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Esquecim ento e S au dade

Ao s o lta r u n s gem idos de a m a r g u ra


Q ue a c a d a p e ito n u m m o m e n to a r r a n c a ,
E u vi p o u sa d a u m a p o m b in h a b ra n c a
N a cruz sin g e la de u m a se p u ltu ra .
E m d e rre d o r b r o ta r a o tr is te goivo
E lá d e n tro d o rm ia o e te rn o sono;
F a z ia u m m ês a p e n a s , n o ab a n d o n o ,
U m p o b re m oço que m o rre ra noivo.
M as qu em g em ia assim a su a d e s d ita
N aq u e la cru z de m á rm o re p o u sa d a ?
E ra a a lm a desse noivo tr a n s f o r m a d a
No corpo esb elto d a p o m b in h a a f lita .
A n o iv a lh e fiz e ra u m a p ro m e ssa
Q ue o consolou b a s ta n te n a a g o n ia
I r v is ita r - lh e a c a m p a ; e j á n ã o ia
E sq u e c e ra -o p o r o u tro bem d ep ressa.
E assim fic a v a ali h o r a s in te ir a s
S em p re a c a r p ir a lu z e n e g re c id a
D a p ró p ria s e p u ltu r a h o ra esq u ec id a
E q u ase o c u lta p e la s tre p a d e ira s .
P a ssa o m orcego; a s a z a s r u fla m n o a r
V endo a p o m b in h a p a r a a cru z in v e ste
E firm a n d o -s e n o g a lh o d u m cip re ste
A ssim p e r g u n ta n u m so rriso a lv a r:
O que fazes a í n esse re tiro ?
S em p re a gem er, g em er c o n s ta n te m e n te
“F a la .” E a p o m b in h a b ra n c a em voz d o le n te
R e sp o n d eu : T ú n ã o vês? G em o e su sp iro !
O ra d e ix a -te d is s o ... que le m b ra n ç a ;
V a i-te e m b o ra daq u i, disse o m orcego;
N ão vês que m e p e r tu r b a s o socego
Q ue aq u i d e n tro n ã o h á m a is e s p e ra n ç a ?
N ão. N u n ca m ais. Aqui a p e n a s m e d ra
O e sq u ec im en to em to d o o seu re q u in te .
Q uem e n t r a c á n o d ia e sg u in te
F ic a esquecido sobre a f ria p e d ra .
D isse e fugiu. D eix a n d o em g ra n d e asso m b ro
A p o m b in h a a gem er ju n to ao salg u eiro .
C a n ta ro la n d o além v in h a o coveiro
T ra z e n d o a p á s in is tr a e a e n x a d a ao om bro.
F icou d e s e rta a cruz. N a im e n sid a d e
pouco à p ouco p e rd e u -s e a in d a u m la m e n to
E ra esse a tro z m orcego o “E sq u e c im e n to ”
E essa p o m b in h a b r a n c a e ra a “S a u d a d e ”.

Olegário M aria n o
Ano I — N.° 2 Fevereiro de 1948

"A GAIVOTA”
(T razendo N otícias do E te rn o Evangelho)
Órgâo O ficial da M issão B rasile ira da Ig re ja de Jesus C risto
dos Santos dos Ú ltim os Dias

ÍNDICE

E D IT O R IA L
O ração F am iliar ...............................................................P residente H arold M. R ex 26
M uitos Chamados, Poucos Escolhidos .....................................do “D eseret N e w s” Capa

A RTIGO S E S P E C IA IS

P residente J . Reuben Clark, J r ...................................................... C. Elm o T u m e r 27


O que T rouxeram os Pioneiros ................................ E lder S tep h en L. R ichards 28
L em brança do Monte Cum orah — l .a P a rte . . . . ................. Robert. W. S m ith 33
A Bondade Mais F o rte do que A F orça ................................ M arvin O. A sh to n 3&
Você Sabia Q ue. . . ? ..................................................................................................................3

A U X IL IA R E S
Escola Dominical
.................................. ..............................•........................ E lder Jack A . Bowen 38
P rim ária
O Éco ............................................................................do “Children’s F riend” 39
"A O ração do S enhor” (peça p a ra P áscoa) ............... H elena Cheever 40
Sociedade de Socorro
Mensagem do P residente Sm ith ................... Pres. George A lb e rt S m ith 4!

SACERDÓCIO
Os Cargos do Sacerdócio ..................................................E lder C. Elm o T u m e r 46'

VÁRIOS
E videncias e Reconciliações ............................................. E lder João A . W idtsoe 47

A ssin a tu ra A nual no B rasil . C rf 20,00 D ir e to r :. . .Cláudio M a rtin s dos Santos


A ssin a tu ra anual do E x te rio r Cr$ 40,00
R e d a to r:.......................................João Serra
E xem plar I n d iv id u a l............... Cr$ 2,00
Tôda correspondência, assin atu ra s, e rem essas de dinheiro devem ser enviados a :
“A G A I V O T A ”
C aixa P ostal 862 São P aulo — B rasil
EDITORIAL

O R AÇ Ã O FAMILIAR

A p rática m ais valiosa que os S antos dos Ú ltim os D ias n a


M issão B rasileira podem ad o tar é a oração fam iliar. P or oração
fa m ilia r eu quero dizer reu n irem -se d uas vezes ao dia e ajo elh a­
re m -se n a presença do S enhor p a ra expressarem seus ag rad eci­
m entos pelas m u itas bênçãos recebidas e p edir pela S ua contínua
proteção e guia em todos os nossos bons trabalhos. ;
É costum e en tre os S antos do m undo todo ajo elh arem -se em
oração fam iliar. As orações tom am lu g a r g eralm en te an tes do
alm oço e antes do ja n ta r. As cadeiras ao redo r da m esa são v i­
rad a s e a fam ília toda se ajo elh a . O S enhor q u er que Seus
filhos sejam valentes e corajosos m as tam bém q u er que ê l s se
ja m hum ildes. A joelhar em nossos lares com nossa fam ília p a ra
o ra r faz-nos hum ildes.
A s crianças tam bém devem te r oportunid ad es p ara oferece­
rem as orações. Isto os a ju d a rá a desenvolverem -se esp iritu al
m ente, ensina-os a com preenderem a im portân cia de oração e os
u n irá m ais a fam ília. Inicialm ente talvez os pais te n h am q u e
ensiná-los porque êles sentem m edo de o ra r na fre n te da fam ília,
e possivelm ente n a fre n te de hospedes, m as êles ap ren d erão . Os
hospedes devem ser convidados a tom arem p a rte nas orações. A
oração nunca deve ser cheia de repetições.
Irm ãos, irm ãs e am igos, vam os o ra r freq u en tem en te com nos­
sas fam ílias, p ara g an h a r a recom pensa de viv er p erto do S en h o r.

P re sid en te — HAROLDO M. REX


Presidente J. Reuben Clark Jr.
A dorna a capa de G aivota deste Estado, em 1928 (resignou como se­
m ês a fotografia do prim eiro conse­ gundo secretário do Estado p ara
lheiro da P rim e ira P residencia, J . v o lta r ao M exico e serv ir como
R euben C lark, J r . P resid en te C lark conselheiro do E m baixador M or­
tem p r estado e continua a p resta r óti­ row )
mo serviço à Ig re ja . A sua vida, — A pontado E m b aix ad o r no M exico
rica de experiencia e cheia de sabe­ em 1930 e ficou assim até resig n ar
d oria, representa um a coluna de fô r M arço de 1933 p a ra v o ltar ao Lago
ça p a r a a Igreja. Salgado e to rn a r-se segundo conse­
N asceu em prim eiro de S etem bro de lheiro do P resid en te H eber J .
1871, em G rantsville, U tah e é um G r a n t.
dos 10 filhos de Jo su é R euben C lark
A sua vida é u m a vida de devoção e d e
e M aria Lôuisa Wooley C lark. O pai
exem plo p a ra os outros m em bros d a
e ra lavrador e professor e o filho p a s­
Igreja. Em 1913 com eçou a p ra tic a r
sou a juventude em p rep aração p ara
o direito por si m esm o em W ashington
a ca rre ira de educação.
D .C . e m ais ta rd e ab riu escritorio em
F orm ou-se na U niversidade de
N ova York, m antendo cs dois escrito
U tah, em Lago Salgado, em 1898. D epois
rios até 1921 quando voltou ao Lago
de servir q u atro anos como p ro ­
Salgado e começou a p ra tic a r lá. Ele
fessor e d ireto r de duas escolas, re
reje ito u poisção lu c ra tiv a e de a lta
g istro u-se n a escola de direito da U ni­
influencia no governo p ara d ev o tar o
v ersidade de C olum bia no estado de
Nova York. Foi adm itido no corpo tem po à Ig reja, por m enos d inheiro e
m enos h o n ra nos olhos dos h o m e n s.
dos A dvogados de N ova Y ork em 1905
e no ano seguinte obteve o g ráu de É um testem unho p a ra todo o mundo.
bacharel de direito em Colum bia. Logo Mas nestes dias de com plexidades e
depois, começou um a c a rre ira b rilh a n ­ problem as; decisões e resp o n sab ilid a­
te em serviço do governo dos Estados des, o P resid en te C lark usa m u ito o
Unidos. seu profundo conhecim ento do d ireit o
A presentam os algum as posições que e da lei internacional. Ele é notadoi
ocupou no governo. Ele foi: e respeitad o sobre o m undo inteiro»
como au to rid ad e de lei in te rn a c io n a l.
— Assistente, P ro c u ra d o r em 1906 C asou-se com L uacine Savage C lark
e eles criaram três filhos, L u acin e,
-— P rocu rad o r G eral em 1910 (ao
M arianne e J. R euben C lark, III. T o­
mesmo tem po foi professor assis­
dos os filhos são. m uito ativos n a Ig re­
tente de direito na U niversidade de
ja. M arianne C lark S h arp é agora a
G eorge W ashington, de 1907 a 1908).
p rim e ira conselheira n a C u rad o ria d a
—- A pontado p a ra diversas posições de Sociedade de Socorro, e é a editoria
im portância pelo: P resid en te T aft d a revista, “T he R elief Society M aga­
(P residente dos E .E .U .U .) em zin e”. J. R euben, III, é um p ro fesso r
1912 e 1913. da U niversidade de B righam Young, a
— Conselheiro especial dos E.E.U.U. universid ad e da Igreja.
d iante da Comissão de Reclam ações P resid en te C lark e ra m em bro da
dos E.E.U.U. e do M éxico, em 1926. C uradoria g eral da Y .M .M .I .A . (As­
— C ham ado ao M exico pelo E m b aix a­ sociação de M elhoram ento M útuo dos
dor M orrow como o seu conselhei­ Moços) de 1925 até ser ordenado à P ri­
ro p a rtic u la r legal em 1927 m eira P residencia. Ele foi um d ev o ta­
— A pontado segundo secretário do do professor da Escola D om inical por

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m uitos anos e atrib u e o seu profundo e sagrada posoção, ele tem cum prido
conhecim ento do Evangelho a este e com diversas missões im p o rtan tes p ara
o u tro s sem elhantes privilégios de e n ­ o G overno e agora é possuidor da “M e­
sin a r na Igreja. d alha por serviços im p o rta n tes” a q u al
Foi ordenado segundo conselheiro da recebeu em 1922 pelas suas ativ id ad es
P rim eira Presidencia, sob o P resid en te legais p ara os E .E .U .U . d u ra n te o
H eber J . G rant, em 7 de A bril de tem po de guerra.
1933, quando tin h a sessenta um anos. O P resid en te C lark tem se p rovado
Foi ordenado Apóstolo por P residente um habil e devoto servo de D eus e
G ra n t em 11 de O utubro de 1934, e tam bém do governo. M as ele é sem ­
no m esm o dia foi ordenado prim eiro p re e prim eiram en te um h u m ild e s e r­
c onselheiro na P rim eira Presidencia. vo do Todo Poderoso e n este cargo
Q uando P resid en te G ra n t faleceu ele faz m uito p ara g u ia r os m em bros
no dia 14 de Maio de 1945 a P re si­ da Ig re ja e a h u m an id ad e em g eral
dencia dissolveu-se e o a tu a l P re sid en ­ à luz da v erd ad e que se en c o n tra no
te, G eorge A lb e rt S m ith, foi o rd e n a ­ eterno Evangelho. R endam os graças
d o . E le escolheu o P re s. C lark co m o pelo guia de P resid en te J . R euben
p rim eiro conselheiro, e o ordenou no C lark, Jr.
d ia 21 d e Maio, sendo m ais um tr i­ C. E. T.
b uto à sua fidelidade e habilidade e
um a clara am ostra d a fé que P r e s . É m ais fácil su p rir o p rim eiro d e­
S m ith e todos os m em bros tem nele. sejo do que satisfazer todos os q u e o
D esde que foi cham ado a esta alta seguem . — B enjam in F ran k lin .

0 que Trouxeram os Pioneiros


D iscurso P roferido No T abernáculo,
N a T ard e de Sábado, De 5 De A bril
de 1947
P o r S te p h en L. Richards,
do Conselho dos Doze

E u penso m eus irm ãos, irm ãs e a m i­ to rn o u a sua busca a preocupação do­


gos que não são necessárias desculpas m in a n te do povo. A colonização fo r­
p ela repetição d u ra n te esta conferên­ m ou a A m érica, e a extensão d e su as
cia. O tem a “Pioneiros” dom ina ta n ­ fro n te iras foi um a em prêsa d e todos.
to o m om ento e o nosso pensam ento H ouve, é verdade, m u itas circ u n s­
q u e nós d ificilm ente podem os pensar tâncias fora do com um com resp eito
n o u tra coisa a não ser fa la r acêrca à fixação dos pioneiros, qu e ag o ra co­
dele. De m a n eira que m e proponho a m em oram os. A distância d as com u­
fa la r sôbre “O que trouxeram os pio­ nidades estabelecidas p erc o rrid a pelos
neiros”. em igrantes e a sua p en etração no p ro i­
O m ovim ento de pioneiros em busca bido e inexp lo rad o paiz eram m uito
'de novos territó rio s não era raro na m aiores do qu e a m édia de outros.
A m érica há um a centena de anos. A O n úm ero de pessoas q ue se tran sp o r­
te rr a era a m ais com um form a de bens ta v a e colonizava era excepcionalm en­
ac e ita , e a u tilid ad e de novas te rras te grande; o te rritó rio procurado p a ra

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ser incluído no em preedim ento era E stava gravado nos seus próprios
vasto; a expulsão do povo dos seus sêres que suas m aiores bênçãos viriam
lares e o seu cruel tratam ento, num com o abençoar outros. Êles sabiam
país dem ocrático servia p ara ca racte­ que tinh am um a m ensagem que e r a
rizar esta em igração. A contínua p e r­ um a dádiva p ara a h um anidade; êles
seguição do povo depois do seu e s ta ­ sabiam estar sob a orientação de p ro ­
belecim ento aqui e a adversa atitu d e pag ar aquela m ensagem e n tre os po­
do seu governo eram itens incom uns. vos do m undo; e êles nunca, nem por
Todas estas circunstâncias poderiam um m om ento, p erd iam de v ista essa
bem servir p ara focalizar atenção sô obrigação e o seu em penho em cum
bre o m ovim ento dos pioneiros de p rí-la. Nos processos de su b m eter
1847, como sendo invulgar e distinto um país tão re fra tá rio com todos os
en tre em preendim entos da m esm a n a ­ seus desencorajam entos, desaponta­
tureza de gente das fro n te iras do nosso m entos, exigências de tempo, de e n e r­
país, m as, em m inha opinião, estas con­ gia, de paciência e coragem , êles j a ­
dições, por si m esm as, não dão conta m ais cessaram de d a r lib eralm en te da
da localidão histórica d a colonização sua substância, tão dificilm ente obtida,
m orm on do oeste como o p rim eiro en ­ e do seu lim itado p oder hum ano em
tre todos os m ovim entos de pioneiros lev ar aos outros os sagrados princípios
e conquistas n a A m érica, isto do po n ­ que dom inavam suas vidas.
to de vista dos recursos utilizados e As prim eiras com panhias de em i­
resultados atingidos. g ran te s em sua longa m arch a atra v és
P a ra se com preender os pioneiros e das cam pinas encontravam m issioná­
suas realizações devem os ex a m in a r os rios em penosa co n tram arch a, de vol­
seus motivos. E nisso nós acharem os ta, pela m esm a ru d e e stra d a qu e êles,
a d iferença en tre êles e outros pionei­ tão recentem ente, p alm ilh aram com a
ros e hom ens da fro n te ira do nosso m esm a determ inação, igual ex p e ctati­
país. Êles v ieram em busca de lib e r­ va e esp eran ça e, m uitas vezes, com
dade e paz como outros fizeram . Êles com parável sacrifício como quando
vieram para co n stru ir seus lares como êles to m aram a longa trilh a p ara o
outros fizeram . Êles v ieram p ara ado­ Oeste. E assim os pioneiros vinham
r a r a Deus e p ra tic a r sua religião de e voltavam como nenhum outro povo
m aneira a satisfazer sua consciência jam ais fêz, e seus descendentes tem
como outros fizeram , m as aqui está conservado o processo por um século.
um a cousa pela q ual êles vieram , e Q ual era a fôrça im pulsora que os,
tanto quanto eu saiba, não teve p a ra ­ levou a tal sobrehum ano e s fô r ç o e
lelo em qu alq u er outro m ovim ento de tão enorm es sacrifícios? E stranho
pioneiros. Êles vieram com o assencial como possa parecer, era a sua lite r a l
propósito de estabelecer um a socieda­ aceitação d e um a an tig a profecia r e ­
de que tro u x e de volta à civilização vivida p o r m od ern a re v e la ç ã o . . . S u ­
da qual êles haviam fugido, sim, m es­ cederá nos dias vindouros qu e o m on­
mo para os seus perseguidores, os te da casa de Jeo v á será estabeleci­
princípios de vida e conduta que eram do no cum e dos m ontes, e será ex a l­
a fonte de sua inspiração, união, su­ tado sôbre os outeiros; e concorrerão
cesso e felicidade. N ão quero dizer a êle todas as nações; irão m uitos po­
que esforços m issionários não tivessem vos e d irão ; V inde e subam os ao m on­
sido em preendidos por outros grupos, te de Jeo v á, a casa de D eus de Jacob;
m as por puro altruísm o cristão em dê-nos êle a lição dos seus cam inhos
propóstito e ato, eu coloco os fu n d a ­ e andarem os nas suas v eredas, p orque
dores desta com unidade no pináculo de Sião sairá a lei e de Je ru sa lé m a
te todos cs esforços cristãos. p alav ra de Jeová. (Isaias 2 :2 ,3 ).

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C ada P ioneiro acreditava nessa p ro ­ ra ra m e n te tem sido igualada. Êles
fecia com todo o seu coração. Êle via ensinaram e p raticara m o evangelho
a visão do seu cum prim ento em todos do trab alh o p ara o sucesso e felicid a­
os seus labores, experiências e p riv a ­ de. Êsse evangelho foi talvez m ais
ções. Êle desejava um la r com con­ la rg am en te aceito nos seus dias do qu e
fo rto p ara sua fam ília, sem d úvida. hoje, infelizm ente. Êles d em o n straram
Êle q u eria um a boa sociedade e pros­ sua eficácia, e suas dem onstrações
p eridade, m as tudo isso subordinado perm anecem hoje como u m exem plo e
ao cu m p rim ento desta profecia — o incentivo ao mundo.
--estabelecimento de Sião. Êles tro u x eram educação e um am or
N ós todos nos regosijam os com a pelo belo e artístico. A penas alguns
g eral a lta estim a dedicada a B righam deles eram intelectuais. S u as o p o rtu ­
Y oung como um g rande colonizador, nidades p ara estudos tin h am sido po­
estad ista e construtor de im pério. Êle bres, porém , cada um deles tin h a d e n ­
e considerado in te iram e n te m erecedor tro de si um in ato anhelo p ela v e rd a ­
dêste reconhecim ento pelos seus conc de, que é, acim a de tudo, a re a l base
idadões, porém , não m uitos além dos p a ra a educação. E ra um a in teg ral
seus seguidores, com preenderam o se­ p a rte de sua concepção do propósito
gredo re a l do seu sucesso. da vida, o desenvolver a inteligência
É v erd ad e que êle e ra prático, de e o ad q u irir con h ecim en to .
a m p la visão, e organizador, m as aq u e­ Inteligência e ra ad o rn ad a com os
les que conhecem as fôrças interiores, m aiores atrib u to s e p roclam ada a m aio r
q ue im peliam suas realizações, lhe d i­ glória de Deus. E ra n atu ra l, p o rta n ­
rã o que seu poder e ra m ais esp iritu al to, que educação e sua cu ltu ra, com
d o q ue tem poral. A unidade tão es­ suas influências p u rificad o ras d eviam
sencial ao cooperativo esforço do povo receber seu ard e n te apôio. A ed u c a­
e r a um a unidade espiritual, nascendo ção que êles preconizavam não e ra es­
d e u m a convicção un iv ersal d a sa g ra ­ tre ita e re strita como as vezes é p r a ­
d a n atu re za da causa que êles espous ticada. E la era d irigida p a ra a a q u i­
ara m e um a com um aceitação das sição de conhecim entos em todas as
responsabilidades inerentes. fases da vida e do universo; e fêz um a
E m todos os trab alh o s e m in istra cousa que infelizm ente a educação m o­
ções d e B righam Y oung havia outro, d ern a nem sem pre faz — ela não su ­
e m espírito, sem pre ao seu lado, sem ­ bordinou essa q u alidade de in te lig ê n ­
p re aju d an d o -o e inspirando-o, cujos cia essencial p ara com preender as cou-
conselhos e direção êle sem pre reconhe sas do espírito à ordem de inteligência
ceu. E ra o seu predecessor, José necessária p ara a aquisição de outros
S m ith , o fu n d ad o r te rren o da causa fatos. Com êste altruístico conceito
q u e êle represen tav a, o inspirador de de inteligência veio um profu n d o as­
seu povo atrav és de quem seus d estinos sento de am or do belo q ue é a base
t i nham sido revelados. B righam p ara a a rte criativ a, tan to q u an to p ara
n u n c a esqueceu e nunca ignorou José, um a apreciação artística. Ê ste am or
nem tam pouco o povo o esqueceu. do belo nem sem pre achou expressão
Ê les lu ta ram com todas as suas fô r­ tangível, m as êle criou m uitos valores
ças p a ra le v ar a bom term o a missão e algum as vezes altos em p reen d im en ­
q u e êle lhes havia dado. tos em arq u itectu ra , m úsica, d ram a, e
E ssa m issão era tan to tem poral outros projetos cu ltu rais.
q u an to espiritu al, porém p redom inan­ Foi n a tu ra lm e n te êste profundo
te m e n te espiritual. E ntão, o que am or pelo conhecim ento e pela v erd a­
tro u x eram os pioneiros? Êles tro u x e­ de a causa, em sucessivas gerações, da
r a m in d ú stria em um a m edida que a lta posição que o nosso estado tem

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atingido no cam po da lite ra tu ra e ed u ­ P rim eiro — considere o corpo do
cação e da porcentagem de sua popu­ hom em . Todos querem um corpo são.
lação que tem ganho reconhecim ento Nem todos estão inclinados a to m ar os
no cam po científico e outros ram os de passos p ara asseg u rar ta l coisa. Os
conhecim entos. A êsse respeito eu pioneiros tro u x eram um novo conceito
creio que U tah tem sido um dos p rin ­ que o reveste de sag rad a significação.
cipais se não o p rim eiro dos estados Êles en sin aram que o corpo é o ta
da União. bernácu lo terren o onde o espírito do
Êles tro u x eram consigo um alto con­ hom em , 0 literal filho de Deus, tem
ceito de lealdade e um a grande capa­ sua habitação e q ue o corpo não pode
cidade de devotam ente à causa que ser corrom pido ou poluido ou de q u al­
êles espousaram . Nos escassam entos qu er m an eira abusado, introduzindo-
podem os ju lg a r o que isso significava se-lh e veneno e substâncias d eletérias
p ara o sucesso de seus em p reen d i­ sem oferecer afro n ta a Deus, cujo es­
m entos. pírito h ab ita nele. N este conceito, in ­
Êles, eram , sobretudo, indivíduos frações das leis de saúde são a te n d i­
fortes, hom ens livres, e m uitos dos das não som ente com penalidades fí­
seus im ediatos ascendentes tin h am lu sicas, mas, tam bém , com consequ ências
tado pela liberdade. E êles estavam espirituais. H á um duplo dever em p re ­
ainda cheios de boa vontade e ansiosos se rv a r a salu b rid ad e do corpo; e p ara
p ara se consagrarem , com tudo o que guia dêste dever, êles tro u x eram con­
possuiam , à causa que os tro u x eram sigo um código de reg ras de saúde,
aq ui — a causa que êles am avam . Êles que, apezar de dado há m ais de um a
tin ham a altru ístic a devoção que re a ­ centena de anos, tem tido a sanção e
liza com sucesso as grandes cousas do a colaboração das pesquisas científicas,
m undo. Sem essa devoção nenhum a nunca sequer pensadas no tem po de
liderança, em bora com petente, podia sua origem.
ter obtido sucesso. A qui estava o ensinam ento acêrca
A gora eu aponto a m aior cousa de do corpo, e as contribuições que vem
todas as que os pioneiros tro u x eram ao povo dêsse ensinam ento sã o inco
consigo, e isso eu caracterizo como sa­ m ensuráveis.
bedoria; sabedoria acêrca das im p o r­ Segundo — C a rá te r ou p erso n alid a­
tantes cousas da vida. Os aspectos de, como queiram . E u vejo apenas
realm ente v itais e fundam entais das pequen a diferença. E u defino ca ráte r
nossas vidas e modo de viv er podem como a som a to tal de todos os a tri­
ser classificados sob bem poucos títu ­ butos incorporados d entro da e s tru tu ­
los. E u penso que cêrca de q u atro ra da vida do hom em , e a com pleição
seriam suficientes — O corpo, ca ráter, de seu c a ráte r é d eterm in ad a pela p re ­
a fam ília, e ordem social. Se todas ponderância das boas ou m ás q u alid a­
as cousas estivessem de acôrdo com des. O ra, o ensinam ento que veio
estes q u atro itens, o m undo estaria acêrca do c a ráte r não era novo. Êle
em bôa ordem , e o conhecim ento des­ era m uito antigo, m as, teve um a nova
tas cousas é e sem pre tem sido a m aior e m uito especial ênfase. Êle não so­
necessidade da hum anidade. Os pio­ m ente ensin av a que o hom em é filho
neiros tro u x eram com êles êste indis­ de Deus, d a m ais n obre linhagem m as
pensável conhecim ento. Êle não e ra que êle é destinado, tam bém , se êle
sua criação. Êle lhes foi dado antes vive de acôrdo com êsse conhecim en­
q u e êles aqui chegassem . D e fato, êle to, a ser associado com seu p ai celes­
não era criação do hom em , pois era tial, conduzindo suas obras etern as
a sabedoria antiga legada a êles pela por todo o sem pre. Podia h av e r um
D ivina P rovidência. m aior incentivo p a ra um a vida digna

— 31 —
e criteriosa, sem incerteza quanto as o conforto e felicidade e progresso da
reg ras sôbre as quais todas eleições e hum anidade.
escolhas devem ser feitas? E u não F in alm en te — a ordem social que
sei de n ad a m ais estim ulante p a ra a eu tenho em m ente inclue a a rte de
obtenção de c a rá te r elevado nos ho­ re u n ir os hom ens confo rtav elm en te
m ens e m u lh eres do que um conceito num a vida de paz.
claro de sua d ivina origem e destino. A sábia contribuição que os p io n ei­
T erceiro — a fam ília. Q ue m undo ros tro u x eram sôbre êste tão im p o r­
de alegria, tristeza, trag é d ia e im en­ ta n te aspecto da vida pode ser d ito
su ráv el felicidade essa p alav ra traduz em um a sim ples p alav ra — F ra te r n i­
p ara nós! E la enche as páginas de li­ dade. Êles ensinaram , no m ais re a lís -
vros sem núm ero. Êle é 0 assunto de tico modo, o conceito de todas as n a ­
artigos, orações, detates, e contro v ér­ ções, raças, línguas, e povos p e rte n c e ­
sias, d e ligação e decisão judicial, e, rem a fam ília de D eus. T oda d o u ­
hoje mesm o, eu ouvi de um articu lis­ trin a do parentesco cristão, altruísm o,
ta de rev ista que indaga da necessida­ e serviço, pode ser contido n a d esig­
de da instituição e, levianam ente, p re ­ nação “m eu irm ão” “m in h a irm ã ” .
diz sua extinção num fu tu ro bem p ró ­ Êles criam , hà cem anos, que sóm ente
xim o. Q ual foi ensinam ento que os um a substancial esperança pela paz
pioneiros tro u x e ra m acêrca d a fam ília? universal repousa unicam en te na e x ­
O ra, êles rev istiram -n a com os m ais tensão desta d o u trin a de irm an d ad e
nobres e ex altados atrib u to s que ja ­ atra v és do m undo.
m ais lh e fo ram concedidos em toda a M uitos outros, em tem pos idos, e n o
história da hum anidade. Êles ensina­ presente, têm proclam ado esta d o u tri­
ram que ela não é sóm ente um a u n i­ na. E u m e sinto satisfeito qu e seja
dad e básica p a ra um a vida feliz e p ro ­ assim . Eu conto que suas p ro clam a­
gressiva aq u i na te rra , m as que ela ções ajudem , porém , sin to -m e pes­
constitue tam bém um a v erd ad eira sim ista quando vejo a recepção q u e
base de nossa esperança de um a su ­ esta d o u trin a recebe.
prem a ex altação no reino celestial de H à alguns m eses eu ouvi um d is­
D eus. N a verdade, o céu que nós curso pelo rádio, por um em in en te p re ­
procuram os é pouco m ais do que a lado, o arcebispo d e C an terb u ry , f a ­
projeção de nossos lares na e te rn id a ­ lando de Filadélfia. F ra te rn id a d e e
de. Q uão d iferentes dêsses elevados paz era o seu tem a. A grad o u -m e o u v i-
conceitos do la r e fam ília são o tr á ­ lo fazer a declaração de q ue h av ia
gico dem ônio da vida dom éstica de pequena probab ilid ad e p a ra o estab e­
h o je — divórcios, lares desfeitos, c ria n ­ lecim ento da fra te rn id a d e sem o reco ­
ças abandonadas, negligenciadas e de nhecim ento d a p atern id ad e de D e u s.
sencam inhadas, m ais m erecedoras de No dia seguinte li um relato de seu
piedade do que de censura por causa discurso na im prensa, e, alg u m as se­
da desintegração d a vida de fam ília. m anas m ais tard e, li um re la to dele
A m eu ver esta desintegração tem sido em um a revista. E m n en h u m dos dois
a causa, em não pequena escala, do havia q u alq u er m enção que fôsse desta
desenvolvim ento de d esordens e declaração, que eu considero como a
“ism os” no governo e sociedade, o que coisa m ais im p o rtan te e v ita l em seu
tan to m al tem causado' ao m undo e discurso.
que h o je constitue nossa m aior am ea­ O que o m undo p recisa p a ra reso­
ça. Oh! se os ensinam entos que estes lução das suas d ificuldades e o esta­
hum ildes p ioneiros tro u x eram pudes­ belecim ento de u m a paz d u rad o u ra não
sem sóm ente ser aplicados pelas fam í­ é m eram ente a ch am ad a fra tern id ad e
lias do m undo, que dádiva seria para espiritu al que form a um a bonita e so-

— 32 —
nante frase, m as tam bém um a f ra te r ­ dos m o n tes”. Foi u m a gran d e coisa
nidade dos filhos de Deus nesta te rra , in stala r um a com unidade e tra n sfo r­
traduzida em term os de m útuo e p rá ­ m ar um deserto em cidades, vilas, e
tico a ux ilio. Êsse era o ensinam ento aldeias com lares, escolas, e facilid a­
acêrca d a ordem social e paz que os des que agora gozamos. Foi um a m u i­
pioneiros tro u x eram e d em onstraram tíssim a m aior realização o estabelecer
quando êles chegaram a esta te rra . o reino de D eus e esp alh ar de Sião
Todos os m eus com panheiros, m em ­ essa sa lu ta r e divina m ensagem de es­
bros da Ig re ja, p rontam ente com pre­ perança e fé e etern al sabedoria a
enderão que essas sábias contribuições, todo o gênero h u m an o . E sta foi a real
das quais eu falo, e m uitas outras, não heran ça que os nobres pioneiros tro u ­
e ram m ais do que princípios do e v a n ­ xeram com êles e d eix aram p a ra nós
gelho do Senhor Je su s Cristo que tem e p a ra os am igos que v ieram se re u ­
sido restaur ado, atra v és do p ro feta José n ir a nós nesta am ável te rra, que ch a­
Sm ith, apenas pouco antes do evento m am os a Sião d e Nosso Senhor. E ’ a
que nós com em oram os neste ano. P or m ais preciosa dád iv a da vida. D eus nos
causa da im plícita fé dos pionei­ aju d e a p rezá-la, v iv e -la e dessim iná-
ros nesta tran sc en d e n te m ensagem de la, eu h u m ildem ente rogo, no nom e de
vida e v erd ad e foi que êles estabele­ D eus — Amém .
ceram a casa do S enhor em “O cum e T rad. por Cícero Proença Lana

Lembrança do Monte Cumorah


( I a Parte)

T rad. por C arm en Simões P fister


P rivilégio de Im pressão
por R o b ert W. S m ith

E sta m in iatu ra, facsim ile das o rig i­ As placas originais foram um livro
nais placas de ouro do L ivro de M or de m ais ou m enos 18 por 20 cms. com
m on, foi feita p ara d a r um a idéia ge­ quasi 15 cms. de grossura, feitas de
ra l da aparência, tam anho aproxim ado, finas placas de ouro ju n ta d as de um
p arte selada, modo de encadernação lado p o r 3 anéis, antecipando por m u i­
e tam bém p a ra d a r um a brev e descri­ tos anos as atu ais encadernações p a ­
ção do L iv ro de M orm on, sua origem , tenteadas.
conteúdo e como José S m ith as rec e­
M ais ou m enos 2 /3 do liv ro e ra se­
beu.
lado e quando o P ro feta Jo sé com ple­
De acôrdo com o P ro feta José S m ith,
tou a trad u ção das placas o A njo Mo­
a capa do livro era a últim a das p la ­
roni tom ou-as n o vam ente afim de que
cas e eram lidas da d ireita p a ra a es­
estivessem p rotegidas de roubo, p e r­
querda de acôrdo com as escritu ras
ju daicas as quais são ab e rtas e lidas da ou estrago até qu e chegasse o tem ­
ao contrário dos nossos livros. p o p a ra a trad u ção da p a rte selad a.
A s placas de ouro foram dadas aos A s placas de cu ro foram m ostradas,
cuidados de José S m ith por um ser p o r M oroni, p a ra 3 testem unhas e m ais
ressuscitado cham ado M oroni o qual ta rd e 8 pessoas teste m u n h aram haver
e ra o guardião das placas nos dias a n ­ visto e tocado as placas, cujo depoi­
tigos. m ento foram suficientes p ara estabele­

— 33 —
cer o fato de sua existência peran te mes, m ais duráv eis e geralm en te ú teis
a lei se necessário. p a ra serem trab a lh ad a s a mão. Se as
N enhum a dessas testem unhas nega­ placas fossem feitas de ouro de 18 q u i
ram seu depoim ento mesmo sendo que, látes, q u e é o ouro atu alm en te usado
algum as delas foram afastad as da nas joalherias e descontando 10 p o r
Ig reja, por não se com portarem de cento de espaço en tre as folhas, o peso
acôrdo com as leis da Ig reja; mesmo to ta l das placas não seria m ais do que
assim m an tiv eram a fidelidade ao seu 117 libras, um peso que facilm en te
relató rio e m ais ta rd e duas delas vol­ poderia ser carregado por um hom em
ta ra m à Ig reja. forte como Jo sé Sm ith. E ld er J . M .
S jodahl, baseou suas conclusões em
experiências com m oedas do o u ro e
chegou à conclusão de que as placas
pesavam m enos do que 100 lib ras. O
peso p rovável das placas tam b ém a p a
rece com evidência n a v erd ad e do L i­
vro de M orm on.
CAPACIDADE DAS PLA CAS
À p rim e ira v ista alguem não fa m i­
liarizado com o assunto questiona a
possibilidade de escrever 522 páginas
do L ivro de M orm on sobre um a série
de placas de ouro com um to ta l de
g rossura de 5 cms. (u m terço do vo­
lum e to ta l das p la ca s). Ê ste assunto
foi in teiram en te investigado e as p r e ­
tensões de Jo sé S m ith fo ram p ro v ad a s
ser verdade.
A questão d ian te d e nós é: pod e um
PESO DAS PLACAS
terço, (dois terços estando se lad o ), de
As placas sobre as quais foram g ra ­ volum e de folhas de m e tal 15 p o r 20
vadas o LIVRO DE MORMON eram por 15 (o profeta Jo s é ), ou 20 p o r 18
feitas de ouro e foram descritas como por 10 (O rson P r a tt) , con te r um s u ­
ten d o 15 cms. de la rg u ra por 20 cm s. ficiente n úm ero de placas, cada folha
de com prim ento e 15 cm s. de grossura. tão grossa como o perg am in h o ou es­
Um sólido cubo de ouro daquele ta ­ tanho, p a ra d a r o espaço necessário
m anho, se o ouro fôsse puro, pesaria p a ra o in teiro texto do L ivro de M or­
200 lib ra s o que seria um peso difícil m on? A ssim sendo que ta l seu g ra n ­
p a ra um hom em carregar. Êste foi de peso? Sobre u m a folha d e p ap el
um dos pontos em que se pegaram 20 por 18 cms., u m a trad u ção h e b ra i­
p ara n egar a veracidade do LIVRO DE ca de 14 páginas d e te x to am ericano
MORMON, pois sabe-se que, p or d i­ do L ivro de M orm on foi escrito em
versas vezes, o P ro féta as c a rre g o u . le tra s hebraicas, d e uso com um , q u a ­
N ão é provável, contudo, que as p la ­ d rad a s e m odernas. É dem o n strad a
cas fossem feitas de ouro puro. S e­ nesta folha que, todo o tex to do L ivro
riam então m uito moles e corriam o de M orm on, ta l q u al têm os leitores
perigo de se retorcerem . P a ra reg is­ am ericanos poderia te r sido escrito em
tros, p lacas de ouro m istu ra d as com hebraico em q u a re n ta e trê s sétim os
certa q u an tid ad e de cobre seria m e­ de páginas — 21 placas ao todo. (S jo ­
lhor pois assim tais placas seriam f ir ­ d ahl página 39 ).
(Cont. no p. núm ero)
— 34 —
A Bondade mais Forte do que a Força
P or M arvin O. A sh to n

E stas duas ilustrações indicam um a construíram as pared es desse fa ro l. O


h istó ria m uito velha. O sol e o vento faro l de “B ell R o ck” fica em to rn a d e
um d ia tiv eram um a fo rte discussão. 16 quilôm etros da costa. M esmo num
D e fato, arg u m en tav am quem era o d ia claro, v ê-se da costa só um a p e­
m ais poderoso — o sol ou o vento. q uen a agulha saliente d ’agua. Q uando
Se usem os a im aginação, a conversa a m a ré vasa, a p ed ra expõe-se fo ra
co rreu m ais ou m enos assim: d ’agua a sua cabeça m edonha, p a re c e
O sol disse, “A í tem u m hom em an­ que m ostra os dentes. Mas q u an d o a
dando na estrada. Vam os v e r quem m a ré sobe, a sua tra id o ra se esconde.
pode fazê-lo tirar a capa prim eiro. M uitos barcos bons, em tem po d e te m ­
Sr. Vento, tenta prim eiro.” pestade, fen d eram -se de pé a p é e o
O vento tentou. Soprou tão forte seu conteúdo de vidas e m e rc ad o ria
no homem que o quasi arrem essou foi tragado aos fundos do oceano.
fora da estrada, e quanto m ais o v en ­ A lguns m onges cuidadosos d eterm i­
to soprava, m ais o nosso am igo em ­ n ara m a sa lv ar v id a e p ro p rie d ad e .
b ru lh av a -se em seu capote. C onstruíram um barco sem elhante u m
A força fracassou. berço e lig aram -n o um sino e p r e n -

" Agora”, disse o sol, “d eixe -m e te n ­


ta r .”
Ele com eçou a aquecer-se. L ançou
os seus raios na costa daquele hom em ,
e num m om ento o nosso am igo tiro u
o capote e o levou no braço. A b ra n
d u ra venceu.
N unca ouviu você d a histó ria do
faro l de “B ell R oc k ”? E u o u v i-a en ­
q u anto encravava os olhos no faro l da
costa p edrosa de Escócia. No m useu
de E dingburgh vi o esqueleto do cavalo
que pu x o u as p edras das q uais se

— 35 —
d eram o barco às pedras. Q uanto do. O sapo estava pronto p a ra fazer
m ais revoltas as ondas tan to m ais to ­ a brincad eira. E le deu um pulo g ra n ­
cav a o sino. Soou por m ilhas sobre de e en tro u na agua. O rato pesa só
o m a r — “A cautele-se! A cautele-se! um a décim a p arte do sapo, e por isso
A ca u tele-se!” M uitas vidas foram sa l­ o ra to voou no a r propelado p o r seu
vas. P orém , alguns p ira ta s que ap ro ­ “cortez” am igo. A inda estav am a m a r­
v e ita ra m dos m arinheiros naufragados rados juntos. O rato logo d eix o u esta
d ecid iram a silenciar esse sinal. Q u an ­ vida e flu tu a v a em cim a d ’ag u a — o
to m ais n aufragos ta n to m ais dinheiro sapo garg alh av a da sua b rin c a d e ira .
p o r eles! Eles arra n c a ra m o barco- (Você sabe qu e o sapo é an fíb io e pode
berço e tam bém a corren te que o se­ re sp ira r em baixo d ’agua, assim como
gurou. M uitas vidas foram p erdidas ao re le n to ).
novam ente, e os p ira ta s aproveitaram . A ssim en cerra o capítulo dois.
M as esta história tem dois capítulos. C apítulo três: O jogo não acabou
A q u i é o segundo: Estes m esm os g a­ ainda. (Isto não é o fim da h istó ria ).
tunos, no m esm o lu g ar poucos meses U m falcão veio circando o p ân tan o p ro ­
m ais ta rd e foram apanhados por um a curando o seu almoço. Os seus olhos
te rriv e l tem pestade. Ai, se apenas o agudos v iram o rato flu tu an d o . Ele
sino soasse! M as não soou. A m aré m ergulhou n a agua e subiu com c: rato
su b iu e as p ed ras se esconderam . B a­ nas prêsas, m as h av ia um b arb a n te
te ra m nas pedras e todos se n a u fra ­ atad o ao sapo. O falcão com eu um
g aram ! A gora, quando a luz b rilha rodente ao café e um anfíbio ao a l­
em cim a daquele faro l histórico, p a ­ moço.
rece dizer: “A q u i tem a evidência, H itler desem penhou bem o p ap el do
fria e lúgubre, que ser m alévolo, não sapo. M ussoline desem penhou bem o
a d ia n ta . ” seu papel tam bém . Os Jap o n eses,
E u acho que foi Aesopo que contou tam bém , tin h a atado ao seu p é um
a seg u inte história: b arb a n te q uando se a b a ix a ra m sobre
S r. Sapo encontrou Sr. R ato um dia. “Pearl H a rb o r.”
D isse o sapo ao seu novo am igo, ‘‘V a­ Q uem te n ta a p reju d icar os outros
m os dar u m a volta”. O rato aceitou, p reju d ica-se a si mesmo com o seu
e cs dois en c o n traram -se o dia seguin­ próprio plano.
te no lugar m arcado no campo. O A m elhor arm a que você leva é a
ra to tin h a com pleta confiança em seu Bondade. A m aior fôrça no m undo é
novo am igo e concordou com qu alq u er as coisas boas que você p ratica aos
sugestão, porém o sapo estava d e te r­ outros.
m inado a fazer b rin ca d eira com o seu M inha m ãe u m a vez, contou-m e um a
inocente amigo. V ejam os o que ele ia histó ria que nun ca esq u eci. R elacion
fazer. ava-se a um rap az que tin h a dedos
Disse o sapo, ‘‘Consigam os um p e ­ viscosos. (T en tarei m e esclarecer a
dacinho de barbante com m ais ou m e ­ m im ). E ntro u num a loja, e, q uando
nos 50 centím etros; então vam os atar pensou que o m ercador não estava
u m fim ao seu pé e outro ao m e u .” O olhando, fu rto u u m quilo de m a n tei­
ra to , tendo ainda confiança no seu co­ ga . E scondeu-o por b aix o de um
lega, concedeu. A charam o b arb an te grande, chapéu rijo q ue u sava. E sta­
e a o peração foi feita como em cim a va no tem po de chapéus de c a sto r.
ex p licad a. E ste é o prim eiro capítulo. A lguns m ercadores _pareciam -se com
C ap ítulo dois: Com o b arb a n te alguns professores — tem olhos atraz
assim ligado, continuaram o seu p as­ da cabeça — o m ercad o r sabia onde
seio. Após alguns in stan tes aproxi- estava o quilo de m anteiga.
m a ra m - s e a um tan q u e pouco p ro fu n ­ A gora, ele v a i ch a m a r a policia —

— 36 —

ele apanhou-o no ato. Isto é o que João ficou tam bém . A gora João co­
você pensa. M as o m ercador tinha m eçou a suar. Não era questão de
o utro m odo de en sin ar a lição ao r a ­ ren d e r toucinho, ele ren d ia benevolên­
paz. Sim, ele ia ped ir contas do r a ­ cia.
paz m as com bondade. E ra o in v e r­ Bem, o m ercador recebeu de volta
no. O m ercador conduziu o am igo ao a sua m anteiga. E u adm ito que seja
fogo e com toda a afecção de hospi­ u m a h istó ria fo rja d a na im aginação,
talidade cham ou-o ao fogão. “S en te- m as Jo ão nunca m ais, “m undos sem
se perto do fogão, João; o dia é fim ”, fa rá um a despensa do seu ch a­
fr i o ," Sim , ele pôs m ais carv ão . O péu.
fogão ficou um b rilh a n te verm elho — T rad. por C. Elmo T u rn e r

ocê S ab1a Qu
1. S cientistas B rasileiros, como dos experim en to s da U niversidade J u ­
O sw aldo Cruz, V ital B rasil, C a r­ daica em Jeru salém .
doso Fontes, e C arlos C hagas são r e ­
conhecidos no m undo pelas suas con­ 8. O B rasil foi descoberto por
tribuições à sciência m édica? um P o rtu g u ês 120 anos an tes dos
peregrinos desem barcarem em “P ly -
2. H á 106 ilhas dentro da e n ­ m outh R ock” (nos E .E .U .U .) ?
seada do Rio de Janeiro?
9. Vidro, diz-se, é trezentas v e­
3. Santos D um ont foi o p rim e i­
zes m ais liso do que cetim e
ro hom em a vo ar em volta da
q uatrocentos e seten ta e cinco vezes
to rre Eiffel?
m ais liso do que seda?
4. Q ue o nom e original do B ra ­
10. E nche-se um novo tra v e s­
sil foi A T e rra da S an ta Cruz?
seiro com lin h as de fib ra de v i­
5. C erca de 90 por cento do dro em lu g a r de penas. É m ais leve
peso dum aeroplano, e 50 por e supõe-se ser m ais d u rá v e l e tam bém
cento do peso do seu m otor, é alu m í­ m ais seguroí pelos que sofrem de a le r­
nio? gias de penas?
6. Foi descoberto que a fo rm i­ 11. Iniciarem os um a coluna in ­
ga é capaz de esp alh ar a d ise n ­ titu la d a “C artas ao R ed ato r” ?
teria? Se você tiv e r u m a d ú v id a ou p erg u n ­
7. As m esquitas acham as suas ta sobre o Evangelho, ou se tiv er su ­
v ítim as h um anas pelo odor do gestão qu alq u er, estarem os contentes
bafo hum ano? E sta conclusão vem ao receb ê-las.

— 37 —
ESCOLA Do m i n i c a l

N este m undo sem pre-m ovendo e às reuniões e assim colher as bênçãos


dep ressa-m udando, às vezes olvidam os do S enhor.
o nosso sentido de valor. Q uerem os C onform e os relató rio s do anoi d e
gozar o privilégio de viver num país 1947 recebidos das Escolas D om inicais
democrático', m as não tem os a von­ n a M issão B rasileira, acham os qu e
ta d e de fazer os sacrifícios necessários apenas 30% dos m em bros d a Ig re ja
p ara co n servar nossa liberdade. A l­ freq u en to u a Escola D om inical. D e
guns de nós querem os ser hábeis em cada 3 m em bros d a nossa Ig re ja aqui
tocar in strum entos m usicais, ou can­ só um com parece à Esccla D o m in ic al.
ta r; porém recusam os p ra tic a r as m ui­ A Escola D om inical é a organização
tas longas horas req u erid as p a ra a p e r­ in stitu íd a pela Ig reja, onde todos os
feiçoar estas obras de c u ltu ra . m em bros, jovens e velhos, devem
M uitos de nós estam es aplicando ap re n d e r o E vangelho.
esta teoria de “algum a coisa para É nosso dever e nosso p razer, como
nada” em nossas vidas religiosas. O ra­ S antos dos Ú ltim os D ias e pesquizado-
mos ao P ai nos céus que fortaleça os res d a verdade, a aten d er às reu n iõ es
nossos testem unhos, m as não d ev o ta­ e a p re n d er m ais do Evangelho. P o d e­
mos m esm o um pouco de nosso tem ­ m os som ente p ro g red ir neste m undo,
po de lazer, ainda que de quando em como tam bém no além -tú m u lo , tão
vez, em es tu d ar a p a la v ra do Senhor, rap id am en te como ganham os conheci­
e as escritu ras sagradas, p ara que m ento e depois o aplicam os às nossas
nossos testem unhos cresçam e se fo r­ v id a s .
tifiquem . Rezam os por guia e aju d a P elas D outrin as e Convênios som os
em nossas vidas quotidianas afim de m andados a ir aos lu g ares de a d o ra ­
não cairm os em tentação; m as semos ção e p ag a r ao S enhor os nossos re s ­
ren iten te s em fre n q u e n ta r as reuniões peitos. Se quiserm os ser num erados
da Ig reja de Je su s Cristo, onde pode­ e n tre os “San to s” e gozar as bênçãos
mos a d q u irir o conhecim ento neces­ p rom etidas a eles, então devem os v i­
sário a d irig ir bem as nossas vid as. v er os m and am en to s. Se não, O S e ­
O Senhor fez a sua p a rte — Ele re s­ nhor d ir-n o s -á como disse à Ig re ja em
ta u ro u o E vangelho na te rra pela ú l­ Laodicéa: “Sei as tuas obras, q ue não
tim a vez. R einstituiu n a te rra o S a­ és n em frio nem quente; oxalá foras
cerdócio, assim dando ao hom em o po­ frio ou quente! A ssim porque tu és
d e r e a A utoridade p a ra ad m in istra r m orno, e n em és frio nem q u ente, es­
nas ordenanças do Evangelho; e fa la ­ tou para te vo m ita r da m in h a b o c a .”
rem seu nom e. Tem os tudo isso e a in ­ (A pocalipse 3 :1 5 -1 6 ).
da tem os m á vontade em com parecer P o r E lder Jactc A . B ow en

Aquilo que m antêm um vício c ria ­ “Põe tuas econom ias no cérebro, nos
ria dois filhos. m úsculos e nos pulm ões de teu filho;
— B enjam in F ra n k lin .. . é aí que elas forn ecerão os m aiores
dividendos sem n ad a d ev er ao físico” .
— Dr. V ictor P a u c h e t.. .

— 38 —
PRIMARIA
O ECO ao bonitoi lago próxim o. S entia-se
Do "C hildrerís F riend” m uito feliz e se foi gritando. R epen­
tinam ente, pensou estar ouvindo a l­
H avia um a vez, um m enino isolado, guém a cham á-lo. Escutou, porém
cujo nom e era E duardo. Não tin h a não houve som algum . E stava suges-
irm ãos com quem b rin ca r, e porisso tionado. E ntão grito u novam ente
sen tia-se aborrecido. Seus pais faziam " A lô ” . Com certeza, alguém resp o n ­
todo o possivel p a ra alegrá-lo, porém , deu “A lô ”, ao longe veio um a fraca
o que ele q u eria e ra b rin c a r com ou­ voz. E duardo estava encantado e
tros m eninos. pensou hav er outro m enino n a flores­
E duardo tin h a 6 anos, quando seus ta. Ele, adm irado, p enscu quem podia
pais foram m o ra r perto de um as m on­ ser, e perguntou: “Q uem és?”
tan h as. Quanto; ele gostava de con­ Em vez de o u v ir um nom e ou a re s­
tem pla-las! Tão altas e escarpadas posta, voltou a p erg u n ta que ele h a ­
eram! Às vezes, as nuvens b aixavam via proferido. “Q uem és?”
tan to que não se podia v er os cum es. E duardo estran h o u não receber a
E m dias claros, porém , av ista v am -se resposta e contou-lhe o seu nome.
pequenas capas de neves, ao alto. E “C ham o-m e Eduardo, e tú, como te
o sol as fazia lindas! E ra um espe­ cham as?” Mas as p alav ras voltaram :
táculo magnífico! “C ham o-m e Eduardo, e tú, como te
Cada m ontanha tin h a um nome, e cham as?”
pela m anhã, ao cum prim entá-las, P o b re Eduardo! Pensou que o m e­
E duardo cham av a-as como si fossem nino o estivesse rid icu larizan d o e zan ­
pessoas. gando-se, disse, “Vôce é u m m enino
— “Bom dia, m ontanha escapalada! m a u . ”
B om dia capa de neve!” E a voz voltou, “Você é u m m enino
De quando em vez, E duardo e seu m a u ”.
pal esc a la v a m -n a s. Podiam vê-las ao L ágrim as sa lta ra m -lh e aos olhos e
seu redor, a quilôm etros de distância, ele gritou, “O deio-o!”
e então a cidadezinha p arecia tão lon­ A resposta tornou: “Odeioi-o!”
ge e as pessoas pareciam bonecas, de E duardo co rreu à sua m ãe e, solu­
tão m inúsculas. çando, con to u -lh e a história. Sua m ãe
E duardo fez m uitas am izades com os ouviu-o e respondeu-lhe:
pássaros e pequenos anim ais; estes “V olte outra vez, fale carinhosam en­
vieram a saber que ele era seu am igo te e v e ja que o seu am iguinho d ir á .”
e vinham consigo b rin ca r, porém não Então Eduardo vo lto u nova m en te e
estav a com pletam ente satisfeito. Q ue­ disse, “A lô ”. “A lô ”, disse a voz.
ria m ais colegas e ansiava por b rin car “Eu te am o!” grito u E duardo. “Eu
com os ou tro s m eninos. te am o!” respondeu a voz.
U ’a m anhã, saiu de casa e correu T rad. por C. Elm o T u m e r

— 39 —
A ORAÇÃO DO SENHOR
/ P e r H elena C heever

Q ueridos meninos: Sabem os que o C risto visitou a este continente depois


da ressurreição e que Ele abençoou as crianças, cu ran d o m uitas que estavam
doentes. Porém , não sabem os que nunca ex istiu um m enino como este, m as
talvez ele existisse.

CARACTERES

Sam uel ................................U m pequeno aleijado


Clio .................................. ... S ua irm ãzin h a
A m ai ................................ ...)
L aia .................................. ... ) M eninos N ephitas
N em hi .............................. .. )

SC E N A : A scena é u m sim ples corte. O lar n ephita que fica perto do corte é
fora da vista. Pelas viva s flores e plantas, sabe-se que esta é a T erra da
A bundância. (O palco pode ser enfeitado facilm en te com flores curtas e hor­
taliças).
e / -
(Q uando subir a cortina, Clioi está sentada perto de S a m u el, fa ze n d o -lh e
tortas de lam a e explicando-lhe em voz m ansa).

Clio: E ntão, você v eja que não h á n ad a de que te r medo, Sam uel. N unca
p recisa te r m edo de n ad a se fô r tão bondoso e bom como souber se r.
S a m u el (tocando, h esitantem ente, a m ão de C lio): M as a escuridão, Clio. A
escuridão que cobriu por três dias a face da te rra .
Clio: N ão se lem bra, Sam uel; P a p a i nos disse an tes dele ir em bora, q u e a
escuridão v iria sinal a nós.
Sam uel: M as tenho medo, Clio. P o r u m a razão, não gosto de sinais.
C lio (ain d a form ando o bôlo de lam a com dedos ap to s): V ai ser um lindo
bôlo não é, Sam uel? Sinto que p ap ai tivesse qu e ir ao Tem plo, m as N ep h i
m andou que ele fosse, e tin h a que ir.
S a m u el (in sisten te m en te): P o rq u e p ap ai tin h a que ir, Clio, porquê?
Clio (sua paciência dim in u in d o ): P o r causa do sinal! O P a i C eleste disse-
nos que quando Je su s falecesse h av e ria 3 dias de escuridão — d ia em que
h av e ria terrem otos e trovões e m uitas o u tras coisas p a ra p u n ir os in ju sto s.
S a m u el (qu estio n an d o ): Je su s — Jesus?
Clio: Ai, Sam uel você sabe de Je su s. Suponham os qu e alguem lh e dissesse,
“Sam uel, o que q u er m ais do que q u alq u er o u tra coisa no m undo? Pode
te r um desejo. O que q u e r? ” O que d iria você?

— 40 —
Sam uel: Eu diria, “N ão quero um desejo só. Q uero dois!”

Clio (virando a cabeça m as rin d o ): E qual seria ó desejo?


)
Sam uel: P rim eiro, d esejaria que pudesse co rrer como; todo o m undo. D ese­
ja ria que a p e rn a aleijada m e sustente a m im afim de eu b rin c a r com os
outros m eninos, e . . .
Clio: Eu sei disto, S a m u e l...
Sam uel: Em seguida desejaria que eu vivesse p a ra sem pre. T alvez n ão aqui
na T erra da A bundância, m as n um outro lugar! H á tan to que fazer, ta n ­
to que ver — Ai, não sei — m as eu acho que p referiria isto prim eiro e
m inha p e rn a consertada depois.
Clio: Sabe, Sam uel, quasi todo o m undo q u er isso. Q uasi todos querem v i­
v er p ara sem pre, e porisso, o P ai C e le s te ... (p au sa um m om ento1) .
Sam uel: P orque, o P a i C e le ste. ..
Clio: E ’ porisso que o P a i Celeste m andou Seu filho unigênito, Jesus, p ara
v iver aqui na te rra . Se não tivesse m andado Je su s então você e eu e o
resto; do m undo não poderíam os nem esp erar v iv er p ara sem pre.

Sam uel: M as você já disse que os três dias de escuridão d eram a en ten d er
que Je su s Falecera.

Clio: Jesus m orava m uito longe daqui. H avia algum as pessoas lá q u e rec ea­
vam d ’Ele. Pois, tira ra m -lh e a vida. Colocaram -N o e n ’u m sepulcro d e­
pois de o tira re m d a cruz. E nquanto ficou no sepulcro houve escuridão
aqui. A gora h á luz o u tra vez, m ostrando que o sepulcro não fo ra feito
p a ra conserva-lo. Q uer dizer que Jesus vive o u tra vez, e . . .
Sam uel: Clio, como é que você sabe disto?
Clio: Escutei a papai. A lgum as vezes eu m esm o ouvi N ephi fala r dos a n ti­
gos profetas e como eles prediziam tudo que já aconteceu.
Sam uel: Tem certeza? Tem certeza que viverem os p a ra sem pre? Tem, Clio?
A m a i e Laia (vem correndo, sem fôlego, cs olhos b r ilh a n d o ) .
Clio: O que é, A m ai? Q ue aconteceu, L aia? Não podem fala r? O que
aconteceu?

A m a i (com esforço): E le já veio! já veio!


Clio: Quem veio? D epressa, A m ai, D iga-nos, o que está falando?
A m ai: L aia e eu já tínham os saído; — Ó Clio, é Cristo! E stá nas escadas do
Templo!
Clio (repetindo, como se fosse difícil de e n te n d e r): Cristo? Nas escadas do
Tem plo?
Laia: .Amai e eu já tínham os ido ao Tem plo p a ra v er se P ap ai estav a ali com
a m ultidão que falava dos três dias de escuridão. De rep e n te tudo ficou
silento. Todo o m undo ficou ali, olhando; p a ra o céu.

— 41 —
A m a i: N ão sabíam os o que acontecera. Eu receiava, você tam bém , L aia?
S a m u e l: C risto estava no céu?
A m ai: P rim eiram ente, não. H ouve um a voz clara, m as não a lta — só clara,
qu e disse, “Eis aqui, m eu M ui A m ado Filho, no q u al m e alegro, no q u al
glorifiquei m eu nom e; a ele deveis o u v ir” .
Laia: A cho que nu n ca nos esquecerem os dessas palavras!
Clio (com aten ção ): E que aconteceu em seguida?

A m ai: E ntão veio um a nuvem de luz b ran c a do céu e q uando ap ro x im o u -se


de nós, vim os que era um hom em — tão branco como — Ó, n u n ca se v iu
coisa tão branca!
Laia: Pensám os a princípio que fosse um an jo .
Clio (quasi dem asiada a ten ta p a ra fa la r) : Mas não era. Foi Jesus!
A m a i e Laia (dão sinal afirm ativ o de c a b e ç a ) .
Laia: E stendeu sua m ão — assim — e Ele disse, “Eis-M e, sou Je su s Cristo,
cuja vinda ao m undo foi anunciada pelos p ro fe tas” .
Clio: E se irá novam ente! Oh! tenho que vê-Lo. E le se foi novam ente?

Am ai: E stava quando viem os p a ra cá.


Sam uel: P orque v ieram de lá! Se fosse eu, te ria ficado lá.
Laia: Ele é tão formoso! Q uasi não p ed ia fixá-L o. É bondoso, tam b ém ; É
tão bondoso com o. ..

A m ai: Ele disse, “H á algum enferm o e n tre vós? T razei-o aqui. H á e n tre
vós pessoas que estejam aleijadas, ou cegas, ou coxas, ou defeituosas, ou
leprosas, ou surdas, ou aflitas po r q u alq u er coisa? T razei-as aq u i e eu as
c u ra re i” .
Laia: E ntão pensám os em você, Sam uel, e vim os buscá-lo.
Sa m u el (gritando de a le g r ia ) : Ó Clio! T alvez Ele faça com que eu an d e ou­
tr a vez! (De rep e n te sua face se n u b la ): Mas, como é q ue vou lá? P a ­
p ai não está p a ra m e levar.
Clio: Talvez, nós o carreguem os. A m ai, você e L a ia . . .
N em hi: De pressa, de pressa, vais p erd e r tudo!
L aia: N em hi, Ele está ainda?
N em hi: Sim, Ele cham ou o povo p a ra que L he trouxessem as crian ças p ara
u m a benção. M eu pai m andou-m e p ro c u ra r você q u an to an tes.
-V
A m ai: Viem os b uscar S am uel p a ra que seja curado, e ag o ra não sabem os como
c a rre g á -lo .
Nem hi: D eixa-m e levá-lo. E stou forte, (h esitan te, te n ta le v a n ta r S a m u e l).
A cho que só pensei que estava forte.

— 42 —
Clio: D igo-lhes. T alvez nós q u atro possam os ca rre g á-lo neste co b erto r. (T en ­
ta ra m issi m as não p u d e r a m ) . N em hi, vam os fazer u m a cad eira com as
m ãos, então A m ai e L aia podem aju d á-lo . (Fazem a cad eira de m ãos e
se ajoelham p a ra que S am uel p o n h a-se n a cad eira de m ã o s ) .
Sam uel (seu lábio de baixo d en tre os d en tes): N ão posso faze-lo. N ão su ­
porto m e m over. Dóe m uito m in h a perna.
Clio: Ánimo, Sam uel. Vamos te n ta r. S eja tão b rav o q u anto possivel.
S a m u el (p u x a-se pelas suas m ão s): Não ad ian ta. Não suporto, Clio. Clio,
você vai e m e deixa. Não ad ian ta que todos fiquem aqui. Vão, eu estou
bem.
Nem hi: T alvez você ache seu pai na m ultidão. P o d eria p e d ir- lh e . . .
Clio: P or esse tem po seria tarde. Sam uel, você não acha que pode pôr os
braços em volta de m eu pescoço e d e ix a r-m e . . .
S a m u el (d an d o sinal de cabeça): N ão suporto, Clio. Nem p ara v er Jesus,
não posso.
Clio (sen ta-se ao lado de S am uel o u tra v ez): V oltem ao T em plo. Muito o b ri­
gada — de q u alq u er m aneira!
Sam uel: Clio, você vai, tam bém . E starei bem . Em v erd ad e estou bem . Você
v á e depois volte e me diga o que E le disse. F aça o favor, C lio.
Clio (sendo p e rsu a d id a ): Não fico m uito tem po, S am uel.

(Os quatro m eninos saem , deixando Sa m u el só. S a m u el senta-se u m m o ­


m ento. E m seguida, deitando-se de lado, apoiado pelo cotovelo, levanta a ca­
beça em atitude de oração. Um curto espaço de tem po denote o decorrer do
tempo. Quando a luz se acender outra vez, S a m u el descansa outra vez. Os
m eninos ve m correndo, suas faces ardentes).
Clio: Sam uel, Sam uel, tudo foi tão m aravilhoso!
A m ai: D evia te r visto, Sam uel. Todo o m undo — todas as pessoas ad u ltas
— m overam -se p a ra traz p a ra que nós m eninos pudessem os ap ro x im ar-
nos. Todos nós ajoelham os ali, e fo ra do círculo de crian ças, os adultos
ajoelhavam -se tam bém , e . . . ■ *
Nem hi: E Jesus ia de um ao o u tro de nós, dando-nos um a benção. E Ele m e
d isse . . .
Clio (m uito in te n s a ) : Sam uel, quando Jesu s m e tocou n a cabeça com sua m ão,
eu pensei em você. P ensei em sua p ern a fra ca e aleijada. Em m eu cora­
ção disse, “Je su s, não quero n ad a p ara m im , m as d ê a S am uel duas p ern as
boas, em vez de só um a? F aça o fa v o r? ” N ão disse u m a p a la v ra em voz
alta, m as E le fixou m eus olhos com o — m ais profundo o lh a r — e em
seguida — em seguida inclinou a cabeça em sinal. Seu o lh ar disse-m e tão
claro como palav ras, “A sua oração foi aten d id a, m en in a. Nem Ele nem
eu dissem os um a p alav ra, m as falám os um ao o u tro .
Sam uel: Você orcu p ara mim! Você sente qu e a oração foi respondida! Ó
Clio! (D e vag ar S am uél fica em pé. Com as m ãos estendidas p ara fre n ­

— 43 —
te, ande uns poucos passos): Ai, Clio, posso andar! (E stran h am en te sua
voz tem lágrim as. P or um m om ento ninguém fala. Todcs ficam como se
estivessem sem m ovim entos pelo m ila g r e ) .
Sam uel: Clio, preciso ir e agradecer-L he. O nde está?
Clio: J á foi. Foi como veio — num a nuvem de lu z.
S am uel: M as queria tanto agradecer-L he. Como é que nunca posso ag ra d e-
c e r-L h e agora?
N e m h i (m uito sé ria m e n te ): E u sei, Sam uel. H á um a oração que E le nos
ensinou. P oeríam os nós todos rezá-la e então Ele saberá.
(Todos a jo e lh a m -s e ).
Todos: “P a i nosso que estás nos céus; santificado seja o te u nom e; v en h a o
te u reino; seja feita a tu a vontade, assim n a te rra , como no céu. O pão
nosso d e cada dia nos dá hoje; e perd o a-n o s as nossas dividas, assim como
nós tam bém tem os perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair
em tentação, m as liv ra-n o s do m a l” .

CAI DEVAGAR A CORTINA

NOTA: Se esta peça fôr usada como num ero de um p ro g ram a d e um a


reu n ião da Igreja, deixe que a oração seja o final. D escer o pano im e d ia ta­
m en te após.
E ’ sugerido que as P rim árias usem esta peça por um program a especial de
Páscoa.
T rad. por C. Elm o T u m e r

S eja civil a todos; sociável a m uitos; PECADO


fam iliar com poucos; amigo; a um ; in i­
migo a ninguém . Se quiser te r por certo a ju stiç a ou
— B enjam in F ra n k lin . . . in justiça de um p razer, tom e esta r e ­
gra. A quilo que d eb ilita a razão, d e ­
P o eira, pela sua p ró p ria natureza, te rio ra a b ra n d u ra da consciência, faz
só pode se erg u er à um a certa a ltu ra
obscuro o sentido de D eus, ou tira o
d a estrada, e os pássaros que voam
m ais alto nunca a tom am em suas azas. gozo das coisas esp iritu ais; aquilo que
Assim o coração que sabe voar bas- au m en ta a au to rid ad e do corpoi sobre
te n te alto, escapará sem pre às peq u e­ a m ente — aq u ela coisa, p ara você, é
nas p erturbações e tristezas que b ro ­ um pecado.
tam constantem ente na superfície da
te rra. — Desconhecido. — A Mãe de João W e sle y . .,

— 44 —
SOCIEDADE DE SOCORRO
MENSAGEM DO PRESID EN TE
G EORGE ALBERT SM ITH

T rad. por A lfredo L im a Vaz

A cs m em bros da Sociedade de Socorro tia no v estir-se e no v iv er como o


d a Ig re ja de Je su s C risto dos Santos m undo. E ’ vossa responsabilidade
dos Últim os Dias, cria r os vossos filhos p a ra serem mo­
destos, bondosos e retcs, e deveis en ­
E nvio saudações e congratulações a
co ra jar todos os pais p ara d eixarem
vós que pertenceis a única sociedade
exem plos dignos p ara serem seguidos
de m ulheres no m undo, organizada por
por seus filhos. Em poucos anos a
um pro feta do S enhor. José S m ith
vossa o p o rtunidade de exem plificar os
não viveu p a ra v ê-la crescer e ser
ensinam entos do M estre, te rá passado
g ran de em núm ero, m as si ele p uder
e vossa felicidade etern a será p ro p o r­
c lh ar p a ra baixo agora, e v er m ais de
cional naquilo que tiv erd es feito em
cem m il m em bros que se estão dev o ­
prol de um m undo m elhor, enquanto
tando à benção das m ulheres, da m a ­ viverdes em m ortalidade.
neira que ele p lan ejo u ser feito, estou
certo que o fa rá feliz. T odas as bênçãos q ue são, rea lm en ­
te, dignas de serem gozadas pelas m u ­
O vosso, não é som ente um p ro g ra ­ lheres do m undo, vós podeis gozar,
ma p ara edu car as jovens m ulheres,
m ais ainda os fru to s do evangelho de
da Igreja, as de m eia idade e as m ais
Je su s C risto e a com panhia do m ais
velhas, nas m a téria s perten cen tes à lindo grupo de m ulheres que poderá
c u ltu ra e requ in te, m as é esperado
ser enco n trad o em q u alq u er p arte do
que vós sejais exem plos p a ra todas as m undo. Si fizerdes o vosso dever, sa-
m ulheres, sustentando alto as m a n ei­
bereis que o nosso P ai C elestial ficará
ras de viver p a ra que as gerações fu ­
orgulhoso de vós, e d e rra m a rá sobre
turas possam v ir à te rra , e e n tra r num todas, o Seu am or e os Seus fav o res.
am biente que enriqueça as suas v i­
das enquanto estiverem passando p e­ D esejando-vos todas as bênçãos que
desejardes, e confiando qu e a alegria
las experiências da m ortalidade.
de vosso sucesso será tudo que podeis
M odéstia é sem elhante à v irtu d e e desejar, sou
é p a rte do plano do nosso P a i Celes­
Vosso irmão, no Evangelho,
tial. M uitas m u lheres perdem os seus
encantos quando, sacrificam a m odés­ (as.) G earge A lb e rt S m ith

— 45 —
Sendo que ainda As D outrinas e antigos, cham ava esse sacerdócio se­
Convênios não foram trad u zid as e que gundo M elquisedec ou o Sacerdócio de
não h á c u tra s publicações d a Ig reja M elquisedec. Toda a au to rid ad e e to ­
trad u zid as em P ortuguês, senão a B í­ dos os ofícios n a Ig reja são apêndices
blia e o L ivro de M ormon, é de adm i- a este S a c e rd ó c io ... O Sacerdócio de
a r que todos os m em bros do Sacerdó­ M elquisedec possue o d ireito d e p r e ­
cio conheçam os ofícios dcs dois sa­ sidir, e tem o poder e a au to rid ad e
cerdócios e os seus respectivos deve- sobre todos os ofícios da Ig re ja em
re s. todas as épocas do m undo, p a ra ad m i­
É d ev er de todos saber os diferentes n istra r nas coisas espirituais. A P re ­
ofícios e os seus deveres. Si não os sidência do A lto Sacerdócio, (a P r i­
sabe ainda, leia e estude bem esta co­ m eira P residên cia) segundo a ordem
lu n a . de M elquisedec, tem o d ireito de ofi­
ciar em todos os cargos da I g r e ja .”
Os dois Sacerdócios: (D . & C . 107:2-9).
“Ò segundo sacerdócio ch am a-se o
SACERD ÓCIO DE M ELQ U ISED EC
Sacerdócio de A arão, porque foi con­
(O M AIOR) ferido a A arão e seus descendentes,
a tra v és de todas as suas gerações. A
1. S um o-S acerdote - ) razão porque é cham ado o Sacerdócio
2. S eten ta ) Ofícios m enor é porque é apêndice do m aior,
3. A ncião (E lder) ) ou o Sacerdócio de M elquisedec, e tem
poder p ara ad m in istra r nas o rd en a n ­
SACERD ÓCIO AA R Ó N IC O ças tem porais. O B ispado é a P re si­
(O MENOR) dência deste Sacerdócio, e possue as
chaves ou a au to rid ad e do m esm o . . .
O poder e a au to rid ad e do m enor, ou
1. S acerdote )
Sacerdócio A arónico, é possuir as c h a ­
2. M estre ) Ofícios
3. D iácono ) ves do m inistério dos anjos, e p ara
ad m in istra r em ordenanças tem p o rais;
a do Evangelho, o batism o de a rre p e n ­
“A razão porque o p rim eiro é cha­
dim ento p a ra a rem issão dos pecados,
m ado o Sacerdócio de M elquisedec
conform e áos convênios e m a n d am e n ­
é porque M elquisedec e ra um grande
to s .” (D . & C . 107:13-15,20).
Sum o-Sacerdote. A ntes dele, foi cha­
m ado o Santo Sacerdócio>, segundo a O m ês que vem discutirem os os d e­
ordem do Filho de Deus. Mas em re s­ veres individuais dos cargos no S acer­
peito ou reverência ao nom e do Ser dócio de M elquisedec.
suprem o e p ara ev itar re p e tir m uitas
vezes o Seu nome, a Igreja, em dias Elder C. E lm o T u m e r

— 46 —
«

Evidências e Reconciliações
P or E lder João A . W idtsoe

LXIX — ’ stn a d a aos Homens de Alegria aqui ü Terra ?

O antigo p ro fe ta A m ericano, Lehi, Isto é, ao hom em ,tem sido dado o


red ig iu a d o u trin a que, “os Homens poder de su je ita r a te rra, e d irig ir to ­
ex istem para que tenham alegria”. das as coisas sobre ela. E la pode ser
( II N ephi 2 :2 5 ). José Sm ith, fàlando um a te rra obstinada, m as apesar do
do m esm o tem a, declarou que a “F e­ vento e do tempo, o hom em pode fa-
licidade é o objetivo e desígnio da ze a te rra lhe d a r sustento. Tem o
nossa existên cia ”. As escrituras, a n ti­ poder de co n v erter a opinião em co­
gas e m odernas, oferecem a prbrhessa operação, como, por exem plo, quando
d a alegria e da felicidade aos que obe­ obriga a cachoeira b aru lh e n ta e des-
decem aos m andam entos do S e n h o r. tru id o ra a g erar, q uietam ente, a cor­
Tem sido a p eculiaridade de m uitas ren te elética p ara o calor, a luz, e a
pessoas aplicarem esta d o u trin a a p e ­ força m ecânica. A lém disso, tem sido
n as na vida fu tu ra . G erações dè ho­ dem onstrado plen am en te que a te rra
m ens te m sido ensinadas que õs h o ­ é bem fazeja, am p lam en te capaz de su­
m ens existem n a te rra p ara qUe so­ p rir a todos as necessidades físicas do
fram infelicidade. Os S antos dos Ú l­ hom em se apenas se u sa r p ro p ria m e n ­
tim os Dias tom am o cam inho oposto. te, os seus poderes. C laram ente, o
Eles crêm que o S enhor deseja que os poder e dom ínio prom etido refere à
filhos d ’Ele gozem felicidade onde q u e r vida na te rra , assim como no além-*
que seja — na Vida p re-ex isten te, m o r­ túm ulo .
ta l ou fu tu ra . N este sentido, a d o u tri­ A tristeza do hom em parece dizer
na de L ehi to rn a-se ilum inaritè e r e ­ m elhor de seus trab alh o s e fadigas em
volucionária. ■; fazer a te rra p ro d u zir em seu b en e­
É verdade que o S enhor disse -aos fício. De fato, m uitos m odernos tr a ­
prim eiros pais, A dão e Eva: d utores da B íblia trad u zem a p alav ra
“M aldita è a terra por tua causa: original“ tra b a lh o ” em vez de “fadiga”
em fadiga tirarás dela o sustento to- como- m ais certo. T al “m aldição”
dòs os dias da tua vid a . Ela te p rodu­ realm en te é um a benção, pois sem es­
zirá tam bém espinhos e abrolhos, e forço, não h av e ria nem crescim ento
comerás as hervas do cam po. No suor nem progresso. A assim -cham ada m al­
do teu rosto com erás o teu pão” '. (G ê­ dição, com certeza, prom overá a ale­
nesis 3 :1 7 -1 9 ). - g ria hu m an a, e é a única m an eira pela
Mas é igualm ente v erdade que a n ­ q ual se alcança a aleg ria v erd a d eira.
tes disto o S enhor, falando dfe! um a O pão é doce apenas q uando é ganho
lei m ais alta, disse: pelo “suor do rosto” d aq u ele q u e o
“Criou, pois o hom em à sua' im a ­ come.
g em , à im agem de D eus o criou, h o ­ No entanto, p ara g an h a r a vitó ria
mem. e m ulher os criou. Deus os aben­ sobre as condições hostis e p ara fa ­
çoou e lhes disses F rutificai, m u ltip li­ zer da lu ta co n tra os “espinhos e abro­
cai-vos, enchei a terra e sujeitai^a; do­ lhos” um meio à felicidade hum ana,
m inai sobre os peixes do m ar, sobre há certas leis defin id as qu e devem ser
as aves do céu e sobre todos os a n i­ obedecidas. Toda a n atu reza su je ita -
m ais que se arrastam sobre a terra”; se à lei. P lan te sem entes e h av erá
(G ênesis 1:27-28). colheita; não p la n te sem entes e não

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t
h av e rá colheita. As leis sob as quais da o u tras condições sem elhantes que
vive toda a criação são im utáveis. O causam a infelicidade são d esag rad a-
hom em poderoso e dom inante, por veis p era n te o Senhor.
m elhor que seja, pode seg u rar seus O esquecim ento d a d o u trin a de L ehi
desejos apenas por obediência à lei. que "os hom ens ex istem para que te ­
P o rtan to , José Sm ith, no seu discurso, n h a m alegria” é a causa de m u ita in ­
acrescentou que a felicidade será ga­ felicidade na te rra . D isputas e g u e r­
n h a só “Sc perseguim os o cam inho que ra s vem deste esquecim ento. H á g ra n ­
guia a ela; por guardarm os todos os d e fom e no m undo p o r pão; a p o b re­
m andam entos de D eus”. za m archa descuidada n as ru a s de
O P ro feta logicam ente continua, nossas cidades; som ente a poucos tem
"vias não podem os guardar todos os sido dado a visão do g ran d e progresso
m andam entos sem prim eiro conhecê- intelectu al atrav és dos séculos; e a in ­
los”. P o r conseguinte, o S enhor em da m enos tem vindo a estim ar a v e r­
varios tem pos tem revelado os meios dade além de tudo. M as fica ain d a
de felicidade do corpo, da m ente e do no coração do hom em u m a fom e in ­
espirito. Em tem pos m odernos tem sistente pelas condições d a a le g r ia .
nos dado a P ala v ra de S abedoria para Todos os hom ens sentem , em h arm o ­
a saúde do corpo, claram en te m o stra n ­
nia com a d o u trin a de Lehi, qu e é d i­
do o desejo divino de que os hom ens
reito a d q u irir b astan te da ab u n d ân cia
devem te r corpos sãos. V árias leis
d a te rra p ara satisfazer cada neces­
tem sido reveladas p ara o econômico
sidade n a tu ra l e ju sta. Em te n ta r sa­
b em -estar da sociedade hum ana. A
tisfazer este desejo ard en te, inato e
ordem fci dada p ara p ro cu rar todo o
norm al, tronos foram assolados, g over­
conhecim ento, descobrir as leis do
nos derrubad o s, e g u erras san g u in árias
bem -estar hum ano, p ara que seja útil
ex istiram en tre a irm an d ad e do h o ­
a m ente na busca à felicidade. A d i­
m em . O am or foi d errib ad o e o ódio
reção e a guia esp iritu al tem sido p ro ­
v idenciada p ara assegurar a m ais com ­ encorajado.
pleta felicidade ao homgm. C ada ne­ A histó ria do m undo reflete o em ­
cessidade te rrea l foi ocasião p ara r e ­ preendim ento do hom em em p ro l da
velação divina. C ertam ente, esses dons felicidade. A h istó ria dos tre z e n to s
são p ara c gozo do hom em na te rra anos próxim os passados d a crescente
como tam bém no céu. O ensinam ento civilização é a h istó ria das d em an d as
que o hom em na te rra deve viver em do hom em p ara que a d o u trin a de Lehi
doença, em inópia, e m iséria g eral tem seja cuidada. P rim eiro, o povo cla­
vindo d a região do mal. m ou pelo direitc de p en sar e fa la r li­
A m iséria h um ana aqui nesta bem - vrem ente. Longas g u erras se segui­
fazeja te rra pode apenas en tristec er o ram , pois reis e ig rejas receav am os
nosso P a i no céu. D oença e sofrim en­ resultados. M as a b atalh a p ela aleg ria
to do corpo não podem ser a fonte da in telectu al foi ganha. Em seguida, o
aleg ria divina. A fom e e todas as povo clam ou pela ig ualdade p o litic a .
form as de p en ú ria econôm ica que se D izia-se que o hom em com um e ra ser
en co n tram larg am en te sobre a te rra hum ano tão im p o rtan te ccm o o re i.
não estão em harm onia com o am or M ais sangue foi d erram ad o ; m as o go­
divino. A ignorância, e a conseqüen­ verno pelo povo foi estabelecido en tre
te superstição, e toda espécie de tr e ­ a m aioria das nações. A gora, h á a l­
vas são cpostas a div in a verdade, a gum as décadas, a b a ta lh a p ela su fi­
q u al é a luz do eterno evangelho. Ido­ ciência econôm ica com eçou a ascen­
la tria é negação ao Senhor, e assim der-se. A g u erra II m u n d ial tem r a i­
guia à m orte espiritual. E stas e a in ­ zes econômicas. Sob a lei de D eus.

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esta b atalh a se rá ganha p ara todos os base p a ra q u alq u er reform a social
hom ens. O utras batalhas, por outros Q ualquer governo' ou organização que
direitos, estão p a ra vir. não providencie p ara que o homem
N enhum a paz segura será ganha na ten h a alegria está destinado a falh ar
te rra, senão pelos term os da doutrina redondam ente.
que, “os hom ens existem para que te­
nham alegria”. Essa tem que ser a T rad. por C. Elmo T u rn er

NOTICIA!
No dia 27 de Ja n eiro um Apóstolo do S enhor, E lder Stephen L.
R ichards, e sua gentil esposa, desceram do navio, “S . S . A R G E N T IN A ”,
no Rio de Jan eiro . Eles ficaram apenas 1 dia lá, continuando, em se­
guida p a ra Santos onde puseram os pés na te rra do B rasil pela segun­
da vez. O P resid en te Rex encontrou-se com eles no Rio assim como
em S antos e os tro u x e à São P aulo onde alm oçaram na Casa da Missão.
O navio continuou a jo rn ad a p ara B uenos A ires na m ad ru g ad a do dia
seguinte e E lder e irm ã R ichards v o ltaram no m esm o d ia à Santos
e foram à B uenos Aires. Eles farão um a viagem de inspeção à Missão
A rgentina e à M issão U ruguaia e na sua volta v irão até a M issão B ra ­
sileira. P rovavelm ente, estão aq u i no começo de M arço e iniciarão a
viagem de inspecção à M issão em P ôrto A legre, lá pelo dia 6 de Março.
Todos nós devem os p ensar neste g rande privilégio e fazer o sacrifício
necessário p a ra v er e ouvir este servo do D eus vivo.
P resto testem unho que o A póstolo é escolhido de D eus; é h u m il­
de, inteligente e tem u m a m ensagem de trem en d a im p o rtân cia p ara
todo o m undo.
C. E. T.

ANEDOTAS
O homem com olhos faiscantes e b i­ O indivíduo de aspecto assustador
gode de vilão de film e em série ficou sorriu diabolicam ente e concluiu:
com dureza o seu auxiliar. — M uito bem , a plique-lhe o “p er­
— Os ferros estão prontos? p erg u n ­ m anen te” de três dólares.
tou. De “Seleções” . . .
— Estão, respondeu balbuciando o
rapaz, — estão em braza.
por B en n e tt Cerf
%
O m ais lógico erro que já vimos,
— O óleo está quente? foi feito recen tem en te por um homem
— Está, sim senhor, fervendo. procurando serviço n u m a fábrica. Ele
— A vítim a está bem amarrada? esforçou-se com aplicação e chegou à
pergun ta:
— N ão pode n em se m exer.
“Pessoa para notificar em caso de
— A toalha está b em presa por cima acidente?”
dela? Ele respondeu: “Q ualquer pessoa
— Está, sim senhor. em vista!”
Muitos Chamados, Poucos Escolhidos
Está escrito que “m uitos são cham a­ cer controle, dom inio ou com pulsão
dos, m as poucos são os escolhidos” sobre as alm as dos filhos do hom em ,
(D; & C. 121;34). O qi^e qu er dizer? em qu alq u er g ráu de injustiça, eis que
cham ados p a ra que? escolhidos p ara os céus se retiram , o E spirito do S e­
que? n h o r fiçp ofendido; e quando este es­
Assim como m uitos dos depoim entos p irito fôr retirad o , am em ac S acerd ó ­
claros de Cristo este é um capaz de cio ou à A utoridade daquele h om em .
m u tas aplicações apropriadas. D iga- Eis que antes que saiba estará d e ix a ­
. mos que m uitos são çham ados p ara do-a si mesmo, p ara d ar p o n ta-p és nos
aceitar o Evangelho R estaurado, po­ espinho^, p a ra perseguir aos Santos,
rém poucos crêem na m ensagem e e p ara lu ta r co n tra D eus. Tem os
assim são escolhidos p a ra ser m em ­ aprendido, pela triste experiência, que
bros no reino do S enhor aqui na terra. é a natu reza e disposição de quasi to ­
M uitos são cham ados a aban d o n ar o dos os hom ens, logo que o btenham
m áu cam inho, m as poucos lim pam as um pouco de autoridade, im ed iatam en ­
suas alm as b astan te p ara serem esco­ te com eçam a ex ercer dom ínio in ju s­
lhidos a te r a com panhia do Espírito to. P or isso m uitos são, cham ados mas
Santo. M uitos são cham ados a ser poucos são escolhidos”.
m em bros no reino de D eus na te rra, U m a o u tra vez o S enhor dissera aos
m as poucos continuam no am or de Santos: “Há m u ito s ordenados en tre
Cristo e assim se aprontam p ara ser vós, cs quais eu cham ei, m as poucos
escolhidos m em bros do reino do céus: deles são escolhidos. Os que não são
“porque estreita é a porta e apertada escolhidos tem com etido um pecado
a estrada que conduz à vida, e poucos m uito grave, pois que an d am em es­
são os que acertam com Ela.” curidão ao m e io -d ia. . . Se não g u ar-
t O P ro feta José S m ith aplicou este dardes os m eus m andam entos, o am o r
versículo àqueles que são cham ados a do P a i não co n tin u ará convosco, p o r­
possuir aquele sacerdócio o qual, tan to andareis em escuridão”.
quando usado e m agnificado, faz com P arece que m uitos são cham ados ao
que os possuidores sejam cham ados a Sacerdócio, m as poucos tem a v o n ta ­
h e rd a r “tudo que tem o M eu Pai.” Da de de au m en ta r a cham ada de ta l m a ­
cadeia em L iberdade, (um a cidade nos n eira que sejam escolhidos p a ra a
E . E . U . U . ) onde foi prêso e am arrado vida eterna. M uitos são cham ados a
pelo testem unho de Cristo, ele escre­ ser herdeiros de glória e h o n ra, de
veu as seguintes p alavras aos Santos: poder e dom inio nos m undos eternos,
“Eis que m uitos são cham ados, m as m as poucos g uardam os m andam entos
poucos são escolhidos. E porque não com g rande cuidado que os h a b ilita rá
são escolhidos? P orque os seus cora­ a serem escolhidos p ara ta l exaltação.
ções estão postos n as coisas do m undo A inda que m uitos tem recebido a luz
e in v ejam tan to as honras dcs hom ens, do céu que nos veio p o r revelação
que não aprendem esta lição — que nestes dias alguns continuam a an d a r
os d ireitos do Sacerdócio estão ligados em t' evas ao m eio-dia p crq u e “não
insep arávelm ente aos poderes do céu, guardam os m eu s m andam entos.”
e qu e os poderes do céu não podem “H avia sido um dia de cham ada”,
ser nem controlados nem usados se­ disse o Senhor, “m as o tem po para es­
não pelos pricípios da retidão. Que colher já chegou, e d eixe que os d ig­
sejam conferidos em nós, é verdade; nos sejam escolhidos. E será . m a n i­
m as q uando com eçam a cobrir os festado ao m eu servo, pela voz do E s­
.noss-os pecados, a ag ra d ar o nosso o r­ pirito, os que são escolhidos; e serão
gulho, ou a nossa am bição vã, ou e x e r­ santificados.” (Do “D eseret Netos”)

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