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DOIS DE ESPADAS

A mulher na imagem ergueu uma barreira ao redor de seu coração; ela está vendada e não deixa nada
entrar ou sair. Na verdade, ela nega não apenas sua própria expressão, mas também a dos outros.

Negação, sentimentos bloqueados, emoções represadas, atitude defensiva,receio, medo. É como se a


pessoa na carta tentasse se defender de algo, ao mesmo tempo em que mantem os olhos vendados. O
que ela tenta ignorar são suas próprias emoções e sentimentos, seu mundo interior, e assim também
acaba bloqueando o que ocorre ao seu redor.

Esta carta fala sobre barreiras que colocamos entre nós e os outros e aquelas que criamos dentro de nós
mesmos. Internamente, nos fechamos para as emoções e nos recusamos a senti-las. Evitamos enxergar a
verdade e fingimos que tudo está bem. Pensamos de um jeito, mas sentimos de outro. De várias
maneiras, tentamos manter nossas facetas mesmo quando sabemos que precisam ser reconciliadas.

Análise da imagem:

Por vezes, não é que não haja solução; o problema é que não está identificado. Problemas, situações de
stress e parecidas ultrapassam-nos. Daí a venda – não ser capaz de ver o problema, de ver o caminho, de
ver a solução para a situação corrente e a nossa perspectiva está neste momento nublada. Esta carta
está a tentar dizer para tirarem a venda, vejam o problema de todos os ângulos, usem a vossa
capacidade intelectual para encontrar a resposta. Se uma decisão tem de ser tomada, se significa uma
troca, desistir de algo, após uma análise cuidadosa e meticulosa, então façam o que têm a fazer. Por
vezes a única solução tem de ser drástica, desastrosa na altura, mas em última análise pode ter sido a
melhor coisa a fazer.

As rochas ao fundo são significativas. As rochas podem significar problemas; as rochas podem também
indicar rigidez. As rochas são estruturas sólidas, e como tal, são rígidas. Talvez um pouco de flexibilidade
possa ajudar, e para isso é necessária vontade e coragem. A pessoa na carta também mantem uma rígida
postura, o que nos mostra seu esforço para guardar os sentimentos sob controle. Ela se ressente de
qualquer aproximação externa. "Nada entra e nada sai", parece dizer.

Olhem para a Lua – misteriosa e perturbadora. Que sombras se escondem na escuridão? Olhem para os
recantos profundos do espírito, ouçam a vossa intuição, procurem a orientação através do vosso Ser
Interior. Decisões, escolhas. Não é disto que a Vida é feita? Uma porta fecha-se, outra abre-se, foi a
decisão certa?

Quando amputamos as emoções, cortamos a conexão que faz com que nosso amor flua para fora.
Algumas vezes essa ação é necessária, mas tem um preço alto. Sempre que fechamos o coração, temos
maior dificuldade para abri-lo novamente. Outra barreira é uma situação de beco sem saída. Quando
dois partidos estão a postos – amputando-se – há um empate. Para rompê-lo, os “oponentes” devem
sair de trás das espadas e ouvirem-se. A lição desta carta é que tal barreira não é a resposta. Devemos
permanecer abertos se quisermos encontrar a paz e a perfeição.

Um texto no site mundo do taro, de onde tirei vários dos parágrafos usados aqui, principalmente na
parte de análise da imagem, meio que ligou essa carta com a da Força. Para enfrentar e superar as
dificuldades representadas por essa carta, como falta de conexão consigo mesmo, bloqueios interno e
externos, é necessário o uso das qualidades do arcano da Força. "Lembrem-se da Senhora e do Leão.
Onde está a Força?"

Casa I, a situação

O Dois de Espadas nos fala sobre a maneira que negamos que temos sentimentos, fingimos indiferença,
evitamos a verdade de nossas emoções e nos recusamos a senti-las. Nós nos separamos de nossos
sentimentos, os confinamos, esperamos que eles se vão ou que apodreçam lentamente em nosso porão
psicológico para que não tenhamos que lidar com eles. Quando estamos em negação sobre nossos
sentimentos, nós nos recusamos a saber que eles existem.

Tentar equilibrar mundo externo e interno. É o momento onde será necessário tomar uma decisão entre
aquilo que se pensa e aquilo que se sente.

Repressão de sentimentos - quando dizemos a nós mesmos: "Não, eu não devo expressar minha raiva, é
muito perigoso extravasá-la, eu posso ferir alguém ou a mim mesmo".

Nas leituras, freqüentemente aparece quando você não quer aceitar a verdade sobre a situação atual. O
que está realmente sentindo? Está evitando sentimentos delicados com medo de se machucar? Fica
furioso mesmo quando sorri? Recusa-se a enxergar? Note que a mulher está de olhos vendados - não
consegue ver a verdade, nem mesmo admite que está com problemas.

Estar cego para a verdade. Fingir uma coisa, sentir outra. Ser frio e indisponível. Negar seus sentimentos.
Ignorar a verdade. Bloquear os outros. Erguer barreiras. Não conseguir fazer uma escolha.
A pessoa pode estar fragilizada e por isso tentar "se defender". Ignorando, ou evitando encarar a
realidade das coisas, seus próprios sentimentos, ou o que se passa internamente. É sobre empurrar com
a barriga, de certa forma, essas coisas.

Na posição "você agora", talvez esteja evitando seus sentimentos ou aceitar a verdade sobre uma
situação. Estar reprimindo ou bloqueando-os. Medo de ser magoado. Estar sangrando por dentro e
contar piadas. Você está cego para a sua situação por escolha ou por necessidade?

Tentar manter uma "plenitude" de forma errada. Congelamento de emoções. Apatia.

Casa II, o problema/desafio

Sugere que você está desconectado não apenas de si mesmo, mas de outra pessoa. E o que você precisa
aprender neste momento é se abrir, baixar a guarda, descer a ponte levadiça e não ter medo da verdade.

A pessoa pode acabar criando uma bola de neve e transformar algo que seria mais simples, inicialmente,
em algo mais difícil ao não lidar com os problemas e questões que a carta indica que ela tenta evitar.

Casa III, recursos/vantagens

Talvez os problemas que aparecem sejam uma ferramenta necessária para deixar “entrar” um
perspectiva nova, um ponto de vista novo, um ângulo diferente, uma aproximação “fresca” à vida.

Às vezes o dia começa com o pé errado, um dia mau! Esta é a mulher na carta, a segurar as espadas
cruzadas frente ao peito, firmemente. Isto para mim significa a capacidade para enfrentar a vida contra
todas as probabilidades. Mostra a coragem que temos cá dentro para equilibrar a nossa vida privada
com a nossa face mais pública, de trabalho. Há um momento quando sentimos que o fio que usamos
para manter tudo junto está prestes a partir, e tudo o que ele une está prestes a partir e cair em todas as
direcções. No nosso mundo ocupado, as nossas prioridades ficam baralhadas.

O Dois de Espadas oferece-vos a visão de que a venda pode sair, reconheçam a realidade, para o bom e
para o mau. Vocês têm a coragem, a capacidade para tomar decisões e fazer escolhas melhores. Nem
sempre vão estar certos, mas a vida é assim. Aprendemos e crescemos com os nossos erros, se
percebermos que temos a força e coragem para o fazer.

Lembrem-se da Senhora e do Leão. Onde está a Força?

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