UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO E UNIVERSITÁRIO DE NACALA_ISPUNA

Cursos: Engenharias Civil, Eléctrica e Mecânica 1o ano/1o semestre/2020

Cadeira: Análise Matemática II

Texto de apoio de Integrais definidas

FORMULÁRIO

Propriedades dos logaritmos

1) log 𝑎 1 = 0 2) log 𝑎 𝑎 = 1 3) 𝑛 log 𝑎 𝑏 = log 𝑎 𝑏 𝑛
4) log 𝑎 𝑏 𝑛 = 𝑛 log 𝑎 𝑏 5) log 1 𝑏 = − log 𝑎 𝑏 6) 𝑎log𝑎 𝑏 = 𝑏
𝑎

𝑎
7) log 𝑎 (𝑏𝑐) = log 𝑎 𝑏 + log 𝑎 𝑐 8) log 𝑎 (𝑏) = log 𝑎 𝑏 − log 𝑎 𝑐
log𝑎 𝑏
9) log 𝑐 𝑏 = → Mudança de base 10) log 𝑎 𝑏 = log 𝑎 𝑐 ⇔ 𝑏 = 𝑐
log𝑎 𝑐

log 𝑎 𝑏 log 𝑎 𝑏 log 𝑎 𝑏 1 1

11) log 𝑎𝑘 𝑏 = 𝑘
= = = log 𝑎 𝑏 ⇒ log 𝑎𝑘 𝑏 = log 𝑎 𝑏
log 𝑎 𝑎 𝑘 log 𝑎 𝑎 𝑘∙1 𝑘 𝑘
1
𝑛 1 𝑛 1
12) log 𝑎 √𝑏 = log 𝑎 𝑏 𝑛 = 𝑛 log 𝑎 𝑏 ⇒ 𝑙𝑜𝑔𝑎 √𝑏 = 𝑛 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏

Fórmulas trigonométricas

1) 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥) + 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥) = 1 2) 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) = 2𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑐𝑜𝑠(𝑥)

1 1
3) 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥) = 2 [1 − 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)] 4) 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥) = 2 [1 + 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)]

5) 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥) = 1 + 𝑡𝑔2 (𝑥) 6) 𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥) = 1 + 𝑐𝑜𝑡𝑔2 (𝑥)

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Tabela de integrais imediatas

𝑥 𝑛+1 𝑑𝑥
1) ∫ 𝑑𝑥 = 𝑥 + 𝐶 2) ∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 = 𝑛+1
+ 𝐶, 𝑛 ≠ −1 3) ∫ 𝑥
= 𝑙𝑛|𝑥| + 𝐶
𝑑𝑥 1 𝑥 1 𝑥 𝑑𝑥 1 𝑥−𝑎
4) ∫ 𝑥 2 +𝑎2 = 𝑎 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑎) + 𝐶 = − 𝑎 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑡𝑔 (𝑎) + 𝐶1 5) ∫ 𝑥 2 −𝑎2 = 2𝑎 𝑙𝑛 |𝑥+𝑎| + 𝐶

𝑑𝑥 1 𝑥+𝑎 𝑑𝑥
6) ∫ 2 2 = 𝑙𝑛 | | + 𝐶, (𝑎 ≠ 0) 7) ∫ = 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 ± 𝑎| + 𝐶 , (𝑎 ≠ 0)
𝑎 −𝑥 2𝑎 𝑥−𝑎 √𝑥 2 ±𝑎

1
8) ∫ 𝑎 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛(𝑎) 𝑎 𝑥 + 𝐶 , (𝑎 > 0) 9) ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 + 𝐶

10) ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝐶 11) ∫ 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝐶

12) ∫ 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) + 𝐶 13) ∫ 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥) + 𝐶

𝑑𝑥 𝑑𝑥
14) ∫ 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥) = −𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥) + 𝐶 15) ∫ 𝑐𝑜𝑠2 (𝑥) = 𝑡𝑔(𝑥) + 𝐶

𝑑𝑥 𝑑𝑥
16) ∫ 𝑠𝑒𝑛ℎ2 (𝑥) = 𝑐𝑜𝑡𝑔ℎ(𝑥) + 𝐶 17) ∫ 𝑐𝑜𝑠ℎ2 (𝑥) = 𝑡𝑔ℎ(𝑥) + 𝐶

𝑑𝑥 𝑥 𝑥
18) ∫ = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) + 𝐶 = −𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠 ( ) + 𝐶1 , (𝑎 > 0)
√𝑎2 − 𝑥2 𝑎 𝑎

𝑑𝑥 𝑥
19) ∫ = 𝑙𝑛 |𝑡𝑔 ( )| = 𝑙𝑛|𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐(𝑥) − 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥)| + 𝐶1
𝑠𝑒𝑛(𝑥) 2

𝑑𝑥 𝑥 𝜋
20) ∫ = 𝑙𝑛 |𝑡𝑔 ( + )| + 𝐶 = 𝑙𝑛|𝑡𝑔(𝑥) + 𝑠𝑒𝑐(𝑥)| + 𝐶1
𝑐𝑜𝑠(𝑥) 2 4

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Integral definida-Fórmula de Newton-Leibniz
𝑏
Se 𝑓(𝑥) for uma função continua no intervalo [𝑎, 𝑏], então ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎) em que
𝐹(𝑥) é uma primitiva de 𝑓(𝑥) continua no mesmo intervalo.

𝟐. 𝟑. Propriedades da integral definida

𝑃1 . Permutando os limites da integração, a integral muda de sinal, isto é:
𝑎 𝑏
∫𝑏 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = − ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, com 𝑎 < 𝑏
𝑃2 . Se 𝑓 é integrável no intervalo [𝑎, 𝑏] e 𝑐 é uma constante, então 𝑐𝑓 é integrável neste intervalo
𝑏 𝑏
e ∫𝑎 𝑐𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑐 ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.
𝑃3 . Se 𝑓 e 𝑔 são funções integráveis no intervalo [𝑎, 𝑏], então a sua soma é integrável neste
𝑏 𝑏 𝑏
intervalo ∫𝑎 [𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫𝑎 𝑔(𝑥)𝑑𝑥.
𝑏
−𝑏 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, 𝑠𝑒 𝑓 é 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟
𝑃4 . Se 𝑓(𝑥) é integrável no intervalo [𝑎, 𝑏], então: ={ 𝑎 𝑏
∫−𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
− ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, 𝑠𝑒 𝑓 é 𝑝𝑎𝑟
Corolário da propriedade quatro: Se 𝑓 é integrável no intervalo [−𝑎, 𝑎], então:
𝑎 0, 𝑠𝑒 𝑓 é 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟
𝑎
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = {
2 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 , 𝑠𝑒 𝑓 é 𝑝𝑎𝑟
−𝑎
0
𝑃5 . Se 𝑓(𝑥) é integrável no intervalo [𝑎, 𝑏] e 𝑐 é um ponto do mesmo intervalo tal que 𝑎 < 𝑐 < 𝑏, então
𝑏 𝑐 𝑏
∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫𝑐 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.

Exemplos: Calcular as integrais:

2
1. ∫1 (𝑥 2 − 2𝑥 + 3) 𝑑𝑥

Resolução:

Aplicando a regra principal (3) para integrais, a tabela de integrais imediatas (1) e (2),
achamos:

2 2 2 2
2 2
𝑥3 2 𝑥2 2 2
∫(𝑥 − 2𝑥 + 3)𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 𝑑𝑥 − 2 ∫ 𝑥𝑑𝑥 + 3 ∫ 𝑑𝑥 = | − 2 ∙ | + 3𝑥 ⌊
3 1 2 1 1
1 1 1 1
2
1 2 2 2 1
∫(𝑥 2 − 2𝑥 + 3)𝑑𝑥 = 𝑥 3 | − 𝑥 2 | + 3𝑥 | = (23 − 13 ) − (22 − 12 ) + 3(2 − 1)
3 1 1 1 3
1

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2
1 1 7
∫(𝑥 2 − 2𝑥 + 3)𝑑𝑥 = (8 − 1) − (4 − 1) + 3 ∙ 1 = ∙ 7 − 3 + 3 =
3 3 3
1
2 7
Por conseguinte, ∫1 (𝑥 2 − 2𝑥 + 3)𝑑𝑥 = 3

−3 𝑑𝑥
2. ∫−2
𝑥 2 −1

Resolução:

Aplicando a propriedade (1) da integral definida, a propriedade logarítmica (8) e a tabela de

integrais imediatas (5), obtemos:

−3 −2
𝑑𝑥 𝑑𝑥 1 𝑥 − 1 −2 1 −2 − 1 −3 − 1
∫ 2 =− ∫ 2 = − 𝑙𝑛 | || = − [𝑙𝑛 ( ) − 𝑙𝑛 ( )]
𝑥 −1 𝑥 −1 2 𝑥 + 1 −3 2 −2 + 1 −3 + 1
−2 −3

1 −3 −4 1 1 1 2
= − [𝑙𝑛 ( ) − 𝑙𝑛 ( )] = − [𝑙𝑛(3) − 𝑙𝑛(2)] = [𝑙𝑛(2) − 𝑙𝑛(3)] = 𝑙𝑛 ( )
2 −1 −2 2 2 2 3
−3 𝑑𝑥 1 2
Consequentemente, ∫−2 = 2 𝑙𝑛 (3)
𝑥 2 −1

𝜋
3. ∫02 𝑠𝑒𝑛3 (𝜑)𝑑𝜑

Resolução:

Escrevendo o integrando como produto de duas potências de mesma base e expoentes diferentes
e aplicando a propriedade trigonométrica (1) e a tabela de integrais imediatas (1) e (2),
achamos:

𝜋 𝜋 𝜋
2 2 2

∫ 𝑠𝑒𝑛3 (𝜑)𝑑𝜑 = ∫ 𝑠𝑒𝑛2 (𝜑)𝑠𝑒𝑛(𝜑)𝑑𝜑 = − ∫[1 − 𝑐𝑜𝑠 2 (𝜑)]𝑑[𝑐𝑜𝑠(𝜑)]

0 0 0
𝜋 𝜋
2 2 𝜋 𝜋
2 (𝜑)𝑑[𝑐𝑜𝑠(𝜑)]
1 3 (𝜑)
= − ∫ 𝑑[𝑐𝑜𝑠(𝜑)] + ∫ 𝑐𝑜𝑠 = −𝑐𝑜𝑠(𝜑) | 2 + 𝑐𝑜𝑠 |2
0 3 0
0 0
𝜋 1 𝜋 3 1
= − [𝑐𝑜𝑠 ( ) − 𝑐𝑜𝑠0°] + {[𝑐𝑜𝑠 ( )] − (𝑐𝑜𝑠0°)3 } = −(0 − 1) + (03 − 13 )
2 3 2 3
1 1 1 3−1 2
= −(−1) + (0 − 1) = 1 + (−1) = 1 − = =
3 3 3 3 3
𝜋
2
Consequentemente, ∫02 𝑠𝑒𝑛3 (𝜑)𝑑𝜑 = 3

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Mudança de variável

Seja 𝑓(𝑥) uma função continua no intervalo [𝑎, 𝑏] e 𝜑(𝑡) uma função continua e com derivada continua
𝑏 𝛽
no intervalo [𝛼, 𝛽] e que para 𝑡 ∈ [𝑥, 𝑏] é 𝑎 ≤ 𝜑(𝑡) ≤ 𝑏. Assim, ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫𝛼 𝑓[𝜑(𝑡)]𝜑′ (𝑡)𝑑𝑡.

Exemplos: Calcular as seguintes integrais, pelo método de substituição:

ln(5) 𝑒 𝑥 √𝑒 𝑥 −1
1. ∫0 𝑑𝑥
𝑒 𝑥 +3

Resolução:

Fazendo 𝑒 𝑥 − 1 = 𝑡 2 ⇒ 𝑒 𝑥 = 1 + 𝑡 2 (1). Então, diferenciando (1) ambos os membros, vem:

𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑡𝑑𝑡 (2).

𝑆𝑒 𝑥 = 0, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑡 = √𝑒 𝑥 − 1 = √𝑒 0 − 1 = √1 − 1 = √0 = 0 ⇒ 𝑡 = 0
{ (3).
𝑆𝑒 𝑥 = 𝑙𝑛(5), 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑡 = √𝑒 𝑥 − 1 = √𝑒 𝑙𝑛(5) − 1 = √5 − 1 = √4 = 2 ⇒ 𝑡 = 2

Substituindo (1), (2) e (3) na integral dada, obtemos:

𝑙𝑛(5) 2 2 2 2
𝑒 𝑥 √𝑒 𝑥 − 1 √𝑡 2 ∙ 2𝑡𝑑𝑡 𝑡 ∙ 𝑡𝑑𝑡 𝑡2 𝑡2 + 4 − 4
∫ 𝑑𝑥 = ∫ = 2 ∫ = 2 ∫ 𝑑𝑡 = 2 ∫ 𝑑𝑡
𝑒𝑥 + 3 1 + 𝑡2 + 3 𝑡2 + 4 𝑡2 + 4 𝑡2 + 4
0 0 0 0 0
2 2 2 2
𝑡2 + 4 𝑑𝑡 𝑑𝑡 2 8 𝑡 2
= 2∫ 𝑑𝑡 − 2 ∙ 4 ∫ = 2 ∫ 𝑑𝑡 − 8 ∫ = 2𝑡 | − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )|
𝑡2 + 4 𝑡2 + 4 𝑡 2 + 22 0 2 2 0
0 0 0 0
2 0
= 2(2 − 0) − 4 [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )] = 2 ∙ 2 − 4[𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(1) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(0)]
2 2
𝜋 𝜋
= 4 − 4 (4 − 0) = 4 − 4 ∙ 4 = 4 − 𝜋.
𝑙𝑛(5) 𝑒 𝑥 √𝑒 𝑥 −1
Por conseguinte, a integral ∫0 𝑑𝑥 = 4 − 𝜋
𝑒 𝑥 +3

3
2. ∫1 √𝑥 + 1𝑑𝑥

Resolução:

Fazendo 𝑥 = 2𝑡 − 1 (1). Então, diferenciando (1) ambos os membros, vem: 𝑑𝑥 = 2𝑑𝑡 (2).
2
𝑆𝑒 𝑥 = 1, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 2𝑡 − 1 = 1 ⇒ 2𝑡 = 1 + 1 ⇒ 2𝑡 = 2 ⇒ 𝑡 = 2 ⇒ 𝑡 = 1;
{ 4
(3)
𝑆𝑒 𝑥 = 3, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 2𝑡 − 1 = 3 ⇒ 2𝑡 = 1 + 3 ⇒ 2𝑡 = 4 ⇒ 𝑡 = 2 ⇒ 𝑡 = 2

Colocando (1), (2) e (3) na integral dada, achamos:

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3 2 2 2 2

∫ √𝑥 + 1𝑑𝑥 = ∫ √2𝑡 − 1 + 1 ∙ 2𝑑𝑡 = 2 ∫ √2𝑡𝑑𝑡 = 2 ∫ √2√𝑡𝑑𝑡 = 2√2 ∫ √𝑡𝑑𝑡

1 1 1 1 1

2 1 1+2 3
1 𝑡 2+1 2 𝑡 2 2 𝑡 2 2 2 ∙ 2√2 3 2
= 2√2 ∫ 𝑡 2 𝑑𝑡 = 2√2 | = 2√2 | = 2√2 | = √𝑡 |
1 1 1+2 1 3 1 3 1
1 + 1
2 2 2

4√2 4√2 4√2 ∙ √8 4√2 4√2 ∙ 8 4√2

= (√23 − √13 ) = (√8 − 1) = − = −
3 3 3 3 3 3

4√16 4√2 4 ∙ 4 4√2 16 4√2 4

= − = − = − = (4 − √2)
3 3 3 3 3 3 3
3 4
Por conseguinte, a integral ∫1 √𝑥 + 1𝑑𝑥 = 3 (4 − √2)

Integração por partes

Sejam 𝑢 e 𝑣 duas funções de 𝑥 deriváveis. Tem-se (𝑢𝑣)′ = 𝑢′ 𝑣 + 𝑢𝑣 ′. Integrando os dois
𝑏 𝑏 𝑏
membros da igualdade anterior no intervalo [𝑎, 𝑏], obtemos: ∫𝑎 (𝑢𝑣)′ 𝑑𝑥 = ∫𝑎 𝑢′ 𝑣𝑑𝑥 + ∫𝑎 𝑢𝑣 ′ 𝑑𝑥

(1). Visto que a integral ∫(𝑢𝑣)′ 𝑑𝑥 = 𝑢𝑣 + 𝐶, então, temos ∫𝑎 (𝑢𝑣)′ 𝑑𝑥 = 𝑢𝑣 |𝑏 . Portanto, a

𝑏
𝑎
igualdade (1) podemos escrever sob a forma 𝑢𝑣 |𝑏 = ∫𝑎 𝑣𝑑𝑢 + ∫𝑎 𝑢𝑑𝑣 ⇒ ∫𝑎 𝑢𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 |𝑏 − ∫𝑎 𝑣𝑑𝑢.
𝑏 𝑏 𝑏 𝑏
𝑎 𝑎

Exemplos: Calcular as seguintes integrais, empregando-se a fórmula de integração por partes:

𝜋
1. ∫02 𝑥𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑥

Resolução:

Aplicando a fórmula de integração por partes e a tabela de integrais imediatas (10), obtemos:

Fazendo 𝑢 = 𝑥 ⇒ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥. 𝑑𝑣 = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) ⇒ 𝑣 ∫ 𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) ⇒ 𝑣 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥).

𝜋 𝜋
2 𝜋 2 𝜋 𝜋
∫ 𝑥𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) | 2 − ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) |2 − [−𝑐𝑜𝑠(𝑥)] | 2
0 0 0 0 0
𝜋 𝜋
𝜋 𝜋 𝜋
= 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) | 2 + 𝑐𝑜𝑠(𝑥) | 2 = 𝑠𝑒𝑛 ( ) − 0 ∙ 𝑠𝑒𝑛(0) + 𝑐𝑜𝑠 ( ) − 𝑐𝑜𝑠(0)
0 0 2 2 2

𝜋 𝜋 𝜋−2 1
= ∙1−1= −1= = (𝜋 − 2)
2 2 2 2
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 𝜋
1
Logo, a integral ∫02 𝑥𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑥 = 2 (𝜋 − 2)

𝑒
2. ∫1 𝑙𝑛(𝑥)𝑑𝑥

Resolução:

Aplicando a fórmula de integração por partes e a tabela de integrais imediatas (1), obtemos:
𝑑𝑥
Fazendo 𝑢 = 𝑙𝑛(𝑥). Então, diferenciando ambos os membros, vem: 𝑑𝑢 = 𝑥

𝑑𝑣 = 𝑑𝑥 ⇒ 𝑣 = ∫ 𝑑𝑥 = 𝑥 ⇒ 𝑣 = 𝑥

𝑒 𝑒 𝑒
𝑒 𝑑𝑥 𝑒 𝑒 𝑒
∫ 𝑙𝑛(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑥𝑙𝑛(𝑥) | − ∫ 𝑥 = 𝑥𝑙𝑛(𝑥) | − ∫ 𝑑𝑥 = 𝑥𝑙𝑛(𝑥) | − 𝑥 |
1 𝑥 1 1 1
1 1 1

∫ 𝑙𝑛(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑒 ∙ 𝑙𝑛(𝑒) − 1 ∙ 𝑙𝑛(1) − (𝑒 − 1) = 𝑒 ∙ 1 − 1 ∙ 0 − 𝑒 + 1 = 𝑒 − 𝑒 + 1 = 1

1

𝑒
Portanto, a integral ∫1 𝑙𝑛(𝑥)𝑑𝑥 = 1

Integrais impróprias
Seja 𝑓(𝑥) uma função definida e limitada para todo o 𝑥 > 𝑎 e integrável em qualquer intervalo
𝑏
fichado [𝑎, 𝑏], 𝑎 < 𝑏. Se existir o limite da integral ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 quando 𝑏 tender para infinito,
então esse limite é, por definição, a integral imprópria da função 𝑓(𝑥) no intervalo[𝑎, +∞[ e
∞ 𝑏
pode escreve-se da seguinte maneira, ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝑏→∞ ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥. Se o limite não existir, a
integral imprópria não tem sentido e diz-se divergente, caso contrário, diz-se convergente.
𝑏 𝑏
Analogamente se define a integral de 𝑓(𝑥) em ]−∞, 𝑏], isto é, ∫−∞ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝑎→−∞ ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.
+∞ 𝑏
Portanto, a integral da função 𝑓(𝑥) no intervalo ]−∞, +∞[ é, ∫−∞ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝑎→−∞ ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 .
𝑏→+∞

As integrais de qualquer destes tipos denominam-se genericamente integrais impróprias da

primeira espécie.

Exemplos: Determinar a convergência das seguintes integrais impróprias:

∞ 𝑑𝑥
1. ∫−∞ 1+𝑥 2

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Resolução:

Aplicando a integral da função 𝑓(𝑥) no intervalo ]−∞, ∞[ e a tabela de integrais imediatas (4),
achamos:
∞ 𝑏
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑏
∫ 2
= 𝑎→−∞
lim ∫ 2
= 𝑎→−∞ lim [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑏) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑎)]
lim 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑥) | = 𝑎→−∞
1+𝑥 𝑏→∞
1 + 𝑥 𝑏→∞
𝑎 𝑏→∞
−∞ 𝑎

= 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(−∞) = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) − (−1) ∙ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) + 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞)

𝜋 ∞ 𝑑𝑥
= 2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) = 2 ∙ 2 = 𝜋 ⇒ ∫−∞ 1+𝑥 2 = 𝜋. Logo, a integral dada é convergente.

𝜋
Observação: Arco-tangente de infinito é igual a noventa graus, isto é, 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) = 90° = 2

∞ 𝑑𝑥
2. ∫1 𝑥

Resolução:

Aplicando a integral da função 𝑓(𝑥) no intervalo ]1, ∞[ e a tabela de integrais imediatas (3),
achamos:

∞ 𝑏 ∞
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑏 𝑑𝑥
∫ = lim ∫ = lim 𝑙𝑛|𝑥| | = lim [𝑙𝑛(𝑏) − 𝑙𝑛(1)] = 𝑙𝑛(∞) − 0 = ∞ ⇒ ∫ =∞
𝑥 𝑏→∞ 𝑥 𝑏→∞ 1 𝑏→∞ 𝑥
1 1 1

Por conseguinte, a integral dada é divergente.

+∞ 𝑑𝑥
3. ∫−∞
𝑥 2 +4𝑥+9

Resolução:

Transformando o integrando em soma de quadrados e aplicando a integral da função 𝑓(𝑥) no

intervalo ]−∞, ∞[ e a tabela de integrais imediatas (4), achamos:

∞ 𝑏 𝑏
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
∫ 2 = 𝑎→−∞
lim ∫ 2 = 𝑎→−∞
lim ∫ 2
𝑥 + 4𝑥 + 9 𝑏→∞
𝑥 + 4𝑥 + 9 𝑏→∞
𝑥 + 4𝑥 + 4 − 4 + 9
−∞ 𝑎 𝑎

𝑏 𝑏 𝑏
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
= 𝑎→−∞
lim ∫ = lim ∫ = 𝑙𝑖𝑚 ∫ 2
𝑏→∞
(𝑥 + 2)2 − 4 + 9 𝑎→−∞
𝑏→∞
(𝑥 + 2)2 + 5 𝑎→−∞ (𝑥 + 2)2 + (√5)
𝑎 𝑎 𝑏→∞ 𝑎

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 𝑏
𝑑(𝑥 + 2) 1 𝑥+2 𝑏
= 𝑎→−∞
𝑙𝑖𝑚 ∫ 2 = 𝑎→−∞
lim [ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )| ]
𝑏→∞ 𝑎 (𝑥 + 2)2 + (√5) 𝑏→∞ √5 √5 𝑎

1 𝑏+2 𝑎+2 1 ∞+2 −∞ + 2

= lim [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )] = [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )]
√5 𝑎→−∞
𝑏→∞ √5 √5 √5 √5 √5

1 ∞ −∞ 1
= [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )] = [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(−∞)]
√5 √5 √5 √5
1 1 1
= [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) − (−1)𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞)] = [𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) + 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞)] = ∙ 2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞)
√5 √5 √5
∞
2 𝜋 𝜋 𝑑𝑥 2 𝜋
= 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(∞) = ∙ = ⇒ ∫ 2 =
√5 √5 2 √5 𝑥 + 4𝑥 + 9 √5
−∞

Portanto, a integral dada é convergente.

Exercícios de aplicação

1. Calcular as integrais, usando a fórmula de Newton-Leibniz:

𝜋
1 𝑑𝑥 1 𝑑𝑥
𝑎) ∫−4 𝜋 𝑡𝑔(𝑥)𝑑𝑥 𝑏) ∫0 𝑥 2 +4𝑥+5
𝑐) ∫0
4 √1−𝑥 2

2. Calcular as seguintes integrais, pelo método de substituição:

2
𝑙𝑛(2) 29 (𝑥−2)3
𝑎) ∫0 √𝑒 𝑥 − 1𝑑𝑥 𝑏) ∫3 2 𝑑𝑥
(𝑥−2)3 +3
3. Calcular as seguintes integrais, empregando-se a fórmula de integração por partes:
1 𝜋
𝑎) ∫0 𝑥 3 𝑒 2𝑥 𝑑𝑥 𝑏) ∫0 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥

4. Determinar a convergência das seguintes integrais impróprias:

∞ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑥) ∞ 𝑑𝑥
𝑎) ∫0 𝑑𝑥 𝑏) ∫1
𝑥 2 +1 𝑥2

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