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11 e 12 de Setembro de 2008
Livro de Resumos
São Carlos
2008
11º Simpósio em Ciência e Engenharia de Materiais
Comissão Organizadora
Adriana Pereira Ibaldo
Adriana Pavinatto
Agnieszka Joanna Pawlicka Maule
André Brisolari
Dilleys Ferreira da Silva
Euripedes Guilherme Raphael de Almeida
Juliana Coatrini Soares
Lauralice de Campos Franceschini Canale
Rodrigo Pagliai
Sandra dos Santos Vales
Vananélia Pereira Nunes Geraldo
Yurika Okamoto Ywaki
2
Sumário
Prefácio 11
Programa científico 12
Palestras convidadas
Palestra 1
Prof. Dr. Oswaldo L. Alves - (IQ/ UNICAMP)
Palestra 2
Prof. Dr. Pedro A. Nascente – (DEMa – UFSCar)
Palestra 3
Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato - (IFSC/USP)
Palestra 4
Prof. Dr. Miguel Dabdoub - (LADETEL – FFCLRP)
Palestra 5
Avanços em Intensiometria
3
Apoio
Realização
4
Contribuições orais dos alunos
5
Sessões de pôsteres (Cerâmicos, Compósitos, Metais, Polímeros e Outros)
Cerâmicos
Caracterização estrutural e elétrica de cerâmcias ferroelétricas Pb1-xRxZr0,40Ti0,60O3 (R
= La, Ba) 35
Mesquita, A., Mastelaro, V.R.
Crescimento de cristais de Ta2O5 puros e dopados com Eu3+ por laser heated pedestal 38
growth
Saggioro, B.Z., Hernandes A.C., Andreeta M.R.B.
6
Estudo do sistema misto xSb2O3 - (1-x)SbPO4 63
Gonçalves, R.V., Melnikov, P.
Compósitos
Radiografia direta aplicada à monitoração de trincas de fadiga em juntas mistas de 71
GLARE ensaiadas em ambiente salino
Gualberto, A.R.M., Tarpani, J.R.
7
Brisolari, A., Oliveira, R.M., Sales, A., Gonçalves, D.
Metais
Influência dos elementos de liga Cu-Ni-Mo nas propriedades mecânicas e 105
austemperabilidade do ADI
Mattar Jr, A.R.M., Casteletti, L.C.
Estudo do óleo de soja como fluido de têmpera, com a presença de diferentes aditivos 107
anticorrosivos.
Komatsu, D.
Diferenças entre os óleos vegetais e os óleos minerais para utilização em tratamento 112
térmico de têmpera
Souza, E.C., Canale, L.C.F, Totten, G.E., Agustinho, C.M., Figueira, R.L.
Estudo comparativo entre três tipos de aços inoxidáveis aplicados em mesas de fogões 121
Granuzzio, R.M., Oliveira, M.F.
Polímeros
Interação de oligômeros de quitosana com filmes de Langmuir e Langmuir-blodgett 136
(LB) como modelos de membrana celular
Pavinatto, A., Pavinatto, F.J., Caseli, L., Camapana Filho, P.S., Oliveira Jr, O.N.
The program fullprof: a comparison between the crystalline structures of pani and 138
poma
Sanches, E.A., Soares, J.C., Trovati, G., Leite, F.L., Mascarenhas, Y.P.
Thermal and morphological analysis of the castor oil polyurethane resins 181
Trovati, G., Sanches, E.A., Pereira, P.H.L, Claro Neto, S., Chierice, G.O.
Efeito da força iônica sobre o ordenamento de filmes automontados lbl estudado pela 184
espectroscopia óptica não-linear
Silva, H.S., Miranda, P.B.
10
Efeito do PH sobre o ordenamento de filmes automontados lbl estudado pela 186
espectroscopia óptica não-linear
Silva, H.S., Miranda, P.B.
Outros
Relaxometria de 1H por RMN aplicada ao estudo de meios porosos 195
Souza, A.A., Del Colle, R., Azeredo, R.B.V., Fontes, S.R., Bonagamba, T.J.
11
Prefácio
O 11º SICEM foi concebido com uma programação especial, na qual, ao longo de 2 dias, contará
com palestrantes convidados de diversas instituições, bem como com a apresentação dos trabalhos
desenvolvidos pelos alunos inscritos sob as formas de contribuição oral e pôster, procurando atender à
todas as áreas compreendidas no programa. Mais ainda, a mesa redonda “Inserção no Mercado de
Trabalho” será um momento importante para mostrar o futuro dos profissionais com pós-graduação no
mercado de trabalho.
A Comissão Organizadora.
Setembro de 2008.
12
Programa Científico
Palestra 2
14:00 Prof. Dr. Pedro A. Nascente 12:00 Almoço
DEMa - UFSCar
13
Contribuições orais dos alunos
14
INFLUENCE OF THERMAL TREATMENT OF TIO2 FILMS ON THE RESPONSE OF
ITO/TIO2/P3HT/AL PHOTOVOLTAIC DEVICES
15
T/ ºC Voc/ V Jsc/ A.m-2 FF/ % the electrical performance of the P3HT/Al
and t/h interface. However, after such procedure, it was
100/0.5 0.58 -0.00148 22 observed poorer rectification, with reduced Jsc
150/0.5 0.70 -0.00159 20 and FF. One possibility resides on the fact the
250/0.5 0.75 -0.00193 21 P3HT tends to form colloidal dispersions at high
450/0.5 0.19 -0.00013 34 concentration regimes in DCB rather than a
450/3 0.17 -0.0004 44 solution. In these colloids, is reasonable assume
450/5 0.31 -0.00290 37 chromophore aggregation, and this aggregation
is mirrored throughout the spin-coating
procedure. In this sense, such polymer particles,
The solvent effect was also investigated. Devices
under the mild thermal treatment, may cause
using P3HT spin-coated from solutions in
their coalescence, leading on higher
chloroform and 1,2-dicholorobenzene, both at
inhomogeneity of the P3HT layer.
the same concentration, the best results were
achieved with P3HT in DCB. The I/V
4. CONCLUSIONS AND PERSPECTIVES
characteristics, depicted at fig. 1, show when
In this work we show the progress obtained with
DCB is the solvent the Voc reaches 0.37 V, Jsc is
hybrid TiO2/P3HT photovoltaic devices using
increased to -0.053 A.m-2 and also the power
wet and soft chemistry methods. We developed a
conversion efficiencies increased from 0.0006%
new method for the preparation of TiO2 films in
with CHCl3 to 0.03% with DCB, while the FF
which TiO2 nanoparticles are dispersed in
decreased to 35%.
aqueous media. The morphology, rugosity, as
well as the crystalline phases of the oxide films
may be controlled by the proper choice of
0.0025 Dark temperature as well as the elapsed time of the
450nm thermal treatment. Moreover, the choice of the
0.0000 solvent for the polymer also exerts influence on
-0.0025
the device performance.
J (A/m2)
-0.0050 0.8
Dark 5. BIBLIOGRAPHY
450nm
[1] A.J. Breeze, Z. Schlesinger, S. A Carter, P.J.
J (A/m2)
-0.0075 0.4
Brock, Phys. Rev.B 64 (2001) 125205.
0.0 [2] S. E. Shaeen, C. J. Brabec, N. S. Sariciftci, F.
-0.0100 -0.8 0.0
V (V)
0.8
Padinger, T. Fromherz, J. C. Hummelen, Appl.
-0.2 -0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Phys. Lett. 78 (2001) 841.
V (V) [3] C. J. Brabec, V. Dyakonov, J. Parisi, N. S.
Sariciftci, Organic Photovoltaics (Springer,
Figure 1. I/V characteristics for ITO/TiO2/
Heidelberg, 2003).
P3HT/Al device with the polymer spin-coated
from its solution in DCB.
AKNOWLEDGEMENTS
Such results evidence the important role of the
solvent, i.e., the proper choice of the solvent is Finnancial support from FAPESP, CNPq
crucial for the performance of the photovoltaic and CAPES agencies are aknolowledged.
device. Characteristics as morphology,
aggregation/clustering as well as thickness are
strongly influenced by the solvent, as other
properties described elsewhere [2,3]; it suggests
that chlorinated aromatic solvents lead devices to
have superior performance. However, this
subject is still under investigation.
Finally, we also tested the influence thermal
annealing on the complete device, i.e. with the
Al evaporated electrode. A thermal treatment at
80ºC in a time range of 1-3h, under inert
atmosphere was carried out in order to improve
16
RMN DO ESTADO SÓLIDO APLICADA NO ESTUDO DE COPOLÍMEROS DE
ACRILATOS DE CHUMBO
1
Bathista, A.L.B.S., 2Fraga, L.A., 1Faria, G.C., 1Tozoni, J.R., 2Tavares, M.I.B., 1DeAzevedo,
E.R., 2Bonagamba, T.J.
Instituto de Física de São Carlos – USP, Av. trabalhador São Carlense 400, SP, 2IMA UFRJ,
Rio de Janeiro RJ.
e-mail bathista@ifsc.usp.br
2 EXPERIMENTAL
5. BIBLIOGRAFIA
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
18
COMPARAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE TRAÇÃO DE JUNTAS DE AA2024-T3
SOLDADAS A PONTO POR FRICÇÃO-MISTURA (FSSW) E REBITADAS.
19
velocidade constante de deslocamento de (TB05 e FB11) os resultados apresentaram níveis
2mm/min. Os ensaios de arrancamento foram similares de carga, porém um grande
realizados em máquina servo-mecânica Instron espalhamento no deslocamento total foi
(Figura 2b) também com taxa de 2mm/min. observado. Somente uma amostra soldada (FA11)
atingiu o mesmo nível de deslocamento das
amostras rebitadas.
(a) (b)
Fig. 2: Corpos de prova durante ensaios: (a)
cisalhamento e (b) arrancamento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Fig. 3: Gráfico obtido de carga x profundidade
dos ensaios de tração nas juntas soldadas e
A Tabela 1 mostra os resultados de carga máxima rebitadas.
média de ruptura durante os ensaios de
arrancamento e cisalhamento. Para os ensaios de 4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
arrancamento o tempo de patamar utilizado foi 2
segundos e para os ensaios de cisalhamento 4 As amostras soldadas com maior profundidade de
segundos. Devido a característica do ensaio de penetração apresentaram maior resistência em
arrancamento a carga suportada pelos rebites foi ensaios de arrancamento, porém se comparadas as
bem maior, pois a sua geometria restringe o amostras rebitadas tiveram resistência bem
movimento na direção solicitada. Dentre as inferior (cerca de 22%).
amostras soldadas, foi observado melhor resultado Nos ensaios de cisalhamento, apesar de resultados
para aquela com maior profundidade de melhores para os corpos de prova rebitados, o
penetração. Já os ensaios de tração apresentaram processo FSSW mostrou alta resistência e
resultados mais próximos para os três diferentes melhores resultados para as amostras soldadas
tipos de amostras. Apesar dos corpos de prova com menor profundidade.
rebitados apresentarem os melhores resultados, os
corpos de prova obtiveram médias de 75% e 85% 5. BIBLIOGRAFIA
para as profundidades de 3,1 e 2,85mm
respectivamente. HANCOCK, R. Friction welding of Aluminum Cuts
Energy Cost by 99%, Welding Journal, v.83,
Tabela 1: Cargas máximas obtidas nos ensaios de pp. 40, 2004.
arrancamento e cisalhamento SMITH, C. B., HINRICHS, J. F. AND RUEHL,
P. C. Friction Stir And Friction Stir Spot
ensaio corpos de Pmáx média Welding - Lean, Mean, And Green Sheet
prova (kN) Metal Welding Conference XI, Paper 2-5,
rebitados 2,60
arrancamento FSSW 0,43 MI, May 11-14, 2004.
FSSW (3,1) 0,58 KHAN, M. I., KUNTZ M. L., SU P., GERLICH
rebitados 6,43 A., NORTH T. AND ZHOU Y. Resistance
cisalhamento FSSW 5,45 and friction stir spot welding of DP600: a
FSSW (3,1) 4,83 comparative study Science and Technology of
Welding and Joining, v.12 n.2 p.182, 2007
A Figura 3 mostra alguma curvas carga-
deslocamento das amostras ensaiadas em AGRADECIMENTOS
cisalhamento. Os CPs T01 à T03 são amostras
rebitadas. Para as amostras soldadas com À FAPESP pela bolsa de mestrado atual.
profundidade de 2,85mm (TA01 e FA11) e 3,1mm
20
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO TERMO - ACÚSTICO DE UMA HABITAÇÃO
EXPERIMENTAL COM NOVOGESSO
Correia, C.de M. P. e Sousa, Milton F. de
Departamento de Física e Ciências dos Materiais, Instituto de Física de São Carlos /USP-SC.
ccorreia@sc.usp.br
1. INTRODUÇÃO
A verificação do comportamento térmico foi
A moradia exerce forte influência na qualidade de realizada através de medições in loco nos
vida de seus ocupantes. Tanto o nível de oferta ambientes da habitação, sala de estar, quarto,
como as especificidades internas da moradia cozinha e, também ao ar livre e acima e abaixo da
podem conduzir à densidade excessiva no cobertura. A investigação experimental foi
domicílio e, conseqüentemente ao desconforto na conduzida mediante a instalação de termopares
forma de habitar.Criar um ambiente propício nos ambientes da casa, tomando-se leituras em
contribui para fixação dos membros da família, horários de pico de temperatura, como mostrado
para maior integração, convivência e conseqüente na fig.2. A avaliação dos requisitos do conforto
formação cultural e do caráter do cidadão. acústico foi realizada através das medições do
Levando em conta tal problemática, foi concebida isolamento acústico das paredes divisórias dos
e executada uma habitação experimental que compartimentos internos e da fachada. Para
fundamenta este estudo. Neste projeto foram análise do isolamento acústico das paredes de
adotadas medidas que contemplam a placas do novogesso foi determinado o nível de
responsabilidade social e os critérios da pressão sonora, NPS, de acordo com a norma
sustentabilidade. Estes critérios são atendidos NBR 10151-2000. Os ensaios foram conduzidos
empregando materiais de baixo impacto variando-se a freqüência, nível sonoro, posição da
ambiental, como o gesso e o fosfogesso, usando fonte sonora e horários. Foram empregados um
novas tecnologias no sistema construtivo, como gerador de freqüência digital MINIPA mfg-4200,
mostrado na fig.1 e eliminando o emprego de um amplificador de potência, um ‘subwoofer’,
madeiras nobres. As paredes da habitação foram dois alto-falantes e um tubo para direcionamento
construídas com placas do novogesso, produzido do som. Este arranjo foi montado no laboratório e
por processo inovador desenvolvido no LCM do colocado no ambiente em estudo.O nível de
IFSC (Souza 2003) e estruturadas com perfis pressão sonora (Speaks, 1999), foi medido
metálicos de aço zincado ('steel frame'). Neste utilizando-se um decibelímetro digital minipa msl
trabalho apresenta-se a avaliação do – 1352C, em diferentes posições e calibrado
comportamento termo - acústico dessa habitação previamente com um calibrador de nível sonoro
experimental construída em São Carlos – SP, com msl – 1326. As medições foram realizadas nos
o apoio da Fapesp, do Programa Habitare da Finep seguintes ambientes: quarto, sala de estar, área
e de diversas externa circunvizinha aos mesmos. As medidas de
empresas. ruído foram executadas em pontos pré-
determinados utilizando o decibelímetro na faixa
A de ponderação, para efetuar medidas gerais de
nível sonoro. Todas as medidas foram realizadas
no modo ‘fast’ para o tempo de resposta, que
fornece o valor de pico do nível de pressão sonora.
As medições foram realizadas em horários de
maior e menor influência no nível de pressão
sonora, NPS, ocasionada por agentes externos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fig. 1 : Sistema construtivo. (Fonte: Inovamat -
Inovações em Materiais (2007)) A avaliação baseada no monitoramento de dados
da temperatura ambiente da habitação, sala de
2. EXPERIMENTAL estar, quarto, cozinha, teto e ao ar livre, conduziu
21
aos resultados apresentados na fig. 2. A análise do Freqüência NPS NPS Diferença
isolamento acústico, ilustrado nas tabelas 1 e 2, (Hz) * ** de
mostram os níveis de pressão sonora, NPS, (dB) (dB) NPS (dB)
aplicados na parede do quarto , com e sem 125 93,0 56,0 37,0
revestimento, para as freqüências de 125 a 8000
250 101,0 68,0 33,0
Hz.
500 114,0 67,0 47,0
1000 110,0 60,0 50,0
Comparação entre a Temperatura acima e abaixo do teto e a temperatura ambiente
(sala de estar,quarto,cozinha e ao ar livre em um dia típico de verão,05/03/07) 2000 113,0 62,0 51,0
50
Acima do teto 4000 115,0 58,0 57,0
45 6000 108,0 47,0 61,0
8000 100,0 45,0 55,0
*incidente, **transmitido
40
Temperatura (°C)
Abaixo do teto
35
Ar livre
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
30 T ambiente
Sala de estar T ambiente
Cozinha
Tambiente
De acordo com o gráfico da figura 2, conclui-se
que a temperatura interna da casa encontra-se de
Quarto
25
11:55
12:02
12:04
12:08
12:12
22
MICROFABRICAÇÃO DE ESTRUTURAS 3D PARA APLICAÇÕES FOTÔNICAS E
BIOMÉDICAS
23
promissora para a fabricação de microestruturas Fig 2 – a: Imagem de MEV de uma
contendo polímeros conjugados, com possíveis microestrutura tetragonal fabricada por 2PP
aplicações em displays, microLEDs, etc. Apesar contendo quitosana.
da microestrutura mostrada na Fig. 1 ter
dimensões de algumas dezenas de mícron, Utilizando este método, scaffolds para aplicações
estruturas muito menores podem ser fabricadas. em engenharia de tecidos poderiam ser fabricados.
Além disto, a adição de drogas (ex: antibióticos,
(a) hormônios de crescimento) ou biopolímeros na
resina usada na fabricação também é possível,
tornando esta técnica versátil para utilização em
sistemas de liberação de fármacos e regeneração
de tecidos
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
20 µm
5. BIBLIOGRAFIA
Fig. 1 – (a) Imagem de MEV de uma [1] H. B. Sun, S. Kawata, NMR - 3D Analysis -
microestrutura piramidal fabricada por 2PP Photopolymerization. (SPRINGER-VERLAG
contendo MEH-PPV. Imagem de microscopia de BERLIN), Berlin, 2004, 169.
fluorescência (vista superior) da microestrutura [2] S. Kawata, H. B. Sun, T. Tanaka, K. Takada,
Nature 2001; 412:697.
(b) sem e (c) com excitação laser em 532 nm,
[3] T. Baldacchini, C. N. LaFratta, R. A. Farrer,
mostrando a luminescência do MEH-PPV. M. C. Teich, B. E. A. Saleh, M. J. Naughton,
J. T. Fourkas, Journal of Applied Physics
Este método de fabricação também foi utilizado 2004; 95:6072.
na confecção de microestruturas contendo o [4] G. Yu, J. Gao, J. C. Hummelen, F. Wudl, A. J.
biopolímero quitosana. A Fig. 2 mostra uma Heeger, Science 1995; 270:1789.
destas microestruturas. Para verificar se a
quitosana permanece na microestrutura após o AGRADECIMENTOS
processo de fabricação e lavagem, realizamos Agradecemos o suporte financeiro das agências de
medidas de espalhamento Raman, os quais fomento FAPESP e CNPq.
indicam que a quitosana permanece retida na
microestrutura. Também realizamos medidas de
dureza em corpos de prova, e verificamos que a
quitosana não prejudica as propriedades
mecânicas da resina acrílica, característica esta
desejável para aplicações biomédicas.
(a)
20 µm
24
DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA SINTERIZAÇÃO DE
FILMES ESPESSOS POR VARREDURA A LASER
26
NOVO CIMENTO DE PMMA MODIFICADO. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-
QUÍMICA, PROPRIEDADES MECÃNICAS E BIOATIVIDADE
1. INTRODUÇÃO
27
Alem disso, alguns autores relatam que em
No caso das outras bandas importantes materiais com mais de 14 % de HA origina se
(marcadas com na Fig. 2) estão relacionadas formação de aglomerados, mesmo que o recheio
com os polímeros utilizados. Em todos os casos receba tratamento térmico. Segundo a literatura,
as bandas largas são observadas devido às materiais similares, mas com celulose como
interações quími-cas entre as cadeias poliméricas polímero natural, mostram resistência a
que interferiam na observação dos sinais (López compressão (σ) de (69 ± 8) MPa e um módulo
et al., 2008). de elasticidade (E) de (2.3 ± 0.1) GPa (Espigares
et al, 2002).
Apesar da composição polimérica das amostras
podem-se obter padrões de Raios X com baixo As diferenças das fotomicrografias por MEV
ruído e boa definição do máximo da difração. entre a superfície de amostras modificadas dos
Como na análise por FTIR, a inclusão dos cimentos de PMMA antes da imersão em SBF
polímeros não afeta o padrão de Raios X. A Fig. (Fig. 4, esquerda) e ao fim do estudo da bioativi-
3 mostra a total coincidência entre os pares HA- dade (Fig. 4, direita) mostram uma estrutura
CHA e FT-CFT devido à influência original do porosa e os cristais demonstraram o aumento da
recheio na forma e intensidade dos padrões de hidrofilicidade dos cimentos com a adição de SA
RX dos cimentos. Finalmente, pode-se concluir e AA. Este deve levar ao aumento da
que como a inclusão do polímero não afeta o bioatividade, no caso do recheio do HAP e
padrão de Raios X, esta técnica pode ajudar a melhora da adesão celular para as amostras com
determinar a transformação da fase durante as HA e FT.
imersões das amostras em líquidos biológicos,
tais como SBF e SBE (Fuentes et al, 2008).
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
28
Approach to Study Drug Release from OCP
Coating on Titanium Sheets. submetido e
aceitado, BIOCERAMICS 21, Buzios, Rio
Janeiro, Brasil, 2008
KOKUBO, T., TAKADAMA, H. How useful is
SBF in predicting in vivo bone bioactivity?.
Biomaterials, v.27, p.2907–2915, 2006.
LEWIS, G. Properties of acrylic bone cement:
state of the art review. J. Biomed. Mater.
Res., v.38, p.155-182, 1997
LÓPEZ, M., FUENTES, G., GONZÁLEZ, R.,
GONZÁLEZ, J., PEÓN, E., TOLEDO, C.
PMMA/Ca2+ bone cements. Part I. Physico
chemical and thermoanalytical characteriza-
tion. Lat. Am. App. Res., v.38, n.3, p.227-234,
2008
SMETANA, K., STOL, M., KORBELAR, P.,
NOVAK, M., ADAM, M. Implantation of
p(HEMA) collagen composite into bone.
Biomaterials, v.13, n.9, p.639-642, 1992
TUNNEY, M. M., JONES, D. S., GORMAN, S.
P. Methacrylate polymers and copolymers as
urinary tract biomaterials: resistance to
encrustation and microbial adhesion. Int. J.
Pharm., v.151, p.121-126, 1997
29
LAMINADO COMPÓSITO METAL-FIBRA TiGra: TENACIDADE À FRATURA
ELASTO-PLÁSTICA DINÂMICA
1. INTRODUÇÃO
Titânio
Interface rica em PEEK
Tecnologias modernas requerem materiais com
propriedades não usualmente satisfeitas pelas PEEK/C
ligas metálicas convencionais, especialmente no Interface rica em PEEK
setor aeronáutico onde são necessárias elevadas Titânio
propriedades específicas (razão
propriedade/densidade) de maneira a se Figura 01 – Microestrutura do LMF-TiGra.
alcançar uma alta eficiência estrutural e,
consequentemente, a maximização da carga Cada banda de fibras de grafite no laminado
[1]
paga transportada . A Companhia possui 7 camadas individuais de reforço semi-
Aeroespacial Boeing desenvolveu o laminado impregnadas com PEEK, seguindo uma única
híbrido metal-fibra (LMF) TiGra composto por orientação (0°), perfazendo uma espessura total
lâminas de titânio (Ti) e matriz polimérica do laminado de 4,9mm (60% em volume de
termoplástica PEEK (poli-éter-éter-cetona) fibras). Os corpos de prova (cdps) foram
reforçada com fibras de grafite (carbono). Os extraídos de placas (200x170mm2) originais por
LMF em geral atendem aos requisitos de corte com jato d’água, perfazendo dimensões
projeto em termos de rigidez e resistência nominais de 5x10x55mm3. Os cdps foram
mecânica, e, devido à sua baixa densidade, posteriormente entalhados com uma serra de
apresentam elevadas propriedades específicas, disco diamantado com 0,5mm de espessura. Os
i.e., alta eficiência estrutural, características ensaios de impacto instrumentado foram
estas altamente desejáveis na indústria realizados às temperaturas de -196°C, -70°C,
aeronáutica moderna [2]. Entretanto, o estudo da +23°C e +180°C sob diferentes velocidades de
resistência à fratura (tenacidade), em especial impacto do martelo no corpo de prova,
sob condições de carregamento dinâmico respectivamente de 2,25 m/s e 5,52 m/s.
(impacto), ainda é bastante limitado. O presente Utilizou-se um sistema Instron-Wolpert PW30
estudo objetiva determinar os valores de Charpy Impact Testing Machine, integrado a um
tenacidade à fratura elasto-plástica translaminar microcomputador que opera com programas
dinâmica (MFEP), na forma dos critérios Jid e computacionais da Instron e National
Jmd, do LMF-TiGra sob diferentes temperaturas Instruments. O sistema de impacto abrange a
de ensaio e taxas de carregamento, instrumentação do martelo por meio de
empregando-se, para isso, a metodologia de extensômetros que registram o sinal de carga (P)
ensaio de impacto Charpy instrumentado. em um osciloscópio, possibilitando a
2. EXPERIMENTAL visualização da variação da carga com o tempo
Placas do laminado TiGra foram confeccionadas (t). O deslocamento, ou deflexão do espécime na
em escala de laboratório, alternando-se lâminas linha de aplicação da carga (s), é monitorado por
de titânio com camadas de fibras unidirecionais meio de um dispositivo baseado em raios
de grafite semi-impregnadas com polímero infravermelhos (i.e., transdutor óptico). Os
termoplástico PEEK. A consolidação final do gráficos P-t e P-s fornecem informações precisas
laminado foi realizada por compressão a quente sobre a carga de escoamento, carga máxima,
em molde fechado, seguida por resfriamento início e freamento de trinca instável, dentre
controlado. outros parâmetros. As oscilações originais dos
Na Figura 01 é exibida a microestrutura final do sinais de carga foram filtradas para sua
laminado dito híbrido. eliminação, ou minimização, por intermédio de
uma rotina Matlab, via método da Média Móvel.
Um processo computacional foi desenvolvido
30
para o cálculo dos parâmetros de tenacidade à 200
y = -0,19x + 131
Jid 2,25m/s Jid 5,52m/s
fratura dinâmica, Jid, Jmd a partir dos dados R2 = 0,95 Jmd 2,25m/s Jmd 5,52m/s
160
originalmente gerados pelo sistema Charpy
y = -0,03x + 140
instrumentado, bem como para determinação das
J [kJ/m2]
120
R2 = 0,14
energias e validação dos resultados segundo y = -0,01x + 59
80
conceitos da MFEP[3]. R2 = 0,11
40
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO y = -0,1x + 50
0
(a R2 = 0,97
J [kJ/m2]
120
tenacidade à fratura segundo a MFEP. Dos y = 58x0,41
R2 = 0,03
gráficos, da Figura 02, verifica-se que: 80
y = 2,5x2,9
1. Jid não sofreu alterações significativas com a 40 R2 = 0,96
y = 54x0,07
R2 = 0,004
variação da temperatura de ensaio sob a
(b)
velocidade de 5,52m/s; já na velocidade de 0
2,25m/s, Jid apresenta uma queda acentuada nos 0 2 4 6 8 10 12
Validade [mm]
valores com o aumento da temperatura;
2. Jmd apresenta o mesmo comportamento Figura 02 – (a) Tenacidade à fratura dinâmica
descrito para Jid, porém num patamar muito Jid e Jmd, e (b) Critérios de validação em função
superior aos valores de iniciação Jid, já que Jmd das dimensões do cdp.
incorpora certa parcela significativa de 4. CONCLUSÕES
crescimento de trinca; A Mecânica da Fratura Elasto-Plástica pode ser
3. Praticamente em todas as temperaturas de empregada na caracatização do comportamento
ensaio, Jid e Jmd apresentaram valores crescentes do laminado metal-fibra TiGra sob carregamento
com aumento da velocidade de impacto; dinâmico translaminar. Em especial, o critério de
4. Observa-se que os valores de validação de Jid iniciação Jid, que caracteriza o real início da
satisfazem a maioria dos critérios estabelecidos etapa de propagação de danos no laminado, pode
pela MFEP, tipicamente abaixo dos 5 mm, ser qualificado como uma verdadeira
enquanto que Jmd tende a violar em maior propriedade do material.
freqüência e extensão os critérios de validade,
fruto da substancial não-linearidade dos 5. BIBLIOGRAFIA
processos de fratura que dominam o estágio de 1.NIU M.C., Composite Airframe Structures,
Hong Kong Conmilit Ltd, 1992.
pós-iniciação de danos, tais como, delaminações,
2.BURIANEK D.A. et al., Modeling of facesheet
escoamento da matriz termoplástica, crack growth in titanium-graphite hybrid
descolamento e arrancamento de fibras. laminates - part II: experimental results,
Engineering Fracture Mechanics, v.70,
p.799-812, 2003.
3.KOBAYASHI T. et al, Introduction of a new
dynamic fracture toughness evaluation
system, Journal of Testing & Evaluation,
v.21, n.3, p.145-153, 1993.
AGRADECIMENTOS:
À CAPES, pelo suporte financeiro à bolsista.
31
SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE CERÂMICAS
FERROELÉTRICAS Bi3.25La0.75Ti3O12 Dopadas Com Érbio
cerâmico. Os objetivos desse trabalho são a
composto Bi3.25La0.75Ti3O12.(BLT075). o
1195 C BLT075
2. EXPERIMENTAL 10 20 30 40 50 60
2θ
Pós e cerâmicas BLTErx dopados no sítio do Bi e Fig. 1: Difratogramas de raios-X das cerâmicas
Ti com x= 0, 0.02, 0.04 e 0.06 foram preparados BLTEr.
através do método convencional de síntese do
estado sólido. Pós-precursores foram misturados
O comportamento da sinterização das cerâmicas
em proporções estequiométricas, submetidos à
no sistema BLT075 depende da quantidade de
moagem em moinho de bolas, secos em estufa à
érbio. A incorporação do Er+3 no sistema
1000C e calcinados à 8600C, por 6 hs. Corpos
32
BLT075 conduz a uma redução da barreira de temperatura de sinterização para a formação de
energia necessária para migração do íon, fase cristalina pura. Todas as amostras cerâmicas
decrescendo a temperatura de sinterização para a BLTEr sinterizadas apresentaram densidades
formação de fase cristalina pura [4]. Todas as relativas acima de 94%. Com o aumento da
amostras BLTEr sinterizadas apresentaram adição de Er+3 no sistema BLT075 a Tc decresce,
densidades relativas acima de 94% e foram sendo limitada no sítio Bi.
utilizadas nas medidas elétricas.
A Figura 2, apresenta as curvas de
permissividade dielétrica em função da 5. BIBLIOGRAFIA
temperatura das cerâmicas BLTEr em 1MHz.
Comparando a temperatura de Curie(TC) = [1] PARK, B.H., KANG, B.S., BU, S.D., NOH,
424oC da cerâmica BLT075, o valor de TC das T.W., LEE, L. and JOE, W., Lanthanum-
cerâmicas BLTEr diminuem com o aumento da substituted bismuth titanate for use in non-
concentração de Er+3. volatile memories, Nature 401, 682 (1999).
[2] HOU, R.Z. and CHEN, X.M., Dielectric
Properties of Bi4−xLaxTi3O12 (0 ≤ x ≤ 2), J.
750 f= 1MHz
Electroceram 10, 203 (2003).
ε' (Permissividade Dielétrica)
BLT075
BLTEr002 sítio Ti
[3] KIM, J. S., AHN, C. W., LEE, H. J., KIM, I.
600
BLTEr002 sítio Bi W., JIN, B. M., Nb doping effects on
BLTEr004 sítio Bi
BLTEr006 sítio Bi ferroelectric and electrical properties of
450
ferroelectric Bi3.25La0.75(Ti1-xNbx)3O12 ceramics,
Ceramics International 30, 1459 (2004).
300
[4] TANG, Q-Y., KAN, Y-M., LI, Y-G.,
150 ZHANG, G-J., WANG, p-l., Effect of vanadium
0 100 200 300 400 500 600 doping on fabrication and property of Bi4Ti3O12
Temperatura ( C)
o ceramics, Scripta Materialia 54, 2075 (2006).
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
33
CERÂMICOS
34
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E ELÉTRICA DE CERÂMCIAS
FERROELÉTRICAS Pb1-xRxZr0,40Ti0,60O3 (R = La, Ba)
35
literatura, esse difratograma foi indexado como Tem sido mostrada na literatura que a
uma estrutura tetragonal de grupo espacial substituição dos átomos de Pb por La causa uma
P4mm. Não é observada a presença de fases maior distorção na rede cristalina se comparada
espúrias. com a substituição por átomos de Ba. Isto se
A partir da análise dos difratogramas deve ao fato de que a substituição é
apresentados na Figura 1 é possível constatar heterovalente para o caso da incorporação de La,
que a incorporação de La3+ ou Ba2+ causa onde os íons La3+ substituem os íons Pb2+. Para
alterações na estrutura cristalográfica do PZT. É manter a neutralidade, há a formação de
observada uma sobreposição dos picos quando vacâncias de Pb para compensar o desequilíbrio
são incorpo-rados estes íons, indicando que o de cargas. Na situação em que a substituição é
fator de tetrago-nalidade é diminuído. Os homovalente, onde os íons Ba2+ substituem os
difratogramas para maiores concentrações de La íons Pb2+, não há formação de vacância de Pb,
ou Ba indicam uma mudança de fase para uma mas ainda assim são detectadas alterações na
estrutura de maior simetria, neste caso uma estrutura cristalográfica se comparado com o
estrutura com caracterí-sticas aproximando-se às PZT. Estas alterações são atribuídas a distorções
de uma cela cúbica de grupo espacial Pm-3m. ocasionadas pelas diferenças de massa e raio
101 atômico entre os átomos de Pb e Ba.
(a)
110
211
200
111
210
100
112
100
202
002
001
102
103
201
300
220
212
(a)
003
221
PZT
Intensidade (u.a.)
80
PLZT5
PLZT12
PLZT5
60 PLZT15
ε' (x 10 )
3
PLZT12
40
PZT
PLZT15
20 30 40 50 60 70 20
2θ (°)
0
101 (b) 100 200 300 400 500
Temperatura (°C)
110
211
200
111
210
112
100
202
002
001
102
103
201
300
220
212
003
221
PZT
100
Intensidade (u.a.)
(b)
PBZT20
80
PBZT30
60
ε' (x 10 )
3
PBZT50 PBZT30
40
20 30 40 50 60 70
PBZT20 PZT
2θ (°)
PBZT50
20
36
Como pró-ximas etapas deste trabalho, espera-se
investigar estas alterações em função da
temperatura utili-zando, além de difração de
raios X e carac-terização das propriedades
dielétricas, técnicas de caracterização estrutural
a curta distância, como espectroscopia Raman e
espectroscopia por absorção de raios X (XAS).
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à agência de
fomento FAPESP pela bolsa de doutorado.
37
CRESCIMENTO DE CRISTAIS DE Ta2O5 PUROS E DOPADOS COM Eu3+ POR
LASER HEATED PEDESTAL GROWTH
2. EXPERIMENTAL
Fibras de Ta2O5 puras e dopadas com 1
a 3 % mol de Eu2O3 foram crescidas pela técnica
LHPG. Foram crescidas fibras com diâmetros de Fig. 1: Fotografia das fibras de Ta2O5: a)
250 a 2600 µm com 50 mm de comprimento. A diâmetro de 250 µm, b) diâmetro 2000 µm,
determinação do gradiente de temperatura axial fibras crescidas com 2600 com micro-trincas
na interface sólido/líquido, durante o processo internas.
de crescimento foi realizada por medidas de
temperaturas ao longo do cristal utilizando um
pirômetro óptico (Minolta/Land model Cyclop
152A). Um difratometro Bruker-AXS
D8Discover foi utilizado nas medidas de
difração de raio-X, com varredura de 20º a 120º
com passos de 0.02º a cada 5s. Medidas de
fotoluminescência foram realizadas utilizando
um laser He-Cd (325 nm) acima do band gap
desta amostra (3.4 eV).
38
Medidas de difração de raios-X indicam uma A baixa temperatura, Ta2O5 apresenta um
estrutura monoclinica para a fibra pura e 1%, de comportamento gaussiano, com o máximo de
acordo com as fichas ICDD 73-2323. A direção intensidade em torno de 500 nm. Para as fibras
de crescimento foi determinada como [1-10]. dopadas, os picos encontrados entre 550 e 740
Fibras com uma alta quantidade de Eu nm são devido a transições 5D0→7FJ (J=0,1,2,3,4).
apresentam uma estrutura triclínica, de acordo
com a ficha ICDD 21-1198. Estas medidas estão Nas fibras com 1% Eu (figura 4c), o
apresentadas na figura 3. aparecimento de dois sítios simétricos, em 576.5
nm e 578 nm é esperado, de acordo com sua
estrutura monoclinica. Para a fibra com 3% de Eu
(figura 4f), o aumento de intensidades das linhas
5
D0→7F0,3 indicam um terceiro sitio para o íon
Eu.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
Um estudo térmico do crescimento de fibras de
Ta2O5 mostrou um raio limite de 2200 µm.
Fibras com um diâmetro superior a este
apresentam micro-trincas. A estrutura cristalina
das fibras puras e dopadas com 1% Eu é
monoclinica enquanto para concentrações
maiores é triclínica. Medidas de
Fig. 3: Difração de raios-X das fibras fotoluminescência mostraram que para a
analisadas, em detalhe região aumentada para estrutura monoclínica dois centros ópticos de
a amostra Ta2O5:Eu(3%). Eu3+ são presentes, enquanto para a estrutura
triclínica, um terceiro centro é identificado.
Para a estrutura monoclínica, apenas dois picos
próximos de 36º são esperados, enquanto para a
5. BIBLIOGRAFIA
triclínica, até oito picos podem estar presentes,
como mostrado em detalhe na figura 3. [] MAKOVEC, D. A high-temperature structure
for Ta2O5 with modulations by TiO2
O espectro de emissão das fibras analisadas substitution. J. Solid. State Chemistry. v.
foram medidas a temperatura ambiente e a 14K, 179, n.6, p. 1782-1791, 2006.
com uma excitação acima do ban-gap (325 [2] GREY, I. E. The crystal chemistry of L-
nm;3.81 eV), como mostrado na figura 4 Ta2O5 and related structures. J. Solid.
State Chemistry. v. 178, n. 11, p. 3308-
3314, 2005.
[3] RUBINGER, C. Laser heated pedestal
growth of pure and europium doped
tantalum pentoxide. Appl. Phys. Lett.
2008, 92, 252904.
[4] BRENNECKA, G. L. Phase Transformations
in the High-Temperature Form of Pure
and TiO2-Stabilized Ta2O5. J. Am. Ceram.
Soc. V.90, n. 9, p. 2947-2953, 2007.
[5] DOBAL, P. S. Micro-Raman scattering and
x-ray diffraction studies of (Ta2O5)1–
x(TiO2)x ceramics. J. Appl. Phys. v. 87, n.
12, p. 8688- 8694, 2000.
39
PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CERÂMICA
PEROVSKITA BaSnO3
40
Os resultados das medidas de densidade são seca e a amostra hidratada. A amostra seca
mostrados na Tabela (1) e as micrografias são apresenta grãos menores em torno de 0.7 µm
apresentadas nas figuras (3) e (4). Estes resultados enquanto a amostra hidratada possui grãos em
mostram as mudanças micro- estruturais torno de 1.8 µm. A difusão da fase amorfa
provocadas pela hidratação. Entretanto não foi provoca o aumento do tamanho de grão do
encontrado efeitos com relação à posição das BaSnO3.
amostras no cadinho após sinterizadas.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
S1400/3h 1mm Vertical Seca
S1400/3h 1mm Horizontal Seca Os resultados obtidos mostram o efeito da
S1400/3h 1mm Vertical Hidratada
hidratação nas propriedades estruturais e
microestruturais das amostras. Conhecendo estes
Intensidade (u.a.)
7000X 7000X
41
EFEITOS FOTOINDUZIDOS EM FILMES VÍTREOS DO SISTEMA [SB(PO3)3]n-
SB2O3 DOPADOS COM COBRE E IRRADIADOS COM RAIOS-X
1
D. F. Silva, 1M. S. Li, 2B. S. Simões, 2F. S. De Vicente
1
IFSC, Universidade de S. Paulo, S. Carlos, SP, Brasil
2
CCET, Dep. de Física, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil
dilleys@ursa.ifsc.usp.br
200
tratamentos térmicos adequados. 150
100
50
sem irradiar
2. EXPERIMENTAL 0
região central
RX 60 min
Os filmes do sistema vítreo 20% (Sb(PO3)3)n- -50
direita_fotoexpansão=97nm
esquerda_fotoexpansão=105nm
produzidos pelo processo evaporação fase vapor 0 2000 4000 6000 8000
Distância (µm)
(VPD) onde a evaporação dos vidros é realizada
através de um feixe de elétrons, resultando em
42
Fig. 1: medidas de perfilometria em filmes do 3. DE VICENTE, F. S. Estudo da Mudança
sistema vítreo 20%(Sb(PO3)3)n-80% Sb2O3 Estrutural Fotoinduzida em filmes de vidros
dopados com 2% de CuO . a base de Polifosfato de Antimônio. Tese de
Doutorado. IFSC-USP, p.140 2004.
Medidas de transmitância feitas na mesma
amostra, em três regiões que foram iluminadas 6. AGRADECIMENTOS
durante tempos diferentes, 0h, 1h e 2h,
mostraram a existência, nas áreas irradiadas, de CAPES CNPq e FAPESP-CePOF.
mudanças estruturais e formação de centros de
cor.
100
80
60
40
20
0h
0
Transmitancia%
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
43
PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES FINOS DE SnO2:Sb PELO
PROCESSO SOL-GEL
Franciani Cassia Sentanin a, César O. Avellaneda b e Agnieszka Pawlicka a
a - Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo
C.P. 780, CEP 13560-970 São Carlos - SP, Brasil
b – LNES - Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas
C.P. 6154, CEP 13083-970 - Campinas, SP - Brasil
e-mail: fransentanin@iqsc.usp.br
44
45 colorido e descolorido. Os xerogéis provenientes
c a r g a c a tó d ic a do sol de SnO2:Sb apresentaram estrutura
c a r g a a n ó d ic a
cristalina definida como casseterite. Das medidas
30
de Análises Térmicas, observou-se à 60oC um
-2
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
0 .0 0 0
I (A /cm )
2
- 0 .0 0 1
5. BIBLIOGRAFIA
45
INFLUENCIA DO Nb5+ NAS PROPRIEDADES ESTRUTURAIS E ELÉTRICAS DE
CERÂMICAS DE PZT50/50 PREPARADAS PELO MÉTODO DE MISTURA DE
ÓXIDOS
1. INTRODUÇÃO
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Cerâmicas de PbZr(1-y)TiyO3 (PZT) têm sido o foco A densidade das pastilhas à verde foi medida pelo
de várias pesquisas devido a suas inúmeras método geométrico; e a das pastilhas sinterizadas
aplicações em dispositivos ferroelétricos, pelo método de Arquimedes. A Tabela 1 mostra o
piroelétricos e piezelétricos. As composições em valor das densidades obtidas em comparação com
torno do contorno morfotrópico de fase (que a densidade teórica que é de 8 g/cm3.
acontece para y ≅ 0.48) têm mostrado as melhores
propriedades para essas aplicações. Neste Tabela 1: densidades das pastilhas à verde e
trabalho, realizou-se um estudo da influência de sinterizadas.
cátions de Nb5+ nas características estruturais e
elétricas de cerâmicas de PZT com y = 0,50 ρà ρ sinterizada
Material
(PZT50/50). verde(g/cm3) (g/cm3)
Esse trabalho teve como objetivo obter amostras
PZT50/50 4,5 7,7
densas de cerâmicas de PbZr0,5Ti0,5O3 (PZT 50/50)
e Pb(Zr0,5Ti0,5)(1-x)NbxO3 com x = 2 (PNZT002) e x PNZT002 5,2 7,2
= 4 (PNZT004), com fase tetragonal e com PNZT004 4,3 6,5
Temperatura de Curie (TC) por volta de 400 °C.
46
25000
se altera com as diferentes composições deste
f = 102 Hz - ( Tc = 468,0 °C )
3
f = 10 Hz - ( Tc = 432,5 °C )
aditivo (PNZT002 e PNZT004), pela formação da
20000
f = 104 Hz - ( Tc = 430,6 °C ) 2ª fase.
15000
5. BIBLIOGRAFIA
ε'
10000
2000
1500
of soft Pb(ZrxTi1−x)O3 (PZT) piezoelectric
ceramic fibers, Materials Science and Engineering
1000
A 433 (2006) 124–132;
500
200 300 400 500 600 PAES, C., Transições de fases estruturais do
Temperatura (ºC)
sistema PZT, estudado por espectroscopia no
Fig. 3: Constante Dielétrica x Temperatura (f = infravermelho, Dissertação de Mestrado, Unesp,
102, 103 , 104 , 105 e 106Hz) para a amostra de Ilha Solteira, 2006.
PNZ002.
50000
2
10 Hz (TC=426ºC)
KISHI, H., MIZUNO, Y., CHAZONO, H., Base-
40000
3
10 Hz (TC=429ºC) Metal Electrode-Multilayer Ceramic Capacitors:
4
10 Hz (TC=425ºC)
5
Past, Present and Future Perspectives, Jpn. J.
30000
10 Hz (TC=426ºC)
6
10 Hz (TC=423ºC)
Appl. Phys. 42, 1 (2003).
E'
20000
AGRADECIMENTOS
10000
Os autores agradecem as agências CNPq e
0 FAPESP, pelo suporte e financiamento.
0 100 200 300 400 500 600
Temperatura (ºC)
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
47
PROPRIEDADES ELÉTRICAS INTERFACIAIS E ANOMALIAS DIELÉTRICAS EM
CERÂMICAS DE BaTiO3: INFLUÊNCIA DO TAMANHO DOS GRÃOS
48
dielétrica varia segundo o tamanho dos grãos
70000 (proporcionalidade direta) como resultado da
( 0.8 ± 0.3) µm
( 1.4 ± 0.6) µm
variação da densidade dos contornos dos grãos.
60000
( 18 ± 10) µm
( 37 ± 20) µm
50000
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
40000
30000
Piezoelectric
20000
Ceramics, Academic Press, London, 1971.
10000 ANTONELLI, E., “Preparação e estudo de
0
propriedades físicas de corpos cerâmicos
0 100 200 300 400 500 600 700 densos do sistema Ba(Ti1-xZrx)O3”,
0.0020
Temperatura( ºC)
(a) dissertação de mestrado, USP-IFSC, São
( 0.8 ± 0.3) µm
( 1.4 ± 0.6) µm
Carlos, SP, 2004.
0.0016
( 18 ± 12) µm
( 37 ± 23) µm
DA SILVA, R. S., “Síntese e propriedades
dielétricas de cerâmicas nanoestruturadas de
0.0012
Ba1-xCaxTiO3 (0 ≤ x ≤ 0.30) sinterizadas a
laser”, tese de doutorado, USP-IFSC, São
/
1/ ε
0.0008
Carlos, SP, 2006.
0.0004 M’PEKO, J. –C, J. Portelles, F. Calderón, G.
Rodríguez, “Dielectric anomaly and low
0.0000
frequency dispersion in ferroelectric
0 100 200 300 400 500 600 700 materials at high temperatures”, Journal of
T e m p e r a t u r a ( °C )
(b)
Materials Science Letters, 33, 1633-1637
(1998).
Fig. 2: (a) permissividade em função da
temperatura das amostras de BaTiO3; (b) 1/ ε’ em AGRADECIMENTOS
função da temperatura das amostras de BaTiO3.
Os autores agradecem as agências CAPES e
6 FAPESP/CEPID pelo suporte e financiamento.
o ( 0.8 ± 0.3) µm
375 C ( 1.4 ± 0.6) µm
5
( 18 ± 10 ) µm
( 37 ± 20 ) µm
Z (Ω.cm/10 )
4
5
2
//
0
0 1 2 3 4 5 6
/ 5
Z (Ω.cm/10 )
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
49
INFLUÊNCIA DO ÍON FERRO NO COMPOSTO NANOESTRUTURADO SrTi(1-
X)Fe(X)O3
25
independente da temperatura destes sensores é
atribuída às contribuições de compensação a partir 20
15
Clevenger [3], a qual tende a aumentar a
condutividade com o aumento da temperatura [2]. 10
5
Neste trabalho, investigaremos os efeitos da
adição do íon de Fe, na estrutura do SrTiO3. As 0
x=0,10
x=0,05
propriedades estruturais serão investigadas através -5
x=0,0
de medidas de difração de raios X, e XANES. A 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
2. EXPERIMENTAL
Nestas curvas, identifica-se a presença de três
A síntese dos pós de SrTiO3 foi baseada no picos exotérmicos, os quais estão associados à
método dos precursores poliméricos. Os reagentes combustão das espécies orgânicas presentes nos
utilizados foram: isopropóxido de titânio pós precursores. Além disso, observou-se uma
Ti[OCH(CH3)2]4 (pureza: 97%), ácido cítrico redução da temperatura de decomposição do
50
precursor, com o aumento do conteúdo de Fe. Este
comportamento, provavelmente esteja associado a
mudanças nos processos de polimerização ou nc-SrTi1-xFexO3
Absorção Normalizada
catalítico, exercido pelos íons de Fe.
Na Fig. 2 são exibidos os difratogramas dos pós
nanocristalinos de STF (0,0 ≤ x ≤ 0,75),
calcinados a 750oC. x=0,75
x=0,50
x=0,25
x=0,10
x=0,05 borda-k do Fe
(110)
Energia (eV)
Intensidade (u.a.)
(211)
(111)
(200)
(310)
(100)
(210)
(300)
x=0,75
x=0,50
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
x=0,25 Neste trabalho, concluímos que a adição do íon
x=0,10
x=0,05 Fe, na estrutura do SrTiO3, acarretou numa
x=0,0
redução da temperatura, de decomposição do pó
20 30 40 50 60 70 80 90
2θ (graus)
precursor e, de cristalização do composto SrTi1-
xFexO3. Medidas de DRX indicam a formação de
fase única, não havendo a presença de carbonatos.
Fig. 2: Difratogramas dos pós nanocristalinos de Além disso, pode-se identificar a valência do Fe,
SrTi1-xFexO3, com 0,0 ≤ x ≤ 0,75. sendo identificada a presença do íon Fe3+, na
Para todas as amostras foram observados os picos estrutura do SrTiO3.
de difração, correspondentes à estrutura
perovsquita cúbica do SrTiO3. Além disso, 5. BIBLIOGRAFIA
nenhuma evidência da formação de fases
intermediárias ricas em Fe, foi identificada nos [1] LI, J., LI, S., et al. The origin of varistor
difratogramas. property of SrTiO3-based ceramics. Journal of
Materials Science, v.14, p. 483-486, 2003.
Os espectros de XANES, das amostras [2] ROTHSCHILD, A., LITZELMAN S. J., et al.
nanocristalinas, são apresentados na Fig.3. Temperature-independent resistive oxygen
Através da análise da borda de absorção dos sensors based on SrTi1-xFexO3 solid solution.
espectros, foi possível avaliar a valência do Fe, Sensors and Actuators B, v.108, p.223-230,
para esta série de amostras. Os resultados indicam 2005.
que para todas as amostras, o íon Fe possui [3] CLEVENGER, T. R. Effect of Fe4+ in the
valência 3+. system of SrFeO3 - SrTiO3. Journal of the
American Ceramic Society, v.46, n.5, p.207-
210, 1963.
AGRADECIMENTOS
51
SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E CRISTALIZAÇÃO DE VIDROS DO SISTEMA
SIO2-BAO-B2O3-AL2O3
Autores: Patrícia Brajato, Waldir Avansi Jr, Pedro Pelissiari, Valmor R. Mastelaro
Instituto de Física de São Carlos
E-mail: patriciabrajato@ursa.ifsc.usp.br
52
em uma placa de aço inoxidável a cada 30 Tabela 1: Denominação dos vidros e suas
minutos por 5 vezes. respectivas composições
Após o processo de homogeneização, AMOSTRA Fração Molar dos
realizou-se o refinamento com o aquecimento do Precursores
material até 1300ºC durante 15 minutos e em Al2O3 BaO B2O3 SiO2
seguida diminuiu-se a temperatura de 1300ºC para x1 x2 x2 x3
1100ºC para que o material fundido fosse vertido
BBSi 0% 42,5% 42,5% 15%
em um molde de aço inoxidável para ser recozido
BBSiAl-2% 2% 42,5% 42,5% 13%
à temperatura de 500ºC por 24 horas, a fim de
eliminar as tensões no bloco de vidro. BBSiAl-4% 4% 42,5% 42,5% 11%
BBSiAl-8% 8% 42,5% 42,5% 7%
Os eventos térmicos de transição vítrea, Tabela2: Temperaturas dos eventos térmicos
(Tg) cristalização (Tc) e fusão (Tf) nos vidros obtidos a partir das curvas de DTA
foram caracterizados pela técnica de Análise AMOSTRA (Tg) °C (Tc) °C
Térmica Diferencial (DTA–Differencial Thermal BBSi 589 746
Analysis). Foram utilizadas 40mg de vidro em BBSiAl-2% 577 723
forma de pó em cadinho de platina. As medidas BBSiAl-4% 578 717
foram realizadas em atmosfera de ar sintético BBSiAl-8% 563 708
(20% O2 e 80% N2) no intervalo da temperatura
ambiente até 800ºC com taxa de aquecimento de Resultados preliminares da análise do processo de
10ºC/min. nucleação e cristalização mostram que a adição de
Al2O3 levou a uma diminuição da tendência a
O estudo dos vidros cristalizados em cristalização superficial nestas amostras vítreas.
amostras vítreas monolíticas foi realizado por
microscopia ótica. O microscópio utilizado foi um 4.CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
Olimpus BX51 acoplado a um sistema de
aquisição de imagens Image-Pró Express 6.0 Os resultados obtidos até o presente
(Media Cybernetics, Inc). As imagens obtidas momento mostram que a adição do composto
foram utilizadas na observação e na avaliação do Al2O3 ao sistema B2O3-BaO-SiO2 levou a
processo de cristalização na superfície das modificações significativas nas propriedades
amostras vítreas. térmicas do sistema. Análises preliminares do
processo de nucleação e crescimento de cristais
3.RESULTADOS E DISCUSSÃO mostram que a cristalização ocorre somente na
superfície dos vidros e que a mesma é afetada pelo
A temperatura Tg foi obtida a partir do aumento da quantidade de Al2O3 na matriz vítrea.
ponto de inflexão da região da transição vítrea
enquanto que as Tc e Tf foram consideradas os 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
valores máximos de pico. Os valores referentes
aos eventos térmicos de transição vítrea e [1] P. PERNICE, S. ESPOSITO, A. ARONNE,
cristalização são apresentados na Tabela 2. V.N. SIGAEV, Journal of Non-Crystalline Solids
258 (1999) 1-10.
Os vidros com x1= 2% de x1 = 4% [2]C. A. C. FEITOSA, A. R. ZANATTA, A. C.
apresentaram os valores da Tg próximas aos HERNANDES, E. D. ZANOTTO, Opticals
obtidos por Pernice et al. [1]. Observa-se uma Materials 28 (2006) 935-94.
diminuição significativa dos valores de Tg e Tc à
6. AGRADECIMENTOS
medida que a quantidade de Al2O3 aumenta. Esses
resultados mostram que a introdução da alumina Ao Grupo de CCMC-IFSC, CAPES, CNPq pelo
deve influenciar de maneira significativa o suporte financeiro.
processo de nucleação e cristalização de cristais
nestas amostras vítreas.
53
ESTUDO DOS EFEITOS FOTOINDUZIDOS EM VIDROS E FILMES DE VIDRO DE
FOSFATO DE ANTIMÔNIO DOPADO COM CHUMBO ([Sb(PO3)3]n-Sb2O3: Pb2+)
54
5. BIBLIOGRAFIA
2000
De Vicente, F. S., Li, M. S., Messaddeq, Y.,
Antes de Iluminar
~200 nm Journal of Non--Crystalline Solids, 348, 245-249,
Depois de Iluminar (2004).
1500
AGRADECIMENTOS
Espessura (nm)
1000
Agradecimento a Capes pela bolsa de estudo e ao
Cepid-Fapesp pelo auxílio à pesquisa.
500
Deslocamento (µm)
2,0x10
-6
SPb3B
SPb3C
SPb3D
1,5x10
-6 SPb3E
SPb3F
Intensidade (u.a)
-6
1,0x10
-7
5,0x10
0,0
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
55
VIDROS ÓXIDOS DE METAIS PESADOS CONTENDO ÓXIDO DE BISMUTO
56
amostra foi excitada em 514,5 nm por uso de
um laser de argônio Ar. -0,5
0,0
Absorção óptica (m )
-1
0,5
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1,0
1,5
Com o procedimento adotado para a fusão dos
2,0
compostos foram obtidas amostras vítreas,
isentas de cristalização ou bolhas para as 2,5
80BGO
composições contendo 20% em mol de Bi2O3. 3,0
80BGO - 0,2CeO2
A amostra contendo 30% em mol de Bi2O3 3,5
resultou em vitrocerâmica. As composições 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
sem óxido de cério apresentaram Comprimento de onda (nm)
escurecimento possivelmente provocado pela
redução do íon Bi3+ em Bi2+. A inclusão do
Fig. 2: Curvas de absorção óptica dos vidros
óxido de cério proporcionou a obtenção de
80GeO2-20Bi2O3 (curva contínua) e contendo
amostras mais transparentes de coloração
0,2CeO2 em mol % (curva pontilhada).
amarelada.
57
[3] Stentz D. Comparison of the optical AGRADECIMENTOS
cutoffs of bismuth borate and bismuth
germanate glasses. Physics and Chemistry À CAPES pelo suporte financeiro e ao
of Glasses, v.41, n.6, p.406-408, 2000. Instituto de Física de São Carlos.
58
SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE PbCrO4 e Pb2CrO5
ENCAPSULADAS ATRAVÉS DO MÉTODO SOL-GEL
2. EXPERIMENTAL
59
Foi observado um tom mais claro nas amostras
após o encapsulamento. Para as amostras de
PbCrO4 encapsuladas foi observado um aumento
na intensidade da reflectância difusa como
mostrado na fig. 2. Para as amostras de Pb2CrO5
encapsuladas foi verificado o deslocamento da
banda em torno de 550-650 nm para
comprimentos de onda menores.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
Reflectância Difusa (unid. arb.)
não-encapsulada
400°C
700°C O método sol-gel mostrou-se eficiente no
encapsulamento das partículas de PbCrO4 e
Pb2CrO5. Foi verificado uma variação na
coloração das partículas após o encapsulamento
assim como a formação da fase SiO2.
5. BIBLIOGRAFIA
2θ (graus)
60
CRISTALIZAÇÃO NÃO-ISOTÉRMICA EM VIDROS OXIFLUORETOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 60
61
para 1.5 %, da energia de ativação 1.25 % e da
formação simultânea de fases em 1.75 %.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
2.0 %
Intensidade (a. u.)
5. BIBLIOGRAFIA
1.0 % 1
BOUCHAOUR, Z. C. K. et al. New
oxyfluoroniobate glasses. Journal of Non-
0% Crystalline Solids, França, v. 351, n. 10-11, p.
20 30 40 50 60 70 818-825, 2005.
2θ ( ° ) 2
LIU, F. et al. Investigation on crystallization
kinetics and microstructure of novel transparent
glass ceramics containing Nd:NaYF4 nano-
crystals. Materials Science and Engineering: B,
Fig. 3: Padrões de DRX de amostras com China, v. 136, n. 2-3, p. 106-110, 2007.
3
diferentes quantidades de Bi2O3 aquecidas por 3h REBEN, M. et al. Thermal and structural studies
em Tx. Fases: (∀
∀) BaZrF6 e (ΧΧ) BaZr2F10. of nanocrystallization of oxyfluoride glasses.
Journal of Thermal Analysis and Calorimetry,
Sob aquecimento as amostras vítreas cristalizam Poland, v. 88, n. 1, p. 285-289, 2007.
4
nas fases BaZr2F10 e BaZrF6. Na região de maior KISSINGER, H. E. Variation of peak
habilidade de formação vítrea e maior estabilidade temperature whit heating rate in differential
térmica há a tendência de cristalização simultânea thermal analysis. Journal of Research of the
e à mesma temperatura de duas fases cristalinas o National Bureau of Standards, Estados Unidos,
que leva a desordem de longo alcance sob v. 57, n. 4, p. 217-221, 1956.
resfriamento rápido.
AGRADECIMENTOS
330 FUNDECT, FINEP, CNPQ E CAPES
)
-1
315
(k.Jmol
300
285
Ea
270
62
ESTUDO DO SISTEMA MISTO xSb2O3 - (1-x)SbPO4
Heberton Wender Luiz dos Santos1 & Petr Melnikov2
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
e-mail: hbt_fisica@yahoo.com.br
2. EXPERIMENTAL
63
perdendo o contorno e a nitidez, imitando vidros. cerâmicos, em comparação com dados obtidos
Esta deve ser a razão de o autor de [5] ter se anteriormente em [5] está apresentado na Fig. 3.
equivocado na interpretação dos resultados. Alem
disso não existe uma garantia que o ortofosfato de
antimônio usado pelo autor seja, na realidade,
outro composto qualquer, já que não foi
identificado nem pela analise química, nem por
difração de raios-X.
Os difratogramas das amostras obtidas neste
trabalho são praticamente idênticos. Os quadros
de difração podem ser vistos na Fig. 2. O produto Fig. 3: Esquema comparativo do domínio
identificado é o fosfato de antimônio (III) Sb5PO10 cerâmico no sistema Sb2O3 – SbPO4.
(ou 2Sb2O3 . SbPO4) , que não é um composto
vítreo, mas cristalino. É para ressaltar que o Assim, no sistema Sb2O3 – SbPO4, cujos
método da obtenção foi totalmente distinto: uma representantes morfologicamente são produtos
mistura de antimonil tartrato de potássio com cristalinos (cerâmicos), existe apenas um
ácido fosfórico e hidróxido de sódio foi lacrada composto, que é um oxofosfato de antimônio
em um autoclave e aquecida a 200°C sob uma acompanhado de uma fase amorfa nas regiões não
pressão autógena durante 3 dias [7]. estequiométricas.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
Fig. 2: Conjunto de difratogramas do sistema
misto Sb2O3 – SbPO4. 1. Alonzo G., Bertazzi N., Galli P., Marci G.,
Massucci M. A., Palmisano L., Patrono P. and
Este pertence ao sistema ortorrômbico com Saiano F., Mater. Res. Bull., v.33, n.8, p. 1233-
parâmetros cristalinos a=6.8373(5), b=7.0932(5) 1240, 1998.
e c=19.8730(15) Å, sendo constituído por 2. ICSD file 23 – 0793. Fonte: Kinberger B., Acta
camadas de óxido de antimônio e ortofosfato de Chem. Scand., v. 24, p. 320, 1970.
antimônio. A camada de óxido de antimônio é 3. Volkova L. M., Kamischeva A. S., Udovenko
uma dupla folha, a qual “dilui” o número A. A., Mikhailov Yu. N. and Bovna V. I., Problem
relativamente pequeno de cadeias, portanto a of Antimony-Antimony Shortened Distances and
formação de vidros é extremamente improvável. Polynuclear Groupings in Antimony (III)
Assim, do ponto de vista estrutural, a formação de Compounds, Coord. Chem., v.9, n.5, p. 609-615,
vidros no sistema é improvável, pois os 1983.
formadores de vidros em sistemas desse tipo são 4. Melnikov P., Secco M.A.C., Guimarães W.R.
os tetraedros PO4, e na sua escassez, a tendência and dos Santos H.W.L., Thermochemistry of
seria aumentar a presença de fases cristalinas e Vitreous Antimony Ortophosphate, Journal of
não o contrário. O esquema dos domínios vítreos e
64
Thermal Analisys and Calorimetry, v. 92, p. 579 –
582, 2008.
5. Nalin M., Antimony Polyanionic Glasses,
Doctoral thesis, Institute of Chemistry
Araraquara, SP, 2002.
6. Robbins D., Formation of Antimony
Orthophosphate, SbPO4, J. Inorg. Nucl. Chem.,
v.19, p. 183-185, 1961.
7. A. A. Brian and A. K. Cheetham, Synthesis and
Structure of Sb5PO10, a New Phosphate of
Antimony (III), J. Solid State Chem., v.155, p.
451-454, 2000.
AGRADECIMENTOS
65
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO TiO2 NA MATRIZ DE CeO2/Gd2O3 ATRAVÉS DO
REFINAMENTO ESTRUTURAL PELO MÉTODO DE RIETVELD
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
O material mostrou ser monofásico de
estrutura cerianítica (Fm-3m) nas duas A adição de TiO2 a matriz de óxido de
temperaturas. Quando são tratados a cério/gadolínio leva a uma distorção da rede
temperaturas de 250°C e contem baixas cristalina possibilitando uma redistribuição de
concentrações de titânio, o parâmetro de rede fases e componentes que favorecem a
da cerianita parece não ser afetado estabilização das vacâncias de oxigênio a altas
significativamente. Para amostras tratadas em
66
temperaturas, necessária a operação em
SOFCs.
Dentre as perspectivas está a montagem do
sistema catalítico para reações de oxidação e
amoxidação seletiva de metano e etanol
suportadas no material em questão.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
5. AGRADECIMENTOS
67
ESTUDO DO SISTEMA MISTO Sb2O3-V2O5-P2O5
68
Sb(P1-XVX O3)3.H2O H2O
69
COMPÓSITOS
70
RADIOGRAFIA DIRETA APLICADA À MONITORAÇÃO DE TRINCAS DE
FADIGA EM JUNTAS MISTAS DE GLARE ENSAIADAS EM AMBIENTE SALINO
71
dados, empregando na tarefa um programa
especialmente dedicado criado pelo Grupo de
Análise de Falhas e Integridade Estrutural do
SMM. Os resultados obtidos com espécimes
imersos em névoa salina serão diretamente
confrontados aos levantados em ensaios de
fadiga conduzidos em ambiente inerte (ao ar).
Como exemplo, a Figura 4 apresenta as curvas
S-N de fadiga obtidas por Martinez & Tarpani
[6] em juntas mistas Glare/liga-Al ensaiadas
Fig. 2: Corpo de prova Glare-liga de Al com 2 ao ar. Idêntica série de experimentos será
rebites horizontais, ou não-alinhados à direção conduzida sob névoa salina, de modo a se
de carregamento axial em fadiga de alto ciclo. comparar os resultados obtidos sob distintas
condições e, efetivamente, verificar o efeito
Os ensaios de curva tensão-vida (S-N) sob do ambiente corrosivo no desempenho
amplitude contante de tensão serão conduzidos mecânico cíclico de longo termo dos
em um sistema servo-hidráulico universal de espécimes unidos por rebites.
ensaios mecânicos MTS-810, à temperatura
ambiente, numa razão de cargas (R = carga
mínima/máxima) de 0,1 (tração-tração), de
modo a evitar a flambagem do corpo de prova.
A freqüência máxima de carregamento será
limitada a 10 Hz de maneira a não aquecer
significativamente o material visco-elástico
(resina epóxi). Uma câmara ambiental vedada,
contendo a porção rebitadas do corpo de prova,
será alimentada por um sistema de aspersão de
água salobra, e possibilitará o total escoamento
da solução líquida após o contato com o
espécime fadigado.
O equipamento radiográfico a ser utilizado no
projeto está alocado na Universidade Federal
do Paraná. Basicamente, ele consiste de Fig. 3: Fratura por fadiga em lâminas metálicas
aparelho microfocal de raios X da Kevex X- do Glare observada em microscópio eletrônico
de varredura. São observados os padrões de
Ray Inc. modelo PXS5-722SA, com as estriamento superficial. A seta indica a direção
seguintes especificações: microfoco de 100 e sentido de propagação local da trinca.
µm², faixa de voltagem e amperagem de 20-70
kV e 0-0,1 mA, respectivamente, alvo de
Máxima Tensão Cíclica, MPa
Al-Gl
tungstênio e janela de berílio, esta última com 85
Gl-Al
com diâmetro e espessura de 9,4 mm e 0,13 -0,155
y = 448x
75 Al-Al
mm, respectivamente. Utilizar-se-á um painel 2
R = 0,99
Gl-Al Gl-Gl
plano CT7942 da Hamamatsu com resolução 65 y = 153x
2
-0,079
2,E+05
4,E+05
6,E+05
8,E+05
1,E+06
3. RESULTADOS E DICUSSÃO
Ciclos para Fraturar
Será verificada a possibilidade de se
determinarem as taxas de crescimento de Fig. 4: Curvas S-N de juntas rebitadas
homogêneas Al-Al e Glare/Glare, e
trincas de fadiga (da/dN) em ambas as chapas
heterogêneas Glare/liga-Al e liga-Al/Glare
de Glare e da liga-Al via contagem das estrias
obtidas em ensaios de fadiga conduzidos ao ar
(Figura 3) e processamento computacional dos
ambiente [6].
72
4. BIBLIOGRAFIA
73
COMPORTAMENTO DE DESGASTE ABRASIVO DE MATERIAIS COMPÓSITOS
E METÁLICOS DE CONSTRUÇÃO AERONAÚTICA
74
àquelas de origem puramente mecânicas cargas de 10 kgf e 20 kgf e temperaturas de
previstas em projeto[2]. 25°C e 100°C. Todas as combinações entre
O objetivo do presente trabalho é o de avaliar o CMP (discos) e ligas metálicas (pino) foram
comportamento de desgaste abrasivo a três ensaiadas. A velocidade de rotação foi de 155
corpos, via ensaio pino-sobre-disco, de RPM, dando origem a uma pista circular de
laminados CMP termorrígida e termoplástica desgaste do disco com 36 mm de diâmetro
(como discos) e ligas metálicas estruturais (Fig.1), totalizando uma distancia percorrida
(como pinos) tipicamente empregados na média de 610 m num tempo de
indústria de construção aeronáutica. aproxiamdamente 40 min.
Basicamente, o desempenho dos materiais Os fragmentos oriundos dos ensaios de
deverá ser estabelecido em termos de perda de desgaste foram cuidadosamente coletados em
massa para as várias combinações de pares saco plástico para posterior análise ao
pino-disco, considerando-se duas diferentes microscópio de varredura e microsonda
cargas aplicadas e duas distintas temperaturas analítica. Da mesma forma, os pares disco e
de ensaio. pino foram também embalados para evitar
contaminação que pudesse prejudicar as
2. MATERIAIS E CORPOS DE PROVA futuras análises metrológicas e fratográficas.
comprimento. 10
Os pinos tinham ponta semi-hesférica, com
0
raio de curvatura de 5 mm.
B
B
B
C2 B
B
B
B
XA A M
SA A M
SA A M
M
SA A M
PX AM
PS AM
M
A
E P 0A
P P 0A
PX 0A
PS 0A
A
E P 10
P P 10
E P 20
0
PP I10
20
L1
L1
I1
L2
L2
C
TI
TI
T
ST
3. EXPERIMENTAL
XA
A
A
X
X
PP
EP
P
E
75
Pode-se inferir que as variáveis de ensaio
afetam diferentemente o comportamento de
desgaste dos pares pino-disco. Resultados
obtidos a 100°C contribuirão decisivamente
para a interpretação dos dados experimentais
levantados até o momento.
6. REFERÊNCIAS
76
ANÁLISE DA CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO DE RESINA DENTAL POR
MEIO DA TAXA DE VARIAÇÃO DO SPECKLE.
1. INTRODUÇÃO 2. EXPERIMENTAL
77
que após os 40s de fotoativação o material
continua contraindo-se, ou seja, após a
fotoativação, apesar de não fornecer mais
energia, a reação de polimerização ainda
persiste por um tempo. Para as intensidades de
50, 100 e 500 mW/cm2 visualiza-se que a
variação de Speckle atinge a estabilidade,
indicado que o material não sofre variação
dimensional em ordem nanométrica. Já para a
intensidade de 300 mW/cm2 o tempo de
analise não permite observar se a reação de
Fig. 1: Montagem Experimental. polimerização continua ou se o último patamar
é definitivo.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
2
composites at various depths using laser
55 100 mW/cm
300 mW/cm
2 speckle contrast analysis. Eur J Oral Sci;
Speckle Contrast Ratio (%)
50
45 500 mW/cm
2
112: p.538. 2004.
40
35
30 AGRADECIMENTOS
25
20
15 Grupo de Óptica/CePOF, FAPESP, CNPq e
10
5
Quadrado Mágico Co.
0
0 20 40 60 80 100 120
time (s)
78
INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA DE DANOS EM LAMINADO COMPÓSITO
ESTRUTURAL DE MATRIZ TERMOPLÁSTICA PPS-C
79
0.1°C a 30°C. Nas análises termográficas
empregou-se o modo de transmissão, em que o Analisando-se os termogramas acima, observa-
espécime é posicionado entre a fonte de calor e se que a região impactada exibe uma
a câmera termográfica. Duas variantes, em que tonalidade particular de cinza, em especial para
a superfície impactada fica voltada ou para o modo 1 de aquecimento, indicando a
câmera ou para a fonte de calor, foram diferença de fluxo de calor como resultado da
realizadas conforme ilustram, respectivamente, presença do defeito. Nota-se que nos
as figuras 2 e 3. termogramas a, referentes ao material virgem,
Utilizou-se fluxo de ar aquecido e contínuo tal indicação de defeito não existe.
para excitar termicamente os espécimes [6]. Concluí-se que o modo de aquecimento 1
permite a detecção de danos por impacto de até
5 Joules, enquanto que o modo 2, menos
eficiente, permite a identificação de impactos
com energia somente a partir de 20 J.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
AGRADECIMENTOS
81
INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA DE DANOS EM LAMINADO COMPÓSITO
ESTRUTURAL DE MATRIZ TERMORRÍGIDAS DE EPÓXI CARBONO.
82
Fig. 2: Modo de Aquecimento 1 - Defeito
voltado para a câmera Figura 5: Tempo de aquecimento 2, superior ao
tempo 1 sendo (b-e) Termogramas em modo 1 de
aquecimento e de (f-i) em modo 2 de aquecimento
(a-f) 0 J; (b,g) 5 J, (c,h) 10 J, (d,i) 20 J e (e,j) 30 J
BIBLIOGRAFIAS
83
[3] TARPANI, J.R.; et al., Fadiga após
múltiplos impactos em laminados
carbono-epóxi. Tecnologia em
Metalurgia e Materiais, BR, v. 2, n. 4,
p. 63-70, 2006.
[4] DE OCÁRIZ I.S.; ALONSO F.; GAMBÍN
B.; “Termografía infrarroja como
ensayo no destructivo: detección de
defectos en componentes
aerospaciales”, Centro de Tecnologías
Aeronáuticas (CTA), 2005.
AGRADECIMENTO
84
COMPÓSITO LEVE PARA CONCRETO PRODUZIDO A BASE DE LODO DE
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E SERRAGEM DE MADEIRA.
1. INTRODUÇÃO
O lodo coletado na Estação de Tratamento de
No Brasil existem aproximadamente 7,500 Água de São Carlos foi previamente seco à
estações de tratamento de água que geram seus temperatura ambiente e completamente seco
resíduos nos tanques de decantação e filtros e em estufa a temperatura de 110 ± 10oC. A
os lançam diretamente nos mesmos córregos e seguir, foi moído em um moedor de agregados
rios de onde é retirada a água para o tratamento miúdos e misturado com serragem de madeira
(CORDEIRO, 2001). do gênero Pinus e água.
85
convencionais produzidos com pedra britada estudos para sua aplicação. Entretanto, com
(Tabela 2). base nos resultados obtidos nesta pesquisa,
será possível, num futuro próximo, aplicá-lo e
Tabela 1 – Propriedades do concreto produzido reduzir os impactos ambientais causados pela
com CLC deposição irregular de seus componentes.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
86
POLPA DE EUCALIPTO COMO ALTERNATIVA AO REFORÇO DE
COMPÓSITOS DE FIBROCIMENTO
G.H.D. Tonoli1, R.S. Teixeira1, Z.D. Freitas2, H. Savastano Jr.2, F.A. Rocco Lahr1
1 Escola de Engenharia de São Carlos, EESC/USP – São Carlos
2 Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, FZEA/USP - Pirassununga
e-mail: gustavotonoli@usp.br
2. EXPERIMENTAL 100
50
Polpas celulósicas kraft de Eucalipto e Pinus
0
foram refinadas em um refinador PFI para
800 600 400 200 0
promover a fibrilação da superfície das fibras,
como usualmente praticado nas indústrias de Drenabilidade da polpa (CSF mL)
fibrocimento. Foram utilizados 10% de polpa Fig.2: Taxa de drenagem da suspensão
de Eucalipto ou Pinus, em relação à matéria- cimentícia em função da drenabilidade da
prima seca da mistura. A matriz cimentícia foi polpa.
composta por cimento Portland (CP-V-ARI) e
calcário agrícola moído. As dimensões dos Observa-se um número quatro vezes maior de
aglomerados nas supensões de fibrocimento e fibras por grama nas polpas de Eucalipto em
suas propriedades de drenagem e retenção relação às polpas de Pinus (Fig.1). A dispersão
foram monitoradas com FBRM (focused beam mais eficiente das fibras de eucalipto na
reflectance measurement) e VDT (vacuum suspensão cimentícia pode ser observada na
drainage tester), respectivamente, com o Fig.1 pela menor dimensão dos aglomerados
objetivo de avaliar o efeito do uso da polpa de em relação às polpas de Pinus. Entretanto, o
Eucalipto no processo de produção do maior número de filamentos não prejudica a
87
taxa de drenagem das supensões de
12
fibrocimento (Fig.2), apesar de melhorar 28 dias
significativamente a retenção dos sólidos 10
durante a drenagem das suspensões (Fig.3). 8
Observa-se, na Fig.3, que é possível melhorar a
σ (MPa)
6
retenção de sólidos com a polpa de Pinus,
diminuindo sua drenabilidade (aumentando o 4
refino). Na Fig.4, observa-se que o consumo de 2
Eucalipto não-branqueada
Eucalipto branqueadas
energia para o refino da polpa de Pinus é muito Pinus não-branqueada
0
maior em relação à polpa de Eucalipto para Pinus branqueada
obter um mesmo valor de drenabilidade. 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10
ε (mm/mm)
100 Fig.5: Curvas tensão-deformação específica
Retenção de sólidos (%)
σ (MPa)
Pinus não-branqueada
40 6
32 34 36 38 40 4
Retenção de água (%) 2
Fig.3: Taxa de drenagem da suspensão 0 200 ciclos
cimentícia em função da drenabilidade da 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10
polpa. ε (mm/mm)
88
TERMOGRAFIA DO INFRA-VERMELHO DE PAINÉIS ESTRUTURAIS
TIPO-SANDUÍCHE DE USO AERONÁUTICO
89
câmera termográfica. Utilizou-se fluxo de ar Thermographic investigation of sandwich
aquecido e contínuo para excitar termicamente structure made of composite material.
o espécime [7]. O experimento foi realizado NDT&E International, v.34, p.515-520,
conforme a figura 1. 2001.
[2] SWIDERSKI W.; SZABRA D.; WOJCIK
J. Nondestructive evaluation of aircraft
components by thermography using
different heat sources. Military Institute of
Armament Technology, Zielonka, Poland,
2001.
[3] SERVAIS P. Development of a new NDT
method using thermography for composite
Figura 1: Esquemático do modo de inspection on aircraft with portable
aquecimento empregado no estudo. military thermal imager. Center Flying
Material, Brussel, Belgium. 2006.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO [4] SHEPARD S. M. Thermography of
composites. Materials Evaluation, p.690-
A figura 2 apresenta um termograma, em 696, 2007.
tonalidades de cinza, do painel estrutural [5] MALDAGUE X. Nondestructive
defeituoso, obtido durante a aplicação do fluxo evaluation of material with Infrared
contínuo de calor através do mesmo. A Thermography Springer. Verlag, 1993.
imagem foi obtida após 16 s do início do [6] CHANG K. K.; DU PONT E. I. Aramide
processo de aquecimento. fibers. ASM Handbook, 2003.
[7] QIM, Y.W; BAO, N.K. Infrared
thermography and its application NDT of
sandwich structures. Optics and Lasers in
Engineering, n 25, p.205-211, 1996.
AGRADECIMENTOS
5. BIBLIOGRAFIA
90
ENERGIA DE FRATURA DO GESSO DE ALTA RESISTÊNCIA MECÂNICA
d
c
91
60 de trinca foi estável e com valor acima de 224
Entalhe Chevron 50% de profundidade
50 Velocidade de ensaio=0,002mm/min. J/m2 que é muito superior à do gesso puro
(~24J/m2), mostrando que a fibra de PVAl
40
Até o deslocamento de 4,0mm aumenta significativamente a tenacidade do
Força [N]
Até o deslocamento de
40
0,4mm conformação do material, propiciando uma
2
30
γwof = 224,99 J/m nova geometria:
20
• de maiores dimensões, pois as cargas de
10 HH H2O PVAl cp14 - chevron
ensaio estão muito reduzidas;
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 • de seção retangular, para facilitar a
Deslocamento [mm] realização do entalhe e manter as
Figura 4 – Propagação estável da trinca para proporções consagradas para esse tipo de
o compósito de gesso com fibra de Polivinil ensaio;
álcool (PVAl). Término da aquisição de dados • e mais alongado, para reduzir a rigidez do
em 0,4mm. corpo de prova.
93
x 2cm) segundo especificações da NBR Estes resultados sugerem, até o momento, que
7190:1997. Em seguida, gotículas de solvente a porosidade da madeira e o ângulo de contato
(água e etilenoglicol) foram depositadas nas não estão correlacionados de forma
superfícies da madeira com volume de 8 µL. satisfatória.
Após a estabilização da mesma uma foto foi Portanto, como etapas futuras, estamos
capturada e armazenada e através de um propondo medidas de permeabilidade com a
software free IMAJE J, os valores de ângulo de água e também a análise focada por espécie e
contato foram calculados para posterior análise parte anatômica, correlacionando ângulo de
comparativa. contato e permeablidade.
Na 2a etapa, foram feitas as medidas de
permeabilidade com as amostras nas medidas 5. BIBLIOGRAFIA
(2x5cm) em formato cilíndrico, conforme
especificações do aparelho. Após as medidas [1]GINDL, M.; REITERER, A.; SINN, G.;
de vazão nas amostras, estes valores foram STANZL-TSCHEGG, Effects of surface
aplicados na Lei de Darcy para os cálculos da ageing on wettability, surface chemistry and
permeabilidade e posterior análise estatística adhesion of wood. Vol. 62, p. 273-280, 2004.
[4]. [2]HAKKOU, M.; PETRISSANS, M.;
ZOULALIAN, A.; GERARDIN, P.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Investigation of wood wettability changes
Ao submeter às amostras a um tratamento during heat treatment on the basis of chemical
térmico, observamos um aumento considerável analysis. Polymer Degradation and Stability,
nos valores de ângulo de contato, a partir de 89, 2005.
140oC, para ambas as espécies. Esse resultado [3] SHAW, D. J. Introdução à química dos
se explica pela migração de extrativos do colóides e de superfície. Universidade de São
interior da madeira para a sua superfície, Paulo, 1975.
tornando-a hidrofóbica [3]. [4] SIEGEL, S.; CASTELLAN, N.J.
A seguir, comparando os valores de ângulo de Nonparametric statistics for the behavioral
contato com a permeabilidade dessas mesmas science, 2ed. McGraw Hill Book Company,
espécies, através do método estatístico de 1998.
correlação de Spearman, obtemos uma fraca
correlação na ordem de –0,286 entre esses dois AGRADECIMENTOS
parâmetros (Figura 2).
Ao Andrey C. Soares, pelo auxílio nas medidas
Figura2: Correlação de Spearman experimentais, Almir Sales e Márcio da Silva
350 pelas discussões, aos técnicos do Lamem pela
preparação das amostras, a CAPES, CNPq e
300
FAPESP.
250
200
/cm.atm.s)
3
150
cm
100
Permeabilidade (
50
-50
-20 0 20 40 60 80 100 120
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
94
MODELO SIMPLIFICADO DE ÍNDICE CLIMÁTICO PARA A MADEIRA EM
CONTATO COM O SOLO
2. MODELO SIMPLIFICADO
95
Mínimo 2,04 2,12
Máximo 2,85 2,86
Amplitude 0,81 0,73
Assimetria -0,54 -0,95
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
AGRADECIMENTOS
96
OBTENÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE OURO DE TAMANHO E FORMA
CONTROLADOS PELO MÉTODO DO CITRATO
97
(111) Au
25000
Intencidade 20000
(200) Au
15000
(220) Au
(311) Au
(222) Au
10000
5000
0
40 60 80
2θ
98
2. ZEENA S. Pillai ;PRSHANT V.
Kamat,* What Factors Control the
Size and Shape of Silver Nanoparticles
in the Citrate Ion Reduction Method.J.
Phys. Chem. B 2004, 108, 945-951.
3. Gu, X.; Nie, C.; Lai, Y. & Lin.C.
“Synthesis of silver nanorods and
nanowires by tartrate-reduced route in
aqueous solutions” Materials
Chemistry and Physics (2006), 96,
217–222
4. Porter L.A. et al. “Gold and Silver
nanoparticles functionalized by
adsorption of dialkyl disulfides”
Langmuir ;1998 , 14, 7378
AGRADECIMENTOS
99
ESPECTRO DE EMISSÃO DE ALEXANDRITA
100
Figura 1 – Espectro de fotoluminescência entre os níveis R e S, característicos dessas
para a amostra natural, em diferentes transições de Cr3+.
temperaturas, com enfoque nas linhas R
(a) e S (b). 5. BIBLIOGRAFIA
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
101
MATERIAIS COMPÓSITOS SÍLICA-NAFION CONDUTORES DE PRÓTONS
102
pastilha exibiram maior condutividade quando
na forma monolítica. Isto se deve,
provavelmente, a uma maior resistência à
passagem de prótons na região intragranular, o
que não ocorre nas amostras monolíticas.
De forma geral, os materiais sintetizados por
rota básica (A e C) apresentam maiores valores
de condutividade protônica do que os
sintetizados via rota ácida (D e E).
O Nafion® apresenta uma condutividade de 2,8
x 10-2 S.cm-1 em 80% de umidade relativa e
temperatura ambiente [2]. Os compósitos
Sílica/Nafion® aqui apresentados exibiram
condutividade protônica semelhantes (alguns
deles apenas uma ordem de magnitude
menores) nas condições descritas. A
hidrofilicidade da sílica ajudaria a manter o
material hidratado e, portanto, espera-se obter
valores de condutividade superiores ao
Nafion® em temperaturas mais elevadas.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
Os materiais apresentaram condutividade
protônica próximas a do Nafion® nas mesmas
condições.
Espera-se que venham a apresentar valores de
condutividade superiores ao Nafion® em
temperaturas mais elevadas.
5. BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS
Ao CNPq.
103
METAIS
104
INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA Cu-Ni-Mo NAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS E AUSTEMPERABILIDADE DO ADI.
105
2. OBJETIVOS Propriedades Mecânicas
ADI conforme ASTM A dureza
O presente trabalho tem por objetivo
determinar a influência dos elementos de liga Classe 897
Cu, Ni e Mo, assim como as condições de
austêmpera (temperatura e tempo) nas
LR LE A I
[HB]
propriedades mecânicas e austemperabilidade [MPa] [MPa] [%] [J]
do ADI.
269
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1 850 550 10 100
321
Foram austemperados 3 ligas 302
diferentes de ferro fundido nodular, conforme 2 1050 700 7 80
composição química citadas abaixo. Em cada 363
liga, utilizou-se 2 temperaturas isotérmicas
diferentes de austêmpera (300 e 360ºC) 341
3 1200 850 4 60
mantidas por períodos de 1, 2, 3, 4 e 6 horas. 444
Barras de Ø2” ligadas ao Cu, Ø3”
ligadas ao Cu-Ni e de Ø4” ligadas ao Cu-Ni- 388
Mo serão submetidas a uma condição de 4 1400 1100 1 35
austêmpera de 360ºC durante 3 horas na qual
477
será analisado a influência desses elementos na 444
profundidade de austêmpera 5 1600 1300 - -
(austemperabilidade). 555
106
ESTUDO DO ÓLEO DE SOJA COMO FLUIDO DE TÊMPERA, COM A PRESENÇA
DE DIFERENTES ADITIVOS ANTICORROSIVOS.
Daniel Komatsu
Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e Automobilística - SMM
daniikom@ursa.ifsc.usp.br
107
Anti- Lanolina próximos, indicando, assim, que os aditivos
corrosivo para não são tão eficientes na proteção da superfície
proteção do Monoestearato sorbitano metálica, como no caso do latão. Além disso,
aço 1020 os aditivos apresentam, também,
comportamento semelhante, tendo o
monoestearato sorbitano uma ligeira vantagem
na proteção na proteção do metal, apesar dessa
diferença não ser tão significativa.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Além desse teste eletroquímico, outros serão
realizados para confirmar isso.
A Figura 1 e a Figura 2 apresentam as curvas
de polarização do latão e do aço 1020,
respectivamente, na presença de soluções
salina de NaCl 3,5% com diferentes anti- 4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
corrosivos.
Apesar dos poucos resultados disponíveis até o
momento, pode-se dizer que o aditivo
2200
2000 sem aditivo
mercapto benzotiazol para o latão é o mais
1800
1600
2-amino tiazol
5,6-dimetil benzimidazol eficiente dentre os quatro propostos
2-mercapto benzoimidazol
1400
1200
2-mercapto benzotiazol inicialmente. Já no caso do aço 1020, apesar
Potencial (mV)
1000
800
dos aditivos apresentarem uma pequena
600
400
diferença entre si, o monoestearato sorbitano é
200
0
o que apresenta melhor proteção à superfície
-200
-400
metálica.
-600
-800
Figura 1. Curvas de polarização para o latão [1] - HENRY, J. A., Composition and toxicity
of petroleum products and their additives.
De acordo com o gráfico acima, pode-se Human & Experimental Toxicology, 17,
observar o comportamento distinto dos p.111-123, 1998.
diferentes aditivos na proteção da superfície [2] - JONES, N., Managing used oil. Lubes
metálica do latão. Na Figura 1, o aditivo ‘n’ Greases, v.2, n.6, p.20-21, 1996.
mercapto benzotiazol é o que apresenta o [3] - CHIEN, J. Y., The Dirt on
melhor resultado na proteção do metal contra a Environmentally Friendly Fluids, Hydraulics
corrosão, possuindo uma região passiva mais & Pneumatics, May, p. 47-48, 1995.
acentuada, ou seja, aumentando-se o Potencial [4] - CARPENTER, J. F., Biodegradability of
(mV) a densidade de corrente (A/cm2) sofre Polyalphaolefin (PAO) Basestocks
pouca variação. Com isso a corrosão é
retardada. AGRADECIMENTOS
-0.4
sem aditivo
lanolin
projeto de pesquisa.
monoestearato sorbitano
-0.5
-0.6
Potencial (V)
-0.7
-0.8
-0.9
-1.0
-1.1
-1.2
-1.3
-11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3
2
Log (I) densidade de corrente (A/cm )
108
CARACTERIZAÇÃO EXPERIMENTAL DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO
AÇO HP 25Cr35NiNb
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. BIBLIOGRAFIA
[1] ALMEIDA, L.H., RIBEIRO, A.F., LE
MAY, I., Materials Characterization,
Vol.49, 2003, pp. 219-229.
[2] NUNES, F.C., Tese de Doutorado, UFRJ,
Rio de Janeiro/RJ, 2005.
6. AGRADECIMENTOS
Ao SMM da EESC/USP pelo uso de seus
equipamentos e suas instalações.
111
DIFERENÇAS ENTRE OS ÓLEOS VEGETAIS E OS ÓLEOS MINERAIS PARA
UTILIZAÇÃO EM TRATAMENTO TÉRMICO DE TÊMPERA
1. INTRODUÇÃO
Os aços e outras ligas metálicas, dependendo são os principais obstáculos no uso dos óleos
das fases presentes e da sua composição vegetais como meio de têmpera. CANALE et
podem exibir uma grande variedade de al. (2005)
propriedades. E sua microestrutura e as
propriedades podem ser modificadas por Os óleos vegetais são de particular interesse no
tratamento térmico. Brasil, pois o Brasil é um dos maiores
produtores desse tipo de óleo, principalmente o
O tratamento térmico de têmpera consiste do de soja. Neste trabalho, serão analisados
endurecimento do aço por meio do algumas das diferenças apresentadas entre
resfriamento rápido da austenita até sua alguns óleos vegetais (algodão, canola,
transformação em uma estrutura bastante dura girassol, milho e soja) e dois diferentes óleos
e frágil, a martensita. A velocidade de minerais, sendo um convencional (Micro
resfriamento é específica para cada aço e Temp 157) e um acelerado (Micro Temp 153
depende da sua composição química e também B).
da capacidade de extração de calor do meio de
resfriamento utilizado. A velocidade de 2. EXPERIMENTAL
resfriamento pode ser variada dependendo do
meio utilizado. Foi medido para cada um dos óleos estudados
o valor da viscosidade a 40 e 100°C (ABNT
Entre os meios de resfriamento mais utilizados, NBR 10441 – 10/02), o índice de iodo
o óleo mineral é um dos mais favoráveis às (Farmacopéia Brasileira, 1977) e o índice de
características de extração de calor necessárias acidez (ABNT NBR 14248 – 05/04).
a realização de uma têmpera. Entretanto, a
dependência da importação, a vulnerabilidade Para estudo das características de resfriamento,
de preço, o grande potencial de contaminação foram executadas curvas de resfriamento
do meio ambiente e o fato de ser fonte de utilizando equipamento descrito em FARAH
energia esgotável, tem despertado o interesse (2002). As temperaturas usadas para banho
dos fabricantes e fornecedores de óleos de foram de 40, 60, 80, 100 e 120°C.
têmpera pelas pesquisas de novos fluidos e
fontes renováveis na área de tratamento 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
térmico de têmpera.
Um bom óleo de têmpera para ser utilizado
Os óleos vegetais têm sido pesquisados industrialmente, além de possuir as
recentemente para aplicações de têmpera, características de resfriamento adequadas, deve
principalmente na formulação base dos meios ter uma vida útil prolongada, ou seja, deve ser
de resfriamento, devido às vantagens de serem possível utilizar o mesmo óleo durante certo
potencialmente biodegradáveis e de fonte período de tempo sem que suas características
renovável. Entretanto, a sua instabilidade de de resfriamento sofra alterações, isso acontece
oxidação e a sua estreita faixa de viscosidade, quando o óleo oxida.
112
oxidação. A Tabela 1 apresenta algumas destas
propriedades para os óleos estudados. Todos os óleos vegetais apresentaram curvas
semelhantes, caracterizadas pela ausência do
Tabela 1: Propriedades físico-químicas dos primeiro estágio do resfriamento. Os óleos
óleos estudados. minerais já apresentam o primeiro estágio,
levando um tempo maior para inicio do
segundo estágio.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
113
OBTENÇÃO DE ESTRUTURA AMORFA EM LIGAS A BASE DE Cu-Zr-Al-Y
114
Para a produção de peças metálicas volumosas
precisa-se garantir três importantes aspectos:
pureza dos elementos constituintes, rigoroso
controle de atmosfera e alta taxa de
resfriamento da liga fundida.
5. BIBLIOGRAFIA
Figura 02: Exemplo de amostra obtida no
sistema. OLIVEIRA, M.F., Efeito do La2O3 e do
A figura 03 mostra um DRX da ponta da processo de solidificação na amorfização e
amostra onde sua espessura varia de 0,03 a cristalização da liga Zr55Cu30Al10Ni5,
Tese de doutorado, DEMa. UFSCar: São
1,90 mm. Como pode-se perceber a curva
gerada não apresenta picos distintos o que é Carlos, 2001.
característica em materiais sem estrutura INOUE, A., High strength bulk amorphous
alloys with low critical cooling rates
cristalina.
(overview). Mat. Trans. JIM, p. 866-875,
1995.
Q. CHEN et al., A new criterion for evaluating
the glass-forming ability of bulk metallic
glasses. Materials Science and Engineering
A 433. p 155–160, 2006.
INOUE, A., Stabilization of metallic
supercooled liquid and bulk amorphous
alloys. Acta Mater., 48: p. 279-306, 2000.
AGRADECIMENTOS
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
115
ENSAIOS DE DESGASTE DO TIPO MICRO-ABRASIVO EM LIGAS DE TITÂNIO
116
b) c)
a)
50
µm
Figura 1: Microestrutura por microscopia óptica das amostras estudadas: a) Ti puro; b) Ti-13Nb-13Zr;
c) Ti-6Al-4V.
4. CONCLUSÕES
Na Figura 2 apresenta-se as curvas de desgaste
dos materiais ensaiados sob desgaste micro- Conclui-se que a composição química, bem
abrasivo com esfera livre. como as fases presentes são fatores que
influenciam o desempenho sob desgaste de ligas
Alumina, 5µm de titânio. Além disto, a dureza também é uma
0,07 Ti g2
Ti-13Nb-13Zr
propriedade importante, como parâmetro de
0,06 Ti-6Al-4V seleção.
0,05
3
5. BIBLIOGRAFIA
Volume Perdido, mm
0,04
117
COMPORTAMENTO EM FADIGA POR FRETING DA LIGA DE Al 7050-T7451
σmax [MPa]
para condição de tensão média nula é dada para 200
σm = 0 MPa
σm = -15 MPa
tensão alternada de 146,4 sendo que para a 150 σm = -60 MPa
σm = -92,7 MPa
100
tensão média de 120 MPa, o limite é para tensão σm = -145 MPa
50
alternada de 102,2 MPa. Em geral, as tensões 0
médias de compressão são benéficas enquanto -50
que as de tração são maléficas para a vida em 10
2 3
10
4
10 10
5 6
10
7
10
fadiga em uma mesma amplitude de tensão. Isso Nf [ciclos]
ocorre porque as tensões de tração (σm>0) Fig. 3: Curva S-N para os ensaios de fadiga
favorecem a abertura e conseqüentemente a convencional e fadiga por fretting.
propagação de trincas, enquanto que as de
compressão (σm<0) têm o efeito contrário [2]. Quando a tensão média de fadiga é
Este efeito é bem conhecido para os casos de suficientemente negativa, mantendo o material
fadiga convencional, o que comprova que o em condições de carregamento cíclico
limite de fadiga convencional determinada para a compressivos, observada para o caso de tensão
tensão média de 120 MPa é menor que aquele média de -92,7 MPa e -145 MPa, ocorre a
encontrado para a condição de tensão média nula iniciação de trincas devido ao alto campo de
aplicada. tensão gerado em fretting, porém esta não se
propaga, levando o material a alcançar vida
σm = 0 MPa infinita. Análises metalográficas da região de
contato para o corpo de prova ensaiado a uma
-0,10833
400 σa = 838,88 (Nf)
200
100
2 3 4 5 6 7
10 10 10 10 10 10
Nf [ciclos]
Através da Figura 3, pode-se observar que o Fig. 4: Trincas paradas observadas na região de
aumento na tensão média diminui a vida do
contato para o ensaio realizado a σm de -92,7
material também para os casos de fadiga por
MPa.
fretting, correspondendo a condições mais
severas de carregamento. Mesmo com a
diminuição significativa da tensão média para
valores negativos, ocorre iniciação de trincas
devido a severidade das condições de
119
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
A parte experimental do trabalho foi concluída e
os resultados estão em fase final de análise.
O fenômeno do fretting reduziu
consideravelmente a vida em fadiga do material. 5. BIBLIOGRÁFIA
Tensões médias altas aumentaram a severidade
das cargas de fadiga, diminuindo a vida. Este
[1] Hutchings, I.M. Tribology: Friction and
efeito foi também verificado no estágio de
Wear of Engineering Materials. Cambridge:
propagação de trincas, sujeitas a condições de
Butterworth-Heinemann, 1992.
fadiga por fretting. Devido à severidade das
[2] Sharp, M.L., Nordmark, G.E., Menzemer,
cargas de contato aplicada neste trabalho, a
C.C. Fatigue Design of Aluminum
iniciação de trincas na camada sub-superficial de
Components & Structures. New York:
contato foi inevitável, porém sua propagação foi
McGraw-Hill, 1996.
determinada pelo campo de tensão aplicado na
frente da trinca em uma profundidade tal que é
AGRADECIMENTOS
influenciada principalmente pelas cargas de
fadiga. Campos de tensão trativos foram capazes
Ao CNPq, pela bolsa concedida e a EMBRAER,
de propagar as trincas iniciadas, as quais não se
pelo suprimento da liga de alumínio.
propagaram apenas sob condição de tensões
compressivas.
120
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TRÊS TIPOS DE AÇOS INOXIDÁVEIS
APLICADOS EM MESAS DE FOGÕES.
1. INTRODUÇÃO
A mesa de fogão Electrolux é fabricada
em aço AISI 304, material de uso consagrado e
com ótimos resultados de qualidade para o
produto acabado, porém a volatilidade do preço
do Níquel no mercado internacional afeta
notadamente os consumidores de aço inoxidável,
que em conjunto com os fabricantes buscam a
substituição do material austenítico por um aço
da família dos ferríticos, não afetado pela
variação do preço do Níquel. Espera-se com esse
trabalho, não apenas analisar as conseqüências
dessa alteração para a qualidade do produto, mas Fig. 1: Fogão modelo 56 ESX com a mesa de aço
principalmente selecionar o aço inoxidável mais inoxidável amarelecida após 10 anos de uso
adequado para a aplicação em fogões, levando aproximadamente (Fonte Laboratório de
em consideração as particularidades e condições Confiabilidade Electrolux.).
de uso do eletrodoméstico. A adoção de um
material diferente do aço inoxidável AISI 304 Será necessário avaliar o comportamento dos
não deverá elevar o índice de chamados de aços inoxidáveis AISI 304, AISI 439 e AISI 430
campo, referente às reclamações de clientes. no que se refere ao amarelecimento devido o
uso prolongado do produto.
2. EXPERIMENTAL Estima-se que a vida de um fogão seja dez anos
Serão analisados os três tipos de aços de uso. No laboratório de Confiabilidade da
inoxidáveis mais utilizados pelos fabricantes de Electrolux de São Carlos são realizados ensaios
fogões e pela indústria de eletrodomésticos, são acelerados de vida, que permitem avaliar o
eles o AISI 304, AISI 430 e o AISI 439. O desempenho dos produtos em condições
trabalho irá apresentar uma descrição das extremas de uso. Para simular a vida do produto
principais características e propriedades de cada são realizados 1200 ciclos de funcionamento do
aço e de suas respectivas famílias. produto. Cada ciclo leva 90 minutos, onde o
Posteriormente será feito um estudo produto funciona com o(s) forno(s) e todos os
comparativo, através de ferramentas estatísticas, queimadores da mesa na potência máxima por 20
entre esses três materiais, no que se refere à minutos, posteriormente o(s) forno(s) e os
resistência à corrosão, amarelecimento e queimadores são ajustados para a potência
estampabilidade. mínima por 40 minutos e nos 30 minutos
Na primeira etapa do trabalho será analisado o restantes o produto permanece desligado.
amarelecimento da mesa do fogão, ocasionado Durante a realização do processo de “ciclagem”
devido ao uso do produto. de um produto 56 DX, foi feito o monitoramento
da temperatura do produto, para que fosse
possível reproduzir ensaios comparativos entre
os três tipos de aço inoxidáveis utilizados nesse
trabalho. Para a verificação da temperatura foi
121
escolhido o produto 56 DX, por ser um produto azul. Com os valores de L*a*b será possível
com temperaturas mais elevadas, uma vez que verificar a diferença de cor (∆E) entre uma
esse produto possui duas cavidades (fornos) e amostra oxidada devido à temperatura elevada e
um queimador Tripla-Chama, um tipo de uma amostra “virgem”. Com os valores de ∆E
queimador que apresenta uma maior potência de será possível quantificar o índice de
combustão. Na figura abaixo é possível amarelecimento de cada tipo de aço inoxidável
visualizar o produto durante a ciclagem. em cada uma das três temperaturas estabelecidas.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esse trabalho busca identificar qual é o
aço inoxidável mais adequado para ser aplicado
em um fogão com o padrão de qualidade
Electrolux, levando-se em conta a vida útil do
eletrodoméstico, as condições de uso, o processo
de fabricação e o preço da matéria prima.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
O procedimento experimental encontra-
se em sua fase inicial, onde estão sendo
estabelecidos os ensaios adequados e os
Fig. 2: Fogão modelo 56DX com monitoramento de parâmetros de funcionamento do produto.
temperatura da mesa durante ensaio de vida (Fonte: Ensaios de corrosão e de estampabilidade
Laboratório de Confiabilidade Electrolux São também estão em fase inicial.
Carlos).
5. BIBLIOGRAFIA
Carbó, H.M., Aço Inoxidável - Aplicações e
Oito termopares foram posicionados na mesa especificações, N. Inox, Editor. 2001, Acesita:
para que fosse possível monitorar as Timoteo. p. 49.
temperaturas atingidas durante o funcionamento BRITISH STAINLESS STEEL ASSOCIATION, B. The
do produto. A análise dos dados obtidos mostrou basics about stainless steel. 2007 [cited
que a temperatura máxima da mesa é de 18/01/2008]; Available from:
aproximadamente 250ºC, na região próxima ao http://www.bssa.org.uk/about_stainless_steel.ph
queimador tripla-chama. A região central da p..
mesa atinge a temperatura de 180ºC, e o painel
central não ultrapassou os 47ºC. Essas três AGRADECIMENTOS
temperaturas serão a base inicial para os ensaios Ao professor Marcelo Falcão pela orientação e
comparativos de amarelecimento devido à ajuda na definição do tema e da estratégia para o
temperatura. Amostras de aço inoxidáveis AISI seu desenvolvimento, à Empresa Electrolux do
304, AISI 439 e AISI 430 serão submetidas a Brasil, e ao Sr. Marcelo Salvadio, Supervisor da
120 horas de permanência em estufa com Qualidade.
circulação de ar, nas temperaturas de 47, 180 e
250ºC, posteriormente as amostras serão
submetidas à análise quantitativa da alteração de
cor através da utilização de um equipamento de
espectrofotometria de refletância
(“colorímetro”). Esse equipamento incide um
feixe de luz na amostra e mede as cores em
reflexão. O ensaio será realizado em 10º/D65,
referente ao sistema internacional CIE. As
medidas são expressas em termos da média
aritmética das coordenadas cromáticas L*a*b,
onde L é a luminosidade (branco ao preto), a
corresponde à variação de cor de verde ao
vermelho e b é a variação de cor do amarelo ao
122
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO CRIOGÊNICO EM AÇO H13
1123
é dispendiosa e tem sentido apenas se o ganho
em propriedades superar o gasto com o
tratamento. Informações como estas são de
fundamental importância para as empresas
prestadoras desse tipo de serviço.
5. REFERÊNCIAS
AGRADECIMENTOS
124 1
TRATAMENTO TERMO-REATIVO DE BORETAÇÃO DO TITÂNIO E DAS LIGAS Ti-
6Al-4V e Ti-13Nb-13Zr
2. EXPERIMENTAL
125
ensaios de desgaste abrasivo com esfera livre
serão realizados e comparados com os das
amostras sem tratamento.
Serão realizadas análises de EDX e difração de
raios X nas amostras para maior esclarecimento
das camadas formadas com o tratamento.
5. BIBLIOGRAFIA
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
126
INFLUÊNCIA DE LIGANTES QUELANTES ORGÂNICOS NA OBTENÇÃO DE
ELETRODEPÓSITOS DE COBRE
L. R. Fonseca, B. S. Lima-Neto.
Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo
benedito@iqsc.usp.br
E / V vs. ECS
características dos eltrodepósitos.
127
As micrografias dos depósitos de Cu não
apresentam trincas nem falhas. Os estudos de
corrosão fornecem os potenciais de corrosão dos
complexos que são menos negativos que o do
aço puro. Portanto, os complexos formados ex-
situ são boas fonte de metal para
eletrodeposição. O depósito a partir do
Eaplic = -1,16 V complexo Cu-EDTA 1:2 tem um potencial de
4,9% Cu corrosão menos negativo (-0,56 V), comparado
com o Cu-EDTA 1:1 (-0,61 V). Então, os
Fig.3: Micrografia do depósito oriundo do depósitos de cobre são sensíveis às mudanças da
complexo Cu-EDTA 1:2 proporção estequiométrica metal-ligante,
enfatizando que eles estão coordenados de
Os ensaios de corrosão em NaCl 0,5 mol L-1 a 1 forma diferente ao íon metal Cu(II).
mV s-1 são apresentados (Figura 4). Observa-se
que o aço puro 1010 tem um potencial de 5. BIBLIOGRAFIA
corrosão mais negativo (-0,83 V) comparado
com os potencias dos depósitos dos complexos [1]BRETT, A. M. ; BRETT, C. M. A.
de Cu(II). Portanto, os depósitos de Cu obtidos a Eletroquímica: Princípios, Métodos e
partir de soluções aquosas de complexos Aplicaçõe,. p. 1-165, 1996.
gerados ex-situ protegem contra a corrosão. O [2]GENTIL, V. Corrosão. p. 1-8, 2003.
potencial de corrosão do complexo Cu-EDTA [3]Watanabe, R. H. ; Lima-Neto, B. S.
1:2 é menos negativo que o complexo Cu-EDTA Resistência contra a corrosão do aço 1010
1:1. quando aplicados filmes contendo cobre-
nióbio e estanho-nióbio obtidos a partir de
complexos gerados ex-situ. Tratamento de
Superfície, ano XXVII, nº149, maio/junho,
-0,2 Cu-EDTA1:1(Ecorr=-0,61 V) p. 34-40, 2008
Cu-EDTA1:2(Ecorr=-0,56 V) [4]BOECHAT, C. A. Dissertação de Mestrado.
Aço1010 (Ecorr=-0,83 V)
USP-IQSC. 2003.
-0,4
E / V vs. ECS
AGRADECIMENTOS
-0,6 À agência CNPq, à orientação do Prof. Benedito
e ao Rogério Haruo.
-0,8
-1,0
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2
-2
log(i) / mAcm
4. CONCLUSÕES
Os complexos ex-situ apresentam formulações
definidas, tendo suas características conhecidas
durante as análises.
128
CORROSÃO GALVÂNICA ASSOCIADA À UTILIZAÇÃO DE
ÁLCOOL COMBUSTÍVEL
Marcos Roberto Monteiro1,*, Alessandra Regina Pepe Ambrozin1,2, André Oliveira Santos1,
Pâmela Petroni Contri2, Sebastião Elias Kuri2
1
Laboratório de Combustíveis, Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais (CCDM),
Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);
2
Laboratório de Corrosão, DEMa, UFSCar
*e-mail: monteiro@ccdm.ufscar.br
2. EXPERIMENTAL
129
zamak- AEAC 1,1 0,5484 10,40 acetatos, etc) estão em andamento para avaliar a
aço 1010 0,9 0,5239 9,94 tendência da corrosividade dos materiais nas
AEHC 4,9 2,4735 42,9 soluções empregados neste estudo. Contatos
2,5 1,4988 26,0 galvânicos entre outros materiais metálicos também
zamak- AEAC 0,7 0,3490 6,62 serão testados no álcool combustível (AEHC e
aço 420 0,7 0,3804 7,22 AEAC).
AEHC 1,6 0,9217 16,0
4,4 2,5434 44,1
5. BIBLIOGRAFIA
zamak- AEAC 1,0 0,4985 9,46
liga Al 0,6 0,3492 6,63
MONTEIRO, M.R.; AMBROZIN, A.R.P.; KURI,
AEHC 1,4 0,7168 12,4
2,6 1,3320 23,1 S.E. “Avaliação do efeito de biocombustíveis sobre
materiais metálicos e poliméricos”. 16o Encontro
Como AEAC e AEHC são meios orgânicos com Regional da SBQ, regional IPWS, Franca, 2007.
baixa condutividade, a corrosão galvânica é mais MONTEIRO, M.R.; BATOCCHIO, M.R.;
intensa na interface de contato (fig. 1), embora COPETE, E.; KURI, S.E. “Efeito da adição da água
também tenha ocorrido fora da área de contato na corrosividade de álcool etílico”. 29a Reunião da
para todos os conjuntos. Sociedade Brasileira de Química, Águas de
Os resultados da tabela 1 também indicaram que Lindóia, 2006.
o zamak foi mais corroído quando em contato MONTEIRO, M.R.; KURI, S.E. “Investigação da
com aço 1010, tanto em AEAC quanto em corrosividade de misturas de álcool etílico
AEHC. Entretanto, a corrosão do zamak também combustível e contaminantes em aço de baixo
foi observada nos demais conjuntos que ficaram carbono”. 30a Reunião da Sociedade Brasileira de
imersos em AEHC. Química, Águas de Lindóia, 2007.
WOLYNEC, S.; TANAKA, D.K. “Corrosion in
ethanol fuel powered cars: problems and remedies”.
International Congress on Metallic Corrosion, vol.
3, p. 468-474, 1984.
AGRADECIMENTOS
a b
Os autores agradecem ao CCDM, FAPESP, CNPq e
Fig. 1: Fotografia dos conjuntos zamak-aço FINEP pelo apoio financeiro.
1010
imersos em AEAC(a) e AEHC (b).
A análise por MEV-EDS dos conjuntos de
provas indicou a presença predominante de
oxigênio e zinco no zamak. Embora também
foram identificados os demais componentes do
zamak e enxofre, nos corpos que ficaram em
contato com AEAC.
Em relação ao efeito dos materiais sobre os
parâmetros físico-químicos dos álcoois, a
observação geral foi que a condutividade e o pH
aumentaram e os demais parâmetros analisados
praticamente não apresentaram alteração.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
131
-0,1
Aço (sem recobrimento)
-0,2 Cu-citrato
-0,3 Nb-oxalato-citrato
E / V vs ECS
Nb-Cu-citrato
-0,4
-0,5
-0,6
-0,7
-0,8
-0,9
-1,0
-7 -6 -5 -4 -3
-2
log (j/mA.cm )
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS
132
CARACTERIZAÇÃO VOLTAMÉTRICA DO PROCESSO DE DEPOSIÇAO E DA
MORFOLOGIA E COMPOSIÇAO DOS ELETRODEPÓSITOS DA LIGA Zn-Mn
2. EXPERIMENTAL -10 -2
j / mA cm
10
-30 -2,0 -1,8 -1,6 -1,4 -1,2 -1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0
E/V
133
presença do CBS. Pode-se verificar que na ausência
A dissolução do depósito (Fig. 1(__)) obtido a e presença de CBS os depósitos foram dendríticos
partir da solução menos concentrada em CBS, sendo que na presença de maior concentração do
inicia-se em ~ -1,18 V, formando um ombro e complexo este foi formado por placas. A análise da
um pico (Ep= -0,77V; jp=19,66 mA), e completa- composição dos filmes por EDX mostrou que na
se em -0,30V. Em relação ao pequeno pico presença do BS a deposição dos íons Mn2+ é
anódico observado em ~ + 1,0 V, é devido à inibida, apresentando apenas 1,4% de Mn em massa
formação de MnO2. Já quando na presença de na liga obtida Fig. 3(a) e não apresentando
maior concentração do CBS, a dissolução do codeposição junto ao Zinco Fig.3 (b), quando em
eletrodepósito inicia-se em -1,15V, apresentando maior concentração do complexo.
um pico em Ep= -0,68V e jp=19,78 mA, e em ~ -
0,45V o depósito é totalmente dissolvido. Neste
último caso, o segundo pico anódico não é
observado. Os estudos voltamétricos indicam
que a formação do MnO2 é inibida pela presença
do CBS (Fig. 1 (__))e impedida quando este está
em maior concentração na solução (...).
40
2+ 0,14 mol L-1 + Bórico 0,08 mol L-1
Fig. 3: Micrografias e EDX dos eletrodepósitos de
Mn
35 Mn2+ 0,14 mol L-1 + Bórico 0,08 mol L-1 + Sorbitol 0,16 mol L-1
30
Mn2+ 0,14 mol L-1 + Bórico 0,24 mol L-1
Mn2+ 0,14 mol L-1 + Bórico 0,24 mol L-1 + Sorbitol 0,48 mol L-1
Zn-Mn obtidos na ausência e presença do CBS, este
2,5
Bórico 0,08 mol L
-1
-1
Bórico 0,08 mol L + Sorbitol 0,16 mol L
-1
em duas diferentes concentrações
25 2,0 Bórico 0,24 mol L
-1
-1
Bórico 0,24 mol L + Sorbitol 0,48 mol L
-1
1,5
-2
-2
j/ mA cm
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
j / mA cm
20 1,0
0,5
15
0,0
10 -0,5
Os estudos do processo de eletrodeposição de Zn-
Mn com e sem o CBS levaram a concluir que este
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
E/V
5
dificulta o processo de redução destes íons, pois
0
adsorve na superfície do substrato de Pt. A análise
-5
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
dos eletrodepósitos de Zn-Mn por MEV e de EDX
E/V levaram a concluir que o Mn no eletrodepósito é o
Fig. 2: Curvas Voltamétricas Anódicas das responsável pelo crescimento dendrítico ou na
soluçõe de Mn. forma de aglomerados, e que quanto maior a % de
Mn no depósito o crescimento dendrítico é mais
A Fig. 2 mostra as curvas voltamétricas anódicas significativo, ou seja, depósito mais rugoso.
da Pt na solução de Mn2+ sem e com o CBS,
sendo este em duas diferentes concentrações.
Estas curvas anódicas mostram que na presença 5. BIBLIOGRAFIA
do complexo (Fig. 2 (...) e (_._)) a formação do
MnO2 foi totalmente inibida. Também, as curvas BARBOSA, L.L. Development of a novel alkaline
voltamétricas anódicas da Pt na solução zinc-iron plating bath containing sorbitol and the
contendo ácido bórico com e sem sorbitol foram chemical, physical and morphological
obtidas e como pode-se verificar no inserto da characterization of the Zn-Fe film. Surf. Coat. Tech.
Fig. 2 não mostraram processos anódicos na 201 (2006). P. 1965-1703.
região de formação do MnO2. Deve-se enfatizar
que o processo anódico na região ~ + 0 V a ~ + LOWENHEIM, F. A. Modern Eletroplating, 2nd
0,7 V se deve a oxidação do sorbitol. A edn, Wiley, New York. 1974, p. 287-290.
caracterização morfológica e da composição
química dos eletrodepósitos de Zn-Mn obtidos AGRADECIMENTOS
potenciostaticamente em -1,60V e com 10,96 C
cm-2 foi realizada por MEV e EDX. As Figs. (a), CNPq e FAPESP:04/14142-2
(b), (c) e (d) mostram as micrografias dos
eletrodepósitos de Zn-Mn obtidos na ausência e
134
POLÍMEROS
135
INTERAÇÃO DE OLIGÔMEROS DE QUITOSANA COM FILMES DE LANGMUIR E
LANGMUIR-BLODGETT (LB) COMO MODELOS DE MEMBRANA CELULAR
136
Langmuir serão caracterizados por isotermas de 4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
pressão (πxA) e potencial de superfície (∆VxA)
versus área por molécula. Filmes Langmuir- A principal perspectiva é de que ao final do
Blodgett (LB) serão produzidos preferencialmente trabalho possamos ter melhor entendimento, no
sobre vidro hidrofílico, usando pressões de nível molecular, dos efeitos provocados por
deposição de 30-40 mN/m, pois as moléculas no quitosanas sobre uma membrana celular.
filme de Langmuir de fosfolipídios possuem
nestas pressões um estado de compactação 5. BIBLIOGRAFIA
semelhante ao de uma membrana celular. A
transferência de material para os substratos será [1] Rinaudo, M., Chitin and chitosan: Properties
monitorada pela razão de transferência (TR) and applications, Progress in Polymer Science,
fornecida pela cuba de Langmuir e também por 31, 603 (2006).
medidas de nanogravimetria em microbalança de [2] Zheng L-Y, Study on antimicrobial activity of
cristal de quartzo (QCM). A presença dos chitosan with different molecular weights,
oligômeros nos filmes LB será detectada por Carbohydrate Polymers, 54, 527-530 (2003).
técnicas de caracterização química estrutural, [3] Jeon Y-J, Antimicrobial effect of
como espectroscopia na região do infravermelho e chitooligosaccharides produced by bioreactor,
geração de soma de freqüência (SFG). A Carbohydrate Polymers, 44, 71-76, (2001).
morfologia dos filmes será observada através de [4] Chaussard, G., New aspects of the extraction
medidas de microscopia de força atômica (AFM). of chitin from squid pens, Biomacromolecules, 5,
559-564, (2004).
3. RESULTADOS ESPERADOS [5] Varum K.M., Acid hydrolysis of chitosans,
Carbohydrate Polymers, 46, 89-98, (2001).
Acreditamos que os oligômeros sintetizados a [6] Pavinatto, F.J., Interaction of chitosan with
partir de quitosana extensivamente desacetilada cell membrane models ate the air-water interface,
( GA ≈ 0%), possuam interação aumentada com Biomacromolecules, 8, 1633-1640, (2007).
modelos de membrana de fosfolipídio, em [7] Pavinatto, F.J., Probing chitosan and
comparação com as interações estudadas phospholipid interactions using Langmuir and
anteriormente para o polímero[6,7]. Através deste Langmuir-blodgett films as cell membrane
estudo visamos a compreende a interação entre models, Langmuir, 23, 7666-7671, (2007).
quitosana e membranas celulares, em termos dos
grupos funcionais e forças intermoleculares. Com AGRADECIMENTOS
isso, espera-se identificar mecanismos de ação de
quitosana e derivados em aplicações biológicas. Fapesp, CNPq, Capes e IMMP
137
THE PROGRAM FULLPROF: A COMPARISON BETWEEN THE CRYSTALLINE
STRUCTURES OF PANI AND POMA
Edgar Ap. Sanches; Juliana C. Soares; Graziella Trovati; Fábio L. Leite e Yvonne P.
Mascarenhas
1. INTRODUCTION
X-Ray Diffraction: A Rigaku RotaFlex
equipment was used operating with CuKα
Intrinsically Conductive Polymers (ICPs) and its
radiation, 50 kV, 100 mA equipped with a
derivatives, have attracted significant attention
graphite monochromator. The data collection
thanks to the easy methods of their
preparation[1,2] and high conductivity[3,4] with a was recorded in the range of 2θ = 5 - 60o with a
simple and reversible acid/base doping/de- step of 0.02° and 5 seconds/step.
doping chemical property[5], low cost of
monomers[2,6], as well multiple potential
applications[7]. Polyaniline (PANI) is one of the
most promising conductive polymers for
commercial application. PANI derivatives, such
as Poly(o-methoxyaniline) (POMA), present
similar physical properties as the parent PANI,
but show an improved solubility, essentially due
to two effects: flexible groups incorporated into
the polymer chain induce torsion in the
backbone with departure from planarity effect
and the presence of the polar substituent group
increases the overall polarity of the polymer
chain[8,9].
Considering the large number of papers devoted
to research either on redox processes or
physicochemical properties and the
polymerization mechanism of conducting
polymers, there are relatively fewer studies on
the morphology and crystalline forms of the
synthesized polymers, even though it is known
that polymer properties are dependent on the
crystalline structure and morphology[10-12]. A
more detailed investigation of crystalline
structure in PANI and POMA was made using
Profile Matching method[13] and the
[14]
FULLPROF program .
Fig. 1: Observed (dots), fitted (continuous line)
and difference (bottom line) diffractograms for
2. EXPERIMENTAL
ES-PANI (A), EB-PANI (B), ES-POMA (C) and
EB-POMA (D). The small vertical lines above
Materials and Sample Preparation: Aniline
the difference plots are the Bragg peak
and o-anisidine (Aldrich) were used after
positions.
distillation. HCl (aq), NH4OH (aq), acetone and
(NH4)2S2O8 (APS) were obtained from
commercial resources (Aldrich). Chemically Profile Matching: It was used as initial cell
polymerization of aniline and o-anisidine was parameters the ones obtained for the capped
tetramer by Evain et al, 2002[16]. All parameters
based on Bhadra (2007)[2] and Mattoso(1994)[15],
respectively, with some modifications. are refined by the least-squares method[17]. Cell
138
[1]
parameters of the capped tetramer were obtained OZDEMIR, C; Can, H. K.; Çolak, N.; Guner,
from the Cambridge Crystallographic Data A.
Centre (CCDC)[18].Anisotropic size particle J Appl Polym Sci, v.99, p.2182, 2006.
[2]
refinement was based on the model of spherical BHADRA, S.; Singha, N. K.; Khastgir, D. J.
harmonics[19]. The Thompson-Cox-Hastings Appl Polym Sci, v.104, p.1900, 2007.
[3]
pseudo-Voigt function was used as the profile MATHEW, R. J.; Yang, D.L.; Mattes, B.R.
function[20].The parameters constituting the Macromolecules, v.35, p.7575, 2002.
[4]
instrumental resolution function (U,V,W)instr. WEI, Z.X.; Zhang, Z.M.; Wan, M.X.
were obtained from a LaB6 standard. Langmuir, v.18, p.917, 2002.
[5]
HUANG, J.; Virji, S.; Weiller, B.H.; Kaner,
3. RESULTS AND DISCUSSION R.B. J Am Chem Soc, v.125, p.314, 2003.
[6]
PARK, S. Y.; Cho, M. S.; Choi, H. J. Curr
The observed and calculated diffractograms and Appl Phys, v.4, p.581, 2004.
[7]
the differences among them concerning the JOHNSTONE, B. East Econ Rev, v.17, p.78,
beginning and the end of the refinement for ES- 1988.
[8]
PANI, EB-PANI, ES-POMA and EB-POMA WEI, Y.; Focke, W.W.; Wnek, G.N.; Ray A.
are plotted in Fig 1. and MacDiannid, A.G. J. Phys. Chem., v.93,
The average crystallite size obtained from the p.495, 1989.
[9]
refinement for ES-PANI is 34Å with the LECLERC, M.; Guay, J. and Dao, L. H.
standard deviation (anisotropy) of 8Å. There is a Macromolecules, v.22, p.649, 1989.
[10]
smaller apparent size of 24.02Å in the [001] DEITS, W.; Cukor, M. and Rubner, M.
direction and almost equivalent along [010] and Polym Sci Technol v.82, p.209, 1981.
[11]
[100], respectively 41.91 and 38.07Å. For EB- CHAO, F.; Costa, M.; Tian, C. Synth Met
PANI, the average crystallite size is 27Å with v.75, p.85, 1995.
[12]
the standard deviation (anisotropy) of 3Å and LUZNY, W.; Trznadel, M., Pron, A. Synth
there is a smaller apparent size of 22.73Å in the Met, v.81, p.71, 1996.
[13]
[001] direction and almost identical along [001] LE BAIL, A. ; Duroy, H. ; Fourquet, J.L. Mat
and [100], respectively 27.85 and 28.60Å. Res Bull1, v.23, p.447, 1988.
[14]
For ES-POMA, the average crystallite size RODRÍGUEZ-CARVAJAL, J. FULLPROF
obtained from the refinement is 26.02Å with the Program: Rietveld, Profile Matching and
standard deviation (anisotropy) of 4.39Å. There Integrated Intensities Refinement of X-ray
is a smaller apparent size of 18.78Å in the [001] and/or Neutron Data (powder and/or single-
direction and almost equivalent along [010] and crystal). Laboratoire Leon Brillouin (CEA-
[100], respectively 29.17 and 29.78Å. For EB- CNRS), version September 2007.
[15]
POMA, the average crystallite size is 20.55Å MATTOSO, L. H. C.; MacDiarmind, A. G.;
with the standard deviation (anisotropy) of Epstein, A. J.; Synth. Met., v.68, p.1, 1994.
[16]
2.22Å and there is a smaller apparent size of EVAIN, M; Quillard, S.; Corraze, B; Wang,
16.55Å in the [001] direction and almost W; MacDiarmid, A. Acta Crystallogr E, v.58,
identical along [010] and [100], respectively p.o343, 2002.
[17]
22.07 and 23.70Å. PAWLEY, G.S. J Appl Cryst v.14,
p.357,1981.
[18]
4. CONCLUSIONS Cambridge Crystallographic Data Centre –
CCDC – 2007, 12 Union Road, Cambridge,
We report here a detailed systematic observation CB2 1EZ, UK.
[19]
of crystalline phases in the doped and undoped POPA, N. C. J Appl Crystallogr, v.31, p.176,
PANI and POMA powders. These polymers, 1998.
[20]
together with their preparation methods, differ in THOMPSON, P.; Cox, D.; Hastings, J. J.
their crystal structures. Our intention is to show Appl. Cryst. v.20, p.79, 1987.
that is possible to obtain polymers structural
informations through the Profile Matching 6. ACKNOWLEDGEMENTS
refinement, using the FULLPROF program,
enabling researchers to routinely use this tool in We must thank CAPES and CNPq for
the studies of conducting polymers. followships (Sanches, E. A. and Mascarenhas,
Y.P.) and for financial support to IMMP and to
FAPESP for support to the X-ray Laboratory.
5. REFERENCES
139
NANOFIBRAS DE POLIANILINA IMOBILIZADAS EM FILMES FINOS PARA
APLICAÇÕES EM BIOSSENSORES
140
área superficial e da porosidade do material Fig. 2: Crescimento da absorvância em 800 nm
pode resultar numa maior sensibilidade do em função do números de bicamadas de
biossensor: uma maior área de contato PANI/PVS em filmes multicamadas.
eletroativa, em diferentes direções, apresenta
uma maior probabilidade de os sítios ativos das
enzimas imobilizadas estarem próximos e uma
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
maior porosidade permite uma melhor difusão
de pequenas moléculas como, por exemplo,
Pani nanoestruturada hidrossolúvel foi obtida
H2O2 resultante de muitas reações envolvendo
por polimerização interfacial. Foi possível um
enzimas oxi-redutoras.
crescimento linear de bicamadas de PAni/PVS.
O sistema Pani/PVS apresenta características
promissoras na aplicação em biossensores.
5. BIBLIOGRAFIA
0.25
PANI/PVS
λmax = 800 nm
0.20
Absorvância (u.a.)
0.15
Y=A+B*X
0.10 A: 0,02291
B: 0,01209
2
0.05 R : 0,9828
0.00
0 4 8 12 16 20
Número de Bicamadas
141
ESTUDO DA INTERAÇÃO ENTRE QUITOSANA E FILMES MISTOS
DMPA/COLESTEROL USANDO ESPECTROSCOPIA VIBRACIONAL
1
Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos, São Carlos - SP, Brasil.
2
Universidade Federal de São Paulo, Campus Diadema, Diadema – SP, Brasil.
3
KSV Instruments Ltd., Helsinki, Finland.
pavinatto@ifsc.usp.br
142
O alinhamento imposto pela quitosana se Com quitosana na subfase o filme misto é
sobrepõe à expansão provocada pelo colesterol mais ordenado, com o pico de CH3
nos filmes de DMPA a altas pressões de reaparecendo. Como visto nos espectros de
superfície, com o parâmetro de ordem do filme SFG, a expansão provocada pelo polissacarídeo
de DMPA diminuindo de 6,62 para 4,58 com a suprime a expansão causada pelo colesterol,
introdução de COL no sistema, e voltando a uma vez que as interações eletrostáticas entre
aumentar para 5,97 com a ação da quitosana nos quitosana e DMPA são mais fortes que as
filmes mistos. interações entre DMPA e COL. A diminuição da
Os resultados de PM-IRRAS, assim com intensidade dos picos de PO3 indica que a
os de SFG, mostram que a quitosana induz quitosana penetra nas caudas hidrofóbicas dos
ordem em filmes de DMPA. Isso pode ser lipídios, e não é expelida mesmo a altas pressões
notado pelo aumento da razão entre as de superfície. Acredita-se que a interação entre
intensidades dos picos de CH3 e CH2. Os picos quitosana e modelos de membrana não se dá
referentes às vibrações dos grupos PO3 (1225 somente por interações eletrostáticas, mas
cm-1) deslocaram-se para menores valores de também por ligações hidrofóbicas e de Van der
comprimento de onda durante a compressão, Waals.
sugerindo que interações dos grupos fosfato com
moléculas de H2O foram substituídas por 4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
interações com os grupos NH4+ da quitosana. A expansão de monocamadas, e
Uma diminuição das bandas de NH também foi alinhamento das moléculas de DMPA
observada acima de 20 mN/m para filmes mistos provocado pela quitosana, observado em curvas
de DMPA e quitosana, indicando aparente de pressão e potencial de superfície, foi
expulsão do polímero da interface. Para filmes comprovada por medidas espectroscópicas de
puros de COL não existe efeito significativo da SFG e PM-IRRAS. Esse efeito se sobrepõe à
quitosana sobre os picos de OH, CH2 e CH3, condensação imposta pelo colesterol, o que
mas os sinais de NH do polímero em 1530 cm-1 indica que as interações eletrostáticas entre a
e 1560 cm-1 foram detectados. quitosana e o fosfolipídio determinam as
Os espectros de PM-IRRAS para filmes propriedades do filme misto e têm papel
mistos de DMPA/COL sobre subfase de tampão fundamental na ação do polímero sobre
puro ou tampão+quitosana são mostrados na membranas biológicas.
figura 1. Sobre tampão puro ocorreu
desaparecimento do pico de CH3 de DMPA 5. BIBLIOGRAFIA
(2883 cm-1), indicando que o filme é menos
ordenado. Provavelmente o COL provoca MAJETI, N. V. et al. A review of chitin and
dissociação do DMPA e leva à repulsão chitosan applications, Reactive and
eletrostática e conseqüente expansão da Functional Polymers, v.46, p.1-27, 2000.
monocamada. PAVINATTO, F. J. et al. Interaction between
cholesterol and chitosan in Langmuir
DMPA/Col
monolayers, Polímeros: Ciência e
0,0040
DMPA/Col + Quitosana 0,20 mg/mL Tecnologia, v.15, p.91-94, 2005.
Intensidade PM-IRRAS (a.u.)
143
VIABILIZAÇÃO DE PRÉ-TRATAMENTOS DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR
PARA HIDRÓLISE CELULÓSICA
CHIRSTOFOLETTI, G. B.; Marabezi K.; Gurgel L.; Arantes T.; Curvelo, A.A.S.
Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo
e-mail: christofoletti@iqsc.usp.br
144
Foram determinadas o teor de cinzas de % % %
%
Fibr
cada material seguindo a norma Tappi T211 om- %C holocel
a
L celulose Poliose
ulose
02 modificada. Também determinou-se o teor de 22,27 0,32 38,06 23,98 62,05
lignina Klason de cada material seguindo a 22,24 0,36 39,37 24,74 64,10
norma Tappi T222 om-02 modificada. O teor de X 22,26 0,34 38,86 24,18 63,04
polissacarídeos foi determinado por análise % % % %
%
holocel
Integral
cromatográfica do filtrado obtido na
Bagaço
L C celulose Poliose
ulose
determinação do teor de lignina Klason solúvel,
23,27 0,95 47,03 25,62 72,65
através da detecção dos seguintes compostos 23,81 0,91 44,53 23,27 67,80
hidrolisados: celobiose, glicose, xilose, X 23,54 0,93 45,78 24,44 70,82
arabinose, ácido acético, furfural e
hidroximetilfurfural. As demais condições da Na pré-hidrólise, obteve-se
análise foram: aproximadamente 25 % de perda de massa em
POLIOSES: Cromatógrafo - SHIMADZU, 60 minutos de reação correspondendo
modelo CR 7A; Detector - Índice de Refração teoricamente a fração de polioses.
SHIMADZU R10-6A.; Coluna - Aminex HPX A tabela 3 mostra os resultados das pré-
87 H (300 x 7,8mm BIO-RAD).; Eluente - hidrólises de cada fração em duplicata. A
H2SO4 0,005mol.L-1.; Fluxo - 0,6 mL.min-1. extração da lignina pelo processo organossolve
HIDROXIMETILFURFURAL E FURFURAL: foi feito antes e depois do processo de pré-
Cromatógrafo - SHIMADZU, modelo CR 7A. hidrólise. Os resultados mostrados na tabela 4 e
Detector - UV (254nm) da SHIMADZU, 5 mostra que o processo organossolve
modelo SPD-10A.; Coluna - RP 18 (C18) da etanol/água remove a lignina bem como as
HEWLETTPACKARD.; Eluente - solução de polioses presentes na fibra e bagaço não pré-
acetonitrila/água 1:8 (v:v), contendo ácido hidrolisados.
acético 1% (v:v).; Fluxo - 0,8 mL.min-1.
Tabela 3: Pré-hidrólise do bagaço e fração
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES fibra.
A primeira etapa deste estudo teve como
hidrólise
hidrólise
Integral
objetivo fracionar o bagaço de cana-de-açúcar
Bagaço
Fibra
Pré-
Pré-
PH
PH
%
%
em fibra e medula. Este procedimento também
serviu para remover os materiais hidrossolúveis
aderidos ao bagaço de cana durante a colheita. A PHF1 26,01 PHBI1 24,70
porcentagem de material extraído foi de 8,2 %. PHF2 24,86 PHBI2 25,06
O fracionamento do bagaço de cana em fibra e X 25,43 X 24,88
medula foram respectivamente 69,8% e 22,2%,
como mostrado na tabela 1. Tabela 4:Polpação de material não pré-
hidrolisado
Tabela1: Percentual das frações Fibra-Medula
celulose
polioses
holocel
Polpa
%R
%C
ulose
%L
%
(100mesh)
(60mesh)
lavagem
Integral
Medula
Medula
Medula
Bagaço
(total)
Perda
Fibra
(BI)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(g)
elulos
holoc
%R
%C
Polp
%L
es
a
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
O fracionamento do bagaço de cana-de-
açúcar possibilita a separação física e química
dos constituintes. Este trabalho ilustrou as
diversas formas de tratamentos para obtenção de
um material com maior teor de celulose contudo
com maiores etapas de processo. Os resultados
obtidos indicam que o processo de tratamento da
biomassa deve ser considerado a partir dos
produtos desejados e da infra-estrutura
disponível no setor industrial.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SUN, J. X.; SUN, X. F.; ZHAO, H.; SUN, R. C.,
2004. Polymer Degradation and Stability, 84,
339.
146
SENSORES DE EFEITO DE CAMPO FUNCIONALIZADOS COM FILME
AUTOMONTADO DE NANOTUBOS DE CARBONO
*
J. R. Siqueira Jr.1, A. Poghossian2,3, M. J. Schöning2,3, V. Zucolotto1, O. N. Oliveira Jr.1
1
Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, 369, São Carlos, Brasil
2
Instituto de Nano- e Biotecnologias, Univ. de Ciências Aplicadas de Aachen, 52428, Jülich,
Alemanha
3
Instituto de Bio- e Nanosistemas (IBN2), Centro de Pesquisas de Jülich, 52425 Jülich, Alemanha
*email (junior@ifsc.usp.br)
147
Esses sensores foram caracterizados 106 mV/mmol à presença de penicilina G em
através de medidas C-V, ConCap e métodos de uma região linear entre 1.0 x 10-4 mol L-1 a 1.0 x
espectroscopia de impedância (IS) antes e 10-3 mol L-1.
depois de cada etapa da funcionalização com os
materiais usados nos filmes automontados. As 4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
medidas de impedância foram realizadas em Utilizando um sensor capacitivo de efeito
ambas regiões de acumulação e depleção numa de campo foi possivel monitar a adsorção de
faixa de freqüência de 1 Hz até 1 MHz. No cada camada do filme automonntado de
modo capacitância constante (ConCap), a PAMAM/SWNT. Além disso, a estrutura EIS-
capacitância foi mantida constante através de PAMAM/SWNT apresentou alta sensibilidade
um circuito de controle de feedback, que ao pH e mostrou-se viável no uso como
permitiu medir diretamente mudanças de biossensor de penicilina após imobilização da
potencial causadas pela adsorção dos enzima penicilinase sobre as multicamadas do
dendrímeros e dos SWNTs carregados. filme. Na continuação deste trabalho, podemos
almejar a otimização do processo e melhor
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO performance do sensor, além de estender a
aplicação dessa estrutura para outros tipos de
A adsorção de cada camada de PAMAM biossensores.
e SWNTs foi monitorada por medidas de C-V
através do deslocamento provocado no potential 5. BIBLIOGRAFIA
na região de depleção devido às cargas da
camada adsorvida e da diferença de potencial 1. OLIVEIRA JR., O.N., ZUCOLOTTO, V.,
através da interface sólido/líquido. A direção de FERREIRA, M., MATTOSO, L.H.C., RIUL
deslocamento do potencial depende do sinal da JR., A., Nanostructered Films Employed in
última camada adsorvida. Isso indica que as Sensors. Supramolecular Engineering of
cargas positivas do PAMAM e as cargas Conducting Materials, v.1, p.399-425, 2005.
negativas dos SWNTs podem induzir alterações 2. B. L. ALLEN, P. D. KICHAMBARE AND
do potencial interfacial, resultando em mudança A. STAR, Carbon Nanotube Field-Effect-
na voltagem da flat-band da estrutura EIS. Transistor- Based Biosensors, Adanced.
O biossensor de penicilina foi preparado Materials, v.19, p. 1439-1451, 2007.
com a imobilização da enzima penicilinase 3. M. J. SCHÖNING, A. POGHOSSIAN, Bio
sobre um filme de PAMAM/SWNT contendo 6 FEDs (Field-Effect Devices): State-of-the-
bicamadas. O principio de operação de um Art and New Directions, Electroanalysis,
biossensor de penicilina baseia-se na detecção v.18, p. 1893-1900, 2006.
da variação da concentração de ions H+
resultante da hidrólise da penicilina pela enzima AGRADECIMENTOS
penicilinase. Por isso, primeiro testamos a
sensibilidade ao pH do sensor EIS- Agradecemos pelo suporte financeiro da CAPES
PAMAM/SWNT na faixa de 3 a 10 via modo (Brasil).
ConCap. O sensor apresentou boa estabilidade
para cada pH, rápido tempo de resposta,
histerese relativamente baixa (ca. 5 mv) e alta
sensibilidade de 54,5 mV/pH, comparado com a
sensibilidade do Ta2O5 (55-57 mV/pH). Isso
demostra que as multicamadas de
PAMAM/SWNT não afetam de forma
significativa a sensibilidade ao pH do sensor.
Isso pode estar relacionado à alta porosidade do
filme que permite a penetração dos ions H+ até a
superfie do Ta2O5.
Após imobilização da penicilinase no
sensor, experimentos de detecção via modo
ConCap usando diferentes concentrações de
penicilina de 2.0 x 10-6 mol L-1 a 2.0 x 10-2 mol
L-1 foram realizados. O biossensor EIS-
PAMAM/SWNT apresentou rápido tempo de
resposta, boa estabilidade e alta sensibilidade de
148
DETECÇÃO DE URÉIA EM BIOSSENSORES DE POLIPIRROL POR MEIO DE
TRANSDUTORES POTENCIOMÉTRICOS E AMPEROMÉTRICOS
2. EXPERIMENTAL
45
A eletropolimerização do pirrol foi realizada em
uma célula com entrada para três eletrodos,
j(µA/cm )
2
40
tendo a Pt como eletrodo de trabalho, Pt como
contra-eletrodo e calomelano saturado como
35
eletrodo de referência. Foi aplicada uma
varredura de potencial entre -0,1 V a 1,0 V vs
SCE. A imobilização enzimática foi realizada 30
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
fisicamente por adsorção logo em seguida da -1
[Uréia]mMol.L
eletrossíntese do polipirrol (PPI) em meio a
tampão fosfato a pH 7, contendo a urease Figura1: Curva de calibração para a uréia em
(300µg/ml). tampão fosfato pH 7 realizada por
cronoamperometria.
Foram utilizados dois processos eletroquímicos
para a detecção da uréia como analito. Um deles O mesmo ocorreu para as medidas de
foi a cronoamperometria, o qual foi realizado cronopotenciometria (figura 2), ou seja, o
com um potencial fixo de 600mV, durante 120 potencial aumenta com o aumento na
segundos. As concentrações do analito foi concentração de uréia
149
1400 3-DESHPANDET, M.V.; AMALNERKAR,
1200 D.P. Biosensors prepared from
electrochemically synthesized conducting
Potencial vs SCE (mV)
1000
polymers. Prog. Polym. Sci., v. 18, p623-649,
800 1993
600
400
AGRADECIMENTOS
200
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
150
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E ESPECTROSCÓPICA DO RECEPTOR
TRB1 LBD IMOBILIZADO EM SUBSTRATO DE OURO FUNCIONALIZADO
0,6
151
Fig. 2. Espectros de absorção para soluções de aromáticos presentes nas estruturas dos
TRβ1 LBD 3,5 µM e dos HTs T3, T4 e TRIAC, hormônios. Estes picos ocorrem na região de
todos a 100 µM. 2900-3000 cm-1 (de baixa intensidade) e também
A banda em 280 nm indica a presença em 900-700 cm-1.
de uma espécie protéica, neste caso de TRB1 A análise morfológica foi avaliada
LBD, devidos aos resíduos de triptofano, pelas micrografias mostradas na Fig. 4. A
tirosina e, provavelmente, fenilalanina. Os micrografia “A” ilustra a morfologia do
indicativos da presença dos HTs constam do substrato recoberto com ouro contendo a
aparecimento de bandas de média intensidade, monocamada de tiol (MUA). Foi possível
com comprimento de onda superior a 200 nm, observar grande homogeneidade nesta
correspondente aos anéis aromáticos. superfície, quando comparada às demais
Os espectros de FTIR estão ilustrados micrografias que contêm as biomoléculas.
na Fig. 3.
26.57 nm
AuSH
2 µm
AuSHTR 11.83 nm 0.00 nm 16.49 nm
B C
Reflectância (%)
AuSHTRT3
2 µm 2 µm
0.00 nm
18.24 nm 0.00 nm
20.93 nm
AuSHTRT4
D E
AuSHTRTRIAC
2 µm 2 µm
0.00 nm 0.00 nm
152
- LVOV, Y., MÖHWALD, H. Protein
Architecture. 1ed. New York: Dekker, 2002,
p.1-23 e p.251-285.
- ROBINSON-RECHAVI, M. et al. The
Nuclear Receptor Superfamily. J. Cell Sci. v.
116, p. 585-586, 2003.
- PAVIA, D. , J., LAMPMAN, g. M., KRIZ, G.
S. Introducton to Spectroscopy. 3ed. EUA:
Brooks/Cole, 2001, p. 13-79.
- WIESENDANGER, R. Scanning Probe
Microsciopy and Spectroscopy – Methods and
Applications.1ed. New York: Cambridge, 1994,
p. 496-501, 529-534.
AGRADECIMENTOS
153
INVESTIGAÇÃO DE INTERAÇÃO EM MISTURAS DE AZOPOLÍMERO E
POLITIOFENO EM FILMES DE LANGMUIR.
154
70
65
H P D o d T -0 3 0% HPDR1-MA
60
3 10% HPDR1-MA
55
6. Referências bibliográficas
ARSLANOV V.V, Polymer Monolayer and Langmuir-
Blodgett films Polythiophenes – Russian Chemical
Reviews, v. 69 n. 10, p. 963-980, 2000.
AGRADECIMENTOS
Capes, CNPq, FAPESP, IMMP.
155
MICROESTRUTURAÇÃO DE SUPERFÍCIES POLIMÉRICAS USANDO LASER DE
PICOSEGUNDO
2. EXPERIMENTAL
Fig. 1: Imagem da gota de água sobre a
Poly(1-methoxy-4-(O-disperse Red 1)-2,5- superfície microestruturada.
bis(2-methoxyethyl)benzene) foi diluído em
clorofórmio na concentração de 1% em peso e A fig.1 mostra a gota de água sobre a superfície
depois derramado em substratos de vidro microestruturada, onde podemos observar que a
previamente limpos. gota não adere na superfície, isso se deve à
técnica de microestruturação mostrada aqui.
Os filmes foram microestruturados usando um
laser Nd:YAG Q-switched e mode-locked com
pulso único de duração de 100 picosegundos
156
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS
157
PREPARAÇÃO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS BASEADOS EM GRAFITE E
GRAFITE BIDIMENSIONAL OU GRAFENO
Mike Melo do Vale, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães
Universidade de São Paulo – São Carlos
mike@ursa.ifsc.usp.br
Aprimorar a confecção de dispositivos (fingers)
para o estudo das propriedades elétricas bem
1. INTRODUÇÃO
como iniciar o estudo óptico dos filmes.
2. PERSPECTIVAS
158
ESTRUTURAS DE COPOLIMEROS SUB-MICROMETRICAS UTILIZADAS EM
PROCESSO DE LITOGRAFIA
1. INTRODUÇÃO
159
concentrações 0,01wt% e depositados sobre O processo de replicagem das nanoestruturas do
substratos de mica em temperatura ambiente. A molde de PDMS deve ser melhorado através da
deposição do filme foi feita por dip-coating, busca de outro material utilizado no processo.
com tempo de imersão de aprox. 1 s. As
imagens micro-estruturais obtidas pelo AFM 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(Atomic Force Microscope) foram analisadas
através do software Nanoscope III.
1.JEAN-FRANÇOIS GOHY. Block Copolymer
As máscaras de PDMS foram obtidas a partir da Miscelles. Adv. In Polym Sci, v. 190, p. 65-136,
deposição do material sobre o substrato de mica 2005
contento filme fino copolimérico. O PDMS é 2. N. KUMAR, J. I. HAHN, Langmuir , v. 21,
deixado a 65 °C durante três horas para que o p. 6652, 2005
processo de cura seja feito. Replicas a partir do 3. J. T. MABECK, J. A. deFRANCO, D.A.
molde de PDMS foram produzidas utilizando BERNARDS, G. G. MALLIARAS, S. HOCDÉ,
resina epóxi. A resina foi depositada sob o C. J. CHASE, Appl. Phys. Lett , v. 87, n.
molde e deixada por 24 horas a temperatura 013503, 2005
ambiente, tempo necessário para o 4. A. V. RUZETTE, L. LEIBLER, Nature
endurecimento da resina. Mater., v. 4, p. 19, 2005
5. G. KIM, M. LIBERA, Macromolecules
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES (1998) v. 31,p. 2569, 1998
6. M. PARK, C. HARRISON, P. M.
A partir das imagens obtidas por AFM, CHAIKIN, R. A. REGISTER, D. H.
podemos comprovar a formação de ADAMSON, Science, v. 276, p. 1401, 1997
microestruturas formadas a partir da separação 7. D. H. KIM, Z. LIN, U. JEONG, T. P.
de fase que é induzida pelos diferentes blocos RUSSELL, Adv. Mater., v. 15, n.10, p. 811,
do copolímero. Tais estruturas, apresentaram 2003
grau de ordenamento a nível nanométrico.
AGRADECIMENTOS
Através da analise sectional das imagens de
AFM realizadas no software NanoscopeIII, Gostaria de agradecer a Capes pelo apoio
pudemos, para a Figura 1 a), constatar que os financeiro e ao Instituto de Física de São Carlos
pequenos discos apresentam diâmetro de 914,86 pela infra-estrutura e corpo docente que
nm, com picos de altura máxima 38,545 nm. O possibilitou o desenvolvimento do trabalho.
molde de PDMS apresentou características dos
padrões copiados com diâmetro de 749,72 nm e
vales com 29,778 nm de profundidade,
mantendo o ordenamento encontrado
originalmente nas nanoestruturas copoliméricas.
Replicas obtidas com resinas a partir do molde
de PDMS apresentaram estruturas com
diâmetros de 498,97 nm e 22,961 nm de altura.
5. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
160
ESTUDOS DE RMN E CONDUTIVIDADE EM ELETRÓLITOS POLIMÉRICOS A
BASE DE GELATINA
161
ativação do processo responsável pela relaxação Figura 3: Largura de linha em função da
do 1H é de Ea ≈ 0.23 eV em baixas temperaturas e temperatura do eltrólitos a base de gelatina.
Ea ≈ 0.12 eV em altas temperaturas.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
1
H = 36 MHz Neste trabalho foram apresentados os resultados
de condutividade e o estudo de RMN de relaxação
do 1H no eletrólito polimérico a base de gelatina
plastificado com glicerol e contendo acido acético
com concentração de 26,3% em massa de ácido. A
condutividade iônica em temperatura ambiente
10
para ambas as amostras é da ordem de 10-5 S/cm.
Os resultados de RMN exibem comportamentos
1/T1 (s-1)
80
Linewidth (kHz)
60
40
20
Temperature (k)
162
BIOSSENSORES AMPEROMÉTRICOS OBTIDOS PELO USO DA POLIFENOL
OXIDASE IMOBILIZADA EM SUBSTRATOS DE OURO QUIMICAMENTE
MODIFICADOS
163
fabricado a enzima na forma de extrato bruto 5. BIBLIOGRAFIA
permite uma maior estabilização do pH ao
redor da enzima tornando-o menor do que no CAMPUZANO, S.; GÁLVEZ, R.; PEDRERO,
seio da solução e possibilitando se obter um M.; VILLENA, F.; PIGARRÓN, J.; J.
valor maior de pH de estabilidade da enzima. Electroanal. Chem., vol.526, p.92. 2002.
Na Figura 2 são mostradas as respostas LUPETTI, K.O.; RAMOS, L.A.;
cronoamperométricas dos biossensores, onde FATIBELLO-FILHO, O. Quim. Nova.
se nota que ambos os biossensores 2003, 26, 197.
apresentaram uma resposta para a detecção de LI, X.; SUN, C.J. Anal. Chem. 2005, 60, 1204.
catecol; entretanto, a densidade de corrente
obtida para o biossensor com PPO purificada é
o dobro da obtida para o biossensor com PPO AGRADECIMENTOS
do extrato bruto. Esta diferença pode estar
relacionada à quantidade de enzima ativa Agradecemos o apoio financeiro do CNPq e
imobilizada no biossensor, já que as soluções FAPESP, que foi indispensável na pesquisa, ao
utilizadas para a imobilização tinham Prof. Orlando Fatibello Filho que nos cedeu
concentrações diferentes de enzima ativa. inicialmente a enzima na forma de extrato
bruto.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
164
ESTUDO DE FILMES DE LANGMUIR DE AMINAS ANFIFÍLICAS UTILIZANDO A
ESPECTROSCOPIA SFG
Grupo de Polímeros Bernhard Gross IFSC, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil
e-mail: uehara@ursa.ifsc.usp.b
1. INTRODUÇÃO obtido para os ácidos, o que pode levar a
diferentes arranjos e interações.
Sistemas bioquímicos em geral têm sido alvo Na espectroscopia SFG,[3,4] dois feixes de
de grande interesse e estudo nas últimas laser de alta intensidade e de freqüências ω1
décadas, principalmente com o avanço de (fixa no visível) e ω2 (sintonizável no
técnicas de análise estrutural. Uma das infravermelho médio) se sobrepõem na
principais classes de compostos orgânicos interface entre dois materiais e um terceiro
presentes nestes sistemas é o grupo das feixe é gerado com freqüência ω3 = ω1 + ω2. A
aminas. intensidade do feixe de freqüência ω3 é
As aminas são derivados do amoníaco (NH3), proporcional às intensidades dos feixes
formadas pela troca de um, dois ou três dos incidentes e a uma propriedade do material,
átomos de hidrogênio por grupos alquila. De χ(2), a susceptibilidade não-linear de segunda
acordo com o número de substituintes, elas são ordem .
divididas em primárias, secundárias ou SFG pode ocorrer apenas na interface entre
terciárias. As aminas primárias e secundárias dois meios com simetria de inversão como, por
formam ligações de hidrogênio exemplo, gases, líquidos e sólidos amorfos ou
intermoleculares mais fracas que os álcoois, e com simetria cúbica. Isto faz com que estes
por isso os pontos de ebulição ocupam uma processos sejam intrinsecamente sensíveis a
posição intermediária entre a dos álcoois e dos interfaces entre meios centro-simétricos. Pode-
hidrocarbonetos de peso molecular semelhante. se também obter um espectro vibracional de
As aminas terciárias, por sua vez, apresentam moléculas na interface quando ω2 é sintonizada
pontos de ebulição ligeiramente superiores em ressonâncias vibracionais, pois há um
àqueles dos hidrocarbonetos correspondentes.
aumento de χ(2) que leva a picos na intensidade
A compreensão da interação das moléculas
SFG em função de ω2.
orgânicas com a água é fundamental no estudo
O estudo dos filmes de Langmuir de aminas de
de diversas áreas das ciências, e não seria
cadeias longas via espectroscopia SFG tem os
exagero dizer que tal interação é a base da
seguintes objetivos específicos:
vida, já que conformação de proteínas e outras
biomoléculas é primariamente determinada • Estudar o grau de ionização de
pela sua interação com a água. Monocamadas aminas de cadeia longa em função do
orgânicas na superfície da água (filmes de pH da subfase e da força iônica.
Langmuir) têm sido muito utilizadas como • Estudar a interação da água com o
modelos para sistemas biológicos, em filme de Langmuir de aminas.
particular de membranas celulares.[1] Este
trabalho tem como objetivo investigar a 2. EXPERIMENTAL
interação da água com filmes de Langmuir de
ácidos graxos[2] e aminas alifáticas com a Utilizou-se filmes de Langmuir de
técnica de espectroscopia por geração de soma octadecilamina [CH3(CH2)17NH2], que foram
de freqüências (SFG), comparando o produzidos a partir de soluções em clorofórmio
ordenamento da água interagindo com esses com uma concentração de 0,1mg/ml
dois grupos polares de grande relevância espalhadas sobre a subfase (volume espalhado
biológica. Isso porque as aminas possuem igual a 60 µl), esperando-se por volta de 10
grupo polar ionizável catiônico, diferentemente minutos até que o solvente evapore por
dos ácidos graxos cujo grupo polar é aniônico. completo, para somente então dar-se início à
Portanto, o campo elétrico na superfície do compressão das barreiras.
filme terá sentido contrário em relação ao A técnica SFG permite que se obtenha
espectros também para as moléculas de água
na interface. A partir destes resultados é
165
possível estudar a mútua interação entre a água literatura[5]. Os picos ente 2800 e 3000 cm-1
e o filme de Langmuir de amina e obter no espectro SFG correspondem ao estiramento
informações sobre sua orientação, do CH3 da cadeia alquila da octadecilamina. A
conformação, ionização e estrutura. ausência dos picos correspondentes ao grupo
CH2 em 2850 e 2920 cm-1 indica que as
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO cadeias alifáticas estão estendidas, sem
defeitos gauche.
Após a formação do filme de Langmuir da
octadecilamina, obteve-se uma isoterma de 4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
pressão de superfície em função da área média
por molécula de octadecilamina. A figura 1 Os resultados preliminares obtidos até agora
representa a isoterma obtida para a demonstram a viabilidade desse projeto e
octadecilamina sobre a superfície da água na serviram para testar a instrumentação
cuba de Langmuir à temperatura ambiente. construída (cuba de Langmuir) e familiarizar o
estudante com as técnicas experimentais. Este
40
estudo visa utilizar a técnica de geração de
soma de freqüências (SFG) em interfaces para
investigar a estrutura molecular de filmes de
Pressão de Superfície [mN/m]
30
Langmuir de aminas cadeia longa com
diferentes valores de pH e força iônica,
20 investigando o grau de ionização da
monocamada através das intensidades relativas
10 dos picos referentes ao estiramentos dos
grupos NH2 e NH3+.
0
Pretende-se obter com este estudo informações
detalhadas sobre o ordenamento molecular dos
0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 filmes, e como eles dependem das condições
Área/Molécula [nm2/molécula] da subfase, além de informações sobre a
interação da água com a monocamada
ionizada, através do espectro vibracional da
Figura1. Isoterma da água em contato com o filme de Langmuir.
octadecilamina Todos estes tópicos são de grande importância,
visto que esses resultados podem servir de
A figura 2 representa o espectro SFG obtido modelo para entender a relação das moléculas
para o filme de Langmuir da octadecilamina a biológicas com a água, com implicações em
uma pressão superficial de 70 mN/m. diversas áreas, como a medicina, bioquímica
ou biofísica.
2,5
5. BIBLIOGRAFIA
2,0 [1] PETTY, M. C. Langmuir-Blodgett Films,
Cambridge University, 1996.
1,5
[2] MIRANDA, P. B; DU, Q ; SHEN, Y. R ;
Sinal u.a.
1,0
Chem. Phys. Lett. 286, (1995).
[3] SHEN, Y. R. Proc. Natl. Acad. Sci. USA
0,5 93, 12104 (1996).
[4] MIRANDA, P. B. and SHEN, Y. R.
0,0
Journal of Physical Chemistry B 103, 3292
-0,5
(1999).
2800 2850 2900 2950 3000 3050 3100
[5] ALBRECHT, O; MATSUDA, H;
Número de Onda (cm-1) EGUCHI, K. Colloids and Surface A:
Figura 2. Espectro da octadecilamina via SFG Physicochem. Engineering. Aspects 284, 166-
174 (2006).
6. AGRADECIMENTOS
As duas figuras acima representam
experimentos iniciais do trabalho que está
FAPESP, FINEP, Grupo de Polímeros/IFSC-
sendo desenvolvido no projeto de mestrado. A
USP.
isoterma obtida para o filme de Langmuir de
octadecilamina concorda com resultados da
166
POLIFENOL OXIDASE IMOBILIZADA EM FILMES DE POLIPIRROL PARA A
CONSTRUÇÃO DE BIOSSENSOR
167
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS
168
EFEITO DO IBUPROFENO SOBRE A ORGANIZAÇÃO DE MONOCAMADAS DE
FOSFOLIPÍDIOS
60 Pressão 0,15
Potencial
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Pressão de Superfície (mNm )
-1
0,10
Potencial de Superfície (V)
50
Foram preparadas soluções equimolares 0,05
40
dos fosfolipídios dipalmitoil fosfatidil colina 0,00
(DPPC), dipalmitoil fosfatidil glicerol (DPPG) e 30
-0,05
do fármaco ibuprofeno. O solvente utilizado nas 20
-0,10
soluções contendo DPPC foi o clorofórmio, e na
10
solução de DPPG foi usada uma mistura 9:1 de -0,15
169
Figura 3 – Razão entre áreas para isotermas
Observa-se que a medida de potencial é de DPPG puro (A0) e das misturas (Ai) para
mais sensível se comparada com a de pressão uma pressão fixos de 1, 10 e 30 mN/m.
superfície. Essa sensibilidade está relacionada
com o fato de que a pressão é uma medida À medida que a monocamada é
mecânica e o potencial, uma medida elétrica. A comprimida observa-se a máxima expansão para
presença de cargas é manifestada pelos domínios 1% mol do ibuprofeno. A partir dessa
que se formam ao longo do filme e o potencial é concentração a expansão diminui indicando que
capaz de detectar esse comportamento mesmo no algumas moléculas do fármaco estão indo para a
regime aonde não há pressão de superfície. subfase.
As isotermas de pressão do As medidas de potencial de superfície
DPPG/Ibuprofeno, mostradas na Fig. 2, revelam para as misturas DPPG-IB estão apresentadas na
que a monocamada é expandida na presença do Fig. 4. As isotermas indicam um comportamento
fármaco (aumento da pressão de superfície), diferenciado da monocamada na presença do
indicando que o fármaco interage com o lipídio. fármaco, evidenciando sua interação com os
Esse comportamento também é observado para fosfolipídios. Os valores negativos para grandes
monocamadas de DPPC (resultados não áreas se devem a dupla camada elétrica formada
mostrados). pelos contra-íons em solução com a carga
negativa do grupo polar do DPPG. Para altas
70
DPPG
pressões ocorre o alinhamento das caudas
DPPG-IBU 0,5% hidrofóbicas dos fosfolipídios e o sinal é positivo.
-1
60
Pressão de suprefície mNm
DPPG-IBU 1%
50 DPPG-IBU 5%
0,3
40 DPPG
DPPG-IBU 0,5%
30 0,2 DPPG-IBU 1%
Potencial de superfície (V)
DPPG-IBU 5%
20
0,1
10
0 0,0
20 30 40 50 60 70 80 90 100
2
Área por molécula (Å ) -0,1
170
the identification of drug-binding sites,
Proteins: Structure, function, and
Bioinformatics, v.63, p. 892-906, 2006.
[2] WANG, E. et. al A study on the
interaction between ibuprofen and bilayers
lipid membrane, Electrochimica Acta, v. 51,
p. 5754-5760, 2006.
[3] HAWKEY, C.J., Nonsteroidal anti-
inflammatory drug gastropathy,
Gastroenterology, v.119, p. 521-535, 2000.
[4] Geraldo, V.P.N., Filmes nanoestruturados
contendo lipossomos para a liberação
controlada do ibuprofeno. São Carlos: USP,
2008. 102 p. Dissertação (Mestrado) –
Programa de Pós-Graduação em Ciências e
Engenharia de Materiais.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a CAPES, CNPq (rede
Biomat) e Fapesp pelo suporte financeiro.
171
SÍNTESE DO POLI(3-HEXILOXITIOFENO) PARA A DETECÇÃO DE COMPOSTOS
ORGÂNICOS VOLÁTEIS (VOCS)
1. INTRODUÇÃO OCH2CH2CH2CH2CH2CH3
172
(hexano, tolueno, clorofórmio, diclorometano, Já os valores de massas molares médias numéricas
THF, metanol) e umidade (água) por (Mn) do polímero antes e após a desdopagem
espectroscopia de absorção na região do foram semelhantes, encontrando-se por volta de
Ultravioleta-visível (Uv-vis). 2.300 g/ mol com polidispersividade de 1.2. O
grau de polimerização médio numérico
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO correspondente a esse valor é de 12 unidades
repetitivas.
Os espectros de FTIR do monômero 3-HexOxT e
do polímero PHexOxT antes e após a desdopagem Depois da caracterização do polímero e da
foram apresentados na Fig. 2. A presença de grupo comprovação da sua desdopagem, filmes do
alcóxi foi comprovada em todos os espectros pela PHexOxT (des) foram analisados quanto sua
presença da banda em ~1060 cm-1 característica de possível propriedade sensora ótica de VOCs.
deformação axial do C(anel)-O-C. A presença Dentre os analitos estudados, apenas clorofórmio
dessa banda confirma a funcionalidade do e diclorometano provocaram alterações no
polímero pretendido e do mesmo após a espectro de absorção no Uv-vis do PHexOxT.
desdopagem. E, ainda, a ocorrência da reação de Ambos analitos provocam diminuição da
polimerização pode ser comprovada pela a absorbância em 550 nm e do comprimento de
ausência da banda em ~770 cm-1 de deformação onda de máxima absorção (λMÁX). A queda no
angular do C-H de anel tiofênico monosubstituído valor da absorbância foi maior em presença de
no PHexOXT. clorofórmio (~8%) do que de diclorometano
(~3%), enquanto que o blue shift foi de
A desdopagem do PHexOxT foi comprovada pela aproximadamente 3 nm para ambos analitos.
redução da intensidade da absorção do bipolaron
que no espectro do polímero antes da mesma Esse resultado é diferente do obtido anteriormente
praticamente encobria as bandas de C-H alifático para os derivados alquilados que respondiam de
(3000 – 2800 cm-1). Também houve uma redução maneira semelhante para todos analitos (VOCs)
ou desaparecimento das bandas características de analisados [3]. Isso comprova a possibilidade de
cadeia polimérica oxidada em 1180 e 1350 cm-1 se alterar a seletividade dos sensores pela
no espectro do polímero desdopado. A mudança do tipo de cadeia lateral do politiofeno.
determinação da porcentagem de íons ferro, que No caso do PHexOxT, o mesmo parece ser
age como dopante desse polímero, será seletivo para analitos clorados e, ainda, a
determinada futuramente nessas duas amostras porcentagem de resposta parece ser sensível a
pelo método espectrofotométrico utilizando orto- quantidade de átomos de cloro presentes no
fenantrolina. analito.
3-HexOxT
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
Transmitância (u. arb.)
5. BIBLIOGRAFIA
3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de Onda (cm ) [1] JAMES, D. Chemical sensors for electronic
Fig. 2: Espectros de FTIR do monômero3- nose systems. Microchim. Acta, v. 149, p. 1-17,
HexOxT e do polímero antes da desdopagem 2005.
(PHexOXT) e depois da desdopagem (PHexOxT- [2] Gopel, W. Sensors: A Comprehensive Survey.
des). Optical Sensors. VCH, New York, V.6, 658,
1992.
173
[3] Gonçalves, V.C.; Balogh, D. Effect of the
side-chain length of poly(3-alkylthiophenes) on
the optical VOCs detection (em preparação).
[4] ANDERSSON, M.R; et al. Regioselective
polymerization of 3-(4-octylphenyl)thiophene
with FeC13. Macromolecules, v.27, p.6503, 1994.
AGRADECIMENTOS
174
ELETRÓLITOS SÓLIDOS POLIMÉRICOS A BASE DE ALGINATO
PLASTIFICADO COM GLICEROL
175
aumenta a condutividade iônica dos filmes. A SONE, K. Influencing factors on electrochromic
temperatura ambiente os SPEs a base de alginato hysteresis performance of ruthenium purple
apresentaram a condutividade de 3,1x10-6 S/cm produced by aWO3/Tris(2,2_
que aumenta linearmente com a temperatura até bipyridine)ruthenium(II)/polymer hybrid film.
8,25x10-4 S/cm a 80º C. Este aumento pode ser Electrochimica Acta, v.53, p. 6535-6541, 2008.
ajustado com o modelo Arrhenius de PRZYLUSKI, J. New concepts in the study of
condutividade o que significa que o transporte solid polymeric electrolytes., Materials Science
iônico é devido aos saltos de íons de lítio entre and Engineering, v.B13, p.335-338, 1992.
os sítios de complexação. ALLCOCK, H.R. New macromolecules for
solid polymeric eletrolytes. Electrochimica Acta,
v.43, n.10/11, p. 1145-1150, 1998.
-3.0
PRZYLUSKI, J. Proton polymeric electrolytes -
-3.5 - a review. Synthetic Metals, v.45, p.323-333,
1991.
-4.0
MACDONALD J. R, Impedance spectroscopy:
Log (σ S/cm)
-4.5
emphasizing solid materials and systems. New
York: John Wiley & Sons, 1987.
-5.0
-5.5
AGRADECIMENTOS
2.8 2.9 3.0 3.1 3.2 3.3 3.4
3 -1
10 /T (K )
Esse estudo foi financiado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Figura 1: Condutividade iônica do filme de
(CAPES).
alginato plastificado com glicerol e contendo 1
mL de ácido acético para diferentes
temperaturas.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
176
ELETRÓLITOS SÓLIDOS POLIMÉRICOS PROTÔNICOS A BASE DE ÁGAR
177
aplicação destes eletrólitos em janelas
eletrocrômicas, e desta forma, os filmes
-3,0 12% preparados, apresentam-se como bons
25%
35%
candidatos à esta aplicação.
-3,5
46%
48%
-4,0 50% 5. BIBLIOGRAFIA
57%
logσ (S.cm )
-1
-6,0
AGRADECIMENTOS
2,8 2,9 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4
3
10 /T (K )
-1
Os autores agradecem ao suporte financeiro para
o desenvolvimento deste projeto concedido pela
Fig. 1: Log da condutividade em função da
FAPESP, à bolsa de doutorado concedida pela
temperatura para filmes a base de agar com
CAPES e bolsa de iniciação científica concedida
diferentes quantidades de ácido acético(%).
pelo CNPq.
Também foram realizadas medidas de
condutividade iônica dos filmes preparados,
controlando-se a umidade do meio. Na figura 2
podemos observar os valores de condutividade
obtidos para os diferentes filmes preparados,
controlando-se a umidade do meio em 33%, a
melhor condutividade obtida foi para o filme
que contém 50% de ácido acético, pois
apresentou condutividade iônica = 2,17 x 10-5
Scm–1.
-4,6
33% umidade
-4,7
-4,8
Log σ (Scm )
-1
-4,9
-5,0
-5,1
-5,2
10 20 30 40 50 60
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
178
ESTUDO DO AMIDO DE BATATA E POLI (β
β -HIDROXIBUTIRATO) NA
PREPARAÇÃO DE BIOPLÁSTICOS
179
Na determinação dos grupos funcionais por amido e do PHB, como mostrados nas tabelas 4
Espectroscopia de Absorção na região do e 5.
Infravermelho (FTIR), empregou-se um Tabela 4: FTIR para o amido de batata.
espectrofotômetro BOMEM modelo MB-102 Número de Atribuição
com Transformada de Fourier. As amostras na onda (cm-1)
forma de pó foram misturadas com KBr numa 3450 Estiramento OH, grupos
proporção de 1:100 (g/g) e a partir delas hidroxilas.
confeccionou-se pastilhas por prensagem. O 2925 Estiramento assimétrico C-H
KBr foi previamente seco em estufa a 100ºC por 1643 Deformação angular H2O
2 horas antes de ser macerado e misturado. A 1456 Deformação CH2
mistura amostra/KBr foi seca em estufa a vácuo 1417-1384 Deformação angular C-H
na temperatura de 100 ºC antes de ser prensada. 1261-931 Estiramento C-O
Os espectros foram obtidos no modo 1159-1085 Deformação axial assimétrica
absorbância, 4 cm-1 de resolução e 16 scans.min- da ligação éter.
1
.
Tabela 5: FTIR para o PHB.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Número de Atribuição
Os teores de umidade encontrados nas amostras onda (cm-1)
através da balança foram de 18% para o amido e 2975 Deformação axial assimétrica
1% para o PHB. da ligação C-H
De acordo com os resultados da TGA para o 2933 Deformação axial simétrica da
amido o primeiro evento térmico ocorreu em ligação C-H
torno de 90 oC sendo referente à eliminação de 1722 Deformação axial da carbonila
água. Com base neste evento, determinou-se o C=O
teor inicial de umidade do material o qual foi de
1450 Deformação angular
17%. O segundo evento, em torno de 328 ºC,
assimétrica do CH3
correspondente aos picos mais intensos,
1380 Deformação angular simétrica
referente à etapa máxima de decomposição do
do CH3
amido. Para os amidos, esta etapa principal
1280, 1228 Ligações C-O-C
corresponde à eliminação de grupos
polihidroxílicos, decomposição e 980 Ligação C-C
despolimerização das cadeias. A temperatura
inicial de degradação foi de aproximadamente Os valores observados para as bandas de
268 oC. O terceiro evento, temperaturas maiores absorção dos materiais analisados mostraram-se
que 400 oC, foi referente a degradação mais similares às reportadas na literatura.
complexas. Para o PHB o teor de umidade foi 4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
zero. O primeiro evento térmico, em torno de A partir dos dados preliminares obtidos na
317 ºC correspondente aos picos mais intensos caracterização dos materiais e de uma
referem-se à etapa máxima de decomposição comparação destes com a literatura concluiu-se
dos polímeros. A temperatura inicial de que a etapa de caracterização das matérias
degradação foi em torno de 259 oC. primas é compatível com os resultados da
Um estudo prévio no TGA entre os resultados literatura. A continuação de estudos prosseguirá
das amostras puras com as blendas com a preparação e caracterização de blendas
demonstraram resultados satisfatórios. amido termoplástico/PHB e estudos de
De acordo com os resultados do DSC a aplicabilidade dos produtos obtidos.
temperatura de gelatinização encontrada para o
amido foi de 70,1 ºC com quantidade de calor 5. BIBLIOGRAFIA
envolvida no processo de 9,05 J.g-1. O PHB LAI, S.-M.; DON, T.-M.; HUANG, Y.-C.
apresenta transição vítrea de 2ºC, temperatura de Preparation and Properties of Biodegradable
cristalização de 51,8 ºC e temperatura de fusão Thermoplastic Starch/Poly(hydroxy butyrate)
de 172,2 ºC. Outras regiões que apresentam Blends. Journal of Applied Polymer Science,
evento térmico, acima de 160 ºC podem ser v.100, p. 2371–2379, 2006.
justificadas pela possível degradação das
amostras durante a análise. AGRADECIMENTOS
De acordo com os resultados do FTIR foram
CAPES, FAPESP, IQSC-USP e Laboratório de
identificados os principais grupos funcionais do
Físico-Química Orgânica.
180
THERMAL AND MORPHOLOGICAL ANALYSIS OF THE CASTOR OIL
POLYURETHANE RESINS
Graziella Trovati, Edgar Ap. Sanches, Paulo H. L. Pereira, Salvador Claro Neto e Gilberto
Orivaldo Chierice
181
CuKα radiation, 50 kV, 100 mA and equipped and in the second step there is 62% of loss mass
with a graphite monochromator. The data between 351-535°C.
collection was recorded in the range of 2θ = 5 - Already for the semirigid PU sample, which has
60o with a step of 0.02° and 5 seconds/step. the same composition of the polyol and pre-
polymer than rigid PU but with different mass
3. RESULTS AND DISCUSSION proportion, the temperature range observed in
the first step is 200 and 349°C with loss mass
Figure 1 shows FTIR spectra of three different 32% and in the second step temperature range is
349-526°C with loss mass 67%.
samples of polymers (rigid PU; semirigid PU The TG curve for soft PU shows also two step
and soft PU). The weak band found at 2312cm-1 of the thermal decomposition. In the first step
is assigned to isocyanates region. In the rigid the loss mass occurs between 201-343°C and
and semirigid PU samples the infrared shows 24% represents loss mass, the second step loss
bands more intense than soft PU, which means mass is 75% between 343-526°C.
that there is excess of the –OH and all The degree of crystallinity was determined from
isocyanates presents into the pre-polymer de XRD patterns using the Peak Fitting Module
reacting and they find urethane form. The excess (PMF) program[10]. It was determined that the
of the –OH in the trifunctional form favors rigid polyurethane has 34% of crystallinity,
crosslinking for the rigid PU sample. while semirigid polyurethane and soft
70 polyurethane are less crystalline, with 29% and
60
24% of crystallinity, respectively.
Transmitance (%)
50
4. CONCLUSIONS
40
30
We report here a detailed systematic observation
rigid of crystalline phases showing that rigid,
20 semirigid
semirigid and soft PU differs in their crystal
soft
10
4000 3500 3000 2500 2000
-1 1500 1000 500
structures. XRD pattern indicate that the rigid
wave-number (cm )
PU has largest percentage of crystallinity, which
was verified by decomposition of these peaks by
Fig. 1: Infrared Spectra of the rigid PU, PFM program.
semirigid PU and soft PU polymers.
5. REFERENCES
[1]
WEGENER, G.; Brandt, M.; Duda, L.;
Hofmann, J.; Klesczewski, B.; Koch, D. Appl.
Catal., A: Gen v.221, p.303, 2001.
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BARROS, V. M. R.; Rosa, A. L.; Beloti, M.
M.; Chierice, G. J. Biomed. Mater. Res., Part A.
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Kanda,
F.H. D.; Fernandez, H. S.; Longo, E.; Chierice,
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and PU (semirigid) polymers under N2 G. Phys. stat. sol. v.172, p.265, 1999.
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R. M. Polym. Test v.19, p.93, 2000.
[5]
NUNES, R. C. R.; Fonseca, C. L. J.; Pereira,
The thermal events such as loss mass and R. M. Polym. Test v.20, p.707, 2001.
temperature range observed in each step of the [6]
MODESTI, M.; Lorenzetti, F.; Simioni, F.;
TG curves for the polymers samples are Camino, G. Polym. Degrad. Stabil. v.77, p.195,
presented in Figure 2. According to the TG 2002.
curve is observed for the sample rigid PU two [7]
DOUNIS, V. D.; Wilkes, L.G. Polymer v.38,
steps of the thermal decomposition: in the first p.2819, 1997.
step occurs 36% loss mass between 202 -351°C [8]
Tout, R. Inst. J. Adhes v.20, p.269, 2000.
182
[9]
CLARO NETO, S. Physical and chemical Plaza, Suite 303, Northampton, MA 01060,
characterization of castor-oil derived USA.
polyurethane used in bone implants, Doctoral
Thesis, Institute of Chemistry of São Carlos,
6. ACKNOWLEDGEMENTS
University of São Paulo, São Carlos,
Brazil,1997.
[10] The authors are grateful to CAPES, CNPq and
MICROCAL ORIGIN SOFTWARE (version
FAPESP for the financial support.
7.5),OriginLab Corporation, One Roundhouse
183
EFEITO DA FORÇA IÔNICA SOBRE O ORDENAMENTO DE FILMES
AUTOMONTADOS LBL ESTUDADO PELA ESPECTROSCOPIA ÓPTICA NÃO-
LINEAR
184
inhomogêneos, apresentando pontos onde o
0,0 M de NaCl
sinal é pouco expressivo.
(PAH/PSS)/PAH
2,5 0,1 M de NaCl
1,0 M de NaCl Acreditamos que a presença de sal nos
2,0 filmes altera a densidade de carga das cadeias de
PAH
Intensidade SFG / u. a.
(PAH/PSS)2
H2O
regiões do filme, uma vez que a interação
PAH/PSS
1,5
eletrostática é a força motriz para complexação.
1,0
0,5
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
0,3
ponto 1
ponto 2
[2] H. S. Silva, T. M. Uehara, K. Bergamaski, P.
0,2 ponto 3
B. Miranda, “Molecular Ordering in Layer-by-
0,1 Layer Polyelectrolyte Films Studied by Sum-
0,0 Frequency Vibrational Spectroscopy: The
2800 2900 3000 3100
Número de onda / cm
-1
Effects of Drying Procedures”, Journal of
0,4
Nanoscience and Nanotechnology, v.8, p.3399 -
(PAH/PSS)2 C = 1,0M NaCl 3405, 2008.
Intensidade SFG / u. a.
0,3
ponto 1
0,2
ponto 2
ponto 3
[3] P. B. Miranda and Y. R. Shen, “Liquid
Interfaces: A Study by Sum-Frequency
0,1
Vibrational Spectroscopy”, Journal of Physical
0,0
2800 2900 3000 3100
Chemistry B 103, 3292-3307 (1999).
-1
Número de onda / cm
186
Tripathy, J. Kumar and H. S. Nalwa, (American
Água PAH (PAH/PSS) (PAH/PSS)/PAH (PAH/PSS)2
1,2
pH Scientific Publishers, 2002), Chapter 1.
0,6
4.0
[2] H. S. Silva, T. M. Uehara, K. Bergamaski, P.
0,0
2
B. Miranda, “Molecular Ordering in Layer-by-
1 5.5 Layer Polyelectrolyte Films Studied by Sum-
Frequency Vibrational Spectroscopy: The
Intensidade SFG / u. a.
0
2
1
7.0
Effects of Drying Procedures”, Journal of
0
2
Nanoscience and Nanotechnology, v.8, p.3399 -
1 9.0 3405, 2008.
[3] P. B. Miranda and Y. R. Shen, “Liquid
0
2
12.0 Interfaces: A Study by Sum-Frequency
Vibrational Spectroscopy”, Journal of Physical
0
3000 3300 3600 3000 3300 3600 3000 3300 3600 3000 3300 3600 3000 3300 3600
-1
Número de onda / cm
Chemistry B 103, 3292-3307 (1999).
Figura 1: Espectros SFG obtidos de filmes in [4] Q. Du, E. Freysz, Y. R. Shen, “Vibrational
situ para diversos valores de pH. Spectra of Water Molecules at Quartz/water
Interfaces”, Physical Review Letters 1994, 72,
A ausência desse sinal é indicativo de que 238-241.
as moléculas são adsorvidas em dinâmica
conformacional devido ao grau de liberdade das
cadeias em solução.[2] AGRADECIMENTOS
A variação da intensidade do campo
elétrico na interface (filme) se deve à Agradecemos ao Professor Osvaldo Novais de
dependência da densidade de carga do substrato Oliveira Jr. (Grupo de Polímeros Bernhard
(pouco carregado a baixo pH, e totalmente Gross, IFSC) pelas valiosas discussões.
carregado negativamente a pH ≥ 10 [4]), e Agradecemos o apoio financeiro da FINEP.
também dos polieletrólitos, principalmente o
PAH, que é um polieletrólito fraco. Com relação
aos filmes secos, observou-se também uma
variação na intensidade do sinal SFG.
Entretanto, notou-se um sinal considerável
proveniente das cadeias, indicando um
ordenamento preferencial à medida que a água
que hidrata as cadeias é retirada do filme.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
5. BIBLIOGRAFIA
187
AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ÉSTERES
ORGÂNICOS DERIVADOS DO ÓLEO DE MAMONA
188
´ CLX 2% ÉSTER 5. BIBLIOGRAFIA
MICROORGANISMO (CONTROLE DERIVADO
S POSITIVO) DO ÓLEO DE
MAMONA BONIFÁCIO, K.C.; LEONARDO, M.R.;
C. albicans 25,00±0,81 0,0±0,0 TANOMARU FILHO, M.; DA SILVA,
E.coli 17,50±0,57 0,0±0,0 L.A.B.; ITO, I.Y. Avaliação in vitro da
E.faecalis 31,50 ±1,29 20,00±0,81 atividade antimicrobiana de soluções
P.aeruginosa 16,25±0,95 0,0±0,0 irrigadoras em pregadas em endodontia. In:
S.aureus 28,75±0,50 19,25±0,95 Reunião da SBPqO, 16., 1999, Águas de São
S.epidermidis 29,50±1,29 14,25±0,50 Pedro. Resumos da 16ª Reunião da SBPqO,
Águas de São Pedro, p.16, resumo A042,
No teste de difusão em agar o tamanho da zona 1999
de inibição está diretamente relacionado à
solubilidade e a difusibilidade da substância ESTRELA, C.R.A Eficácia antimicrobiana de
testada (ESTRELA, 2000). Como o método não soluções irrigadoras de canais radiculares.
oferece condições de igualdade para se 2000. 88p., Dissertação (Mestrado em
comparar substâncias com solubilidade e Microbiologia)- Universidade Federal de Goiás,
difusibilidade distintas, os halos de inibição Goiânia, 2000
apresentados pelas diferentes substâncias, neste
estudo, não foram comparados entre si. Levou- FERREIRA, C.M. Evaluation of the
se em consideração apenas a inibição ou não do antimicrobial activity of three irrigants solutions
crescimento dos microorganismos testados por in teeth with pulpar necrosis. Brazilian Dental
cada uma das substâncias Journal, v.10, n.1, p. 15-21,1999
189
PREPARAÇÃO DE ELETRÓLITOS POLIMÉRICOS À BASE DE PECTINA DE
ALTO GRAU DE METOXILAÇÃO (hm)
2. EXPERIMENTAL
1. INTRODUÇÃO
Inicialmente, aqueceu-se 20 mL de água
deionizada (Milli-Q), 1,5 g de glicerol como
Desde a descoberta dos polímeros, estes plastificante e diferentes quantidades de
materiais são caracterizados como isolantes. perclorato de lítio (LiClO4) ou ácido acético
Contudo, dependendo do polímero e da sua (CH3COOH) em um béquer de 50mL sobre um
preparação e/ou transformação é possível obter agitador magnético, em torno de 65°C. As
materiais com apreciável condução eletrônica e quantidades de sal e de ácido foram variadas
também iônica, como é o caso de polímeros durante o estudo, de modo a obter um filme que
condutores e eletrólitos sólidos poliméricos fosse bom condutor iônico, possuísse aderência
(SPEs). e não fosse quebradiço. Para isso, 0,6 g de
Os SPEs reportados nos anos 70 do século XX pectina comercial do tipo GENU BRS-Z da
pelo P.V. Wright e pesquisados até hoje com CPKelco® foi adicionado à mistura do béquer,
grande interesse são os polímeros que devido sob agitação constante. Após a total dissolução
aos heteroátomos em sua estrutura podem da pectina, o conteúdo do béquer foi despejado
dissolver sais de metais mono ou divalentes em uma placa de Petri e colocado em repouso,
proporcionando a este novo material a para que a água evaporasse. Após 48 horas em
propriedade de condução iônica. O exemplo repouso, a amostra foi colocada em estufa a
clássico deste tipo de material é o poli(óxido de 40°C por mais 48 horas para completar a
etileno). evaporação da água restante resultando em
A pectina é um polímero natural que ocorre em filmes maleáveis e transparentes de espessura
plantas terrestres e é abundante em vegetais e em torno de 22 µm. na seqüência os filmes
frutas cítricas, geralmente é adicionada aos foram submetidos as medidas de condutividade
produtos alimentícios. iônica utilizando um analisador de impedância
Quimicamente, a pectina é um polímero Solartron modelo 1260, acoplado a um
heterogêneo. Estruturalmente, as moléculas de
micro-computador, nas freqüências de 1Hz a
pectina são constituídas de uma cadeia principal
linear de unidades repetidas de (1→4)-α-D-
32MHz com amplitude de 5mV. As medidas
ácido galacturônico, sendo que parte destas foram realizadas a vácuo, e a diferentes
unidades apresenta-se esterificada, com grupos temperaturas (de ambiente até 80°C). O
metílicos (Figura 1), formando o ácido aquecimento da célula foi realizado com o
poligalacturônico que pode ser esterificado e auxílio de um forno EDG %P, equipado
apresentar tanto metoxilação como grupos livres com um termopar alocado ao lado da
de ácidos. amostra para permitir a leitura direta da
temperatura do sistema.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
190
VTF, onde a condutividade iônica é devida ao Os filmes SPEs apresentaram boas propriedades
movimento das cadeias poliméricas. de condução iônica, sendo os filmes com LiClO4
melhores quando comparados com os filmes
- 3 - 1
1 0 / T ( K )
5. BIBLIOGRAFIA
Fig. 2: Gráfico da condutividade iônica dos
filmes SPEs a base de pectina com diferentes GENU® pectin Book, CPKelco, U. S., 2005.
concentrações de CH3COOH. RAPHAEL, Ellen. Eletrólitos Sólidos
Poliméricos a Base de Amidos de
Os valores das condutividades iônicas em Mandioca: Nativo, Acetilado e Oxidado –
função da temperatura para as amostras Acetilado. 2004. 110 f. Tese (Mestrado em
contendo sal de lítio são mostradas na Figura 3. Química) – Instituto de Química de São
Desta figura pode ser observado um aumento da Carlos, Universidade de São Paulo, São
condutividade com o aumento da quantidade de Carlos, 2004.
sal na amostra sendo o melhor valor de 10-4 WRIGHT, P. V. Electrical conductivity in ionic complexes
S/cm na temperatura ambiente para o filme com of poly (ethylene oxide). British Polymer Journal, v.
maior quantidade de sal, [O]/[Li]=10. Todas as
7, p. 319 - 327, 1975
amostras apresentam um aumento de
condutividade iônica com a temperatura, sendo MACHADO, Gilmara De Oliveira. Preparação e
que as amostras com sal de lítio atingiram caracterização de eletrólitos sólidos
valores de 10-3 S/cm à 80ºC. Também estas poliméricos a partir dos derivados de
amostras apresentaram valores de condutividade celulose - hidroxietilcelulose e
iônica uma ordem de grandeza maiores quando hidroxipropilcelulose. 2004. 127 f. Tese
comparadas com as amostras com ácido acético. (Doutorado em Ciências e Engenharia de
Materiais) – Área Interunidades em
1 0 / T ( K )
AGRADECIMENTOS
CP Kelco e CCDM.
4. CONCLUSÕES
191
COMPORTAMENTO TÉRMICO E MECÂNICO DE UM POLIURETANO COM
POSSIBILIDADES DE APLICAÇÕES NA ÁREA MÉDICA
Paulo H. Leuteviler Pereira, Graziela Trovati, Salvador Claro Neto, Gilberto O. Chierice
Instituto de Química de São Carlos – Universidade de São Paulo
pauloleuteviler@iqsc.usp.br
192
8
120
100
6
Força (N)
80
Massa (%)
4
60
40
2
20
0
0 0 20 40 60 80 100
0 100 200 300 400 500 600 700
Deformação (mm)
Temperatura (°C)
0.8
não compromete seu uso como biomaterial
Flex Storage Modulus (GPa)
1.0 0.10
[ – – – – ] Tan Delta
0.6
apresentando um comportamento de elastômero.
0.8 0.08
0.6
0.4
0.06 6. BIBLIOGRAFIA
0.4 0.04
AGRADECIMENTOS
CAPES, FAPESP
193
OUTROS
194
RELAXOMETRIA DE 1H POR RMN APLICADA AO ESTUDO DE MEIOS
POROSOS
André A. Souza1, Roberta Del Colle2, Rodrigo B. V. Azeredo3, Sérgio R. Fontes2 e Tito J.
Bonagamba1
1
Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, 2Escola de
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, 3Instituto de Química,
Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ
andresouza@ursa.ifsc.usp.br
diferentes quantidades de ruído presentes no
sinal, uma única solução pode sempre ser
1. INTRODUÇÃO predita.
A dependência do tamanho do poro com os
tempos de relaxação baseia-se no fato de que um
Relaxometria se define como o estudo dos fluido, quando confinado em um poro, sofre um
processos de relaxação de um sistema aumento em suas taxas de relaxação, dadas por1:
previamente perturbado, caracterizados por
1 1 1 1 1 1 1
constantes de tempo intrínsecas, e cuja variação = + + e = + (4)
está intimamente ligada aos processos físico- T2 T2 S T2 D T2 B T1 T1S T1B
químicos atuantes nesse sistema. Em
Ressonância Magnética Nuclear, esses tempos nas quais D se refere à relaxação devido à
de relaxação são chamados de tempos de difusão dos núcleos em gradientes internos de
relaxação transversal e longitudinal, campo magnético, S à relaxação devido à
simbolizados por T2 e T1, respectivamente, e superfície do poro e B à relaxação no “bulk” do
estão relacionados à resposta do sistema de poro, ou seja, aquela devida à interação spin-
spins através das seguintes equações: spin entre os hidrogênios do fluido saturante.
−t −t Assim, a correta interpretação dos espectros de
M xy (t ) = M 0 e T2 e M z (t ) = M 0 (1 − 2e T1 ) (1) relaxação, e sua conversão para diâmetro (ou
Para um sistema multicomponente, como é o raio) de poros, depende do conhecimento dos
caso de meios porosos, a distribuição de fenômenos atuantes ao longo da distribuição dos
tamanhos de poros implica numa distribuição de tempos de relaxação. Neste contexto, um estudo
tempos de relaxação, resultante da soma dos da correlação entre os tempos de relaxação T1 e
decaimentos de cada componente: T2, feito através de um experimento bi-
T2 máx . −t
dimensional, vêm sendo aplicado com sucesso
M xy (t ) = ∫ e T2
f (T2 )dT2 (2)
T2 mín . em distribuições complexas de tempos de
T1máx . −t relaxação2. O sinal de RMN, neste caso,
M z (t ) = ∫ (1 − 2e T1
) f (T1 )dT1 (3)
T1 mín. obedece a seguinte equação:
Como se percebe analisando as equações acima, −t −t
M (t ) = ∫∫ e T2
(1 − 2e T1
) f (T1 , T2 )dT1dT2 (5)
o sinal de RMN medido representa a
Transformada de Laplace de uma função cuja solução permite estabelecer a relação entre
desconhecida, f (T1, 2 ) , que é a distribuição as componentes moduladas por diferentes
fenômenos, tais como difusão (presente somente
procurada. O procedimento de se resolver as eq. no fenômeno de relaxação transversal) e
(2) e (3) forma a base do chamado “problema relaxação superficial (presente em ambos os
mal-posto”, o que significa que uma pequena fenômenos de relaxação).
mudança em M (t ) pode acarretar uma grande Estas técnicas foram utilizadas, de forma ainda
mudança em f (T1, 2 ) . O cálculo e a preliminar, para o estudo de filtros cerâmicos de
estabilização da solução consistem em se efetuar água.
a Transformada Inversa de Laplace de M (t ) ,
2. EXPERIMENTAL
valendo-se de métodos matemáticos de
regularização. Dessa maneira, mesmo para
195
A determinação de T1 foi feita através da técnica
IR (Inversão-Recuperação), e a de T2 através da
técnica CPMG (Carr-Purcell-Meiboon-Gill),
mostradas nas fig. 1(a) e 1(b), respectivamente.
Os espectros foram obtidos utilizando o
algoritmo de inversão CONTIN, disponível na
internet em linguagem Fortran. A seqüência 2D
T1-T2, a ser implementada, está mostrada na fig.
1(c), a qual consiste de um bloco IR seguida de Fig. 2: Distribuições dos tempos de relaxação
detecção no bloco CPMG. T1 e T2 da amostra de cerâmica.
196
Dimensional Laplace Inversion. Journal of
Magnetic Resonance, v.154, p. 261-268, 2002.
AGRADECIMENTOS
À CAPES, FAPESP, FINEP e Petrobrás pelo
apoio financeiro.
197
PROPRIEDADES OPTO-ELETRÔNICAS DE FILMES DE ALN DOPADOS COM Cr
198
A concentração de Cr e os tratamentos térmicos
influenciam não apenas a transmissão óptica dos
filmes mas, principalmente, o sinal de foto-
luminescência destes. Quando inseridos em uma
matriz rica em nitrogênio (como no caso dos
filmes de AlN sem qualquer tratamento ou
tratados a temperaturas relativamente baixas) os
íons Cr3+ apresentam emissão em ~ 685 nm. A 5
realização de tratamentos térmicos a altas µm
temperaturas, sob uma atmosfera de oxigênio,
favorece a formação de ligações Al–O, Fig. 3: Imagem de foto-luminescência,
induzindo o aparecimento de micro-estruturas ilustrando regiões que emitem em ~ 693 nm,
cuja emissão luminosa ocorre em ~ 693 nm. devido aos íons Cr3+ presentes em micro-
Tais resultados, juntamente com uma micro- cristais de rubi.
fotografia estão apresentados na Fig. 2.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
Micro-cristais de rubi (Al2O3 dopado com Cr3+)
1.0 foram produzidos a partir de filmes de AlN
8 µm contendo Cr e tratados termicamente até 1050
ºC. Tanto a concentração de Cr quanto a
Intensidade (unid. arb.)
0.8
0.0 5. BIBLIOGRAFIA
670 680 690 700 710 720
199
CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DE PALHAS DE MILHO
200
[1] N. Reddy,Y. Yang, Properties and potential
applications of natural cellulose fibers from
cornhusks. Green Chem., 2005, 7, 190.
[2] N. Reddy,Y. Yang. Biofibers from
agricultural byproducts for industrial
applications. TRENDS
in Biotechnology Vol.23 No.1 January 2005.
AGRADECIMENTOS
201
ESTUDO BACTERCIDA DOS PÓS DE TiO2 MODIFICADO COM PRATA
202
predominância da fase anatase com alta
cristalinidade, demonstrando alta eficiência
bactericida frente a Pseudomonas sp, com total
esterilização com apenas 15 min de contato,
mesmo sob ausência de luz.
a) Interesse tecnológico: Aplicações na área de
química ambiental e industrial, com potencial
interesse para descontaminação de águas e
aplicações de artigos de prevenção de saúde,
mediante a combinação de íons oxigênio
negativamente carregados ou radicalar.
b) 5. BIBLIOGRAFIA
Fig. 1: DRX após calcinação a: a)450 e
b)900°C.
SHCHUKIN, D.; Ustinovich, E.; Sviridov, D.;
As isotermas de adsorsão/desorção de N2 a Pichat, P. Photochem. Photobiol. Sci.,
77K mostram que a elevação de temperatura de 2004, 3, 142.
250°C para 450°C leva à redução da porosidade CHAO, H. E.; Yun, Y. U.; Xingfang, H. U.;
e área superficial, com maior redução para a Larbot, A. J. Eur. Ceram. Soc., 2003, 23,
amostra TiO2. A 900°C, ambas apresentaram 1457.
porosidade e área superficial desprezível. A BORZANI, W. Revista de Graduação da
conseqüência destas características estruturais e Engenharia Química, Ano VI No. 11 Jan-
morfológicas na atividade antibacteriana frente à Jun 2003.
inativação da bactéria Pseudomonas sp é KAWASHITA, M., Tsuneyama, S., Miyaji, F.,
mostrada na Tabela 1, onde estão compilados os Kuzuka, H.; Yamamoto, K., Biomaterials,
dados da amostra Ag/TiO2 em função do tempo, 2000, 21, 393.
que se mostrou muito superior à amostra TiO2
em todas as condições. AGRADECIMENTOS
Observa-se uma redução no número de unidade
formadora de colônia (UFC) para todas as Os autores agradecem a FAPEMA, FAPESP e o
amostras; mesmo na ausência de luz, porém, na CNPq pelo apoio financeiro.
presença da amostra calcinada a 450ºC o valor
da UFC é zero a partir de 15min.
Conclusivamente, a eficiência bactericida está
associada à presença da prata em um material
com predominância da fase anatase com alta
cristalinidade, pois na ausência da prata ou desta
fase os valores de UFC se mostram muito
superiores ao apresentados na Tabela 1.
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
203
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E TEXTURAL DE FERRRITAS DE
MANGANÊS E ZINCO SINTETIZADAS PELO MÉTODO DOS PRECURSORES
POLIMÉRICOS
204
700 66 - 0,32
(Zn0.5Mn0.5)(Fe1.75 de fases entre o espinélio invertido e a estrutura
Mn0.25)O4
normal e permanece no pó até que este seja
900 72 - 0,17
(Zn0.33Mn0.67)(Fe1.7 tratado a 1100 °C. O aumento da temperatura de
9Mn0.21)O4
calcinação leva à formação de um material com
(Zn0.23Mn0.70Fe0.07) elevada cristalinidade e reduzida área
1100 100 0,07 0,15
(Fe1.86Mn0.14)O4
superficial. Porém, nas amostras sem hematita,
*Percentual de ferrita na amostra ocorre um aumento no tamanho médio dos
poros.
** Grau de inversão referente à fórmula
(Zn0.23Mn(δ-0.23)Fe1-δ)Tetra(Fe1+δMn1-δ)OctaO4 A caracterização magnética das
amostras será capaz de explicitar de forma mais
*** Largura à meia altura do pico centrado concisa a influência das fases encontradas ao
em 35,25° longo do processo de síntese.
A Caracterização textural por adsorção
de N2 à 77K mostrou que todas as amostras 5. BIBLIOGRAFIA
apresentaram isotermas de adsorção
características de materiais não porosos ou com [1] DIAS, J. C.; MARTIN I. M.; NOHARA,
poros no intervalo de mesoporos (2,5 a 100 nm) E. L.; REZENDE, M. C. Refletividade
ou macroporos (diâmetro superior a 50nm). As de Fótons Microondas por Tintas
histereses verificadas para todos os pós se
Poliuretânicas Aditadas com Ferritas
assemelham ao modelo característico de
materiais com poros regulares, de formato de NiZn e MnZn. Revista de Física
cilíndrico e/ou poliédrico com extremidades Aplicada e Instrumentação v. 18, n. 1,
abertas. Nota-se que o aumento da temperatura 2005.
de calcinação levou à redução da área superficial [2] PANKHURST, Q. A.; CONNOLLY, J.;
bem como do volume total de poros. As JONES, S. K.; DOBSON, J.
amostras cuja presença de hematita é Applications of magnetic nanoparticles
considerável apresentaram redução no diâmetro in biomedicine. J. Phys. D: Appl. Phys.
médio de poros com o aumento da temperatura v.36 p.167–181, 2003.
de calcinação. Para as amostras nas quais a fase [3] MILLER, J. S.; DRILLON, M.
ferrita se encontra predominantemente pura o Magnetism: Molecules to Materials III.
aumento da temperatura da calcinação acarretou 1.ed. Federal Republic of Germany:
no aumento do diâmetro médio de poros. Wiley, 2002. 384p.
Tabela 3.2. Dados obtidos na análise textural [4] PECHINI, M. P. . U.S. Patent # 3.330.697,
por adsorção de N2 à 77K July 11, 1967
Temperatura Área
Volume Diâmetro AGRADECIMENTOS
total de médio dos
de calcinação Superficial
poro (m3/g poros
(C°) (m2/g) Agradecemos ao CNPQ pela bolsa concedida.
de pó) (nm)*
4. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS
205
206