorção e fluorescência em função da viscosidade do meio em
que se encontra. O corante apresenta fraca fluorescência em solventes não viscosos,
mas torna-se fluorescente em sistemas microheterogêneos. O baixo rendimento
quântico de fluorescência em água (φf <10-4) está relacionado ao movimento torsional
de seus anéis fenílicos que provêem uma rota de decaimento não radiativo para o
estado fundamental. O objetivo do presente trabalho é o estudo da adsorção do
corante auramina O em suspensões aquosas da argila montmorillonita (SWy-1) e a
correlação dos espectros de absorção e emissão de fluorescência com o
comportamento da auramina O em outros diferentes sistemas microheterogêneos. O
corante foi adicionado a suspensões aquosas da argila montmorilonita (SWy-1) cujas
dispersões coloidais apresentam ambientes microheterogêneos devido a sítios de
adsorção na superfície das argilas e regiões interlamelares fortemente ácidas. As
medidas de absorção e emissão do corante foram realizadas em diferentes tempos
após a adição do corante até 30 dias. A intensidade de fluorescência da auramina
cresce ao longo das primeiras horas após a adição de argila. Entretanto, a
fluorescência decresce após alguns dias, devido a decomposição do corante nas
regiões interlamelares da argila e pela floculação do sistema. Os espectros de
emissão da auramina nas suspensões de SWy-1 apresentam intensidade de
fluorescência superior a encontrada do corante quando em solução aquosa. Por outro
lado, a intensidade de fluorescência da auramina é inferior em SWy-1 quando
comparado aos espectros de emissão dessa em outras argilas montmorilonitas (SAz-
1, STx-1 e Sca-3).

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 18
Instituto de Química de São Carlos

Modelando o efeito de ânions em reações eletroquímicas oscilatórias.

Autores:
Bruno C. Batista – Instituto de Química de São Carlos, USP
Graziela C. A. Ferreira
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Oscilações eletroquímicas, pequenas moléculas orgânicas, anion


bloqueante.

O estudo da oxidação oscilatória de pequenas moléculas orgânicas tem ganho


destaque recentemente e seu estudo atual está focado no entendimento dos
mecanismos que as compõe bem como nas condições que as influenciam. O objetivo
deste trabalho é identificar de forma geral como a adição de um ânion bloqueante
afeta a dinâmica oscilatória de uma reação modelo em eletrocatálise. A Figura 1
mostra diagramas de bifurcação obtidos para um modelo de oxidação de metanol
encontrado na literatura e modificado para incorporar o efeito do ânion. A escala de
cor está relacionada à intensidade do período obtido em diferentes regiões do
diagrama. Nota-se que há uma diminuição da região de correntes onde oscilações são
observadas e também uma mudança da escala de cores para o azul (maiores
períodos) quando o ânion é adicionado no sistema.

Concentração ânion nula. Concentração ânion 0.5.

Agradecimento: CNPq, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 19
Instituto de Química de São Carlos

Caracterização de matéria orgânica de solo sob adição de lodo de esgoto

Autores:
Bruno Henrique Martins – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sérgio Gaiad – Embrapa Florestas
Débora Marcondes Bastos Pereira Milori – Embrapa Instrumentação Agropecuária
Ladislau Martin-Neto –Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras-Chave: Matéria orgânica do solo (MOS); lodo de esgoto (LE); fluorescência


induzida por laser (FIL)

O solo tem o potencial de atuar tanto como fonte quanto sumidouro de carbono
atmosférico. É amplamente conhecida a capacidade de acondicionador de solos
exercida pelo LE, contudo maiores estudos ainda são requeridos para o uso com esta
finalidade. O presente estudo avalia o conteúdo de carbono e grau de humificação da
MOS em áreas sob adição de LE, comparando com áreas não acondicionadas, em
dois campos experimentais, analisando sobre seu uso sustentável como ferramenta de
mitigação de gases de efeito estufa e sequestro de carbono. Os campos experimentais
estão instalados em Itatinga-SP, sendo uma fazenda com latossolo típico e uma com
neossolo quartzarênico, com ambas sob plantação de eucalipto e tendo recebido uma
carga de LE de 2,0 ton/ha. As amostras foram coletadas na camada superficial (0-10 e
10-20 cm), os resultados de teor de C foram obtidos via análise elementar, e os
resultados de grau de humificação via FIL. Os resultados mostram um decréscimo de
37% no teor de C e aumento de 100% no grau de humificação nas áreas com LE no
primeiro campo, enquanto no segundo nota-se aumento de 21% e decréscimo de
29%, respectivamente. Nota-se uma possível ocorrência de priming effect no primeiro
campo, levando à diminuição de C e aumento de grau de humificação, pela ação do
LE junto às comunidades microbianas. Contudo, no segundo campo, o aumento de C
deve-se, provavelmente, a um acúmulo de C de fração mais lábil, considerando-se sua
característica de solo, e assim menor grau de humificação. Todavia, por se tratar de
um experimento de campo, os estudos devem continuar para validar as tendências
iniciais detectadas para cada perfil de solo e alcançar sustentabilidade no uso de LE.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 20
Instituto de Química de São Carlos

Esterificação de celulose em meio homogêneo: preparação de biocompósitos a


partir de acetato de celulose e celulose de linter

Autores:
Bruno V. M. Rodrigues – Instituto de Química de São Carlos, USP
Daniella L. Morgado – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete Frollini – Instituto de Química de São Carlos, USP

O foco do presente estudo é baseado em resultados obtidos em trabalhos anteriores,


centrados na acetilação da celulose mercerizada, sob condições homogêneas,
utilizando DMAc/LiCl como sistema de solvente, o qual também foi usado na
preparação de filmes de acetatos de celulose reforçados ou não por celulose. Nesse
contexto, as fibras de celulose (mercerizada e não-tratada) foram previamente
caracterizadas por raios-X e viscosidade. Acetatos de celulose, com grau de
substituição em torno de 2,0, foram preparados visando-se como objetivo a
preparação de filmes de acetatos sem e com reforço de celulose (biocompósitos).
Estes filmes foram preparados a partir de soluções em DMAc/LiCl. Em outros
trabalhos anteriores, constatou-se que as cadeias de celulose se agregam neste
sistema de solvente, gerando estruturas supramoleculares. Os biocompósitos foram
preparados a partir de soluções mistas de acetatos e de celulose de linter
mercerizada, tendo como objetivo que as misturas supramoleculares formadas pelas
cadeias de celulose, neste sistema de solvente, atuassem como reforço nanométrico
da matriz de éster. Observou-se que o tratamento alcalino da celulose de linter induziu
a uma perda de cristalinidade (de 88% para 76%) e um decréscimo da massa molar
viscosimétrica média (de 60180 para 58050 gmol-1). Quanto aos biocompósitos,
observou-se que a introdução da celulose na composição dos filmes de acetato de
celulose, foi responsável por aumentar o módulo de armazenamento, sendo assim um
indicativo que a celulose atue como um agente de reforço da matriz polimérica. Estes
resultados permitiram projetar a síntese de ésteres de celulose, com diferentes
comprimentos de cadeia, usando condições de reação diversificadas, assim como
permitiram projetar a preparação de filmes a partir destes ésteres, reforçados ou não
por celulose.

Agradecimento: CAPES, CNPQ, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 21
Instituto de Química de São Carlos

Nanopartículas luminomagnéticas biocompatíveis e estáveis em meio aquoso


para aplicação como nanobios sensores bifuncionais

Autores:
Caio Guilherme Secco de Souza – Instituto de Química de São Carlos, USP
Laudemir Carlos Varanda – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: nanopartículas luminomagnéticas; nanobiossensores; estabilidade


hidrofílica.

Nanopartículas magnéticas (NPM) vem sendo muito estudadas visando aplicações


biomédicas com destaque a diagnósticos (biossensoriamento) e terapia contra o
câncer (magnetohipertermia), e para isto este trabalho visa a síntese de NPs
luminomagnéticas em estruturas do tipo casca@caroço biocompatíveis e estáveis em
meio aquoso com o núcleo magnético modificado para apresentar elevada
magnetização de saturação, visando futura aplicação biomédica. Foram sintetizadas
NPs luminomagnéticas com estrutura core-shell de FePt@Fe3O4/SiO2/RhB/SiO2. O
núcleo magnético (FePt@Fe3O4) foi sintetizado pelo processo poliol modificado
seguido por crescimento mediado por semente. As NPM foram recobertas com sílica,
funcionalizadas com rodamina B (RhB) e estabilizadas com uma nova camada de
sílica via microemulsão água/óleo (água/ciclohexano) utilizando-se como precursor de
sílica o TEOS e como precursor luminescente a RhB. As NPs foram caracterizadas
pelas técnicas de microscopia eletrônica de transmissão, para avaliação da morfologia
e tamanho; difratometria de raios X, para verificar as estruturas cristalinas presentes,
além do tamanho de cristalito; medidas magnéticas pelo SQUID e magnetometria de
amostra vibrante, para avaliação das propriedades magnéticas; e espectroscopias de
infravermelho e de fluorescência, para avaliação dos processos de recobrimento do
tipo core@shell e das propriedades luminescentes, respectivamente.

Agradecimento: CNPq e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 22
Instituto de Química de São Carlos

Preparação e caracterização de catalisadores Ni-La2O3-ZrO2 para reações de


reforma de metano

Autores:
Camila A. Alves – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete M. Assaf – Instituto de Química de São Carlos, USP
Jorge D.A. Bellido – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Níquel, zircônia, reforma de metano

A reforma de metano com CO2 (reação 1) é um dos métodos para a obtenção do gás
de síntese. Juntamente com essa reação ocorre a reação de deslocamento gáságua
(reação 2).

CH4 + CO2 → 2CO + 2H2 ∆Ho= 247 kJ.mol-1 (Reação 1)

CO + H2O ⇌ CO2 + H2 ∆Ho= -41kJ.mol-1 (Reação 2)

Os catalisadores baseados em metais nobres são relatados como sendo menos


sensíveis à coqueificação quando comparados aos baseados em níquel. Entretanto,
como os metais nobres são caros e de disponibilidade limitada, o desenvolvimento de
catalisadores de níquel ativos e estáveis é um desafio para a comunidade científica da
área de catálise. Os catalisadores foram preparados com 10% em massa de níquel e
teores de 0, 10, 20, 40, 60 80, 100% de La2O3 em relação a ZrO2. As amostras foram
preparados pelo método de polimerização e calcinados a 500°C por 2h e a 700°C por
mais 2h com taxa de aquecimento de 2°C.min-1. As am ostras foram caracterizadas
por difração de raios X, redução a temperatura programada e área superficial pelo
método BET. Pelos difratogramas pode-se identificar formação de perovskita LaNiO3
nas amostras com teor de La2O3 acima de 40% e há presença das fases La2O3 e
ZrO2 tetragonal em algumas amostras. Pelas análises BET nota-se uma diminuição da
área superficial com o aumento do teor de La2O3. As análises de RTP mostram perfis
de redução com picos deslocados para cada amostra.

Agradecimento: CNPQ

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 23
Instituto de Química de São Carlos

[RuCl3(PCy3)2]: Um pré-catalisador versátil para síntese de polinorborneno,


polinorbornadieno e respectivos copolímeros via ROMP

Autores:
Camila Palombo Ferraz – Instituto de Química de São Carlos, USP
Valdemiro Pereira de Carvalho Jr – Instituto de Química de São Carlos, USP
Benedito dos Santos Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: copolímero NBE/NBD, ROMP, análise térmica.

Ring-opening metathesis polymerization (ROMP) surgiu como um método eficaz para


a síntese de polímeros de diversos tamanhos e funções com a vantagem de preparar
copolímeros. Em particular, os avanços de sistemas atalíticos in situ tem mostrado
ampla aplicação para sintetizar polinorborneno (poliNBE) e polinorbornadieno
(poliNBD) com altos rendimentos, valores moderados de Mn/Mw e baixos tempos
reacionais. O objetivo deste estudo é avaliar a atividade catalítica do novo complexo
[RuCl3(PCy3)2] (1) como pré-catalisador em ROMP de norborneno (NBE),
norbornadieno (NBD) e copolímeros NBE/NBD, como também investigar a influência
de um agente de intercruzamento (NBD) nas propriedades térmicas dos copolímeros
NBE/NBD. O complexo 1 foi ativo na síntese de poliNBE e poliNBD, mostrando maior
atividade para NBD, no qual apresentou rendimento quantitativo em todas as
condições avaliadas. Nos copolímeros, foi observado que o aumento da quantidade de
NBD na composição do copolímero NBE/NBD provocou um aumento na
polidispersidade. A inserção de NBD na cadeia polimérica provocou um efeito
significativo nas propriedades térmicas dos copolímeros NBE/NBD comprovada por
TGA, DSC e DMA, no qual o aumento da quantidade de NBD nos copolímeros
resultou em um aumento da rigidez das cadeias, consequentemente deslocando a Tg
dos copolímeros para maiores temperaturas.

Agradecimento: CNPq, Capes e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 24
Instituto de Química de São Carlos

Utilização da redestilação para a redução do teor de carbamato de etila em


aguardente

Autores:
Carlos Alexandre Galinaro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: aguardente, carbamato de etila, redestilação.

O carbamato de etila (CE) é uma substância com reconhecido potencial carcinogênico.


No Brasil, a presença de CE em aguardentes não pode ser superior a 150 µg L-1. O
mecanismo de formação de CE em bebidas alcoólicas ainda não é bem
compreendido. Acredita-se que sua formação seja influenciada pelo tipo de levedura,
nutrientes utilizados na fermentação, presença de luz, temperatura e pH da
fermentação, sistema de destilação (alambique ou coluna) e a maneira como é
conduzido a destilação (taxa de aquecimento). Assim, a adequação do teor de CE a
legislação e o seu controle em destilados têm levado a estudos visando-se encontrar
maneiras de reduzir os teores, a adequação dos teores de CE em destilados, Em
função do seu elevado ponto de ebulição (PE _ 182 - 184 °C) o CE não deveria ser
transferido ao destilado em uma destilação bem conduzida. No entanto, resultados
experimentais demonstraram que o CE, quando presente no vinho, é arrastado
durante a destilação. Desta maneira, foi proposto verificar a redução do teor de CE
durante a redestilação da aguardente de cana-de-açúcar. Amostras de cachaça
comerciais (22) foram redestiladas em laboratório, utilizando um balão de 2,0L, uma
coluna tipo Vigreux (com 31 centímetros de comprimento, 1,5 cm de diâmetro interno e
7 pratos teóricos) com uma taxa de destilação de 1,9 mL minuto-1. A cachaça original
(antes da redestilação) e a redestilada foram analisadas quanto ao teor de CE via GC-
MS. As amostras de cachaça ao serem redestiladas tiveram uma redução média 73%
do teor de CE inicial (original). As observações iniciais sugerem que a redestilação
poderia vir a ser utilizada como um recurso simples e barato para a redução deste
contaminante em bebidas destiladas.

Agradecimento: CNPq, FAPESP e CAPES.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 25
Instituto de Química de São Carlos

Síntese de partículas esféricas monodispersas de sílica para uso em


cromatografia

Autores:
Carlos E. D. Nazario – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fernando M. Lanças – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: sílica, sol-gel, cromatografia.

Partículas esféricas, monodispersas de sílica (SiO2) podem ser preparadas pelo


método sol-gel que consiste na hidrólise e policondensação de alcoxissilanos na qual
é conhecido como método de Stöber. Este processo tem despertado grande interesse
na pesquisa acadêmica devido várias aplicações na área industrial, tais como a
cerâmica, pigmentos, catálise e cromatografia. Em particular, na cromatografia líquida
há uma grande atenção por metodologias que controlem o tamanho, morfologia, área
superficial, porosidade e distribuição das partículas de sílica. Tendo como base o
processo sol-gel, preparamos partículas de sílica utilizando o precursor
tetraetilortosilicato (TEOS) em uma mistura reacional contendo amônia, água e etanol
em diferentes concentrações. As partículas foram lavadas com água e secadas em
estufa a 120°C e posteriormente a morfologia foi de terminada por microscopia
eletrônica de varredura (MEV). Foram sintetizadas partículas esféricas de sílica com
diâmetro médio de 350 até 500nm com desvio padrão relativo abaixo de 4%
controlando os parâmetros reacionais.

Agradecimento: CAPES, CNPq, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 26
Instituto de Química de São Carlos

Investigação da hidrólise enzimática de derivados diesterificados de quinizarina


por espectroscopia de fluorescência

Autores:
Carolina Aparecida Sabatini – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcelo Henrique Gehlen – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: lipase, fluorescência, quinizarina, cinética enzimática

A hidrólise enzimática de derivados diesterificados de quinizarina foi investigada por


meio da técnica de espectroscopia de fluorescência. Os derivados da quinizarina não
apresentam emissão de fluorescência, porém, quando hidrolisados, têm como produto
final a quinizarina, que apresenta uma emissão característica. Desta forma, é possível
monitorar a formação de quinizarina através de medidas de intensidade de
fluorescência com o tempo. O estudo cinético foi realizado com diferentes quantidades
de lipase B (CALB, Novozyme® 435) em n-hexano, ciclohexano e decalina. Os
resultados obtidos apresentaram dependência quadrática da intensidade relativa com
o tempo de reação. Com isso, foi possível calcular parâmetros cinéticos que
mostraram uma proporcionalidade entre a constante (k) e a quantidade de enzima.
Outra parte deste trabalho é o estudo da hidrólise enzimática por meio de microscopia
confocal de fluorescência. Para isso, lípases liofilizadas são imobilizadas em matrizes
poliméricas. Os derivados de quinizarina são adicionados sobre estas matrizes e a
reação é monitorada pela aquisição de imagens. Algumas medidas iniciais
apresentaram imagens difusas com regiões de alta e baixa atividade catalítica e outras
apresentaram agregados de lípase nucleados. As imagens obtidas por microscopia de
fluorescência são satisfatórias, porém ainda é necessário um aprimoramento das
matrizes.

Agradecimento: FAPESP, CNPq, CAPES e Novozymes

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 27
Instituto de Química de São Carlos

Avaliação do desempenho do elétrodo compósito à base de grafite e resina


poliuretana, na determinação de tetraciclina.

Autores:
Carolina Maria Fioramonti Calixto – Instituto de Química de São Carlos, USP Éder
Tadeu Gomes Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: eletrodo compósito, poliuretana, tetraciclina

A tetraciclina (TC) apresenta ampla faixa de atividade antimicrobiana contra as


bactérias gram-positivas e gram-negativas e também apresenta atividade
bacteriostática.1,2 O eletrodo compósito à base de grafite e resina poliuretana (PU) foi
utilizado como um eletrodo alternativo na determinação voltamétrica do fármaco TC.
Os eletrodos compósitos GPU foram preparados misturando-se 60% de grafite e 40%
de resina poliuretana (Poliquil), em massa.3 As medidas voltamétricas foram feitas em
uma célula de vidro com capacidade total de 25,0 mL, contendo os eletrodos:
compósito GPU 60% (grafite, m/m), como eletrodo de trabalho, calomelano saturado,
como referência e o eletrodo auxiliar de platina, ligados ao potenciostato. O eletrodo
compósito GPU 60% (grafite, m/m) foi utilizado para avaliar o comportamento
voltamétrico da TC, em voltametria cíclica. Inicialmente, foi realizado um estudo para
selecionar o pH que permite a obtenção da melhor resposta voltamétrica. Com o
aumento do pH, verificou-se uma diminuição do valor da corrente dos picos de
oxidação da TC, e um deslocamento dos picos para potenciais menos positivos.
Portanto, o pH 2 foi escolhido para os estudos seguintes. Após a otimização dos
parâmetros experimentais em DPV, curvas analíticas foram obtidas utilizando o
eletrodo compósito GPU 60% (grafite, m/m), em um intervalo de concentração entre
4,0 e 95 µmol L-1. No intervalo investigado foi observada uma região linear para cada
pico. Para a TC, o limite de detecção (LD) encontrado para o primeiro pico de
oxidação foi 1,7 µmol L-1 e para o segundo pico foi 2,2 µmol L-1.

1.Masawat, P. e Slater, J.M. Sensors and Actuators B 2007, 124, 127.


2 Veja D.; Agüí, L.; González-Cortés, A.; Yáñez-Sedeño e Pingarrón, J. M. .Anal. Bioanal.
Chem. 2007, 389,
951.
3 Mendes, R.K.; Claro-Neto, S. e Cavalheiro, E.T.G. Talanta 2002, 57, 909.

Agradecimento: CAPES, CNPq e FAPESP (08/02590-1 e 08/03537-7)

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 28
Instituto de Química de São Carlos

Estudo comparativo das cinéticas de reação de uma molécula biomimética e da


enzima acetilcolinesterase por espectroscopia UV

Autores:
Claudia A. Razzino – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sonia T. Tanimoto – Universidade Federal do ABC
Antonio C. B. Burtoloso – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sergio Antonio Spinola Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: molécula biomimética, enzima acetilcolinesterase, atividade


enzimática.

A enzima acetilcolinesterase (AChE) é muito utilizada na confecção de biossensores


para a determinação de pesticidas organofosforados e carbamatos, os quais inibem a
atividade catalítica desta enzima. A AChE apresenta grande sensibilidade na
determinação destes pesticidas; entretanto, apresenta também uma diminuição em
sua atividade perante variações de pH, temperatura e força iônica. Desta forma, é
necessária a busca por materiais sintéticos com atividades catalíticas semelhantes à
desta macromolécula biológica e mais resistentes a tais variações. O método
espectrofotométrico proposto por Ellman1 é muito utilizado na determinação da
atividade catalítica da AChE e baseia-se na medida colorimétrica da velocidade de
hidrólise do substrato acetiltiocolina (ASChI) pela AChE. A tiocolina liberada na reação
de hidrólise reage com o ácido 5,5’-diotiobis(2-nitrobenzóico) (DTNB) formando um
ânion de colocação amarela (5-tio-2-nitrobenzoato) que é quantificado
espectrofotometricamente em comprimento de onda de 412 nm. Neste trabalho,
utilizando-se a metodologia proposta por Ellman, observou-se que a molécula
biomimética (ácido 4[(1E)-etanohidrazonoil] benzóico) apresenta capacidade de
hidrólise do ASChI semelhante à apresentada pela AChE e também tem sua atividade
catalítica inibida na presença do pesticida carbaril.

1.ELLMAN, G. L.; COURTNEY, K. D.; ANDRES JR., V.;FEATHERSTONE, R.M. A new and
rapid colorimetric
determination of acettylcholinesterase activity. Biochemical Pharmacology, v. 7, p. 88-95, 1961.

Agradecimento: Capes e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 29
Instituto de Química de São Carlos

Avaliação do grau de humificação de ácidos húmicos extraídos de solos com


aplicação de águas residuárias por espectroscopia de fluorescência e
fluorescência induzida por laser (FIL)

Autores:
Cleber H. dos Santos – Instituto de Química de São Carlos, USP
Débora M. B. P. Milori – Embrapa Instrumentação Agropecuária
Bruno H. Martins – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcelo C. B.Cardinali – Instituto de Física de São Carlos, USP
Ladislau Martin-Neto – Embrapa Instrumentação Agropecuária
Célia R. Montes – Centro de Energia Nuclear na Agricultura, USP
Adolpho J. Melfi – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP

Palavras-Chave: grau de humificação, águas residuárias, fluorescência.

Entre as atividades desenvolvidas pelo homem, a agricultura é sem dúvida um dos


setores que mais consome água, pela irrigação. No Brasil, a agricultura consome
cerca de 61% da água doce total. Diferentes alternativas foram utilizadas pelas
sociedades contemporâneas para solucionar ou minimizar a falta deste recurso, porém
o uso de águas residuárias tem-se mostrado uma das soluções mais interessantes. A
espectroscopia de fluorescência por luz UV-Visível fornece informações sobre
estruturas moleculares, sendo sensível à presença de metais pesados e
contaminantes orgânicos. Por esta razão, pode ser uma ferramenta interessante para
avaliar as mudanças na matéria orgânica do solo (MOS). A espectroscopia de
fluorescência induzida por laser (FIL) aplicada a solos é uma nova metodologia, que
tem se mostrado eficiente na análise da MOS, fornecendo resultados em condições
próximas das naturais. O solo analisado é um Argissolo Vermelho submetido a
diferentes tratamentos: SI-sem irrigação e sem fertilização nitrogenada mineral (FNM);
W100-irrigação com água de consumo e 100% da FNM; E0-irrigação com efluente e
0% da FNM; E33-irrigação com efluente e 33% da FNM; E66-irrigação com efluente e
66% da FNM; E100-irrigação com efluente e 100% da FNM. A análise espectroscópica
dos ácidos húmicos permitiu a obtenção de índices de humificação pela técnica de
fluorescência utilizando as metodologias de Milori (A465), Zsolnay (A4/A1) e Kalbitz
(I468/I374). A correlação entre as metodologias foi superior a 95%. Para a
espectroscopia de FIL usando solo inteiro, a irrigação com águas residuárias durante 4
anos também aumentou o grau de humificação da MOS.

Agradecimento: CAPES e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 30
Instituto de Química de São Carlos

Bagaço de cana de açúcar: Extração e despolimerização de lignina na presença


de antraquinona com aplicação no preparo de resina do tipo lignina-
glutaraldeído.

Autores:
Cristina Gomes da Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete Frollini – Instituto de Química de São Carlos, USP
S. Grelier – Université Bordeaux, França
F. Pichavant – Université Bordeaux, França
A. Castellan – Université Bordeaux, França

Palavras chave: lignina, bagaço de cana de açúcar, Miscanthus.

Este estudo visa a valorização das fibras de bagaço de cana de açúcar (Brasil) e o
Miscanthus (França) pelo isolamento das principais macromoléculas (celulose,
hemicelulose e lignina), preservando sua estrutura. A lignina sendo o principal foco do
trabalho, esta foi separada dos demais componentes pelo cozimento em solução
NaOH/Antraquinona, em condições de tempo (1h30) e temperatura (172°C)
controlados, e após extração a lignina foi analisada (SEC, FT-IR) para determinar a
pureza e a eficiência da reação. A antraquinona ácida (AQCOOH) e a polialilamina-
antraquinona (PAA-AQ) foram preparadas para serem utilizadas como catalisadores
da reação de despolimerização da lignina. Para as ligninas extraídas das fibras do
bagaço de cana e do Miscanthus, um método de despolimerização na presença de
catalisador (AQCOOH e PAA-AQ) foi estudada, visando obter a melhor condição para
cada catalisador, resultando em para uma reação de despolimerização eficiente. Após
a despolimerização as análises (SEC, FT-IR, 1H, 13C, 31P NMR) mostraram que os
catalisadores são eficientes para a despolimerização da lignina, reduzindo sua massa
molecular média. As ligninas extraídas foram aplicadas na preparação de pré-
polímeros fenólicos como substituto do fenol, e glutaraldeído como substituto de
formaldeído (agente de entrecruzamento e acelerador da temperatura de cura em
compósitos). Os pré-polímeros lignina-glutaraldeído foram caracterizados por SEC,
FT-IR e NMR e poderão ser utilizados como matrizes em compósitos reforçados com
fibras naturais, como o bagaço de cana de açúcar, entre outros. Esta nova resina visa
uma futura aplicação em compósitos reforçados com fibras de bagaço de cana, com a
finalidade de comparar as propriedades dos diferentes materiais.

Agradecimento: CNPq, CAPES e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 31
Instituto de Química de São Carlos

Proteção de ligas de alumínio revestidas com bicamadas SAM/ PAni analisada


por ensaios acelerados de corrosão

Autores:
Daiane Piva B. Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Rodrigo S. Neves – Instituto Nacional de Metrologia
Artur J. Motheo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Ligas de alumínio, corrosão, névoa salina

O alumínio é naturalmente coberto com uma camada de óxido protetora, estável na


faixa de pHs entre 4 e 9, porém, a presença de elementos de liga pode levar a
processos de corrosão. A inibição ou redução destes processos é geralmente
promovido pela aplicação de revestimentos que impedem o acesso de espécies
corrosivas à superfície das ligas, entre os quais encontram-se os polímeros
condutores e / ou camadas auto-organizadas (SAM). Neste trabalho são apresentado
os resultados obtidos por testes acelerados de corrosão, segundo a norma técnica
NBR 8094, de amostras das ligas AA1050, AA2024 e AA7075 revestidas com
polianilina (PAni), propil-trimetóxi-silano (PTMS), octadecil-trimetóxisilano (ODTMS), e
bi-camadas PTMS+PAni e ODTMS+PAni. As amostras foram expostas à névoa salina
por 100 horas e a avaliação do grau de corrosão da superfície foi feita com uma escala
gradual crescente de área corroída ou alteração de aspecto da cobertura. Após 100
horas de exposição à névoa salina, as amostras da liga AA1050 foram as que
apresentaram menor número de pontos de corrosão, ao contrário da liga AA7075, que
apresentou muitos pontos de corrosão além do escurecimento quase que completo da
superfície. A utilização do revestimento de PTMS retarda o surgimento dos primeiros
pontos de corrosão, sendo que o mesmo ocorre com a aplicação de ODTMS.
Observa-se ainda a diminuição do grau de ataque às superfícies. Amostras das ligas
nas quais a PAni foi aplicada diretamente sobre o óxido apresentaram grande
quantidade de bolhas, assim como regiões com ausência do filme. A aplicação prévia
de SAMs aumenta o intervalo de tempo em que o revestimento não apresenta bolhas.
Para todas as ligas os melhores resultados foram aqueles obtidos com a utilização de
bi-camadas ODTMS+PAni.

Agradecimento: CNPq e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 32
Instituto de Química de São Carlos

Aprendizagem cooperativa no ensino de química: investigando uma atividade


didática no formato JIGSAW

Autores:
Daniel Lino Teodoro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Salete Linhares Queiroz – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Ensino Superior, Química, Aprendizagem Cooperativa.

Desde o início da década de setenta, a discussão a respeito das formas de


organização e da efetividade das atividades didáticas pautadas nos princípios da
Aprendizagem Cooperativa vem se destacando em vários países europeus1. A
Aprendizagem Cooperativa apresenta como característica chave a sua natureza
social, pois os estudantes interagem e compartilham suas idéias melhorando sua
compreensão individual e mútua. Nesse contexto, aplicamos uma proposta de ensino
de caráter cooperativo (grupos de alunos organizados no formato jigsaw) na qual
investigamos a dinâmica das interações estabelecidas entre os membros dos grupos,
a partir da análise das seguintes dimensões: processamento cognitivo, processamento
social e funções da fala. Para tanto, tomamos por base o Modelo Analítico proposto
por Kumpulainen e Mutanen2. De forma complementar, analisamos as percepções
dos alunos com relação às atividades didáticas realizadas no formato jigsaw. Os
resultados mostram que as atividades foram realizadas apresentando como
predominante o processamento social do tipo colaborativo e que todos os alunos
fizeram uso das funções de fala de forma igualitária. No aspecto cognitivo, as
atividades foram marcadas pela presença do processamento cognitivo exploratório,
que somado ao uso de funções de fala do tipo críticas, indicam que as atividades
foram ricas em possibilidades cognitivas. Desta forma, as três dimensões analisadas
sugerem que as atividades se mostraram efetivas, no que diz respeito ao
desenvolvimento de condições para aprendizagem cooperativa com foco no
desenvolvimento de habilidades sociais, sem, no entanto, comprometer a parte
cognitiva. As percepções dos alunos com relação às atividades indicaram a sua boa
receptividade. Ademais, os mesmos apontaram que a realização das atividades foi
relevante para uma melhor resolução dos problemas propostos. Assim, acreditamos
que tais atividades podem ser realizadas com sucesso no ensino superior de química,
sendo relevantes para a formação dos graduandos.

1.BARBOSA, R. M. N.; JÓFILI, Z. M. S. Ciência & Educação, v. 10, n. 1, p. 55-61, 2004.


2.KRISTIINA KUMPULAINEN, K. MIKA MUTANEN, M. Learning and Instruction, v. 9, p.
449–473, 1999.

Agradecimento: CNPQ

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 33
Instituto de Química de São Carlos

Labilização do ligante P(III) em trans-[Ru(NO+)(NH3)4P(OH)3]3+

Autores:
Daniela Ramos Truzzi – Instituto de Química de São Carlos, USP
A. G. Ferreira – Universidsade Federal de São Carlos
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: tetraaminas de rutênio, esteres de fósforo e nitrosilo

Devido ao alto efeito e influência trans dos ligantes de fósforo, compostos do tipo
trans-[Ru(NO+)(NH3)4P(III)]3+ são capazes de liberar NO0 eficientemente na
presença de redutores biológicos. A constante de velocidade específica para a
dissociação de NO0 no íon trans-[RuII(NO+)(NH3)4P(OEt)3]3+ é 0,98 s-1 (25°C e pH
5,0). Entretanto, em pH 7,0, o íon trans-[RuII(NO+)(NH3)4P(OEt)3]3+ sofre ataque
nucleofílico por íons hidroxilas no éster de fósforo. Para contornar este incoveniente foi
usado como ligante o H3PO3. O sólido trans-[RuII(NO+)(NH3)4P(OH)3](Cl)3 foi
caracterizado por técnicas espectroscópicas (31P NMR, δ=71ppm para o trans-
[RuII(NO+)(NH3)4P(OH)3]3+ e δ=65 ppm para o trans-
[RuII(NO+)(NH3)4P(O)(OH)2]2+) e espectrofotométricas (λ=241nm - ε=1385 L mol-1
cm-1, λ=319 nm - ε=773 L mol-1 cm-1, λ=500 nm - ε=20 mol L-1 cm-1; νNO+=1892
cm-1 para o trans-[RuII(NO+)(NH3)4P(OH)3]3+, νNO+=1879 cm-1 para o trans-
[RuII(NO+)(NH3)4P(O)(OH)2]2+). O valor de pKa de 0,74 ± 0,05 para o trans-
[RuII(NO+)(NH3)4P(OH)3]3+ foi determinado por meio de espectroscopia vibracional
em solução aquosa. O ENO+/NO0 foi determinado por voltametria cíclica como igual a
-0,52 V vs. ECS (0,5 mol L-1 CF3COOH, 25oC). Observou-se, por meio de UV-Vis,
voltamentria cíclica e espectroscopia vibracional, que o íon trans-
[RuII(NO+)(NH3)4P(OH)3]3+ sofre reação de aquação originando a ácido fosforoso
livre e trans-[RuII(NO+)(NH3)4(H2O)]3+ (λ = 322 nm - ε = 297 L mol-1 cm-1;
ENO+/NO0 =- 0,40 vs. SCE; NO+ = 1893 cm-1). O espetro de 31P NMR em
pH 3,0 apresentou sinal em 0,7 ppm confirmando a dissociação do ácido
fosforoso, a qual é dependente do pH (pH 1,0 – kobs=1,0×10-6 s-1, pH 2,0 –
kobs=3,2×10-5 s-1, pH 3,0 –kobs=2,1×10-4 s-1 a 25oC). Os dados de 31P
NMR e de espectroscopia vibracional sugerem que, antes da dissociação do
H3PO3, ocorra a formação de isômeros de ligação nos quais o ligante de
fósforo é coordenado ao centro metálico pelo átomo de oxigênio (δ=48 e 42
ppm; νNO+=1874 cm-1).

Agradecimento: FAPESP, CAPES e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 34
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento e validação de método analítico para análise de bisfenol A e


nonilfenol em água superficial

Autores:
Daniele Alves de Souza Beraldo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eny Maria Vieira – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Bisfenol A, Nonilfenol, HPLC

Compostos orgânicos, denominados interferentes endócrinos, estão sendo


encontrados em águas superficiais e esse fato vêm chamando a atenção da
comunidade científica. Nessa classe de compostos, destacam-se o bisfenol A e o
nonilfenol que tem sido encontrado no meio ambiente. As conseqüências da expansão
do uso de produtos químicos orgânicos sintéticos, com ênfase nas substâncias que
afetam a saúde humana, são preocupantes. O bisfenol A é um plastificante e uma
substância muito utilizada nos processos industriais, sua aplicação principal é como
monômero na produção de policarbonato, devido à grande produção o aporte no meio
ambiente ocorre por diferentes fontes. O nonilfenol é um composto xenobiótico
utilizados no fabrico de antioxidantes, aditivos para óleos lubrificantes e produção de
surfactantes etoxilados, devido à sua ampla utilização está presente em águas
residuais tratadas em quantidades substanciais. A determinação será baseada em
métodos já estabelecidos, os quais serão desenvolvidos e convalidados, no qual serão
avaliadas as etapas de extração e concentração da amostra usando extração em fase
sólida (SPE) e análise por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) empregando
detector de fluorescência.

Agradecimento: CAPES e a FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 35
Instituto de Química de São Carlos

Síntese de monômero-ligantes do tipo norbornenopiridinas para o


desenvolvimento de metalopolimeros de Ru(II) via ROMP.

Autores:
Daniele M. Ferreira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Rose M. Carlos – Universidade Federal de São Carlos
Benedito S. Lima Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ROMP, piridinas, trans-5-Norborneno-2,3-dicarbonilcloreto.

O trabalho visa o desenvolvimento de metalo-monômeros que possam ser


polimerizados via metátese. Assim, são desenvolvidos compostos que apresentem
olefinas cíclicas para serem polimerizados e um sítio ligante para se coordenar ao
centro metálico. Sendo assim, foi sintetizado o monômero de olefina cíclica do tipo
norboneno (NBE) derivatizado com 3-NH2-piridina (3Amnpy), formando o monômero-
ligante [(3Amdpy)2NBE] que quando coordenados a centros de Ru(II) formou o íon
metalo-monômero [Ru(bpy)2 ((3Amdpy)2NBE)]+2. Para a síntese do monômero,
utilizou-se 5,6-(Cl(O)C)2NBE por reação de 3-Amdpy em CHCl3, mediante refluxo em
atmosfera de argônio por 2 horas. A síntese com o complexo [Ru(bpy)2Cl2] foi
realizada em 1:1 (v/v) de EtOH/H2O, em atmosfera de argônio por 8 horas mediante
refluxo. Os dados de infravermelho apresentam os valores para a carbonila no ligante
(3Amdpy)2NBE em 1553 cm-1 e para o complexo metalo-monômero
[Ru(bpy)2((3Amdpy)2NBE)](PF6)2 em 1690 cm-1. Os espectros de UV-vis mostram
bandas de MLCT na região do visível entre 548 a 467 nm. Isto pode ser observado
devido à substituição dos íons cloretos pelo ligante (3Amdpy)2NBE no qual os íons
cloretos são doadores π, enquanto que os nitrogênios do moômero-ligante são
receptores π de elétrons. Isso faz com que a absorção desloque para um
comprimento menor de energia. Os estudos são comparados com íons derivados
[Ru(bpy)2((3Amdpy2)oxaNBE)](PF6)2].

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 36
Instituto de Química de São Carlos

Biopolietileno de alta densidade reforçado por fibras de curauá

Autores:
Daniele Oliveira de Castro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Adhemar Ruvolo Filho – Universidade Federal de São Carlos
Elisabete Frollini – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: biocompósitos, biopolietileno, fibras lignocelulósicas

Neste trabalho, foram utilizadas fibras de curauá como reforço de matriz de polietileno
de alta densidade, o qual foi obtido pela polimerização de eteno, gerado a partir do
etanol de cana de açúcar, sendo também chamado de biopolietileno (BPEAD), por ser
preparado a partir de material oriundo de fonte natural. Desta forma, é pretendido
contribuir para com o desenvolvimento de materiais que, dentre outras propriedades,
na sua produção ocorra menor emissão de CO2 para a atmosfera, comparativamente
a outros materiais. Adicionalmente, polibutadieno líquido hidroxilado (PBHL) foi
acrescentado à formulação do compósito, o qual passou a ter então em sua
composição uma borracha, que promove um aumento na resistência à propagação da
trinca durante impacto. Os compósitos e as fibras foram caracterizados por várias
técnicas, tais como, termogravimetria, análise térmica dinâmico- mecânica, resistência
ao impacto e microscopia eletrônica de varredura. A decomposição térmica ocorre a
menor temperatura nos compósitos, devido a presença de fibras. As imagens de MEV
mostraram que a adição de PBHL ao compósito melhora a adesão fibra/matriz, o que
levou a um aumento considerável da resistência ao impacto do compósito de
BPEAD/PBHL/fibra, se comparado aos compósitos BPEAD/fibra. O conjunto de
resultados é promissor e indica que um biocompósito com excelentes propriedades
pode ser obtido a partir de biopolietileno e curauá.

Agradecimento: CAPES, CNPq e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 37
Instituto de Química de São Carlos

Estudos físico-químicos de o-carboximetilação de quitosanas em meio


homogêneo

Autores:
Daniella de Souza e Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sérgio Paulo Campana Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-Chave: quitina, quitosana, O-carboximetilquitosana.

Quitosana é solúvel apenas em meio moderadamente ácido, o que limita suas


aplicações. A conversão de quitosana em um produto mais solúvel pode ser alcançada
por meio da reação de carboximetilação, que leva à obtenção do derivado
hidrossolúvel carboximetilquitosana (CMQ). Os principais objetivos do trabalho são:

obtenção de quitosana extensivamente desacetilada ( GA ≅ 0), de elevada massa

molecular, baixa polidispersividade, a qual será empregada nas reações de


carboximetilação sob condições homogêneas, com a finalidade de obter a O-CMQ

com características uniformes. Quitosana, ( GA ≅ 0) será obtida pelo processo de

desacetilação assistida por irradiação de ultrassom de alta intensidade (Processo


DAIUS) aplicado à betaquitina e utilizada como substrato na reação de
carboximetilação. A amostra de quitosana extensivamente desacetilada, obtida pelo
Processo DAIUS, foi caracterizada por titulação condutimétrica, espectroscopias RMN
1H e IV, e viscosimetria capilar (Tabela 1). Tabela 1: Massa molar média
viscosimétrica ( M v), grau médio de acetilação GA e rendimento (R) da obtenção
de quitosana.

Amostras Mv (g/mol)(a) GA (%)(b) GA (%)(c) R(%)(d)

Q_02 8,42.105 5,2 7,3 73,30

(a) Determinado por viscosimetria capilar, (b) média de 2 determinações


independentes por titulação, (c) determinado por espectroscopia de ressonância
magnética nuclear de hidrogênio e (d) determinado por diferença de massa.

Agradecimento: Capes, CNPQ e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 38
Instituto de Química de São Carlos

Determinação do grau de humificação de biofertilizantes sólidos obtidos de


esterco bovino.

Autores:
Daniely Forgerini – Instituto de Química de São Carlos, USP
Gabriela Bueno Denari – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Diva Landgraf – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Olímpia Oliveira Rezende – Instituto de Química de São Carlos, USP
Washington Luiz de Barros Melo – Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras Chave: Grau de humificação, compostagem, espectroscopia.

A matéria orgânica encontrada na superfície do solo decompõe-se até constituir o


húmus, de características benéficas para o solo. A compostagem é um processo que
tem a finalidade de acelerar a decomposição da matéria orgânica. Foi realizada a
caracterização espectroscópica do composto obtido a partir de esterco bovino
compostado com um preparado biodinâmico e a partir destes espectros determinou-se
a humificação do composto. O espectro de UV-Vis apresentou um ombro bem
acentuado, em 280 nm, característico de grupos cromóforos presentes nos ácidos
húmicos. Pelo espectro calculou-se a razão E4/E6,com os valores das absorbâncias a
465 e 665 nm, (1,75) e o parâmetro ∆ log K (0,66). Devido à heterogeneidade da
amostra, o espectro de infravermelho apresentou muitas bandas, no qual se destacam
as encontradas em 2940 cm-1 (estiramento simétrico e assimétrico de C-H alifático),
em 1630 cm-1 (estiramento de C=C aromático) em 1400 cm-1 (estiramento de C-O
fenólico, deformação de O-H carboxílico e deformação de C-H alifático e estiramento
simétrico de C=O de carboxilatos) e em 1170 cm-1 (estiramento C-O de estruturas
polissacarídicas e estiramento de Si-O). A relação entre as absorbâncias em 2927 e
em 1050 cm-1 fornece o índice de hidrofobicidade (H) (1,08). A relação entre as
absorbâncias em 1660 e em 2929 cm-1 correspondente ao índice de aromaticidade
(A) (1,07). Como nos espectros de UV-Vis, o espectro de fotoacústica mostrou alta
absorção perto de 280 nm correspondentes aos grupos cromóforos. Pelos estudos
espectroscópicos pode-se caracterizar o composto obtido com o preparado
biodinâmico e esterco bovino obtendo-se características referentes à sua estrutura
molecular, obtendo-se resultados semelhantes aos de espectroscopia de ácidos
húmicos purificados.

Agradecimento: IQSC-USP, CNPQ, CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 39
Instituto de Química de São Carlos

Avaliação das Propriedades de um Derivado de Tioxantona

Autores:
Douglas Rosa Bernardo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Miguel Guillermo Neumann – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carla Cristina Schmitt Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Fotoiniciadores, Tioxantonas,Polimerização

Tioxantona é um corante com estrutura de cetona aromática utilizada como


fotoiniciador em polimerizações radicalares fotoiniciadas. A tioxantona é um
fotoiniciador do tipo II, isto é, ao absorver luz a molécula interage com outra, doadora
de elétrons, para que os radicais possam ser gerados. Na polimerização fotoiniciada
por tioxantonas aneladas, os radicais são formados na presença de oxigênio e a
fotoiniciação ocorre através do grupo cromóforo antraceno, diferentemente da
tioxantona, as estruturas aneladas não requerem a presença de um doador de
elétrons

A obtenção do derivado de tioxantona (TX-Np) foi resultado da reação do ácido


tiosalicílico com o naftaleno sob catálise ácida. A purificação do composto obtido foi
realizada através de extração de solventes e cromatografia em coluna. Para a
caracterização foram utilizadas as técnicas de RMN, IV e CLAE. Foram realizados
estudos fotofísicos e fotoquímicos em diferentes solventes hidroxilicos e dentre esses,
os resultados de Fluorescência fotoestacionária demonstraram pouca variação no
comprimento de onda onde ocorre o máximo de emissão e a medidas de
Fluorescência resolvida no tempo apresentaram diminuição nos tempos de vida das
espécies singletes conforme o aumento da viscosidade do solvente. Os valores dos
tempos de vida nos solventes metanol, etanol, hexanol e etilenoglicol foram
respectivamente: 1,90; 1,70; 0,94; 0,74 ns.

Agradecimentos FAPESP, CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 40
Instituto de Química de São Carlos

Sistemas hidrotrópicos para sínteses poliméricas

Autores:
Douglas Silva Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP
Tatiana Batista – Instituto de Química de São Carlos, USP
Mario de O. Neto – Instituto de Física de São Carlos, USP
Carla Cristina Schmitt Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Igor Polikarpov (PQ) – Instituto de Física de São Carlos, USP
Aldo F. Craievich – Instituto de Física, USP
Miguel G. Neumann – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: Hidrótropos, Espalhamento de Luz Estático, SAXS, Polimerização

O efeito hidrotrópico é o aumento de solubilidade de uma espécie pouco solúvel em


água pela adição de altas concentrações de uma outra espécie, os hidrótropos. Esse
aumento de solubilidade ocorre acima de um ponto chamado de concentração
hidrotrópica mínima (MHC), À partir da MHC, assume-se que os hidrótropos
organizam-se em agregados1, sendo atribuídos a este a origem do efeito hidrotrópico.
Neste trabalho foram estudadas soluções do hidrótropo tolueno sulfonato de sódio
(TSS), utilizando-se as técnicas de espalhamento de luz estático (ELS), espalhamento
de raios-x a baixo ângulo (SAXS) e a altos ângulos (WAXS). Este hidrótropo foi
escolhido conforme o tamanho da cadeia carbônica, o qual altera a forma do
agregado2. Os resultados podem ser observados nas fig. de 1 a 4.

Na Fig. 1 pode ser observado que TSS comporta-se como liquido (d < /20), mas com
o aumento da concentração podem ser observados interações dadas pela inclinação
da reta C/I versus I e que com o aumento de temperatura (Fig. 2) ocorre ainda uma
mudança de comportamento quando comparada as baixas concentrações. As curvas
de SAXS e WAXS (Fig.3 e 4) são complementares, revelando todo o comportamento
das soluções de TSS. Apesar de não ser observados grandes agregados (Baixo
ângulo), pode ser inferido que as moléculas de TSS interagem a partir de uma
distância característica de 1,5 nm. Até o momento, agregação parece não ser a força
motriz do efeito hidrotrópico para TSS.

Agradecimento: FAPESP, Capes CNPq. LNLS.

[1] NEUMANN, M. G. et al; J. Colloid Interface Sci., v. 315, p. 810-813, 2007.


[2] ISRAELACHVILI, J. N. Intermolecular and surface forces. 2nd edition. London: Academic
Press, 1991. 450 p.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 41
Instituto de Química de São Carlos

Caracterização de monocamadas auto-organizadas obtidas da mistura de tiois


de cadeia longa e curta

Autores:
Dyovani Coelho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Murilo Feitosa Cabral – Instituto de Química de São Carlos, USP
F.C. Moraes – Universidade Federal de São Carlos
Juliana.Carlos Cancino – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sergio Antonio Spinola Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: monocamada auto-organizada, SAM mista, arranjo de UME

Produziu-se monocamadas auto-organizadas (SAM) imergindo o substrato de ouro


policristalino por 5 horas em solução etanólica contendo um tiol de cadeia carbônica
longa, ácido 11-mercaptoundecanóico (MUA) 1,0 mmol.L-1, e um tiol de cadeia
carbônica curta, ácido 3-mercaptopropiônico (MPA) 0,4 mmol.L-1. A caracterização
das SAMs foram realizadas com voltametria cíclica (VC) e espectroscopia de
impedância eletroquímica (EIE) em eletrólito de solução tampão BR 0,1 mol.L-1 (pH
3,0) contendo o par redox [Fe (CN) 6]4-/3- 6,0 mmol.L-1 . Para a EIE usou-se uma
onda senoidal de amplitude 10 mV e escala de freqüência de 100kHz a 0,1 Hz,
aplicada no potencial de pico de oxidação observado nas medidas de VC. Tanto a VC
quanto a EIE mostraram que o MUA isola a superfície do ouro, exibindo uma
resistência de transferência de carga (Rtc) de 58775,0 Ω, enquanto que o MPA se
comporta como o ouro não modificado (Rtc 244,0 Ω). No entanto, a SAM mista
apresentou um comportamento intermediário ao observado para as monocamadas
contendo os tióis puros. A Rtc obtida para a SAM-mista foi de 27390,0 Ω. Seu
comportamento eletroquímico mostrou-se semelhante ao de ultramicroeletrodos
(UME), porém a reversibilidade do processo redox é afetada tornando-se menos
reversível. De acordo com esses resultados assumimos que a transferência eletrônica
ocorre pela cadeia de MPA por tunelamento através das ilhas de MPA, formando um
arranjo de UME sobre o ouro. Assim podemos utilizar o modelo de Amatore para
calcular o raio desses UME formados e o raio da distância entre os centros de UME
"adjacentes”. Os valores calculados foram respectivamente, 4,98 µm e 57,91 µm.
Segundo este modelo o arranjo de UME obtido permite a detecção de produtos
enzimáticos. Tal assunto será estudado posteriormente.

Agradecimento: FAPESP e CNPq.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 42
Instituto de Química de São Carlos

Instabilidades cinéticas na oxidação eletrocatalítica do íon borohidreto sobre


platina e ouro

Autores:
Eduardo G. Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fábio Henrique Barros de Lima – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-Chave: Sistemas Complexos, Borohidreto, Oscilações

Apesar de toda a atenção dada à oxidação eletroquímica do borohidreto, pouco se tem


discutido a respeito das instabilidades cinéticas possivelmente presentes nesse
processo. Particularmente no caso da interface sólido/líquido eletrificada, a maioria
das pesquisas tem como foco o estudo da cinética deste processo na região de baixos
sobrepotenciais, numa região relativamente próxima ao equilíbrio termodinâmico. O
objetivo do presente projeto consiste na investigação sistemática da cinética complexa
associada aos processos de adsorção e oxidação do íon borohidreto sobre superfícies
policristalinas de platina e ouro. As investigações estão sendo realizadas em
condições afastadas do equilíbrio, utilizando-se técnicas eletroquímicas convencionais.
Entre estas, é possível destacar: voltametria cíclica, cronoamperometria e
experimentos quasi-estacionários sob controles galvanostático e potenciostático
utilizando diferentes valores de resistência total, realizados com o objetivo de mapear
as eventuais regiões de parâmetros nas quais oscilações são possivelmente
observadas. Experimentos iniciais apontam que o comportamento do sistema se
assemelha com o da oxidação do hidrogênio e o procedimento adotado se
assemelhará ao da literatura. Séries temporais obtidas em regime potenciostático
revelam a existência de oscilações regulares (período 1) de corrente do tipo relaxação
com baixa freqüência. Como observado para outros sistemas, o conhecimento do
mecanismo associado à presença das instabilidades cinéticas pode permitir a
exploração racional do regime oscilatório em sistemas de conversão de energia.

Agradecimento: CAPES, CNPq, FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 43
Instituto de Química de São Carlos

Degradação eletroquímica do corante vermelho de alizarinas (VAS) utilizando


elétrodos DSA® em meio de cloreto

Autores:
Eduardo M. Moreira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carla R. Costa – Instituto de Química de São Carlos, USP
Artur J. Motheo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Vermelho de alizarina S, degradação eletroquímica, cloreto.

O corante VAS é um corante de cor vermelha empregado na indústria de couros. Uma


das possíveis metodologias para tratamento de resíduos contendo esse corante é baseada
no uso de eletrodos do tipo DSA® devido à capacidade desses eletrodos gerarem as
chamadas espécies de cloro ativo, que são bons agentes oxidantes. Devido a essa
característica os chamados cloros ativos geralmente são capazes de remover a cor de um
efluente dentro de poucos instantes, mas a matéria orgânica pode persistir devido a não
mineralização da matéria orgânica. Para tratar uma solução com 700 mg.L-1 de VAS foi
usada uma concentração de cloreto de sódio de 20 mmol.L-1 em solução tampão
H3PO4/NaH2PO4 à concentração de 0,2 mol.L-1 (pH ~ 2). A temperatura foi mantida
em 35 ºC ( 1) usando-se uma camisa de aquecimento no reservatório do sistema. O
fluxo de solução usado foi de 290 mL.min-1. O eletrodo de trabalho empregado foi uma
malha de DSA® de composição Sn0,99Ir0,01O2(Sb) em uma célula do tipo filtro-
prensa. Aplicaram-se correntes de 0,2, 0,5 e 1 A por 5 horas fazendo-se medidas de
DQO, COT e UV/Vis. Ao fim de 5 horas de eletrólise, para as correntes de 0,2, 0,5 e 1
A a remoção de DQO foi de 28,4, 33,0 e 39,7%, respectivamente. A remoção de COT
para as três correntes aplicadas foi de 13,5, 19,5 e 18%, respectivamente. Não foi
detectado aumento da remoção de COT passando a corrente de 0,5 para 1 A, o que
indica que a queda de DQO observada para esse mesmo aumento de corrente se deve a
formação de espécies oxidadas “invisíveis” à análise de DQO, provavelmente
compostos organoclorados. A remoção de cor, entretanto, foi quase completa já nas
duas primeiras horas de eletrólise, sendo de 89,5, 95,5% e 95,5% para as correntes de
0,2, 0,5 e 1 A, respectivamente. A curva de absorbância contra o tempo se ajusta a uma
exponencial e a inclinação dessa exponencial aumenta com o aumento de corrente. A
absorbância foi medida em 424 nm a 25 ºC. As curvas de COT por tempo ajustam-se à
um meio arco de parábola onde as maiores quedas aparecem depois de 3 horas de
eletrólise. Ao contrário, a queda de absorbância com o tempo apresenta uma velocidade
dez vezes menor depois de aproximadamente duas horas de eletrólise. A partir dos
dados obtidos, conclui-se que o eletrodo usado é eficiente para a remoção de cor, mas
pouco eficiente para a remoção de carga orgânica nas condições estudadas.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 44
Instituto de Química de São Carlos

Determinação simultânea de glifosato e AMPA usando microchips de poliéster-


toner com detecção condutométrica sem contato

Autores:
Eduardo R. Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Thiago P. Segato – Instituto de Química de São Carlos, USP
Wendell K. T. Coltro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luiz H. Mazo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Emanuel Carrilho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Eletroforese, microchip, glifosato.

O glifosato [N-(fosfonometil)glicina] é classificado como um herbicida não seletivo,


sistêmico e pós-emergente, citado como um dos mais vendidos em todo o mundo[1].
O presente trabalho apresenta um método para determinação de glifosato, e seu
principal produto de degradação, AMPA (ácido aminometilfosfônico). Foi utilizada a
técnica de eletroforese em microchip, com detecção condutométrica sem contato
(C4D). Os microchips são preparados por impressão direta, onde os microcanais são
definidos por filmes de poliéster e por camadas de toner. Esse sistema apresenta
grande potencial para miniaturização e portabilidade, apresentando ainda alta
sensibilidade e baixo custo. [2,3]. Canais de injeção e separação foram impressos em
configuração de “T” com comprimento de 15 e 45 mm, respectivamente. Ambos com
150 µm de largura e 12 µm de profundidade. Experimentos de eletroforese foram
conduzidos aplicando -1000 V durante 7 s para injeção e -1500 V para separação.
Tampão 40/40 mM CHES/Tris, pH 8,8 foi utilizado como eletrólito suporte. Para
detecção C4D, foram utilizados 2 fitas de cobre com 2 mm de largura posicionadas no
mesmo plano em um dos lados do microchip com 1 mm de espaçamento entre eles. A
frequência e amplitude do sinal senoidal aplicado no eletrodo de excitação foram de
320 kHz e 4,5 Vpp, respectivamente. Uma separação eficiente e rápida foi obtida para
uma mistura de glifosato e AMPA, com tempos de retenção de 40,7 e 59,3 s,
respectivamente. Foi realizada curva analítica para ambos os compostos com intervalo
linear entre 0,15 e 0,90 µmol L-1. Os valores de limite de detecção (LOD) foram
determinados através de diluição em série até obter um eletroferograma com relação
S/R igual a 3. Os valores de LOD encontrados para glifosato e AMPA são 45,1 e 70,5
µmol L-1 respectivamente.

[1] Amarante Jr., O. P. et al. Quim. Nova. 2002, 25, 589.


[2] Coltro, W. K. T. et al. Electrophoresis 2008, 29, 4928.
[3] Coltro, W. K. T. et al. Quím. Nova. 2007, 30, 1986.

Agradecimento: Capes e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 45
Instituto de Química de São Carlos

Isolamento de novos alcalóides indólicos, obtidos a partir de uma linhagem


marinha de P. CITRINUM.

Autores:
Eli F. Pimenta – Instituto de Química de São Carlos, USP
D. E. Williams – University of British Columbia
R. J. Andersen – University of British Columbia
Mirna H. R Seleghim – Universidade Federal de São Carlos
Roberto G. S. Berlinck – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: P. citrinum, alcalóides indólicos, grupo nitro.

Compostos biologicamente ativos são de grande importância para a indústria


farmacêutica. Dentre muitos, aqueles que possuem um grupo nitro na molécula são de
particular interesse: o antimicrobiano cloranfenicol; a ranitidina que é utilizada no
tratamento de úlcera, e a nimesulida que possui efeito antiinflamatório.
Microrganismos são fontes naturais muito importantes para o isolamento de novos
compostos de interesse farmacológico. No âmbito de projeto temático que busca
compostos bioativos de microrganismos marinhos, foi isolada uma linhagem de P.
citrinum da alga Caulerpa sp. Um primeiro estudo do extrato bruto obtido a partir desta
cepa mostrou atividade citotóxica. No entanto, a quantidade de material obtido foi
muito pequena. Desta forma, desenvolvemos uma abordagem utilizando planejamento
experimental e análise multivariada para incrementar o crescimento e a produção de
metabólitos secundários por esta linhagem de P. citrinum. Após estas análises foi
possível estabelecer uma condição de crescimento que possibilitou a obtenção de
maior quantidade de extrato de P. citrinum. A investigação deste extrato proporcionou,
dentre outros compostos, o isolamento de dois alcalóides indólicos contendo um grupo
nitro. Porém, estes compostos foram obtidos em muito pouca quantidade. A produção
destes dois compostos foi novamente otimizada pela aplicação de planejamento
experimental e análise multivariada. Assim, foi possível estabelecer nova condição de
crescimento de P. citrinum que possibilitou a produção de uma maior quantidade
destes compostos para sua identificação e análise de suas atividades biológicas.

Agradecimento: a Fapesp pelo suporte financeiro.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 46
Instituto de Química de São Carlos

Comparação de diferentes adsorventes na recuperação do


diclofenaco sódico em água por extração em fase sólida

Autores:
Eliane Sloboda – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eny Maria Vieira – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: adsorventes, diclofenaco sódico, recuperação

Vários tipos de adsorventes têm sido usados para a extração em fase sólida (EFS) e
para a concentração de resíduos de fármacos em matriz ambiental, entretanto, a
eficiência da extração empregando adsorventes de diferentes fornecedores e lotes de
fabricação são pouco avaliados. Geralmente adsorventes poliméricos apresentam
maior capacidade de adsorção que o adsorvente C18 e C8 para analitos polares. Os
adsorventes C18 e C8 apresentam maiores variabilidade nas propriedades da fase
estacionária, como, tamanho das partículas e dos poros, área superficial e
porcentagem de carbono, as quais podem influenciar na recuperação do analito de
interesse. Porcentagens de recuperação do analito próximos a 100% são desejáveis,
porém, admite-se valores menores, desde que a recuperação seja precisa e exata.
Neste trabalho foi avaliado o desempenho de adsorventes de diferentes fornecedores
e lotes de fabricação na recuperação do diclofenaco sódico (DCF) em água e
conseqüentemente a robustez. A água usada foi de poço artesiano com cor verdadeira
de 20uH (com a adição de substâncias húmicas aquáticas), turbidez de 70uT (com a
adição de caulinita), pH em torno de 6,7 e temperatura de 20 ± 1ºC. O padrão de DCF
foi de pureza ≥99% (Medley). Os adsorventes de 500mg/6mL foram condicionados
com 5mL de MeOH e 5mL de água ultrapura em um razão de fluxo de 3mL min-1.
Após, passou 100 mL de amostra (10Eg L-1 de diclofenaco) filtrada em membrana
0,45 Em em uma razão de fluxo de 1mL min-1. Procedeu-se a eluição com 5mL de
MeOH e a seguir fez-se a análise cromatográfica em HPLC com o método validado
para o DCF em água, conforme a RE nº899 da ANVISA. A recuperação do DCF foi
similar para os adsorventes: Oasis HLB (Waters) (86%); C18-E Strata (phenomenex)
(96%); C18 AccuBOND (93%) e C8 SampliQ lote:SPE0840604 (Agilent Technologies)
(97%), porém, para o SampliQ C18 e C8 lote:SPE0840606 (Agilent Technologies) foi
de 26% e de 64%, respectivamente.

Agradecimento: CAPES, FAPESP e IQSC-USP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 47
Instituto de Química de São Carlos

Análise de multi-resíduos de pesticidas em frutas por GC/MS visando atender a


demanda do PNCRV-MAPA

Autores:
Elke Cliquet-Simões – Instituto de Química de São Carlos, USP
Raquel Lourenço Mendonça – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fernando Mauro Lanças – Instituto de Química de São Carlos, USP

Nos últimos anos, o emprego de agrotóxicos na agricultura tornou-se uma questão


polêmica. Enquanto que por um lado, controladores de pragas como pesticidas
possuem grande valor econômico para a produtividade agrícola, por outro, muitos
destes compostos possuem alto potencial de toxicidade ao meio ambiente e aos seres
vivos. No Brasil, o uso de produtos químicos na agricultura deve submeter-se as leis
estabelecidas pelos órgãos públicos competentes, os quais determinam limites de
tolerância em matrizes como alimentos, solos e águas. Além das exigências internas,
países de todo o mundo, ao importar produtos do Brasil, estabelecem um controle de
qualidade cada vez mais rigoroso ao que se refere à presença de pesticidas em
alimentos. Os métodos de análise de multi-resíduos de pesticidas em alimentos mais
comuns utilizados atualmente pelos laboratórios de controle de qualidade envolvem
diversas etapas de preparo de amostras que geralmente são complicadas,
trabalhosas, demoradas e requerem altas quantidades de solventes e amostras,
resultando em custos elevados e algumas vezes em problemáticas barreiras
alfandegárias que causam grandes prejuízos na economia do país. Idealmente, um
método multiresíduo de preparo de amostras deve ser rápido, fácil de executar,
requerer baixas quantidades de reagentes e amostras, proporcionar certo grau de
seletividade para evitar procedimentos complicados de limpeza, além de abranger, em
um único procedimento, uma grande variedade de analitos de diversas classes de
compostos. O presente trabalho representa parte de um projeto que visa à otimização
e validação de metodologias multi-residuais de análises para pesticidas em frutas,
dentre elas: maçã, mamão, manga, uva, e laranja. Os analitos e as matrizes foram
selecionados de acordo com a prioridade do Plano Nacional de Controle de Resíduos
de Agrotóxicos em Vegetais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(PNCRV-MAPA). Para tal, utilizou-se como referência o enfoque denominado
QuEChERS (quick, easy, cheap, effective, rugged and safe) na etapa de preparo de
amostras, e a cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC-MS)
como técnica de análise.

Agradecimento: CNPq (Processo 555715/2008-6), FAPESP, MAPA

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 48
Instituto de Química de São Carlos

Blendas de polímeros naturais a base de Agar, quitosana e gelatina:


caracterização e aplicação em dispositivos eletrocrômicos

Autores:
Ellen Raphael – Instituto de Química de São Carlos, USP
R. I. Mattos – Instituto de Física de São Carlos, USP
F.C. Sentanin – Instituto de Física de São Carlos, USP
Agnieszka Joanna Pawlicka Maule – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: Eletrólitos Poliméricos, Polímeros Naturais, Janelas Eletrocrômicas.

Eletrólitos poliméricos apresentam grande interesse científico e potencial tecnológico


devido à sua importância no desenvolvimento de novas fontes de energia. Atualmente
materiais poliméricos que possuem baixa cristalinidade têm sido extensivamente
estudados, e neste contexto as aplicações de polímeros naturais apresentam
excelentes resultados, além de serem obtidos de fontes renováveis, apresentam baixo
custo e são biodegradáveis. Este trabalho apresenta um estudo de eletrólitos sólidos
poliméricos obtidos a partir de blendas de agar, gelatina e quitosana com o objetivo de
serem aplicados em dispositivos eletrocrômicos. As seguintes blendas foram
preparadas: quitosana/agar, gelatina/agar e gelatina/quitosana, através da adição de
glicerol como plastificante e como fonte de prótons foi utilizado ácido acético. Os
eletrólitos foram caracterizados por espectroscopia de impedância eletroquímica,
difração de raios-X, microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de uv-vis.
Os dispositivos eletrocrômicos foram construídos usando WO3 como material
eletrocrômico e CeO2-TiO2 como contra-eletrodo. Ambos foram depositados sobre
ITO através do processo de dip-coating. A caracterização dos dispositivos
eletrocrômicos foi feita através de voltametria cíclica e cronoamperometria. Os
eletrólitos obtidos apresentaram-se homogêneos, amorfos e com boa transparência. A
melhor condutividade foi obtida para o eletrólito da blenda quitosana/agar, o qual
apresentou condutividade iônica de 7,58x10-5 Scm-1 a temperatura ambiente e
2,53x10-3 Scm-1 a 80°C. Os dispositivos apresentara m mudança de coloração entre
amarelo claro e azul intenso e mostraram-se reversíveis, com potencial variando entre
-1,5V e +1,5V, o que os caracteriza como bons dispositivos eletrocrômicos.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 49
Instituto de Química de São Carlos

Efeito de cátions em eletrocatálise: a quebra da ligação C-C

Autores:
Elton Sitta – Instituto de Química de São Carlos, USP
Bruno C. Batista – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: etileno glicol; cátions; in situ FTIR

A maioria dos ânions, por adsorverem-se diretamente nas superfícies têm a


capacidade de inibir sítios ativos e influenciar rotas reacionais1. Por outro lado, a
maioria dos cátions são fortemente hidratados e, como resultado, sua interação com a
superfície é regida por forças eletrostáticas, colocando-os em um papel secundário em
eletrocatálise. Recentemente Strmcnik et al.2 sugeriam que cátions com menor raio
interagem diretamente com as espécies adsorvidas, e à medida que o raio iônico
cresce a interação diminui até ocorrer por meio da camada de hidratação. Este
trabalho tem como objetivo estudar a eletro-oxidação de etileno glicol (EG) em meio
alcalino contendo diferentes cátions. As condições experimentais estão descritas nas
referências 3 e 4. Como eletrólito utilizou-se soluções 1 M de LiOH, NaOH e KOH e
0,1 M EG a 20 0C. Por meio de curvas potenciostáticas (a 0.8 V vs. RHE) observou-se
que o cátion com menor raio interage fortemente com as espécies oxigenadas
dificultando que elas sejam utilizadas no processo de oxidação do álcool, com
previamente relatado.2 O sistema que contém Li+ apresenta densidade de corrente
seis vezes menor que o K+ após 250 s. O Na+ apresenta um sistema com correntes
entre Li+ e K+. A razão entre a área das bandas de carbonato (1400 cm-1) e oxalato
(1310 cm-1)5 é inversamente proporcional ao raio do cátion, ou seja, a produção de
oxalato é beneficiada em relação à de carbonato. Para a formação de carbonato e
oxalato necessita-se da mesma quantidade de espécies oxigenadas, a diferença entre
é a ruptura da ligação C-C. Com base nessas evidências, á plausível acreditar que
para haver ruptura da ligação, é necessário que a molécula se adsorva pelos dois
átomos de carbono.

Agradecimento: CNPq

1 Batista, E.A.; Malpass, G.R.P.; Motheo, A.J.; Iwasita. T. J. Electroanal. Chem. v.571 p.273
(2004).
2 Strmcnik, D.; Kodama, K.; van der Vliet, D.; Greeley, J.; Stamenkovic, V.R.; Markovic, M.N.
Nature Chem. v.1 p.466 (2009)
3 Sitta, E.; Nascimento, M.A.; Varela, H. Phys. Chem. Chem. Phys., DOI: 10.1039/c002574g.
(2010).
4 Iwasita, T.; Nart, F.C. Prog. Surf. Sc. v.55 p.271 (1997).
5 Chang, S.C.; Ho, Y.; Weaver, M.J. J. Am. Chem. Soc. v.113 p.9506 (1991)

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 50
Instituto de Química de São Carlos

Instabilidades cinéticas durante eletro-redução de H2O2 sobre PT

Autores:
Emerson Boscheto – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Betânia Machiti – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: peróxido de hidrogênio, platina, oscilações

Embora a eletro-redução de peróxido de hidrogênio sobre platina conte com poucas


espécies intermediárias, exibe diferentes (cinco relatados na literatura) tipos de
oscilações, cada qual com um mecanismo associado. Neste trabalho, investigamos a
influência do controle constante do potencial na freqüência das oscilações de corrente.
Ele é a primeira parte de um trabalho maior que tem como objetivo investigar a eletro-
redução de peróxido de hidrogênio sobre ftalocianinas suportadas sobre carbono. O
eletrodos de trabalho, de referência e o contra-eletrodo utilizados foram,
respectivamente, uma placa de Pt com área geométrica de 0,47 cm2 e fator de
rugosidade ~1, um eletrodo reversível de hidrogênio e uma placa de Pt com área
geométrica de 3 cm2. As soluções de H2SO4 0,3 M e H2O2 0,35 M foram preparadas
a partir de água de alta pureza (18,2 MΩ mm, Milli-Q system, Millipore), ácido sulfúrico
(Mallinckrodt, 99,8%) e peróxido de hidrogênio (Synth, 30%). As medidas
eletroquímicas foram realizadas com um potenciostato Solartron 1286.

Na figura ao lado está


representada uma série de
oscilações de corrente para um
potencial aplicado de -45 mV. A
freqüência inicial das oscilações
é 1,35 Hz e decai, à velocidade
média de -9 mHz s-1, para 0,35
Hz antes da superfície ser
passivada por hidrogênio
adsorvido.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 51
Instituto de Química de São Carlos

Síntese de imina-oxanorborneno substituída com piridina e sua coordenação a


complexo de Ru

Autores:
Evania D.A. Santos – Instituto de Química de São Carlos, USP
Vanessa F. Rosalen – Instituto de Química de São Carlos, USP
Rose M. Carlos – Universidade Federal de São Carlos
Benedito S. Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ROMP, METALO-POLÍMEROS, oxaNBE

O interesse em modificar monômeros de olefinas cíclicas do tipo 5,6-dicarboxilico-7-


oxanorborneno, oxaNBE{(COOH)2}, com X-piridinas, onde X = 3- e 4-NH2, visa
obtenção de monômero-ligantes mono ou bidentados do tipo oxaNBE{(CO)2(Z-py)x},
onde Z é uma amida da combinação entre os grupos NH2 e carboxílico ou grupamento
imida pela reação de ciclização. Os novos compostos passam a ter duas funções nas
extremidades da molécula. Por um lado, a unidade piridina para coordenação a
centros de metais, obtendo-se então metalo-monômeros. No outro lado, a unidade
olefínica pode ser polimerizada via metátese, obtendo-se metalopolímeros. O presente
trabalho discute as caracterizações dos produtos de reações entre o monômero-
ligante oxaNBE{(CO)2imida-3-py} (L1) e os complexos precursores cis-[RuCl2(LL)2],
resultando em cis-[Ru(LL)2(L1)2](PF6)2, onde LL= 2,2´- bipiridina (C1) ou fenantrolina
(C2). O espectros de IV apresentam bandas das carbonilas na região de 1694 a 1720
cm-1. Os espectros eletrônicos na região do visível apresentam bandas de
transferência de carga MLCT (dπ→π) nos seguintes solventes (λmax): DMSO(C1 =
432, 448 e 440 nm; C2 =442 e 315 nm), DMF (C1 = 476 e 338 nm; C2 = 446 e 315
nm), CH3CN (C1 = 469, 505 e 338 nm; C4 =417, 452 e 313 nm) e MeOH (C1 = 477,
340 nm; C2 = 430, 460 e 318 nm), à 25 oC. Foram observadas mudanças nos λmax
nos espectros de UV-vis dos complexos C1 e C2 quando excitados em 440 nm em
DMSO e CH3CN. Assim, as fotossubstituições em C1 e C2 envolvem perdas de um
dos ligantes monodentado com a coordenação do solvente. Observaram-se nos
voltamogramas em CH3CN a presença de dois potenciais de pico para C1 (E1/2 =
0,76 e 1,28 V) e para C2 (E1/2 = 0,73 e 1,24 V), em Pt versus Ag/AgCl à 25 oC.

Agradecimento: CNPq, CAPES e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 52
Instituto de Química de São Carlos

Efeito do campo elétrico no momento de dipolo do (H2O)2

Autores:
Evelyn Jeniffer de Lima Toledo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Milan Trsic – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Campo elétrico, dímero de água, momento de dipolo

A ligação de hidrogênio tem um papel importante em uma grande faixa de fenômenos


químicos e biológicos. O protótipo da ligação de hidrogênio, o qual tem recebido a
maioria das atenções é o encontrado entre duas moléculas de água, devido ao baixo
custo computacional, permitindo a incorporação do efeito de correlação. Esse trabalho,
utilizando o método MP2/6-311++G(d,p) incorporado ao programa Gaussian03,
avaliou o efeito do campo elétrico nas direções X, Y e Z (sentido positivo e negativo)
no momento de dipolo do dímero de água. Quando o campo foi aplicado na direção Y,
o sentido do mesmo não se mostrou relevante. O momento de dipolo da estrutura
inicial e da estrutura otimizada aumentaram na presença do campo, desestabilizando
o sistema, sendo que ao se desligá-lo, o momento de dipolo diminui, mostrando que o
campo na direção Y não favorece a existência do dímero. Quando o campo é aplicado
na direção Z, sentido positivo, o momento de dipolo da estrutura inicial diminui,
favorecendo a existência da mesma, após ser modificada, aumenta enquanto o campo
está presente, permanecendo elevado quando desligado, porém em uma intensidade
menor, indicando que a estrutura inicial na presença do campo é a mais favorável. Já
quando o sentido é o negativo, o momento de dipolo sempre aumenta, sugerindo ser
esse um sentido desfavorável para a existência do dímero. A aplicação do campo na
direção X, sentido positivo, aumenta o momento de dipolo da estrutura inicial e da
otimizada na presença do campo, permanecendo alto mesmo quando desligado.
Indicando um sistema desfavorável a influência do campo elétrico. Quando o sentido
do campo é invertido, a aplicação deste na estrutura inicial diminui o momento de
dipolo, favorecendo o mesmo, já quando a estrutura é modificada o momento de
dipolo aumenta mesmo quando o campo é desligado, ou seja, a nova estrutura é
instável.

Agradecimento: CAPES, FAPESP, CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 53
Instituto de Química de São Carlos

Estudo de metologias de RMN em baixo campo de baixa potência

Autores:
Fabiana Diuk de Andrade – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Marchi Netto – Instituto de Física de São Carlos, USP
Luiz Alberto Colnago - Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras Chave: RMN em baixo campo, CWFP, CPCWFP

A RMN em baixo campo é amplamente empregada em análises quantitativas e


qualitativas. Para a utilização da RMN em nível industrial em sistema on-line vem
sendo desenvolvidas técnicas que utilizam pulsos de 90º, as quais reduzem em até
75% a potência incidida sobre a amostra. Ao testar a seqüência CP com pulsos de 90º
sem mudança de fase foi observado é que a variação de intensidade do estado quasi-
estacionário para o estacionário é maior que a observada em CWFP. Isso é relevante
quando as amostras têm valores similares de T1 e T2. Assim, objetivo do trabalho é o
desenvolvimento de metodologias de RMN em baixo campo (CWFP e CPCWFP) em
amostras com diferentes valores de T1 e T2 em diferentes intensidades de campos
magnéticos. Fazer um estudo teórico-experimental da técnica CPCWFP, com as
equações de Bloch. Foram utilizadas amostras de acetona, água deionizada,
dimetilsulfóxido (DMSO), óleo de soja e sementes de mamona. Os experimentos
foram realizados no espectrômetro Spin Lock (9 MHz para o 1H) e no espectrômetro
Tecmag (85 MHz para 1H). A técnica CPCWFP foi promissora para amostras com
tempos de relaxação maiores e menores. A técnica CWFP não apresenta bons
resultados para amostras com razão T1/T2 igual a 1, mas é uma boa opção para
amostras com razão T1/T2>1. Essas informações permitem estabelecer a melhor
técnica a ser utilizada.

Referências Bibliográficas
1. Venâncio, T.; Engelsberg, M.; Azeredo, R. B. V.; Alem, N. E. R.; Colnago, L.A. Journal of
Magnetic Resonance, 2005, 173, 34-39.

Agradecimento: FAPESP, EMBRAPA Instrumentação Agropecuária

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 54
Instituto de Química de São Carlos

Isolamento de metabólitos secundários da esponja marinha Dysidea sp. e de seu


predador, o nudibrânquio hypselodoris picta lajensis

Autores:
Fábio Renato Pereira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marina Bordignon Medina – Instituto de Química de São Carlos, USP
Vinícius Padula – Universidade Federal do Rio de Janeiro
Eduardo Hajdu – Universidade Federal do Rio de Janeiro
Roberto Gomes de Souza Berlinck – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: Dysidea, esponjas, Hypselodoris

Esponjas marinhas constituem uma rica fonte de metabólitos secundários com


interessantes atividades biológicas. Dentre estas, esponjas do gênero Dysidea têm
sido estudadas ao longo de mais de 40 anos por serem ricas em diversas classes de
produtos naturais bioativos. Mesmo assim, esponjas do gênero Dysidea são
frequentemente prêsas de moluscos nudibrânquios, tipicamente considerados
predadores de esponjas, ascídias, briozoários, octocorais e outros moluscos, e
acabam por capturar e acumular metabólitos destes animais para sua própria defesa.
O extrato metanólico da esponja Dysidea sp. estudada neste trabalho apresentou
atividade antibiótica contra 4 linhagens de Staphylococcus aureus resistente à
oxacilina e contra M. tuberculosis H37Rv, bem como atividade citotóxica sobre a
linhagem de células de câncer de cólon HCT-8. Paralelamente, observou-se que o
nudirânquio Hypselodoris lajensis alimenta-se da mesma esponja Dysidea sp., razão
pela qual decidimos realizar o estudo químico da presa (Dysidea sp.) e de seu
predador (H. lajensis). O estudo químico dos extratos hexânico e de acetato de etila da
esponja Dysidea sp. levou ao isolamento de dois compostos, a lactona da furodisinina
e do 9α,11α-epoxicolest-7-eno-3β,5α,6α,10-tetrol-6-acetato, sendo que o primeiro
também foi isolado do extrato etanólico do nudibrânquio. Este é o primeiro isolamento
da lactona da furodisinina a partir de um nudibrânquio.

Agradecimentos: CNPq, FAPESP e FAPERJ

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 55
Instituto de Química de São Carlos

Expressão heteróloga, purificação e quantificação da proteína hidroxinitrila liase


(HNL)

Autores:
Fayene Zeferino Ribeiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Regiane de Fátima Travensolo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Emanuel Carrilho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chaves: Xylella fastidiosa, proteína, HNL.

A Xylella fastidiosa é uma bactéria gram-negativa que ataca o vaso condutor da


planta, o xilema, causando doenças em várias culturas. A habilidade de plantas em
produzir ácido cianídrico (HCN), para se proteger de predadores, é denominada de
cianogênese. Esse fenômeno envolve a ação da HNL, uma enzima de defesa,
produzindo HCN e aldeído ou cetona. Dessa forma é importante o estudo da proteína
envolvida no processo de cianogênese. Após atingida a D.O. necessária foi adicionado
ao pré-inóculo 400 µL de IPTG 0,5M em 500 mL de meio de cultura, e expressou por 4
horas. A solução foi centrifugada e o pellet guardado a –20 ºC. Foi adicionado ao
pellet 10 mL de tampão tris 20 mM pH 8,0 contendo 150mM de NaCl e 5% de glicerol.
A solução foi sonicada, centrifugada e purificada em coluna de níquel. O void foi
recolhido, lavado com tampão de equilíbrio em concentrações crescentes (entre 5 e
250 mM) e recolhido o eluído. Foi feita a lavagem para retirada do imidazol (eluente).
E então, a concentração da HNL foi realizada utilizando centriprep em uma rotação de
4000 rpm por 20 min. Após a expressão heteróloga e a purificação da proteína HNL, a
quantificação foi realizada por espectrofotometria com o equipamento Nanodrop e foi
obtido 1,35 mg/mL de proteína.

Agradecimento: CAPES, INCTBio

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 56
Instituto de Química de São Carlos

Comparação entre o perfil químico dos destilados de aguardente obtidos de


alambiques e colunas

Autores:
Felipe A. T. Serafim – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carlos A. Galinaro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Alexandre A. Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Silmara F. Buchviser – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo S. P. Nascimento – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Aguardente, Alambique, Coluna

As aguardentes podem ser destiladas em colunas e em alambiques. Na produção da


“aguardente industrial” não há a separação do destilado, tratando de um processo
contínuo. Na produção da “aguardente artesanal”, a destilação ocorre em batelada nos
alambiques onde durante o processo, o destilado é separado em três diferentes
frações. A primeira é denominada “cabeça” com graduação alcoólica entre 65 e 80 %
v/v. A segunda fração, o “coração”, possui graduação alcoólica entre 55 e 38 % v/v e a
última fração “cauda”, começa a ser coletada quando sua graduação alcoólica varia de
30 a 10 % v/v. Este trabalho visa identificar semelhanças entre o perfil químico das
frações do destilado de alambiques e do destilado de colunas, obtidos à partir de um
mesmo mosto. Para tanto, tomando-se como indicadores do processo as
concentrações de ácidos acético, lático, cáprico, láurico, mirístico, valeraldeído,
proprionaldeído, butiral e isobutiraldeído, acetaldeído, butanol, isobutanol e o álcool
isoamílico, composição química, utilizou-se análise multivariada. Através dos
resultados da Análise de Componentes Principais, pôde-se diferenciar os destilados,
observando-se a importância da realização dos cortes durante a produção de
aguardente em alambiques e também a diferença entre a fração comercializada
(“coração”) e o destilado de coluna.

Agradecimento: FAPESP, CNPq e CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 57
Instituto de Química de São Carlos

Validação de metodologia para análise de AMPA

Autores:
Fernanda Benetti – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Diva Landgraf – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Olímpia Oliveira Rezende – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Ácido Aminometil fosfônico (AMPA), validação, curva analítica

O glifosato, [N-(fosfonometil)] glicina, é um herbicida não-seletivo, pós-emergente


amplamente usado na agricultura. É comercializado desde 1974 e sua utilização é
susceptível de aumentar ainda mais, pois é um dos herbicidas contra o qual as
culturas foram geneticamente modificadas para aumentar a sua tolerância. O glifosato
inibe o crescimento de plantas via interferência com a produção de aminoácidos
aromáticos essenciais. Seu metabólito principal é o ácido aminometil fosfônico
(AMPA), que por ser mais persistente no solo que o glifosato, deve ser devidamente
monitorado. Para a construção da curva analítica foram usados pontos de 1, 5, 10, 25,
50, 75, 100 e 250 µg L-1. A derivatização das amostras foi realizada tomando-se 1 mL
da amostra em ampolas de vidro e submetendo-a a secagem por gás nitrogênio. Após
a secagem, adicionou-se 800 µL de TFAA e 400 µL de TFE e em seguida levadas a
estufa à 100ºC por 1 h. Em seguida foram novamente secas ao fluxo de gás nitrogênio
e recuperadas com 1 mL de acetato de etila. Após 24h, foram analisadas por CG-EM.
A equação de reta obtida foi y = 2329,61934 + 1010,61829x. Os coeficientes de
correlação (R) e determinação (R2) encontrados foram respectivamente 0,9949 e
0,9898. Os limites de detecção (0,014753 µg L-1) e quantificação (0,044707 µg L-1) se
mostraram satisfatórios no que diz respeito à validação analítica do AMPA, sendo
assim, outros parâmetros como recuperação e robustez podem ser avaliados.

Agradecimento: IQSC-USP, CAPES, CNPq e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 58
Instituto de Química de São Carlos

Estudo, otimização e aplicação de microondas no processo oxidativo avançado


UV/H2O2 para degradação de tartrazina

Autores:
Fernanda Parolin – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ulisses Magalhães Nascimento – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo Bessa Azevedo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: POA, Microondas, Tartrazina.

A degradação de corantes presentes em efluentes industriais tem sido foco de muitos


estudos e um grande desafio a uma vasta gama de atividades industriais. Devido à
sua natureza, a contaminação por corantes pode ser facilmente detectável a olho nu,
pois mesmo em concentrações inferiores a 1,0 mg.L-1 tem capacidade de introduzir
cor num corpo d’água. Como alternativa no tratamento desses contaminates, os
processos oxidativos avançados (POAs) têm sido extensivamente estudados,
principalmente devido à sua capacidade de degradar um grande número de
substâncias recalcitrantes através de procedimentos de custo relativamente baixo e de
simples operação. Estes processos se baseiam na geração in situ do radical hidroxila
(OH·), cujo potencial padrão de oxidação só é superado pelo do flúor. Este trabalho
tem por objetivo avaliar a influência da aplicação de radiação microondas em
simultâneo ao processo oxidativo UV/H2O2 na degradação da tartrazina. Em todos os
experimentos serão utilizados um forno de microondas doméstico adaptado, um reator
feito de pirex em forma de espiral e uma lâmpada de descarga sem eletrodo, como
fonte de radiação UV. Através de um planejamento experimental obter-se-á os fatores
significativos, os efeitos sinergéticos entre eles e as condições ótimas para o processo
MW/UV/H2O2 na degradação do corante em estudo. O descoramento da solução, o
percentual de mineralização do corante e a identificação de intermediário de
degradação serão avaliados, respectivamente, por espectrofotometria UV-Vis, análise
de carbono orgânico total e CLAE/MS. Espera-se obter o máximo de descoramento da
tartrazina com tempo de reação e dosagem de H2O2 inferiores aos obtidos com
aplicação de processos oxidativos convencionais.

Agradecimento: ao CNPq pelo auxílio financeiro

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 59
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de metodologia eletroanalítica para determinação de


piridafention

Autores:
Fernanda Ramos de Andrade – Instituto de Química de São Carlos, USP
Wilson T. L. da Silva – EMBRAPA/CNPDIA
Carlos Manoel Pedro Vaz – EMBRAPA/CNPDIA

Palavras-chave: piridafention, eletrodo compósito e voltametria de onda quadrada.

O piridafention, cuja fórmula molecular é C14H17N2O4PS, é um pesticida pertencente


à classe dos inseticidas organofosforados, que são amplamente utilizados na
agricultura, em especial na citricultura. Assim como a maioria dos pesticidas, o
piridafention é geralmente determinado por meio de técnicas cromatográficas. No
entanto, técnicas eletroanalíticas para determinação dos pesticidas organosfosforados
podem ser encontradas na literatura, porém somente um destes trabalhos foi realizado
para determinação do piridafention. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi
desenvolver uma metodologia eletroanalítica para determinação desse inseticida. O
estudo inicial para avaliar a eletroatividade do inseticida consistiu na aplicação de
diferentes eletrodos de trabalho sendo a técnica de voltametria de onda quadrada
(SWV) empregada, com o inseticida comercial. A melhor resposta foi obtida com
eletrodo compósito de grafite e poliuretana (GPU), com pico de redução em 0,80 V (vs.
ESCE). Através destes estudos preliminares, foi possível desenvolver um método de
determinação do piridafention em formulação comercial. As melhores respostas
voltamétricas foram obtidas em tampão Britton-Robinson pH 1, frequência (f) de 80 s-
1, amplitude (a) igual a 50 mV e incremento (∆Ei) de 5 mV. Após o estudo dos
parâmetros citados anteriormente, foram construídas curvas analíticas no intervalo de
0,30 a 5,03 mg L-1. Os limites de detecção e quantificação obtidos foram iguais a 6,89
x 10-5 e 2,30 x 10-4 g L-1, respectivamente. Pretende-se no decorrer do trabalho a
aplicação da metodologia na quantificação do piridafention em óleo essencial de citrus.

Agradecimento: CAPES e CNPDIA.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 60
Instituto de Química de São Carlos

Utilização de análise multivariada para previsão da qualidade


sensorial de cachaças

Autores:
Fernanda Rosan Fortunato Seixas – Instituto de Química de São Carlos, USP
Felipe Augusto Thobias Serafim – Instituto de Química de São Carlos, USP
Alexandre Ataide da Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: cachaça, métodos de classificação.

Devido a grande produção de cachaça no Brasil, o maior desafio é garantir a


qualidade química e sensorial desta bebida. Neste contexto, o objetivo deste trabalho
foi utilizar modelos quimiométrico de classificação supervisionados Soft Independent
Modeling of Class Analogy (SIMCA) e Kth Nearest Neighbor (KNN) aplicado a um
conjunto de 46 compostos químicos, objetivando predizer a qualidade sensorial da
cachaça. Foram analisadas quimicamente e sensorialmente 44 amostras de cachaça
(31 envelhecidas e 13 descansadas). Nas análises químicas foram determinados os
perfis quali-quantitativo, de alcoóis superiores, compostos carbonílicos, carbamato de
etila, dimetilsulfeto e íons metálicos, utilizando técnicas instrumentais. O indice
hedônico (IH) de cada amostra foi estabelecido por um painel de 13 juízes
selecionados e treinados utilizando escala estruturada de nove pontos. As amostras
classificadas como “boas” receberam IH ≥6” e as classificadas como “ruins” IH < 6”. Os
dados foram tratados através do software estatístico Pirouette 4.0. Foram utilizadas 34
amostras para calibração e 10 para validação. Os modelos de calibração mostraram-
se eficiente para a classificação tanto das amostras “boas” como para as amostras
“ruins”, KNN com 76,5% e SIMCA com 100% de acerto. O modelo de validação
SIMCA apresentou 70,0% de acerto na distinção dos grupos com grau de confiança de
95,0%, e KNN 80% de acerto. Conclui-se, portanto, que os métodos de classificação
SIMCA E KNN podem ser ferramentas importantes para auxiliar a predizer a qualidade
sensorial de cachaças.

Agradecimento: CAPES, CNPQ e FAPESP

MILLER, J.N.; MILLER, J.C. Statistics and Chemiometrics for Analytical Chemistry (4 ed.),
Prentice Hall,Dorchester, UK (2000), 126 p.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 61
Instituto de Química de São Carlos

Degradação eletroquímica do dimetil ftalato por oxidação anódica utilizando


ADE

Autores:
Fernanda L. Souza – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas W. Miwa – Instituto de Química de São Carlos, USP
Artur J. Motheo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: dimetil ftalato, degradação eletroquímica, oxidação anódica.

Este trabalho teve como objetivo investigar a degradação eletroquímica do dimetil


ftalato (DMP) por eletrólise de corrente constante em uma célula de fluxo utilizando um
ânodo dimensionalmente estável (ADE) de composição Ti/Ru0,3Ti0,7O2. O DMP é um
diéster derivado do ácido ftálico empregado como plastificante principalmente na
produção de PVC, bem como na fabricação de tintas, adesivos, lubrificantes e
fragrâncias. Sua toxicidade aguda é considerada baixa, porém apresenta indícios de
desregulação endócrina. Os experimentos foram conduzidos com volumes de amostra
de 350 mL sob agitação a 25 °C em condições galvano státicas a 60 mA cm-2 durante
1 hora. A concentração inicial de DMP foi 161,81 mg L-1 em água e pH = 4. As
eletrólises foram realizadas na ausência e na presença de 250 mg L-1 de Cl-,
mantendo a força iônica constante em 0,15 mol L-1 através da adição de quantidades
proporcionais de Na2SO4. As taxas de decaimento da concentração do analito
realizadas por HPLC com detector UV (_ = 274 nm) em coluna C18 foram de 23,3%
na ausência e 25,6% na presença de Cl-. Já as remoções de TOC mostraram quedas
de 20,3% e 17,9%, respectivamente. Assim, foi constatado que embora a remoção de
DMP tenha sido maior e alcançada mais facilmente na presença de Cl-, a taxa de
remoção de carbono orgânico é bem mais complexa, sendo função dos subprodutos
formados. Foi verificado que a remoção de DMP e a diminuição de TOC alcançaram
valores expressivos, apesar das quantidades de Clserem cerca de 10 vezes menores
do que as relatadas na literatura.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 62
Instituto de Química de São Carlos

Fibras de sisal modificadas com lignosulfonato de sódio: intensificação da


adesão entre fibras e matrizes do tipo fenólica

Autores:
Fernando de Oliveira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete Frollini – Instituto de Química de São Carlos, USP

Diversos tratamentos são sugeridos na literatura para modificar a superfície de fibras


lignocelulósicas e intensificar a adesão fibra/matriz em compósitos. No entanto, os
tratamentos devem envolver reagentes de fontes renováveis a fim de não invalidar o
uso de fibras de fontes renováveis como reforço. Assim, na busca de melhor adesão
interfacial fibra/matriz, fibras de sisal foram modificadas com lignosulfonato de sódio
(NaLS) via efeito de aquecimento e irradiação de ultra-som. O NaLS foi escolhido
como agente de modificação por ser obtido de fonte renovável e também por sua
estrutura química, com grupos tais como os grupos polares hidroxilas, cadeias
hidrocarbônicas apolares e anéis aromáticos. Imagens de microscopia eletrônica de
varredura mostraram mudanças na superfície das fibras, como uma conseqüência dos
tratamentos aplicados, assim como regiões de maior adesão na interface fibra/matriz
dos compósitos. Mudanças na superfície das fibras aumentaram a adesão na interface
fibra/matriz provavelmente devido ao aumento de interações entre grupos polares das
fibras, do NaLS e da matriz fenólica, e entre anéis aromáticos destes componentes. A
deposição de NaLS na superfície das fibras de sisal possibilitou obter compósitos com
maior resistência ao impacto (511 J.m-1), quando comparado aos compósitos
reforçados com fibras não tratadas (435 J.m-1). O NaLS também foi utilizado para
substituir o fenol no preparo da resina fenólica. A matriz lignosulfonato-formaldeído
levou a compósitos com propriedades de impacto superiores (1000 J.m-1) se
comparado aos compósitos de matriz fenólica (435 J.m-1). Medidas de condutividade
térmica mostraram que a presença de fibras de sisal não altera esta propriedade em
ambos os termorrígidos fenólico e lignosulfonato-formaldeído. Em geral, o conjunto de
resultados obtidos neste estudo vem ao encontro das expectativas atuais a respeito de
impacto ambiental e também renova o interesse em fibras lignocelulósicas.

Agradecimento: CNPq e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 63
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da caracterização e do desempenho reacional em reforma a vapor de


etanol dos catalisadores Co/CeO2 sintetizados via polimerização em uma etapa.

Autores:
Flávio L.S. Carvalho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Jorge D.A. Bellido – Universidade Federal de São João Del-Rei
Elisabete M. Assaf – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavra chaves: Etanol; hidrogênio; reforma.

A reforma a vapor de etanol (RVE),é uma rota atrativa para a produção de H2 devido
às propriedades termodinâmicas permitirem uma alta conversão em baixas
temperaturas. Sendo o etanol uma molécula mais complexa que outras fontes de H2,
como o metano, as reações secundárias e os mecanismos que envolvem esta reação
estão ainda em investigação. Os catalisadores foram preparados pelo método de
polimerização em uma etapa, em que o polímero foi calcinado a 600oC por 2h com
uma taxa de aquecimento de 2oC/min. Na análise do DRX, pode ser observado que os
picos CeO2 de maior intensidade não sofreram deslocamento de 2θ e são bem
definidos, antes e após a redução, pois isto caracteriza a não modificação da fase
cúbica da CeO2, o que indica uma conservação da natureza do cristal. Observou-se
também a formação de picos referentes ao Co3O4 de estrutura espinélica (20CoCe),
sendo estes eliminados após a redução (20CoCeR), aparecendo então picos de Co°
de baixa cristalinidade. No RTP observam-se de uma forma geral três picos de
redução chamados em ordem crescente de temperatura α, β e θ, sendo o pico α
atribuído à redução Co3+→ Co2+ e os picos β e θ à redução Co2+→ Co0. Nos testes
reacionais observa-se um aumento da produção em mol de H2 com o aumento da
temperatura de reação, porém a relação H2/CO passa por um máximo na temperatura
de 500°C. Por outro lado, os valores médios de conv ersão da água 7%, 32% e 20%
relativo às temperaturas 400o, 500o e 600°C, sugere que a 500°C a reação de
deslocamento gás-água é fortemente favorecida.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 64
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da redução de oxigênio em nanoparticulas de PtCo com superfície


enriquecida com PT

Autores:
Flavio. R. Nikkuni – Instituto de Química de São Carlos, USP
Edson Antonio Ticianelli – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: célula a combustível, redução de oxigênio, eletrocatálise

Neste trabalho é feito um estudo do efeito da adição de camadas de Pt sobre a


superfície de nanopartículas de catalisadores formados por ligas de Pt com Co
ancoradas em carbono (PtCo/C) sobre a atividade frente à reação de redução de
oxigênio (RRO) em soluções alcalinas, para diversas composições da liga metálica.
Catalisadores do tipo PtCo/C 20% em massa, com diversas proporções Pt:Co, foram
sintetizados a partir de redução química por borohidreto de sódio do sal de platina e do
sal de cobalto em presença de carbono de alta área superficial. A inserção de platina
na superfície das partículas de PtCo (cerca de 2% a 20% em massa em relação aos
metais da liga) foi feita adicionando-se o catalisador de PtCo/C a uma solução de
ácido cloroplatínico contendo a quantidade exata de Pt a ser inserida; a platina então
se deposita na liga metálica por um processo redox envolvendo o íon cloroplatinato e
os átomos de cobalto metálico presentes na superfície das partículas. Os
experimentos foram realizados utilizando-se um eletrodo de disco/anel (carbono
vítreo/ouro) rotatórios em uma célula eletroquímica convencional contendo solução de
KOH 0,1 mol/L. O eletrólito era saturado com um gás inerte (N2) ou com O2,
previamente aos experimentos de voltametria cíclica ou ao levantamento de curvas de
polarização em estado estacionário para a redução de oxigênio, respectivamente. Os
resultados de voltametria cíclica evidenciaram a efetiva deposição da Pt na superfície
das partículas do catalisador suportado em carbono, em particular quando se emprega
maiores quantidades do metal nobre. Notou-se também que o incremento da atividade
catalítica frente à RRO causado pela adição da camada superficial de Pt foi muito
pouco expressivo para as ligas com maiores conteúdos de Pt ou quando a camada
superficial apresenta muito baixos teores deste catalisador. Já para partículas PtCo
com baixos teores de Pt ou com filmes superficiais mais ricos neste metal nobre há um
incremento da atividade catalítica evidenciado pelo menor sobrepotencial de redução
do oxigênio.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 65
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de dispositivos eletrocrômicos

Autores:
Franciani Cássia Sentanin – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ritamara Isis Mattos – Instituto de Física de São Carlos, USP
Juliana Ramos de Andrade – Instituto de Química de São Carlos, USP
Agnieszka Pawlicka – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: sol-gel, dip-coating, eletrocromismo.

O fenômeno de eletrocromismo é definido como uma mudança de coloração do


material, persistente, mas reversível, causada pela aplicação de corrente ou potencial
elétrico. A aplicação prática do fenômeno de eletrocromismo resulta nos dispositivos
eletrocrômicos (ECDs). A vantagem dos ECDs é o efeito memória, onde uma vez
coloridos, a voltagem aplicada pode ser desligada e a cor permanece, tornando o
dispositivo mais econômico em relação ao consumo de energia. O objetivo principal
deste estudo é a preparação e caracterização de janelas eletrocrômicas contendo
filmes finos de WO3 como camada eletrocrômica, CeO2-TiO2 como contra-eletrodo e
eletrólitos sólidos a base de gelatina, e de pectina. Foram preparados os filmes de
CeO2-TiO2 e WO3 pela técnica de dip-coating. A montagem do dispositivo foi feita
depositando o eletrólito sobre o filme eletrocrômico WO3, e contra-eletrodo CeO2-
TiO2, que foram prensados sobre o eletrólito formando uma estrutura de camadas
(sandwich). Os valores da densidade de carga catódica/anódica das janelas de
WO3/gelatina/CeO2-TiO2 e WO3/pectina/CeO2-TiO2 medidos a 50 mV/s, no intervalo
entre -2,5V e 2,0V, para 10 ciclos, foram de 22 mC/cm2, 85 mC/cm2 respectivamente.
A razão de carga catódica/anódica foi de 1,0, em ambos os casos, mostrando que os
processos de intercalação/desintercalação dos íons de lítio no filme são reversíveis.
Através dos resultados obtidos, observa-se que as janelas apresentaram ótimos
resultados, tendo valores de carga totalmente reversíveis, o que as caracteriza como
boas janelas eletrocrômicas.

Agradecimento: Ao CNPq, FAPESP e CAPES.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 66
Instituto de Química de São Carlos

Eletrocatálise da reação de redução de O2 em nanopartículas do tipo core-shell

Autores:
Francisca E. R. Oliveira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fabio H. B. Lima – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-Chave: Células a Combustível, nanopartículas core-shell, RRO.

Células a combustível alimentadas com alcoóis como o metanol e etanol no ânodo e


oxigênio do ar no cátodo, operando com eletrólitos ácidos, apresentam grande
potencial como alternativa às baterias convencionais de íons lítio ou de níquel-hidreto.
Entretanto, devido à cinética lenta da reação de redução de oxigênio (RRO), tem-se
um sobrepotencial de até 0,4 V no cátodo. Este fato motiva a investigação e o
desenvolvimento de eletrocatalisadores mais ativos para a RRO, com o objetivo de
diminuir seu sobrepotencial e, portanto, alcançar maior potência para aplicações
práticas. Dessa forma, este projeto tem como objetivo o estudo e o desenvolvimento
de eletrocatalisadores formados por monocamadas de Pt e Pd, cujas atividades estão
situadas próximas ao topo de curvas “vulcão” de atividade, depositadas sobre
nanopartículas de metais de transição suportadas sobre pó de carbono de alta área
superficial. Buscar-se-á a correlação entre a atividade eletrocatalítica e a composição
e estrutura superficial da nanopartícula. A caracterização dos eletrocatalisadores será
feita por Difratrometria de Raios X e Espectroscopia de Absorção de Raios X in situ.
Os experimentos eletroquímicos considerados serão a voltametria cíclica e curvas de
polarização de estado estacionário, realizados em eletrólito de HClO4 0,1 mol L-1, na
presença ou ausência de O2 dissolvido. A interpretação dos resultados obtidos será
efetuada com base nas previsões de modelos teóricos do mecanismo reacional global.
O tratamento dos dados será feito tendo-se como ponto de partida as bases
conceituais e o formalismo desenvolvido em trabalhos prévios.

Agradecimento: FAPESP; CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 67
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da estabilidade oligomérica da hemoglobina de Glossoscolex paulistus


na presença de agentes caotrópicos: uréia

Autores:
Francisco Adriano O Carvalho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcel Tabak – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: HbGp, Uréia, Desnaturação e Espectroscopia óptica

A hemoglobina extracelular de Glossoscolex paulistus, HbGp constitui um sistema


importante no estudo de moléculas transportadoras de oxigênio. Esta proteína
apresenta uma massa molecular de 3.6 MDa, determinada recentemente por
ultracentrifugação analítica. Alguns estudos de fluorescência, absorção óptica e DLS
mostraram que a HbGp é bastante estável, em pH 7,0, mantendo-se na forma íntegra.
Em meio alcalino, pH 9,0, esta se dissocia em subunidades menores, trímeros abc,
monômeros d e linkers. Neste trabalho foram feitos experimentos de fluorescência,
absorção óptica e espalhamento de luz da HbGp nas formas oxi, meta e cianometa em
função da concentração de uréia, na faixa de 0 a 8,0 mol/L. A concentração de
proteína utilizada foi de 0,1 mg/mL para as três formas. Nossos dados de
fluorescência mostram que em concentrações baixas de uréia as duas formas da
HbGp, oxi e cianometa, são bastante estáveis, com pequena mudança na intensidade
de emissão de fluorescência até 3,5 mol/L de uréia. O mesmo comportamento foi
observado nas medidas de espalhamento de luz. Em concentrações superiores de
uréia a proteína dissocia e desnatura, estando totalmente desnaturada em 8,0 mol/L
de uréia. Em concentrações acima de 6,5 mol/L ocorre uma redução significativa na
intensidade de luz espalhada. Embora a oxi- e cianometa-HbGp apresentem
processos de dissociação e desnaturação semelhantes, as concentrações críticas de
uréia são diferentes, 4,0 e 6,5 mol/L, respectivamente, indicando que a forma
cianometa- é bem mais estável que a oxi-HbGp. A meta-HbGp em concentrações
baixas entre 0,0 e 2,5 mol/L apresenta um aumento significativo na intensidade de
fluorescência, e em seguida, entre 2,5 e 5,5 mol/L a proteína permanece estável, sem
sofrer grande mudança na estrutura terciária e no grupo heme, indicando que no caso
da meta-HbGp há várias espécies em equilíbrio. Inicialmente a meta-HbGp está na
forma aquometa, com máximo de absorção em 403 nm, característico desta espécie,
enquanto que nas concentrações intermediárias de uréia entre 2,5 e 5,5 mol/L há um
deslocamento da banda de Soret para 413 nm, característico da espécie hemicromo.

Agradecimento: FAPESP, CNPq e CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 68
Instituto de Química de São Carlos

Expressão e caracterização da AHA1 de Leishmania braziliensis

Autores:
Francisco Edvan R Gomes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Mallmann, I.S – Instituto de Química de São Carlos, USP
Silva, K.P. – Instituto de Química de São Carlos, USP
Julio Cesar Borges – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Aha1, Hsp90 e chaperonas

As chaperonas moleculares atuam no enovelamento das proteínas e como sensor


térmico no ciclo de vida dos organismos P. falciparum e L. brasiliensis. Dentre essas
proteínas, destaca-se as Hsp90 que é essencial para a viabilidade dos vários
organismos. As Hsp90 é assistida por várias cochaperonas como a Aha1 por exemplo.
A Aha1 liga se no domínio intermediário das Hsp90 estimulando a hidrolise de ATP o
que a torna essencial no ciclo das Hsp90. O objetivo desse trabalho é obter a Aha1 de
Leishmania brasiliensis (LbAha1) e caracterizá-la. A LbAha1 pesa aproximadamente
38 KDa e apresenta 64 % de similaridade com a Aha1 humana descrita recentemente.
O DNA da LbAha1 foi amplificado do DNA genômico da Leishmania brasiliensis e
clonado no vetor de expressão pET23a. A LbAha1 foi expressa em E. coli BL21 (DE3)
plysS e purificada pelas seguintes técnicas cromatográficas: troca iônica, afinidade por
cálcio e gel filtração. A caracterização a principio se dará pela técnica de
fluorescência.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 69
Instituto de Química de São Carlos

Leitura e discussão de artigos científicos: favorecendo o entendimento de


licenciandos em química sobre os bastidores da ciência

Autores:
Gelson Ribeiro dos Santos – Instituto de Química de São Carlos, USP
Salte Linhares Queiroz – Instituto de Química de São Carlos, USP

Artigos científicos (AC) constituem-se em uma rica fonte de material para trabalho no
ensino superior de química [1]. Algumas estratégias acenam para o uso de AC com o
objetivo de favorecer o entendimento de alunos de graduação em bacharelado em
química sobre a natureza da ciência [2]. Neste trabalho são apresentados parte dos
resultados de uma estratégia de ensino realizada com alunos matriculados na
disciplina Prática de Ensino de Química, do curso de Licenciatura em Ciências Exatas,
habilitação em Química, da Universidade de São Paulo. As atividades envolveram a
leitura e discussão do artigo intitulado "Perfil de ácidos graxos e avaliação da alteração
em óleos de fritura", de autoria de Corsini et al [3], extraído da revista Química Nova, e
a posterior preparação pelos alunos de um texto (gênero livre) sobre o tema “Os
bastidores da ciência”. De posse dos textos, procuramos estabelecer relações entre o
entendimento dos licenciandos em química sobre o processo de construção do
conhecimento científico, obtido, pelo menos em parte, por meio da aplicação da
proposta mencionada, e o entendimento sobre o mesmo assunto expresso em estudos
realizados pelo sociólogo da ciência Bruno Latour [4]. Análises preliminares nos
permitem considerar que após as atividades os alunos foram capazes de demonstrar
em seus textos algumas características importantes do "fazer científico", tais como a
influência de aspectos sociais direcionando a atividade científica, o aspecto coletivo na
construção dos fatos e o trabalho que os cientistas realizam na escolha e distribuição
das referências bibliográficas ao longo do artigo. Dessa forma, acreditamos que a
discussão em sala de aula sobre a dinâmica da atividade científica “como ela
realmente é”, trazida à tona durante a leitura do AC, se mostra como uma alternativa
eficaz na promoção do entendimento sobre a natureza da ciência.

Agradecimento: alunos matriculados na disciplina Prática de Ensino de Química em


2009

[1] MASSI, L.; SANTOS, G.R,; FERREIRA, J.Q.; QUEIROZ, S.L. Artigos científicos
como recurso didático no ensino superior de química. Química Nova, 32 (2): 503-510,
2009.
[2] SANTOS, G.R.; QUEIROZ, S.L. O papel da leitura e discussão de artigos
científicos no favorecimento da compreensão dos alunos sobre a natureza da ciência:
um estudo preliminar. Atas do V Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de
Ciências. Bauru, Brasil, 2005.
[3] CORSINI, M.S.; JORGE, N.; MIGUEL, A.M.R.O.; VICENTE, E. Perfil de ácidos
graxos e avaliação da alteração em óleos de fritura. Química Nova, 31 (5): 956-961,
2008.
[4] LATOUR, B. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade
afora. São Paulo: Editora Unesp, 2000.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 70
Instituto de Química de São Carlos

Planejamento de inibidores da enzima Gliceraldeído 3-Fosfato Desidrogenase de


Trypanosoma cruzi (TcGAPDH) baseado na docagem de fragmentos moleculares

Autores:
Geraldo R Sartori – Instituto de Química de São Carlos, USP
Freitas, R. F. – Universidade Federal do Triangulo Mineiro
Carlos Alberto Montanari. – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Docagem, Fragmentos moleculares, Doença de Chagas

O Trypanosoma cruzi é o agente causador da doença de Chagas, uma doença


negligenciada com mais que 20 milhões de pessoas infectadas que não possui
medicamentos para um tratamento eficaz. Este trabalho apresenta os resultados
obtidos pela docagem de fragmentos moleculares (vantajosos por ser necessário um
menor numero de moléculas e de mais fácil otimização) no sítio ativo da TcGAPDH
visando à seleção de compostos para serem avaliados experimentalmente. A partir de
um banco de dados de fragmentos obtidos do banco de moléculas comerciais ZINC,
foram feitos estudos de planejamento de moléculas bioativas baseado na estrutura do
ligante (LBDD), utilizando o substrato natural da GAPDH, e do receptor (SBDD),
utilizando a estrutura cristalográfica da TcGAPDH (Código ZINC 1QXS). Foram
utilizados programas de docagem e de similaridade química para determinar
teoricamente quais os compostos teriam uma maior possibilidade de serem inibidores
da enzima, em ensaios in vitro. De um banco inicial de 6500 fragmentos moleculares,
foram selecionados cinco para compra, após estudo de consensus e inspeção visual,
utilizando técnicas de SBDD e LBDD. Um desses fragmentos selecionados foi testado
in vitro e mostrou-se inibidor na concentração esperada de micromolar. Este trabalho
possibilitou a seleção de cinco fragmentos moleculares utilizando técnicas de
quimioinformática tais como docagem e similaridade química para testes in vitro já em
andamento, utilizando calorimetria de titulação isotérmica.

Agradecimento: FAPESP; CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 71
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de método analítico para determinação dos fármacos


diclofenaco, nimesulida e paracetamol em efluentes domésticos da cidade de
São Carlos

Autores:
Gustavo Henrique L. Vicente – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eny Maria Vieira – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: fármacos, efluentes domésticos, CLAE-FLU

Recentemente, o monitoramento de resíduos de fármacos residuais no meio ambiente


vem ganhando grande interesse devido ao fato de muitas dessas substâncias serem
freqüentemente encontradas em efluentes de Estações de Tratamento de Esgoto
(ETEs) e águas naturais, em concentrações na faixa de ng.L-1. Nos últimos anos, a
ocorrência de compostos farmacologicamente ativos no ambiente aquático foi
reconhecida como uma das edições emergentes na Química Ambiental. Pesquisas
recentes apontam que entre 50% e 90% de uma dosagem do fármaco é excretado
inalterado e persiste no meio ambiente. Neste trabalho, foi feita a otimização da
separação cromatográfica dos fármacos, utilizando CLAE-FLU, empregando coluna
C18 (250 x 4,6 mm, 5 µm), acoplada à pré-coluna C18 (12,5 x 4,6 mm, 5 µm), fluxo de
1 mL min-1, volume de injeção de 20 µL, excitação em 280 nm e emissão em 300 nm;
foi necessária a utilização de gradiente na fase móvel composta por metanol e água
deionizada acidificada com ácido trifluoracético (TFA). No preparo de amostra utilizou-
se a extração em fase sólida (EFS), onde foram feitos testes para se encontrar o
melhor extrator e o menor volume possível de solvente, levando-se em conta os
princípios da Química Verde. Após feita a separação cromatográfica e a otimização
das condições de extração, o método será validado para amostras reais de efluentes
domésticos provenientes da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Carlos
avaliando os seguintes parâmetros: especificidade/seletividade, linearidade e faixa de
aplicação, limite de detecção (LOD), limite de quantificação (LOQ), exatidão, precisão
(repetibilidade e reprodutibilidade), estabilidade e robustez.

Agradecimento: CAPES e a FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 72
Instituto de Química de São Carlos

Nitrosilo complexos de rutênio como captadores de radicais

Autores:
Gustavo Metzker – Instituto de Química de São Carlos, USP
Daniel Rodrigues Cardoso – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas. Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Radicais, Óxido Nítrico, Rutênio

Reações entre óxidos de nitrogênio (NOx) com O2 -• e OH• podem gerar espécies
benéficas ou maléficas em meio biológico. Nesse aspecto, compostos doadores ou
captadores de NO são requeridos para agirem como antioxidantes em condições
biológicas. Tetraaminas de rutênio são bons candidatos para este fim, uma vez que já
foram testados com sucesso in vitro e in vivo como agentes tripanocida e
vasodilatador. Estimulados pelas possíveis aplicações biológicas destes compostos,
foram investigadas as reações entre os complexos trans-[Ru(NO)(NH3)4(L)]n+ e
[Ru(NO)Hedta] (onde L = N-heterociclos como imidazol, piridinas substituidas e
trietilfosfito) e os radicais O2 -• e OH• em meio aquoso, utilizando técnicas
espectroscópicas (UV-Vis e RPE) e eletroquímicas (VC e VPD). O potencial E0
RuIII/RuII nos nitrosilo complexos foi determinado como sendo mais positivo que 2,0V
vs. ENH em meio aquoso ácido. A reação destes complexos com o radical OH• leva à
oxidação do centro metálico (RuII/RuIII e provavelmente RuIII/RuIV). A constante
aparente de velocidade para esta reação foi estimada via RPE através do método de
cinética por competição (utilizando DMPO como competidor) com valor de 109 L mol-1
s-1. A formação de uma espécie transiente paramagnética pôde ser observada via
RPE, sugerindo a formação do fragmento [RuIIINO+]n+. O radical O2 -• reage com os
nitrosilo complexos reduzindo o ligante NO+ a NO0 seguido de sua liberação e da
formação do respectivo aquo composto. Utilizando UV-Vis e citocromo c como sonda
competidora, os valores das constantes aparentes de velocidade para a reação entre o
radical O2 -• e os nitrosilo complexos foram determinados na faixa de 0,093 a 4,5 x
105 L mol-1 s-1. Levando-se em conta os resultados obtidos, é possível afirmar que os
nitrosilo complexos podem agir como captadores de radicais e como liberadores de
NO em meio biológico e de estresse oxidativo, onde a concentração de radicais é
abundante.

Agradecimento: CNPq, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 73
Instituto de Química de São Carlos

Reações de ROMP de olefinas cíclicas com pré-catalisadores do tipo


[RuCl2(PPh3)2(4-CH2R-PIP)]: efeitos eletrônicos dos ligantes ancilares

Autores:
Henrique K. Chaves – Instituto de Química de São Carlos, USP
Benedito S. Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ROMP, norborneno, norbornadieno

A palavra metátese é uma combinação das palavras gregas meta (troca) e tithemi
(lugar). Em química de olefinas, significa a troca de átomos de carbono entre o par das
duplas ligações. As reações de metátese de olefinas são catalisadas por complexos
metálicos que têm carbenos em suas esferas de coordenações, denominados metalo-
carbenos. A reação de polimerização de olefinas cíclicas via metátese (ROMP), bem
como as propriedades dos polímeros sintetizados, dependem do tipo de metal
empregado e a atividade catalítica desse complexo vai depender da natureza dos
ligantes coordenados ao centro metálico que não são envolvidos diretamente na
reação, denominados ligantes ancilares. Assim, temos interesse na influência de
ligantes ancilares em complexos do tipo [RuCl2(PPh3)x(amina)y] para reatividade em
ROMP. Em nosso projeto escolheu-se as aminas do tipo 4-CH2R-pip, no qual pip é a
piperidina e R = H, OH e Ph, cujos substituintes alteram principalmente a densidade
eletrônica no sítio ligante. Os experimentos de polimerização com o complexo para R
= OH demonstram atividade via ROMP de norborneno (NBE) e nobornadieno (NDE).
Quando variou-se a quantidade de EDA (1, 2, 4 6 e 8 µL ) à temperatura ambiente por
5 minutos e com [monômero/Ru] = 5000, os melhores resultados foram com 2 µL de
EDA com os dois monômeros, tendo um rendimento de 35% para o NBE e 9% para o
NDE com índice de polidispersidade (IPD) em torno de 2,0 para o NBE. Ao variar o
tempo (5, 30 e 60 minutos) e a temperatura (25 e 50 ºC) foram observados até 100%
de rendimento para os dois monômeros a 30 minutos e à 50 ºC, com IPD em torno de
2,0. Em outros experimentos, variando a razão metal/monômero em 1000, 3000, 5000,
7000 e 10000, foram observados rendimentos de 100% na razão 5000.

Agradecimento: CNPq, CAPES e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 74
Instituto de Química de São Carlos

Influência dos parâmetros do banho de conversão de cério na proteção contra


corrosão da liga de Al 6063

Autores:
Herbert D. Johansen – Instituto de Química de São Carlos, USP
Artur J. Motheo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: proteção contra corrosão, ligas de Al, camadas de conversão.

Este trabalho teve como objetivo investigar a aplicação de revestimentos de conversão


de cério sobre as ligas de Al da série 6xxx e estudar os efeitos protetores dessas
camadas na proteção contra corrosão. Para a modificação da superfície envolvendo
revestimentos de conversão de cério foram utilizadas composições de banho
semelhantes às descritas por estudos publicados anteriormente como parâmetros
iniciais, bem como valores típicos para as concentrações de reagentes na literatura.
Inicialmente, investigações foram concentradas no efeito do prétratamento na
eficiência da deposição destas camadas. Assim, a composição do banho foi otimizada
utilizando planejamento fatorial de quatro variáveis em dois níveis com um ponto
central. As quatro variáveis foram: (i) tempo de imersão; (ii) concentração de
Ce(NO3).6H2O; (iii) pH do meio e (iv) quantidade de H2O2 adicionado. Os
revestimentos de conversão de cério depositados sobre a liga de Al 6063 foram
caracterizados por curvas de polarização conforme ASTM G3-89. Estes testes de
corrosão foram realizados em solução aquosa de NaCl 3,5% naturalmente aerada a
25 ± 2 °C e v = 1 mV s -1. Todos os resultados obti dos neste estudo foram analisados
com o objetivo de melhorar as características de resistência à corrosão em
comparação aos substratos inalterados. Foi verificado que a influência dos parâmetros
de deposição pode ser organizada na seguinte ordem: pH do meio > concentração de
cério > quantidade de H2O2 adicionada > tempo de imersão.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 75
Instituto de Química de São Carlos

Nanopartículas antiferromagnéticas de MnO monodispersas como agente de


contraste em MRI

Autores:
Herbert Rodrigo Neves – Instituto de Química de São Carlos, USP
Laudermir Carlos Varanda – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: nanopartículas magnéticas, biomedicina, antiferromagnetismo.

A ressonância magnética por imagem (MRI) é uma poderosa técnica de imagem para
organismos vivos, fornecendo detalhes anatômicos baseados no contraste de tecidos-
macios de maneira não-invasiva e em tempo real. A substituição dos agentes de
contraste baseados em complexos de Gd3+ ou Mn2+, os quais apresentam elevada
toxicidade, tem sido amplamente estuda. Nanopartículas (NP) antiferromagnéticas,
como o MnO, têm se mostrado como possíveis candidatos como agentes de contraste,
por apresentarem menor toxicidade e possibilidade de funcionalização, além de não
influenciarem o tempo de relaxação transversal (T2), como ocorre com NP
ferromagnéticas. As NP antiferromagnéticas de MnO monodispersas de diferentes
tamanhos foram sintetizadas a partir da decomposição térmica do Mn(acac)2 em meio
orgânico utilizando-se o método poliol modificado. Em um balão de três bocas
adicionou-se Mn(acac)2 e 1,2-hexadecanodiol em octiléter. Sob agitação e atmosfera
de N2 ou H2, o sitema foi aquecido até 160 °C. Ácid o oleico (AO) e oleilamina (OAm)
foram adicionados e a temperatura elevada até o refluxo (~290 °C) por 40 min. Após o
resfriamento, as NP obtidas foram purificadas com mistura hexano/etanol. O tamanho
das NP foi controlado pela variação na proporção de Mn2+/AO/OAm no meio
reacional. As amostras foram caracterizadas por microscopia eletrônica de
transmissão (MET) e difratometria de raios X (DRX). A rota de síntese não levou a
partículas com controle rígido de forma. Assim, uma nova rota foi adotada a partir da
decomposição térmica do Mn(acac)2 em AO e OAm e atmosfera de N2. O
aquecimento foi similar à proposta anterior, bem como o procedimento de purificação.
As NP foram caracterizadas por DRX, sendo que se obteve a fase cristalográfica
desejada.

Agradecimento: CNPq FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 76
Instituto de Química de São Carlos

Efeito da temperatura na dinâmica dos osciladores bromato/1,4-CHD catalisado por


ferroína e não catalisado

Autores:
Hyrla C.L Oliveira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Tatiane B Oliveira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: osciladores bromato não catalisados; formação de padrões; energia de


ativação.

Reações nas quais um substrato orgânico é oxidado pelo bromato em meio ácido na presença
de um par redox, tal como CeIV/CeIII são conhecidas genericamente como reações de
Belousov-Zhabotinskii (BZ). Diversas versões desta reação têm sido encontradas, nas quais os
reagentes podem ser substituídos por outros compostos com propriedades químicas
semelhantes. No entanto, E. Körös e M. Orbán [1,2] mostraram que há osciladores químicos
que não exigem a presença de um par redox. Chama-se genericamente a esses sistemas de
osciladores de bromato não catalisados ou BZ não catalisados. O presente trabalho consiste
na investigação e comparação do efeito da temperatura nas dinâmicas oscilatórias de dois
osciladores químicos: bromato/1,4-ciclohexanodiona (1,4-CHD) não catalisado e bromato/1,4-
CHD/ferroína [Fe(ofen) 3]2+. Os sistemas estudados são: (S1) 1,4-CHD e bromato e (S2) 1,4-
CHD, bromato e ferroína, ambos em meio ácido (H2SO4). Os sistemas são feitos em batelada,
em um reator sob agitação e temperatura constantes. O reator é monitorado por eletrodos
(platina e seletivo a brometo), ambos medidos com relação a um eletrodo reversível de
hidrogênio (ERH). O S2 foi também monitorado espectrofotometricamente na região do UV/vis.
Os experimentos são realizados em cinco temperaturas (5ºC; 15 ºC; 25 ºC; 35 ºC e 45 ºC).
Testes iniciais quasi-2D estão sendo realizados para o S2. A Figura 2 mostra as séries
temporais obtidas para S1 e S2 nas cinco temperaturas estudadas. Através da equação de
Arrhenius foi possível estimar as energias de ativação (Ea) para o tempo de indução e para a
freqüência média da reação. Observou-se que a Ea do processo decresce de 95 ± 1 kJ.mol-1 a
55 ± 3 kJ.mol-1 para S1, e de 81 ± 1 kJ. mol-1 a 65 ± 4 kJ.mol-1 para o S2, do período de
indução (Tind) para o regime oscilatório (Rosc) Comparando os dos sistemas temos que a Ea
decresce para o (Tind) e aumenta para (Rosc) ao se adicionar a ferroína. Este resultado sugere
que a ferroína exerce funções diferentes em cada região considerada. Outras variantes da
reação BZ, esse comportamento dual da ferroína também é conhecido [3].

Diferentes Ea foram estimadas para duas regiões (tempo de indução e regime oscilatório) das
séries temporais e em dois osciladores químicos diferentes. A diferença de um oscilador para
outro está apenas na adição da ferroína. Observou-se a diminuição da Ea em função do tempo,
no entanto ao se adicionar ferroína observou-se que a Ea decresce para o tempo de indução e
aumenta para o regime oscilatório. Estes resultados evidenciam que a ferroína exerce funções
diferentes em cada região considerada.
[1] Endre Körös and Miklós Orbán. Nature 273 (1978) 371.
[2] Miklós Orbán and Endre Körös. J. Phys. Chem. 82 (1978) 1672.
[3] P. A. Nogueira, H. C. L. Oliveira and H. Varela, J. Phys. Chem. A 112 (2008) 12412.
Agradecimento: Os autores agradecem pelo suporte financeiro (HCLO 142727/2006-7_CNPQ;
TBO 08/08198-6_FAPESP; HV 04/04528-0_FAPESP).

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 77
Instituto de Química de São Carlos

Identificação de inibidores da enzima gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase de


Trypanosoma cruzi

Autores:
Igor M Prokopczyk – Instituto de Química de São Carlos, USP
Freitas, R.F. – Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Carlos Alberto Montanari – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Trypanosoma cruzi, GAPDH e ITC

A Doença de Chagas é uma das enfermidades tropicais mais negligenciadas. Esta se


espalhou por vários países, que vão desde o sul da América Latina chegando até ao
sul dos Estados Unidos. Atualmente, existem apenas dois fármacos, os quais são
ineficazes na fase crônica da doença e mostram severos efeitos colaterais. Esta
perspectiva sombria tem-se alterado durante a última década como resultado de
importantes avanços na pesquisa de compostos tripanossomatídeos. Dentre os vários
alvos bioquímicos em estudo, a enzima da via glicolítica de tripanosomatídeos – a
gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH, EC 1.2.1.12) vem sendo estudada em
nosso Grupo de Pesquisa. A utilização da técnica de ITC (calorimetria de titulação
isotérmica) para a determinação de parâmetros cinéticos e termodinâmicos é uma
potente ferramenta no estudo de compostos ativos contra enzimas. Usando-se
técnicas de SBVS e LBVS foram selecionados 48 compostos, similares a ligantes já
identificados pelo grupo, para o ensaio por ITC. Os ensaios cinéticos foram feitos no
calorímetro VP-ITC da Microcal seguindo o protocolo determinado pelo NEQUIMED-
PN. Até o momento foram testados 5 dos 48 compostos, sendo que 2 apresentaram
inibição cujos valores de Ki são, 44,71 e 16,96 µM e ambos com mecanismo de
inibição do tipo competitivo. Com o presente resultado pode-se afirmar que o
planejamento computacional mostra-se eficaz na seleção de compostos bioativos. Os
compostos até agora estudados apresentaram valores de atividade satisfatórios,
credenciando-os à próxima etapa da gênese de fármacos.

Agradecimento: CNPq, FAPESP e CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 78
Instituto de Química de São Carlos

Produção de biodiesel por catálise enzimática empregando lípase CAL-B e


monitoramento dos produtos por CG e RMN

Autores:
Isac G. Rosset – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Cecília H. T. Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete M. Assaf – Instituto de Química de São Carlos, USP
André L. M. Porto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Ésteres etílicos, CAL-B, transesterificação

Estudos recentes têm mostrado que enzimas tais como, lipases imobilizadas, podem
ser usadas como catalisadores para a produção de biodiesel1. Dessa forma a reação
é “limpa” e requer menos etapas na purificação em comparação aos métodos
tradicionais2. Neste trabalho foi estudada a transesterificação enzimática por CAL-B
do óleo de soja com etanol e monitoramento dos produtos por GC e RMN. Alguns
fatores foram avaliados na reação de transesterificação enzimática, os quais foram:
quantidade de catalisador, tempo de reação, presença de água e reuso do catalisador.
Nas reações, foram utilizados 5,0 g de óleo de soja refinado e 15 mL de etanol (grau
HPLC), sendo executadas em erlenmeyers de 125 mL e em agitador orbital (130 rpm e
32ºC). Para a quantificação, foi utilizado um GC-FID (Shimadzu) e um Espectrômetro
de RMN (200 MHz) (Bruker). As reações de transesterificação apresentaram bons
rendimentos (84%), sendo que os produtos da reação (mono-etil ésteres de ácidos
graxos, mono-, di- e triglicerídeos foram todos quantificados por GC com o auxílio de
uma curva analítica utilizando como padrão interno a tricaprina. Pela análise de RMN
1H, também se observou a presença de sinais característicos do Biodiesel (mono-etil
ésteres de ácidos graxos) (q, δ 4,0-4,2 ppm) de mono- e di-glicerídeos (d δ 3.65-3.90
e q 4.85- 5.15 ppm) e de triglicerídeos (q, δ 4,0-4,4 ppm).

Agradecimento: FAPESP, CAPES, CNPq, IQSC-USP

1 Vicente, G.; Martínez, M.; Aracil, J. Bioresour. Technol., 2004, 92, 297.
2 Oliveira, D. ; Alves, T. L. M. Appl. Biochem. Biotechnol., 2000, 84-86.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 79
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de uma célula à combustível de glicerol

Autores:
Jairo Borges – Instituto de Química de São Carlos, USP
Germano Tremiliosi Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-Chaves: Oxidação, Glicerol e Catalisadores.

No presente projeto de doutorado propõe-se desenvolver uma célula à combustível de


glicerol. Para isto pretende-se desenvolver catalisadores a base de níquel do tipo Ni-
M1-M2 (M1 = Fe e M2 = Co) para promover a oxidação do glicerol em meio básico. Os
catalisadores desenvolvidos serão caracterizados física e quimicamente. Estudos
eletroquímicos fundamentais da oxidação do glicerol serão realizados em meio
alcalino. Finalmente, pretende-se montar uma célula à combustível unitária para a
oxidação direta de glicerol. Os eletrodos serão nanoestruturados e será empregado
carbono como suporte dos catalisadores. A temperatura de operação da célula será da
ordem de 200 oC e será usada uma membrana aniônica que já está sendo
desenvolvida para tal finalidade. O MEA (Membrane Electrode Assembled) será
montado sanduichando a membrana pelo cátodo e o ânodo.

Agradecimento: CAPES, CNPq e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 80
Instituto de Química de São Carlos

Nanopartículas magnéticas de cobalto metálico e ferrita de cobalto recobertas


com ouro como materiais biocompatíveis visando aplicações em biomedicina

Autores:
João Batista Souza Junior – Instituto de Química de São Carlos, USP
Laudemir Carlos Varanda – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Nanopartículas magnéticas, biomedicina, método poliol

Atualmente, a síntese de nanopartículas magnéticas com potencial aplicação em


biomedicina tem-se intensificado uma vez que suas características possibilitam uma
grande variedade de aplicações, tais como carregadores de fármacos (Drug Delivery),
destruição de células tumorais por hipertermia induzida em campo magnético
oscilante, realce de contraste em imagens de ressonância magnética, separação
magnética de células e proteínas e a redução de cargas virais. A necessidade atual é
sintetizar nanopartículas magnéticas com elevada magnetização de saturação,
comportamento superparamagnético preservado e, principalmente, características de
superfície que permitam a fácil funcionalização e biocompatibilidade. Desta forma, o
interesse pela obtenção de nanopartículas metálicas vem crescendo, pois estas
partículas apresentam elevada magnetização (aproximadamente 1400 emu/cm3 para
o cobalto metálico). Porém, elas apresentam elevada toxicidade que facilmente pode
ser resolvida com um recobrimento que além de proporcionar biocompatibilidade
também oferece uma funcionalização a nanopartícula tornando-as bioseletivas. Dentro
deste contexto, esse projeto de pesquisa propõe a síntese de nanopartículas
magnéticas de Co metálico recobertas com Au em nanoestruturas do tipo casca-
caroço (core-shell) obtidas por duas metodologias distintas, a saber: processo poliol
modificado combinado ao processo de crescimento mediado por semente e sistemas
microemulsionados , com o objetivo de intensificar as propriedades magnéticas no
núcleo magnético utilizando cobalto, um metal de baixo custo e elevadas propriedades
ferromagnéticas.

Agradecimento: CNPq e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 81
Instituto de Química de São Carlos

[RuCl2(PPh3)2peridroazepina] atuando como versátil iniciador em reações de


ROMP

Autores:
José Luiz S. Sá – Instituto de Química de São Carlos, USP
Benedito dos Santos Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ROMP, peridroazepina, norborneno

Ring Opening Metathesis Polimerization ROMP é uma reação vastamente utilizada


para obtenção de polimeros com interessantes propriedades térmicas e mecânicas. A
grande evolução desta reação ocorreu devido aos estudos e desenvolvimento de
novos catalisadores que tornaram viável este tipo de reação. Nosso Grupo vem
desenvolvendo uma serie de iniciadores para ROMP como opção para os já existentes
no mercado. Estes compostos têm a espécie ativa M=CHR gerada in situ pela adição
de um diazocomposto, por isso apresentam-se mais resistentes as condições normais
de temperatura, umidade e luz. O complexo [RuCl2(PPh3)2peridroazepina] (1) é um
precursor catalítico desenvolvido em nosso Grupo, e é ativo como iniciadores para
ROMP de diferentes monômeros com bons rendimentos e em pequenos tempos
reacionais na presença de 5 µL de etildiazoacetato (EDA). 1 polimeriza norborneno
(NBE) e norbornadieno (NBD) com rendimento quantitativo por 5 min, a 25 ºC.
PoliNBE sintetizado com 1 como iniciador apresenta alta solubilidade e IPD igual 3,0.
PoliNBD é insolúvel, mesmo sintetizados em diferentes condições reacionais. É
discutido que poliNBD sintetizado com 1 apresenta grande quantidade de ligações
cruzadas, o que confere o alto grau de insolubilidade. 1 também e ativo na co-
polimerização de NBE e NBD em diferentes proporções de NBN:NBD, sintetizando
poliNBE:NBD com diferentes características de solubilidade e microestruturais. Outra
classe de monômeros estudada neste trabalho são os derivados do monômero
oxanorborneno. Inicialmente 1 foi testado como iniciador para ROMP do monomero
1R, 3S, 4S- dimetil 7-oxabiciclo[2.2.1] hept-5-ene-2,3-dicarboxilico (oxa-MeOH),
sintetizado a partir da reação do oxanorborneno e metanol. Por 24 h com 4 mL de
solvente e na presença de 5 µL de EDA com razão [monômero]/[1] = 1000, cerca de
40% de polioxa-MeOH foi observado. Este polímero apresentou-se extremamente
solúvel e com IPD igual a 3,5. Em estudos prévios de DSC, pôde-se observar um
evento que e consistente com a Tg em temperaturas acima de 120ºC. Sendo assim, é
possível concluir que 1 apresenta-se como bom iniciador para reações de ROMP, uma
vez que este precursor catalítico polimeriza monômeros com diferentes características
de tamanho e tensão anelar. E em adição, este complexo pode ser usado na co-
polimerização e síntese de novos materiais.

Agradecimento: CAPES, FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 82
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da estabilidade térmica da hemoglobina extracelular gigante de


Glossoscolex Paulistus utilizando espectroscopia de absorção óptica e
dicroísmo circular (CD) em PH neutro e alcalino

Autores:
José Wilson P Carvalho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Patrícia S Santiago – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcel Tabak – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chaves: HbGp, Temperatura, pH

A hemoglobina extracellular gigante de Glossoscolex paulistus possui uma estrutura


oligomérica, complexa composta por 144 cadeias globínicas e 36 não globínicas,
denominadas linkers, e se dissocia em meio alcalino em subunidades trímero abc e
monômero d. A massa molecular total é de 3,6 MDa. Estudos anteriores utilizando
espalhamento dinâmico de luz (DLS) mostram que a oxi-HbGp é muito estável em pH
7,0 até 52oC. Em pH alcalino (acima de pH 7,5) ocorre dissociação oligomérica em
temperaturas mais baixas na faixa de 45-35 oC. Neste trabalho, foram realizados
estudos de dicroísmo circular (CD) e absorção óptica no UV-Vis com a HbGp nas
formas oxi- e cianometa- em função de temperatura e no intervalo de pH 7.0 a 9,0.
Para os estudo usando absorção óptica foi usada uma concentração de proteína 0,3
mg.mL-1. Nos estudos no UV próximo para monitorar a estrutura secundária foi usada
concentração 0,2 mg/mL para oxi-HbGp e 0,1 mg/mL para a cianometa-HbGp. No
monitoramento de mudanças estruturais do grupo heme (banda de Soret) foi usada
concentração de 3,0 mg mL-1. As análises dos dados de absorção óptica e CD foram
baseadas num modelo termodinâmico de dois estados para a desnaturação da HbGp
permitindo a obtenção da fração de desnaturação e da temperatura crítica (Tc) nos
vários pHs. Os resultados de CD mostram que a cianometa-HbGp é significativamente
mais estável em comparação com a oxi-HbGp, apresentando temperaturas críticas na
faixa de 62-47 oC na região das estruturas em hélices-α, sendo cerca de 8 oC maiores
do que as temperaturas correspondentes da oxi-HbGp. Os dados de CD sugerem que
a desnaturação total dos vários domínios da oxi-HbGp ocorre de forma simultânea. A
absorção óptica mostra que o processo de desnaturação de ambas as formas de
HbGp envolve a formação de hemichromo cuja quantidade é crescente com a
alcalinização do meio. Ambas as formas de HbGp tendem á dissociação e mostram
uma temperatura crítica de desnaturação menor que em meio neutro. Entretanto, a
cianometa-HbGp é mais estável do que oxi-HbGp em meios neutro e alcalino.

Agradecimento: FAPESP CNPq e CAPES, IQSC, IFSC.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 83
Instituto de Química de São Carlos

Análise eletroquímica em soldas de aço inox com dispositivo de medição portátil


“ECPEN”

Autores:
Josias F Pagotto – Instituto de Química de São Carlos, USP
Artur de Jesus Motheo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-Chave: Corrosão, Aço Inoxidável, ECPEN.

Os aços se destacam pelo grande número de aplicações tecnológicas, que vão desde
utensílios domésticos até as mais diversas indústrias (aeronáutica, naval,
petroquímica, etc); dentre eles, os inoxidáveis apresentam boa resistência à corrosão,
devido à formação de um filme superficial fino chamado filme passivante, formado pelo
óxido de ferro do metal em contato com o ar, atribuindo maior resistência à oxidação.
Em presença de cloreto, este metal pode apresentar a ocorrência de corrosão por
pites (pontos com pequeno diâmetro, mas grande profundidade), o que pode trazer
sérios prejuízos, não somente na questão econômica, mas também perdas pessoais
irreparáveis. Este trabalho tem o objetivo de testar a eficiência de um sistema portátil
de medição de corrosão denominada “ECPEN” em soldas feitas a diferentes
temperaturas no aço inoxidável 316. As soldas foram feitas a partir da fusão do próprio
material, com diferentes correntes de solda (diferentes temperaturas). O sistema
eletroquímico utilizado é formado por uma micro cela, com um fio de Pt (contra-
eletrodo) e um fio de Ag (referência), imersos em solução aquosa de NaCl 3,0 mol.L-1
(a qual se desloca por capilaridade através de uma ponta porosa). Utilizou-se um
potenciostato AUTOLAB PGSTAT20 (ECOCHIMIE) para fazer as medidas de
polarização potenciodinâmica. As curvas resultantes das análises apresentaram
excelente definição. Observou-se uma diminuição do potencial de corrosão com o
aumento da temperatura da corrente de solda, respeitando os seguintes valores
(versus referência de Ag/AgCl): -244 mV (liga sem solda), -261 mV (corrente de 15A), -
268 mV (corrente de 35A), -289 mV (corrente de 70A) e -292 mV (corrente de 100A) e
os potenciais de pite mantiveram-se praticamente constantes.

Agradecimento: CNPQ

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 84
Instituto de Química de São Carlos

Planejamento de inibidores da enzima diidroorotato desidrogenase de


Trypanosoma cruzi e Leishmania major

Autores:
Juliana Cheleski – Instituto de Química de São Carlos, USP
Rocha, J. R. – Instituto de Química de São Carlos, USP
Pinheiro, M P – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP
Helton J Wiggers – Instituto de Química de São Carlos, USP
Nonato, M. C. – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP
Carlos Alberto Montanari – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: DHODH, Calorimetria de Titulação Isotérmica (ITC), ensaio virtual

A doença de Chagas e a leishmaniose são doenças parasitárias que afetam milhões


de pessoas na América Latina.1 A enzima diidroorotato desidrogenase (DHODH, EC
1.3.99.11) de Trypanosoma cruzi (Doença de Chagas) e de Leishmania major
(Leishmaniose) estão presentes na via de biossíntese de novo de pirimidinas do
parasito e são alvos promissores para o planejamento de moléculas capazes de inibir
a proliferação destes parasitos.2 Neste estudo a busca por inibidores da enzima
DHODH foi realizada utilizando-se o planejamento baseado na estrutura do ligante
natural, orotato e do receptor. A primeira série de inibidores selecionados in silico
foram avaliada experimentalmente, através da determinação da constante de inibição
aparente (Ki app) e do mecanismo de inibição utilizando-se Calorimetria de Titulação
Isotérmica (ITC)3. As Ki app foram de 19,28 (± 4,01) a 139,24 (± 26,04) µM com uma
eficiência média de ligante (LE) de 0,50 kcal mol-1 átomo-1. Devido a baixa massa
molecular dos inibidores (em média 200 KDa) e a alta LE, estes podem ser
considerados excelentes fragmentos moleculares. A otimização destes compostos
com base nas estruturas cristalográficas de dois ligantes (códigos PDB: 3MJY e
3MHU), resultou na segunda série de inibidores enzimáticos competitivos, sendo o
mais potente com Ki app de 121± 14 nM. Neste trabalho, devido à integração dos
ensaios virtuais, ensaios de inibição enzimática e a resolução da estrutura
cristalográfica foram possíveis descrever o mecanismo de ação e o modo de interação
de inibidores das enzimas DHODHs de L. major e T. cruzi.

Agradecimento: Suporte financeiro FAPESP

Referências
1 Clayton, J. Nature 465, p. S4-S5, 2010.
2 Baumgartner, R. et al. Journal of Medicinal Chemistry, v. 23, p.1239-1247, 2006.
3 Cheleski, J. et al. Analytical Biochemistry, v. 399, n. 1, p. 13-22, 2010.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 85
Instituto de Química de São Carlos

Detecção e quantificação da inibição de Alicyclobacillus acidoterrestris com


saponina por RT-PCR em sucos

Autores:
Juliana V. Alberice – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maribel E. Funes-Huacca – Instituto de Química de São Carlos, USP
Emanuel Carrilho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Alicyclobacillus acidoterrestris / inibição/ RT-PCR

Alicyclobacillus acidoterrestris são bactérias termoacidófilas esporofórmicas não


patogênicas comumente presentes em sucos de frutas ácidas, podendo deteriorá-los.
Tendo em vista a importância da atividade agrícola e seus derivados no país, é de
grande interesse o desenvolvimento de técnicas bioanalíticas, como a RT-PCR, que
propiciem uma detecção rápida, sensível e confiável, bem como alternativas para
inativação dessa bactéria. Alíquotas de esporos de até 1,0.104 UFC/mL foram
inoculadas em suco de laranja concentrado. Diferentes concentrações de saponina
comercial (100-500 mg/mL) foram adicionadas ao suco o qual foi posteriormente
submetido ao tratamento térmico de 99°C por 1 min. Em seguida, foram retiradas
alíquotas do suco tratado em diferentes intervalos de tempo para detecção de
A.acidoterrestris por plaqueamento e RT-PCR. A detecção da viabilidade de A.
acidoterrestris por RT-PCR após inibição com saponina comercial mostrou-se uma
técnica viável, rápida, sensível e quantitativamente equivalente à técnica de
plaqueamento (r = 0,9977). Saponinas mostraram-se eficientes na inibição de
A.acidoterrestris em suco de laranja.

Agradecimento: CNPq e INCTBio

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 86
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de uma barra SBSE (Stir Bar Sorptive Extraction) LAB-MADE


de PDMS/carbono ativado para determinação de resíduo de pesticidas na água

Autores:
Juliana Y. Barletta – Instituto de Química de São Carlos, USP
Paulo C. F. L. Gomes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Álvaro J. Santos-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fernando M. Lanças – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: SBSE, pesticidas e barras lab-made.

A extração por SBSE tem sido aplicada com sucesso em diversas áreas, tais como,
ambiental, alimentícia e farmacêutica. Atualmente, uma das limitações da SBSE é que
somente barras de polidimetilsiloxano (PDMS) estão disponíveis comercialmente e
com essa fase apolar não é possível extrair todos os tipos de analitos. Portanto, neste
estudo, uma nova barra de agitação revestida com PDMS modificado com carbono
ativado foi desenvolvida para a extração de analitos mais polares. Esta barra SBSE
lab-made foi feita utilizando um novo molde de teflon, cujo foi desenvolvido para
recobrir a barra magnética com maior quantidade e diferentes fases poliméricas, sem
consumir tempo excessivo no processo de síntese. A nova barra SBSE tem sido
usada para determinação de resíduo de 5 pesticidas em água, que são comumente
utilizados na cultura da cana de açúcar (ametrina, atrazina, bifentrina, carbofurano,
metribuzim e tebutiurom). As amostras de água (10 mL) foram fortificadas com os
pesticidas selecionados em um frasco headspace (20 mL). Então, foi adicionado 2 g
de NaCl, a amostra foi homogeneizada, a barra SBSE foi colocada no frasco e o
sistema foi mantido sob agitação magnética durante 3 horas. Posteriormente, os
analitos foram dessorvidos com 1 mL de metanol por 20 minutos no banho de
ultrasson a 65ºC. O solvente foi evaporado sob fluxo de nitrogênio, ressuspendeu-se
em 100 µL de acetato de etila e 1 µL foi injetado no GC-MS. Usando SBSE e GC-MS
foram obtidas boas recuperações para a maioria dos compostos estudados, o próximo
passo é otimizar as variáveis da SBSE e aplicar o método na garapa.

Agradecimento: CNPq, CAPES e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 87
Instituto de Química de São Carlos

Otimização de parâmetros eletroforéticos em microssistemas PDMS-vidro

Autores:
Juliane C. Borba – Instituto de Química de São Carlos, USP
Wendel C. T. Coltro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Gabriela R. M. Duarte – Instituto de Química de São Carlos, USP
Emanuel Carrilho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: microssistemas, PDMS-vidro, eletroforese

A utilização de microchips para separação de biomoléculas proporciona baixo


consumo de reagentes, amostras e tempo de análise, além de permitir automação,
versatilidade para aplicações rotineiras e diminuição dos custos. Diferentes materiais
são utilizados para fabricação desses sistemas, como o vidro, poli dimetil siloxano
(PDMS) e poliéster-toner (PT). Vários sistemas de detecção podem ser utilizados,
dentre eles detecção por UV-visível e fluorescência induzida a lazer (LIF), o qual
apresenta maior sensibilidade que o anterior e é muito utilizado, por exemplo, para
análise de DNA. A otimização dos parâmetros eletroforéticos em microssitemas de
PDMS-Vidro, é necessário para posterior aplicação bioanalítica. Para o preparo do
PDMS, foi utilizada uma mistura do monômero com catalisador. A mistura foi
despejada sobre um molde, preparado a partir de fotolitografia, e mantida sob
aquecimento. Antes da utilização do sistema híbrido de PDMS/Vidro, o mesmo foi
alinhado no detector LIF, imobilizado mecanicamente e preencheu-se o canal com
álcool isopropílico, sob efeito de capilaridade. Em seguida foi colocado tampão e
aplicado potencial nos canais de separação e injeção até a estabilização da corrente,
indicando o completo preenchimento do canal com tampão. Fluoresceína foi utilizada
como analito para avaliação de parâmetros eletroforéticos (potencial de separação,
repetibilidade e tempo de injeção) utilizando como matriz de separação a
hidroxietilcelulose (HEC). Observou-se uma linearidade entre corrente eletroforética e
potencial elétrico aplicado em toda faixa de potenciais (500 - 3500V). Avaliando treze
injeções sucessivas, verificou-se repetibilidade na intensidade dos picos a partir da
terceira injeção. Determinou-se que 5 segundos é tempo suficiente para o
preenchimento da intersecção entre os canais de injeção e separação.

Agradecimento: CNPq, INCTBio

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 88
Instituto de Química de São Carlos

Indução do crescimento de fungos marinhos pela fenilacetonitrila

Autores:
Julieta Rangel de Oliveira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carolina M. Mizuno – Universidade Federal de São Carlos
Mirna H. R. Seleghim – Universidade Federal de São Carlos
André Luiz Meleiro Porto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: fenilacetonitrila, biotransformação, fungos marinhos

A exploração da biodiversidade na busca de novos biocatalisadores por técnicas de


seleção de micro-organismos, plantas ou células animais representam métodos
tradicionais para o desenvolvimento da biocatálise1. Recentemente, tem sido
demonstrado um potencial de indução altamente eficiente pelas nitrilas (2-
cianopiridina e valeronitrila) para aumentar a atividade enzimática de alguns fungos2.
No presente trabalho é relatado a triagem realizada com 12 fungos marinhos induzidos
pela fenilacetonitrila e o seu produto de biotransformação. A indução foi realizada em
meio sólido contendo sais inorgânicos, glicose como fonte de carbono e a
fenilacetonitrila (20, 40, 60 e 80 µL) como única fonte de nitrogênio. Em 80 µL de
fenilacetonitrila e nas placas controle (sem a nitrila) houve inibição total do crescimento
microbiano. Os fungos que cresceram nestas condições (8) foram cultivados em meio
líquido contendo a fenilacetonitrila (20, 40 e 60 µL). Para avaliar e quantificar a
biotransformação da nitrila, o fungo A. sydowii Ce19 foi cultivado por 96h na presença
da fenilacetonitrila (60 µL), após este período reacional foi adicionado mais
fenilacetonitrila (60 µL). Análises por CG, CG-EM, RMN 1H e 13C, respectivamente,
permitiram a identificação e caracterização da 2- coumaranona3. Este composto foi
obtido pela biotransformação quantitativa da fenilacetonitrila. Os meios suplementados
com glicose e fenilacetonitrila foram essenciais para induzir o crescimento dos micro-
organismos. A indução dos fungos marinhos frente à fenilacetonitrila levou a 2-
coumaranona como produto de biotransformação.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

1Carvalho, P. O. et al.; Quim. Nova, 2005, 614


2Kaplan, O. et al.; Appl. Microbiol. Biotechnol, 2006, 567
3Matsui, T. ; Onaka, T. ; Maruhashi, K. ; Kurane, K. ; Appl. Microbiol. Biotechnol, 2001, 212

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 89
Instituto de Química de São Carlos

Extração e caracterização de lignina de bagaço e palha de cana-deaçúcar.

Autores:
Karen Marabezi – Instituto de Química de São Carlos, USP
Leandro V. A. Gurgel – Instituto de Química de São Carlos, USP
Márcia D. Zambon – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio A. S.Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: bagaço de cana-de-açúcar, palha de cana-de-açúcar, lignina..


Introdução
A utilização de biomassa vegetal como matéria-prima para a obtenção de produtos
químicos exige pré-tratamentos que levem à desestruturação do complexo
lignocelulósico, sendo o principal desafio, a remoção da lignina. Nesse âmbito, a
caracterização destas ligninas é fundamental. Assim o presente trabalho visa à
extração de lignina do bagaço e da palha de cana-de-açúcar bem como a
caracterização dessas ligninas. Para isso as ligninas foram extraídas pelo método
Pepper [1]. Em seguida foram caracterizadas utilizando análise elementar,
espectroscopia na região do infravermelho, do UV-Visível, RMN 13C e cromatografia
de permeação em gel (GPC). Os resultados de composição elementar das ligninas
apresentaram teores de carbono entre 55 e 59 % o que caracteriza ligninas com
quantidades maiores de unidades siringila (57,9% de C). Para as análises de UV- Vis
as ligninas forma dissolvidas em etanol 96%. As ligninas apresentaram deslocamentos
dos máximos de absorção para maiores comprimentos de onda. Solventes polares,
como etanol, tendem a causar um deslocamento para maiores comprimento de onda
quando os substituintes da lignina são doadores de elétrons. Podemos observar na
tabela 1 pequenas diferenças entre as quantidades de hidroxilas e metoxilas entre as
ligninas obtidas, exceto para lignina da palha que apresentou uma menor quantidade
de metoxila. Tabela 1. Teor de metoxilas e hidroxilas (por unidade C9) obtidas por
RMN 13C.

Lignina OCH3 OHalif OHfen


Fibra 1,0 1,1 0,2
Medula 0,8 1,1 0,3
Palha 0,6 1,3 0,2
Bagaço 0,9 1,3 0,2

Os menores valores de massas molares média em massa foram obtidos para as


ligninas da palha. Os resultados obtidos confirmam a heterogeneidade que existe
entre as ligninas do bagaço e da palha.

Agradecimento: ao CNPq e a FAPESP pelo financiamento.

[1]PEPPER, J. M.; BAYLIS, P. E. T.; ADLER,


E. The isolation and properties of lignins
obtained by the acidolysis of spruce and aspen
woods in dioxano-water medium. Canadian
Journal of Chemistry, Vol. 37. 1959.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 90
Instituto de Química de São Carlos

Avaliação de compostos relacionados à maturação de uvas viníferas cultivados


na região de São Carlos

Autores:
Karina Fraige – Instituto de Química de São Carlos, USP
Emanuel Carrilho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: uvas, maturação, ácidos orgânicos

Para obtenção de vinhos de alta qualidade, características relacionadas com a


composição das uvas são necessárias no momento da colheita. Este ponto baseia-se
na concentração de sólidos solúveis totais (SST), na acidez total (AT) (principalmente
os ácidos málico e tartárico), e concentração de polifenóis totais (IPT), entre eles as
antocianinas, responsáveis pela coloração das uvas e vinhos tintos. Com a finalidade
de melhorar a qualidade das uvas, um manejo de podas diferenciado vem sendo feito
em algumas regiões do Sudeste, entre elas São Carlos, alternando a época de
colheita. Análises clássicas relacionadas com a composição das uvas cultivadas em
São Carlos foram realizadas e os resultados comparados com uvas cultivadas no RS e
Vale do São Francisco. Uvas Cabernet Sauvignon e Shiraz, provenientes de Água
Vermelha foram colhidas em diferentes estágios de maturação e armazenadas a -
18°C. Uvas maduras foram enviadas pela vinícola Mio lo. O mosto foi obtido das uvas
descongeladas, trituradas e centrifugadas. As análises de antocianinas e IPT foram
feitas por espectrofotometria na região UV-Vis. A AT foi avaliada por titulometria e SST
por refratometria. A quantificação e identificação de ácidos orgânicos foi feita por
HPLC. Durante a maturação das uvas, o teor de antocianinas aumentou, o que pode
ser verificado pela cor das cascas, e o IPT diminuiu, reduzindo a adstringência das
bagas. A AT das uvas diminuiu consideravelmente, acompanhada pelo aumento no
pH, que se encontrou em 3,6 para as uvas maduras. A concentração de açúcares
redutores e SST aumentaram, encontrando-se entre 18° e 20,4°Brix no momento da
colheita. Os resultados indicaram que as uvas cultivadas em Água Vermelha
apresentaram valores comparáveis aos do RS e BA.

Agradecimento: FAPESP, INCTBio

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 91
Instituto de Química de São Carlos

Catalisadores de níquel promovidos com cálcio para a redução na formação de


eteno a partir da Conversão de Etanol

Autores:
Kariny F.M. Elias – Instituto de Química de São Carlos, USP
Alessandra F. Lucredio – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete M. Assaf – Instituto de Química de São Carlos, USP

Muitos estudos indicam a reforma a vapor do etanol (RVE) como um eficiente


processo para geração de H2, cuja reação global é: C2H5OH+3H2O → 6H2+2CO. O
suporte Al2O3 é muito utilizado em catalisadores de reforma a vapor devido a
resistência mecânica e química, todavia apresenta também alta formação de carbono.
A adição de aditivos ou promotores básicos para neutralizar os sítios ácidos do
suporte, pode reduzir a velocidade de deposição de carbono nestes catalisadores.
Assim, o objetivo deste trabalho é estudar catalisadores de Ni suportados em γ-Al2O3
promovida com 0,5% de Ca visando reduzir a formação de eteno. Catalisadores
contendo 5% em massa de Ni e 0,5% em massa de CaO foram preparadas por
impregnações sucessivas de soluções de nitrato de cálcio e nitrato níquel
respectivamente, em um rotoevaporador, sobre γ-Al2O3 (Degussa) a 75°C. As
amostras foram submetidas à secagem a 80°C por 24h e calcinação a 550°C após
cada impregnação. Os materiais foram caracterizados por redução a temperatura
programada (RTP), difração de raios-X (DRX) e determinação da área superficial
específica (BET). Os testes catalíticos foram realizados com 150 mg de catalisador,
utilizandose razão molar etanol/água de 1/3, com fluxo total de alimentação de 2,5 mL
h-1 a 600oC. Antes dos ensaios, os catalisadores foram reduzidos in situ com H2
(50mL min-1). A área superficial encontrada para o suporte γ-Al2O3 foi de 206,6 m2g-
1 e para os catalisadores foi de 174,6 m2g-1 e 185,0 m2g-1 para 5%Ni/A2O3 e 5%Ni-
05%Ca-Al2O3 respectivamente. De acordo com o RTP das amostras, observa-se para
o catalisador 5%Ni/Al2O3 um primeiro pico em 570°C, referente ao NiO menos
interagido com a alumina, o segundo em 713°C, refer ente ao aluminato de níquel não
estequiométrico (NiO-Al2O3) e o terceiro em 824°C, referente ao aluminato de níquel
estequiométrico (NiAl2O4)1. No RTP do catalisador 5%Ni-05%Ca/Al2O3 há uma
diminuição na área dos picos nas temperaturas de 574°C e 713°C, referentes às
interações do NiO com a γ-Al2O3, e um maior consumo de hidrogênio na temperatura
de 850°C, relativa a redução do aluminato de níquel 1. Há também formação de um
novo pico em 954°C, provavelmente referente à reduç ão do aluminato de níquel mais
fortemente interagido ou de aluminato de cálcio1. De acordo com os difratogramas,
observa-se apenas um pico correspondente a fase de NiO em 2Ө= 38,65°. Os picos
em 2Ө= 47,57° e 68,35° correspondem a γ-Al2O3 e o sinal em 2Ө= 44,99° pode ser
atribuído a fase NiAl2O4. Pelos resultados dos testes catalíticos observa-se que a
adição de Ca leva a uma queda na formação de eteno com uma maior formação de
hidrogênio, quando comparado à amostra não promovida, devido provavelmente a
uma diminuição da acidez do suporte.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 92
Instituto de Química de São Carlos

Expressão heteróloga e caracterização biofísica do domínio N-terminal da Hsp90


de Leishmania braziliensis

Autores:
Kelly P Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Nascimento, A.S.- Universidade federal do ABC
Julio Cesar Borges – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Hsp90, chaperone molecular, parasitas

As chaperones moleculares auxiliam o enovelamento de proteínas e previnem a sua


agregação. Entre as várias famílias de chaperones, a Hsp90 é essencial para o
crescimento de células eucariontes, sendo capazes de interagir com proteínas não-
enoveladas mantendo-as em um estado reenovelável e mantendo a conformação,
estabilidade e função de vasto número de proteínas. Estruturalmente caracterizam-se
como um dímero flexível e cada monômero consiste de um domínio N-terminal, um
intermediário e um C-terminal. Sua função é dependente de sua capacidade de ligar e
hidrolisar ATP, sendo dirigida pela associação dinâmica com seus substratos e suas
co-chaperones que formam grandes complexos com outras chaperones moleculares e
outras proteínas celulares. Estudos recentes identificaram uma interação relativamente
fraca entre o Nterminal da Hsp90 e nucleotídeos e a ligação de geldamanicina (GA)
mais fortemente. Tem sido demonstrado que Inibidores das Hsp90 (geldanamicina e
radicicol) inibem o crescimento de Plasmodium falciparum, Leishmania donovani e
Trypanosoma cruzi. Esse trabalho visa à obtenção do domínio N-terminal das Hsp90
do parasita L. braziliensis para caracterização biofísica. A proteína LbHsp90_N foi
expressa de maneira recombinante em sistema bacteriano de expressão e purificada
por cromatografia de afinidade ao níquel seguida de cromatografia de exclusão
molecular. A proteína pura foi caracterizada como um monômero em solução por meio
de espalhamento dinâmico de luz e dicroísmo circular. A modelagem molecular por
homologia da LbHsp90_N foi feita a partir da seqüência de aminoácidos, utilizando o
programa Modeller utilizando a estrutura cristalina do domínio N-terminal da Hsp90 de
L. major. A interação com os nucleotídeos ADP e ATP foi verificada por meio de
fluorescência intrínseca de Triptofano, na presença ou ausência de Mg2+ e as
constantes de associação (KA) foi calculada a partir do conjunto de dados obtidos.
Concluímos que a proteína LbHsp90_N interage com os nucleotídeos com um (KA)
em torno de 6000 M-1. Na presença de Mg2+ essa interação é duas vezes mais forte
com ADP, mas não com ATP.

Agradecimento: Suporte financeiro FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 93
Instituto de Química de São Carlos

Complexos de CuII e NiII com ligantes quelantes orgânicos como fontes de


metais nas eletrodeposições em aço 1010

Autores:
Larissa R. Fonseca – Instituto de Química de São Carlos, USP
Benedito S. Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Eletrodeposição, complexos ex-situ, ligantes quelantes.

Eletrodeposição é um processo de deposição de metal sobre determinado substrato


por meio de eletrólise. Pode ser útil para se obter uma superfície metálica com melhor
acabamento estético e resistente a agentes corrosivos, ou com maior área superficial.
O uso de aditivos orgânicos é uma alternativa não tóxica e extremamente importante
no crescimento e na estrutura dos depósitos. Nesse trabalho foram sintetizados
complexos de CuII e NiII, coordenados a ligantes como EDTA e etilhidróxido-EDTA
(heEDTA) obtidos por reações simples entre CuSO4 ou NiSO4 e EDTA ou heEDTA. O
objetivo é observar o comportamento desses complexos gerados ex-situ em solução e
aplicá-los na eletrodeposição em aço 1010. Assim, os complexos foram previamente
sintetizados, isolados e caracterizados tendo o conhecimento de como os ligantes se
encontram coordenados ao metal, ou seja, quais são os sítios ligantes. As
caracterizações dos complexos foram realizadas no estado sólido por FTIR e análise
elementar de CHN, e em solução por espectroscopia de absorção na região do
UV/VIS, voltametria cíclica em platina e linear em aço 1010. Os eletrodepósitos foram
caracterizados por MEV, EDX e reflectância. As caracterizações apresentaram boa
concordância com o planejamento dos compostos. Observou-se que a densidade
eletrônica dos metais é alterada através de deslocamentos nos potenciais de redução
para valores mais negativos, devido à presença dos ligantes quelantes. Esses
deslocamentos mostraram-se benéficos para as eletrodeposições. Além do mais, os
ligantes melhoraram as características dos eletrodepósitos e influenciaram nas
porcentagens de metais depositados, bem como nas reflectâncias.

Agradecimento: FAPESP, CAPES e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 94
Instituto de Química de São Carlos

Influência dos ligantes ancilares no complexo de RuII na atividade catalítica em


reações de ROMP

Autores:
Larissa R. Fonseca – Instituto de Química de São Carlos, USP
José Luiz S. Sá – Instituto de Química de São Carlos, USP
Benedito S. Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Rutênio, ROMP, ligantes ancilares.

Reações de metátese de olefinas são catalisadas por complexos metálicos que têm
carbenos em suas esferas de coordenação, denominados metalo-carbenos. As
atividades catalíticas dependem das características dos centros metálicos, dos tipos
de carbenos e dos demais ligantes coordenados aos metais. Nesse trabalho é
estudado o complexo [RuCl2(PPh3)2(pirrolidina)], obtido a partir da reação do ligante
pirrolidina NH(CH2)4 (pop) com o complexo precursor [RuCl2(PPh3)3]. O produto foi
caracterizado por análise elementar e espectroscopia na região do infravermelho. Na
região de 3200 cm-1 observa-se diferença relacionada ao estiramento da ligação N-H
presente no complexo derivado e ausente no precursor, sugerindo a coordenação do
ligante pop à esfera de coordenação do metal. A ligação Cl-Ru-Cl foi caracterizada
pela banda em 321 cm-1 no complexo, sugerindo que os íons cloretos estão trans
posicionados um ao outro. O pré-catalisador com pop aplicado em reações de ROMP
na presença de EDA (etildiazoacetato) foi ativo em reações com norborneno (NBE) e
norbornadieno (NBD). Os experimentos de polimerizações foram realizados à
temperatura ambiente, por diferentes tempos (5, 30, 60 e 120 min), em vários volume
inicial de solvente CHCl3 (2, 4, 6, 8 mL), na presença de 5 µL de EDA, com razão
[monômero]/[Ru] de 5.000 e em atmosfera inerte (argônio) ou ar. As polimerizações
com NBE tiveram rendimentos quantitativos em 120 min em atmosfera inerte. As
razões entre rendimento em argônio e rendimento em ar se mostraram próximos à
unidade, sugerindo que esse pré-catalisador é resistente à O2 quanto à oxidação
RuII→RuIII, quando em reação. Concluí-se que o efeito do sinergismo
amina→Ru→olefina está relacionado ao rendimento de reação e massas moleculares
dos polímeros.

Agradecimento: FAPESP, CAPES e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 95
Instituto de Química de São Carlos

Uso de vermicomposto para remediação de solos contaminados com elementos


tóxicos

Autores:
Leandro A. Mendes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Diva Landgraf – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Olímpia Oliveira Rezende – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: vermicomposto, remediação de solos, elementos tóxicos

As atividades industriais e de mineração, juntamente com o uso inadequado de


fertilizantes e pesticidas, tem contribuído para o aumento da contaminação do solo,
cursos d água e lençol freático por elementos tóxicos. A procura pelo desenvolvimento
de soluções tecnológicas tem aumentado para atender à legislação ambiental.
Segundo a ABETRE, no Brasil apenas 22% dos 2,9 milhões de toneladas de resíduos
industriais perigosos produzidos nas ultimas décadas recebem tratamento adequado,
sendo os 78% restantes colocados indevidamente em lixões sem nenhum tratamento.
Neste contexto, destaca-se a vermicompostagem que utiliza as minhocas para
degradar a matéria orgânica recente, tonando-a um material quimicamente mais
estabilizado, além de remover os elementos tóxicos do solo acumulando-os em seu
organismo. O vermicomposto será produzido a partir de esterco bovino, sendo este
adicionado aos solos contaminados em uma razão solo: vermicomposto de 1:0,1;
1:0,5; 1:1, em volume com base na massa úmida. Serão determinadas as
propriedades químicas, como: pH, teor de matéria orgânica, capacidade de troca
catiônica, carbono orgânico total, micro e macro nutrientes, e físicas: umidade e
granulométricas, durante todo o tratamento até o seu final. Estas determinações são
eficazes para verificar o grau de nutrientes e a fonte de carbono para as minhocas no
decorrer do tratamento, e também verificar mudanças nas condições do meio
reacional durante a vermicompostagem além da esperada degradação dos compostos
tóxicos analisados.

Agradecimento: IQSC-USP, CAPES, CNPq e FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 96
Instituto de Química de São Carlos

Corrosão de ligas AA7075 e AA8006 recobertas com polianilina pelo ensaio de


névoa salina

Autores:
Leandro Duarte Bisanha – Instituto de Química de São Carlos, USP
Artur de Jesus Motheo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ligas de alumínio, polianilina, névoa salina

De acordo com sistema de classificação das ligas de alumínio, adotado pela Aluminum
Association, na liga AA7075 (Al-Zn-Mg-Cu), o zinco é principal elemento de liga,
enquanto que para a liga 8006, os principais elementos de liga são o ferro e
manganês. Estes elementos são adicionados ao alumínio puro, visando melhorar as
propriedades mecânicas, entretanto, a presença destes elementos na liga leva a
características de corrosão distintas. Em virtude disto, é necessário o desenvolvimento
de novos métodos de proteção contra a corrosão, em substituição as camadas de
conversão de cromo. A polianilina (PAni), destaca-se como um bom revestimento
protetor contra a corrosão, atuando, primeiramente, por efeito barreira às espécies
agressivas do meio e também por proteção anódica. Neste trabalho, amostras das
ligas AA8006 e AA7075 com e sem revestimento de PAni foram expostas à névoa
salina, conforme a norma NBR 8094: Material metálico revestido e não revestido -
Corrosão por exposição à névoa salina. O grau de corrosão foi avaliado em diferentes
tempos de exposição por análise visual e microscopia óptica. Quando comparados os
resultados das ligas AA8006 e AA7075, verifica-se que a liga AA7075 é muito mais
susceptível à corrosão que a liga AA8006, devido à formação de inúmeros pontos de
corrosão, além do escurecimento da superfície. Nas amostras da liga recobertas com
filme de PAni, observa-se o surgimento de inúmeras bolhas no filme polimérico. As
imagens ópticas mostram também a formação de trincas no filme. Após 110 horas de
ensaio e remoção do filme de PAni, a análise da superfície mostra marcas das bolhas
formadas, e apresentam um número menor de defeitos do que a amostra exposta sem
nenhum revestimento. Estudos para melhor ancoragem do polímero e, assim evitar a
formação de bolhas deverão ser realizados.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 97
Instituto de Química de São Carlos

Estudo cinético de sacarificação de bagaço de cana-de-açúcar para a produção


de etanol celulósico

Autores:
Leandro Vinícius Alves Gurgel – Instituto de Química de São Carlos, USP
Karen Marabezi – Instituto de Química de São Carlos, USP
Lísias Pereira Novo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Márcia Dib Zambon – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Aprigio da Silva Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: hidrólise ácida, sacarificação e etanol celulósico

A produção de biocombustível lignocelulósico envolve diversas etapas como a colheita


e o transporte da biomassa, a desconstrução da parede celular dos componentes
macromoleculares em açúcares (pentoses e hexoses) e lignina, através de pré-
tratamento e sacarificação, e a posterior conversão dos açúcares fermentescíveis a
biocombustível. O bagaço de cana desmedulado e a fração rica em fibras foi
submetida a uma pré-hidrólise e à polpação soda antraquinona (SAQ) para retirada
das hemiceluloses e lignina, respectivamente. A polpa celulósica foi caracterizada de
acordo com as normas TAPPI e sua composição consiste de 86,9% de celulose,
11,1% de hemiceluloses, 1,5% de lignina Klason insolúvel e 0,5% de inorgânicos. Os
estudos de hidrólise ácida foram conduzidos em reatores de aço inox 316L
empregando uma razão sólido-líquido de 1:20 (m/v) e ácido clorídrico 0,2% (p/v) em
uma faixa de temperatura de 190°C a 220°C variando- se o tempo de reação. Os
hidrolisados foram filtrados e a fração de polpa restante foi determinada. A
concentração de glicose nos hidrolisados foi determinada por cromatografia líquida de
alta eficiência. As constantes de velocidade de primeira ordem obtidas através de
regressões lineares para as temperaturas de 190°, 2 00°, 205° e 210°C foram 0,043,
0,111, 0,197 e 0,321 min.-1. Isso significa que um aumento de 10°C na temperat ura
de hidrólise aumentou em média a constante k1 em 273%. O rendimento máximo de
glicose ocorreu a 205°C e 4 minutos de reação, send o esse 69,8%. A energia de
ativação de Arrhenius calculada para a hidrólise da polpa foi de 45,6 kcal/mol, e está
em conformidade com o obtido por Saeman para a hidrólise de madeira de Douglas fir
com H2SO4 diluído (42,9 kcal/mol).

Agradecimento: ao CNPq pela bolsa concedida.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 98
Instituto de Química de São Carlos

Produção de biodiesel metílico por meio de fluido pressurizado e sua


caracterização utilizando cromatografia gasosa de alta resolução

Autores:
Leidimara Pelisson – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fernando M. Lanças – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: biodiesel, fluido supercrítico, cromatografia gasosa de alta resolução

A produção de biodiesel tem sido alvo de constantes pesquisas, devido a grande


preocupação mundial com a obtenção de energia favorável para a conservação do
meio ambiente. As rotas mais utilizadas para a produção de biodiesel, como a
transesterificação com catálise ácida e básica podem gerar subprodutos indesejáveis,
além de catalisadores residuais estarem presentes no produto final, ocasionando
problemas na utilização do biocombustível obtido. Dessa forma está sendo conduzido
um estudo experimental para desenvolvimento e aperfeiçoamento de métodos de
produção de biodiesel a partir de óleo de soja utilizando metanol supercrítico, o qual
gere produtos puros, livres de qualquer tipo de catalisador. Para a caracterização dos
produtos e subprodutos da reação explorou-se a técnica de HRGC (Cromatografia
Gasosa de Alta Resolução). Durante as análises monitorouse o teor de ésteres
metílicos de ácidos graxos, monoacilgliceróis, diacilgliceróis, triacilgliceróis e glicerol.
Os ésteres e o glicerol são os produtos principais da reação de produção do biodiesel
e os demais são, portanto, subprodutos. Entre as variáveis que afetam o rendimento
dos ésteres durante a reação de transesterificação, a temperatura e a pressão foram
estudadas e observou-se que temperaturas superiores a 250 graus Celsius a pressões
de 400 atmosferas influenciaram favorávelmente na conversão dos ésteres no sistema
reacional.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 99
Instituto de Química de São Carlos

Biorredução 4-metoxiacetofenona com fungos marinhos

Autores:
Lenilson C. Rocha – Instituto de Química de São Carlos, USP
Raquel P. de Morais – Instituto de Química de São Carlos, USP
Rodrigo F. Luiz – Instituto de Química de São Carlos, USP
Lara D. Sette – Universidade Estadual de Campinas
André L. M. Porto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Biotransformação; Baeyer-Villiger; fungos marinhos

A redução estereosseletiva de cetonas pro-quirais pode levar a formação de alcoóis


enantiomericamente puros. Os alcoóis quirais são intermediários versáteis em química
orgânica e podem ser transformados por meio de reações químicas em várias outras
funcionalidades. Os fungos de origem marinha vêm demonstrando um grande
potencial na biorredução e na biotransformação de derivados de acetofenona. Neste
trabalho utilizaram-se 8 linhagens de fungos marinhos para biotransformação da 4-
metoxiacetofenona 1. Os fungos marinhos Aspergillus sulphureus, Aspergillus sydowii
Ce15, Aspergillus sydowii Ce19 catalisaram a biorredução da 4-metoxiacetofenonana
1 com excelente excesso enantiomérico e ótima conversão. Os demais fungos
catalizaram a biorredução com modesta conversão da 4-metoxiacetofenona 1 para a
1-(4metoxifenil)etanol 2. O interessante que o fungo Beauveria felina promoveu a
biotransformação da 4-metoxiacetofenona 1 por reação de Baeyer-Villiger obtendo-se
o 4-metoxifenol 4 com 75% de conversão e o 1-(4-metoxifenil)etanol 2 com 25%. O 4-
metoxifenil acetato 3 não foi detectado nas análises por CG-EM sugerindo que após a
reação de Beauveria felina ocorreu a hidrólise do ester 3 levando ao fenol 4 (Esquema
1).A utilização de fungos marinhos na biorredução da 4-metoxiacetofenona 1
demonstrou potencial para obtenção de alcoóis enantiomerciamente puros. O fungo
Beauveria felina catalisou a biotransformação da 4-metoxiacetofenona 1 por reação de
Baeyer Villiger seguida de uma reação de hidrolise.

Agradecimento: FAPESP, CAPES, CNPq, IQSC-USP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 100
Instituto de Química de São Carlos

Imobilização de fungos de origem marinha em suportes de sílica (flash, gel e


xerogel)

Autores:
Lenilson Coutinho da Rocha – Instituto de Química de São Carlos, USP
Rodrigo Ferreira Luiz – Instituto de Química de São Carlos, USP
Adriano Lopes de Souza – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ubirajara Pereira Rodrigues Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP
André Luiz Meleiro Porto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Fungos marinhos, sílica, imobilização

As técnicas clássicas de imobilização celular podem ser classificadas em: a) naturais,


as quais incluem a formação de biofilmes e a adesão/adsorção microbiana em
suportes sintéticos ou naturais, b) artificiais, as quais incluem a encapsulação em
matrizes como alginato de cálcio ou uso de agentes ligantes. Em termos de processos
enzimáticos, a imobilização dos biocatalisadores traz vantagens como: aumento da
estabilidade, do nível de controle do processo, do rendimento e da pureza do produto
final, além de possibilitar o uso de reatores de diferentes configurações. O método de
adsorção/adesão é utilizado pela sua simplicidade, baixo custo, fácil manipulação e
grande diversidade de suportes. Há um potencial de equilíbrio entre as células
adsorvidas e livres, dependendo do crescimento microbiano e da densidade de células
na matriz. Em nossos estudos preliminares foram utilizados três suportes: sílica flash,
sílica gel e xerogel de sílica. Para a imobilização foram utilizados as células íntegras
dos fungos de origem marinha Penicillium citrinum F-53 e Penicillium miczynskii Gc5.
Com a metodologia empregada observou-se que a imobilização foi reprodutível e a
obtenção das células íntegras imobilizadas por adesão/adsorção ocorreu em 24 horas
sob agitação orbital (120 rpm, 320C). Os suportes de sílica flash e xerogel de sílica
aderiram muito bem às células íntegras dos fungos P. citrinum e P. miczynskii. O
suporte sílica gel não aderiu às células íntegras dos fungos provavelmente por causa
do tamanho das partículas (35 - 70 mesh). As células íntegras dos fungos P. citrinum e
P. miczynskii são utilizadas em biocatálise para redução de cetonas.

Agradecimento: FAPESP, CAPES, CNPq, IQSC-USP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 101
Instituto de Química de São Carlos

Estudo fotofísico de sensibilizadores em matriz sólica de poliestireno por


fotólise por pulso de laser

Autores:
Leticia F. A. Pinto – Instituto de Química de São Carlos, USP
Beatriz E.Goi – UNESP
Carla C.S. Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Miguel G. Neumann – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: tioxantona, benzofenona, fotólise por pulso de laser.

As cetonas, quinonas e os peróxidos são iniciadores de diferentes reações que


absorvem luz acima de 380 nm, produzindo sua excitação ou a clivagem em radicais
livres. Esses podem iniciar reações de polimerização, degradação e outras
transformações pela abstração do átomo de hidrogênio de uma macromolécula e a
formação de radical polimérico. Neste trabalho a fotofísica e a interação do estado
excitado dos sensibilizadores, tioxantona (TX) e benzofenona (BP), na presença de
poliestireno (PS) na forma de pó foram investigadas com o objetivo de avaliar seu
comportamento no estado excitado. A técnica de fotólise por pulso de laser é uma
excelente ferramenta para determinar velocidades de reação de estados excitados e
medir o tempo de vida de intermediários formados na ordem de µs. As medidas de
materiais sólidos foram realizadas em λ= 355 nm com o acessório de reflectância que
é acoplado ao sistema de fotólise por pulso de laser, permitindo desta forma medidas
de processos fotoquímicos primários diretamente na matriz polimérica. As amostras de
poliestireno e cada sensibilizador (PS+TX e PS+BP) foram preparados nas proporções
0,5%; 1,0% e 2,5%(m/m) em metanol, sob agitação por 12 horas. Posteriormente, o
solvente foi evaporado em atmosfera de nitrogênio. As amostras foram colocadas em
um suporte para amostras sólidas e realizadas as medidas dos transientes formados.
Os espectros de absorção de transientes PS+TX foram caracterizados por uma banda
de absorção com máximo em 650 nm e um ombro na região de 430 nm devido ao
radical cetila da tioxantona formado pela abstração de hidrogênio. O sistema PS+BP
apresentou uma banda de absorção em 540 nm, que tem sido atribuído a absorção
triplete-triplete (T-T) da benzofenona. Os tempos de vida dos transientes obtidos para
o sistema PS+TX 2,5% foi de 12 µs e para o sistema PS+BP 2,5% foi de 5 µs.

Agradecimento: CNPq e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 102
Instituto de Química de São Carlos

Alguns efeitos da adição de efluente tratado na matéria orgânica do solo por


espectroscopia de fluorescência na região do UV/Vis

Autores:
Lilian Fernanda de Almeida – Instituto de Química de São Carlos, USP
Tânia L. de Almeida – Embrapa Instrumentação Agropecuária
Lívia Botacini F. Pigatin – Instituto de Química de São Carlos, USP
Leandro Augusto G. de Godói – Embrapa Instrumentação Agropecuária
Mariani Mussi – Embrapa Instrumentação Agropecuária
Wilson Tadeu L. da Silva – Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras-chave: ácidos húmicos, efluente, fluorescência

Neste trabalho, objetivou-se realizar uma avaliação do grau de humificação de ácidos


húmicos extraídos de solo. O mesmo foi submetido à irrigação com efluente tratado
em biodigestor anaeróbio empregando-se a espectroscopia de Fluorescência na
região do ultravioleta/visível segundo duas metodologias propostas na literatura. As
amostras foram coletadas em março/2010 no campo experimental instalado na ETEC
Astor de Mattos Carvalho, do Centro Paula Souza, em Cabrália Paulista/SP. Elas
pertencem a diferentes profundidades e foram submetidas a tratamentos com
dosagens distintas de efluente tratado por biodigestor anaeróbio instalado no mesmo
local. As metodologias empregadas para o estudo do grau de humificação por
Fluorescência apresentaram elevada correlação (R= 0,9574). Os resultados obtidos
indicam que o grau de humificação das amostras sob adição de efluente sofreu um
sensível aumento - apesar de se tratar de um experimento de curta duração e essas
tendências não serem propriamente definitivas. Estudos mais aprofundados são,
entretanto requeridos, uma vez que o uso controlado de efluente tratado propicia
aspectos positivos no solo, mas o excesso de aplicação pode levar a alguns efeitos
indesejáveis como a lixiviação de nutrientes para os diferentes corpos d’água ou
excesso de mineralização da MOS.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 103
Instituto de Química de São Carlos

Análise de solventes para deslignificação organossolve de bagaço de cana-de-


açúcar com a utilização de parâmetros de solubilidade

Autores:
Lísias Pereira Novo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antônio Aprigio da Silva Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Bagaço de cana-de-açúcar, deslignificação organossolve, parâmetros


de solubilidade.

Com a grande produção de etanol e açúcar a partir da cana-de-açúcar, no Brasil, a


produção de material lignocelulósico como rejeito da produção também é muito
elevada. A biomassa vegetal possui grande possibilidade de valorização, devido a
composição de cerca de 75% de polissacarídeos, celulose e hemicelulose, na
produção de etanol de segunda geração. Muitos métodos foram estudados com
relação a retirada da lignina do bagaço, pois esta interfere nos processos de
fermentação, diminuindo a acessibilidade das cadeias de celulose. Este trabalho
busca utilizar solventes orgânicos diferenciados para solubilizar os fragmentos de
lignina no processo de polpação. Buscou-se utilizar solventes que possuíssem baixo
custo, ou que estivessem em excesso no mercado, assim os solventes escolhidos
foram o etanol, devido a grande produção no Brasil, e por este já ter sido muito
estudado em sistemas similares, o glicerol, que é um sub-produto da produção de
biodiesel e o sec-butanol, reagente obtido em excesso pela industria Oxiteno,
financiadora do projeto, através da reação do óxido de buteno com água. Para a
realização das misturas entre os solventes utilizar-se-á a teoria de parâmetros de
solubilidade. O bagaço de cana foi previamente lavado com água a 70ºC para
remoção dos açúcares residuais do processo de moagem. O plano de trabalho será
composto por três partes principais, a primeira será o estabelecimento dos parâmetros
gerais da reação, temperatura, tempo e razão sólido/líquido, a segunda será a
realização de experimentos com os solventes orgânicos “puros”, variando o teor de
água na solução, e, finalmente, a realização de experimentos utilizando a misturas de
solventes orgânicos, com o auxílio da teoria de parâmetros de solubilidade,
considerando a solubilização da lignina. Espera-se a obtenção de um valor mais
preciso para os parâmetros de solubilidade de Hansen para a lignina de bagaço de
cana-de-açúcar. Ademais, espera-se obter uma condição ótima de reação de polpação
do bagaço com a utilização de mistura de solventes que possuam algum apelo
financeiro.

Agradecimento: ao CNPq e FAPESP pelo financiamento.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 104
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de uma molécula mimética para a acetilcolinesterase

Autores:
Lívia Flório Sgobbi – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sérgio Antonio Spinola Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Acetilcolinesterase, molécula biomimética, cinética enzimática

A Química Biomimética tem como objetivo imitar as reações naturais, como os


processos enzimáticos, para melhorar certas propriedades químicas de interesse. As
enzimas apresentam custo elevado e alta sensibilidade às mudanças de pH,
temperatura e força iônica. Desta forma, moléculas biomiméticas são de interesse,
pois não apresentam tais desvantagens. Desta forma, o objetivo deste trabalho
consiste em sintetizar e caracterizar uma molécula mimética para a enzima
acetilcolinesteras (AchE) responsável por catalisar a hidrólise da acetilcolina em colina
e ácido acético. Assim, tendo como precurssor o ácido 4-acetilbenzóico sintetizou-se a
molécula mimética denominada ácido (4-[1E]-etanohidrazonil-benzóico), que foi
caracterizada por RMN 1H e 13C e por FTIR. A caracterização por RMN 1H e 13C foi
possível pela comparação entre o deslocamento químico referente ao anel benzênico
e à metila. O método de Ellman foi utilizado para determinar a atividade enzimática da
AchE. Construiu-se a de Michaelis-Menten e o gráfico de Lineweaver-Burk, de onde se
obtiveram os parâmetros cinéticos do processo enzimático, como velocidade máxima
(Vmax) e constante de Michaelis-Menten (km). Fixou-se a concentração de AchE em
0,1 U/mL primeiramente, e em 0,05 U/mL posteriormente. A concentração de substrato
(acetiltiocolina) foi variada, assim como a do 5,5'-ditiobis-(ácido 2-nitrobenzóico)
[DNTB], na mesma proporção (1:1) em tampão BR 40 mmol L-1 pH 8,0. O mesmo
método foi utilizado para a molécula mimética, substituindo a enzima, para fins
comparativos.

Agradecimento: CNPQ

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 105
Instituto de Química de São Carlos

Avaliação da atividade antimicrobiana de ramnolipídeos sobre Listeria


monocytogenes

Autores:
Luana Magalhães – Instituto de Química de São Carlos, USP
Massocco, M – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcia Nitschke, – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Listeria monocytogenes; ramnolipídeo; atividade antimicrobiana

Dentre os patógenos de importância alimentar destaca-se a Listeria monocytogenes,


bactéria causadora de listeriose, considerada um dos cinco patógenos que mais
causam mortes por contaminações de origem alimentar. Portanto é importante buscar
novas alternativas para controle deste microrganismo, visando tornar os alimentos
cada vez mais seguros ao consumo humano. Os ramnolipídeos são biossurfatantes
produzidos por Pseudomonas aeruginosa que apresentam atividade tensoativa,
emulsionante e ação antimicrobiana. Em estudo recente determinou-se que os
ramnolipídeos apresentaram capacidade de inibir o crescimento de L. monocytogenes
ATCC 19112, entretanto outras linhagens devem ser testadas e a concentração
inibitória mínima determinada. Devido a sua baixa toxicidade e biodegradabilidade os
ramnolipídeos representam uma importante alternativa para o controle de L.
monocytogenes. Avaliar a atividade antimicrobiana do ramnolipídeos produzido por
Pseudômonas aeruginosa sobre linhagens de L. monocytogenes. A atividade
antimicrobiana será definida a partir da determinação da concentração inibitória
mínima (CIM) e da concentração bactericida mínima (CBM) do ramnolipídeo sobre L.
monocytogenes. Para a determinação da CIM será usada a técnica de microdiluição.
Serão avaliados dois tipos de ramnolipídeos, um produto comercial (Jeneil Inc. Co) e o
ramnolipideo obtido da bactéria Pseudômonas aeruginosa LBI que foi produzido e
purificado no Laboratório de Biotecnologia Microbiana. Serão testadas 21 linhagens de
L. monocytogenes isoladas em ambiente de processamento de aves e laticínios além
de linhagens obtidas de coleção de cultura.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 106
Instituto de Química de São Carlos

Estudo da interação do nitrogênio proveniente da aquamônia com agrolmin:


balanço de massa

Autores:
Luciana Teresa Dias Cappelini – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eny Maria Vieira – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Substâncias Húmicas, Nitrogênio, Balanço de Massas

O processo de adsorção de micro e macro nutrientes com as substâncias húmicas


(SH) diminui as perdas por volatilização e lixiviação, aumentando assim sua
disponibilidade para a planta através do processo de liberação controlada, o qual
ocorre gradativamente de acordo com a necessidade da mesma. Para tanto é de
grande importância o estudo do balanço de massa, quando é usado no processo de
adsorção da SH com nitrogênio. Para observar essa reação, foram transferidos para
um erlenmeyer as SH e solução contendo nitrogênio, em outro erlenmeyer colocou-se
água e adicionaram-se três gotas de fenolftaleína. Os dois erlenmeyers foram ligados
por um tubo de vidro de 8 mm diâmetro colocando-se uma torneira no centro do
mesmo, e o sistema foi fechado com rolha de borracha para evitar perdas por
volatilização.Para observar a ocorrência da interação entre essas duas substâncias,
variou-se o tempo de contato entre as mesmas e o tempo necessário para que ocorra
de estabilização entre os dois sistemas. A quantificação do nitrogênio que não reagiu
com as SH foi analisado titulando-se com solução de ácido clorídrico na concentração
de 0,1 mol L-1 da água onde foi recolhido. Os resultados obtidos mostraram que o
tempo necessário para que ocorra a interação entre a SH e o nitrogênio da amônia e o
equilíbrio entre as duas substancia é de vinte quatro horas e setenta e duas horas
respectivamente.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 107
Instituto de Química de São Carlos

Interação entre lipídeos e proteínas de adesão celular e filmes fotoativos


contendo polioxometalatos

Autores:
Luciana V. de Souza – Instituto de Química de São Carlos, USP
Lidiane P. Gonçalves – Universidade Federal de São Carlos
Ubirajara Pereira Rodrigues Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: ormosis, fotocrômico, nanopartículas

Como um dos primeiros objetivos do projeto de doutorado, realizei treinamentos na


preparação dos filmes de ormosis a partir de duas técnicas (spin coating e dip
coating), assim como experimentos referente a caracterização da atividade fotoativa
dos filmes. Materiais híbridos orgânico-inorgânicos são materiais compósitos de
grande interesse em diversas aplicações tecnológicas Nos trabalhos em que auxiliei
procuramos estudar materiais fotocrômicos híbridos da classe dos Ormosis contendo
como pigmento fotocrômico o ácido fosfotúngstico (HPW) – [PW12O40]3-. Este
pigmento tem 10-12Å de diâmetro e ao ser submetido à radiação Ultra-Violeta (UV) ou
raios-X, torna-se azulado. A incorporação de HPW em ormosis preparados através do
processo sol-gel permite o estudo sistemático das propriedades fotocrômicas do HPW
em função dos grupos funcionais orgânicos. Neste trabalho, filmes de ormosis
contendo HPW foram preparados por dois métodos: dip-coating e casting
(gotejamento) em substratos de vidro e tiveram seu comportamento fotocrômico
avaliado em função do teor de nanopartículas(NP) de TiO2. Os silanos usados no
preparo destes materiais híbridos foram BUTS (4-butironitrilatrietoxissilano), GLYMO
(3-glicidoxipropiltrietóxissilano), TEOS (tetraetilortosilicato). As NP de TiO2 (mistura
anatase e rutila) foram adicionadas na forma de suspensão 10% (_:V) em água.
Foram preparadas soluções com diferentes volumes da suspensão de nanopartículas
de TiO2 iguais a 10, 20, 30, 50, 100 e 200µL respectivamente. Os filmes foram
caracterizados através de espectroscopia de absorção na região do UV-visível. Os pós
obtidos oração das soluções à temperatura ambiente foram caracterizados por
espectroscopia Raman.

Agradecimento: CAPES, CNPq.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 108
Instituto de Química de São Carlos

Estudos do comportamento térmico do Cloridrato de Diltiazem

Autores:
Luis Carlos M. Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP
Éder Tadeu Gomes Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Diltiazem TG DSC

O cloridrato de diltiazem (DTZ.HCl, (+)-5-[2-(dimetilamino)etil]-cis,2,3-dihidro-3-hidroxi-


2-(p-metoxifenil)-1,5-benzotiazepina-4(5H)-um acetato mono cloridrato), que pertence
ao grupo das benzotiazepinas, é antihipertensivo da classe dos bloqueadores dos
canais de cálcio e amplamente usado nos tratamentos de arritmias e hipertensão.
Curvas termoanalíticas (TG/DTG e DTA) do DTZ.HCl foram obtidas em um módulo
SDT Q600 (TA Instruments) sob atmosferas de ar e N2 (100 mL min-1), razão de
aquecimento de 10oC min-1, usando amostras com massas de 7 mg em cadinhos de
alumina, por aquecimento da temperatura ambiente até 800oC. A Calorimetria
Exploratória Diferencial (DSC) foi obtida em um módulo DSC Q10 (TA Instruments),
com panela de alumínio fechada e furo no centro. As amostras foram submetidas a
dois ciclos sucessivos de resfriamento-aquecimento, razão de 10oC min-1, de -50 a
250oC. As curvas TG-DTA em atmosfera de N2, a substância decompõe-se em uma
única etapa após o ponto de fusão, enquanto em atmosfera oxidante decompõe-se em
duas etapas, sendo a primeira em 217 – 450oC (perda de massa de 70,99%) e a
segunda em 450 – 620oC (perda de massa de 27,08%). Em ambos os casos
observaram-se uma pequena perda de massa em torno de 5% após a fusão da
amostra. A curva de DSC do DTZ.HCl sob N2 entre -50 e 250oC apresenta o pico do
ponto de fusão em 216,6oC (onset 213,8oC, ∆Hfus = 119,8 J g-1). A amostra
aquecida até 250oC apresentou o pico do ponto de fusão deslocado para 208,5oC
(onset 201,7oC, ∆Hfus = 95,20 J g-1), confirmando que ocorreram mudanças na
estrutura. A amostra aquecida até 350oC não apresentou ponto de fusão, sugerindo
que é amorfa. Diferentes amostras foram aquecidas em um tubo de ensaio até 250oC
e 350oC e ambos os sólidos e voláteis foram recolhidos e caracterizados por FTIR,
sugerindo que a pequena perda de massa é devido à saída de dimetilamina.

Agradecimento: CNPq, CAPES, FAPESP (06/06633-6).

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 109
Instituto de Química de São Carlos

Síntese e análise por Raman e Infravermelho dos Inosinatos de metais alcalinos


terrosos

Autores:
Luis Carlos M. Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP
Diego Borba dos Santos – Instituto de Química de São Carlos, USP
Éder Tadeu Gomes Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: inosinatos Raman metais alcalinos terrosos

A literatura descreve a preparação de sais de íons de metais alcalinos terrosos a partir


do ácido inosínico H2(5’-IMP)1. Neste trabalho, descreve-se a síntese dos mesmos
sais a partir do sal de sódio da inosina-5’-monofosfato (Na2(5’-IMP).7,5H2O), os sais
foram obtidos usando-se os cloretos de Mg2+, Ca2+, Ba2+ e Sr2+. Os inosinatos dos
sais de metais alcalinos terrosos foram caracterizados por Espectroscopia Raman e na
região do Infravermelho. Para a determinação da estequiometria, os sais foram
titulados com EDTA. Os sais obtidos se apresentam na forma de cristais brancos ou
esbranquiçados, inodoros e solúveis em água. As principais bandas Raman e IV,
características das ligações dos metais com o nucleotídeos, foram observadas,
conforme demonstrado na Tabela 1. As proporções metal ligante obtidas foram de 1:1
para os metais de Cálcio, Estrôncio e Bário, mas para o metal Magnésio ligante
observou-se uma proporção de 0,85:1. Tabela 1. Principais bandas Raman e na
região do infravermelho

bandas Raman Infravermelho


υPO32- υN(7)C(8)+δC(8)H υ PO32- υN(7)C(8)+υ
-1
υC(8)H
-1
Sal* (cm ) (cm-1) -1
(cm ) (cm )

Mg(5´-IMP).3H2O 1003-962 1509 980 1468


Ca(5´IMP).6H2O 974 1485 - 1472 984 1472 - 1454
Ba(5´IMP).6H2O 976 1478 - 1466 976 1478 - 1466
Sr(5´IMP).6H2O 974 1482 - 1462 980 1483 - 1470
*estequiometria proposta com base na literatura para as águas de hidratação

Os resultados das análises espectroscópicas indicam que os sais de metais alcalinos


terrosos derivados do Na2(5´-IMP) foram obtidos.

1 Tajmir-Riari, H. e A.; Theophanides, T.Can. J. Chem. 1985, 63, 2065.

Agradecimento: CNPq, CAPES, FAPESP (06/06633-6).

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 110
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento e avaliação da espectroscopia de RMN-eletroquímica de alta


resolução para análises in situ

Autores:
Luiza M. S. Nunes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Lúcio L. Barbosa – Universidade Federal do Espírito Santo
Luiz H. Mazo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luiz A. Colnago – Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras-chave: RMN, Eletroquímica, análise in situ

Sabendo da potencialidade da espectroscopia de RMN-EQ1, acoplamento da


espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear com a técnica eletroquímica, o
presente trabalho tem como principal objetivo desenvolver e avaliar a espectroscopia
de RMN-Eletroquímica de Alta Resolução para análises in situ. Para isso, foi
necessário o estudo das interferências do tipo de material de eletrodos na
radiofreqüência (RF) bem como a influência da RF sobre as medidas eletroquímicas, a
definição das condições eletroquímicas e espectroscópicas para obtenção de uma
melhor resposta analítica. As medidas espectroeletroquímicas in situ foram realizadas
com o potenciostato Palm Sens (Palm Instruments BV) acoplado ao espectrômetro de
alta resolução (Varian modelo Inova 400) pela introdução da célula com três eletrodos
dentro da sonda de RMN de 10 mm. O potenciostato foi colocado a três metros do
magneto supercondutor para evitar interferência da radiofrequência. A célula RMN-
Eletroquímica de Alta Resolução foi construída para operar sob condições estáticas,
com sistema convencional de três eletrodos em um tubo de RMN de 10 mm, utilizando
a fibra de carbono como eletrodo de trabalho (ET) e contra-eletrodo (CE) e um fio de
prata como eletrodo de referência (ER). A célula RMN-Eletroquímica de Alta
Resolução construída neste trabalho possibilitou a aquisição in situ de espectros de
RMN de 1H em intervalos de tempo durante a eletrólise do 9-cloroantraceno. Os
resultados obtidos mostraram a possibilidade de identificação e obtenção em tempo
real de produtos de uma reação eletroquímica.

Referência Bibliográfica
1. Klod, S.; Ziegs, F.; Dunsch, L.; Anal. Chem., 2009, 81, 10262-10267.

Agradecimento: FAPESP, EMBRAPA Instrumentação Agropecuária

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 111
Instituto de Química de São Carlos

Determinação das propriedades fotofísicas da pseudoisocianina no


microdomínio hidrotrópico e em diferentes solventes

Autores:
Lukese Rosa Menegussi – Instituto de Química de São Carlos, USP
Miguel G. Neumann – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carla S. Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Neste trabalho foram estudadas algumas propriedades fotofísicas do corante


pseudoisocianina (PIC+) na presença de hidrótropos e em diferentes solventes:
metanol, etanol, butanol e etileno glicol. As medidas de fluorescência estacionária
mostraram o aumento da intensidade de emissão com o aumento da concentração de
toluenossulfonato de sódio (TSS) e estirenossulfonato de sódio (ESS). Esses efeitos
assemelham-se ao sistema corante em solução de ácido polimetacrílico (PMAA) de
baixo pH [1]. Medidas de absorção eletrônica e fluorescência do PIC+ em diferentes
solventes mostraram que a viscosidade e a polaridade do solvente são importantes na
avaliação fotofísica do corante. A emissão de fluorescência do corante aumenta com o
a viscosidade do solvente, pois, meios mais rígidos dificultam o movimento de rotação
dos anéis ao redor do grupo metino, o que minimiza as perdas de energia por
desativação não-radiativa. Estruturas dos principais compostos:

H2 C CH CH3

N+ N
SO3- Na+ SO3- Na+

PIC+ ESS TSS


[1] G. Jones II and C. Oh, J. Phys. Chem. 98 (1994), p. 2367-2376.

Agradecimento: CNPq, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 112
Instituto de Química de São Carlos

Sobre o mecanismo da eletrooxidação de monocamada de CO

Autores:
Manuel J S Farias – Instituto de Química de São Carlos, USP
Germano Tremiliosi-Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: CO; Lagmuir-Hinshelwood; nucleação e crescimento

O trabalho de Gilman [J.Phys.Chem.68(1964)70] permitiu se dar uma interpretação de


passos de reação para a eletrooxidação do CO, hoje denominados Langmuir-
Hinshelwood (L-H). Simplificadamente: 2H2O+*Pt OHads.+H3O++e-metal (1);
COads.+OHads.→COOHads. (2) e COOHads. + H2Osol. →CO2 + 2*Pt + H3O+ + e-
metal (3). A aplicação das condições de aproximação de campo médio permite a
obtenção de um modelo cinético, cujas transientes j(t)/cm-2 vs. t são simétricos e
jmáx. ocorre quando θCO θOH. Há implicito nesse modelo é que o coeficiente de
difusão do COads. deve ser funcionalmente da ordem >10-13 cm2 s-1. Entretanto,
levando-se em conta a formação de fases do precursor fonte de oxigênio (cinética de
Nucleação e Crescimento), McCallum et al. [J.Electroanal.Chem.70(1976)277] e Love
e et al. [ACS Simposium. (1988)484], estudaram dois campos limites: um é a
nucleação progressiva, caso em que os núcleos de precursor oxigenado são ativados
em função do tempo e nucleação instantânea, que é o caso em que todos núcleos são
ativados ao mesmo tempo e estes apenas crecem como uma função do tempo.
Diferente do primeiro modelo, o modelo nucleção e crecimento não prever transientes
simétrcos. Os extremos entre os modelos nucleção e crescimento podem ser
distinguidos a partir da separação entre j/jmáx. vs. t/tmáx. A oxidação do CO (Eads.=
0,1 V vs ERH) foi realizada em Pt (111) e (554) em HClO4 0,1 M, com a aplicação de
(duplo, triplo...) saltos potenciostáticos. Todas as experiências foram realizadas pelo
menos três vezes. Diferente do que prever o modelo de cinética L-H campo médio,
todos os transientes aqui coletados são assimétricos.. Estudos espectroscópicos,
nossos e da literatura, sugerem que o COads. forma ilhas. Isto sugere uma
inadequação das premissas básicas do modelo de Campo Médio para essa reação.
De acordo com Lebedeva et al. [J.Phys.Chem.B, 106(2002)12938], a ocupação da
superfície Pt(hkl) com CO se dá prefencialmente a partir das quinas. Nossas
experiências sugerem que o CO após intergir com a superfície, este não apresenta
difusividade, em razão que as quinas (110) e terraças (111) são ocupadas na mesma
proporção. Saltos potenciostáticos mostram que a aplicação do pré-pulso (5-20ms) de
potencial acima do potencial de oxidação do CO, aumenta a taxa da reação.
Verificamos que se o potencial for sucessivamente saltado no sentido 0,1 V → Eox. →
0,1 V..., os perfis dos transientes são similares aos transientes sem interrupções de
potenciais. Sugerimos que isto é devido não haver aparente modificação na
distribuição 2D dos reagentes durante os lapsos de potenciais. Para explicar este fato,
nós sugerimos que durante o salto 0,1 V → Eox. há a rápida formação de uma
estrutura de precursor fonte de oxigênio, quase-equilíbrio, que atinge as bordas das
ilhas de moléculas de CO, não permitindo que as periferias destas sejam destruídas
por difusão do COads.

Agradecimento: Os autores agradecem à CAPES e ao CNPq.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 113
Instituto de Química de São Carlos

Utilização de planejamento experimental e análise multivariada para otimizar as


condições de cultivo de fungos isolados do ambiente marinho, visando
aumentar a produção de compostos do metabolismo secundário

Autores:
Marcos Venícius de Castro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Roberto Gomes de Souza Berlinck – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Fungo; Marinho; Otimização

Fungos são organismos que estão presentes em quase todos os ambientes, e


produzem metabólitos secundários para sua sobrevivência em resposta à competição
e ao stress aos quais encontram-se expostos no ambiente em que vivem. Por isso, os
fungos apresentam grande potencial de utilização biotecnológica, mas muitas das
substâncias produzidas que possuem atividade biológica significativa e apresentam
importância farmacológica, são sintetizadas em baixas concentrações. A modificação
das condições de cultivo destes microrganismos pode levar a modificação das vias do
metabolismo secundário e assim aumentar a produção de metabólitos de interesse. O
uso de planejamento experimental e de estatística multivariada permite definir ou
selecionar as condições ótimas de medição experimental e assim extrair de dados
experimentais o máximo de informações, ao invés de variar um fator de cada vez. O
presente projeto objetiva aplicar métodos de planejamento experimental e análise
multivariada para testar 7 variáveis experimentais (pH, temperatura, concentração de
sais, tempo de cultivo, inoculo, agitação, concentração de malte) relacionadas ao
crescimento e produção de metabolitos secundários por duas espécies de fungos. A
resposta experimental será o incremento da produção de tais metabolitos, a ser
medida por técnicas de cromatografia líquida. Uma vez estabelecidas condições
ótimas para o crescimento e produção de metabolitos por estas duas linhagens, estas
condições serão utilizadas para a produção de maiores quantidades destas
substâncias objetivando seu isolamento, identificação e análise de suas atividades
biológicas.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 114
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de um método para medida de temperatura em sementes


intactas inseridas no solo por RMN

Autores:
Maria Gabriela Aparecida Carosio – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luiz Alberto Colnago – Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras-chave: CPMG; sementes; H1 RMN.

O conhecimento da temperatura do solo na região de plantio e diretamente nas


sementes tem grande interesse, principalmente com o aquecimento global que poderá
elevar a temperatura do ar e do solo. Atualmente esses estudos são realizados com
termômetros convencionais. O sinal de RMN de óleo em sementes medido com a
técnica CPMG é muito sensível à temperatura. Assim esse trabalho tem por objetivo
avaliar o uso de técnicas de RMN em baixo campo para medidas de temperatura e
transferência de calor em colunas de solos, usando como sonda, sementes
oleaginosas. Foram escolhidas algumas sementes oleaginosas (macadâmia, soja,
avelã) e vários tipos de latossolos (LVE, LVA, entre outros). Os experimentos foram
conduzidos em um equipamento de bancada de RMN da marca Spin Lock e as
seqüências analisadas foram a CPMG e CWFP. Assim, estabeleceu-se a relação
entre os tempos de relaxação e a temperatura – Figura 1 e a partir dela calculou-se a
difusividade térmica (D) de alguns tipos de solo – tabela 1. Analisando os dados
obtidos, a técnica CPMG mostrou-se boa e aplicável para obter valores de
temperatura, usando como sonda uma semente oleaginosa.

Figura 1. Decaimentos dos sinais de CPMG (dir) e difusividades térmicas para os solos (esq).

Referência Bibliográfica
1. Prestes, R. A., Colango, L. A., Forato, L. A., Vizzotto, L., Novotny, E. H.,
Carilho, Analytica Chimica Acta, 2007, v.596, p.325 – 329.

Agradecimento: FAPESP, EMBRAPA Instrumentação Agropecuária

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 115
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de elétrodo modificado quimicamente (EQM) com azul de


metileno para aplicação eletroanalítica

Autores:
Maria Inês da Costa Marinho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fabiano Okumura – Instituto de Química de São Carlos, USP
Murilo F. Cabral – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcelo Calegaro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luiz H. Mazo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Azul de Metileno, eletropolimerização, eletrodo modificado


quimicamente

O azul de metileno (AM) é um composto fenotiazínico que apresenta apenas grupos


aminos terciários em sua estrutura. Em função disso, o polímero de azul de metileno
(PAM) é formado por eletropolimerização de AM em meio alcalino sobre a superfície
de um eletrodo de carbono vítreo. O PAM preparado neste trabalho apresentou
propriedades características dos EQMs como alta condutividade, alta reversibilidade
redox, alta sensibilidade e seletividade na análise das substâncias de interesse. Uma
célula eletroquímica convencional com três eletrodos foi utilizada, sendo que um
eletrodo de Ag/AgCl (sat. KCl 3M) foi o eletrodo de referência, uma placa de platina foi
o contra-eletrodo e um eletrodo de carbono vítreo (CV) (A= 0,18 cm2) modificado com
o PAM foi o eletrodo de trabalho. Os filmes de PAM foram preparados por voltametria
cíclica, 30 cilcos entre -0.4 e 1.2 V com v = 50 mV s-1. Com os dados obtidos por
voltametria cíclica foi possível obter os parâmetros de caracterização eletroquímica
dos filmes de PAM, como: área de excesso superficial de 7,90 x 10-9 moL cm-2, 39
monocamadas e espessura por monocamada de 8 Å. O filme de PAM é estável após
100 ciclos no intervalo de potencial entre -0,4 a 0,5 V. Na presença de ácido
ascórbico, fármacos e glifosato obteve-se uma resposta eletroquímica em um
potencial menor do que o observado no CV indicando um efeito eletrocatalítico do
PAM. O polímero de azul de metileno mostrou ser estável e eletroativo para o estudo
com o ácido ascórbico e, aplicável na detecção direta de fármacos e glifosato.

Agradecimento: CNPq, FAPESP e CAPES.

1Karyakin, A. A., Karyakina, E. E., e Schmidt, Electroanalysis 1999, 11, 3.


2Barsan, M. M., Pinto, E. M., Brett, C. M. A., Electrochimica Acta 2008, 53, 3973-3982.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 116
Instituto de Química de São Carlos

Uma síntese “verde” para a conversão regiosseletiva de epóxidos em


cloroidrinas aromáticas

Autores:
Mariana Provedel. Martins – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ana Maria Mouad – Instituto de Química de São Carlos, USP
André Luiz Meleiro Porto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Epóxidos, Cloroidrinas, Química Verde .

Haloidrinas são intermediários sintéticos úteis e de amplas aplicações em química


orgânica. Os reagentes convencionais para a abertura do anel oxirano convertendo-o
em haloidrina são os haletos de hidrogênio. Contudo, essa conversão apresenta a
desvantagem da intolerância à acidez do meio e a formação de subprodutos
indesejáveis. Uma variedade de outros reagentes, como haletos de amônio na
presença de sais metálicos e particularmente haletos de diferentes elementos como P,
Al, Fe, Cu e Li estão também disponíveis para essa transformação, apesar de
apresentarem ainda baixos rendimentos. Nesse trabalho, apresentamos um método
simples e com bons rendimentos para a obtenção de cloroidrinas, a partir de epóxidos
e NaCl. Como pode ser observado no esquema 1, as reações dos epóxidos 1-4 com
NaCl e H2O apresentaram ótimos rendimentos para as sínteses das cloroidrinas 1a-
4a. Vale ressalvar o interesse ambiental da metodologia empregada, pois está de
acordo com os princípios propostos pela química verde, apresentando baixo impacto
ambiental, com o uso de reagente e de solvente, como NaCl e água, com baixas
toxicidades. Além disso, as reações se procedem à temperatura ambiente,
minimizando o consumo de energia. Os bons rendimentos reacionais indicaram
ausência de subprodutos, evitando gastos com tratamentos e purificação das
cloroidrinas 1a-4a. A próxima etapa do trabalho será obter as cloridrinas nas formas
enantioméricas por resolução enzimática com lipase.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 117
Instituto de Química de São Carlos

Efeito da adição de polióis no comportamento reológico de blendas de


quitosana e amido com alto teor de amilopectina

Autores:
Marilia Marta Horn – Instituto de Química de São Carlos, USP
Virginia C.Amaro Martins – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ana Maria de G. Plepis – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: quitosana, amido, reologia.

O objetivo deste trabalho foi a preparação e caracterização reológica de


blendas de quitosana:amido utilizando-se os polióis: glicerol (GL), sorbitol (SO) e
etilenoglicol (EG). O amido de milho (Sigma-Aldrich) composto por 100% de
amilopectina foi gelatinizado a 90°C por 30 min e f oi obtida uma solução 2,0%. A
quitosana foi obtida a partir de gládios de lula por processos de desmineralização,
desproteinização e desacetilação uma solução 1,0% foi preparada pela dissolução em
ácido acético 1%. As blendas foram obtidas pela mistura da solução de amido com
plastificante seguida da adição da solução de quitosana em proporção
quitosana:amido:plastificante (1:2:1). Os ensaios de reologia oscilatória (Reômetro AR
- 1000N da TA Instruments) foram realizados com uma geometria cone-placa (60 mm
e 30') e “gap”de 15 µm. Os ensaios de oscilação foram feitos a 25°C, fre qüência (v) de
1,0 Hz e variação na tensão de oscilação de 0,01 a 100 Pa. A varredura de
temperatura foi feita de 25 a 80°C a v = 1,0 Hz, deformação (γ) de 10% e uma razão
de aquecimento de 5°C min -1. Os ensaios de varredura de freqüência (25°C) fora m
feitos de 0,1 a 200 rad s-1 com γ de 10%. Os ensaios de fluxo foram realizados de 0,01
a 100 Pa a T = 25°C. O valor de γ obtido através da determinação da região
viscoelástica foi de 10%. Os resultados de variação de v mostram que para todas as
blendas G" é maior que G' indicando um comportamento viscoso, sendo que para a
blenda sem poliol os módulos de G' e G" são ligeiramente maiores. As temperaturas
de gelificação para as blendas foram: sem poliol (41,4°C), EG (49,0°C), GL (49,9°C) e
SO (51,2°C) indicando uma tendência no aumento com a adição dos polióis. As curvas
de viscosidade mostram diferenças a baixo cisalhamento (2 s-1) indicando que a
adição de polióis diminui a viscosidade das blendas. As curvas de fluxo (tensão de
cisalhamento x taxa de cisalhamento) indicam que todas as blendas formadas exibem
uma característica pseudoplástica e um comportamento não-Newtoniano. Esses
resultados mostram a variação das propriedades reológicas em função dos diferentes
polióis.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 118
Instituto de Química de São Carlos

A aula de laboratório no ensino superior de Química

Autores:
Matheus Sousa Sato – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Aprigio da Silva Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: aulas de laboratório, currículo, ensino superior.

A reforma curricular é um assunto que vêm sendo muito debatido no meio acadêmico.
Não só por pesquisadores da área, mas também alunos que sentem a necessidade de
modificações nas grades curriculares. O currículo conteudista, que disponibiliza um
grande volume de informações, que forma profissionais despreparados deve ser
substituído por um currículo com uma formação mais abrangente, focada nos
interesses de mercado e principalmente do aluno, formando profissionais não só
preparados para as necessidades do mercado, mas também cientes das relações de
sua área com a comunidade no âmbito cultural, social e político (formação mais
humanística). Esta nova formação deve procurar formar cidadãos críticos, que
questionem as interações da Química com a sociedade, busquem respostas para
problemas pessoais e coletivos, tenham soluções criativas para esses problemas. Um
espírito investigativo deve ser desenvolvido no formando. Muitas abordagens do
laboratório didático podem auxiliar esta formação designada pelo currículo, sendo
algumas dessas muito divulgadas e defendidas na literatura. A didática laboratorial se
bem aplicada pode contribuir para a formação do aluno, tornando-o um profissional de
Química consciente das suas funções, capacidades e habilidades. Sabendo das
necessidades de reestruturação do currículo e da contribuição que as aulas
laboratoriais podem ter na formação do estudante; um dos pontos cruciais a serem
analisados são as aulas prático-experimentais que podem contribuir ou dificultar as
adaptações das instituições de ensino superior a novas tendências. Busca-se neste
trabalho analisar a didática aplicada nas aulas prático-experimentais para uma
avaliação da contribuição das mesmas para a aprendizagem significativa do
estudante.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 119
Instituto de Química de São Carlos

Reação de nitrosilos complexos de rutênio com Tióis

Autores:
Maykon Lima Souza – Instituto de Química de São Carlos, USP
Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Tióis, óxido nítrico e nitrosilo complexo

Nitrosilos complexos de rutênio demonstraram ser eficientes contra os tripanomatideos


responsáveis pelas doenças de chagas e leishimaniose. Esta eficiência foi atribuida a
capacidade desses complexos liberarem NO0 ou HNO após a redução por moléculas
biológicas. O presente trabalho descreve a reação do nitrosilo complexo trans-
[RuII(NO+)(NH3)4(4-pic)]3+ com glutationa (GSH) em pH 7,4 e 25ºC, usando técnicas
como, EPR, Stopped Flow, Espectroscopia de Massas (LC/MS/MS) e
Cronoamperometria (eletrodo de NO). Por meio de um eletrodo seletivo de NO foi
possível claramente observar e quantificar a liberação de NO0 no curso da reação.
Evidência da formação de HNO foi obtida na reação com ferrimioglobina. O complexo
trans-[RuII(NH3)4(4-pic)(H2O)]2+, co-produto da reação, foi detectado por UV-vis pela
formação da espécie trans-[RuII(NH3)4(4-pic)(pz)]2+ adicionando excesso de pirazina
(pz) ao meio. Foi observado por espectroscopia de massas a formação de glutationa
oxidada m/z = 613 e por EPR uma espécie de Ru(III) de simetria axial, apresentando
g┴ = 2,28 e g║ = 1,88. Baseado nos espectros eletrônicos foi proposto inicialmente a
formação de duas espécies intermediárias. A espécie (1), trans-[RuII(NH3)4(4-
pic)N(O)SG]2+, λmax = 405nm, é formada com uma constante de velocidade
específica de k1 = 7.1×103 molL-1s-1 e k-1 = 42 s-1 calculadas usando a técnica de
stopped flow. A espécie (2), trans-[RuII(NH3)4(4-pic)N(O)(SG)2]+, λmax = 336nm,
seria formada pela interação de uma segunda molécula de glutationa com a espécie
(1), com k2 = 5.9 molL-1s-1 e k-2 = 0,05 s-1. A espécie (2) geraria os produtos
observados: trans-[RuII(NH3)4(4-pic)(H2O)]2+, Ru(III), NO0, HNO e GSSG. Portanto,
nossos dados sugerem que a glutationa, assim como outros tióis presente no meio
biológico, pode promover a redução do óxido nítrico e a correspondente liberação de
HNO e NO0.

Agradecimento: CNPq, CAPES e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 120
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento, avaliação e aplicação de um sistema de cromatografia gasosa


utilizando alta pressão

Autores:
Meire R Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fernando Mauro Lanças – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: Coluna empacotada, cromatografia gasosa e alta pressão

A cromatografia é uma técnica de separação cuja classificação se dá por meio do


estado físico da fase móvel (líquido, gasoso, supercrítico, entre outros). Dentre as
técnicas cromatográficas a cromatografia gasosa se destaca por ser a mais utilizada e
conhecida, isto se deve ao alto poder de resolução, à possibilidade de detecção em
escala de nano a picogramas e de simples utilização. Embora esta técnica tenha sido
bastante estudada existem ainda algumas vertentes que podem ser exploradas, sendo
uma delas a cromatografia gasosa utilizando alta pressão. Neste trabalho, um sistema
instrumental versátil para cromatografia gasosa de alta pressão é proposto, o qual
utiliza a vantagem da alta pressão de entrada na coluna capilar empacotada com
partículas pequenas, favorecendo análises de alguns compostos com alta massa
molecular que geralmente são analisados por cromatografia líquida. A instrumentação
proposta é composta por um cromatógrafo gasoso equipado com o detector tipo F.I.D.
e um sistema de injeção modificado para que o mesmo suporte as altas pressões de
entrada. As colunas capilares empacotadas serão obtidas pelo método “slurry packed”
sendo que parâmetros como comprimento, diâmetro da coluna e o diâmetro das
partículas de empacotamento serão variados. A escolha da coluna será realizada a
partir de curvas de eficiência de Van Deemter estudando as melhores condições de
pressão, velocidade linear e altura de pratos teóricos para desta forma aplicar o
sistema em uma amostra real.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 121
Instituto de Química de São Carlos

Eletroxidação de etanol em elétrodos de platina modificados por ródio – estudos


em elétrodos de catalisadores dispersos e elétrodos monocristalinos

Autores:
Melina D´Villa Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Juan M. Feliu – Universidad de Alicante, Espanha
Germano Tremilliosi Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP

No presente trabalho foram estudados catalisadores dispersos em carbono de Pt ,


PtRh e PtRhRu para eletroxidação de etanol. Os catalisadores foram preparados em
ultrasom e caracterizados por EDX, DRX e MET e sua atividade catalítica estudada
através das técnicas de voltametria cíclica e DEMS. Os resultados experimentais
indicaram que a adição de ródio diminui o potencial de início de oxidação de etanol,
embora diminua a corrente faradáica. Os estudos de DEMS mostraram que com a
presença de ródio há um aumento na produção de CO2. Devido a isso, estudos
fundamentais em monocristais de de Pt (111), Pt (110) e Pt (100) modificados com
depósitos de Rh foram realizados. Os depósitos foram feitos pelo método
eletroquímico e diferentes graus de recobrimentos estudados para a eletroxidação de
etanol A atividade catalítica foi avaliada por voltametria cíclica e cronoamperometria.
Os resultados mostraram que quanto maior a quantidade de ródio na superfície menor
é a corrente obtida na oxidação de etanol. Dentre os eletrodos estudados o Pt (100)
apresentou melhor atividade para etanol. Os estudos com monocristais corroboraram
com os resultados obtidos para os catalisadores dispersos em carbono.

Agradecimento: FAPESP, CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 122
Instituto de Química de São Carlos

Diagramas de fase de alta resolução da dinâmica oscilatória em um modelo


eletroquímico

Autores:
Melke A. Nascimento – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: eletroquímica, caos, diagrama de fase

Auto-organização dinâmica em sistemas afastados do estado de equilíbrio


termodinâmico ocorre em vários sistemas, incluindo os químicos. Particularmente nas
reações que ocorrem na interface sólido/líquido eletrificada, são muitos os exemplos
de processos oscilatórios. Entre estes sistemas, os que envolvem a eletro-oxidação de
moléculas orgânicas pequenas são de interesse fundamental e aplicado. Estudou-se
neste trabalho a dinâmica do modelo genérico proposto por Krischer [1] para estes
sistemas:

onde as variáveis que evoluem no tempo são: o potencial na dupla-camada no


eletrodo (φ), a concentração da espécie eletroativa (c) e o recobrimento superficial da
espécie que envenena (φ). Os parâmetros , µ, U e ρ são respectivamente o termo
capacitivo indicando a escala de tempo da variação de potencial, a escala de tempo
das variações da concentração, o potencial aplicado e a resistência total. As
constantes de velocidade e recobrimento são definidas por k e 0, respectivamente.
Em lugar da análise tradicional, a dinâmica do modelo foi caracterizada por meio de
diagramas de fase de alta resolução no plano ρ versus U. Os resultados são
apresentados em termos do expoente Lyapunov computado em duas dimensões.
Como principal resultado, cita-se a observação de auto-organização dos domínios
periódicos embutidos nas regiões caóticas.

Agradecimento: às agências de fomento FAPESP e CNPQ

[1] Krischer K., Modern Aspects of Electrochemistry, N0 32, ed: B. E. Conway, New York 1999

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 123
Instituto de Química de São Carlos

Uma regra de polarização para funções de base Gaussianas desenvolvidas pelo


método da coordenada geradora Hartree-Fock polinomial

Autores:
Milena Palhares Maringolo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Albérico Borges Ferreira da Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Funcões de Polarização, Funções de Base e Método da

Coordenada Geradora Hartree-Fock Polinomial. O Método da Coordenada Geradora


Hartree-Fock Polinomial (pMCGHF), desenvolvido por R.C. Barbosa e A.B.F. da Silva
(Barbosa e Da Silva, 2003), é uma ferramenta matemática valiosa que permite gerar
funções de base (também conhecidas como conjuntos de base). As funções de base
geradas por este método têm um bom comportamento e são capazes de calcular
valores precisos de propriedades eletrônicas moleculares. Porém, depois de gerar
funções de base do hidrogênio até o flúor (Comarjunior, 2005), fez–se necessário a
adição de expoentes à função de base, correspondentes a cada átomo, para melhor
adaptação à realização dos cálculos moleculares. Estas funções adicionais são o que
chamamos de funções de polarização. A adição de funções de polarização, através de
otimização computacional, é muito custosa e deste modo o desenvolvimento de uma
regra de polarização para se esquivar desta otimização é de grande importância. Este
procedimento reduz drasticamente o tempo computacional porque permite selecionar,
de uma maneira simples, expoentes da própria função de base primitiva para serem
usadas nas funções de polarização d, f, g, etc.

Agradecimento: CNPq

Referências Bibliográficas
BARBOSA, R. C.; DA SILVA, A. B. F. A new proposal for the discretization of the Griffin-
Wheeler-Hartree-Fock equations. Molecular physics [S.I.], v. 101, n. 8, p. 5, 2003.

COMARJUNIOR, M. Geração de conjuntos de base gaussianos contraídos e polarizados para


átomos da primeira fila da tabela periódica para aplicação em cálculos ab initio de propriedades
atômicas e moleculares. (2005). Tese de Doutorado. Instituto de Química de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
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IQSC”
Universidade de São Paulo 124
Instituto de Química de São Carlos

Estudo Estereoquímico do Pd (C2, N-dmpa)(N3)]2(µ-dppe)

Autores:
Milene Ap Rodrigues de Oliveira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Maria Teresa P Gambardella– Instituto de Química de São Carlos, USP
A. C F Caíres – Universidade de Mogi das Cruzes

Palavras chave: Raio-X, ciclopaladado, antitumoral

A classe dos compostos ciclopaladados tem despertado grande interesse como


agentes antineoplásicos por produzirem complexos estáveis o suficiente para
permitirem uma eficaz ação da droga no organismo em concentrações muito baixas,
em relação aos compostos análogos de platina. Estudos estereoquímicos sobre os
ciclopaladados com atividade antitumoral mostraram que os compostos devem ter
uma geometria quadrado planar em torno do íon metálico[1]. A estrutura cristalina do
Pd(C2, N-dmpa)(N3)]2(µ-dppe) (Fig1), foi determinada por difração de raios-X.
Parâmetros cristalográficos obtidos: Grupo Espacial = P21/c ; a = 6,1467(1), b =
28,4801 (5), c = 10,6175(3)Å, β = 103,06(2)0; Z = 4; Refl. Coletadas = 5252; Refl.
Independentes = 2402; R(int) = 0,0921; N0 de Parâmetros = 187; R1[I>2(I)] = 0,086;
wR2[I>2(I)]= 0,228; R1[total] = 0,185; wR2[total] = 0,288, S = 1,142. O átomo de
paládio apresenta geometria quadrado planar, coordenado a Csp [Pd- C1 1,910(1) Å],
Csp2 [Pd-C8 2,006(1) Å], N [Pd-N2 2,074(1) Å] e Cl [Pd-Cl1 2,391(3) Å]. A análise dos
dados foi feita por comparação, através do programa MOGUL, da base de dados
CCDC[2], que compara distâncias e ângulos de ligação de mesmo tipo. Para a ligação
C1-N1(1,133(2) Å), encontrou-se 27 estruturas semelhantes e a média para essa
ligação foi de 1,134(9) Å. Para a ligação C8-Pd(2,003(1) Å) foram analisadas 19
estruturas e a média das distâncias encontrada foi de 2,009(7) Å, a ligação C1-Pd
(1,935(1) Å) foi comparada a 15 estruturas onde a média das distâncias foi de 1,942(3)
Å. Na estrutura foi verificada a presença de duas ligações de hidrogênio não
convencionais, C6-H6---Cl1 e C15-H15---Cl1. Existem ainda interações do tipo π···π
entre os anéis formados pelos átomos de C9-C14, de moléculas vizinhas relacionadas
por centro de simetria, que também influenciam no empacotamento na cela unitária.

Figura 1. Representação ORTEP da estrutura (a), das ligações de hidrogênio não


convencionais(b) e das interações π···π entre os anéis(c).

[1]Caíres, A.C.F; Almeida, E.T; Mauro, A.E; Hemerly, J.P; Valentini,S.R, Química Nova; v.22
n.3, pg. 329, 1999. [2] ALLEN, F.H. The Cambridge Structural Database: a quarter of a million
crystal structures and rising, Acta Crystallographica Section B, v.58, p. 380, 2002.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 125
Instituto de Química de São Carlos

Atividade anti-adesiva de ramnolipídeos sobre Staphylococcus aureus .

Autores:
Milene Z. do Valle Gomes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcia Nitschke – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marina M. Massocco – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Biofilmes, adesão bacteriana, S. aureus, ramnolipídeo.

Staphylococcus aureus estão comumente envolvidos em infecções geradas por


ingestão de alimentos contaminados. O S. aureus é capaz de aderir a superfícies
utilizadas na indústria alimentícia e conseqüentemente produzir biofilmes. Para evitar a
adesão bacteriana, uma proposta é o uso de biossurfatantes, que são compostos
tensoativos de origem microbiana, que apresentam baixa toxicidade e são altamente
biodegradáveis. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade anti-adesiva de soluções
aquosas de ramnolipídeo1,0%, 0,5%, 0,25% sobre S. aureus em superfície de
poliestireno. A superfície foi condicionada com a adição de 200 µL da solução aquosa
de ramnolipídeo deixando-se em contato por 24 horas a 25°C. Alíquot as de 20 µL da
suspensão bacteriana foram inoculadas na microplaca de poliestireno contendo 180
µL de caldo de cultivo, incubando-se a 35°C. A adesã o bac teriana foi visualizada pela
coloração com cristal violeta 1%. O corante foi extraído com solução de ácido acético
glacial procedendo-se a leitura da densidade ótica da solução a 550nm. O
ramnolipídeo reduziu a adesão da bactéria em todas as concentrações testadas,
sendo que a concentração de 1% apresentou os melhores resultados, gerando uma
redução média de 67,8% durante as 48 h de crescimento. Conclui-se que os
ramnolípideos apresentam potencial para uso no controle de adesão de S. aureus em
superfície de poliestireno, e que a concentração de 1% é a mais eficaz para a redução
da adesão deste patógeno.

Agradecimento:FAPESP e CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
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IQSC”
Universidade de São Paulo 126
Instituto de Química de São Carlos

Biossensores de pasta de carbono e pasta de nanotubos de carbono


modificados com a enzima acetilcolinesterase para determinação de carbaril

Autores:
Murilo Teodoro Martinez – Instituto de Química de São Carlos, USP
Murilo Feitosa Cabral – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sergio Antonio Spinola Machado – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: biossensores, acetilcolinesterase, nanotubos de carbono.

Biossensores baseados no processo de inibição enzimática têm sido empregados na


determinação de substâncias de interesse ambiental, industrial e na saúde humana. A
acetilcolinesterase (AChE) é uma das mais utilizadas em biossensores, pois possui
uma alta especificidade e permite a detecção de pesticidas (ex: carbamatos) via
inibição de sua atividade. Nanotubos de carbono (NTC) são amplamente utilizados na
fabricação de biossensores devido suas singulares propriedades físicas, químicas,
mecânicas e ópticas. Neste trabalho, eletrodos de pasta de carbono (EPC) e eletrodos
de pasta de nanotubos de carbono (EPNTC) modificados com AchE foram estudados,
e a medida do sinal eletroquímico da tiocolina gerada enzimaticamente (e a inibição
deste) foi avaliada. Os eletrodos foram preparados na seguinte proporção em massa:
55% (m/m) de pó de grafite (PG) ou NTC, 25% (m/m) de AchE e 20% (m/m) de óleo
mineral Nujol@. Voltametria de Onda Quadrada (SWV) e Cronoamperometria (CA)
foram as técnicas utilizadas na análise da oxidação eletroquímica e enzimática do
substrato iodeto de acetiltiocolina (ASchI) 5,0x10-3 mol/L em tampão fosfato (PBS) 0,1
mol/L (pH 8,0).A otimização dos parâmetros eletródicos foi efetuada, com 25% (m/m)
da
quantidade de AchE na pasta, constante de Michaelis-Menten (Km) de 3,69x10-5
mol/L, tampão PBS pH 7,0, temperatura de 37ºC, potencial de trabalho em 300 mV e
12 minutos de tempo de incubação no pesticida. A técnica de CA foi utilizada, em PBS
pH 7,0, no método de determinação de carbaril. As curvas analíticas apresentaram
limites de detecção de 6,03x10-9 mol/L para o EPNTC e de 8,69x10-8 mol/L para o
EPC. O EPNTC apresentou um menor limite de quantificação (2,01x10-8 mol/L)
quando comparado com o EPC (2,90x10-7 mol/L).

Agradecimento: CNPQ FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 127
Instituto de Química de São Carlos

Degradação térmica de iso-α-ácidos em cerveja

Autores:
Natália E. C. de Almeida – Instituto de Química de São Carlos, USP
Daniel R. Cardoso – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: iso-α-ácidos, radical 1-hidroxietila, cerveja.

Os iso-α-ácidos (IAA) são importantes componentes responsáveis pelo sabor amargo,


qualidade e estabilidade da espuma na cerveja1, e reconhecidamente susceptíveis a
processos oxidativos2. O objetivo deste trabalho é a investigação da reatividade
destes compostos perante o radical 1-hidroxietila (HER), radical majoritário na cerveja.
Através de uma abordagem de cinética de competição, Esquema 1, foram obtidas as
constantes de velocidade aparentes da reação por spin-trapping/EPR e ESI-MS/MS,
pela caracterização e dosagem do aduto de spin formado. Os produtos da reação
entre o radical HER e os IAA foram determinados por LC-ESI-IT-MS/MS. Os gráficos
de %Inibição de formação do aduto*k2*[4POBN] vs. concentração de IAA foram
lineares e possibilitaram o cálculo das constantes de velocidade aparentes para a
reação estudada, apresentadas na Tabela 1.

Em suma, as técnicas spin-trapping/EPR e ESI-MS/MS mostraram-se equivalentes (p


=0,05) para a determinação das constantes de velocidade aparentes da reação entre o
radical HER e os IAA. Como produtos da reação foram identificados compostos
contendo uma função hidroxila adicionada ao grupo isohexenoil ou prenila dos IAA,
conhecidos como hidroxil-allo-iso-α-ácidos.

Agradecimento: FAPESP

1 Khatib, A.; Wilson, E. G.; Kim, H. K.; Supardi, M.; Choi, Y. H.; Verpoorte, R. Phytochemical
Analysis, 2007, 18, 371.
2 Huvaere, K.; Andersen, M. L.; Olsen, K.; Skibsted, L. H.; Heyerick. A.; De Keukeleire, D.
Chemistry-A European Journal, 2003, 9, 4693.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 128
Instituto de Química de São Carlos

Análise de estatinas em plasma humano por GC-MS utilizando SPME e


derivatização situ

Autores:
Natalia M. S. Sattolo – Instituto de Química de São Carlos, USP
Paulo C.F.L. Gomes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fernando M. Lanças – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: micro extração em fase sólida, cromatografia gasosa acoplada à


espectrometria de massas, estatinas.

As estatinas são drogas utilizadas no tratamento da hipercolesterolemia. Elas são


inibidores da HMG-CoA redutase, enzima que catalisa a conversão de HMG-CoA em
mevalonato, um passo limitante na biossíntese do colesterol. No entanto, as estatinas
podem apresentar alguns efeitos colaterais, tornando-se conveniente o
acompanhamento do nível de estatinas em fluidos biológicos a fim de estabelecer e
controlar adequadamente a dosagem, minimizando assim os efeitos adversos.
Técnicas cromatográficas, como a cromatografia gasosa apresentam diversas
aplicações na análise de fármacos em fluidos biológicos. Contudo, torna-se necessário
o uso de técnicas de preparo de amostras antes da análise por GC, sendo a
microextração em fase sólida uma importante tendência na miniaturização dessas
técnicas. A SPME integra a amostragem, extração e concentração dos analitos em
uma única etapa e também é adequada para as reações de derivatização. Dessa
forma, desenvolveu-se um método para análise de estatinas em plasma humano por
GC-MS utilizando derivatização in situ e SPME. As estatinas investigadas foram:
fluvastatina, atorvastatina e sinvastatina. A etapa de extração foi otimizada utilizando
1mL de plasma humano, 10mL de tampão borato 0,1M pH 10, 100µL do reagente
pareador iônico TBA-Br 0,1M e 30µL do reagente derivatizante dietil sulfato. Os
analitos foram extraídos durante 35 minutos utilizando fibra de PDMS-DVB. A
dessorção foi feita no injetor do GC a 260°C durant e 15 minutos. As condições
cromatográficas estabelecidas foram: coluna RTX®-5MS, modo de injeção splitless,
temperatura da interface de 310° C, temperatura do forno iniciando a 80ºC por 2
minutos, aumentando 30°C/min até 300°C mantendo a t emperatura por 4 minutos. A
identificação dos analitos foi feita através do monitoramento dos íons característicos
para cada composto na forma derivatizada.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 129
Instituto de Química de São Carlos

Vestibular da FUVEST: conhecimento químico, processo cognitivo e desmpenho

Autores:
Nicéa Quintino Amauro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antônio Aprigio da Silva Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-Chave: desempenho, vestibular, processo cognitivo.

Apresentamos o resumo dos estudos realizados que tem como objeto de pesquisa o
concurso vestibular da Fundação para o vestibular (FUVEST) que teve como objetivos
estudar a influência do sistema de verificação final de aprendizado sobre as práticas
de ensino de Química no nível médio. Para tanto, identificamos e caracterizamos o
nível de compreensão do conhecimento químico solicitados dos alunos egressos do
ensino médio brasileiro para a seleção dos futuros universitários. Focamos a nossa
investigação sobre as questões das provas de Química da segunda fase dos
concursos vestibulares da Universidade de São Paulo/USP, bem como sobre os
programas para a prova de química e o índice de discriminação nas provas da
Segunda Fase deste exame vestibulares, entre os anos de 1998 e 2008. O percurso
metodológico desenvolvido analisa as questões em três eixos: (1) tema do ensino de
química, que se utiliza da Proposta Curricular para o ensino de Química do estado de
São Paulo de 1998; (2) processo cognitivo, que tem como referencia a Taxonomia de
Bloom e (3) o desempenho médio dos candidatos nas questões das provas de
Química. A triangulação dos dados evidenciou o caráter normativo, orientador e
controlador deste exame sobre o sistema de ensino que o antecede, e em especial o
sistema de ensino médio.

Agradecimento: O presente estudo obteve financiamento da CAPES para seu


desenvolvimento.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 130
Instituto de Química de São Carlos

Estudo reológico comparativo entre géis de quitosana: gelatina e quitosana:


amido

Autores:
Nízia Sophia Mayer Denari – Instituto de Química de São Carlos, USP
Vírginia da Conceição Amaro Martins – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ana Maria de Guzzi Plepis – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: quitosana, amido, gelatina

Biomateriais obtidos a partir de polímeros naturais são utilizados em uma variedade de


aplicações medicinais, tal como a liberação controlada de fármacos. Através do estudo
reológico, comparando um biomaterial formado de quitosana e amido em ácido lático
com outro semelhante a este com substituição do amido por gelatina, pode-se analisar
a viscosidade do biomaterial e assim obter um filme de melhor qualidade. Este
trabalho tem como objetivo o estudo de propriedades reológicas de géis de
quitosana:gelatina e quitosana:amido, utilizando quitosana derivada da beta-quitina. A
quitosana foi extraída a partir de gládios de lula, passando por processos de
desmineralização, desproteinização,e desacetilação. A solução 1% de quitosana foi
preparada em ácido lático 1%. A solução de gelatina 2% foi preparada em ácido lático
1% a 60°C por 15 m inutos. Por fim, uma solução 2% de amido foi preparada em ácido
lático 1%, a 90°C por 30 minutos. Os géis foram pre parados misturando a solução de
quitosana à gelatina e ao amido, na proporção 1:2. As propriedades reológicas foram
feitas utilizando um reômetro com stress controlado (AR-1000N - TA Instruments).
Através dos dados obtidos, pode-se observar as temperaturas de gelificação dos dois
géis, sendo da quitosana:gelatina igual a 66,0°C e da quitosana:amido igual a 58,0°C.
Analisando o gráfico de G’e G” em função da frequência angular, o módulo elástico foi
predominante ao módulo viscoso, visto que o valor de G’ foi maior que G’’. Valores das
Energias de Ativação foram estimados, através da taxa de cisalhamento de ambas as
amostras, sendo quitosana:gelatina igual a 26,3 kJmol-1e quitosana:amido igual a 15,4
kJmol-1. Assim, pode-se concluir que a amostra quitosana:amido apresenta melhores
propriedades para a formação de filmes.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 131
Instituto de Química de São Carlos

Tratamento eletroquímico e eletroquímico fotoassistido na degradação de


efluentes da indústria têxtil

Autores:
Patrícia Alves – Instituto de Química de São Carlos, USP
Artur J. Motheo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: degradação eletroquímica, fotocatálitica, efluente têxtil.

Este trabalho apresenta o estudo da degradação eletroquímica e eletroquímica


fotoassistida de efluentes têxteis industriais. As amostras analisadas foram coletadas
diretamente do efluente bruto cedidas pela empresa Tolhas São Carlos, de São
Carlos, SP. As degradações foram realizadas em uma célula de fluxo do tipo filtro
prensa com eletrodo ADE comercial (composição nominal Ti/Ti0,7Ru0,3O2). Foram
estudadas as influências do eletrólito suporte (NaCl e Na2SO4), concentrações de
NaCl (0,05 a 0,30 mol L-1), densidade de corrente (10 a 120 mA cm-2) e pH (4, 7, 8, 9
e 12). Ensaios eletroquímicos foto-assistidos foram realizados nas mesmas condições,
visando comparar os métodos, com análises de espectroscopia UV vis, COT e DQO).
Análises da formação de subprodutos foram realizadas pelos métodos de
fitotoxicidade e organoclorados que mostraram uma maior toxicidade após 10 horas de
eletrolise. Avaliações do residual de cloro e cloreto complementaram os estudos.
Observou-se que a degradação é mais efetiva pelo método eletroquímico foto-
assistido em relação ao método eletroquímico. Também, a adição de NaCl favorece a
degradação pela formação de agentes oxidantes, ao contrário do Na2SO4. Nas
maiores concentrações de NaCl e densidades de corrente implicam em maior remoção
de cor e DQO. Contudo no estudo com diferentes valores de pH, os melhores
resultados foram em pH mais baixo. Considerando todos os resultados, os melhores
parâmetros para degradação de efluentes têxteis industriais foram densidade de
corrente de 40 mA cm-2, pH 8, 0,15 mol L-1 de NaCl utilizado como eletrólito suporte e
degradação com o método eletroquímico fotoassistido em efluente do tanque de
equalização (efluente sem tratamento biológico).

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 132
Instituto de Química de São Carlos

Dinâmica oscilatória do sistema Bromato/Hipofosfito–Acetona/MnII–Ferroína


operado em fluxo.

Autores:
Paulo Alberto Nogueira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Belousov-Zhabotinsky, Oscilador, Fluxo

Osciladores baseados na química do bromato são certamente os mais estudados e a


famosa reação de Belousov-Zhabotinsky (BZ) é o exemplo mais conhecido. Alguns
inconvenientes como a formação de produtos gasosos e sólidos durante a reação e a
vida curta das oscilações me batelada são comuns e, de certa forma, comprometem a
utilização de tais sistemas. O sistema intitulado é utilizado como uma excelente
variante da reação BZ por não apresentar os inconvenientes mencionados. Os
experimentos serão realizados em um reator cilíndrico de vidro de 90 cm3
encamisado. O controle da temperatura far-se-á por meio de um banho
termostatizado. Os reagentes foram divididos em três soluções, adicionados com
auxilio de uma bomba peristáltica: canal 1: NaH2PO2 + MnSO4 + acetona; canal 2:
NaBrO3; canal 3: ferroína. As três soluções em H2SO4 1,33 M. As oscilações serão
monitoradas por meio de dois eletrodos, sendo um de platina e um comercial seletivo
a íons Br-, ambos medidos versus um eletrodo de hidrogênio. Medidas fotométricas
serão realizadas com auxílio de um espectrômetro da Ocean Optics® USB 4000 UV
VIS equipado com uma fibra óptica bifurcada.

A Figura 1 apresenta a dinâmica oscilatória para


o sistema intitulado operado em batelada. Até o
momento verificou-se que a menor velocidade de
vazão da bomba não é suficiente para que se
observem oscilações, ou seja, os reagentes
adicionados e são lavados para fora do reator
antes que possam reagir. Separar ou juntar os
reagentes a serem bombeados no reator também
não levou a oscilações. Uma análise detalhada da
composição dos outros componentes durante as
oscilações será realizada. Assim, novas
modificações, como disposição dos reagentes
nas soluções estoques e vazão da bomba, serão Figura 1. Evolução temporal do sistema operado
planejadas. em batelada. T = 25°C concentrações Iniciais:
- -
[H2SO4] = 1.33 M; [BrO3 ] = 0,050 M; [H2PO2 ] =
2+ -3
0,110 M; [Mn ] = 3,1 ×10 M; [acetona] = 0,320
-4
REFERÊNCIAS M; [ferroina] = 3,3 ×10 M.
NOGUEIRA, P. A., OLIVEIRA, H. C. L.,
VARELA, H. Journal of Physical Chemistry A,
v. 112, p. 12412–12415, 2008.
SILVA, L. C., FARIA, R. B. Chemical Physics
Letters, v. 440, p. 79-82, 2002.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 133
Instituto de Química de São Carlos

Construção de uma célula RMN-eletroquímica para estudo in situ de íons


paramagnéticos em solução

Autores:
Paulo F. Cobra – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luiza M. S. Nunes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Lucio L. Barbosa – Universidade Federal do Espírito Santo
Luiz A. Colnago – Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras Chave: RMN baixo-campo, instrumentação, espécies paramagnéticas.

O acoplamento da RMN com a eletroquímica para medidas in situ foi demonstrado


pela primeira vez por Richards e Evans.[1] Este acoplamento poder auxiliar na
detecção de produtos intermediários, medidas cinéticas e determinação de estrutura
dos produtos reacionais, mas os estudos neste área caminham lentamente desde os
primeiros experimentos realizados. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma
célula eletroquímica acoplada a um espectrômetro de RMN de baixo campo (0,23 T)
para análises in situ. As medidas de T2 foram realizadas com soluções de Cu2+ na
faixa de concentração de 6x10-3 a 1x10-4 mol.L-1. Nas voltametrias cíclicas e nas
medidas in situ utilizou-se CuSO4 a 5x10-4 mol.L-1. Estudou-se primeiramente a
influência de íons paramagnéticos sobre o T2. Para isso, foi construída uma curva
analítica de soluções de Cu2+ em meio aquoso. Em seguida, foram feitas voltametrias
cíclicas com o objetivo de estudar os processos de redução oxidação do Cu2+ em
solução sobre eletrodo de ouro. Determinou-se que para as medidas amperométricas
in situ seria usado o potencial de -0,7 V. Assim, de maneira simples, conseguiu-se
calcular a quantidade de Cu2+ removida nos diferentes tempos medidos. Conclui-se
que a célula construída foi eficaz para o acoplamento das duas técnicas, sendo
simples e prática, possibilitando o desenvolvimento de uma metodologia para analisar
o efeito de íons paramagnéticos em solução. Além disso, fica evidenciado pelos
resultados obtidos que novos estudos, com outros íons magnéticos, são possíveis.

Referências Bibliográficas
1. Richards, J. A; Evans, D. H. Analytical Chemistry, 1975, 47, 964-966.

Agradecimento: FAPESP, EMBRAPA Instrumentação Agropecuária

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 134
Instituto de Química de São Carlos

Preparação e Caracterização de Polimorfos de Anti-hipertensivos da Classe β-


bloqueadores

Autores:
Pedro Henrique Amorim – Instituto de Química de São Carlos, USP
Priscila Cervini – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eder Tadeu Gomes Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Polimorfismo, Análise Térmica, β-bloqueadores.

A maioria dos sólidos de interesse farmacêutico exibe polimorfismo, ou seja, a


habilidade de existir como duas ou mais formas cristalinas, com diferentes arranjos
e/ou conformações das moléculas no retículo cristalino, e consequentemente diferem
quanto às propriedades físico-químicas. A investigação das propriedades dos
fármacos no estado sólido constitui uma importante etapa na pré-formulação e
controle de qualidade de medicamentos, pois a administração por via oral em
formulações sólidas é, em geral, mais conveniente, segura e barata, e, portanto a mais
comum. Neste trabalho propõe-se a preparação de formas polimórficas de fármacos
antihipertensivo da classe dos β-bloqueadores, por recristalização utilizando diferentes
solventes, ou misturas dos mesmos, em temperaturas variadas. Também será feita a
caracterização dos polimorfos obtidos utilizando diferentes técnicas, como
termogravimetria (TG) e calorimetria exploratória diferencial (DSC), espectroscopia na
região do infravermelho (FT-IR), difração de raios-x (XRPD), microscopia eletrônica de
varredura (SEM), entre outras. Buscou-se a obtenção de polimorfos dos fármacos
atenolol, metoprolol e nadolol, pelo lento processo de recristalização à temperatura
ambiente protegido da luz. Após investigação de alguns solventes para recristalização,
foram escolhidos acetonitrila, água, etanol e isopropanol, assim como possíveis
misturas. A análise visual preliminar demonstrou a formação de diferentes formas
cristalinas bem definidas para as amostras de nadolol recristalizadas em acetonitrila,
acetonitrila/água e água/etanol, o que evidencia polimorfismo, enquanto se aguarda a
formação de cristais para os demais fármacos.

Agradecimento: CAPES, CNPQ, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 135
Instituto de Química de São Carlos

Projeto experimentoteca e ensino de química: concepções de estudantes sobre


a experimentação

Autores:
Rafael Cava Mori – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Aprigio da Silva Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ensino de Química. Experimentação. Projeto Experimentoteca.

Apresentamos os resultados de um levantamento exploratório, realizado junto a


estudantes, sobre o ensino da disciplina Química. Os dados foram coletados com um
questionário, respondido por 103 alunos das três séries do ensino médio regular de
uma escola pública de Ibaté (SP). O levantamento teve como objetivo indicar possíveis
questões de pesquisa para o projeto de doutorado Experimentação no ensino de Química:
contribuições do Projeto Experimentoteca para a prática e para a formação docente. O
questionário consistiu de 13 questões abertas, baseadas em instrumento utilizado em
uma dissertação de mestrado que também estudou a Experimentoteca e a realização
de experimentos em aulas de ciências. A análise das respostas revela que os alunos
identificam como o tipo de aula predominante, no ensino da disciplina, as dedicadas à
resolução de exercícios, não estando habituados a outras estratégias. Quanto à
experimentação no ensino de Química, mostram-se otimistas para com esta
modalidade, acreditando que os experimentos podem facilitar o aprendizado, embora
muitos achem que as atividades experimentais exercem o papel de tornar concretos
os aspectos abstratos da disciplina e que (talvez por isso) podem aumentar sua
motivação para os estudos. Considerando que o papel da experimentação deve ir
além desta motivação e da verificação de construtos teóricos, acreditamos ter
encontrado uma questão de pesquisa de grande relevância: Como a Experimentoteca
auxiliaria os docentes a conceberem a experimentação como recurso para uma melhor
aprendizagem dos conceitos químicos?

Agradecimento: aos estudantes que participaram da pesquisa e à CAPES.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 136
Instituto de Química de São Carlos

Estudos visando a síntese do potente tripanossomicida (±)-komaroviquinona

Autores:
Rafael Fonseca Pereira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Carlos B. Burtoloso – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: Komaroviquinona, doença de Chagas, epóxidos

A doença de Chagas é uma infecção endêmica causada pelo protozoário


Trypanosoma cruzi e é um dos maiores problemas de saúde pública da America
Latina, afetando aproximadamente 15 milhões de pessoas. Em um estudo recente, a
komaroviquinona 1 (Figura 1) mostrou expressiva atividade tripanossomicida. Tendo
em vista estes resultados, a síntese da komaroviquinona constituiu um dos objetivos
do presente trabalho.

OMe
O

O
O
H OH
Figura 1. Estrutura de komaroviquinona.

As primeiras etapas do trabalho foram sintetizar a cetona 3 a partir da enona 2 ( Eq. 1)


e posterior obtenção do epóxido 4 a partir de 3 (Eq. 2). O estudo de síntese do
composto 5 está em andamento, para a realização da próxima etapa, a abertura do
epóxido 4 (Eq. 3) com conseqüente formação do aduto 6.
O 1.1 CuBr.SMe2 O OMe
O O O OMe
1.1 H3CMgBr BuLi OH
S OMe OMe
I TMEDA
+
1.2 DMPU THF, ∆
Br OK (Eq. 3)
(2) (3) (4) (5)
65 % (3) (4) (6)
(Eq. 1) 60 %
(Eq. 2)

Agradecimento: FAPESP, CNPq, IQCS-USP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 137
Instituto de Química de São Carlos

Fluorescência molecular em partículas de sílica dopadas com os corantes 9-


aminoacridina e safranina

Autores:
Rafael Frederice – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcelo Henrique Gehlen – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: partículas de sílica, corantes, espectroscopia de fluorescência.

Partículas de sílica dopadas com diferentes corantes foram preparadas através da


hidrólise e condensação do tetraetilortossilicato (TEOS) utilizando catálise básica. Os
corantes estudados neste trabalho foram safranina e 9-aminoacridina. A catálise foi
realizada sobre um precursor caroço TEOS-corante em um procedimento
caroçocasca, de acordo com Larson1. As razões molares utilizadas foram 1TEOS:
21H2O: 0,5 NH4OH e o solvente utilizado foi o 2-propanol. Uma amostra padrão de
sílica sem corante também foi preparada pelo mesmo procedimento. O método
resultou em partículas esféricas com diâmetro em torno de 200 nm, de acordo com
medidas de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Estas esferas de sílica
também foram analisadas por microscopia confocal de fluorescência em um sistema
baseado no microscópio invertido Olympus IX71. Em um segundo experimento, as
partículas de sílica foram recobertas com uma casca de dióxido de titânio, para uma
possível utilização em células solares sensibilizadas por corantes (DSSC)2. O
procedimento foi executado através da hidrólise e condensação do isopropóxido de
titânio(IV), baseado no método de Datye3 modificado. As partículas resultantes
mantiveram a forma esférica e o diâmetro de aproximadamente 200 nm.

[1] D. R. Larson, H. Ow, H. D. Vishwasrao, A. A. Heikal, U. Wiesner, W. W. Webb,


Chem. Mater. 20, 2677 (2008).
[2] B. O’Reagan, M. Grätzel, Nature 353, 373 (1991).
[3] A. Hanprasopwattana, S. Srinivasan, A. G. Sault, A. K. Datye, Langmuir 12, 3173
(1996).

Agradecimento: CNPq, FAPESP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 138
Instituto de Química de São Carlos

Avaliação de elétrodos de difusão gasosa (EDG) preparados com negro de fumo


funcioalizado para a eletrosíntese de peróxido de hidrogênio (H2O2)

Autores:
Rafael Machado Reis – Instituto de Química de São Carlos, USP
B S de Paula – Instituto de Química de São Carlos, USP
Marcos R V Lanza – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: eletrodo de difusão gasosa, carbono funcionalizado e reação de


redução de oxigênio.

O peróxido de hidrogênio (H2O2) é uma substância altamente oxidante com


aplicações em diversos campos tecnológicos, como uma alternativa ao uso do cloro
gasoso (Cl2). O peróxido de hidrogênio pode ser obtido por método eletroquímico com
a utilização de eletrodos de difusão gasosa (EDG) em reatores eletroquímicos. A
modificação de eletrodos visando um incremento na atividade eletrocatalítica para a
reação de redução do oxigênio (RRO) tem sido estudada no que concerne ao
desenvolvimento de catalisadores alternativos com alta eficiência e custo
relativamente baixo. No presente trabalho, utilizou-se a técnica da microcamada
porosa, produzidas com pigmentos grafíticos condutores e emulsão de
politetrafluoretileno (PTFE) sobre eletrodo de disco-anel rotatório (RRDE) (Pine
Research), visando um estudo mecanístico da RRO. O pigmento negro de fumo
(Printex 6L, Degussa) foi funcionalizado em diferentes procedimentos: i)
aquecimento/refluxo em meio HNO3 1,0 mol.L-1; ii) aquecimento/refluxo em meio
HClO4 1,0 mol.L-1 e iii) aquecimento/refluxo em meio H2O2 0,5 mol.L-1. Os EDGs
obtidos foram avaliados eletroquimicamente em eletrólito suporte ácido (H2SO4 0,1
mol.L-1 + K2SO4 0,1 mol.L-1) utilizando-se as técnicas de voltametria cíclica e
voltametria de varredura linear com um bi-potenciostato Autolab PGSTAT-302N da
Eco Chimie.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 139
Instituto de Química de São Carlos

Previsões teóricas de propriedades espectroscópicas para sistemas do tipo


HCnN (n>11)

Autores:
Rafael M Vichietti – Instituto de Química de São Carlos, USP
Roberto L A Haiduke – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: meio interestelar, infravermelho, constantes rotacionais

Moléculas lineares como as do tipo HCnN (n=1, 3, ...) já foram observadas no


meio interestelar, sendo que a espécie com n=11 é a maior já detectada até hoje.
Os métodos quânticos existentes podem calcular diversas propriedades eletrônicas de
moléculas e a extrapolação de seus resultados pode auxiliar os astrônomos na
detecção de novas espécies moleculares nesses meios. Isso ocorreu, por exemplo,
com as moléculas de HC9N e de HC11N, cuja detecção no meio interestelar se deu
com o auxílio de previsões teóricas. Com esta mesma motivação, este trabalho visa
prever os valores das constantes rotacionais, B0, dos números de onda, xi, e
intensidades de infravermelho, Ii, das 2 bandas de mais baixas frequências das
moléculas maiores que o HC11N tomando por base a extrapolação dos resultados das
moléculas menores desta série, calculados em nível MP2/cc-pVTZ. Tais modos de
infravermelho podem ser detectados por radiotelescópios para os sistemas HCnN
maiores. Assim, B0 pode ser aproximadamente estimada através de
B0 (GHz) = 107,8 n-2,7, (1)
onde n é o número de carbonos presente na cadeia química. A expressão (1)
garante um desvio próximo de 1% em relação aos valores experimentais disponíveis.
Da mesma forma, Iv1 e Iv2 e suas respectivas posições no espectro, x1 e x2, são
representadas simplesmente por

Iv1 (Km/mol) = 5,499 n-1,551 e Iv2 (Km/mol) = 288,08 n-1,653 , (2)


-1 -1,755 -1 -1,633
x1 (cm ) = 1883,34 n x2 (cm ) = 3824,1 n
que reproduzem desvios não superiores a 3% dos valores obtidos teoricamente
pelas moléculas até n=11.

Agradecimento: CNPq, CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 140
Instituto de Química de São Carlos

Decifrando o conceito de energia de ativação aparente em sistemas


eletroquímicos

Autores:
Raphael Nagao – Instituto de Química de São Carlos, USP
Hamilton Varela – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: energia de ativação, ácido fórmico, simulações.

A elucidação de mecanismos de reação em sistemas químicos é usualmente baseada


em parâmetros cinéticos que definem as possíveis rotas reacionais. Neste contexto, a
energia de ativação tem papel fundamental pela sua relação com a etapa
determinante da reação (EDR). No entanto, o conhecimento particular das energias de
ativação de diferentes etapas elementares de uma reação composta torna-se uma
tarefa difícil quando não há acesso experimental aos intermediários de reação. O
presente trabalho tem com objetivo entender a relação entre a energia de ativação
aparente calculada por meio da taxa reacional global e a EDR. Foi utilizado como
sistema base a eletrooxidação de ácido fórmico (EAF) modelado via cinco etapas
elementares essenciais e transformado em um conjunto de quatro equações
diferenciais ordinárias autônomas, segundo a cinética eletroquímica de Butler-Volmer.
As simulações numéricas foram realizadas com o software Mathematica. O modelo
proposto para a EAF reproduziu as características principais observadas
experimentalmente como a morfologia e magnitude das curvas voltamétricas e
cronoamperométricas. Com o acesso às energias de ativação das etapas
elementares, foi possível atribuir o efeito do coeficiente de transferência e o número de
elétrons como responsáveis majoritários à mudança da EDR pela variação do
potencial. Considerando que em sistemas eletroquímicos o produto monitorado são os
elétrons transferidos, a energia de ativação aparente calculada pela densidade de
corrente em regime estacionário reflete a energia de ativação da etapa elementar mais
rápida uma vez que o conjunto de reações compostas obedece ao mecanismo cinético
de reações químicas paralelas.

Agradecimento: FAPESP (09/00153-6)

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 141
Instituto de Química de São Carlos

Focalização: efeito de solventes na forma do pico cromatográfico

Autores:
Raphael Teixeira Verbinnen – Instituto de Química de São Carlos, USP
Gustavo Henrique L. Vicente – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eny Maria Vieira – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: cromatografia líquida, focalização, efeito de solvente

Em cromatografia busca-se sempre picos gaussianos, estreitos e sem deformações.


Picos mais altos e estreitos acabam resultando em melhor precisão e na diminuição
dos valores dos limites de detecção (LD) e de quantificação (LQ), o que é de grande
interesse em análise de amostras ambientais. Geralmente são obtidos quando as
condições cromatográficas utilizadas alcançam boa resolução. O estreitamento da
banda cromatográfica, ou focalização, pode ser alcançado de diferentes maneiras. O
uso de solventes de dissolução da amostra adequados às condições cromatográficas
é talvez a mais simples e de menor custo delas. Neste trabalho é apresentada a
melhora do sinal cromatográfico obtida ao se aplicar este artifício para a focalização.
Foi utilizada CLAE-FLU, empregando coluna C18 (250 x 4,6 mm, 5 µm), acoplada à
pré-coluna C18 (12,5 x 4,6 mm, 5 µm). Fase móvel isocrática água:acetonitrila (50:50),
fluxo de 1 mL min-1, volume de injeção de 20 µL, excitação em 280 nm e emissão em
300 nm. O analito objeto de estudo foi o bisfenol-A (BPA), cujo método foi
desenvolvido para análise em água. Este conta com etapa de concentração e extração
via EFS, com posterior secagem do extrato sob nitrogênio e reconstituição em ACN.
Com o propósito de focalizar a amostra testou-se a reconstituição em água ultra pura,
sendo esta a única alteração no método original. Nesta condição, houve aumento no
número de pratos teóricos (232%), na altura do pico (151%) e na razão sinal/ruído
(178%). Portanto, representam maior eficiência do sistema cromatográfico, bem como
permitem conseguir-se LD e LQ em níveis baixos e melhor precisão.

Agradecimento: CAPES e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 142
Instituto de Química de São Carlos

Determinação de multi-resíduos de pesticidas por cromatografia gasosa


acoplada a espectrometria de massas (GC-MS) em tecido animal

Autores:
Raquel L Mendonça – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elke Cliquet-Simões – Instituto de Química de São Carlos, USP
Fernando MauroLanças – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: pesticidas, QuEChERS, GC-MS

Atualmente, a exposição dos animais a diversos contaminantes como, por exemplo,


pesticidas, tem sido alvo de preocupações por parte dos consumidores no âmbito da
saúde pública, gerando a necessidade de maior controle de resíduos em alimentos no
que se refere à identificação e quantificação. Neste setor, a falta de metodologias de
análises rápidas, eficientes e de custos relativamente baixos, acarreta algumas vezes
em problemáticas barreiras alfandegárias e fitossanitárias, resultando em prejuízos
para a economia do país. Considerando que o uso de substâncias para fins de
tratamento, controle e prevenção de doenças, agentes promotores de crescimento e
engorda em animais é muito comum na prática da agricultura moderna, a União
Européia (EU) tem regulamentado através do Conselho 2377/90/EC, os limites
máximos de resíduos (LMRs) de drogas veterinárias e contaminantes alimentos de
origem animal, de forma que não constitua em um risco à saúde. Para assegurar a
qualidade dos produtos alimentícios a serem comercializados, garantindo que estes
produtos estejam dentro dos padrões estabelecidos por lei, diferentes métodos
analíticos são empregados, assim como têm sido desenvolvidos para a determinação
de multi-resíduos em alimentos. Neste estudo, foram feitos modificações simples do
método original QuEChERS (rápido quick, easy, cheap, effective, rugged and safe)
para extrair uma variedade de pesticidas em tecidos animais (frango) em combinação
com cromatografia em fase gasosa acoplado a espectrometria de massa, operando
em modo de MS (SIR) com fonte de impacto de elétrons (EI) a fim de atender parte da
demanda do Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal
(PNCRC).

Agradecimento: CAPES, FAPESP, CROMA, MAPA

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 143
Instituto de Química de São Carlos

Análise de destruxinas minoritárias após otimização das condições de


crescimento do fungo Beauveria felina e análise por LC-PDAELSD-MS.

Autores:
Raquel Peres de Morais Urano – Instituto de Química de São Carlos, USP
Mirna H. R. Seleghim – Universidade Federal de São Carlos
Aristeu G. Tininis – Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde
Roberto Gomes de S. Berlinck – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: destruxinas,Beauveria felina,fungos marinhos.

O fungo Beauveria felina produz as destruxinas, depsipeptídeos cíclicos que


apresentam diversas atividades biológicas como: inseticida, fitotóxica, antiviral e
citotóxica. Devido ao seu alto valor agregado por serem utilizadas em controle
biológico de pragas, é extremamente importante que sejam desenvolvidos métodos de
otimização para a produção de destruxinas por meio fermentativo.O presente trabalho
teve como objetivo detectar destruxinas minoritárias através de análise por LC-
PDAELSD-MS de extratos e frações obtidos a partir da otimização das condições de
crescimento do fungo B. felina.O fungo B. felina foi crescido em 2 L de meio MF em 3
diferentes condições ótimas de crescimento. Estas condições foram estabelecidas
através de análise multivariada, variando-se: a composição dos nutrientes, a
salinidade do meio, o pH, a temperatura e o número de dias de incubação. Após
realizar os experimentos de crescimento em cada uma das 3 condições otimizadas
para a produção de destruxinas por B. felina, os meios de cultura foram processados
para fornecerem frações para a análise cromatográfica. As 4 frações obtidas foram
analisadas por LC-PDA-ELSDMS. Com base nos espectros de massas observados
para os sinais dos cromatogramas das análises, realizou-se uma pesquisa
bibliográfica no banco de dados SciFinder, a partir da qual foi possível identificar
destruxinas minoritárias, presentes nas frações analisadas por LC-ELSD-MS:
destruxina A1 ou A4 (isobáricas, m/z 591), homodestruxina B (m/z 607), destruxina C2
ou desmetildestruxina C ou destruxina F (isobáricas, m/z 595), [Ph3, N-Me-Val5]
destruxina B (m/z 655), destruxina E (m/z 593), destruxina E diol (m/z 611),
hidroxihomodestruxina B ou destruxina D (isobáricas, m/z 623), cloroidrina da
destruxina A4 (m/z 644), pseudodestruxina B ou pseudodestruxina C (isobáricas, m/z
669) e destruxina Ed1 (m/z 625). Estas destruxinas não foram detectadas
anteriormente nos extratos de B. felina. Além da otimização das condições de
crescimento e produção das destruxinas ter certamente influenciado na produção das
destruxinas minoritárias, estas puderam ser mais eficientemente detectadas utilizando
detector de espalhamento de luz evaporativo (ELSD), já que muitas destruxinas não
apresentam grupos cromóforos em sua estrutura.

Agradecimento: À FAPESP e ao CEBIMar-USP.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 144
Instituto de Química de São Carlos

Fotodegradação de folatos em alimentos sensibilizado por flavinas

Autores:
Regina Spricigo Scurachio – Instituto de Química de São Carlos, USP
Daniel R. Cardoso – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: folato, riboflavina, fotooxidação.

O enriquecimento de alimentos com ácido fólico (AF) vem sendo incentivado nos
últimos anos a fim de suprir as necessidades de consumo diário, em especial para
mulheres em período fértil. O AF é a forma mais estável entre os folatos, sendo
escolhida para o enriquecimento de alimentos em uma ampla variedade de produtos,
em especial os lácteos, ricos em riboflavina (Rib). No intuito de melhor compreender o
mecanismo de fotodegradação dos folatos sensibilizado pela Rib foram determinados
o rendimento quântico em meio aquoso aeróbico e anaeróbico bem como em D2O.
Foram também determinados as constantes de desativação da 1Rib* e 3Rib* por
medidas de supressão de fluorescência e fotólise de pulso de laser,respectivamente.
O potencial anôdico do AF e o número de elétrons envolvido no processo de oxidação
foram determinados por VC. Por fim os produtos majoritários da fotodegradação foram
determinados por LC-IT-MS/MS. A constante de desativação da 1Rib* pelo AF é
controlado por difusão (1kq= 4,81010L mol-1s-1). Já a constante bimolecular de
desativação da 3Rib*, kq= 4,8 ± 0,1·108L·mol-1·s-1, é competitivo com a desativação
do 3O2 (kq = 9,8 108L·mol-1s-1). Os valores de rendimento quântico determinados
foram: Φ = 0,32 mol.einstein-1 (solução anaeróbica), Φ = 0,26 (solução aeróbica), e
em meio D2O Φ = 0,37 (solução aeróbica) e Φ = 0,36 (solução anaeróbica). VC do AF
apresenta um processo anôdico irreversível de 2e- (E= 1,14 V vs. NHE). Os principais
produtos da fotodegradação identificados foram: 6-CPT, PABA e oxaziridina derivada
do AF, confirmando a desativação química da 3Rib* por transferência de elétrons com
clivagem oxidativa entre a ligação N(10) e C(9) do AF.

AKAHTAR,M.J.;KHAN,M.A.;AHMAD,I.;Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis.


v.23, p.1039-
1044, 2000.
OFF,M.K.;STEINDAL,A.E.;POROJNICU,A.C.;JUZENIENE,A.;VOROBEY,A,;Journal of
Photochemistry and Photobiology B: Biology, v.80, p.47–55, 2005.

Agradecimento: CAPES e FAPESP (Proc. 09/00585-00)

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 145
Instituto de Química de São Carlos

Referenciais teóricos para a prática de atividades investigativas no ensino de


ciências

Autores:
Renata Faria de Souza – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Aprígio da Silva Curvelo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Mão na Massa. Referencial teórico. Ensino de química.

As atividades investigativas proporcionam aquisição de uma postura que o aluno


necessita nos dias de hoje, não só na química, mas para qualquer circunstância de
sua vida tanto pessoal quanto profissional. Dentre os métodos investigativos, o projeto
Mão na Massa aplicado pelo Centro de Divulgação Cientifica e Cultural (CDCC) de
São Carlos, é um método aplicado nas séries iniciais, onde as crianças são levadas a
questionar e levantar hipóteses. As aulas são realizadas a partir do interesse das
crianças e ao professor cabe conduzi-las dentro do nível de desenvolvimento delas. O
projeto Mão na Massa foi desenvolvido por dois ganhadores do prêmio Nobel de
Física, e que em momento algum fizeram menção a alguma teoria sobre
aprendizagem. Ainda que concebido para o ensino de ciências nas séries iniciais, o
projeto Mão na Massa pode também ser aplicado no ensino superior de química. Com
objetivo de saber se o método Mão na Massa traz alguma característica diferente de
outras atividades investigativas, está sendo realizada uma pesquisa, que busca
relacionar a obra de autores clássicos da área de educação com aspectos do projeto
Mão na Massa. O fato de conhecer a fundamentação teórica de um método a ser
aplicado em sala de aula pode auxiliar o professor e evitar erros quanto ao método
que está sendo desenvolvido. Uma das características do projeto, por exemplo, é
trabalhar a escrita e a oralidade, todas as atividades realizadas são registradas pelos
alunos e o registro pode auxiliar o aluno a se expressar e a se fazer entender. E esta
característica, por exemplo, pode ser relacionada ao trabalho de David Ausubel, uma
vez que este propõe que a linguagem seja um fator importantíssimo no processo de
aprendizagem.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 146
Instituto de Química de São Carlos

Biossensor condutométrico sem contato em microchip contendo ácido fólico


como biorreceptor

Autores:
Renato Sousa Lima – Instituto de Química de São Carlos, USP
Wendell K. T. Carlos Tomazelli Coltro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ubirajara Pereira Rodrigues Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Thiago Pinotti Segato – Instituto de Química de São Carlos, USP
Emanuel Carrilho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: biomarcador, biossensor, condutometria sem contato

Este trabalho descreve o desenvolvimento de um biossensor contendo transdução


condutométrica sem contato (C4D, capacitively coupled contactless conductivity detection) e
ácido fólico (FA) como biorreceptor em microchip, uma nova alternativa que poderá ser
utilizada na determinação do biomarcador tumoral FR-α. Essa espécie exibe interações com
FA altamente específicas, com constantes de formação da ordem de 109-1010. Os dispositivos
microfluídicos, os quais consistiram de uma lâmina de vidro (integrando os eletrodos), dielétrico
(contendo a fase biossensora) e substrato de poli(dimetilsiloxano) (PDMS, incorporando os
microcanais), foram fabricados utilizando-se processos de fotolitografia e deposição de filmes
finos em fase vapor. Objetivando melhorias nos níveis de detecção da C4D, estudos de
sensibilidade com base em parâmetros da curva analítica foram conduzidos alterando-se a
natureza do dielétrico e a configuração dos eletrodos. Posteriormente, estudos de
caracterização foram realizados para as superfícies modificadas com os intermediários de
imobilização; condições reacionais distintas (reagente, concentração, solvente e tempo) foram
consideradas. As técnicas de microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de
fotoelétrons excitados por raios-X foram usadas, respectivamente, a fim de se verificar a
possível formação de aglomerados e permitir determinações qualitativas e quantitativas sobre
as composições químicas das superfícies. Como resultado dos experimentos de sensibilidade
e caracterização de superfície, adotamos os parâmetros seguintes para os ensaios de
interações biomoleculares posteriores: filme de SiO2 como dielétrico, eletrodos seletivos à C4D
com formato retangular e orientação antiparalela e monocamadas automontadas do reagente
3-aminopropil(trietoxisilano) como intermediário de imobilização de FA. As duas etapas finais
do trabalho foram: otimização do tempo de funcionalização com FA (3, 5 e 7 h) e
caracterização da fase biossensora, realizada a partir de medidas de C4D e microscopia de
força atômica (AFM). Para o primeiro caso, os microchips foram aplicados a um padrão de
anticorpo monoclonal específico a FA (α-FA). Os ensaios biomoleculares indicaram uma
adsorção efetiva de FA junto à superfície de SiO2 silanizada, sem a ocorrência (ao menos em
níveis significativos) de impedimentos estéricos de sua espécie bioativa. Dentre os tempos de
funcionalização investigados, 3 h foi aquele que resultou em uma maior sensibilidade do
método. Em termos da etapa de caracterização eletroquímica da fase biossensora, seus
resultados mostraram haver correlação entre a resposta analítica e as interações FA/α-FA. Em
adição, conforme indicaram as medidas de AFM, não houve alterações drásticas na morfologia
do substrato (SiO2) em função dos processos de modificação química de superfície. Por fim, o
uso da C4D como uma técnica de transdução em biossensores mostrou-se uma alternativa
promissora para a análise do biomarcador tumoral FR-α. Dentre outros aspectos, essa
plataforma analítica requer uma instrumentação simples, barata e portátil, não apresenta
inconvenientes relacionados ao contato eletrodo/solução, dispensa o uso de mediadores redox
e permite a determinação simultânea de multianalitos. Neste ínterim, alterações no transdutor
devem ser implementadas visando um aumento na sensibilidade do método, o qual representa
seu fator limitante principal.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 147
Instituto de Química de São Carlos

Fotopolimerização do metacrilato de metila sensibilizado por macroiniciadores


na presença de aminas

Autores:
Ricardo A. Escriptório – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carla C. S. Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Miguel G. Neumann – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Fotopolimerização, macroiniciadores, RTIR-ATR

A busca de novos fotoiniciadores incorporados em cadeia polimérica está recebendo


especial atenção devida algumas vantagens desses sistemas. Para acompanhar a
cinética de polimerização utilizou-se a espectroscopia de infravermelho em tempo real
(RTIR-ATR). A concentração dos macrofotoiniciadores era de 2,3.10-4 mol.L-1 em
termos de tioxantona. Em todos os experimentos a concentração das aminas foi de 0,1
mol.L-1. As aminas utilizadas foram: trietilamina (TEA), Etil-p-Dimetilaminobenzoato
(EDB), dimetilamino-etilmetacrilato (DMEMA) e dietilaminoetilmetacrilato (DEAEMA).
Valores de velocidade de polimerização (Rp) estão na Tabela abaixo:

iniciador amina EDB TEA DMEMA DEAEMA


HMa-co-TXa 0,01 0,010 0,005 0,007

BMa-co-TXa 0,01 0,011 0,01 0,01

MMa-co-TXa 0,02 0,013 - -

Tioxantona 0,001 0,006 0,01 0,003

A partir desses valores, podemos concluir que para a polimerização do Metacrilato de


Metila, a utilização dos macroiniciadores nestas condições e mais vantajosa do que o
composto modelo (Tioxantona) uma vez que em tais condições, resultou-se em
valores de Rp maiores em relação ao composto de baixa Massa Molar.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 148
Instituto de Química de São Carlos

Produção acadêmcia sobre o ensino de química do IQ-UNICAMP

Autores:
Ricardo Puttini – Instituto de Química de São Carlos, USP
Salete Linhares Queiroz – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Ensino de Química, Estado da Arte

Este trabalho faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo sobre o estado da arte
da pesquisa em Ensino de Química no Brasil. O objetivo do presente trabalho é
apresentar os resultados da avaliação de dissertações e teses defendidas no Instituto
de Química da UNICAMP, de 1998 a 2009. Estas foram estudadas em função do: ano
de apresentação, nível escolar abrangido no estudo, foco temático do estudo e gênero
de trabalho acadêmico (ou tipo de pesquisa). O trabalho de Megid Neto1 foi adotado
como referencial metodológico para a classificação das 15 dissertações localizadas
quanto ao Foco Temático e quanto ao Gênero Acadêmico. Os resultados indicam que
12 delas se referem ao Foco Recursos Didáticos, sugerindo uma forte tendência na
produção do IQ/UNICAMP, voltada à produção e discussão de materiais alternativos
para o Ensino de Química. Em contraponto, os Gêneros Acadêmicos mais utilizados
foram: Relato de Experiência; Ensaio e Pesquisa de Descrição do Tipo Análise de
Conteúdo. Observamos uma concentração maior de trabalhos voltados ao nível Médio
e ao nível Superior.

Agradecimento: FAPESP (Proc. 2008/11468-5)

1 - MEGID NETO, J. TENDÊNCIAS DA PESQUISA ACADÊMICA SOBRE O ENSINO DE


CIÊNCIAS NO NÍVEL FUNDAMENTAL. CAMPINAS, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – UNICAMP, 1999.
TESE DE DOUTORADO, 236P.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 149
Instituto de Química de São Carlos

Planejamento de inibidores da GAPDH de Trypanosoma cruzi baseado na


estrutura do ligante tilirosídeo

Autores:
Ricardo R. Goulart – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carlos A. Montanari – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Trypanosoma cruzi, ROCS, Similaridade química.

A Doença de Chagas, causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi, afeta


cerca de 17 milhões de indivíduos no mundo1. Atualmente, não existem fármacos
seguros e eficazes para o combate dessa doença. O tilirosídeo é um flavonóide com
comprovada ação inibitória sobre a enzima glicossomal gliceraldeído-3-fosfato
desidrogenase (gGAPDH) de T. cruzi2, um atraente alvo biológico. Este trabalho teve
como finalidade construir uma coleção virtual de flavonóides e aperfeiçoar a estrutura
dos ligantes, tendo como referência o flavonóide tilirosídeo, utilizando métodos
baseados na similaridade química em 3D. Após a construção de uma coleção virtual
de 7205 flavonóides, foram gerados e pontuados os alinhamentos de cada molécula
da coleção em relação à molécula referência utilizando o software ROCS3. Como
resultado, foi possível selecionar uma coleção virtual de 17 compostos com
similaridade química superior a 75% (utilizando a métrica de TanimotoCombo)3. A
busca de compostos com formas moleculares semelhantes à de uma molécula
referência com conhecida atividade biológica é uma ferramenta rápida e eficaz para a
obtenção de novos compostos bioativos.

Referências Bibliográficas
1 MONCAYO, Á.; SILVEIRA, A. C.; Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 104,
p. 17-30, 2009.
2 FREITAS, R. F. et al. Bioorg. and Medicinal Chemistry, v. 17, p. 2476-2482, 2009.
3 ROCS, v. 2.4.1. Openeye Scientific Software: Santa Fe, 2007.

Agradecimento: FAPESP, CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 150
Instituto de Química de São Carlos

Caracterização do comportamento térmico do MEAester por TG acoplado ao


FTIR

Autores:
Rita de Cássia da Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Éder Tadeu Gomes Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ácido alginico, decomposição térmica, FTIR

O ácido alginico (AA) é um polissacarídeo extraído das algas marrons e constituído de


blocos alternados dos ácidos gulurônico e manurônico (ligação 1-4). A composição,
extensão da sequência e a massa molecular determinam as propriedades físicas dos
alginatos. Uma das maiores propriedades dos alginatos é a habilidade de formar géis
com cátions os quais são amplamente utilizados na indústria alimentícia como
emulsificantes e estabilizantes. Obteve-se o éster com monoetanolamina (MEAéster).
Neste trabalho foram realizados estudos termoanalíticos (TG/DTG-DTA e DSC) do
Halg e do MEAéster visando caracterizar seu comportamento térmico. e os voláteis
foram caracterizados por TG-FTIR acoplados. As curvas TG apresentaram perfis
diferentes nas etapas de decomposição. Inicialmente, de 25 a 180ºC há perda de
11,5% (Halg) e 5,35% (MEAéster) das massas iniciais correspondentes a saída de
1,23 e 0,70 mols de água, respectivamente. Em seguida o MEAester se decompõe em
duas etapas consecutivas com resíduo carbonizado enquanto o Halg em uma única
etapa. As curvas DSC apresentam dois picos endotérmicos referentes à desidratação
e a decomposição das amostras, concordando com os resultados obtidos pelas curvas
TG. Para caracterizar os voláteis, foram obtidas curvas TG acopladas ao FTIR durante
aquecimento da amostra. Os espectros revelaram que além de água são liberados os
gases NH3 e CO2, confirmando a modificação do Halg para éster. Revelam que as
mudanças de perfil da segunda perda de massa na curva TG se deve a essa
modificação e que o éster parece se decompor em temperatura mais alta que o ácido
não modificado. O CO2 é liberado pela queima do material de cadeia polimérica e
água é detectada um pouco acima do observado na curva TG.

Agradecimento: CAPES, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 151
Instituto de Química de São Carlos

Análise rápida e simples do ácido linoleico conjugado em carne bovina através


da técnica de RMN

Autores:
Roberta Manzano Maria – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luiz Alberto Colnago – Embrapa Instrumentação Agropecuária

Palavras-chave: RMN, Ácido Linoléico Conjugado, Carne bovina.

A carne bovina é considerada um alimento altamente nutritivo. Por outro lado, a carne
vermelha tem sido associada a doenças cardiovasculares. No entanto, essa
associação vem sendo contestada, pois a carne de ruminantes bem como o leite são
fontes naturais do ácido linoléico conjugado, o qual possui várias propriedades
benéficas. Nesse contexto, se faz necessário o desenvolvimento de métodos rápidos e
eficazes para a determinação de CLA (conjugated linoleic acid) em carnes de
ruminantes, pois o método atual é baseado na análise dos ésteres metílicos dos
ácidos graxos por CG, que envolve várias etapas. Assim, o principal objetivo deste
trabalho foi o desenvolvimento de uma metodologia rápida, baseada na técnica de
RMN de 1H para a determinação do teor do CLA na gordura de carne bovina. A
gordura da carne para análise por CG foi extraída com CHCl3 de 0,3 g da carne
liofilizada e de 0,1 g de gordura subcutânea. A mesma quantidade de carne liofilizada
e gordura subcutânea foi extraída com 0,8 mL de CDCl3 para a análise por RMN de
1H. Os espectros de RMN de 1H foram adquiridos em dois equipamentos de RMN;
VARIAN INOVA 400 e em um ANASAZI EFT90. O CLA foi determinado integrando as
áreas dos sinais em 6,3 e 5,9 ppm, utilizando como o padrão interno o sinal do glicerol
em 4,2 ppm, com a área relativa igual a 100. O conteúdo dos ácidos graxos presentes
na carne bovina foi determinado por CG através da análise dos ésteres metílicos dos
ácidos graxos. Pode se verificar que as duas técnicas resultaram em valores
compatíveis, apresentando uma correlação satisfatória de 0,97. Os resultados
mostraram que a utilização da RMN de 1H para a determinação do teor de CLA em
carne bovina, além de ser coerente com os dados obtidos por CG, representa uma
abordagem mais rápida e simples para a determinação do teor de CLA em carne.

Referência Bibliográfica
Maria, R.M.; Colnago, L.A.; Forato, L.A.; Bouchard, D. Journal of Agricultural and Food
Chemistry, 2010, 6562-6564,58.

Agradecimento: FAPESP, CNPq, CNPDIA

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 152
Instituto de Química de São Carlos

Degradação de hormônios em águas de abastecimento público por fotocatálise


heterogênea (TIO2/UV)

Autores:
Rodrigo Nogueira Padovan – Instituto de Química de São Carlos, USP
Igor Renato Bertoni Olivares – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo Bessa Azevedo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: hormônios; processo oxidativo avançado; desinfecção de água.

Vários compostos utilizados ou produzidos pelo homem, quando lançados no meio


ambiente ou mesmo em estações de tratamento de esgoto, não são totalmente
degradados. Sendo assim, podendo chegar nas estações de tratamento de água
(ETA), provocando o reuso indireto não-planejado. Uma classe destes compostos são
os hormônios, que mesmo em pequenas concentrações podem acarretar problemas
que ainda não são totalmente conhecidos. Em sua maioria, os métodos utilizados para
o tratamento de águas para o abastecimento não são capazes de remover tais
compostos, podendo até aumentar o efeito biológico destes. Esta pesquisa tem por
objetivo validar um método de análise para a determinação de hormônios em baixas
concentrações por SBSE/GC. Os hormônios a serem avaliados são: 17β-estradiol
(E2), estrona (E1), estriol (E3); 17α-etinilestradiol (EE2), progesterona (PG) e
testosterona (TS). Será verificada a degradação destes compostos pelo método de
desinfecção de água comumente utilizados nas ETAs do Brasil, a cloração. Será
avaliada a degradação destes compostos, a formação de possíveis subprodutos de
desinfecção (SPD) e a atividade biológica antes e depois do tratamento da água
contendo hormônios. Caso seja constatada atividade biológica, será proposta a
utilização do Processo Oxidativo Avançado fotocatálise heterogênea (TiO2/UV), com
luz solar e artificial como uma etapa anterior a etapa de cloração.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 153
Instituto de Química de São Carlos

Descoramento de um efluente pelo acoplamento do reator de lodo ativado com a


fotocatálise heterogênea

Autores:
Rodrigo Nogueira Padovan – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo Bessa Azevedo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: corantes; processo oxidativo avançado; reator de lodo ativado.

A maioria dos efluentes pode ser facilmente tratada com reatores biológicos que
oferecem boa eficiência na remoção da matéria orgânica. Contudo, a existência de
compostos tóxicos ou de baixa biodegradabilidade dificulta o processo e às vezes
impede que o mesmo seja feito. Na tentativa da minimização da toxicidade e no
aumento da biodegradabilidade, os Processos Oxidativos Avançados (POA) são uma
alternativa viável. Os POA consistem na geração de fortes oxidantes “in situ” que
reagem então com a matéria orgânica. O principal agente oxidante, gerado pelos POA,
são os radicais hidroxila (•OH), que possuem um alto potencial de oxidação. O
trabalho teve como objetivo estudar, em escala laboratorial, a remoção de cor obtida
pelo acoplamento de um reator de lodo ativado com a fotocatálise heterogênea, no
tratamento do efluente de uma indústria de produtos de madeira, otimizando a
concentração do catalisador, a temperatura e o pH. Como esperado, o reator de lodo
ativado obteve uma boa remoção de matéria orgânica, tendo uma DQO média de
entrada de 700 mg L–1 e, após as três horas de reação, uma saída média de 70 mg
L–1. Foi então realizado um planejamento experimental com três fatores (pH,
temperatura e concentração do catalisador). Com os resultados obtidos, foi possível
escolher as condições para o tratamento (temperatura 25°C, concentração de dióxido
de titân io foi 2 g L-1 e pH 7), que apresentou 90% de remoção da cor em 60 minutos
de irradiação. A partir dos resultados, foi possível concluir que o acoplamento dos
reatores pode ser uma boa solução para o tratamento deste tipo de efluentes.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 154
Instituto de Química de São Carlos

Performance de uma célula PEM com catalisadores de paládio

Autores:
Sabrina C. Zignani – Instituto de Química de São Carlos, USP
Ermete Antolini – Scuola di Scienza dei Materiali, Italia
Ernesto Rafael Gonzalez – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: Paládio, RRO e células a combustível.

A sociedade busca formas de geração de energia mais eficientes, silenciosas,


versáteis e de baixo impacto ambiental. Neste contexto as células a combustível
surgem como uma potencial solução, sendo vislumbradas como a fonte de energia do
futuro. São silenciosas, mais eficientes que os sistemas de geração de energia atuais
e produzem o que os ecologistas chamam de energia limpa. Pt é comumente usada
como catalisador em células a combustível mas o custo e a oferta mundial são
barreiras significativas para a utilização generalizada deste tipo de sistema. Além
disso, em células a combustível de eletrólito polimérico, platina utilizada como anodo é
facilmente envenenado por monóxido de carbono, presentes no gás de reforma usado
como H2. Paládio e platina têm propriedades muito semelhantes, pois pertencem ao
mesmo grupo na tabela periódica. Em bases de teses, para diminuir o teor de Pt, uma
célula a combustível PEM foi formada através de um catalisador suportado de carbono
Pd95Pt5 como o ânodo e um catalisador suportado de carbono Pd49Pt47Co4 como
cátodo. As ligas binárias e ternárias Pt-M/C (M = Co, Pd) foram preparadas pelo
método de impregnação (PtM-MI), todas com 20 wt.% metal/C. Inicialmente os sais
dos metais precursores, como por exemplo, o CoCl2.6H2O e PdCl2 foram dissolvidos
em álcool isopropílico, e em seguida acrescentado solução de H2PtCl6 . Em
continuação foi feita uma suspensão com a adição de carbono (Vulcan XC-72)
previamente tratado à 850 ºC durante 5h em atmosfera de argônio. Esta suspensão foi
posta em ultra-som por 3 horas para a impregnação dos íons precursores sobre o
carbono. Após a evaporação total do solvente, o material foi tratado em atmosfera
inerte de argônio e em seguida em atmosfera redutora de H2 a 750 ºC por 1 h. A célula
a combustível PEM com uma composição de catalisador global atômica (ânodo +
cátodo) Pd72Pt26Co2 apresentaram um desempenho não muito longe de uma célula a
combustível com Pt. A perda de desempenho da célula combustível baseada em
paládio foi de apenas 15%, com 6% atribuídos ao ânodo e 9% para o cátodo, a
máxima densidade de potência (DPM) da célula baseada em Pd foi de 78%.

Agradecimento: CNPQ, LNLS e IQSC

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 155
Instituto de Química de São Carlos

Clonagem e expressão heteróloga da HSP70 DE Leishmania braziliensis

Autores:
Sabrina M O Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Julio Cesar Borges – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Hsp70, chaperones moleculares, parasitas

Proteínas de Choque Térmico ou chaperones moleculares (do inglês heat shock


protein – Hsp) são proteínas que auxiliam o enovelamento e previnem agregação de
proteínas. As Hsp70 são chaperones moleculares de aproximadamente 70 kDa que
desempenham um papel essencial no metabolismo de proteínas, uma vez que atuam
como um pivô capaz de receber e distribuir proteínas instáveis ou parcialmente
enoveladas entre os outros sistemas de chaperone molecular. Este trabalho visa obter
uma Hsp70 de Leishmania braziliensis em sua forma solúvel, através da expressão
heteróloga. O DNA da LbHsp70 foi amplificado a partir do DNA genômico de L.
braziliensis utilizando oligonucleotídeos específicos para amplificar a seqüência de
DNA que codifica a proteína. O fragmento de DNA referente a LbHsp70 foi clonado no
vetor de expressão pET23a (+) gerando o recombinante LbHsp70::pET23a(+). A
expressão da LbHsp70 foi feita utilizando a cepa de Escherichia coli BL21 (RP) que
possui RNAs de transferência para os códons raros existentes no gene da LbHsp70. A
LbHsp70 foi expressa de maneira insolúvel mesmo em diferentes condições de
indução. Na tentativa de obter a LbHsp70 solúvel, a proteína foi expressa em corpos
de inclusão para posterior solubilização por meio de um agente desnaturante e
reenovelamento por diálise. A purificação da LbHsp70 foi feita por cromatografia de
troca iônica. A obtenção da proteína LbHsp70 possibilitará a caracterização e
elucidação da funcionalidade e estrutura tridimensional desta proteína.

Agradecimento: Suporte financeiro CNPq e Fapesp

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 156
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de elétrodos quimicamente modificados com


hexacianoferratos de Cr, Co, Ni e Fe

Autores:
Sâmea Eulles Quixaba de Carvalho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luiz Henrique Mazo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: hexacianoferrato, metálicos, eletrodo de carbono vítreo

O trabalho apresenta o estudo e o desenvolvimento de eletrodos modificados


quimicamente com hexacianoferratos metálicos para serem empregados na
determinação de analitos orgânicos utilizando métodos eletroanalíticos. Dentre as
técnicas eletroanalíticas que poderão ser utilizadas, a voltametria cíclica será utilizada
inicialmente para avaliar os processos de oxidação-redução e caracterizar os
depósitos. Eletrodos modificados com polímeros inorgânicos constituem uma nova
categoria de eletrodos modificados quimicamente. A modificação do eletrodo
normalmente confere a este as características físico-químicas (reatividade,
seletividade, etc.) do modificador, possibilitando assim o desenvolvimento de
dispositivos com resposta eletroquímica adequada para vários propósitos e aplicações
analíticas, principalmente aquelas envolvendo moléculas orgânicas. Os sensores a
base de polímeros são utilizados por sua propriedade de catalisar a redução ou
oxidação de analitos orgânicos eletroquimicamente pouco reativos sobre eletrodos
convencionais. Os filmes dos hexacianoferratos apresentam alta reversibilidade
eletroquímica, seletividade aos transportes de íons e estabilidade. O objetivo deste
trabalho foi preparar e caracterizar sensores obtidos pela eletrodeposição de filmes de
hexacianoferratos dos metais Cr, Co, Fe e Ni na superfície de eletrodos de carbono
vítreo(CV). Os depósitos dos filmes foram obtidos pela da imersão do eletrodo de CV
em solução contendo o cloreto do metal, ferricianeto de potássio e cloreto de potássio
em concentrações apropriadas, seguida de ciclagem voltamétrica. Os parâmetros de
tempo de imersão e concentração das soluções foram avaliados por voltametria
cíclica. Após a preparação, a estabilidade e o condicionamento dos filmes, os mesmos
foram avaliados por meio de medidas de voltametria cíclica, entre 0 e 1 Volt a uma
velocidade de varredura de 50 mV s-1 em eletrólito contendo KCl 0,2 mol L-1. Como
resultado foram caracterizadas as propriedades eletroquímicas dos filmes dos
diferentes depósitos. Os eletrodos serão posteriormente testados utilizando espécies
orgânicas de comportamento reconhecidamente irreversível sobre eletrodos
convencionais, incluindo fármacos e pesticidas.

Agradecimento: CNPQ, CAPES E FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 157
Instituto de Química de São Carlos

Aplicação da irradiação micro-onda em biocatálise

Autores:
Sandra Santos Ribeiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
André Luiz Meleiro Porto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: lipase, irradiação micro-onda, reação de esterificação

Biocatalisadores ou catalisadores biológicos são proteínas cuja principal função é


catalisar reações nos organismos. Os biocatalisadores são utilizados em química
orgânica como uma alternativa aos processos químicos clássicos por apresentarem
inúmeras vantagens. Dentre estas destacam-se a elevada velocidade de reação e a
utilização de condições brandas1. O trabalho proposto envolverá reações de
esterificação de álcoois com lipases comerciais ou reações com células microbianas
(micro-organismos marinhos e termofílicos), onde será investigada a capacidade
destas enzimas em catalisarem as reações de interesse, bem como, em resistirem ao
efeito da irradiação micro-ondas. Uma vez, que nem sempre a função natural das
enzimas é compativel com as condições específicas dos processos industriais.
Portanto, a reação enzimática deve ser otimizada para obter o rendimento desejado,
seletividade e estabilidade2,3. A maioria das enzimas atualmente disponíveis não é
suficientemente estável sob alta pressão e irradiação de micro-ondas. Assim, além do
uso de lipases comerciais, também pretende-se utilizar células microbianas de micro-
organismos termofílicos que vivem em temperaturas altas (60-110°C) e / ou altas
pressões (> 650 bar) oriundas de regiões profundas dos oceanos, como também, com
micro-organismos marinhos frente à hidrólise de ésteres e epóxidos. Algumas lipases
comerciais já foram avaliadas quanto a sua seletividade, comparando-se a utilização
da irradiação de micro-ondas e o método convencional. Nesse estudo verificou-se que
a irradiação de micro-ondas não modificou as propriedades da enzima em relação à
sua estabilidade e especificidade pelo substrato, além de tornar as reações mais
rápidas 4.

Agradecimento: FAPESP, CAPES e CNPq

1Paques, F. W.; Macedo, G. A. Quím. Nova, 2006, 29(1), 93-99.


2Bommarius AS, Riebel, BR. Biocatalysis: fundamentals and applications Weinheim: Wiley-
VCH, 2004.
3Mason, R.; “Catalysis in chemistry and biochemistry” Catal. Lett., 98, 1, 2004.
4Bradoo, S.; Rathi, P.; Saxena, R. K.; Gupta, R. Microwave-assisted rapid characterization of
lipase selectivities. J. Biochem. Biophys. Methods, 2002, 51, 115–120.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 158
Instituto de Química de São Carlos

Estudos físico-químicos de N-acetilação de quitosanas em meio homogêneo

Autores:
Sara Cristina P.Veiga – Instituto de Química de São Carlos, USP
Sérgio Paulo Campana Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: quitosana, homogênea e N-acetilação.

A quitosana é um polissacarídeo linear, derivado do processo de desacetilação


da quitina, cuja estrutura é constituída por unidades 2-amino-2-desoxi-D-glicopiranose
(GlcN) e 2-acetamino-2-desoxi-D-glicopiranose (GlcNAc). As características físico-
químicas e as propriedades da quitosana dependem de parâmetros estruturais tais
como: massa molecular média viscosimétrica ( Mv ), grau médio de acetilação ( GA )
e distribuição das unidades GlcN e GlcNAc ao longo das cadeias poliméricas. Esses
parâmetros variam de acordo com o processo de desacetilação de quitina empregado
para a obtenção da quitosana. A rota mais comumente empregada para a
desacetilação de quitina é um processo heterogêneo que produz quitosanas
heterogêneas em termos de suas características estruturais, o que limita suas
aplicações. Para obter quitosana homogênea foi utilizado o Processo DAIUS
(desacetilação de quitina assistida por ultrassom de alta intensidade) e a quitosana
obtida (amostra Q_01) apresentou GA ≈7 % e Mv = 4,43x105 g/mol, o que
caracteriza o polímero como sendo extensivamente desacetilado. A amostra de
quitosana Q_01 foi utilizada como substrato na reação de N-acetilação, que ocorreu
em condições homogêneas e na presença de cossolvente hidroxilado (1,2
propanodiol) com o objetivo de preservar os grupos hidroxila da quitosana de reagirem
com o agente acetilante (anidrido acético), a duração da reação foi de 12 horas e a
razão molar anidrido acético/grupos amino das unidades GlcN foi de 0,02. O produto
obtido (NQ_02) apresentou um grau de acetilação GA ≈ 54%, logo a razão entre as
unidades GlcN e GlcNAc é de cerca 1:1.

Agradecimento: Capes, CNPQ e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 159
Instituto de Química de São Carlos

Aplicação de ferramentas da qualidade no desenvolvimento de métodos multi-


resíduos

Autores:
Sergio Pereira da Costa – Instituto de Química de São Carlos, USP
Igor Renato Bertoni Olivares – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Qualidade, validação, organoclorados, RSE.

Devido à crescente liberação de compostos voláteis e semi voláteis, e a evolução dos


estudos com estes compostos, já que são tóxicos e podem se magnificar na cadeia
alimentar, é necessário que haja cada vez mais a preocupação referente a estes
contaminantes presentes no meio ambiente. A busca de métodos confiáveis para que
se possa identificar tais compostos é de extrema importância. Desta maneira, a
procura de procedimentos confiáveis é exigido pelos principais órgãos nacionais
(MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pelos internacionais
(EPA - Environmental Protection Agency). Dentre estes compostos podemos destacar
os organoclorados, que são monitorados em diferentes tipos de matrizes. Podemos
destacar a matriz peixe, pois esta tem importância para questões de saúde pública,
por se tratar de um alimento, além de ser um bioindicador ambiental. Logo, um estudo
sobre técnicas multi-resíduos para detecção destes compostos será realizado,
empregando ferramentas da qualidade como validação e cálculos de incerteza para
assegurar a confiabilidade do método. O método multi-resíduo a ser estudado será o
método QuEChERS, que é um método barato, fácil, seguro, robusto, rápido, e será
aplicado em peixes para extração de organoclorados, com posterior aplicação em
técnicas de SBSE e RSE para comparação das mesmas, e como conseguinte a
análise em GC-MS e aplicação das ferramentas da qualidade para assegurar a
confiabilidade do método. Como resultado espera-se obter uma comparação de
diferentes técnicas de extração, as quais serão avaliadas a partir de diversas
ferramentas de gestão da qualidade.

Agradecimento: CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 160
Instituto de Química de São Carlos

Avaliação do efeito da presença de nanotubos de carbono em elétrodos


compósitos: CV e EIS.

Autores:
Sidney Xavier dos Santos – Instituto de Química de São Carlos, USP
Éder Tadeu Gomes Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Christopher M.A. Brett – Universidade de Coimbra, Portugal

Palavras-chave: nanotubos de carbono, borracha de silicone, eletrodo compósito.

Devido a importantes características, como grande área superficial, habilidade de


promover transferência eletrônica, propriedades eletrocatalíticas, os nanotubos de
carbono (CNT) têm sido muito utilizados na preparação de sensores. O objetivo deste
trabalho foi preparar e caracterizar eletrodos compósitos à base de nanotubos de
carbono de parede múltipla (MWCNT) e borracha de silicone (SR) 70% (MWCNT,
m/m), bem como, avaliar o efeito da adição de grafite aos MWCNT. Os eletrodos
foram preparados misturando-se proporções adequadas de MWCNT, grafite e
borracha de silicone, de maneira a obter um compósito com 70% de material condutor
(m/m). Voltametria cíclica (CV) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS)
foram utilizadas na caracterização dos eletrodos em diferentes composições usando
soluções de 5,0 mmol L-1 K3[Fe(CN)6] em KCl 0,50 mol L-1. Utilizando-se CV,
verificou-se que a presença de MWCNT na composição do material compósito
melhora a resposta obtida, verificada pelo aumento nas correntes de pico e pela
diminuição da separação entre os potenciais de pico. Essa melhora foi proporcional à
quantidade de MWCNT presentes no compósito. Na EIS, os diâmetros dos
semicírculos, observados em regiões de altas frequências no plano complexo,
fornecem os valores de resistência à transferência de carga (Rct), que foram
inversamente proporcionais à quantidade de MWCNT presentes no material
compósito. Indicando que a transferência eletrônica foi facilitada pela presença dos
MWCNT, concordando com resultados obtidos pelos experimentos de CV.

Agradecimento:CAPES-FCT, CNPQ, FAPESP (08/03537-7)

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 161
Instituto de Química de São Carlos

Reatividade da vanilina e do complexo vanilina-β-lactoglobulina frente à


ferrilmioglobina e radical DPPH•

Autores:
Silvia Helena Libardi – Instituto de Química de São Carlos, USP
Júlio César Borges – Instituto de Química de São Carlos, USP
Daniel Rodrigues Cardoso – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: proteína, ferrilmioglobina, antioxidante

O trato gastrointestinal é um dos primeiros sítios expostos ao estresse oxidativo


relacionado à dieta. O objetivo deste trabalho é investigar as propriedades
antioxidantes de compostos fenólicos presentes na dieta e a influência da
complexação com a β-lactoglobulina, proteína majoritária do soro do leite, na
desativação de espécies de ferro hipervalente e radical DPPH● em condições que
simulam o trato gastrointestinal. A constante de associação (KA) entre a vanilina e a β-
lactoglobulina (BLG) foi determinada utilizando-se as técnicas de espectroscopia de
emissão molecular (KA= 400 ± 12·102 L·mol-1) e microcalorimétria (KA = 5,6±0,3·102
L·mol-1) ambas em tampão fosfato com CH+ = 10-7,4 mol·L-1 e força iônica 0,32 (NaCl).
Constatou-se pela técnica de microcalorimetria que a complexação possui caráter
exotérmico. A reatividade da vanilina com o radical DPPH● foi investigada em meio de
emulsão aquosa Tween-20® com CH+ = 10-2,0 mol·L-1. Os resultados obtidos
demonstraram que a vanilina não pode ser considerada um bom antioxidante frente ao
DPPH● (k298 = 1,42±0,04·10-1 L·mol-1·s-1, ∆H‡298 = 34,0 ± 0,3 kJmol-1 ∆S‡298 = -147,4
± 0,9 J·mol-1·K-1 e k298 = 1,01±0,01·10-1, ∆H‡298 = 51,0 ± 0,6 kJ·mol-1, ∆S‡298 = -90 ± 2
J·mol-1·K-1 para o complexo com BLG). A presença da proteína BLG nas reações de
redução do radical DPPH● pela vanilina conduziu a um efeito antagônico na constante
de velocidade. A partir destes valores de entalpia e entropia de ativação o mecanismo
de redução do radical DPPH● foi atribuído um processo de abstração de átomo de
hidrogênio (HAT/PCET). A reação de desativação da espécie MbFe(IV)=O por vanilina
( k298= 57±1 L·mol-1·s-1, ∆H‡298 = 58,8 ± 0,3 kJmol-1 e ∆S‡298 = -14 ± 1 J·mol-1·K-1, e para
o complexo com BLG k298= 48±2 L·mol-1·s-1, ∆H‡298 = 68,6 ± 0,4 kJ·mol-1 e ∆S‡298 =
17 ± 1 J ·mol-1·K-1) , os valores de ∆H‡ e valores menos negativos de ∆S‡ corroboram
para um mecanismo ET por esfera externa, que é dificultado, porém não impedido
pela formação do complexo vanilina-β-lactoglobulina.

Agradecimento: CNPq, CAPES, FAPESP(09/00858-00), LNbio

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 162
Instituto de Química de São Carlos

Isolamento, identificação e investigação de rotas biossintéticas de produtos


naturais de microrganismos marinhos

Autores:
Stelamar Romminger – Instituto de Química de São Carlos, USP
Roberto Gomes de Souza Berlinck – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Microrganismos, Biossíntese, Precursores Marcados.

A origem biossintética de produtos naturais oriundos de microrganismos,


macrorganismos e plantas constituem um dos aspectos mais relevantes da pesquisa
em química de produtos naturais, tanto por seu caráter fundamental como por seu
caráter aplicado. Uma vez conhecida a rota biossintética de formação de um
metabólito secundário em particular, é possível modificar esta rota, utilizando-se
técnicas de engenharia genética e molecular para a produção de metabólitos
secundários bioativos e/ou economicamente importantes. Inicialmente, o fungo
Penicillium citrinum (Linhagem F53), produtor do composto inseticida (E)-1-(2,3-diidro-
1H-pirrol-1-il)-2-metildec-8-eno-1,3-diona, foi inoculado em 50 mL de meio de cultura
líquido MF. Após quatro dias de incubação, o meio de cultura foi enriquecido com os
precursores isotopicamente marcados [1–13C] acetato e [1–13C] metionina,
separadamente. Ao final do período de fermentação, a mistura micélio + meio de
cultura foi filtrada e o meio de cultura foi submetido a uma extração em fase sólida
(SPE) utilizando-se um cartucho C18 eluído com H2O, MeOH/H2O (1:1) e MeOH. A
fração de interesse (Fr. MeOH) foi analisada por LC/PDA/MS, utilizando-se uma
coluna analítica Inertsil ODS – 3 (dimensões 250 x 4,6 mm, 5 µm), eluída com
MeOH/H2O (7:3). Estas análises indicaram a incorporação dos precursores
isotopicamente marcados. As frações serão ainda purificadas para análises adicionais
por RMN – 1H, 13C e bidimensionais.

Agradecimento: Os autores agradecem ao CNPq e à FAPESP pelo apoio financeiro.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 163
Instituto de Química de São Carlos

Estudo comparativo da oxidação eletroquímica do herbicida tebutiuron


utilizando elétrodos DSA-Cl2®, DSA-O2® e diamante dopado com boro (Ti/DDB)

Autores:
Suellen A Alves – Instituto de Química de São Carlos, USP
Rafael Machado Reis – Instituto de Química de São Carlos, USP
Migliorini, F.L – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Braga, N.A – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Baldan, M.R – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Ferreira, N.G - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Rodnei Bertazzoli – da Universidade Estadual de Campinas

Palavras chaves: degradação, tebutiuron, diamante dopado com boro

O tebutiuron (TBT) é um herbicida do grupo da uréia sendo utilizado extensivamente


na cultura da cana-de-açúcar. O presente trabalho tem por objetivo o estudo
comparativo da oxidação eletroquímica do TBT usando diferentes ânodos: DSACl2 ®,
DSA-O2 ® e eletrodo de diamante dopado com boro crescidos sobre substrato de
titânio (Ti/DDB). O herbicida comercial (Combine 500 SC® - Dow AgroSciences Ltda)
foi disperso no eletrólito 0.1 mol L-1 H2SO4 e 0.1 mol L-1 K2SO4 em um volume de
0,35 L na célula eletroquímica e concentração de 100 mgL-1. Como cátodo foi
utilizado um eletrodo de platina e o eletrodo Ag/AgCl foi utilizado como eletrodo de
referência. Os eletrodos DSA foram produzidos por De Nora do Brasil Ltda e o
eletrodo Ti/DDB foi produzido por DIMARE/INPE. Os experimentos foram realizados
com a técnica de controle de corrente, onde foram aplicados 10 mA cm-2, 25 mA cm-
2, 50 mA cm-2, 75 mA cm-2, 100 mA cm-2, 150 mA cm-2 e 200 mA cm-2. Para o
monitoramento da concentração do TBT durante o experimento utilizou-se HPLC,
Shimadzu Prominence com coluna C-18, íons inorgânicos por cromatografia de íons
Metrohm 850 Pro, carbono orgânico total (TOC) Shimadzu TOC-VCPN e
espectrometria na região do Ultravioleta-Visível (UV-Vis), Varian 50 Scan. Os
intermediários de degradação foram analisados por cromatografia a gás acoplada ao
espectrômetro de massas (GC-MS/MS) com amostras extraídas utilizando SPE. Os
resultados indicam que o processo utilizado promove uma degradação eficiente do
TBT com os três eletrodos utilizados. Contudo o eletrodo Ti/DDB mostrou-se superior
se comparado aos eletrodos comerciais.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 164
Instituto de Química de São Carlos

Sacarificação de polpa celulósica proveniente do sisal: estudos visando à


produção de bioetanol

Autores:
Talita M. Lacerda – Instituto de Química de São Carlos, USP
Mauricio P. de Paula – Instituto de Química de São Carlos, USP
Márcia D. Zambon – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete Frollini – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Sisal, hidrólise ácida, bioetanol.

No Brasil, o cultivo do sisal é altamente produtivo e o uso como fonte de matéria-prima


para a fabricação do etanol, através da transformação dos polissacarídeos presentes
na biomassa em açúcares fermentáveis é, sem dúvida, de grande valia dado que o
país é atualmente o maior produtor mundial desta planta. No presente trabalho, foi
desenvolvido um estudo visando obter açúcares da hidrólise de polpa de sisal
(mercerizada ou não) utilizando ácido sulfúrico como catalisador [100°C, 5 a 30%
(v/v)]. Durante o processo, foram retiradas alíquotas dos licores de açúcares e
derivados [analisados por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)]. As
celuloses residuais, suspensas no meio, também foram avaliadas (microscopia
eletrônica de varredura, massa molar média, difração de raios X). Os resultados
mostraram que: maiores concentrações de ácido (25 e 30%) levaram à decomposição
da glicose gerada como produto (concentração diminui a partir de 250 minutos),
mostrando que menores concentrações devem ser usadas. O processo de
mercerização facilitou a hidrólise ácida da celulose, aumentando a produção de
glicose em até 50%, quando comparado com a celulose de partida sem tratamento.
Resultados de difração de raios X mostraram que concentrações de ácido entre 5 e
15% aumentaram o índice de cristalinidade da celulose residual, pois as cadeias
presentes nas regiões não cristalinas reagem mais facilmente, aumentando o teor de
domínios cristalinos. Entretanto, concentrações entre 20 e 30% diminuíram a
cristalinidade da celulose residual, o que indica que maiores concentrações de ácido
são capazes de hidrolisar as regiões cristalinas. Imagens de microscopia eletrônica de
varredura mostraram que as fibras são progressivamente menores em tamanho e
espessura, com o aumento da concentração de ácido sulfúrico, e análises de
viscosimetria mostraram uma redução de até 10 vezes no valor da massa molar média
da celulose, logo nos primeiros 30 minutos de reação. Os resultados obtidos permitem
o estudo cinético das reações.

Agradecimento: CAPES, FAPESP, CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 165
Instituto de Química de São Carlos

Preparação de catalisadores a base de platina e nióbio para células a


combustível

Autores:
Thairo de Araújo Rocha – Instituto de Química de São Carlos, USP
Flavio Colmati Junior – Universidade Federal de Goiás
Ernesto R. Gonzalez – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: PtxNby/C, eletrocatalisadores, células a combustível.

Nas últimas décadas, a crescente demanda de energia e o alto índice de poluição


provocado pelo uso de combustíveis fósseis principalmente em veículos automotores
tem atraído a atenção da comunidade científica para a busca de novas fontes de
energia, dentre as quais, as células a combustível merecem destaque pela sua
elevada eficiência na conversão de energia química em energia elétrica, de forma
limpa e silenciosa. Os catalisadores utilizados nas células a combustível são
compostos de nanopartículas de platina (Pt) ou ligas Pt-M, onde M é um metal de
transição sendo ancorados em um suporte condutor, geralmente pó de carbono de alta
área superficial. Os catalisadores são preparados na forma de nanopartículas para se
obter uma maior área superficial e assim uma pequena carga do metal nobre (Pt) é
utilizada, normalmente se utiliza desde 0,1 a 2 mg Pt cm-2. O segundo metal, Nióbio
(Nb) neste caso pode auxiliar a catálise na eletro-oxidação do combustível e assim o
catalisador fica mais tolerante ao CO residual no H2 obtido por reforma, ou consegue
oxidar o CO adsorvido formado como intermediário da reação de oxidação de metanol.
Os catalisadores de Pt-Nb com proporções atômicas de 3:1, 2:1 e 1:1 de PtxNby foram
preparados por redução química em solução. Preparou-se uma suspensão de carbono
Vulcan XC-72R em solução de ácido fórmico aquecida em banho térmico a 80 ºC. A
esta suspensão foram adicionadas as soluções de ácido hexacloroplatínico
(H2PtCl6.6H2O, Alfa Aesar) e cloreto de nióbio (NbCl5, Aldrich). Após a adição dos
sais precursores os catalisadores foram filtrados e secos. Como testes preliminares os
catalisadores foram testados em uma célula a combustível de membrana trocadora de
prótons, como ânodos na oxidação de hidrogênio.

Agradecimento: CNPQ e IQSC

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 166
Instituto de Química de São Carlos

Reforma a vapor de glicerol sobre catalisadores Ni/CeO2-ZrO2 para a produção


de gás de síntese

Autores:
Thaisa A. Maia – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete M. Assaf – Instituto de Química de São Carlos, USP

A possibilidade de esgotamento dos combustíveis fósseis nos leva a buscar soluções


diversificadas para produção de energia, dentre as fontes de energia limpa
promissoras destaca-se o gás de síntese, produzidos nos diversos processos de
reforma, destacando-se a reforma a vapor de glicerol (RVG). Os catalisadores de Ni se
destacam nessa reação, porém esse metal possui como característica a formação de
carbono. Dentre as alternativas para diminuição desse carbono, destaca-se o uso de
suportes com características que favoreçam a diminuição do mesmo, podendo-se citar
os suportes baseados em CeO2 e ZrO2. Este trabalho teve como objetivo o estudo de
catalisadores Ni/CexZr1-xO2 (0<x<1) visando a produção de gás de síntese a partir da
reação de RVG. Os catalisadores foram caracterizados por Espectroscopia Raman,
DRX e RTP-H2, evidenciando a formação de soluções sólidas CeO2-ZrO2 e da fase
NiO com diferentes graus de interação com o suporte. Os ensaios catalíticos foram
realizados utilizando uma razão molar 3H2O/1glicerol, com 150 mg de catalisador. Foi
verificado a formação de carbono para todos catalisadores, porém essa formação é
maior para os catalisadores suportados em óxidos puros e menor para os
catalisadores suportados em CexZr1-xO2 com maior quantidade de CeO2, o que foi
atribuído a maior mobilidade de oxigênio para esses suportes. O catalisador
5Ni/C0,5Zr0,5O2 foi o que apresentou melhor desempenho com uma maior formação
de H2 e CO, juntamente com uma baixa formação de carbono.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 167
Instituto de Química de São Carlos

Desenvolvimento de eletrodos impressos descartáveis à base de compósitos


grafite e Poliuretana

Autores:
Thalita Rocha Saciloto – Instituto de Química de São Carlos, USP
Priscila Cervini – Instituto de Química de São Carlos, USP
Éder Tadeu Gomes Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: eletrodos impressos, poliuretana, compósitos

Neste trabalho descreve-se o desenvolvimento de um eletrodo impresso descartável, à


base de compósito grafite e poliuretana (EIGPU), derivada de óleos vegetais. A
hidrofobicidade deste tipo de material eletródico ligada à possibilidade de total
automação na fabricação de um sistema completo contendo os eletrodos de trabalho,
auxiliar e refêrencia, todos impressos no mesmo suporte, tornam esse tipo de eletrodo
bastante atrativo. A confecção dos EIGPU constituiu-se basicamente em forçar a tinta
a passar através de uma tela, para ser depositada sobre uma placa de PVC. A tinta foi
composta por grafite, resina PU como aglutinante e um solvente. Essa mistura foi
homogeneizada por 10 minutos em almofariz de vidro, e em seguida, passada através
de uma tela, sobre a placa de PVC, formando um filme. Após 24 horas de cura da
resina, uma pasta de Ag/AgCl, utilizada como eletrodo de referência foi adicionada
sobre o PVC. O contra-eletrodo utilizado foi feito do mesmo material do compósito. Em
seguida, o filme foi parcialmente coberto por uma camada de isolante para definir uma
área de contato elétrico em uma extremidade, e em outra, para definir a área do
eletrodo. Para a confecção dos eletrodos, alguns parâmetros foram otimizados, como
o solvente a ser utilizado na tinta e sua proporção, diferentes geometrias e dimensões
de eletrodo e o tipo de isolante. Após a otimização dos parâmetros, os eletrodos foram
testados em voltametria cíclica, utilizando [Fe(CN)6]3- como sonda eletroquímica, com
velocidade de 25 mV s-1, para a avaliação da melhor resposta voltamétrica. Os
melhores resultados em termos de perfil voltamétrico e intensidade de corrente foram
obtidos com o ECIGPU 60% (grafite, m/m), clorofórmio, na proporção de 1:1,5 (m/m),
com a PU como isolante. O efeito da velocidade de varredura sobre a resposta
voltamétrica do compósito foi investigado em solução de [Fe(CN)6]3- 5 mmol L-1,
variando-se a velocidade entre 5 e 100mV s-1, em um intervalo de potencial de –0,25
a 0,6V. Pode-se observar um aumento na intensidade de corrente, com o aumento da
velocidade de varredura, como esperado. Uma curva analítica foi obtida a fim de se
observar a dependência da corrente de pico com a concentração da espécie
eletroativa Fe(CN)6-3. A concentração de ferricianeto foi variada de 1,00 a 100 µmol L-
1.

Agradecimento:CNPq, FAPESP(08/03537-7)

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 168
Instituto de Química de São Carlos

Efeitos da temperatura e da concentração de CO e CO2 sobre a eletrocatálise da


oxidação de hidrogênio em elétrodos à base de Pt e Mo

Autores:
Thayane Carpanedo de Morais Nepel – Instituto de Química de São Carlos, USP
Edson Antonio Ticianelli – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Células a combustível, oxidação de hidrogênio, eletrocatalisador Pt-


Mo

As células a combustível são dispositivos conversores da energia química de um


combustível (hidrogênio, metanol e etanol) e de um oxidante (oxigênio ou ar) em
energia elétrica e calor. No entanto, quando se utiliza hidrogênio obtido por reforma
como combustível, o gás final contém traços de monóxido de carbono que acaba por
bloquear os sítios do catalisador anódico, por excelência Pt, comumente usado na
célula a combustível, diminuindo drasticamente a sua eficiência. Isto é particularmente
importante no caso das células que contem membrana trocadora de próton como
eletrólito (PEMFC), cuja temperatura de operação não é suficientemente alta para
promover os processos de descontaminação do eletrocatalisador. Além disso, o
combustível reformado contém cerca de 25% de CO2, o qual pode ser reduzido a CO
e assim acentuar o processo de envenenamento eletródico. Dessa forma, a busca de
materiais tolerantes a tal contaminante e o conhecimento dos efeitos dos parâmetros
de funcionamento da célula, como a temperatura e a pressão parcial dos gases
contaminantes é de fundamental importância. Assim neste trabalho o objetivo tem sido
estudar eletrocatalisadores nanocristalinos formados por materiais bimetálicos de Pt-
Mo, um catalisador de atividade eletrocatalítica amplamente descrito na literatura, para
a reação de oxidação de hidrogênio na presença de CO em células unitárias PEMFC
acoplada a Espectrometria de Massa on line. O estudo engloba a caracterização da
tolerância às concentrações de CO e CO2, bem como da influência da temperatura da
célula sobre o desempenho do eletrocatalisador na presença desses gases
envenenadores.

Agradecimento: CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 169
Instituto de Química de São Carlos

Reatividade de ácidos fenólicos frente à espécies de Heme-Ferro hipervalente e


ao radical 1-hidroxietila

Autores:
Thiago Bueno Ruiz Papa – Instituto de Química de São Carlos, USP
Daniel R. Cardoso – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras Chave: compostos fenólicos , antioxidantes.

O presente trabalho visa a avaliação das propriedades antioxidantes de compostos


fenólicos do tipo ácidos fenólicos em sistemas modelo de alimentos para proteção de
proteínas e lipídeos frente a espécies de heme-ferro hipervalentes e ao radical 1-
hidroxietila. Foram feitos estudos de reatividade de diferentes ácidos fenólicos frente à
espécie de ferro hipervalente ferrilmioglobina MbFe(IV)=O utilizando espectroscopia
eletrônica (UV-Vis). Foram calculadas as constantes de velocidade bimolecular da
reação dos ácidos p-cumárico (k288 = 24,75 L·mol-1·s-1), vanílico(k288= 8,74 L·mol-1·s-1),
cafeico(k288= 146,84 L·mol-1·s-1) e clorogênico(k288= 203,46 L·mol-1·s-1), em diferentes
temperaturas a fim de determinar os parâmetros de ativação dessa reação (∆H≠ e
∆S≠), ver tabela 1.

Tabela 1. Parâmetros termodinâmicos para o estado de transição para reações entre ácido
vanílico e seus complexos com proteínas e a espécie reativa MbFe(IV)=O

Ácido Fenólico ∆H≠(kJ·mol-1) ∆S≠(J· ·mol-1 K-1)


Ácido Vanílico 48,2 -59,9
Ácido p-cumárico 40,3 -78,9
Ácido Homoprotocatequéico 77.5 36,9

Os valores encontrados para os parâmetros de ativação (tabela 1) corroboram com um


mecanismo de transferência de elétrons por esfera externa. A reatividade desses
ácidos fenólicos frente ao radical 1-hidroxietila, produzido pela reação de Fenton, foi
estudada utilizando espectrometria de massas, com o auxílio da armadilha química
POBN. Os ácidos clorogênico e cafeico demonstraram um comportamento pro-
oxidante, nesse caso, enquanto o ácido p-cumárico apresentou um comportamento
antioxidante.

Agradecimento: CNPq e FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 170
Instituto de Química de São Carlos

Dopagem da camada dielétrica: uma nova alternativa para aumento de


sensibilidade em detecção condutométrica sem contato

Autores:
Thiago Pinotti Segato – Instituto de Química de São Carlos, USP
Renato Sousa Lima – Instituto de Química de São Carlos, USP
Wendell Karlos Tomazelli Coltro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Emanuel Carrilho – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: microfluídica, dióxido de titânio, constante dielétrica

A detecção condutométrica sem contato (C4D) tem se mostrado uma ferramenta útil
para determinações analíticas em microfluídica, especialmente graças a
características intrínsecas a técnica como: isolamento elétrico dos eletrodos e
instrumentação simples. Neste contexto, novas metodologias devem ser
implementadas de modo a reduzir os limites de detectabilidade da C4D. Dentre as
alternativas já propostas para essa finalidade, temos: sinais de excitação de alta
voltagem, eletrodos semicirculares e detecção condutométrica híbrida. Este trabalho
descreve uma nova técnica para aumento da sensibilidade em C4D em microchips
híbridos vidro/PDMS, a qual consiste em dopar a camada isolante dos eletrodos
(PDMS) com material semicondutor (TiO2). Pretende-se, assim, elevar a constante
dielétrica do polímero favorecendo o acoplamento capacitivo eletrodo/solução. As
etapas primárias inerentes ao protocolo de fabricação dos microssistemas são: (i)
deposição dos eletrodos (Ti/Au) por sputtering sobre placa de vidro (7,5 cm x 7,5 cm);
(ii) adição e homogeneização de TiO2 em monômeros de PDMS (PDMSTiO2); (iii)
isolamento elétrico dos eletrodos por uma membrana de PDMSTiO2 (50 µm de
espessura) depositada por spinner; seguido da cura do polímero; (iv) confecção dos
microcanais (50 µm x 250 µm) em lâmina de PDMS utilizando-se processo de
moldagem por litografia suave, e (v) selagem irreversível do dispositivo, obtida
mediante simples contato entre as placas após oxidação dessas em plasma de O2.
Até o momento, foram investigados três percentuais de dopagem de PDMSTiO2, a
sendo: 10, 25 e 50 %, os quais tiveram seus desempenhos analíticos comparados
com o de uma camada dielétrica de PDMS sem dopagem. Como uma estimativa da
sensibilidade dos detectores condutométricos, foram calculados os limites de detecção
(LOD) segundo parâmetros da curva analítica a 95,0, 99,0 e 99,9% de confiança. Para
tal, foram feitas cinco medidas em fluxo para cada um dos níveis de concentração de
NH4Cl estudados (1,0 a 8,0 mmol.L-1). Adotamos as condições experimentais
seguintes: 400 kHz, 2,5 VP-P e 100 µL.min-1 de vazão para amostra e branco (água
deionizada). Os valores de LOD calculados para os níveis de dopagem de 0, 10, 25 e
50% foram, respectivamente, 385,5; 269,9; 144,8 e 14,7 µmol.L-1. Os resultados
atestaram o sucesso da dopagem da camada dielétrica como uma nova alternativa
para redução dos níveis de detectabilidade da C4D em microchips. Adicionalmente,
outros percentuais de dopagem e materiais condutores e semicondutores podem ser
estudados objetivando a melhoria do método proposto.

Agradecimento: CAPES, CNPQ e LNLS

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 171
Instituto de Química de São Carlos

Sínteses de polímeros via ROMP com [RuCl2(PPh3)2(NH2Ph)2]

Autores:
Tiago Breve da Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Benedito dos Santos Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: ROMP, rutênio, ligantes ancilares.

ROMP (Ring-Opening Metathesis Polimerization) é um processo de polimerização


onde uma olefina cíclica é convertida em polimérico que retém a insaturação. A reação
é catalisada por complexos de metais de transição, tais como complexos de rutênio(II).
Para melhor controle do rendimento e das propriedades dos polímeros é preciso
encontrar a melhor sintonia entre as propriedades estéricas e eletrônica dos ligantes
ancilares. Assim, tem-se estudado misturas de aminas com fosfinas na esfera de
coordenação para essa finalidade. O complexo [RuCl2(PPh3)2(NH2Ph)2] foi
preparado pela reação do complexo precursor [RuCl2(PPh3)3] com a amina NH2Ph
em acetona à temperatura ambiente por 24 horas em argônio. O complexo isolado é
hexacoordenado com satisfatórios resultados analíticos. A Tabela 1 apresenta a
aplicação em ROMP de norborneno (NBE) em presença de etildiazoacetado (EDA)
como fonte de carbeno Observa-se que o volume de 5 µL de EDA é o que indica
melhor rendimento e IPD (Índice de Polidispersidade). O aumento da quantidade de
EDA ocasiona um decréscimo no rendimento e um acréscimo no IPD, provavelmente
devido à competição do EDA com a olefina pelo centro metálico. A variação da
quantidade de monômero resulta em [NBE]/[Ru]=5000 com melhor rendimento e o
menor IPD a 25°C (Volume de EDA em 5 µL).

Agradecimento: CAPES, FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 172
Instituto de Química de São Carlos

Nanobastões de L10-FePt obtidos diretamente na fase tetragonal

Autores:
Tiago Luis da Silva – Instituto de Química de São Carlos, USP
Laudemir Carlos Varanda – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: processo poliol, nanopartículas de FePt, nanobastões

Recentemente, nanopartículas (NP) de FePt na fase tetragonal de face centrada (fct)


surgiram como excelentes candidatos a gravação magnética de ultra-alta densidade
(UHMR), devido a sua alta anisotropia magnetocristalina. Entretanto, o alinhamento
magnético tem sido um constante problema, pois os eixos de fácil magnetização das
NP esféricas são orientados randomicamente nas três direções. Como possível
solução, alguns trabalhos da literatura sugerem que NP aciculares, essencialmente
nanobastões (NB), poderiam ser usados para a textura e alinhamento magnético,
devido a sua anisotropia de forma. Entretanto, as sínteses de NB reportados na
literatura levam a formação da fase cúbica de face centrada (fcc), que mostrou ser
termodinamicamente instável, resultando em NP esféricas após o processo de
recozimento para a trasformação da fase fcc para fct. Neste trabalho, NP de FePt
auto-organizados com tamanho e forma controlados foram sintetizados diretamente na
fase fct. Em um frasco de três bocas com fundo redondo, sob a atmosfera de N2,
Pt(acac)2, Fe(acac)3, e um mistura 2:1 v/v de oleilamina (OAm) e octadeceno (OD) em
volume total de 20 ml foram adicionados e aquecidos lentamente até a temperatura de
refluxo, permanecendo por 3 horas. As NP obtidas foram purificadas por centrifugação
e caracterizadas. Os comprimentos dos NB foram controlados pela variação da razão
volumétrica entre OAm e OD. Sistemas auto-organizados foram obtidos dispersando
as NP em uma mistura de hexano e etanol contendo ácido oléico (AO) e OAm ou
hexadecilamina (HDA) e evaporadas a temperatura ambiente. Foram obtidos
nanobastões de 60 ± 5 nm de comprimento e 2-3 nm de diâmetro parcialmente na fase
tetragonal, resultando em uma melhora significativa no parâmetro squareness
(S=0.76) e no valor de coercividade (Hc) de ~10 kOe.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 173
Instituto de Química de São Carlos

Estudo e otimização do processo fenton na degradação da azorubina

Autores:
Ulisses Magalhães Nascimento – Instituto de Química de São Carlos, USP
Luana Marques Gomes – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo Bessa Azevedo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras- chave: azorubina, POAs, UV/H2O2

A azorubina é um corante azóico ácido largamente utilizado na indústria alimentícia.


Esses corantes também são conhecidos pelos seus possíveis efeitos carcinogênicos e
mutagênicos, sendo muitas vezes necessária a utilização de metodologias novas,
adequadas e eficientes para remoção destes contaminantes. Considerando as
informações acima e as características dos efluentes contendo corantes (forte
coloração, elevada DQO etc.), os POAs vêm demonstrando ser um conjunto de
tecnologias de tratamento adequado para esta aplicação. O objetivo deste estudo foi
otimizar o processo Fenton para o descoramento do corante azorubina, avaliando-se
as quantidades residuais de H2O2 e de Fe, e também, a ecotoxicidade da solução
tratada. O ponto ótimo obtido pelo planejamento experimental usando como variáveis
independentes o pH, razão [Fe2+]/[H2O2] e temperatura, foram 2,8; 0,32 e 38,7°C,
respectivamente. Em 4 minutos de reação, obteve-se 99,87% de remoção da cor. As
quantidades de peróxido de hidrogênio residuais foram nulas para todos os
experimentos do planejamento. A concentração de ferro residual, no ponto ótimo, foi
de 0,57 mg L–1, valor bem inferior ao máximo estabelecido pela legislação vigente (15
mg L–1). A análise de toxicidade mostrou que a metodologia aplicada tornou o efluente
levemente tóxico para o organismo modelo testado, na medida em que se obteve uma
CE50 de 89%. Observou-se que o processo Fenton é eficiente e adequado para o
descoramento da solução de azorubina, considerando-se que foram obtidos
aproximadamente 100% de remoção de cor em 4 minutos de reação e não foi
observado aumento considerável da toxicidade da solução tratada.

Agradecimento:ao CNPq pelo auxílio financeiro.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 174
Instituto de Química de São Carlos

Preparação, caracterização e testes catalíticos de nanopartículas


magnéticaspara degradação fotocatalítica de compostos orgânicos

Autores:
Ulisses Magalhães Nascimento – Instituto de Química de São Carlos, USP
Laudemir Carlos Varanda – Instituto de Química de São Carlos, USP
Eduardo Bessa Azevedo – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras- chave: nanopartículas, POAs, catálise heterogênea

Devido ao crescimento populacional intenso, à concentração urbana, à poluição dos


corpos d’água superficiais e subterrâneos, a qualidade da água tem se deteriorado a
uma taxa alarmante. Tem surgido, então, a necessidade de se buscar tecnologias de
tratamentos de efluente e água de abastecimento que sejam cada vez mais eficientes
quanto à remoção dos poluentes. Têm-se estudado, em substituição às tecnologias
convencionais de tratamento, os processos oxidativos avançados (POAs), nos quais
são gerados in situ os radicais hidroxila (HO•). Esses processos podem ser destrutivos,
chegando-se à mineralização completa da matéria orgânica presente. Dentre os
POAs, um dos mais promissores é a fotocatálise utilizando o dióxido de titânio como
fotocatalisador e luz UV/Visível. Entretanto, esta tecnologia apresenta atualmente
alguns desafios que devem ser vencidos para que sua aplicação industrial seja ampla:
entre os quais se pode destacar a necessidade de se desenvolver sistemas onde o
reuso e a separação do catalisador seja facilitada. Sendo assim, este Projeto tem
investigado, a preparação de nanopartículas magnéticas recobertas de TiO2. Essas
partículas funcionarão como catalisadores que se mantenham dispersos no meio
reacional e que, devido às suas propriedades magnéticas, possa ser confinado dentro
de um reator fotoquímico pela aplicação de um campo magnético. Até o momento
foram concluídas as etapas de síntese e caracterização das partículas de hematita, e
também, se realizou testes de recobrimento dessas partículas com TiO2, no entanto
faltam algumas análises para garantir a eficiência das metodologias testadas.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 175
Instituto de Química de São Carlos

Utilização da reação de Wittig e Horner-Wadsworth-Emmons (HWE)


intramolecular na síntese de alcaloides indolizidínicos e quinolizidínicos.

Autores:
Vagner D. Pinho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antônio C. B. Burtoloso – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras chave: Wittig, HWE, Alcalóides

Alcaloides Indolizidínicos e quinolizidínicos destacam-se devido apresentarem ampla


gama de atividades biológicas. Podemos destacar as Pulmiliotoxinas e as
Homopulmiliotoxinas, que apresentam atividades cardiotônicas pronunciadas. Neste
contexto propomos a utilização da reação de Wittig e HWE intramolecular na
preparação da enona 1, intermediário para obtenção do esqueleto indolizidínico e
quinolizidínico.

Nesta abordagem os alcoóis 2 e 3 são intermediários chaves no processo de


ciclização.

Os alcoóis 2 e 3 foram preparados a partir do álcool protegido com TBS, obtido em


duas etapas a partir do ácido piroglutâmico. A alquilação do álcool protegido com com
a cloreto fosforana, obtido a partir da 1,3 dicloroacetona, forneceu 2 em uma única
etapa em 70% de rendimento. Para a preparação do fosfonato 3 o ânion de sódio do
álcool protegido foi alquilado com bromoacetato de etila, seguido da adição do ânion
de lítio do dimetil metilfosfonato (DMMP), e posterior etapa de desproteção em meio
ácido. Os alcoóis 2 e 3, intermediários chaves para o processo de ciclização foram
obtidos em em rendimentos satisfatórios, e estão sendo empregados na investigação
das etapas de oxidação/ciclização.

Agradecimento: FAPESP, CNPq, CAQI-IQSC

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 176
Instituto de Química de São Carlos

Síntese, caracterização e propriedades térmicas de copolímeros NBE/NBD via


ring-opening metathesis polymerization (ROMP)

Autores:
Valdemiro P. Carvalho Jr – Instituto de Química de São Carlos, USP
Camila P. Ferraz – Instituto de Química de São Carlos, USP
Benedito S. Lima-Neto – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: Copolímero NBE/NBD, ROMP, propriedades térmica.

Copolímeros e blendas têm sido utilizados com freqüência para sintonizar as


propriedades de um material entre os dos homopolímeros correspondentes. ROMP
emergiu como um método poderoso e amplamente aplicável para a síntese de novos
materiais macromoleculares. Neste trabalho apresentamos a preparação de
copolímeros NBE/NBD (NBE-norborneno; NBD-norbornadieno) via ROMP variando a
composição de NBD usando os complexos [RuCl2(PPh3)2(pip)] (1) e
[RuCl2(PPh3)2(Me2pip)] (2) como pré-catalisadores, avaliando a influência dos dois
diferentes monômeros, onde o NBE forma uma cadeia linear e NBD como um agente
de intercruzamento. A polidispersidade (PDI) dos polímeros sintetizados está
relacionada com a eficiência da propagação e da iniciação. O homopolímero NBE
resultante ([NBE]/[Ru] = 5000) possui um PDI de 1,43 e 1,52, usando 1 e 2,
respectivamente. Quando NBD ([NBD]/[Ru] = 500, 1000, 1500 e 2000) foi misturado a
NBE ([NBE]/[Ru] = 5000) ocorreu uma diminuição linear nos valores de PDIs dos
copolímeros NBE/NBD usando ambos, 1 e 2. A estabilidade térmica dos copolímeros
NBE/NBD foi avaliada por TGA e as temperaturas de transição vítrea (Tg) foram
estimadas a partir do DSC e DMA. As conseqüências da eficiência de cura através da
polimerização com diferentes composições [NBE]5000[NBD]n usando 1 e 2 foram
examinadas. Assim, como esperado, a Tg dos copolímeros aumentou com o aumento
da concentração do agente de intercruzamento (NBD).

Agradecimento: Capes, CNPq e Fapesp

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 177
Instituto de Química de São Carlos

Caracterização por EDX, DRX e avaliação da capacidade catalítica de Ni-Co na


eletro-oxidação do glicerol

Autores:
Vanessa L. Oliveira – Instituto de Química de São Carlos, USP
Germano Tremiliosi Filho – Instituto de Química de São Carlos, USP
Patricia M. P. Pratta – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: glicerol, Ni-Co, célula a combustível.

Células a combustível são dispositivos eletroquímicos que convertem energia química


de uma reação, diretamente em energia elétrica. Dentre as inúmeras configurações de
células a combustível, as células DAFC- Direct Alcohol Fuel Cell estão despontando
como uma tecnologia altamente promissora. O glicerol, um polialcool derivado da
produção do biodiesel, não é tóxico, não é inflamável e também não é volátil, é,
portanto um combustível muito atrativo. Para facilitar a oxidação do combustível em
células são empregados catalisadores metálicos. Têm sido empregados metais não
nobres como Ni e Co possuem alta atividade catalítica e tem-se mostrado muito
promissores para a oxidação de álcoois. Óxidos com estrutura de espinélio vêm
chamando a atenção, por apresentarem propriedades ópticas, elétricas, magnéticas e
catalíticas notáveis para aplicações em ciência e engenharia, em especial, o espinélio
a base de Co e Ni. Em função disto, buscou-se desenvolver catalisadores a base de
Ni-Co em meio alcalino na tentativa de melhorar a condutividade de eletrodos de Ni já
empregado em supercapacitores. A rota empregada para a síntese do catalisador foi
descrita por Yuan e Lou e seus colaboradores; com algumas modificações A síntese
segue o mecanismo Ostwald-Ripening. Ainda na forma hidróxido já se observa a
formação estrutural do catalisador e se mantém após a etapa de calcinação que
converte o hidróxido para o óxido. Foram testados diferentes tratamentos térmicos
para avaliar o grau de conversão do hidróxido para o óxido de Ni-Co. As amostras
foram examinadas por EDX, DRX e indicou que a rota de síntese possibilita a
formação das partículas de Ni-Co e, além disso, verificou-se partículas com tamanhos
satisfatórios para atividade catalítica de oxidação, sendo que a amostra obtida a 700ºC
foi a que apresentou maior atividade catalítica na eletro-oxidação do glicerol.

Agradecimento: Um dos autores (PMPP) agradece ao CNPq pela bolsa de PDJ. Os


autores agradecem a FAPESP pelo apoio financeiro.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 178
Instituto de Química de São Carlos

Síntese enantiosseletiva do alcaloide (+)-ipalbidina

Autores:
Viviana da Silva Prado – Instituto de Química de São Carlos, USP
Antonio Carlos Bender Burtoloso – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: síntese enantiosseletiva, alcaloide, ipalbidina

Neste trabalho, propõe-se uma nova rota sintética para o alcalóide indolizidínico (+)-
ipalbidina (7), um produto natural com propriedade analgésica. Na proposta
apresentada, as etapas determinantes de síntese são as reações de olefinação
(reação de Horner-Wadsworth-Emmons, HWE, como primeira etapa) e de ciclização
(formação da ligação C-N, como etapa chave). O Esquema 1 apresenta a rota
proposta para a síntese da (+)-ipalbidina. No Esquema 2 apresentam-se alguns
resultados obtidos neste trabalho.

Esquema 1. i) n-BuLi, THF, -60°C, 1,5 h, seguido de 25°C, 3h; ii) H2, Pd/C 10%,
AcOEt, 48 h, 4; iii) a. ClCO2Et, THF, -15°C, 0,5 h, b. CH 2N2, 0-25°C, 2 h; iv) CF 3CO2H,
CH2Cl2, -78C, 5 min; v) a. PhORLi, R: grupo de proteção, THF, -78°C, b. H 2SO4 25%.

Esquema 2. Etapas da síntese da (+)-ipalbidina. A) Reação de HWE; B) Hidrogenação


e C) Preparação da diazocetona.

Agradecimento: CNPq, FAPESP

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 179
Instituto de Química de São Carlos

Intensificação da emanação magnética de nanopartículas superparamagnéticas


de FePt@Fe3O4 do tipo core-shell para aplicação em biomedicina.

Autores:
Watson Beck Junior – Instituto de Química de São Carlos, USP
Laudemir C Varanda – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: nanopartículas superparamagnéticas, método poliol, biomedicina.

A aplicação de nanopartículas superparamagnéticas (NPSM) em biomedicina vem


sendo extensamente estudada atualmente. Tais estudos têm se concentrado em
NPSM de óxido de ferro dada sua baixa toxicidade e facilidade de modificação
superficial. Entretanto, estes apresentam baixa magnetização de saturação (~300
emu/cm3), a qual é reduzida após o processo de biocompatibilização. Neste estudo,
NPSM com magnetização intensificada e morfologia controlada foram obtidas via
método poliol modificado acoplado ao processo de crescimento mediado por semente.
As NPSM foram sintetizadas em sistema de refluxo onde se adicionou difeniléter,
Fe(acac)3, Pt(acac)2 e 1,2-hexadecanodiol. Em atmosfera de N2, o sistema foi
aquecido a 100 ºC, ácido oléico (AO) e oleilamina (OA) foram adicionados e o sistema
levado a refluxo. Após o resfriamento do sistema, foram adicionadas quantidades
adequadas de Fe(acac)3, e 1,2-hexadecanodiol e o procedimento experimental
repetido, realizando-se assim o recobrimento das NPSM com óxido de ferro. Após o
resfriamento do sistema, as NPSM obtidas são lavadas com etanol e recozidas a 550
ºC em atmosfera de H2. As caracterizações revelaram a obtenção de NPSM do tipo
core-shell com um core de 4 ± 0,2 nm de diâmetro e razão molar Fe/Pt = 1,20
recoberto por camada de magnetita com 2 nm de espessura. Após o recozimento,
parte dos íons Fe3+ contidos na fase magnetita foram reduzidos a Fe metálico e se
incorporaram à liga bimetálica, sendo assim obtidas NPSM com um núcleo de FePt,
uma camada intermediária de FePt rica em Fe e superfície de magnetita. Tais NPSM
recozidas apresentaram uma elevada magnetização de saturação (MS = 1030
emu/cm3) e coercividade desprezível, características necessárias para sua aplicação
em biomedicina.

Agradecimento: FAPESP e CNPq

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 180
Instituto de Química de São Carlos

Seleção, caracterização e aplicação de novos biotensoativos produzidos por


bactérias marinhas

Autores:
Willian Fernando Domingues Vilela – Instituto de Química de São Carlos, USP
Márcia Nitschke – Instituto de Química de São Carlos, USP

Tensoativos constituem um grupo heterogêneo de compostos de superfície ativa. São


moléculas anfipáticas, ou seja, compostas por uma porção polar e outra apolar. A
porção polar pode ser formada por peptídeos, ânions ou cátions, por mono, di ou
polissacarídeos. Enquanto que a porção apolar pode ser formada por estruturas
saturadas, insaturadas ou ácidos graxos hidroxilados ou ainda peptídeos hidrofóbicos.
Podem ser sintéticos, obtidos a partir de sínteses químicas ou biotensoativos (BT),
produzidos por microrganismos, principalmente, bactérias e leveduras. O uso de BT é
uma alternativa aos tensoativos sintéticos utilizados em diversos seguimentos da
indústria, devido a sua baixa toxicidade e alta biodegradabilidade. Além disso, os BT
são empregados na descontaminação ambiental. As principais classes de BT incluem
glicolipídeos, lipopeptídeos, lipoproteínas, fosfolipídeos, ácidos graxos e surfactantes
poliméricos. Bactérias isoladas em diversos biomas têm sido exploradas para
produção de BT, no entanto, ecossistemas marinhos ainda são pouco explorados,
apesar do grande potencial existente. Os microrganismos marinhos são expostos a
condições extremas de pressão, salinidade e temperatura que levam a produção de
compostos estáveis a estas condições e, portanto, úteis em aplicações industriais. O
objetivo deste trabalho é investigar novos BT produzidos por microrganismos de
origem marinha. A partir da seleção e identificação será estudada a produção de BT
em escala laboratorial, assim como, a extração e caracterização bioquímica dos
mesmos. Serão determinadas as propriedades físico-químicas e enfocadas as
possíveis aplicações na área ambiental, de alimentos e farmacêutica.

Agradecimento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -


CAPES

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 181
Instituto de Química de São Carlos

Solvents effect on the photopolymerization of hema photoinitiated by safranine


O, triethylamine and diphenyliodonium chloride.

Autores:
Willy G. Santos – Instituto de Química de São Carlos, USP
Carla S. Cavalheiro – Instituto de Química de São Carlos, USP
Miguel G. Neumann – Instituto de Química de São Carlos, USP

Keywords: Solvents effect; Photopolymerization, three components

In this present work, the polymerization of hydrophilic monomer 2-Hidroxyethyl


methacrylate (HEMA) was studied by a delicate balance among the effective
interaction of Safranine O (SfH+), the Diphenyliodonium chloride (DPIC) and
Triethylamine (TEA) with different solvents. The photobleaching reaction was
conducted in a number of solvents with different parameters of solubility, at the same
temperature (298 K). The extent of bleaching was monitored spectrophotometrically by
measuring the maximum visible absorbance of dye. The results show that the solvent
polarity affects the rate of the photoinduced reaction and, in addition, other factors,
such as the ET30 and hydrogen bonding are important. Light induced polymerization of
HEMA in the presence of the photoinitiator system (Safranine O, TEA and DPIC) was
conducted in an ATR-FTIR coupled with a glass fiber that illumines the support with
monomer solution. After irradiation the polymer was characterized by the
disappearance of the C=C monomer band, which is located in 1815 or 1635 cm-1. In
agreement with the influence of solvent in the radical formation by initiator, the
efficiency of DPIC in the photopolymerization also presents changes when different
solvent media are compared by Rp values, see Figure.

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”
Universidade de São Paulo 182
Instituto de Química de São Carlos

Combinação da reforma seca e oxidação parcial do metano

Autores:
Yvan J. O. Asencios – Instituto de Química de São Carlos, USP
Elisabete M. Assaf – Instituto de Química de São Carlos, USP

Palavras-chave: catalisador, reações de reforma, gás de síntese.

Comumente é usada a Reforma de Vapor do Metano (RVM) para a obtenção de gás


de síntese, mas gera uma razão H2/CO muito alta para os processos petroquímicos. A
Oxidação Parcial de Metano (OPM) é amplamente usada, mas apresenta problemas
ligados ao seu caráter exotérmico sobre o catalisador. Uma alternativa de solução é a
combinação da OPM (CH4+0,5O2→CO+2H2, ∆H=-38 kJ/mol) com a Reforma Seca de
Metano (RSM : CH4+CO2→ 2CO+2H2, ∆H=247 kJ/mol). Os catalisadores de níquel
tem apresentado atividade na RSM e na OPM. Os catalisadores foram sintetizados
pelo método de polimerização (método Pechini). Variou-se os teores de MgO %mol
(NiZ, Ni4MZ, Ni20MZ e NiMgO: Ni 20% w/w). A razão dos gases na entrada foi:
CH4/CO2/O2 1,5:1:0,25. As analises DRX, TPR, BET, confirmaram a formação da
solução sólida MgO-ZrO2 e NiO-MgO. Os catalisadores NiO-MgO-ZrO2 se mostraram
ativos na duas reações de reforma OPM e RSM, combinadas. A adição de MgO ao
sistema NiO-ZrO2 origina preferência para catalisar a RSM. Os maiores valores de
conversão de reagentes foram obtidos pelas amostras com 20% e 100% de MgO
(Ni20MZ e NiMgO). Porém a quantidade de carbono formada por este último foi muito
maior quando comparada com os outros catalisadores. As formação de vacâncias de
oxigênio pela solução solida MgO-ZrO2 nas amostras Ni4MZ e Ni20MZ parecem
remover o coque formado na superfície do Niº. Os maiores valores de conversão de
CH4 e CO2 na amostra NiMgO possivelmente deve-se à formação da solução sólida
NiO-MgO e uma reação ácido-base de Lewis entre CO2 e MgO da superfície.
CNPQ

X Workshop da Pós-
Pós-Graduação
“A Nova Pós-
Pós-Graduação do IQSC”
IQSC”

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