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ESTSETÚBAL/IPS

Trabalho Laboratorial
n.º 5
Teorema de Thèvenin
Unidade curricular de Electrotecnia
1 Objetivos

Após completar estas atividades o aluno deverá ser capaz de:

 Determinar a resistência equivalente de Thévenin (RTH).


 Determinara tensão equivalente de Thévenin (VTH).
 Utilizar o circuito equivalente de Thévenin para determinar a corrente numa
resistência de carga ligada a um circuito.

2 Material

 1 unidade PU-2000
 1 placa de circuito impresso EB-102
 1 multímetro

3 Discussão

Quando se liga à saída de um circuito uma determinada carga, é necessário determinar a


corrente na carga, a tensão aos seus terminais e a potência dissipada. Tais valores poderiam
ser obtidos através dos procedimentos usuais, i.e. analisar o circuito através das Leis de
Kirchhoff ou do teorema da sobreposição até encontrar o valor das grandezas necessárias. No
entanto, quando se modifica o valor da carga é necessário repetir todos os cálculos efetuados.

O Teorema de Thévenin é usado para simplificar problemas deste tipo, reduzindo o circuito da
figura 1 (a) à série de uma resistência (resistência de Thévenin - RTH) com uma fonte de tensão
(tensão de Thévenin - VTH) como mostra a figura 1 (b). Transformada a rede no seu circuito
equivalente de Thévenin, o problema reduz-se a uma solução mais simples.

Circuito Carga Circuito equivalente Carga

VF R1 R3 VTH RTH

R2 RL RL

(a) (b)
Figura 1 – Transformação de um circuito (a) no seu equivalente de Thévenin (b)

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3.1 Determinação da Resistência equivalente de Thévenin (RTH)

Para determinar a resistência equivalente de Thévenin, é necessário remover a carga aplicada


ao circuito e curto-circuitar a fonte de tensão – ver figura 2(a). A resistência equivalente de
Thévenin é o valor da resistência equivalente entre os terminais do lado direito do diagrama –
ver figura 2(b).

R1 R3 R1 R3

VF R2 R2 RTH

(a) (b)
Figura 2 – Determinação da Resistência de Thévenin

No caso do exemplo da figura 2, o valor de RTH é valor obtido pelo paralelo de R1 e R2, em série
com R3.

3.2 Determinação da Tensão equivalente de Thévenin (VTH)

A tensão equivalente de Thévenin VTH é o valor da tensão aos terminais do circuito aberto,
depois de removida a carga, de acordo com figura 3(a). Assim, a corrente em R3 é nula e a
tensão VTH é igual à queda de tensão em R2.

R1 R3 R1 R3

VF Circuito em
R2 VF R2 VTH
aberto

(a) (b)
Figura 3 – Determinação da Tensão de Thévenin

No caso do circuito da figura 3, para obter o valor da tensão VTH, basta utilizar a fórmula dos
divisores de tensão de modo a obter o valor da queda de tensão em R2.

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4 Procedimentos

4.1 Coloque a placa de circuito impresso EB-102 na unidade PU-2000.

4.2 Execute a montagem da figura 4. Meça a tensão de saída VTH com o voltímetro e registe o
valor na tabela 1.

R1 R3

VF R2 VTH V

Figura 4 – Circuito a analisar para obter o equivalente de Thévenin - VTH

4.3 Para medir RTH deve-se colocar em curto-circuito os terminais da fonte de tensão de 12V
(ver figura 5). Meça a resistência de saída com o ohmímetro e registe o valor na tabela 1.

R1 R3
VF R2 RTH Ω

Figura 5 – Circuito a analisar para obter o equivalente de Thévenin - RTH

Depois de obter as medidas, retire o curto-circuito da fonte PS-1.

Tabela 1 - Valores do circuito equivalente de Thévenin


VTH [V] RTH [Ω]

4.4 Após a leitura dos valores do circuito equivalente de Thévenin, é necessário verificar a
validade dos mesmos.

Para tal é necessário aplicar os valores obtidos na tabela 1 a um circuito composto por uma
fonte de tensão variável (VPS-1) e um reóstato (RVS) e mostrar que são equivalentes, através da
sua acção sobre vários tipos de cargas resistivas.

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De modo a obter um circuito equivalente ao da figura 4, é necessário utilizar a seguinte
montagem (figura 6):

R6

RVS

VPS-1

Figura 6 – Circuito equivalente de Thévenin

a) Ajuste a fonte PS-1 para o valor da tensão VTH (ver tabela 1).

b) Posicione o ohmímetro de forma a medir a resistência total do circuito e ajuste o reóstato


RVS para o valor da resistência RTH (ver tabela 1).

4.5 Depois de efectuar a montagem da figura 6 (equivalente de Thévenin do circuito da figura


4) é necessário proceder a testes com diversas cargas de modo a demonstrar que ambos os
circuitos são equivalentes.

Logo, é necessário medir os valores da tensão e da corrente para três cargas: R4, R5, e curto-
circuito (figura 7(b)) e efetuar o registo na tabela 2

R1 R3

VF R2
R4 R5

(a) (b)
Figura 7 – Circuito a analisar para obter o equivalente de Thévenin - VTH

Tabela 2 – Circuito Original


Carga Tensão de saída Corrente na carga
Resistência R4
Resistência R5
Curto-circuito

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4.6 Após obter os valores de corrente e tensão para o circuito da figura 4, é necessário utilizar
o circuito da figura 6, e medir os valores da tensão e da corrente para três cargas: R4, R5, e
curto-circuito (figura 8(a)) e registar as leituras na tabela 3.

R6

RVS

R4 R5

VPS-1

(a) (b)
Figura 8 – Circuito equivalente de Thévenin

Tabela 3 – Circuito Equivalente


Carga Tensão de saída Corrente na carga
Resistência R4
Resistência R5
Curto-circuito

5 Observações

a) Esta experiência mostrou que o circuito da figura 4 é equivalente ao circuito da figura 6?


Enuncie as diferenças (se existirem).

b) Faça o dimensionamento teórico do equivalente de Thévenin. Para isso, calcule o


equivalente de Thévenin, com base no código de cores das resistências. Os resultados são
similares aos obtidos nas leituras efetuadas? Porquê?

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Anexo 1

Placa EB101

Na placa EB102 é possível localizar quatro zonas distintas:

1- “Thévenin Theorem” – resistências R1 a R6 e RV1

2- “Superposition, Millman Theorems” – resistências R13 a R15

3- “Max Power Transfer” – resistências R16 a R18

4 - “Delta-Wye Transform” – 2 circuitos independentes (R7 a R9 e R10 a R12)

De modo a medir as resistências R1 a R18, é aconselhável seguir os seguintes passos:

1- Desligar todos os elementos externos à placa (fios, aparelhos de medida, etc);

2- Remover a placa do módulo PU2000;

3- Medir a resistência pretendida com o ohmímetro diretamente aos seus terminais.

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Anexo 2

Código de Cores

Cor Lista 1 Lista 2 Lista 3

Preto 0 0 X1

Castanho 1 1 X 10

Vermelho 2 2 X 102

Laranja 3 3 X 103

Amarelo 4 4 X 104

Verde 5 5 X 105

Azul 6 6 X 106

Roxo (Violeta) 7 7 X 107

Cinza 8 8 X 108

Branco 9 9 X 109

Tolerâncias (Lista 4): dourado (5%), prateado (10%)

Exemplos de aplicação:

Castanho – Preto – Laranja – Dourado → 10 x 103 = 10 kΩ, tolerância ±5%

Laranja – Laranja– Preto– Prateado → 33 x 10 = 330 Ω, tolerância ±10%

Amarelo – Roxo – Vermelho – Prateado → 47 x 102 = 4,7 kΩ, tolerância ±10%

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