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COMO ESCREVER

HISTÓRIAS QUE
EXPLODEM MENTES
O GUIA DEFINITIVO
SUMÁRIO
Introdução • 5 Ferramentas para escrever histórias
que explodem mentes..................................................................... 3

1 • Entenda sobre a Estrutura, para conhecer o Ritmo................ 5

2 • Pessoas e Personagens são iguais mas diferentes.................. 8

3 • “Não é o quem eu sou por debaixo da máscara,


é o que eu faço que me define”............................................. 10

4 • Regras foram feitas para serem manipuladas....................... 12

5 • Não desrespeite seu público................................................... 16


5 Ferramentas
para escrever histórias
que explodem mentes
Lembro que quando eu era criança e tentava escrever algumas
coisas fictícias em meu diário (por não gostar de ter de falar
de mim no diário), eu ficava sempre muito frustrado por não
conseguir terminar nenhuma história, ou, quando as terminava,
as achava horríveis e previsíveis. Não me orgulhava do que eu
fazia.
Mais fundo ainda, lembro de me pegar pensando certo dia que:

“Nossa, escrever uma história de mistério deve ser a


coisa mais complicada do mundo! Ter que você mesmo
resolver um caso criminal na sua cabeça, você tem que
ser um gênio!”

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E eu pensei isso enquanto assistia (pasmem) Scooby Doo, no
Cartoon Network.
Conforme fui crescendo como pessoa e como escritor, aprendi
várias coisas e desenvolvi muitas ferramentas que me ajudaram
a escrever exatamente o tipo de história que preciso/quero.
Um pequeno spoiler deste Ebook:

Você não precisa ser um gênio para


escrever uma boa história.

Só que algumas coisas são, de fato, necessárias, sim. Deixa eu te


contar algumas delas.

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Entenda sobre a
Estrutura, para
conhecer o Ritmo
Imagina que você tá escrevendo uma história de ação. Na sua
cabeça está irado e as cenas de luta lhe parecem incríveis...até o
momento que você dá pra alguém ler, e a pessoa está desmaiada
não pelo soco que levou da história, mas de tão tediosa que é
na prática.
A causa disso podem ser duas: Ou “ação” não é muito a sua praia,
ou você não soube direito como estruturar os acontecimentos da
sua história de uma maneira intrigante (que é o mais provável).

“Mas o que estrutura tem a ver com ‘ritmo’? Ninguém


aqui tá escrevendo uma música!”

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Com certeza você já se deparou com aquele filme que te deixa
sem ar, de tão frenético, como “Mad Max: Estrada da Fúria”
(George Miller), por exemplo. O que define esse frenesi do filme
(inicialmente, no projeto; tirando direção, fotografia, atuação e
etc) é justamente a estrutura colocada na hora em que ela é
escrita.

Se você manjar como estruturar a história, você sabe exatamente


quando e onde certos pontos chave devem (ou não) acontecer,
e é a partir deste conhecimento que você pode brincar com as
histórias, e por isso a analogia com o “ritmo”.
Conhecendo a estrutura, você pode começar a história frenética,
desacelerar, acelerar de novo; Ou começar com calma, ir
acelerando aos poucos quase imperceptivelmente, para pisar
fundo no clímax.

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Peguemos a Estrutura de 3 Atos, por exemplo:

Primeiro Ato (Setup/Introdução): É mostrada a rotina


de seu personagem. O que ele faz, onde trabalha, qual sua
família, até que EITA...acontece alguma coisa que faz com
que ele tome uma decisão, nos levando ao...

Segundo Ato (Conflito): É onde seu personagem vai


conhecer novas pessoas (companheiros ou vilões), e
vai descobrir algumas coisas sobre si mesmo: pode ser
habilidades, poderes, algo escondido de seu passado. É aqui
que a sua história vai ficar pela maior parte do filme/livro/
HQ, até que as circunstâncias se alinhem ao ponto de uma
última decisão precisar ser tomada, o que nos leva ao...

Terceiro Ato (Resolução): Tudo o que foi aprendido no


segundo ato será posto em prática aqui, e tudo estará em
jogo para seu personagem. Uma transformação acontece,
de forma que o personagem do fim e do começo do filme
acabam sendo duas pessoas diferentes, e essa transformação
é chamada de “arco”. Após o enfrentamento ao conflito,
seu personagem sairá vitorioso...ou não; nem sempre as
pessoas conseguem o que querem, e não tem problema
seu personagem perder no fim, desde que ele tente vencer.

Sabendo como essa (e outras) estrutura funciona, você consegue


visualizar sua história logo no início do projeto, te poupando um
pouco de dor de cabeça por conta da indecisão.

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2
Pessoas e Personagens
são iguais...
mas diferentes
Personagens são representações fictícias de “arquétipos” que
existem em pessoas reais. Quando você compreende qual a
linha tênue que difere um do outro, você consegue criar um
ser empático, o que faz com que o público acredite naquela
“persona” e não saia da imersão da história.
Você já deve ter gritado à uma tela, apontando com todos os
cinco dedos, algo do tipo:

Desde quando essa modelo de salto alto sabe atirar


com uma 12, sem piscar, e luta kung fu?

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Esta é a famosa “inconsistência de personagem”. É quando
um personagem é mostrado de uma maneira, e sem explicação
alguma, ele simplesmente decide que vai fazer aquilo e pronto,
e azar o seu pra engolir tudo isso.

Esta inconsistência possui duas vertentes: Ou você não soube


como “montar” o personagem antes de escrever a história (ou
sei lá, acabou meio que fazendo isso no improviso), ou quis
focar demais em “criar uma pessoa de verdade”, e aí na hora de
escrever parecia que tinha feito um robô.
O que deve ser feito é o seguinte: fugir destas duas armadilhas
assim como o Indiana Jones foge da rocha gigante. Estes dois
conceitos são muito “preto e branco”, e nenhum deles convence.
O que deve ser feito é chegar no meio termo entre os dois, em
algo “cinza”, que é o que vai fazer com que o público tenha
empatia para com seu personagem, além de continuar falando
a respeito após o filme (ou livro) terminar.
E olha só, que conveniente: Eu tenho uma fórmula para como
se faz isso.

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“Não é o quem eu sou

3 por debaixo da máscara,


é o que eu faço que me
define”
Quem disse isso foi um cara muito sábio, cheio de compaixão
para com os outros, e com uma capacidade incrível de lidar com
as pessoas; um pensador moderno e visionário: O Batman.
Cinema é uma arte puramente visual, portanto, deve ser escrito no
roteiro coisas que possamos ver. Não importa se o personagem
está desconfortável por causa de uma pedra no sapato, se não
enxergamos isso na tela.
Digamos que você quer escrever a história sobre um personagem
que fez uma besteira, mas no fim encontrou a redenção:

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Ele traiu a namorada. Ela descobriu. Ele disse que não faria mais
aquilo, que estava arrependido, que não significou nada, e que
vai mudar para se redimir e ganhar a confiança da moça de
volta...
Aí ele trai a namorada de novo e a história acaba.
“É o que eu FAÇO que me define”, disse o Batman.
Não importa o que você quer expor na tela, se não está claro na
sua escrita, o que você quis fazer não vai aparecer magicamente
no cinema, no futuro.
Quer aprender como fazer o público sentir exatamente o que
você imaginou? Conheço o cara perfeito que vai te ajudar com
este problema.
Não, não é o Batman....eu tô falando de mim (sei lá, caso não
tenha ficado claro).

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4 Regras foram feitas para
serem...manipuladas
“Não pode ter paradoxo temporal em uma
história de fantasia.”
“Toda história tem que ter começo, meio e
fim bem representados.”
“Seu personagem tem que passar por uma
transformação no final.”
“Você tem que começar a sua história sempre
com o protagonista”

O primeiro item é mais um preconceito do que uma regra em


si, mas garanto que você já deve ter ouvido falar de alguma das
outras “regras” ao pesquisar sobre storytelling. Só pela diversão
da coisa, vamos ver se alguém já quebrou alguma dessas regras?

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1 – Game of Thrones; “Hold the door!” (SPOILER ALERT)

Desde o início da saga acompanhamos o núcleo da família Stark.


Bran Stark, um dos mais novos, sofre um acidente e acaba
ficando paraplégico, tendo que ser carregado para cima e para
baixo pelo empregado mongoloide gigantão da família: Hodor.
“É só isso que ele fala. Não consegue dizer nada além, por isso
o chamamos de Hodor” é a explicação dada na série e nos livros
de George R.R Martin, para o personagem que só sabe repetir o
próprio nome.
Bran Stark é um garoto ligado ao misticismo deste universo, e
desde o início sonha com um corvo de três olhos que parece
que quer lhe dizer algo. O tempo passa, e circunstâncias lhe
dão aliados que o levam para o outro lado do mundo, onde ele
realmente conhece o tal do “Corvo de Três Olhos”, que é na
verdade um homem preso a raízes de uma arvore, que tem a
capacidade de enxergar tudo e todos, o tempo inteiro.
Na série, este homem mostra a Bran algumas coisas do passado,
em forma de flashback, mas com ambos os personagens do futuro
presentes na cena, como se fossem observadores onipresentes,
até que Bran diz algo em voz alta, e um daqueles personagens
do flashback reage à sua interferência.
Sutil, mas preparou o terreno para o que veio depois:
A ameaça mor de GoT acaba chegando ao santuário do Corvo de
Três olhos, e Bran e cia devem fugir. Bran está desacordado, pois
tocou na arvore “do conhecimento” e está visualizando coisas do
passado. Hodor o carrega e o protege enquanto o grupo foge,
até que ele precisa barrar uma porta com seu corpão, enquanto
outra personagem carrega Bran para a segurança.

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No flashback do transe de Bran, vemos um Hodor jovem, ainda
em sua pré-adolescência, agindo como um jovem normal, até
que este encontra seu olhar com o de “Bran do futuro”, e cai no
chão, tendo uma convulsão.
No presente, a garota que carrega Bran para longe grita várias
vezes para Hodor segurar a porta (Hold the door! Hold the door!).
No flashback, Hodor, enquanto convulsa no chão, repete as
mesmas palavras:
- Hold the door...hold the door. Hold the door...
Até que estas se mesclam, conforme a convulsão vai passando:
- Hold the door...Holdthedoor...Holdthedoor...Holddoor...
Holdoor...Hodor...Hodor...Hodor...
E é assim que, a partir daquele ponto em sua infância, até a sua
morte, “Hodor” só é capaz de dizer seu nome (que nem seu
nome é) graças à interferência de Bran ao visitar o passado, no
futuro, com a ajuda do próprio Hodor.

2 – “Onde os Fracos Não Tem Vez” (Irmãos Cohen), que tem


um final esquisitíssimo, ou até mesmo “A Origem” (Christopher
Nolan), que tem um final aberto, que não te diz exatamente qual
a conclusão da história;

3 – Os livros “Jack Reacher” de Lee Child. A única coisa que


acontece é que o personagem fica mais velho ou mais jovem
(quando é algum prequel) entre uma história ou outra, mas em
todos os livros ele é, essencialmente, a mesma pessoa do início
ao fim.

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4 – “O Lugar Onde Tudo Termina” (Derek Cianfrance), ou, sei
lá, alguma obra de Shakespeare.
(SPOILER ALERT para “O Lugar Onde Tudo Termina”)
Este filme começa com o personagem do Rian Gosling vivendo
sua vida como se fosse apenas mais um dia, tal qual qualquer
outro filme ever. Vemos quem são as pessoas de seu círculo
social, sua família, seu trabalho, até o momento que ele morre
pelas mãos de outro personagem, que faz sua entrada triunfal
como o real protagonista do filme.

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5 Não desrespeite
seu público
Digamos que você seja a pessoa mais genial que já viveu neste
pedaço de rocha que chamamos Terra, e por alguma sacanagem
do destino, você decidiu virar escritor; mas mesmo assim, você,
dotado de um coração inchado de bondade, acha que as coisas
que você escreve são complicadas demais para as pessoas
entenderem, e então decide dar uma explicadinha simpática
no final, só pras pessoas entenderem MESMO aquele plot twist
genial que você colocou de presente no clímax.
Só uma explicadinha, bem de boa, porque você tem que ajudar
as pessoas a entender sua história, não é?
NÃO!
Sabe quando você está conversando com uma criança, como
quem conversa como uma pessoinha desta idade, e esta lhe diz
para não ser tratada como uma criança, porque no fundo ela se
sente meio ridícula, mas não te diz com estas palavras, porque é
muito bem educada?

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Então: Se você imaginar que seu público é burro e não vai
entender sua história, eles vão saber o que você está fazendo,
com a diferença gritante de que eles não vão ser tão bem
educados como a criança.
Depois que você conhece a estrutura, como criar um personagem,
como mostrar tudo isso em tela, e quais regras manipular, o
último passo é misturar tudo isso de uma forma que você mostre
apenas o necessário para o público juntar as peças do quebra
cabeça na mente deles.

Ser capaz de decifrar a história conforme ela vai acontecendo é


a melhor sensação do mundo pra quem assiste o seu filme, ou
lê o seu livro; e garanto que esta satisfação virá duplicada para
você, caso consiga realizar este feito.
Sabe o que é mais legal disso tudo? Cada um desses tópicos é
representado por um “conceito” dentro do Storytelling, e posso
te ajudar a conhecer todas estas “regras”, para aí você decidir
qual delas quebrar ou manipular.

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O que eu quero fazer com meu curso são duas coisas:
1 – Te provar que escrever uma história é algo muito mais
complicado e que exige muito mais trabalho duro
do que parece;
2 – Te inspirar à seguir em frente, mesmo que todas essas
complicações impeçam que você tenha forças de
manter este trabalho duro.

Com tudo isso que te mostrei neste ebook e que posso te


mostrar em meu curso, fui capaz de criar um universo inteiro
para meus livros, além escrever algumas histórias de mistério;
sem precisar ser um gênio, e graças à ajuda do Scooby Doo,
que foi o chute inicial para a minha motivação.

Caso o conteúdo desse livro seja útil para


você, não deixe de dar uma olhada no meu
curso: “Somos Todos Histórias”, nele eu
entrarei em mais detalhes sobre todos esses
tópicos acima e muitos outros que não pude
abordar nesse livro.

CLIQUE
E ACESSE AGORA

No fim do curso, os alunos saberão (e terão escrito) como


escrever um roteiro de 10 minutos (ou uma história de 10
páginas), além de desenvolverem mais senso crítico antes
de julgar algum filme como simplesmente “bom ou ruim”.
Site: www.cinema101.com.br
Facebook: www.facebook.com/Cinema1O1
YouTube: youtube.com/cinema101
Instagram: instagram.com/instacezo

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