tradicional de conhecimento, apresentando contraexemplos que nos revelam a possibilidade de termos uma crença verdadeira justificada sem que tal crença equivalha a um efetivo conhecimento, ou seja, ainda que se verifiquem as três condições – crença, verdade e justificação –, o sujeito pode não possuir o conhecimento. 2. 2.1. Crença verdadeira: «McEnroe é o campeão de Wimbledon deste ano.» Justificação: «Acabei de ver McEnroe ganhar a final de Wimbledon deste ano.» 2.2. São três essas circunstâncias: o facto de as câmaras que estavam em Wimbledon terem deixado de funcionar; o facto de a televisão estar a passar uma gravação da competição do ano anterior; o facto de McEnroe estar prestes a repetir a vitória do ano passado. Assim, embora a crença de Henry seja verdadeira, e acompanhada de justificação, não se pode afirmar que ele tenha um efetivo conhecimento, pois a justificação que ele detém não é apropriada, e a sua crença é verdadeira por mera coincidência.