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Energia nuclear

Merece destaque, também, como fonte alternativa de energia, o emprego do urânio e do


tório, na obtenção da energia nuclear.

A primeira vez que o homem utilizou a energia nuclear foi durante a Segunda Guerra
Mundial, quando os Estados Unidos lançaram 2 bombas atômicas sobre o Japão. A
partir daí, o homem tem-se preocupado com o aproveitamento da energia nuclear,
principalmente na produção de energia elétrica.

Um dos obstáculos para a generalização do uso da energia atômica, além do problema


ecológico que traz, é que não se encontram grandes reservas de urânio em
disponibilidade. Além disso, o processo de extração do urânio é muito complexo e
demorado.

Por ser uma fonte de energia altamente concentrada e de elevado rendimento, diversos
países utilizam-na como opção energética, como Estados Unidos, Japão, França e
Rússia.

Problemas decorrentes da utilização da energia


atômica
 

Os problemas decorrentes da utilização da energia nuclear são imensos, como:

 sua possível utilização para fins não pacíficos (produção da bomba atômica);
 ocorrência de acidentes nucleares – a contaminação radioativa pode provocar
sérios problemas para nossa saúde, como deformações genéticas, câncer e
queimaduras;
 lixo atômico – como são materiais radioativos e, portanto, perigosíssimos, livrar-
se deles constitui uma enorme “dor de cabeça”. Costuma-se colocá-los em
caixas de concreto hermeticamente fechadas, que são enterradas ou jogadas ao
mar, mas sempre representam um risco de contaminação do meio ambiente.

O Japão é um dos únicos países que construiu usinas de reciclagem do lixo atômico.

No Brasil, na década de 1970, o governo elaborou uma ambiciosa política de energia


nuclear. A primeira usina atônica construída foi Angra I, no município de Angra dos
Reis, no Rio de Janeiro. Desde que entrou em operação, tem sido alvo de críticas tanto
por parte da comunidade científica e dos ecologistas quanto da população em geral,
pelos riscos que representa, pelos custos elevados e pelas constantes panes. A seu lado
foi construída Angra II.

Em 2001, a participação dessas usinas na produção nacional de energia elétrica foi de


1%, ao custo de bilhões de dólares.

Outras fontes
O Brasil também vem incentivando a produção de álcool hidratado, proveniente da
cana-de-açúcar e da mandioca, para substituir a gasolina.

Em certos países, estão sendo também intensificados o uso da energia solar, da força das
marés, dos ventos (eólica), geotérmica (do interior da Terra) e da biomassa (matéria
orgânica em decomposição) na obtenção de energia.

Atualmente, tem sido muito incentivado o aproveitamento do xisto (rochas


betuminosas) que, por aquecimento, libera óleo, semelhante ao petróleo. Este óleo, após
passar por um processo de tratamento, dá origem aos diferentes produtos derivados do
petróleo: gasolina, óleo diesel, óleo combustível, querosene etc.

Na década de 1970, os países da CEI e a China intensificaram suas pesquisas sobre o


xisto, utilizando-o atualmente em escala razoável.

No Brasil, o xisto pode ser encontrado a apenas 3 metros de profundidade. Possuímos a


segunda maior reserva mundial de xisto, localizada no vale do Paraíba, e a também
conhecida como Formação Irati, no Paraná.
Na cidade de São Mateus do Sul, no Paraná, foi construída uma usina-protótipo que
entrou em funcionamento em 1972, processando 2.200t de xisto por dia. A usina foi
desativada, mas ficou comprovada a possibilidade desta fonte alternativa de
fornecimento de energia.

O acidente de Chernobyl 
Em 26 de abril de 1986, o núcleo de um dos reatores da usina atômica Chernobyl
explodiu devido a uma falha do sistema de refrigeração. O mundo ficou sabendo do
acidente, que havia sido mantido em sigilo, quando a radiação se espalhou e foi
percebida em outros países.

O calor, entre 3.000 e 4.000°C, incendiou o bloco de grafite, provocando uma explosão
química e o desmoronamento parcial do prédio. As terras, num raio de 5.000 km ao
redor da usina, tiveram de ser abandonadas e assim devem permanecer por várias
décadas. Milhares de pessoas morreram em consequência das radiações recebidas. A
nuvem de radiação se espalhou por vários países europeus (Alemanha, Polônia, Suécia,
Finlândia, Rússia etc.), afetando a saúde de milhões de pessoas (estima-se que 5 milhões
contraíram câncer), contaminando as plantas e os animais (inclusive seus subprodutos,
como leite, ovos etc.). Muitos produtos (animais e vegetais) foram proibidos para
consumo e tiveram de ser eliminados.

Represa de Três Gargantas 


No maior rio da China foi construída, entre 1992 e 2012, uma represa com capacidade
de 18.200 MW, ultrapassando o potencial de Itaipu, no Brasil. O lago de 1.084 km²
formado pela represa de Três Gargantas submergiu cerca de 160 vilas e cidades. Foram
removidos cerca de 1,3 milhão de pessoas. A obra aumentou em cerca de 10% a
produção de eletricidade no país, permitindo a ampliação da navegação no rio. Por outro
lado, os efeitos ambientais danosos são muitos: aumento da poluição da água,
soterramento de regiões arqueológicas, de cidades e de três imensos canyons, perigo de
transbordamento do rio na época das grandes enchentes etc.

A extração do carvão exige muito capital e enormes esforços, pois são raras as minas
que podem ser exploradas a céu aberto. Na maioria das vezes, a exploração é feita por
meio de minas subterrâneas.

Vejamos estes 2 tipos de extração do carvão.

 Exploração do carvão a céu aberto – quando as camadas que contêm o mineral


se encontram próximas da superfície, o que facilita o emprego de máquinas
bastante modernas, barateando o custo da exploração.

o Exploração do carvão por meio de minas subterrâneas – quando as


rochas que contêm o mineral se encontram em maiores profundidades.
Esta forma de exploração, ao contrário da primeira, requer maior
quantidade de instalações, feitas na superfície e no fundo das minas e,
consequentemente, maiores investimentos.

 
O carvão é uma importante fonte de energia no contexto mundial. O grande problema
com seu uso como fonte energética é a poluição que sua queima provoca. Através da
queima do carvão mineral são despejadas importantes quantidades de gás carbônico,
que interferem no efeito estufa, intensificando-o.

O carvão no Brasil

As maiores reservas nacionais de carvão mineral encontram-se no sul do país. Santa


Catarina lidera a produção, pois lá estão as jazidas de melhor qualidade. A área que se
destaca nessa atividade mineradora é o Vale do Tubarão, onde se encontram as cidades
de Criciúma, Lauro Muller, Siderópolis e Uruçanga.

O Rio Grande do Sul vem em segundo lugar na produção nacional. Embora suas
reservas sejam as maiores do país, a qualidade desse carvão é inferior ao de Santa
Catarina, pois contém muita cinza, enxofre e outras impurezas.

A principal área produtora nesse estado é o vale do rio Jacuí.

Apesar dessas reservas, o Brasil importa carvão mineral, pois nossa produção é
insuficiente para atender à demanda interna e nosso carvão não é de boa qualidade,
mesmo assim, seu uso tem sido adotado por algumas indústrias e na geração de energia,
como alternativa para o elevado preço do petróleo.

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