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Artimanha Sacerdotal

                Um dos maiores perigos é o


envolvimento com artimanhas sacerdotais. De fato esse  foi o pecado de Lúcifer ao propor uma
"outra maneira" de salvação para os filhos de Deus. Ele disse ao Pai: "Eis-me aqui, envia-me;
serei teu filho e redimirei a humanidade toda, de modo que nenhuma alma se perca; e sem
dúvida eu o farei; portanto dá-me a tua honra." (Moisés 4:1). Ele desejava estabelecer-se como
luz. Devido a seu orgulho e pecado imperdoável, foi expulso, tornando-se Satanás.             
Agora, o Demônio procura desviar os outros filhos de Deus (que aceitaram o Salvador na vida
pré-mortal) - e grande parte de seu empenho (o empenho do diabo) se demonstra nas
artimanhas sacerdotais. Abaixo uma lista de citações de Profetas, Autoridade Gerais e
professores do S&I que explicam o que é, e com o evitar artimanhas sacerdotais: 

                Élder Dallin H. Oaks disse: "Concentrando-se nas necessidades dos alunos, um


professor do evangelho jamais terá sua visão do Mestre obscurecida por querer se
autopromover ou por buscar seus próprios interesses durante a aula. Isso significa que um
professor do evangelho nunca deve se comprazer em artimanhas sacerdotais, que significa "o
homem pregar e estabelecer-se como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do
mundo". (2 Né. 26:29) Um professor do evangelho não prega a fim de "[tornar-se] popular"
(Alma 1:3) ou "por causa de riquezas e honrarias". (Alma 1:16) Ele segue o maravilhoso
exemplo do Livro de Mórmon no qual "o pregador não era melhor que o ouvinte nem o mestre
melhor que o discípulo". (Alma 1:26) Ambos olharão sempre para o Mestre." ("O Ensino do
Evangelho", Conferência GeralOutubro de 1999, 2o Sessão de Domingo)

                Élder Stanley G. Ellis, dos Setenta, disse: "As escrituras contêm muitas passagens
de orientação e admoestação para os portadores do sacerdócio. Uma das melhores é a seção
121 de Doutrina e Convênios. Nesses poucos versículos, o Senhor ensina que o sacerdócio só
pode ser exercido em retidão. (...) Essa seção também nos adverte acerca das atitudes e
ações que nos farão perder o poder do sacerdócio. Se “[aspirarmos] as honras dos homens”,
tentarmos “encobrir nossos pecados”, [satisfizermos] nosso orgulho” ou “vã ambição,” ou
procurarmos “exercer controle” sobre os outros, perderemos o poder do sacerdócio (ver
versículos 35 a 37). A partir daí, estaremos praticando artimanhas sacerdotais. Teremos
deixado o serviço de Deus e nos colocado a serviço de Satanás." ("Ele Confia em Nós", A
Liahona, Novembro de 2006, pg. 51-52)

                Élder David A. Bednar disse: "Mas precisamos, irmãos e irmãs, ter o cuidado de


lembrar em nosso trabalho que somos condutos e canais; não somos a luz. “Porque não sois
vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós” (Mateus 10:20). Nunca sou eu
ou vocês. Na verdade, tudo o que fazemos como professores no intuito de intencionalmente
chamar a atenção para nós mesmos — nas mensagens que apresentamos, nos métodos que
usamos ou em nossa conduta pessoal — torna-se uma forma de artimanha sacerdotal que
inibe a eficácia do ensino do Espírito Santo. “Prega-a pelo Espírito da verdade ou de alguma
outra forma? E se for de alguma outra forma, não é de Deus” (D&C 50:17–18)." ("Aprender pela
Fé", A Liahona, Setembro de 2007, pg. 23)

                O Presidente Joseph F. Smith ensinou: "Cremos (…) no princípio de revelação


direta de Deus ao homem. O evangelho não pode ser ministrado nem a Igreja de Deus pode
continuar a existir sem ele. (...) Cristo está à cabeça de Sua Igreja, não o homem, e a conexão
somente pode ser mantida sob o princípio de revelação direta e contínua. (...) No momento em
que esse princípio for retirado da Terra, a Igreja estará sem orientação ou direção, tendo sido
separada de sua cabeça sempre viva. Nessa condição ela não pode continuar a existir, mas
deixará de ser a Igreja de Deus e, como um navio no mar sem capitão, bússola nem leme, está
a mercê das tempestades e das ondas das sempre tumultuosas paixões humanas, interesses
mundanos, orgulho e insensatez, para terminar encalhada na praia das artimanhas sacerdotais
e da superstição." (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, pg. 363).

                O Profeta Joseph Smith disse: "Que Deus nos permita cumprir os votos e convênios
que fizemos uns com os outros, com toda fidelidade e retidão perante Ele, que nossa influência
seja sentida entre as nações da Terra, com força vigorosa, de modo a esfacelar o reino das
trevas e vencer as artimanhas sacerdotais e a iniquidade espiritual em lugares elevados e
esmigalhar todos os reinos que se opõem ao reino de Cristo e espalhar a luz e a verdade do
Evangelho, dos rios aos confins da Terra" (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph
Smith, pg. 159-160).

                O Profeta Joseph Smith disse também: “O mormonismo é a verdade; e todo homem


que o aceita se sente livre para aceitar toda verdade: Conseqüentemente, são imediatamente
libertados das correntes da superstição, fanatismo, ignorância e artimanhas sacerdotais; e seus
olhos são abertos para a verdade, que prevalece imensamente sobre as artimanhas
sacerdotais." (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, pg. 276).

                O Élder M. Russell Ballard, disse que as artimanhas sacerdotais podem ocorrer
tanto na Igreja como entre os inimigos da Igreja: “Portanto, tomemos cuidado com os falsos
profetas e falsos mestres, sejam homens ou mulheres, que colocam a si mesmos como se
fossem porta-vozes da doutrina da Igreja e procuram espalhar doutrinas falsas para atrair
seguidores por meio de simpósios, livros e periódicos cujo conteúdo se opõe às doutrinas
fundamentais da Igreja. Acautelem-se daqueles que dizem e publicam coisas contrárias às
ensinadas pelos verdadeiros profetas de Deus e que ativamente tentam fazer seguidores sem
qualquer consideração pelo bem eterno daqueles a quem seduzem. Como Neor e Corior do
Livro de Mórmon, valem-se de sofismas para enganar e levar outras pessoas a aderir a seus
pontos de vista. Colocam a si mesmos ‘como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e
louvor do mundo; não [procuram], porém, o bem-estar de Sião’ (2 Néfi 26:29)” (Conference
Report, outubro de 1999, p. 78; ver também “Acautelai-vos dos Falsos Profetas e Falsos
Mestres”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 73).

                Néfi explicou que as artimanhas sacerdotais ocorrem quando o homem coloca-se a


si mesmo “como uma luz para o mundo” (2 Néfi 26:29). Jesus ensinou o contrário disso aos
nefitas: “Eis que eu sou a luz que levantareis” ( 3 Néfi 18:24).
                 "O maior problema das artimanhas sacerdotais é que não se ensina o
arrependimento: “Porque eram da seita de Neor e não acreditavam no arrependimento de seus
pecados” (Alma 15:15) (...)
                Neor incentivava as artimanhas sacerdotais e a autopromoção para conquistar
riquezas e honrarias. Seu exemplo mostra que devemos desconfiar de quem prega para
conquistar fama ou riquezas." (Manual do Aluno do Curso no Livro de Mórmon, Manual de
Religião 121-122, edição 2012, pg. 179)

                O irmão Paul V. Johnson, que é administrador do S&I, disse: "Além de obter lucro,
Néfi disse que as pessoas se estabelecem como uma luz para obter o louvor do mundo. Alguns
professores têm grande desejo de ser elogiados. Para obter esse louvor, pode ser que
comecem a estabelecer-se como uma luz. Quando as pessoas olham para eles como se
fossem uma luz, ficam dispostas a lhes dar o louvor que eles desejam. Isso pode aumentar seu
desejo por mais louvor, e o ciclo continua. Isso se torna perigoso porque pode levar os
professores a alterarem a doutrina ou ensinarem coisas que não deviam ser ensinadas ou
usarem métodos didáticos que não deviam ser usados para exibirem-se como uma luz.
                Em 1987, o Élder Marvin J. Ashton, do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Tomem
cuidado, fiquem atentos e sejam sábios quando as pessoas falarem bem de vocês. Quando as
pessoas os tratarem com muito respeito e amor, tomem cuidado, estejam atentos e sejam
sábios. Se vocês forem honrados e reconhecidos e se tornarem famosos, isso pode ser um
fardo e uma cruz, especialmente se vocês acreditarem no que for dito a seu respeito. (...)
O louvor do mundo pode ser uma cruz pesada de carregar. Ao longo dos anos, muito
frequentemente ouvi dizer: ‘Ele era grande até se tornar um sucesso, daí não conseguiu lidar
com isso’. Não estou falando de dinheiro e posição. Estou falando de reconhecimento, até em
responsabilidades na Igreja. (...) Oro para que não nos deixemos ser levados pelo louvor,
sucesso ou mesmo pelo cumprimento de metas que estabelecemos para nós mesmos” (“Carry
Your Cross”, Brigham Young University 1986–1987 Devotional and Fireside Speeches, 1987, p.
141). (Conferência do SEI sobre Doutrina e Convênios e História da Igreja, 2002, 12 de agosto
de 2002).

                O Élder Dallin H. Oaks também disse: "Os professores que são mais populares — e
portanto mais eficazes — têm uma susceptibilidade particular a esse tipo de artimanha
sacerdotal. Se não tomarem cuidado, seu ponto forte pode se tornar sua pedra de tropeço
espiritual. Eles se tornam como Almon Babbitt, com quem o Senhor não estava satisfeito
porque, como declara a revelação: ‘Ele aspira a estabelecer seu próprio conselho, em vez do
conselho que decretei, sim, o da Presidência de minha Igreja; e estabelece um bezerro de ouro
para meu povo adorar’. (D&C 124:84)" (“Our Strengths Can Become Our Downfall,” Brigham
Young University 1991–1992 Devotional and Fireside Speeches, [1992], p. 111).

                Em 1989, no Assembly Hall, o Presidente Howard W. Hunter, que na época era


Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, fez um discurso no programa anual "Uma Noite
com uma Autoridade Geral" para os profesores do S&I. Ele disse: “Gostaria de deixar-lhes uma
palavra de advertência. Tenho certeza de que reconhecem o perigo em potencial de terem
tamanha influência e serem tão persuasivos a ponto de que seus alunos desenvolvam uma
lealdade a vocês em lugar do evangelho. Esse é um problema maravilhoso com o qual
devemos lutar, e esperamos que todos vocês sejam professores tão carismáticos assim. Mas
há um perigo real envolvido. É por isso que vocês precisam convidar seus alunos a lerem as
escrituras propriamente ditas, não apenas lhes dar sua interpretação e apresentação delas. É
por isso que vocês precisam convidar seus alunos a sentir o Espírito do Senhor, e não apenas
lhes dar sua impressão pessoal a esse respeito. É por isso, no final das contas, que vocês
precisam convidar seus alunos a achegarem-se diretamente a Cristo, e não apenas
lhes ensinar Suas doutrinas, por melhor que o saibam fazer. Nem sempre vocês estarão à
disposição desses alunos. Vocês não poderão conduzi-los pela mão depois que tiverem saído
do curso médio ou da faculdade. E vocês não precisam de discípulos pessoais. (...)
                Certifiquem-se de que a lealdade desses alunos seja para com as escrituras e o
Senhor e as doutrinas restauradas da Igreja. Indiquem-lhes o caminho para Deus, o Pai, e Seu
Filho Unigênito Jesus Cristo, e para a liderança da Igreja verdadeira. Certifiquem-se de que,
quando o glamour e o carisma de sua personalidade e discursos e o ambiente da sala de aula
se forem, eles não fiquem de mãos vazias para enfrentar o mundo. Dêem-lhes dádivas que
eles levarão consigo quando tiverem que ficar sozinhos. Se fizerem isso, toda a Igreja será
abençoada pelas gerações futuras. (...)
                Gostaria de deixar-lhes uma palavra de advertência [sobre o assunto de ensinar pelo
Espírito]. Creio que se não formos cuidadosos como educadores profissionais que trabalham
todos os dias, podemos começar a tentar simular a verdadeira influência do Espírito do Senhor
por meios indignos e manipulativos. Fico preocupado quando aparentemente as emoções
fortes ou as lágrimas copiosas são igualadas à presença do Espírito. Sem dúvida o Espírito do
Senhor pode produzir fortes sentimentos emocionais, inclusive lágrimas, mas a manifestação
externa não deve ser confundida com a presença do Espírito propriamente dita” (Eternal
Investments, discurso para educadores religiosos, 10 de fevereiro de 1989, pp. 2–3)

                O Élder Robert D. Halles disse: "“Todos vocês que ensinam no seminário e instituto


têm no coração o desejo de ser um anjo. Isso é bom, mas vocês estão sujeitos à grande
tentação de desempenhar o papel do flautista da flauta mágica e imaginar que irão reunir todos
os seus alunos a seu redor e induzi-los com seu amor a que desenvolvam um testemunho; ou
de sentir que se conseguirem tornar-se muito populares, poderão liderá-los, ser um exemplo
para eles e fazer uma grande diferença na vida de seus alunos. (...) Não existe nada mais
perigoso do que quando um aluno dirige sua admiração e atenção ao professor em lugar do
Senhor, da mesma forma que um converso faz com um missionário. E então, se o professor ou
o missionário for embora ou comportar-se de modo contrário aos ensinamentos do evangelho,
o aluno ficará extremamente desapontado. Seu testemunho enfraquecerá. Sua fé será
destruída. O professor realmente bom toma cuidado para que os alunos se voltem ao Senhor.
Depois que tivermos tocado a vida dos jovens, temos que voltá-los para Deus, o Pai, e Seu
Filho, nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo, por meio da oração, estudo e a aplicação
prática dos princípios do evangelho na vida deles” (Teaching by Faith, discurso para
educadores religiosos, 1º de fevereiro de 2002, p. 7).

                O irmão Paul V. Johnson, que é administrador do S&I, disse: "Um dos desafios para
reconhecer e evitar as artimanhas sacerdotais é que essa é uma questão que envolve as
motivações e desejos. É como o orgulho. Na verdade, o orgulho é a origem do problema.
Quando há um acidente numa fábrica, geralmente há sinais visíveis, como sangue ou histeria.
A maioria das pessoas reconhece imediatamente que houve um acidente. Mas isso não
acontece com os danos causados ao coração. Precisamos ser mais sensíveis para reconhecer
os primeiros sinais de problemas espirituais." (...)
                "Uma vez que as artimanhas sacerdotais envolvem motivações e desejos, a melhor
maneira de combatê-las é em nível pessoal. É muito melhor procurar policiar-nos nesses
assuntos antes que se tornem motivo de preocupação para os líderes e supervisores do
sacerdócio. Trata-se de um assunto a respeito do qual precisamos estar muito atentos em
nossa vida. Ele tem a tendência de imiscuir-se em nossa vida, se não formos diligentes."       
(Conferência do SEI sobre Doutrina e Convênios e História da Igreja, 2002, 12 de agosto de
2002).

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A seguir um comentário que fiz no livro "Considerações sobre o Apocalipse":

Apocalipse 2:14 - Doutrina de Balaão. Balaão foi um profeta do Senhor contemporâneo a Moisés.


Infelizmente ele deixou-se corromper e cedeu a vaidade. Preferiu as riquezas de Balaque do que atentar
para o conselho do Senhor. Tão cego estava este profeta que o Senhor teve abrir a boca da jumenta
para adverti-lo. Entretanto, Balaão amava Mamon, ou seja, as riquezas do mundo. Como os homens do
sacerdócio só podem usar o poder de Deus de acordo com a Vontade divina, Balaão não conseguiu
amaldiçoar Israel, antes a abençoou (Números 22-24). Ele até profetizou a respeito do Salvador, que
viria da linhagem daquele povo (Números 24:14, 17 e 19).
                Balaão viu que Deus era com aquele povo, por isso instou Balaque e seu povo, que eram os
moabitas, a corromperem os israelitas com pecados sexuais. Balaão entendia que se os israelitas se
tornassem indignos, então a proteção do Senhor cessaria. E foi o que aconteceu. Os israelitas tomaram
para si mulheres entre os moabitas, e uma série de desgraças se sucedeu (Números 25; 31:16-18).
                Balaão se tornou símbolo daqueles que usam seu chamado e seus dons a fim de obter riquezas
e fama. Balaão praticou artimanha sacerdotal, que é um "homem pregar e estabelecer-se como uma luz
para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do mundo" (2 Néfi 26:29). Todos aqueles que cometem tal
pecado seguem a doutrina de Balaão e amam o "prêmio da injustiça" (II Pedro 2:15).

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