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COLÉGIO ALTERNATIVO MARANHENSE

PROF. TALYSSON BASTOS


9ª ANO
HISTÓRIA

- CARO ALUNO, APÓS ASSISTIR O FILME O AUTO DA COMPADECIDA


LEIA OS TEXTOS E RESPONDA ÀS QUESTÕES RELACIONADAS A ELE.

TEXTO 1 CORONELISMO
O coronelismo foi uma forma de poder que ficou conhecido pelo seu autoritarismo e sua
opressão exercidos por chefes políticos diretamente ligados ao meio rural, modelo que se
verificou em todo o país, mas em especial no Nordeste. No campo político brasileiro,
notadamente durante a República Velha compunham um modelo oligárquico de manutenção de
poder onde nos Estados os coronéis garantiam a perpetuação do mesmo grupo político no
controle do governo estadual e estes mantinham nos municípios sempre alguém ligado ao
c e a de .
Durante a República Velha a prática de fraudes eleitorais não se constituía uma exceção
à regra, era a própria regra. Como na época não existia uma Justiça Eleitoral, havia o chamado
voto de cabresto, o poder decisório sobre os resultados oficiais das eleições concentrava-se na
Comissão de Verificação de Poderes. Toda a estrutura eleitoral foi planejada no sentido de que
os candidatos oficiais vencessem as eleições, e para que isso acontecesse eles tinham o apoio
dos coronéis.
Como o passar das décadas mudavam-se os nomes dos sistemas políticos, mas mantem
os mesmos interesses: a estrutura continua. Na atualidade a forma de coronelismo está aí,
escondida nas sombras da palavra democracia. Sistema democrático que de fato não existe.

Coronelismo: práticas sociais ainda vigentes na república brasileira


Sheila de Sousa Teodosio¹, Andressa Gregorio de Oliveira², Raissa Araujo de Sousa Rodrigues Disponível
em: http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/1563/2985
TEXTO 2 O SURGIMENTO DO CORONELISMO NO BRASIL
O coronelismo está presente na história do Brasil desde os primórdios de sua colonização,
porém de forma inconsciente, um exemplo disso foram às capitanias hereditárias, onde a Coroa
Portuguesa dividiu o país em grandes lotes de terras e as entregou as pessoas de melhores condições
econômicas: os donatários. A eles eram dado total poder dentro da capitania. Com a morte do
donatário, a administração da capitania passava para seus descendentes (COTRIM, 1999, p.60).

Só no Império é que o coronelismo veio tornar-se realidade, porém foi na República Velha (1889
1930) que o coronelismo se consolidou, tornando-se um sistema político caracterizado pelo enorme
poder concentrado nas mãos de um poderoso local (latifundiário, fazendeiro, senhor de engenho),
pessoas com grande poder aquisitivo. É bom ressaltar que esse sistema tinha como figura central o
coronel, é importante também explicar como surgiu essa figura.
Surgiu com a formação da Guarda Nacional, criada em 1831 (...). A a da b e a e a uma
milícia civil que representava o poder armado dos proprietários que passaram a patrulhar as ruas e
estradas em substituição às forças tradicionais, derrubadas pelos revolucionários. Para ser integrante
dela era preciso pois ser alguém de posses, que tivesse recursos para assumir os custos com o uniforme
e as armas necessárias (200 mil réis de renda anual nas cidades e 100 mil réis no campo) (SHILLING,
2012, s/p).
Os postos militares foram colocados à venda, e só quem tinha poder aquisitivo para comprar
os títulos militares eram os grandes proprietários de terras, por dispor de favoráveis condições
econômicas, então com todo esse aparato de título, poder, dinheiro e influência era mais fácil tornar os
trabalhadores seus dependentes.
O coronelismo era um sistema politico marcado pelo autoritarismo por parte dos coronéis, e
pela subordinação dos trabalhadores e de todo povo que ali vivia, recebiam salários ínfimos e eram
submetidos a péssimas condições de trabalhos. Vale ressaltar que os trabalhadores viviam dentro das
propriedades dos coronéis, e dependiam de fa e como: algum dinheiro extra, auxílio para
educação dos filhos, socorro na hora da doença, etc. (COTRIM, 1999, p.268).
Além dessa função política, o coronel apresentava uma paternalista e clientelista atuação
social: ele era o padrinho, o compadre, a pessoa que mandava soltar e prender, arrumava
casamentos, promovia festas, acomodando criminosos, dando terras aos agregados que viviam em
suas fazendas, protegendo-os da polícia e auxiliando os em qualquer necessidades, da cura de
doenças à redação de uma simples carta. Arrogante, exigia dos submissos obediência absoluta,
prestação de serviços, participação nos grupos de jagunços para disputar a liderança de uma
localidade com outros coronéis (FARIAS, 1997, p.123).
Os coronéis concediam esses favores , mas queriam em troca que todos que estavam sob seu
domínio votassem nos políticos que eles apoiavam. Quem negasse essa troca, era sujeito à violência,
repreendido e perdiam os benefícios dos favores. O voto dado sobre pressão ficou conhecido como
voto de cabresto, e nesse período o voto era aberto, por isso os coronéis tinham como saber quem tinha
obedecido a suas ordens, e quem fazia essa fiscalização eram seus jagunços.

No Ceará, até padre era coronel. Como nessa época o catolicismo era a religião predominante
às pessoas davam muita credibilidade aos representantes do clero, para esse caso específico onde o
padre era coronel, era mais fácil conseguir adeptos, como também era mais forte sua influência sobre
as pessoas daquela região, pois para eles não era um coronel que ditava, mas sim um enviado de Deus
que lhes guiavam.
No Cariri, a autocracia, base da autoridade sócio-política dos coronéis, atingiu da a esferas
do poder . A a e e a b e b e d e b e d s. Indicavam nomes ao governo
para o preenchimento dos cargos e exigiam demissão de juiz, promotor e delegado, sendo prontamente
atendidos (MACEDO, 1998, p.38).
Esse foi mais um sistema que explorava, oprimia e controlava a vida daquela população, se
aproveitando das condições concretas de existência daquele povo, que na maioria das vezes já era tão
sofridos por causa das condições climáticas e pela falta de assistência, pois eram os coronéis quem
faziam o papel do estado, porém de forma muito precária e ameaçadora, e em troca queria a fidelidade
daqueles trabalhadores, de seus parentes e de todos os habitantes do município e região que ele
controlava.
Coronelismo: práticas sociais ainda vigentes na república brasileira
Sheila de Sousa Teodosio¹, Andressa Gregorio de Oliveira², Raissa Araujo de Sousa Rodrigues Disponível em:
http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/1563/2985
TEXTO 3 CONEXTO HISTÓRICO DA DÉCADA DE 1930
No final da década de 1920, a população brasileira estava descontente com o governo
brasileiro das oligarquias, que era comandado basicamente pelos grupos ligados à produção e
exportação do café.
Entre o grupo dos descontentes, havia militares, membros das novas camadas médias urbanas
e grandes proprietários rurais, cujas atividades não estavam ligadas à produção cafeeira e, portanto,
não compartilhavam dos privilégios decorrentes da política de proteção à cafeicultura.
Neste período a sociedade brasileira era predominantemente rural, em muitas regiões o poder
era exercido pelas oligarquias locais, cujos representantes eram os coronéis, que eram grandes
proprietários rurais. Nestas regiões do interior do país, os líderes religiosos exerciam grande influência
sobre a população, muitas vezes eram responsáveis por fazerem a intermediação entre a população
pobre e a classe alta, levando-lhes suas reivindicações.
A maior parte da mão de obra destes locais era formada por camponeses, seringueiros,
mineiros e vaqueiros que trabalhavam muitas horas por dia e recebiam baixos salários.
No sertão nordestino muitas famílias pobres enfrentavam a seca e a fome sem receber
qualquer tipo de auxílio. Muitos migravam para outras regiões do país em busca de melhores
condições de trabalho.

Nestes sertões havia ainda a figura do cangaceiro que eram pessoas revoltadas com a Eles
opressão e a miséria. passavam a viver na ilegalidade, assaltando e saqueando fazendas e
cidades do sertão.
No espaço urbano a burguesia industrial brasileira estava descontente com a política econômica
do governo federal e exigia proteção à indústria nacional. Os comerciantes, funcionários públicos e
profissionais liberais aumentaram seu poder aquisitivo e passaram reivindicar maior participação política,
que era uma exigência de muitos militares, isso colaborou para o enfraquecimento do governo oligárquico,
Os operários se organizavam em sindicatos e passaram a lutar por direitos. Esse contexto social se
agravou com a crise de 1929, atingindo as exportações do café brasileiro. Para a sucessão presidencial
de 1929, as oligarquias mineira e paulita, rompem um acordo de apoio mútuo conhecido como a política
do Caf c Le e , e acab e a d Ge Va a a de . E e procurou governar mantendo
um certo equilíbrio entre as oligarquias estaduais e por militares. Neste período teria início na História do
Brasil a chamada Era Vargas que foi de 1930 a 1945, marcada pela centralização política e pelo
desenvolvimento industrial, pelo surgimento dos direitos trabalhistas, controle dos sindicatos, conquistas
sociais, repressão política e busca de uma identidade nacional e a
integração do país através do rádio.

. ed. São Paulo, 2006


a

MELANI, Maria Raquel Apolinário (org.). Projeto Araribá: História. Ed. Moderna. 1
PELEGRINI, Marco Cesar. Novo Olhar: História -3. FTD, 2 a . ed. São Paulo, 2013.

1. Responda .
a) Forma de poder que ficou conhecido pelo seu autoritarismo e sua opressão
exercidos por chefes políticos diretamente ligados ao meio
rural,..........................................;
b) Região do país onde o presente: governo dos coronéis foi mais
............................................; FORTE

c) A....................................................................era uma milícia civil que


representava o poder armado dos proprietários que passaram a patrulhar as ruas e
estradas em substituição às forças tradicionais, seus comandantes, os grandes
proprietários, compravam patentes de comando;
d) Os coronéis concediam ........................................... , a e ca d
deveriam votar nos candidatos que eles apoiavam.
e) Tipo de voto existente que facilitava o controle da população pelos coronéis:
..............................................................;
f) O .................................... eram pessoas revoltadas com a opressão e a
miséria. Eles passavam a viver na ilegalidade, assaltando e saqueando fazendas
e cidades do sertão.
g) Os.........................................exerciam grande influência sobre a
população,
muitas vezes eram responsáveis por fazerem a intermediação entre a
população pobre e a classe alta, levando-lhes suas reivindicações;
h) Os comerciantes, funcionários públicos e profissionais liberais
aumentaram seu
poder aquisitivo e passaram reivindicar maior
participação...............................................;
i) O ................................................. a a a a e ga izar em
sindicatos e
lutar por seus direitos;
j) Evento do final da década de 20 que agrava a situação econômica
do Brasil por diminuir as exportações de café.
F a .............................. ................................................;
k) Nome do acordo rompido pelas oligarquias mineira e paulista as vésperas
das eleições de 1930. Era a chamada política do
.............................................................................................;

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