Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Diretor
Leonel González Postigo
Coordenadora
Paula R. Ballesteros
Autores
Álvaro Roberto Antanavicius Fernandes Leonardo Augusto Marinho Marques
André Machado Maya Leonardo Costa de Paula
Andréa De Boni Nottingham Leonardo Marques Vilela
Antonio Pedro Melchior Leonel González Postigo © 2017 Centro de Estudios de Justicia de las Américas, CEJA
Rodo 1950 Providencia
Aury Lopes Jr. Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho
Santiago, Chile
Caíque Ribeiro Galícia Márcio Soares Berclaz Tel.: 56 2 22742933
Camilin Marcie de Poli Marco Aurélio Nunes da Silveira www.cejamericas.org
Édson Luís Baldan Nereu José Giacomolli
Fauzi Hassan Choukr Equipe editorial:
Nestor Eduardo Araruna Santiago
Lorena Espinosa (Coordenadora de edição)
Fernanda Ravazzano L. Baqueiro Rodrigo Faucz Pereira e Silva Paula R. Ballesteros
Fernando Laércio Alves da Silva Romulo de Andrade Moreira
Flaviane de Magalhães Barros Ruiz Ritter +LZHÄHUKVH0UX\PZPsqV!0KLPHZLWYVWVZ[HZWHYHH9LMVYTH7YVJLZZ\HS7LUHSUV)YHZPS
Giovani Frazão Della Villa 9LNPZ[YV7YVWYPLKHKL0U[LSLJ[\HS!(
Thaize de Carvalho Correia
0:)5!
Jacinto Nelson de Miranda Coutinho Thiago M. Minagé
José de Assis Santiago Neto Vinícius Diniz Monteiro de Barros Desenho de capa:
Lália Terra Vieira da Silva Vinicius Gomes de Vasconcellos Fanny Romero
Leandro Gornicki Nunes
Desenho e impressão:
4P[V0TWYLZVYLZ
Salvador Gutiérrez 4355, Quinta Normal
www.mitoimpresores.cl
+,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
(ZZPZ[vUJPHQ\YxKPJHPU[LNYHSLNYH[\P[HLKPYLP[VKLKLMLZH!
HL_WLYPvUJPHKH+LMLUZVYPH7ISPJHKH<UPqVUV)YHZPS
Vinícius Diniz Monteiro de Barros.................................................147
Apresentação .................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
SISTEMA POR AUDIÊNCIAS, RECURSOS E ORALIDADE .............165
INTRODUÇÃO ............................................................................. 13
O esvaziamento do direito ao recurso na prática brasileira:
devido processo penal na América Latina e respeito à
)HZLZKHYLMVYTHWYVJLZZ\HSWLUHSUV)YHZPS!
oralidade e à publicidade no juízo recursal
lições a partir da experiência na América Latina
Caíque Ribeiro Galícia
Leonel González Postigo ............................................................... 15
Vinicius Gomes de Vasconcellos ...................................................167
5 6
6+,=0+6796*,::63,.(3,605+,=0+6796*,::67,5(3)9(:03,096BD +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
6WHWLSKVQ\PaUVZPZ[LTHHJ\ZH[}YPVHI\ZJHWLSH (H\KPvUJPHKLJ\Z[}KPHUV)YHZPSLHH\KPvUJPHKL
"verdade real" e o ativismo judicial: uma análise controle de detenção no Chile: um estudo comparado..................443
KVZHY[PNVZLKV7YVQL[VLT Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho
comparação com a realidade dos tribunais Lália Terra Vieira da Silva ...............................................................443
Fernanda Ravazzano L. Baqueiro ..................................................327
Aprisionamento preventivo no Brasil, alternativas
(H[\HsqVKVQ\PaUVJVU[YHKP[}YPVKPUoTPJV! [PWPÄJHKHZLWYVWVZ[HZWHYH\THM\[\YHYLMVYTH
uma análise comparativa entre o sistema processual penal KV*}KPNVKL7YVJLZZV7LUHSIYHZPSLPYV
adversarial chileno e o modelo constitucional de Nereu José Giacomolli ..................................................................465
processo brasileiro
Flaviane de Magalhães Barros 7YPZqVWYL]LU[P]HUVWYVQL[VKV*}KPNVKL7YVJLZZV7LUHS!
Leonardo Augusto Marinho Marques ............................................347 WLYZWLJ[P]HZZVIYLHÄ_HsqVKVWYHaVSLNHS
Andréa De Boni Nottingham
6Q\PaJVTVZ\QLP[VWYVJLZZ\HSUVZPZ[LTHHJ\ZH[}YPV Nestor Eduardo Araruna Santiago .................................................479
Leonardo Marques Vilela ..............................................................361
A necessidade de um procedimento cautelar
WY}WYPVWHYHPTWVZPsqVKLWYPZqVWYL]LU[P]H
CAPÍTULO 4 Thiago M. Minagé ........................................................................495
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ........................................................369
7
+,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
7HY[LZLKVWYLZZ\WVZ[VKLX\LVWYVJLZZVtVTLPVWLSVX\HSKL[LY
TPUHKH ZP[\HsqV Mm[PJH HWVY[H WVY TLPV KL WYV]HZ V JVUOLJPTLU[V
96
4LZ[YHUKV LT +PYLP[V KV ,Z[HKV 77.+<-79" W}ZNYHK\HKV LT +PYLP[V *P]PS L
ULJLZZmYPV H X\LT ,Z[HKV KL]L Q\SNHY [HS ZP[\HsqV=HSL JP[HY H M}Y
7YVJLZZV *P]PS" W}ZNYHK\HKV LT +PYLP[V *VU[LTWVYoULV" IHJOHYLS LT +PYLP[V" mula do glosador Búlgaro, que diz que: “processo é um ato de três
advogado.
115 116
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
WLZZVHZ! Q\Pa H\[VY L Yt\¹ 7VY[HU[V ZL H ÄUHSPKHKL KV WYVJLZZV t É certo que a sistematização das estruturas processuais tem condão
[YHaLYS\anX\PSVX\LZLKL]LQ\SNHY[LTZLV\[YHX\LZ[qVHKLÄUPYH de tentar alcançar a totalidade, ou seja, de produzir um conhecimen
ZHILY!JVTVVX\LZLYmQ\SNHKVWLSV,Z[HKV1\PaKL]LJOLNHYHVWYV [VJPLU[xÄJVX\LKvJVU[HKHX\PSVX\LtL_PZ[LU[LUHYLHSPKHKL,WVY
JLZZVV\ZLQHX\LTQ\Pa"H\[VY"Yt\[LTVKL]LYKL[YHaLYVJVUOL PZZV t X\L UqV Om \TH LZ[Y\[\YH W\YH L KL]LZL KPaLY X\L H TPZZqV
cimento ao processo. de trazer o conhecimento ao processo é sempre primordialmente de
terminada –às partes ou ao juiz97 *VT PZZV WVKLZL [LY \T ZPZ[LTH
+PHU[L KVZ Z\QLP[VZ KH JP[HKH M}YT\SH H TPZZqV KL [YHaLY V JVUOL HJ\ZH[}YPV WYPUJxWPV KPZWVZP[P]V V\ \T ZPZ[LTH PUX\PZP[}YPV WYPU
cimento ao processo pode ser: de um apenas V\ Q\Pa" V\ H\[VY" V\ JxWPV PUX\PZP[P]V L HZ YLNYHZ KL WYVJLZZV WVKLT YLSHJPVUHYZL JVT
Yt\" de dois sujeitos V\ Q\Pa L H\[VY" V\ Q\Pa L Yt\" V\ H\[VY L Yt\" um ou o outro, a depender de qual princípio reitor do sistema vai lhe
ou dos três sujeitos (juiz, autor e réu). M\UKHTLU[HY
*VUZPKLYHUKVX\LVZZ\QLP[VZH\[VYLYt\LZ[qVKLHSN\THMVYTHYL :VTHUKVZLnHYX\P[L[UPJHZPZ[LTm[PJHRHU[PHUHWHYH[LU[HYJVTWYL
SHJPVUHKVZ JVT H ZP[\HsqV Mm[PJH YLZ[H KPaLY X\L V Z\QLP[V Q\Pa KL]L ender de maneira racional a estrutura que se desenvolve no processo,
estar numa posição de imparcialidade, ou seja, deve estar equidistan HWYV_PTHTVZHZPKLPHZKL2HU[HVZLZ[\KVZZVJPVS}NPJVZKL4H_>L
[LKVZV\[YVZKVPZZ\QLP[VZKLMVYTHHUqVJVTWYVTL[LYVQ\SNHTLU[V ILY LT LZWLJPHS n JVUZ[Y\sqV TL[VKVS}NPJH KL ¸[PWV PKLHS¹ 9PUNLY
(Coutinho, 2001). Ora, se o juiz deve estar numa posição de impar WmN +L HJVYKV JVT -YP[a 9PUNLY ¸LZZH ºJVUZ[Y\sqV» [LT
JPHSPKHKLLZLHLSLMVYWLYTP[PKV[YHaLYJVUOLJPTLU[VJVTVWYV]H JHYm[LY º\[}WPJV» UH TLKPKH LT X\L t VI[PKH ºL_HNLYHUKVZL» JVU
KH ZP[\HsqV Mm[PJH HV WYVJLZZV PZZV WVKL JVTWYVTL[LY Z\H WVZPsqV ceitualmente certos aspectos da realidade. Ali onde suspeitamos a
KLLX\PKPZ[oUJPH WYLZLUsH LTWxYPJH KL YLSHsLZ ZLTLSOHU[LZ nZ LUMH[PaHKHZ UV º[PWV
PKLHS» V º[PWV» WVKL HQ\KHYUVZ H ºJVTWYLLUKLY» L H ºYL[YH[HY» LZZHZ
Assim, não resta alternativa senão a de ater às partes o dever de trazer JVUL_LZ¹9PUNLYWmNZ
HVWYVJLZZVVJVUOLJPTLU[VKVZMH[VZ6\ZLQHKHZ[YvZWVZZPIPSPKH
des elencadas acima, resta dizer que a missão de trazer as provas ao :LN\UKVL_WL>LILY¸WHYHHJVUZPKLYHsqVJPLU[xÄJHX\LZLVJ\WH
processo é: ou do autor, ou do réu –ainda que possa ser conjunta com a construção de tipos, todas as conexões de sentido irracionais
mente do autor e do réu. KVJVTWVY[HTLU[VHML[P]HTLU[LJVUKPJPVUHKHZLX\LPUÅ\LTZVIYLH
HsqVZqVPU]LZ[PNHKHZLL_WVZ[HZKLTHULPYHTHPZJSHYHJVTVºKLZ
Em análise dos modelos de estrutura processual penal, na prática, po ]PVZ»KL\TJ\YZVJVUZ[Y\xKVKLZZHHsqVUVX\HSLSHtVYPLU[HKHKL
KLZL WLYJLILY X\L Om [HU[V LZ[Y\[\YHZ KL WYVJLZZV X\L JVUJLKLT V THULPYHW\YHTLU[LYHJPVUHSWLSVZL\ÄT¹>LILY WmN6\
WVKLYKL]LYKL[YHaLYVJVUOLJPTLU[VWYPTVYKPHSTLU[LHVQ\PaX\HU seja, por mais que se construa um “tipo ideal”, que é orientado para
to estruturas que atribuem primordialmente a missão ao autor e réu. \TÄTLZWLJxÄJVOmX\LZL[LYLTJVU[HX\LOH]LYmKLZ]PVZ(ZZPT
VZ ZPZ[LTHZ HJ\ZH[}YPV L PUX\PZP[}YPV [VTHKVZ HIZ[YH[HTLU[L ZqV [P
*VTPZZVWVKLZLHÄYTHYX\LIHZPJHTLU[LOmKVPZ[PWVZKLLZ[Y\[\ WVZPKLHPZX\LZVMYLYqVKLZ]PVZKL\TWVU[VWHYHVV\[YV
YHZKLWYVJLZZV!\THX\LLUJHYYLNHHVQ\PaHÄUHSPKHKLKVWYVJLZZV
LV\[YHX\LPTWLHVH\[VYLHVYt\HÄUHSPKHKL:LHÄUHSPKHKLtH
TLZTH [YHaLY HV WYVJLZZV V JVUOLJPTLU[V KH ZP[\HsqV Mm[PJH THZ
há basicamente dois modelos de estrutura de processo, resta saber
como demonstrar estas duas estruturas diante da disciplina do direito 97
Quer dizer que, mesmo numa estrutura que estabeleça às partes a missão de trazer
HZWYV]HZHVWYVJLZZVHPUKHHX\PVQ\PaWVKLZLTHUPMLZ[HYZVIYLLZZHWYV]H7VY
processual. exemplo, uma das partes intima uma testemunha para ser ouvida em juízo, e neste
JHZVVQ\PaWVKLMHaLYWLYN\U[HZnWHY[LZVIYLHZP[\HsqVMm[PJHZLTJVTWYVTL[LY
Nesse sentido, o sistema processual penal pode ter por princípio Z\H PTWHYJPHSPKHKL 6 MH[V KL V Q\Pa WVKLY PU[PTHY \TH [LZ[LT\UOH YLTL[LYPH H
reitor o princípio dispositivo X\HUKV nZ WHY[LZ MVY KHKH H TPZZqV KL estrutura de processo a outra categoria de sistema, em que a missão de trazer as
provas ao processo é do juiz. Outro exemplo ainda, seria o caso de um documento
trazer as provas ao processo, ou um princípio inquisitivo, quando a trazido ao processo por uma das partes, em que o juiz poderia interpretar tal
TPZZqVKL[YHaLYHZWYV]HZHVWYVJLZZVMVYKVQ\Pa7VSP KVJ\TLU[V KL MVYTH KPMLYLU[L KV X\L HZ WHY[LZ WLUZHT THZ UqV WVKLYPH V Q\Pa
[YHaLYHVWYVJLZZV\TKVJ\TLU[VWHYHKLWVPZM\UKHTLU[HYZ\HKLJPZqVZVIYLLSL
117
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
A metodologia de Weber pode ajudar a entender justamente estes pode ajudar a compreender os desvios e causas que distanciam os
desvios, pois para que as palavras acusatório e inquisitório exprimam ZPZ[LTHZKHÄUHSPKHKLWYLLZ[HILSLJPKH
algo unívoco desde a Sociologia, se
A par da sistemática de objetivo totalizante à disciplina processual
KL]LKLSPULHY[PWVZ»W\YVZ»PKLHPZKLZZHZJVUÄN\YHsLZVZX\HPZ WLUHS[LTZLJVTVWVU[VM\UKHTLU[HSKLKLZLU]VS]PTLU[VKHKPZJP
mostram em si a unidade consequente de uma adequação de plina uma trilogia estrutural de institutos: jurisdição, ação e processo.
sentido mais plena possível, mas que, precisamente por isso, tal A palavra trilogia, além de querer dizer que são três, diz também que
]LaZLQHT[qVWV\JVMYLX\LU[LZUHYLHSPKHKLX\HU[V\THYLHsqV são logicamente ligados à estrutura totalizante sistematizada e dela
MxZPJH JHSJ\SHKH ZVI V WYLZZ\WVZ[V KL \T LZWHsV HIZVS\[HTLU[L decorrentes, ou seja, cada um dos institutos decorre de cada um dos
vazio (Weber, 2009, pág. 12). “tipos ideais” de sistema processual.
+LZ[HMVYTHVJYP[tYPVKLNLZ[qVKHWYV]HUVWYVJLZZVZLY]LKLKPML <T KVZ NYHUKLZ YLZWVUZm]LPZ WLSV KLZLU]VS]PTLU[V KH KPZJPWSPUH
rencial dos dois “tipos ideais” de sistema processual que se pretende WYVJLZZ\HSMVP.P\ZLWWL*OPV]LUKHH\[VYP[HSPHUVSPNHKVKLJLY[HMVY
VWLYHYX\HSZLQHKL\TZPZ[LTHHJ\ZH[}YPVX\L[LTWVYIHZLVWYPUJx ma aos pandectistas, que teve diversos seguidores de seus pensamen
WPVKPZWVZP[P]VLVZPZ[LTHPUX\PZP[}YPVX\L[LTWVYIHZLVWYPUJxWPV tos, na grande maioria relacionados ao processo civil. No Brasil, uma
inquisitivo. NYHUKL LZJVSH KL WYVJLZZV MVP MLJ\UKHKH WVY ,UYPJV;\SSPV 3PLITHU
jurista italiano que estudou com Chiovenda, e por conta da Segunda
7VKLZL WYVWVY V ZLN\PU[L X\HKYV JVTWHYH[P]V LU[YL VZ [PWVZ PKLHPZ Guerra Mundial veio à América do Sul e se instalou na cátedra de
de sistema processual: 7YVJLZZV *P]PS KH <UP]LYZPKHKL KL :qV 7H\SV *VUOLJLKVY KHZ KP]LY
ZHZJVYYLU[LZ[L}YPJHZKVWYVJLZZVUH0[mSPHPUÅ\LUJPV\KP]LYZVZH\[V
YLZIYHZPSLPYVZ.YPUV]LY
Critério de
:PZ[LTH(J\ZH[}YPV :PZ[LTH0UX\PZP[}YPV
KPMLYLUJPHsqV +LZ[H LZJVSH WH\SPZ[H KL WYVJLZZV JVTV LZMVYsV UH [LU[H[P]H KL
7YPUJxWPVYLP[VY Dispositivo 0UX\PZP[P]V se criar uma teoria geral que comportasse todo o processo, Cintra,
\UPÄJHKVY Dinamarco e Grinover lançam sua renomada obra: Teoria Geral do
Relação entre sujeitos 0N\HSKHKLLU[YLWHY[LZ" Juiz investiga, Processo, que em 2015 teve a sua 31ª edição. Desta obra dispersam
Juiz é árbitro, sem dirige, acusa, julga, KP]LYZHZV\[YHZHWVPHUKVZLUVZTLZTVZM\UKHTLU[VZV\JYP[PJHUKVH
PUPJPH[P]HWYVIH[}YPH em posição de veementemente.
Z\WLYPVYPKHKLMHJLnZ
partes A base da construção da teoria geral do processo parte das ideias de
Ação Disponível apenas às 0UPJPH[P]HL_VMÄJPV Francesco Carnelutti, que motivou e ensaiou uma base para uma te
partes VYPHNLYHS*HYULS\[[PM\UKV\[VKHHZ\HLZ[Y\[\YH[L}YPJHUVJVUJLP[V
Jurisdição (ZZLTISLPH" Magistrados e juízes KL SPKL ¸JVUÅP[V KL PU[LYLZZLZ X\HSPÄJHKV WVY \TH WYL[LUZqV YLZPZ
1\YHKVZWVW\SHYLZ" permanentes [PKH V\ PUZH[PZMLP[H¹ *HYULS\[[P BYLPTWYLZZqV D WmN
Julgamento pelos pares JVTVZLMVZZLH¸PKLPHUPJH¹V¸WYPUJxWPV\UPÄJHKVY¹KH[LVYPHNLYHS
Processo (princípios Oral Escrito do processo.
que se ligam ao Público Secreto
WYPUJxWPVVU[VS}NPJV *VU[YHKP[}YPV 5qVJVU[YHKP[}YPV Até a 6ª edição da obra de Cintra, Dinamarco e Grinover, eles tinham
Prova Livre convicção 3LNHSTLU[L[HYPMHKH expresso que a lide era o centro da disciplina do direito processual. A
Fonte: Barreiros, 1981, pág. 12. partir da 7ª edição, reconhecem que nem sempre a lide é presente na
H[\HsqVQ\YPZKPJPVUHSTHZUqV[YHaLTUV]VZM\UKHTLU[VZX\LMVZZLT
aptos a reconstruir toda a teoria desenvolvida até então. Como se pu
(ZZPTHZPZ[LTm[PJHRHU[PHUHJ\TWYLVWHWLSKLKHYJ\UOVJPLU[xÄJV dessem retirar todo o alicerce de uma construção sem abalar toda a
à disciplina processual e, ao lado disso, a metodologia weberiana sua estrutura.
119 120
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
6[LYTV¸HK]LYZHYPHS¹WVY]LaLZt\[PSPaHKVJVTVZPUUPTVKL¸HJ\ZH[}YPV¹
121 122
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
99
*VUZ[P[\PsqV KH 9LWISPJH -LKLYH[P]H KV )YHZPS!(Y[PNV ¢ :qV 7VKLYLZ KH <UPqV
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 101
(Q\YPZKPsqVH[\HJVTIHZLU\TMLP_LKLWYPUJxWPVZX\LZLPU[LYYLSHJPVUHTKLU[YL
100
:HILZLX\LJHKH\THKHZWHSH]YHZHX\PL_WYLZZHZ,Z[HKV+LTVJYm[PJVL+PYLP[V LSLZ!PTWHYJPHSPKHKL"Q\PaUH[\YHSLJVTWL[LU[L"PUKLJSPUHIPSPKHKL"PUKLSLNHIPSPKH
JVTWVY[H\TT\UKVKLZPNUPÄJHU[LZLWVY\TYLJVY[LTL[VKVS}NPJVUqVPYLTVZ KL"PTWYVYYVNHIPSPKHKL"PUtYJPH
adentrar na discussão de tais temas neste breve ensaio. 102
O princípio da demanda por sua vez decorre do princípio dispositivo.
123 124
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
0= WYVTV]LY H HsqV KL PUJVUZ[P[\JPVUHSPKHKL V\ YLWYLZLU[H Entretanto, se não pode deixar de perceber que determinadas situa
sqV WHYH ÄUZ KL PU[LY]LUsqV KH <UPqV L KVZ ,Z[HKVZ UVZ ções da vida, sobretudo em relação aos direitos materiais indisponí
JHZVZWYL]PZ[VZULZ[H*VUZ[P[\PsqV" veis, devam ser julgadas pelo Poder Judiciário. Aqui entra em cena o
= KLMLUKLY Q\KPJPHSTLU[L VZ KPYLP[VZ L PU[LYLZZLZ KHZ WVW\SH princípio da obrigatoriedade da ação.
sLZPUKxNLUHZ"
=0 L_WLKPY UV[PÄJHsLZ UVZ WYVJLKPTLU[VZ HKTPUPZ[YH[P]VZ KL ( *VUZ[P[\PsqV t JSHYH X\HUKV PTWL M\UsLZ HV 4PUPZ[tYPV 7ISPJV
Z\H JVTWL[vUJPH YLX\PZP[HUKV PUMVYTHsLZ L KVJ\TLU[VZ Ln+LMLUZVYPH7ISPJH7VY[HU[VUVZJHZVZLTX\LZLWYLLUJOHTVZ
WHYHPUZ[Y\xSVZUHMVYTHKHSLPJVTWSLTLU[HYYLZWLJ[P]H" requisitos previstos em lei, há obrigação de propor ação judicial, em
=00L_LYJLY V JVU[YVSL L_[LYUV KH H[P]PKHKL WVSPJPHS UH MVYTH I\ZJHKHX\PSVX\LH*VUZ[P[\PsqVSOLZKL[LYTPUHX\LMHsHT
KHSLPJVTWSLTLU[HYTLUJPVUHKHUVHY[PNVHU[LYPVY"
=000YLX\PZP[HY KPSPNvUJPHZ PU]LZ[PNH[}YPHZ L H PUZ[H\YHsqV KL O princípio da obrigatoriedade da ação se relaciona diretamente com
PUX\tYP[V WVSPJPHS PUKPJHKVZ VZ M\UKHTLU[VZ Q\YxKPJVZ KL o princípio da demanda em relação aos direitos materiais indisponí
Z\HZTHUPMLZ[HsLZWYVJLZZ\HPZ" veis, ao passo que o princípio da oportunidade da ação se relaciona
0? L_LYJLY V\[YHZ M\UsLZ X\L SOL MVYLT JVUMLYPKHZ KLZKL com o princípio da demanda em relação aos direitos materiais dis
X\L JVTWH[x]LPZ JVT Z\H ÄUHSPKHKL ZLUKVSOL ]LKHKH H WVUx]LPZ( X\LZ[qV KH PUKPZWVUPIPSPKHKL KV KPYLP[V TH[LYPHS UqV MHa
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades com que a parte demandante deva indiscriminadamente propor ações
públicas. Q\KPJPHPZ(X\PHSLNHSPKHKLMHSHTHPZHS[VX\LHKPZJYPJPVUHYPLKHKLHY
IP[YmYPH7VY[HU[VHHsqVKL]LZLYVIYPNH[}YPHKLZKLX\LWYLLUJOPKVZ
7VYZ\H]LaHZM\UsLZKH+LMLUZVYPH7ISPJH]vTKPZWVZ[HZUVHY[PNV os requisitos legais dos pressupostos processuais e condições da ação
134 da Constituição da República, que dispõe: (Silveira, 2014).
(Y[ ( +LMLUZVYPH 7ISPJH t PUZ[P[\PsqV WLYTHULU[L LZZLU Diante da sistemática dos “tipos ideais” de processo anteriormente
JPHS n M\UsqV Q\YPZKPJPVUHS KV ,Z[HKV PUJ\TIPUKVSOL JVTV HWYLZLU[HKVZ ]LY [HILSH HJPTH WVKLYZLPH JSHZZPÄJHY VZ WYVJLZZVZ
L_WYLZZqV L PUZ[Y\TLU[V KV YLNPTL KLTVJYm[PJV M\UKHTLU[HS PUPJPHKVZKLVMxJPVL_VMÄJPV) como integrantes de um sistema inquisi
mente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e [}YPV L HX\LSLZ WYVJLZZVZ PUPJPHKVZ WVY PUPJPH[P]H KHZ WHY[LZ WYPUJxWPV
HKLMLZHLT[VKVZVZNYH\ZQ\KPJPHSLL_[YHQ\KPJPHSKVZKPYLP[VZ KHKLTHUKHJVTVPU[LNYHU[LZKL\TZPZ[LTHHJ\ZH[}YPV(ZZPTHW}ZH
PUKP]PK\HPZ L JVSL[P]VZ KL MVYTH PU[LNYHS L NYH[\P[H HVZ ULJLZ WYV]VJHsqVKH[\[LSHQ\YPZKPJPVUHSWVYPTW\SZVVÄJPHSVJHZVKL]LZLY
ZP[HKVZ UH MVYTH KV PUJPZV 3??0= KV HY[ ¢ KLZ[H *VUZ[P[\PsqV HJLY[HKV(WHY[PYKHX\PLZWLJPÄJHTLU[LPUPJPHTZLVZWYVJLZZVZ
Federal.
De acordo com as regras expressas na Constituição da República, o
Com as regras precitadas, naquelas situações em que o Estado tenha processo deve estar baseado no princípio do devido processo legal
X\L H[\HY UqV Z} JVTV [LYJLPYV Q\SNHKVY PTWHYJPHS THZ [HTItT *9HY[¢30=KLVUKLKLJVYYLTVZWYPUJxWPVZKVJVU[YHKP[}YPV
como parte representativa dos interesses de outras pessoas que não o LKHHTWSHKLMLZH*9HY[¢3=5LZ[LWVU[VHPUKPZWVUPIPSP
,Z[HKVH[\HTV4PUPZ[tYPV7ISPJVLV\H+LMLUZVYPH7ISPJH+PHU[L dade do conteúdo dos processos nos remete a pensar novamente na
KH L_PZ[vUJPH KL M\UsLZ KV ,Z[HKV HW[HZ H WYV]VJHYLT H Q\YPZKPsqV estrutura sistêmica dos “tipos ideais” propostos.
THU[tTZLULZ[HS}NPJHHULJLZZPKHKLKLPUtYJPHUHM\UsqVKLQ\SNHY
A tripartição de poderes serve justamente para que eles se comple ,T\THLZ[Y\[\YHHJ\ZH[}YPHLTX\L\THWHY[LKLTHUKV\V\[YHWHYH
mentem e nenhum prevaleça sobre o outro. além da ação inicial que deu largada ao processo, a parte deve manter
VMVJVUVX\LSOLMLaWYV]VJHYHQ\YPZKPsqV:LQHWLSHZWYV]HZX\L[LT
A possibilidade de a jurisdição atuar sem demanda, além de quebrar a de trazer a juízo para demonstrar sua razão naquilo que pede, seja na
inércia e, por sua vez, a imparcialidade, gera a chance de o Poder Judi THU\[LUsqVKHX\PSVX\LWLKLH[tVÄUHSKVWYVJLZZV:LLTKL[LYTP
ciário se tornar “tirano” e se impor sobre todos quando bem entender. nado momento do processo, decide que aquilo que motivou a demanda
UqVTHPZZ\IZPZ[LZLQHWLSHMHS[HKLWYV]HZV\WVYX\LHZWYV]HZVÄaL
ram mudar de opinião), pode desistir (dispor) do processo.
125 126
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
9LZZHS[HZLX\LHKPZWVUPIPSPKHKLHX\PUqVZLYLSHJPVUHKPYL[HTLU[LHV ]LYHWYL]PZqVL_WYLZZHKVKL]PKVWYVJLZZVSLNHSJVU[YHKP[}YPVLHT
KPYLP[VTH[LYPHSX\LZLI\ZJH[\[LSHYTHZZPTLZWLJPÄJHTLU[LHVWYV WSHKLMLZHHStTKLKP]LYZVZV\[YVZKPYLP[VZLNHYHU[PHZM\UKHTLU[HPZ
cesso. Neste caso, a disponibilidade de um processo que busque tute contidos na Constituição.
lar um direito material disponível à parte não gera muita complicação,
pois ambos os direitos (material e processual) seriam disponíveis. ( WSLUH L LML[P]H KPZWVUPIPSPKHKL KV JVU[LKV KV WYVJLZZV nZ WHY[LZ
YLMVYsH V ZPZ[LTH WYVJLZZ\HS WYL[LUKPKV WLSH *VUZ[P[\PsqV HV WHZZV
Entretanto, num caso de direito material indisponível, se supera a “su X\LHVIYPNH[VYPLKHKLKLZLJVU[PU\HY\TWYVJLZZVTLZTVZLTM\U
WVZ[H¹MHS[HKLS}NPJHKLZLYVKPYLP[VWYVJLZZ\HSKPZWVUx]LSVWLYHJPV KHTLU[V U\TH PUKPZWVUPIPSPKHKL KV JVU[LKV YLMVYsH V WYPUJxWPV
UHSPaHUKV Q\Z[HTLU[L V X\L PUMVYTH V WYPUJxWPV KH VIYPNH[VYPLKHKL PUX\PZP[P]VX\LUqVMVPHJVSOPKVWLSH*VUZ[P[\PsqV
oportunidade da ação, também a um princípio de disponibilidade do
processo.
ANÁLISE LEGISLATIVA
Quando, durante o curso processo, os motivos da demanda deixam
de existir, não há razões para que o processo seja indisponível. Neste 5V*}KPNVKL7YVJLZZV7LUHSIYHZPSLPYVKL HYLNYHWYL]PZ[HtKL
JHZVHS}NPJHKHSLNHSPKHKLKL]LJVU[PU\HYWYL]HSLJLUKVWVPZZLOm indisponibilidade do processo, pois decorre de uma estrutura autori
LSLTLU[VZ WHYH X\L V WYVJLZZV JVU[PU\L KL]LZL JVU[PU\HY" WVYtT [mYPHLPUX\PZP[}YPHKLWYVJLZZVWLUHSin verbis:
se os elementos deixam de existir, a parte pode dispor do processo
PUKLWLUKLU[LTLU[L KL ZLY V 4PUPZ[tYPV 7ISPJV +LMLUZVYPH 7ISPJH Art. 42: O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
ou mesmo particular). (Y[!5VZJYPTLZKLHsqVWISPJHVQ\PaWVKLYmWYVMLYPYZLU
[LUsHJVUKLUH[}YPHHPUKHX\LV4PUPZ[tYPV7ISPJV[LUOHVWPUH
=LQHZLX\LLZ[HYLNYHKLKPZWVUPIPSPKHKLKVWYVJLZZVVWLYHKLHJVY do pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora
do com o princípio dispositivo que rege a estrutura do sistema acusa nenhuma tenha sido alegada.
[}YPV +L V\[YV SHKV U\T ZPZ[LTH PUX\PZP[}YPV YLNPKV WLSV WYPUJxWPV
inquisitivo, o conteúdo do processo é indisponível às partes. O dever A atual redação está em total descompasso com a Constituição, que
KVQ\SNHKVYLT\TWYVJLZZVPUX\PZP[P]VMHaJVTX\LVWYVJLZZVKL]H UVZYLTL[LH\THLZ[Y\[\YHHJ\ZH[}YPH
continuar mesmo que as partes desistam dele.
/mX\LZLYLMLYPYHPUKHX\LLZ[mLT[YoTP[LWLYHU[LV*VUNYLZZV5H
Os modelos de sistema são tidos com ideais, pois na prática, mesmo JPVUHSHKPZJ\ZZqVZVIYLHYLMVYTHNSVIHSKV*}KPNVKL7YVJLZZV7L
U\TH LZ[Y\[\YH WYPTVYKPHSTLU[L PUX\PZP[}YPH KL PUKPZWVUPIPSPKHKL UHSWVYTLPVKVWYVQL[VKL3LPU¢KLJVYYLU[LKVWYVQL[V
pode haver casos de desistência do processo, assim como em casos KL 3LP KV :LUHKV U¢ V X\HS PUMLSPaTLU[L LT X\L WLZL
KL \TH LZ[Y\[\YH WYPTVYKPHSTLU[L HJ\ZH[}YPH KL KPZWVUPIPSPKHKL HÄYTHY X\L H LZ[Y\[\YH ZLYm HJ\ZH[}YPH THU[tT H PUKPZWVUPIPSPKHKL
pode acontecer de o processo continuar mesmo que as partes dispo do processo penal, in verbis:
nham do conteúdo do processo. Os desvios ocorridos na prática ser
]LTWHYHPUKPJHYQ\Z[HTLU[LHJH\ZHLLMLP[VKLU[YVKVTVKLSV Art. 49. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
(Y[ 6 Q\Pa WVKLYm WYVMLYPY ZLU[LUsH JVUKLUH[}YPH UVZ LZ
7HYH HUmSPZL KHZ LZ[Y\[\YHZ KL WYVJLZZV WYLZLU[LZ UH YLHSPKHKL MHJL tritos limites da denúncia, ainda que o Ministério Público tenha
aos tipos ideais, convém ainda ressaltar o importante papel da Consti opinado pela absolvição, não podendo, porém, reconhecer qual
tuição da República na determinação destas estruturas. quer agravante não alegada ou causa de aumento não imputada.
127
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
129 130
(05+0:7650)030+(+,+6*65;,Ø+6+6796*,::67,5(3)9(:03,096 +,:(-0(5+6(058<0:0h²6!0+,0(:,79676:;(:7(9((9,-694(796*,::<(37,5(356)9(:03
conteúdo do processo estabelece direta conexão com o sistema acu .9056=,9 ( 7 6 THNPZ[tYPV KL ,UYPJV;\SSPV 3PLITHU UV
ZH[}YPVPTWSPJP[HTLU[LHJVSOPKVWLSH*VUZ[P[\PsqVKH9LWISPJH Brasil. Revista da Faculdade de Direito<UP]LYZPKHKLKL:qV7H\
SV]WmNZ
(Z WLYTHUvUJPHZ PUX\PZP[}YPHZ ZqV ]PZ\HSPaHKHZ LT KP]LYZHZ LZMLYHZ KL
2(5;0 Crítica da razão pura. Tradução de Lucimar A. Coghi
WVKLY JVTV ZL L_LTWSPÄJV\ UH THU\[LUsqV KH PUKPZWVUPIPSPKHKL UV
Anselmi e Fulvio Lubisco. São Paulo: Martin Claret.
WYVQL[V KL SLP KL HS[LYHsqV KV *}KPNV KL 7YVJLZZV 7LUHS HZZPT JVTV
UHZ KLJPZLZ KVZ ;YPI\UHPZ :\WLYPVYLZ X\L HÄYTHT ZLY JVUZ[P[\JPVUHS MACHADO, 3( 7YLMmJPV0U!15KL4*6<;05/6A lide
o dispositivo que mantém indisponível o processo penal ao Ministério e o conteúdo do processo penal. Curitiba: Juruá.
Público, com algumas resistências democráticas em Tribunais Estaduais.
7630*4+,(2016). Sistemas Processuais Penais.,TW}YPVKV+P
YLP[V!-SVYPHU}WVSPZ
Para que a jurisdição distribua justiça como quer nossa Carta Cidadã,
KL]LZL [LY LT JVU[H X\L UqV IHZ[H X\L [LUOHTVZ KPYLP[VZ TH[LYPHPZ 905.,9 F. (2004). A metodologia de Max Weber: H \UPÄJHsqV KHZ
devidamente reconhecidos, mas que os instrumentos que se utilizam Ciências Culturais e Sociais. Trad. Gilson Cesar Cardoso de Souza.
WHYH MHaLY ]HSLY LZ[LZ KPYLP[VZ [HTItT ZLQHT ]mSPKVZ L PTWHYJPHPZ 6 :qV7H\SV!,+<:7
THPZPTWVY[HU[LtTVKPÄJHYHTLU[HSPKHKLPUX\PZP[}YPHWHYHMHaLY]H :03=,09(4(5+((2014). A ação processual penal entre política
ler a democracia que se pretende na sociedade brasileira. e constituição: outra teoria para o direito processual penal. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2014.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :03=( O. A ) +("
.64,: - (2000). Teoria Geral do processo
civil. (2ª ed.) São Paulo: Ed Revista dos Tribunais.
ARENHART, S. C. (2014). A tutela coletiva de interesses individuais:
para além da proteção dos interesses homogêneos. (2ª ed.). São WACH, A. (1962). La pretensión de declaración. Trad. Juan M. Semon.
Paulo: Editora Revista dos Tribunais. Buenos Aires: EJEA.
)(99,096:1( Processo Penal. Coimbra: Almedina. WEBER, M. (2009). Economia e Sociedade! M\UKHTLU[VZ KH ZVJPV
SVNPH JVTWYLLUZP]H ] ¡ ,K;YHK KL 9tNPZ )HYIVZH L 2HYLU
*(3(4(5+9,0 P. (1965). Linee fondamentali del processo civile in- ,SZHIL)HYIVZH)YHZxSPH!,KP[VYH<UP]LYZPKHKLKL)YHZPSPH
quisitorio0U!7*HSHTHUKYLP
4*HWWLSSL[[P6WLYL.P\YPKPJOL
WmNZ5HWVSP!4VYHUV >05+:*/,0+ )"
4<;/,9; (1974). Polémica sobre la “actio”.
;YHK;VTmZ()HUaOHM)\LUVZ(PYLZ!,1,(
*(95,3<;;0- Lezioni di diritto processuale civile]0=7m
dua: Cedam.
*(95,3<;;0 F. (1949). Lezioni sul processo penale. (2ª ed.). Roma:
Ateneo.
COELHO, 3 - Lógica jurídica e interpretação das leis. (2ª
ed.). Rio de Janeiro: Forense.
*6<;05/6 1 5 KL 4 0U[YVK\sqV HVZ WYPUJxWPVZ NLYHPZ KV
processo penal brasileiro. Revista da Faculdade de Direito UFPR,
v. 30.
*/06=,5+(G. (1934). Istituzione di diritto processuale civile]00
Napoli: Jovene.
131 132