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A faixa título do álbum, Anunciano, foi composta para criar uma atmosfera de
“chegança” para o disco. Inicia-se ao toque mântrico do moçambique serra a baixo,
pouco depois une-se a esse toque um tema de abertura executado pelos
instrumentos de sopro; o cântico que se segue, tradicional da cultura Afro-Mineira,
traz versos de louvação, de benção e de permissão que simbolizam o caráter
religioso muito presente nas festas do Reinado Mineiro.
O álbum finaliza com a canção, Deixa a Gira Girar. Essa canção, de domínio
popular, provém do universo do Candomblé de Caboclo, e ficou conhecida pela
adaptação gravada pelo grupo Os Tincoãs, em 1973. Inicia-se com uma melodia
misteriosa e imponente executada pelos trombones, soma-se a essa melodia os
trompetes e o acompanhamento de uma sessão rítmica utilizando os tambores
graves do Reinado Mineiro e as enxadas executando levadas rítmicas inspiradas
nos ternos de Catopé. Na sequência os trombones e o sax tenor iniciam a famosa
melodia da música, convidando os atabaques que chegam ao toque do adaró, na
sequência, a pulsação se converte para o toque do congo, do candomblé Bantu
Angola e em seguida pro toque da avamunha do Candomblé Nagô Vodum,
elevando a música ao seu ápice.
ao se abrirem um a um
Conceição Evaristo
Sobre a banda
Desde 2018, Babadan Banda de Rua é presença marcante nos becos e vielas,
teatros, espaços culturais e carnavais de Belo Horizonte e região. A missão é
exaltar uma sonoridade afro-mineira e ao mesmo tempo, reforçar a necessidade do
aquilombamento e reconexão com a ancestralidade.
O Babadan está ligado umbilicalmente ao Bloco Afro Magia Negra que desde sua
criação, em 2013, recebe em suas reuniões, shows e eventos, pessoas com o
desejo de celebrar a importância da cultura negra e com engajamento frente a luta
e combate ao preconceito étnico-racial.
O Babadan surgiu através do desejo dos músicos Camilo Gan e Juventino Dias em
“fazer um som” que misturasse três importantes tradições de Minas: O Congado, O
Candomblé e o som das Bandas de Minas. “Queríamos reunir essa nossa galera dos
sopros pra tocar as coisas de Minas” conta Juventino Dias. A partir disso foi feito o
convite ao William Alves para fazer os arranjos. Os convites foram se estendendo
aos demais integrantes e a partir de 2018 começaram os ensaios. No Babadan a
maioria dos integrantes são do interior e oriundos dessas Bandas de Música. O
percussionista Camilo Gan é Onilú, um especialista em toques de candomblé. Aldo
Bibiano, Talles Bibiano e Juventino Dias são Congadeiros. Aldo e Talles Bibiano
são herdeiros e Mestres na Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário
do Bairro Santa Efigênia na cidade de Brumadinho-MG.
Percussões: Camilo Gan, Dgar Siqueira, Renan Veloso, Raquel Franco e Talles
Bibiano
Saxofones: Jonas Vitor, Lucas Coimbra e Tiago Ramos
Trompetes: José Vitor Assis e Juventino Dias
Trombones: João Paulo Alves e Miguel Praça
Tuba: Aldo Silva Bibiano
Arranjo, Regência e Trompete: William Alves
Contatos:
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