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Os Blocos de

Edificação do
Universo
O Evangelho de Jesus Cristo no Nível Subatômico.

Essa é uma versão comentada do livro "A Gospel Trilogy" (Uma


Trilogia do Evangelho), escrito por Cleon Skousen, traduzido
porFrancisco Candido Xavier (Amoramon) e revisado por Luiz
Botelho. Este discurso foi inicialmente apresentado na
apresentação do Presidente Mike Glauser, para aproximadamente
180 missionários na Missão Geórgia Atlanta em 2-3 de Novembro
do ano 2000.

As notas em negrito dos editores Luiz Botelho e Diego Guardia


visam comentar, dar contexto, explicar e fazer correlações
doutrinárias ou científicas com outros princípios do Evangelho ou
ciência.
Trilogia 1

Introdução

Uma das coisas mais gratificantes em partir para uma missão é a


oportunidade de realmente aprender a respeito do evangelho. E
nós o aprendemos em dois níveis.

O primeiro nível é o que Paulo chama de nível do LEITE do


evangelho – aprendendo QUAIS são os requisitos do evangelho
para levar-nos de volta à presença do Pai; por exemplo, fé,
arrependimento, batismo, o dom do Espírito Santo, obedecendo
aos mandamentos e perseverando até o fim. É verdade que ele
minimiza a sagrada importância do nível do LEITE porque ele diz-
nos nos mais simples termos o que fazer para chegar ao reino
celestial.
O segundo nível é o que Paulo chamou de o nível da CARNE que
explica o PORQUÊ cada princípio do evangelho é essencial e
COMO ele funciona. Dessa forma, o leite é o “O QUÊ” do
evangelho. A carne é o “PORQUÊ” e o “COMO”. A diferença entre
leite e carne é definida muito claramente nas escrituras. Eis como
Paulo fez a distinção entre esses dois diferentes níveis. Do estudo
do evangelho. Ele disse:

“Eu vos alimentei com leite e não com carne; porque até hoje não
fostes hábeis para digerí-la, nem mesmo agora sois hábeis.” (I
Coríntios 3:2).

“Porque devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais que


se vos tornem a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos da
palavra de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e
não de alimento sólido Porque todo aquele que ainda se alimenta
de leite não é experiente na palavra da justiça, porque é menino.
Mas o alimento forte é para os aperfeiçoados, mesmo aqueles que
em razão do costume têm os sentidos exercitados para discernir o
que é bem e o que é mal. Por isso “NÃO” (conforme acrescentou
Joseph Smith) deixando os princípios da doutrina de Cristo,
PROSSIGAMOS EM BUSCA DA PERFEIÇÃO; sem voltar
(repetidamente) às fundações de arrependimento de obras
mortas e da fé em Deus.” (Hebreus 5:12-14 e 6:1).
Isaías diz que a carne pertence àqueles “que compreendem a
doutrina e que já estão desmamados, isto é: Já deixaram o leite
como seu único alimento... Porque preceito precisa ser dado sobre
preceito, linha sobre linha”.(Isaías 28:9-10)

Por certo o grande desafio de Joseph Smith como o profeta líder


desta nova dispensação foi que ele não recebeu novo
conhecimento meramente linha sobre linha e preceito sobre
preceito, mas sim CAMADA SOBRE CAMADA. Algumas vezes
essas camadas estavam tão enriquecidas com doutrinas pesadas
da carne do evangelho que os associados a Joseph chocaram-se
com elas e denunciaram tanto a Joseph quanto as mais recentes
camadas (ou conjuntos) de revelações como falsas e inaceitáveis.
Mas o tempo de Joseph era curto. Ele não poderia esperar por
aqueles que ficavam para trás. Consequentemente, dez membros
do Quórum original dos Doze Apóstolos tropeçaram. Os dois
apóstolos que se mantiveram firmes com o profeta foram
Brigham Young e Heber C. Kimball.

Enquanto estamos numa missão nos concentramos para ensinar o


leite apenas porque essas são as coisas claras e simples que são
essenciais para nos levar de volta ao Reino Celestial do Pai. Elas
nos dizem O QUE fazer. A chave do sucesso no nível do leite é
OBEDIÊNCIA, a disposição de seguir os requisitos essenciais do
Evangelho. Note que Paulo ficou preocupado com os santos no
seu tempo porque não conseguia fazê-los ir além do leite e
aprender a carne do evangelho E COM ISSO CAMINHAR PARA A
PERFEIÇÃO. Note a advertência de Isaíaas de que a carne do
evangelho não pode ser digerida na base de engolir sem
mastigar. Ela precisa ser ponderada em oração, preceito sobre
preceito e linha sobre linha.

A Bênção de Ter um Grande Professor

Eu passei a carne do evangelho pouco depois de chegar à Missão


Britânica. Eu tinha apenas 17 anos quando fui chamado para uma
missão e ao chegar à Inglaterra soube que o Elder John A.
Widtsoe estava presidindo sobre todas as missões na Europa e
que ele tinha seu escritório geral na Inglaterra, o significava que
eu o veria uma vez ou outra.
O Presidente Widtsoe era um apóstolo e membro do Conselho dos
Doze. Ele havia sido presidente de duas universidades, era um
cientista famoso, e membro da Real Sociedade da Inglaterra. Por
reputação era considerado um dos mais destacados conhecedores
do evangelho em toda a Igreja e havia escrito livros sobre os
ensinamentos de Joseph Smith e os Discursos de Brigham Young.

Certo dia quando estávamos juntos no mesmo trem, fui ousado o


bastante para perguntar ao Elder Widtsoe uma questão do
evangelho. Eu não sabia naquele tempo, mas minha pergunta
aconteceu ser a mais profunda questão de todo o evangelho.

Eu disse, “Elder Widtsoe, Por que Jesus teve de ser crucificado?”.

Ele parou por um momento e então disse, “Quem disse a você


para me fazer essa pergunta?”.

Eu disse, “Ninguém. É minha a pergunta. Quando eu ainda era


um menino pequeno no Canadá disseram-nos no tempo da
Páscoa como Jesus foi lacerado com um chicote, como puseram
uma coroa de espinhos em sua cabeça com sangue escorrendo
por sua face, e como ele foi pregado na cruz e sofreu a mais
terrível agonia. Eu ponderei sobre quem no mundo quis todo
aquele sofrimento? Tinha um propósito, qual era? Além do mais,
como a crucificação de Jesus tem qualquer coisa a ver com a
minha salvação?”.

Elder Widtsoe pensou por um momento então disse: “Eu poderia


responder suas perguntas, mas você não entenderia as respostas,
você não conhece o bastante a respeito do seu Pai Celestial”.

Então eu disse “O senhor poderia me ensinar?”.

Era uma pergunta audaciosa para fazer a uma sobrecarregada


Autoridade Geral, mas após um momento ele disse:
“Considerando que é sua pergunta, talvez tenha bastante
curiosidade e tenacidade para percorrer a verdadeiramente
tediosa tarefa de aprender a respeito – linha sobre linha e preceito
sobre preceito – esta é a única maneira de obter a totalidade do
quadro”.
Assim foi o como eu cheguei a uma das maiores bênçãos de toda
minha vida. Tornei-me um estudante da carne do evangelho sob
a direção do Apóstolo John A. Widtsoe.

Parte 1

Tudo na Existência é Feito de Apenas Duas Coisas. Um


Início Surpreendente!

Elder Widtsoe colocou-me a umas cem milhas distante da minha


pergunta original sobre a crucificação.

Ele perguntou se eu sabia que tudo na existência era feito de


apenas duas coisas. Bem, eu havia recentemente sido diplomado
no colegial e tinha aprendido em química sobre os elementos. Eu
disse que não havia apenas dois. Químicos haviam identificado
mais do que cem diferentes elementos.

“Oh”, ele disse, “cada elemento é feito de milhões dessas mini


partículas de que estou falando.” Dessa forma, perguntei o que
eram essas duas mini partículas.

Ele disse, “Quando o profeta Leí estava em seu leito de morte,


explicou a seus filhos que tudo na existência é feito a partir desses
mini blocos. Veja se você descobre do que ele os chamou no livro
de 2 Néfi”.

Eu perguntei por que ele não me deu o capítulo e o verso. “Oh, eu


não tiraria de você a emoção de encontrá-los.” Isso foi
característico de todo meu treinamento com John A. Widtsoe. Ele
descreveria o princípio e falaria a respeito do onde encontrá-lo e
então deixava comigo a tarefa de achar. Eu finalmente achei a
declaração de Lei. Ele disse:

“Há um Deus, e ele criou TODAS as coisas, ambos os céus e a


terra, e todas as coisas que neles estão. AMBAS AS COISAS PARA
AGIR E COISAS PARA SOFRER A AÇÃO.” (2 Néfi 2:14)

Elder Widtsoe então disse: “O Pai Celestial chamou as coisas que


agem por um determinado nome e as coisas que recebem a ação
por outro nome”. Esses são os dois blocos dos quais o Senhor fez
tudo no universo inteiro. Veja se consegue descobrir como ele os
chama, “Você vai encontrar esses nomes no terceiro quarto de
Doutrina e Convênios”.

Realmente tive que cavar para encontrar aqueles versículos.


Finalmente encontrei os nomes desses dois blocos na Seção 93,
versículos 29-33. O Senhor disse que a coisa que “age” é
chamada uma inteligência e aquela que “recebe a ação” é
chamada “elemento” ou matéria primária. Ele disse que esses
blocos sempre existiram. São eternos. (D&C 93:29, 33). Não
podem ser criados nem destruídos. Mas podem ser organizados,
Desorganizados e Reorganizados.

Nota dos Editores: No campo científico, o princípio descrito em


D&C 93 é chamado de Lei das Conservações das Massas e se
tornou popular com a famosa frase dita em 1785 pelo
proeminente cientista Antonie Lavoisier, quando afirmou que “Na
natureza nada se cria e nada se perde, mas tudo se transforma.”
O conceito afirma que matéria em qualquer forma não pode ser
criada nem destruída, mas apenas transformada de um estado a
outro.

Considerando que a inteligência é o ingrediente que age,


presume-se que os elementos são inertes, ou alguns têm dito:
“simplesmente preenchimento”. “Contudo, Brigham Young disse
que esses ínfimos pontos da matéria primordial, são capacitadas
para receber Inteligência”. (Jornal de Discursos 7:2). De fato,
Brigham Young – que fora orientado por Joseph Smith – parece
ter tido uma completa visão da natureza da inteligência e de sua
associação com a matéria primordial (ou fundamental). Ele disse:

“Há uma eternidade de matéria, e é toda sujeita e preenchida


com uma porção de divindade. A matéria está condicionada à
existência; não pode ser aniquilada. A Eternidade não tem
fronteiras e é preenchida por matéria; e Não há coisa como
vácuo. E a matéria é apta a receber inteligência... a matéria pode
ser organizada e tornada inteligente, e a possuir mais inteligência,
e continuar a crescer em inteligência... E poderia aprender
aqueles princípios que organizaram matéria em animais, vegetais
e seres inteligentes; e poderiam discernir o ato divino para
produzir seres inteligentes. (Brigham Young, Jornal de Discursos,
vol. 7, p.2-3).
Nota dos Editores: É importante salientar que o conceito ensinado
por Brigham Young em 1859 de que não há nada absolutamente
vácuo é compatível com o entendimento científico moderno e foi
ensinado antes de modelos mais elaborados das leis da
termodinâmica serem desenvolvidas. Apenas no final do século 19
e início do século 20 teorias mais elaboradas, como a Teoria da
Relatividade, traria um entendimento mais amplo de que o que
filósofos e cientistas costumavam chamar de “vácuo” com
absoluta ausência de qualquer matéria ou energia, é na verdade
preenchido com o denominado “tecido do espaço-tempo”,
responsável pela existência da gravidade.

Existe Inteligência em Todas as Coisas?

Esses princípios foram integralmente compreendidos por Joseph


Smith e os primeiros irmãos.

Como o Apóstolo John A. Widtsoe disse:

“Foi compreendido claramente pelo Profeta (Joseph Smith) e seus


associados que a inteligência é a força vivificante da criação -
animada ou inanimada – a rocha e a árvore e a besta e o homem,
têm graus ascendentes de inteligência.” (Joseph Smith, Buscador
da Verdade, Deseret News Press, pgs. 150- 151)

E Brigham Young disse:

“Existe vida (ou inteligência) em toda a matéria através da vasta


extensão de todas eternidades; está na rocha, na areia, na água,
no ar, nos gases, e em resumo, em todas as descrições e
organizações de matéria, seja sólida, líquida, ou gasosa, partícula
operando com partícula” (Jornal de Discursos, vol. 3, pg. 277)

Como o Pai Administra Sua Vasta Hoste de Inteligências


Essas inteligências têm cada uma anexada a si mesma partículas
de matéria. Depois disso ter ocorrido, Abraão refere-se a elas
como “inteligências organizadas”. (Abraão 3:22). Deus pode falar
com essas inteligências e depois delas terem sido arduamente
treinadas podem dispor-se ou pôr-se em conforme com as
altamente complexas instruções que recebem do Pai, do Filho, ou
de membros do Sacerdócio que estejam autorizados a executar
certos atos sob a direção do Pai ou do Filho.
O Senhor diz que esse elaborado processo de treinamento de
suas eternas entidades para conformarem-se com a complexidade
dos desígnios de Deus acontece através de ter “inteligência
apegando-se à inteligência” de acordo com um padrão prescrito.
(D&C 88:40). Os cientistas estão identificando gradativamente
esses padrões complexos e têm desmembrado sua complexa
composição. Os padrões são únicos para cada entidade através da
natureza e são referidos como seus DNA.

Parte 2

Como eu fico ciente da minha própria inteligência individual?

Perguntei ao Elder Widtsoe com que se pareceria uma


“inteligência”.

Ele disse que me olhasse no espelho, já que eu era uma


inteligência. Eu disse, “O senhor se refere a tudo de mim?”, ele
disse, “Não, apenas o pequeno ”Eu sou” em você que o Pai
Celestial tem treinado desde que o retirou das trevas exteriores”.

Ele continuou, “Sabemos que você foi valente durante seu


treinamento como uma inteligência porque o Pai lhe deu um corpo
de espírito semelhante ao dele, e porque você foi valente também
no mundo de espírito ele permitiu que você tivesse um corpo
físico junto com milhões de inteligências organizadas no seu
tabernáculo temporal e fielmente servindo a você aqui na terra.”
(Aqui estão consideradas todas as coisas que Deus colocou na
Terra para uso do homem – todas elas são inteligências nas suas
várias funções).

“Bem”, eu perguntei, “onde ESTÁ minha inteligência pessoal?”,


Ele disse, “Coloque sua mão no alto de sua cabeça. Isso está
acima ou abaixo de você?” Eu disse, “Está acima de mim”. Ele
disse, “segure o seu queixo, isso está acima ou abaixo de você?”.
Respondi, “está abaixo de mim”. “Segure a sua orelha”. Eu disse,
“está ao lado de mim”. Então o Elder Widtsoe perguntou, “Onde
está esse pequeno EU que você esteve falando a respeito?”. Eu
disse, “deve estar para trás em algum lugar”. Ele respondeu, “Eu
acho que sim”.
Perguntei, “minha mão é parte de MIM?”. Ele disse, “Não, essa
mão é SUA, mas não é do EU ou pequeno EU SOU que você
esteve falando a respeito”.

Perguntei ao Elder Widtsoe por que chamamos o EU em cada um


de nós de “um pequeno EU SOU.”

Ele disse, “Feche os olhos. Agora me diga se você pensa que


realmente existe. É interessante que você realmente SABE que
existe. Como o famoso filósofo, René Descartes, declarou: “Penso,
logo existo – Eu penso, por isso eu sou.” Descartes foi um Francês
que viveu de 1596 a 1650 e é considerado por muitos como o pai
da filosofia moderna. Ele acreditava que tudo consistia de duas
coisas: substância pensante – a mente – e substância estendida –
ou matéria. Uma coisa ele sabia com certeza, o fato de que ele
pessoalmente existia. E por cuidadosamente seguindo uma série
de proposições, estava certo de que Deus também existia.”

A esta altura, Elder Widtsoe disse: “Agora, com os olhos fechados,


primeiro observe sua própria consciência de si mesmo e então
note que tudo o mais existe FORA de você. Está fora de sua
entidade autoconsciente. Como Descartes você também sabe que
VOCÊ É ou dizendo de forma mais pessoal você pode dizer, EU
SOU. Isso é o que a sua inteligência individual está dizendo. Você
não sabe somente que existe, mas Deus diz que você SEMPRE
existiu. Você não precisava ser criado porque sempre esteve lá. E
Deus esteve sempre lá. Ele não foi sempre Deus, mas foi sempre
uma entidade existente. Quando Moisés perguntou a Deus qual
era o seu nome, ele disse: “EU SOU, o que EU SOU.” (Êxodo
3:14) em outras palavras ele tem sido sempre um ser auto
existente e agora nós sabemos que ele ascendeu sob a direção de
seu Pai até tornar-se um Deus. Agora, Elder Skousen, seu
pequeno “EU SOU” está naquele mesmo curso de progresso
eterno. Se você for fiel, pode tornar-se como seu Pai Celestial.”

Nota dos Editores: As perspectivas apresentadas por Elder


Widtsoe demonstram a profundidade de conceitos do Evangelho,
filosofia e ciência e sua compatibilidade quando interpretados
corretamente. Elder Widtsoe primeiramente afirma que cada
indivíduo possui uma inteligência mestre, que poderia ser definida
como nossa consciência e adiciona que embora cada parte e
elemento de nossos corpos sejam compostos por matéria e
inteligência, estas não são diretamente ligadas ao nosso “Eu sou”.
Tal princípio é compatível com o entendimento científico de que
renovamos no decorrer de nossas vidas de nossas células, que de
uma forma ou de outra, continuam a existir, mas eventualmente
passam a fazer parte de outros materiais ou vida.

Um Adicional Exame de Onde Nós Viemos

Perguntei ao Elder Widtsoe: “Se nós sempre existimos, de onde


nós viemos?”. Ele respondeu “Trevas Exteriores”. Eu perguntei
“Como nós sabemos disso?”. Ele disse, “O Senhor revelou o que
acontece aos filhos da perdição, e através de seguir a trilha de
suas desintegrações aprendemos de onde NÓS viemos. Por
exemplo, o pai Leí estava no seu leito de morte quando se dirigiu
aos seus dois filhos iníquos, Laman e Lemuel. Disse que eles
estavam em perigo de tornarem-se filhos de perdição. Eles
tinham visto um anjo e ouviram a voz de Deus os repreendendo
por muitas horas. Leí por isso disse que se eles continuassem
tentando matar Néfi e se recusassem a se arrepender de seus
horríveis pecados, se tornariam filhos de perdição. Então disse a
eles o quê isso significava. Disse que eles seriam despojados de
seus corpos ressuscitados, AMBOS CORPO E ALMA.” (2o Néfi
1:22)

Brigham Young descreve o processo de privar os filhos da


perdição de ambos, corpo e alma como foi mencionado pelo pai
Lei, ele disse:

"Eles serão decompostos, tanto a alma como o corpo, e


retornarão a seus elementos nativos. Não afirmo que eles serão
aniquilados, mas desorganizados, e será como se nunca
houvessem existido, e enquanto nós viveremos e reteremos
nossa identidade e contenderemos contra aqueles princípios que
tendem à morte e dissolução (...) Eu desejo preservar a minha
identidade, para que possam me ver nos mundos eternos assim
com me veem agora." (Journal of Discourses 7:57 p.58, Brigham
Young, June 27, 1858)

Posteriormente ele explicou que Satanás e seus anjos seriam


despojados de seus espíritos. Em ambos os casos isso deixa a
inteligência individual sem qualquer corpo que seja. Ambos
perdem sua identidade anterior com nada restando além da
inteligência individual em estado de completa nudez.

Sem dúvida isso é o que o Senhor quis dizer quando disse:

“Mas todo aquele que não se arrepende é cortado e atirado ao


fogo; e recai sobre eles novamente uma morte espiritual; sim,
uma segunda morte porque novamente são separado das coisas
concernentes à retidão.” (Helamã 14:18)

E novamente:

“Porque logo chegará o fim; e eles serão cortados e lançados no


fogo [das trevas exteriores], de onde não há retorno.” (3o Néfi
27:11)

Neste ponto não pude evitar perguntar “O que acontece com


esses espíritos despojados, privados dos corpos, inteligências
desnudadas?”.

Elder Widtsoe então chamou minha atenção para Doutrina e


Convênios 88:32 onde é dito que essas entidades afligidas
“RETORNARÃO NOVAMENTE para seus próprios lugares.”

A escritura diz o que isso significa:

“Eles irão para as trevas exteriores, onde há choro e pranto e


ranger de dentes.” (D&C 133:73).

Disso tudo aprendemos que as escrituras ensinam claramente que


todos nós viemos originalmente das trevas exteriores e que os
filhos da perdição retornam NOVAMENTE para o lugar donde
todos nós viemos.

Nota dos Editores: Dois outros artigos publicados neste site


exploram a natureza dos Filhos de Perdição e das Trevas
Exteriores. Eles podem ser encontrados clicando aqui e aqui.

A Batalha de Satanás para Evitar a Desorganização Do seu


Corpo de Espírito

No final do Milênio a escritura diz que Satã lançará uma guerra


feroz para evitar a desorganização do seu corpo de espírito
conforme descrito por Brigham Young. Sua guerra será também
para evitar a desorganização dos corpos de seus seguidores
incluindo os filhos da perdição ressuscitados.

A escritura diz:

“E quando os mil anos terminarem, Satanás será solto de sua


prisão e sairá para seduzir as nações dos quatro cantos da terra,
Gog e Magog, reunindo-as para o combate; seu número é como
as areias do mar... Subiram sobre a superfície da terra e cercaram
o acampamento dos santos e a Cidade amada; mas um fogo
desceu do céu do céu e os devorou.” (Apocalipse 20: 7-9).

Essa é a destruição que Satanás e suas hostes estão


determinadas a evitar. Mas eles perderão a guerra. Serão
abatidos. Satanás e a terça parte dos filhos do Pai Eterno que o
seguiram perderão seus corpos de espírito enquanto Caim, Judas
Iscariotes e todos os filhos de perdição (que estiveram do lado do
Salvador na guerra do céu e por isso foram qualificados para
obter corpos mortais) perdem seus corpos ressuscitados por que
eles traíram a Deus e por isso foram ressuscitados sem qualquer
grau de glória ou capacidade para continuar existindo. (D&C
88:24) Eles por isso são lançados fora com nada além da
inteligência desincorporada. Assim, o que acontece com essas
desnudadas inteligências? Já citamos a escritura que descreve seu
destino:

“Esses serão mandados para fora, para as trevas exteriores, onde


há choro e lamento e ranger de dentes.” (D&C 133: 73).

E em outro lugar é dito:

E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e


enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite
serão atormentados para todo o sempre. (Apocalipse 20: 10).

Certamente não seria justo que Deus lançasse os corpos dos


filhos da perdição (dos que na mortalidade nisso se tornarem) nas
trevas exteriores só porque a inteligência mestre encarregada de
cada espírito ou filho da perdição ressuscitado tivesse cometido
um pecado imperdoável. Aquelas pequenas inteligências naqueles
corpos haviam sido inicialmente obedientes a Deus. Por isso o
material nos espíritos e nos corpos ressuscitados das hostes de
Satanás serão enviados de volta à terra (juntamente com as
inteligências mestres que levaram todo o conjunto de mini
inteligências formadoras de seus corpos à condenação como filhos
da perdição) e após isso serão glorificados quando a terra for
celestializada.

A grande tragédia de tudo isso é que todos aqueles que se


tornaram servos de Satanás jamais podem voltar. (D&C 29:29).
Eles não podem ser levantados em algum futuro turno de criação
e reciclados. Tendo traído a Deus depois de terem sido investidos
com tremendas bênçãos espirituais perderam para sempre seu
lugar no programa de Deus para o progresso eterno. Centenas de
milhões de outras inteligências estão esperando sua vez. Por
terem traído a Deus os filhos da perdição perderam
completamente suas bênçãos eternas.

Nota dos Editores: Há ao menos duas interpretações plausíveis


para a definição do que as escrituras chamam de “a terça parte”
das hostes celestiais que escolheram seguir Satanás. Na primeira,
o número é literalmente ou aproximadamente um terço de todos
os espíritos criados por Deus. Na segunda, a expressão “terça
parte” poderia meramente caracterizar apenas uma de uma
divisão de todos os filhos em 3 partes, que podem não
necessariamente possuir a mesma quantia de espíritos. Sendo a
primeira interpretação a mais aceita na Igreja, podemos estimar
de maneira aproximada a quantidade astronômica de filhos de
perdição descritos nas escrituras. Pesquisadores do Instituto
"Population Reference Bureau" estimam que no decorrer de toda
a história humana, viveram cerca de 107 bilhões de habitantes na
terra, levando-se em conta todas as épocas, incluindo as 7 bilhões
de pessoas vivas atualmente. Ao dividir esse número por 3,
teremos ao menos 35 bilhões de filhos de Deus que rejeitaram
seu plano e se rebelaram. Tal número nos ajuda a entender o
quão atraente era o plano original de Satanás. (www.prb.org -
Population Reference Bureal)

Podem Deus Ou seus Servos Rearranjar os blocos de


Edificação?

Finalmente eu disse ao Elder Widtsoe, “Considerando que todas as


coisas são feitas de dois simples blocos de edificação consistindo
de inteligência e pontinhos da matéria primordial, há algum
momento que Deus tenha transformado alguma coisa em outra
inteiramente diferente?”.

“Sim”, replicou Elder Widtsoe. “Deus tem feito isso para seus
profetas de maneira que eles pudessem compreender a extensão
do poder supremo do Pai, por exemplo, nós temos a passagem de
Moisés em Êxodo, Capítulos 3 e 4.” Eis o que aconteceu:

“Quando Moisés tinha 80 anos de idade o Senhor o enviou para


voltar ao Egito e livrar os filhos de Israel lá escravizados”. Moisés
havia deixado o Egito quando tinha 40 anos sob condenação de
morte por ter matado um mestre de escravos egípcio. Por isso
Moisés estava com medo de voltar ao Egito. O Senhor garantiu a
Moisés que iria com ele, mas Moisés ainda estava com medo. O
Senhor determinou-se a demonstrar ao seu profeta recentemente
chamado que tendo o poder de Deus indo com ele era uma
fantástica vantagem. Para mostrar seu poder, Deus mandou que
Moisés deitasse ao solo sua vara de pastor. Quando ele fez isso, a
vara de fibras de madeira transformou-se em células da carne de
uma serpente. Isso muito amedrontou Moisés e ele começou a
fugir. Mas o Senhor disse a ele que pegasse a serpente pela cauda
e quando ele o fez, as células da carne da serpente voltaram a ser
fibras de madeira da sua vara de pastor.

O Senhor então disse a Moisés para colocar a mão no peito.


Moisés estava prestes a aprender alguma coisa muito importante
sobre a mão humana. Para começar, ela é feita de pó, apenas pó
comum. Quando o espírito sai à mão volta a ser pó. Mas esse pó é
saturado com inteligências. Assim o Senhor disse àquelas
diminutas entidades, não vão de volta ao pó, mas sim simulem
lepra. Elas o fizeram, e quando Moisés foi mandado pelo Senhor
que retirasse a mão do peito, ficou horrorizado ao ver a mão
apresentando lepra incurável. Ele deve ter pensado o que Deus
estava fazendo com ele. O Senhor então mandou Moisés colocar
novamente a sua mão no peito, o que ele timidamente fez. Então
o Senhor comandou as células leprosas que elas se tornassem
carne saudável como antes. O Senhor então disse a Moisés que
retirasse a mão do peito, e quando ele viu que ela estava agora
bonita e corada ficou grandemente aliviado e grato acima de
qualquer expressão.
O Senhor prometeu a Moisés outros milagres se fossem
necessários como tornar água em sangue. (Êxodo 4:9) Contudo
isso foi o suficiente para demonstrar o poder de Deus em
comunicar-se com a inteligência na matéria e por isso mudar
madeira em carne, e posteriormente, fazer água jorrar de uma
rocha sólida (Números 20:11). Em análise final, tudo é feito de
apenas duas coisas e Deus pode comunicar-se com a vasta hoste
de inteligências para fazê-las serem tornadas em qualquer coisa
que queira.

Onde os Deuses Estão Edificando Seus Reinos?

Foi também no começo de minha missão que eu passei por uma


declaração do Senhor na Seção 71 de Doutrina e Convênios
dirigida a Joseph Smith e Sidney Rigdon, que diz:

“... abram a boca para proclamar meu evangelho, as coisas do


reino pelas escrituras expondo seus MISTÉRIOS TIRADOS DAS
ESCRITURAS” (D&C 71:1)

Eu disse ao Elder Widtsoe não saber de quaisquer mistérios nas


escrituras. Elas pareciam muito claras para mim. Certamente isso
era um missionário de 17 anos falando.

Elder Widtsoe sabia que esse jovem missionário precisava de uma


lição de humildade. Ele disse, “Elder Skousen, vá para a seção 88
de Doutrina e Convênios. Há muitos mistérios nessa seção de
escrituras, e quero que você explique um deles para mim. Por
exemplo, quero que você leia o versículo 37 descrevendo o
espaço de Deus.” “Oh,” eu disse, “espaço é fácil de definir. É tudo
daqui para fora.” “Errado”, disse Elder Widtsoe. “Leia o versículo
37”, que diz:

"E há muitos reinos; porque não há espaço onde não há reino; e


não há reino onde não há espaço, seja um maior ou um menor
reino.” (D&C 88:37)

Uma análise cuidadosa deste versículo nos diz duas coisas:

A primeira diz que "espaço” é uma região definida ao longo das


eternidades onde as famílias dos Deuses estão edificando sua
vasta rede de reinos, e a segunda diz que eles não edificam
nenhum reino fora desse “espaço”, ou a sagrada região sob seu
controle exclusivo. Esta é a significação de certa forma oculta da
frase: “Não há reino onde não há espaço.” Elder Widtsoe disse
que este é um dos mistérios nas escrituras.

Perguntei ao Elder Widtsoe por que Deus chama a essa passagem


um “mistério nas escrituras”. Elder Widtsoe disse, “Bem, aquela
passagem contém uma revelação definindo “espaço”, e embora
você a tenha lido muitas vezes nunca a compreendeu. Até o dia
de hoje foi um mistério para você.” Eu estava começando a ter a
ideia.

O Que Está Além do Espaço?

Isso me levou a perguntar ao Elder Widtsoe, “Já que o espaço é a


sagrada região de trabalho dos Deuses, o que existe fora ou além
do espaço?”.

Elder Widtsoe disse que os Deuses chamam a região além desse


espaço (de suas operações) de trevas exteriores. Assim,
perguntei: “O que existe nas trevas exteriores?”.

Ele disse; “Vastas e ilimitadas quantidades de inteligências


desorganizadas e partículas de matéria primária desorganizada.
Esses são os dois blocos de construção ou edificação dos quais
temos falado a respeito. É desses vastos recursos nas trevas
exteriores que os Deuses retiram os elementos vitais ou blocos de
construção para estabelecer cada nova turno de criação”.

Finalmente perguntei: “Quem está encarregado das trevas


exteriores?” Ele respondeu “Ninguém. As inteligências primitivas e
as partículas de matéria primária existem em sua totalidade em
caos, desorganizadas e sem nenhuma força de organização ou
influência para guiá-los”.

Alguns dos nossos primeiros irmãos sugeriram que o Santo


Espírito pudesse estar pairando sobre a escuridão exterior. Aqui
está a resposta de Brigham Young:

“Irmão [Orson] Hyde estava [defendendo] essa mesma teoria


certa vez, e em conversa com o irmão Joseph Smith apresentou a
ideia [de que o Santo Espírito pudesse estar pairando sobre
ilimitadas eternidades que ele erradamente chamou de espaço
ilimitado.] Brigham Young disse que após Orson ter apresentando
sua visão sobre a teoria cuidadosa e detalhadamente, perguntou
ao irmão Joseph o que ele pensava daquilo. “Ele respondeu que
parecia muito bonita, e que não sabia de outra além de uma só
séria objeção a ela.” O irmão Hyde perguntou, “Qual é ela?”,
Joseph respondeu: “Não é verdade.” (Jornal de Discursos 4:266)

Isso é o que levou o Senhor a lembrar o profeta Isaías que,


“Antes de mim nenhum Deus se formou (para você), nem haverá
outro depois de mim.” (Isaías 43:10)

Em outras palavras, é uma grande benção ser retirado das trevas


exteriores por nosso Pai Celestial e ser permitido participar num
turno de criação. Deus quis que Isaías também soubesse que se
ele traísse a Deus e se tornasse um filho da perdição, nunca mais
haveria oportunidade de que algum outro Deus o retirasse (de
sua condenação nas trevas exteriores) e lhe desse outra chance.

Nota dos Editores: Embora estejamos em nosso próprio curso


rumo à exaltação, e consequentemente, deificação, é necessário
destacar a diferença monumental entre um unigênito, como
Cristo, e demais filhos de um Pai Celestial. Sendo Cristo parte de
uma linhagem única de filhos unigênitos, não necessita do efeito
do poder expiatório pois tal linhagem é a própria responsável por
desempenhar a expiação. É, portanto, uma honra para todo
mortal ter sido formado “pelas mãos” daquele que foi perfeito
desde o princípio, vida mortal e ressurreição.

Trilogia 2

O Caminho para Deus

O Pai revelou a Joseph Smith tantas coisas sobre Si mesmo, que o


profeta foi relutante em revelar muito delas para a Igreja até três
meses antes do seu assassinato. Foi na Conferência de Abril de
1844 que ele fez um sermão no serviço funerário em honra de
King Follette que havia falecido recentemente. Joseph foi inspirado
a usar o ambiente espiritual daquela ocasião sagrada para dizer
aos santos algumas coisas surpreendentes sobre o Pai Celestial,
ele disse:
“O próprio Deus foi um dia como somos agora e é um homem
exaltado, e senta-se entronizado em Altos Céus!” (Ensinamentos
do Profeta Joseph Smith Página 345, edição em Inglês)

Essa afirmação tem estupendas implicações. Significa que o Pai


percorreu a mesma trajetória de progresso eterno que esta que
estamos experimentando. Isso significa que nosso Pai Celestial,
ou Eloím, tem também seu Pai Celestial que o retirou das trevas
exteriores e deu-lhe a oportunidade de participar num turno de
criação. Isso lançou nosso Pai Celestial num caminho de progresso
eterno que eventualmente permitiu ele tornar-se um ser exaltado.

Nota dos Editores: Não é absolutamente claro, entretanto, o que


Joseph tinha em mente ao afirmar que Eloím “foi um dia como
somos agora”. Há duas possibilidades. Na primeira, Eloím pode ter
sido “apenas” mais um filho de bilhões criados por Seu Pai
Celestial, como você e eu, que após cumprir todos os passos,
alcançou a exaltação e seu status de Deidade. Na segunda, e mais
provável opção, Eloím faz parte de uma linhagem diferente de
deuses, a dos unigênitos. Nesse caso, Ele “foi um dia como somos
agora” seria meramente uma descrição do estado mortal e tudo o
que advém dele.

Joseph Smith disse:

“Os primeiros princípios [ou inteligências individuais] do homem


são auto existentes como Deus. Deus mesmo, descobrindo-se no
meio das inteligências e glória devido a ser mais inteligente,
achou apropriado instituir leis pelas quais o resto [das
inteligências] tivesse a oportunidade de evoluir como ele mesmo.
O relacionamento que temos com Deus nos coloca em situação
para avançar em conhecimento. Ele tem poder de instituir leis
para instruir as inteligências menores, para que elas possam ser
exaltadas com ele, de forma que elas possam também ter glória
sobre glória, e todo o conhecimento, poder, glória, e a inteligência
requerida para salvá-las no mundo dos espíritos.”

Essa declaração inspirada contém os seguintes elementos


essenciais:

1. Eloím, nosso Pai, esteve em algum momento conosco nas


trevas exteriores.
2. Mas ele foi recolhido por um Pai Celestial e progrediu durante
um turno de criação no domínio de seu Pai.
3. Depois de aperfeiçoar a si mesmo obtendo um corpo espiritual
e um corpo temporal, foi ressuscitado e alcançou o mais alto grau
no do reino celestial nos domínios de seu Pai.
4. No plano de progresso eterno, qualquer um dos filhos de Deus
que cheguem a esse estado é elegível para receber os poderes de
divindade. Como explicou Brigham Young:

* O registrador colocou originalmente a palavra “espíritos” nesta


altura do texto, mas B. H. Roberts observou que deveria ter sido
“inteligências”.
(Ver Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pág. 354, edição em
Inglês)

“Na ressurreição, os homens que foram fiéis e diligentes em todas


as coisas na carne, mantiveram seu primeiro e segundo estados,
e [forem] dignos de ser coroados como Deuses, mesmo os filhos
de Deus, serão ORDENADOS PARA ORGANIZAR A MATÉRIA”
(Jornal dos Discursos vol. 15, pag. 137)
5. Uma vez que Eloím recebeu esse poder para organizar a
matéria, ele voltou ao limite do espaço e retirou das trevas
exteriores que estavam para compor nosso presente turno de
criação. Ele também recolheu quantidade suficiente de matéria
primária com a qual nossas inteligências pudessem ser
“organizadas”. Assim isso me diz como chegamos onde estamos.
Nosso Pai Celestial voltou para nós podermos participar de um
turno de criação e progredir como ele progrediu.

Desde que aprendi essa animadora informação, tenho


grandemente e repetidamente agradecido a meu Pai Celestial por
me incluir neste presente turno de criação. E eu tenho agradecido
por ele ter incluído minha esposa e meus filhos e a hostes de
maravilhosos povos que eu vim a conhecer como meus amigos.
Que bênção para todos nós estarmos juntos nesta grande
aventura de progresso eterno.

Nota dos Editores: 2 Néfi 2:13 nos ensina que a retidão é


resultado da obediência à lei, sendo o pecado o oposto. A lei,
entretanto, caso fosse mal estruturada, traria resultados pouco
efetivos para a transformação necessária para o progresso eterno.
Dessa forma, os mandamentos não devem ser vistos como um
checklist ou moeda de troca, mas como os meios disponíveis pelo
qual a transformação necessária para a elevação da alma é
possível. Assim, nossa real intenção ao viver oa lei não deve
primariamente ser a obtenção da benção anexada àquele
mandamento, mas sim a transformação que aquela ação dirigida
e já equacionada por Deus é capaz de nos trazer.

O Que Significa Alcançar Divindade?

Eventualmente, todos os portadores do sacerdócio - que recebem


exaltação e são ordenados para organizar a matéria - farão
exatamente o que nosso Pai tem feito antes de nós. Iremos ao
limite do espaço como o Pai fez e recolheremos das trevas
exteriores uma hoste de inteligências, juntamente com apropriada
quantidade de matéria primária, de forma que possamos iniciar
nosso próprio turno de criação. Assim aprenderemos por nós
mesmos o que é ser como um Deus.

Nossa primeira tarefa será distribuir esses bilhões de inteligências


e organizá-las com as partículas da matéria primária. Então as
ensinaremos a nos amar e obedecer conforme as unimos umas a
outras numa vasta rede de combinações. Então explicaremos a
elas como pretendemos organizar uma galáxia. Isso ajudará a
expandir o “espaço” dos Deuses e adicionar à glória daqueles que
vieram antes de nós.

Uma parte muito significativa desse estágio de treinamento será


ajudar essas inteligências individuais a decidir onde se querem
ajustar nessa vasta nova ordem de coisas. Alguém pode achar
que todas elas quererão tornar-se Deuses, mas não é assim.
Abraão nos diz que como as inteligências são graduadas elas
escolherão diferentes níveis de existência de acordo com seus
desejos. (Abraão 3:19-22; Ensinamentos de Joseph Smith, pág.
373, edição em Inglês)

Algumas desejarão ser parte do planeta que eventualmente será


ressuscitado. Algumas serão atraídas para participação no reino
da vida vegetal. Outras desejarão ser parte do reino animal. E
uma pequena porção que se constitui das mais destacadas
inteligências, aspirarão ter oportunidades comparáveis àquelas do
seu Pai Celestial.
O aspecto mais significativo desse épico de treinamento e decisão
atuante é o fato de que uma vez feita à decisão ela durará por
toda a eternidade. Cada inteligência não somente escolhe o seu
papel no mundo dos espíritos e na vida terrena, mas também nas
eternidades que se seguem após a ressurreição.

Não obstante, cada inteligência terá tido a satisfação de saber que


fez sua própria escolha e por ela fixou o curso de seu
desenvolvimento para sempre.

Quando vier o tempo para dar início à criação de espírito, cada


inteligência tomará o seu lugar escolhido. Joseph Smith descreve
essa notável transição quando as inteligências se movem
alegremente da mera teorética antecipação para a real
participação, ele diz:

“A organização dos mundos espirituais e celestiais, e dos seres


espirituais e celestiais, foi de acordo com a mais perfeita ordem e
harmonia: seus limites e condições foram fixados IRREVOGÁVEL E
VOLUNTARIAMENTE para seus estados Celestiais por ELES
MESMOS e foram subscritos por nossos primeiros pais sobre esta
terra.” (História da Igreja volume VI, pág. 51)

Isso nos diz que depois das inteligências terem escolhido o papel
eterno que desejam realizar, o sinal será dado e elas
imediatamente tomarão seus lugares na mais perfeita ordem e
harmonioso procedimento. Então toda inteligência na estrutura
elaborada por Deus para esse turno de criação estará pronta para
receber sua incorporação espiritual. Com esse animador e glorioso
passo da criação espiritual, o Primeiro Estado terá começado.

E com Respeito Àqueles Que Desejam Tornar-se Como é o


Pai Celestial?

Pode parecer surpreendente que todas as inteligências deixem de


aspirar tornarem-se Deuses. Contudo, quando refletimos na
declaração de Abraão de que as inteligências são graduadas de
acordo com seus atributos é compreensível que as inteligências de
menor desenvolvimento resistirão em receber as
responsabilidades associadas com os mais elevados níveis de
existência. De fato, o pomo de cada turno de criação é que há
oportunidades de participação que vão do mais simples
envolvimento às extremamente complexas responsabilidades da
Divindade.
As escrituras tornam claro que um ser exaltado que é um
membro do Sacerdócio e foi ordenado para a Divindade, sem
dúvida encontrará pelo menos três crises monumentais que
podem pôr abaixo seu papel como um Pai Celestial e que
ameaçam destruir de imediato seu turno de criação.

As Três Crises Celestiais

A primeira crise será a revolução durante a criação de espírito.


Isso ocorre quando um super ambicioso líder decide desafiar o Pai
e colocar-se em completo controle do turno de criação.

Como isso poderia acontecer?

É da natureza das inteligências que sobem para um alto nível que


consideram ser igual ou superior à do seu Pai Celestial, aspirarem
subitamente assumir o controle e substituir aquele mesmo ser
que os ajudou a ganhar seus altos estados de realizações.
Obviamente essa aspiração passional de um espírito arrogante
constitui um desafio ao Pai Celestial desde que ele tem de lidar
com esta explosiva ambição ou ela subverterá e completamente e
destruirá aquele particular turno de criação.

Por isso essa é uma importante crise mesmo entre seres


celestiais. O Pai precisa deter esse ambicioso usurpador e, se
necessário, suprimir e quebrar um violento conflito no céu.
Restaurar a paz será a primeira crise ameaçadora diante de um
Pai Celestial.

A segunda crise ocorrerá durante o segundo estado quando o


Redentor escolhido pelo Pai vacilar em terror quando ele se
aproxima das agonias associadas com o sacrifício redentor.
Contudo, desde que o Pai sabe o fim desde o princípio, ele
compreende que eventualmente o Escolhido sobrepujará seu
terror e completará seu grande chamado. Não obstante há um
momento de suprema crise quando o turno da criação fica
perigosamente por um fio na balança.

A terceira crise vem no fim do Milênio quando Satanás mobiliza


sua vasta hoste de seguidores para fazer sua última e
desesperada tentativa de sobrepujar o Pai e seu Filho Redentor. A
intensidade da guerra final é magnificada pelo entendimento de
Satanás de que se ele perder essa guerra, ele e seus seguidores
perderão seus corpos e serão lançados de volta às trevas
exteriores como desnudas inteligências. Para evitar esse horrível
juízo de perder sua própria identidade, eles farão dessa guerra o
mais violento levante em toda história humana.

Certamente, o Supremo Ser ao cargo de um turno de criação


saberá o fim desde o princípio. Ele saberá que todas essas crises
serão resolvidas com sucesso, mas esse conhecimento não fará o
desenrolar da solução ser menos violento ou extenuante de
suportar até que termine.

Tudo começou quando Eloím, nosso Pai Celestial, selecionou a


mais avançada inteligência entre os seus filhos para ser treinado
no papel de administrador geral sobre este turno de criação.

Ele tornou-se o primogênito entre todos os filhos de nosso Pai, e


recebeu do Pai o nome de Jeová.

O Treinamento de Jeová
Foi um longo e de certa forma tarefa tediosa preparar Jeová para
a Divindade. Surpreendentemente, Jeová tinha de obter o status
de Divindade – até mesmo no mundo de espírito - antes que ele
pudesse se tornar o Administrador Geral do Pai neste turno de
criação.

João Batista registrou a seguinte preocupação sobre o


treinamento inicial do Salvador. Isso foi revelado mais tarde a
Joseph Smith:

“Eu, João vi que ele (Jeová) não recebeu da plenitude no começo,


mas recebeu graça após graça... e foi chamado O Filho de Deus,
porque ele não recebeu da plenitude no começo.” (D&C 93:12-14)

Desde a restauração do evangelho temos aprendido miríades de


detalhes interessantes concernentes aos estágios iniciais de nosso
turno de criação. Esses aconteceram todos na residência celestial
do nosso Pai Celestial localizada próximo ao gigantesco planeta
Kolob que está perto do centro de nossa galáxia. (Abraão 3:2-3)

Penso sobre esse período de abertura – quando a vasta


quantidade de inteligências que estavam sendo reunidas desde as
trevas exteriores e treinadas – como sendo o primeiro estágio de
nossa existência como parte do reino de nosso Pai.

A Criação de Espírito

Agora o Pai populou seu planeta celestial com uma vasta


quantidade de filhos. Paulo disse que esses filhos são todos a
“geração” do Pai (Atos 17:29), mas a Jeová é dado o crédito de
arrumar a altamente refinada matéria espiritual da qual seus
espíritos corpóreos foram feitos. Assim lemos:

“Por isso, no princípio era a Palavra, pois ele era a Palavra mesmo
o mensageiro da salvação... Os mundos foram feitos por ele; OS
HOMENS FORAM FEITOS POR ELE.” (D&C 93:8-10).

A escritura é clara dizendo que Jeová foi o administrador geral de


toda a criação de espírito – planetas, povos, plantas e animais
(Moisés 2:32-33). Sua íntima relação com as hostes de
inteligência através deste nosso turno de criação o fez ser amado
por nós assim como ele amava o Pai, como veremos mais adiante
isso era absolutamente essencial para qualificar seu papel como o
Redentor.

Nota dos Editores: Esse é dentre todos, um dos detalhes mais


fundamentais para o entendimento do Plano de Salvação. O fato
de Jesus ter sido a primeira de todas as inteligências retiradas das
trevas exteriores por Eloím permitiu que as demais inteligências o
amassem e o honrassem no decorrer de seus próprios
desenvolvimentos. É por essa razão que o livro de João afirma
que “todas as coisas foram feitas por meio Dele.” Esse é um
requisito básico para que o unigênito obtenha poder sobre elas e
um dia possa estar apto a desempenhar seu papel como expiador.
O Primeiro Conselho no Céu

Finalmente o Pai estava pronto para transferir essa poderosa


hoste de filhos espirituais para o seu próprio planeta; onde todos
seriam treinados e preparados para o Segundo Estado.

Isso seria um tremendo empreendimento e dessa forma o Pai


realizou um enorme conselho encontrando todos os filhos
participantes. A escritura diz:
“Agora o Senhor mostrou a mim, Abraão, as inteligências que
foram organizadas (em espírito) antes que o mundo existisse... E
havia entre elas um que era como Deus.”

Note-se que esse líder não era Deus, mas alguém “como Deus”
que indubitavelmente seria Jeová ou Jesus Cristo. Essa pessoa
sabia o que o Pai queria que fosse feito, assim ele disse:

“Desceremos pois há espaço lá, e tomaremos destes materiais, e


faremos uma terra onde estes possam morar. E os provaremos
com isso, para ver se eles farão todas as coisas que o Senhor, seu
Deus lhes mandar.” (Abraão 3: 24-25)

A estruturação desse novo planeta foi um empreendimento


colossal. Como Brigham Young ensinou, foi formado na vizinhança
da residência celestial do Pai que era próximo do planeta Kolob.
(Jornal dos Discursos vol. 17, pág. 143) A preparação da terra
durou milhões de anos. Ela tinha que prover os recursos para
dezenas de milhares de gerações de animais e a espécie humana.

Ao contemplar essa gigantesca tarefa, o Senhor disse:

“A quem enviarei? E um respondeu como o Filho do Homem: Eis-


me aqui, envia-me. E outro respondeu dizendo: Eis-me aqui
envia-me. o Senhor disse: Enviarei o primeiro. E o segundo ficou
zangado, e não manteve Seu primeiro estado; e naquele dia
muitos o seguiram.” (Abraão 3:27-28)

Muitos podem não ter percebido, mas as sementes da guerra nos


céus haviam sido lançadas. Mas isso viria mais tarde.

O Trabalho do Primeiro Estado

Enquanto isso havia trabalhos divinos que tinham de ser feitos por
Jeová e o conselho dos “nobres e grandes” tais como Abraão,
Isaque, Jacó, Moisés, Joseph Smith e outros que seriam os líderes
das várias dispensações. Dezenas de bilhões de filhos do nosso
Pai tinham de ser distribuídos e designados para as várias nações
e impérios que ocupariam a terra durante os sete mil anos de sua
existência temporal.

O trabalho foi posteriormente complicado pelo fato de que


impérios e a distribuição da população tinham de ser calculados
em termos da disponibilidade dos líderes do Senhor, chamados
Israel ou Soldados de Deus. Moisés descreve essa desafiante
tarefa. Ele diz:

“... pergunta a teu pai, e ele te mostrará; teus élderes e eles te


dirão, quando o Altíssimo dividiu às nações sua herança, quando
ele separou os filhos de Adão, ele estabeleceu os limites dos
povos DE ACORDO COM O NÚMERO DOS FILHOS DE ISRAEL”
(Deuteronômio 32: 7-8).

Outra tarefa árdua durante a pré-existência mortal foi ordenar


todos aqueles que foram designados para liderança do Sacerdócio
durante o Segundo Estado. Sacerdócio é simplesmente uma
“chamada ao serviço”, e muitos daqueles que eram elegíveis para
o Sacerdócio rejeitaram esta “chamada ao serviço.” Alma
descreve esse fenômeno:

“E essa é a maneira pela qual eles foram ordenados sendo


chamados e preparados desde a fundação do mundo de acordo
com a presciência de Deus, devido a sua grande fé e boas obras...
enquanto outros rejeitariam o Espírito de Deus de acordo com a
dureza de seus corações e a cegueira de suas mentes, enquanto
se não houvesse sido por isso ELES PUDESSEM TER TÃO GRANDE
PRIVILÉGIO COMO SEUS IRMÃOS.” (Alma 13:3-4).

A Guerra no Céu

Depois das preparações para o Segundo Estado estarem em


ordem o Pai chamou outro grandioso conselho de todos os seus
filhos. O propósito era escolher um Redentor ou mediador. Sem o
mesmo o total turno de criação estaria perdido.

Primeiro de tudo, o Pai explicou que com cada turno de criação


tem de haver um Redentor. Ele então perguntou quem proveria o
sacrifício redentor. Subitamente, um fantástico desenvolvimento
ocorreu. Lúcifer veio à frente após Cristo ter se apresentado.

Satanás odiava a ideia de um sacrifício expiatório que requeresse


uma infinita quantidade de sofrimento pelo mediador que seria,
dessa forma, tão compulsivo, que as hostes de inteligências
ignorariam os pecados dos que se arrependessem e garantiriam
todas as bênçãos especiais para aqueles que o Salvador pudesse
pleitear em benefício, conforme ascendessem no caminho do
progresso eterno.

É altamente significante que Satanás não tenha mantido seu


primeiro estado (Abraão 4:28), mas sim gasto seu tempo
preparando um esquema, o qual ele desejava que o Pai aceitasse
em lugar do sacrifício expiatório que a família dos Deuses havia
usado através das eternidades. Satanás era tão orgulhoso do seu
esquema que quis obter a honra total de tê- lo inventado (D&C
29:36).

O núcleo central do plano de Satanás era suspender o livre


arbítrio durante o segundo estado e forçar os filhos de Deus a
aceitar a lei celestial, dessa forma, nenhum deles seriam perdidos
por causa do pecado. Ele cuidadosamente explicou como seu
"maravilhoso" esquema operaria. Sob o plano de Satanás não
haveria:

Nenhuma necessidade para um sacrifício expiatório. Nenhum


pecado seria autorizado. Nenhum mal seria permitido. Nenhum
sofrimento teria que ser suportado. Nenhum julgamento seria
requerido. Nenhuma punição seria infringida. Nenhuma falha
ocorreria. A inteira família do Pai seria automaticamente salva no
plano de Satã.

Por isso, quando Jeová percebeu quão abominável era o plano de


Satanás elaborado para roubar o trono do Pai e impedir a missão
divina de Jeová, ele adiantou-se e se apresentou voluntário para
passar pelas agonias do sacrifício redentor e por meio dele salvar
o total deste turno de criação. Imediatamente o Pai aceitou a
oferta de Jeová e rejeitou o plano subversivo de Lúcifer.

Uma grande porção dessa vasta multidão gostou do plano


proposto por Lúcifer. Afinal, garantia-lhes a salvação sem nenhum
esforço da parte deles. Fazia todas as escolhas para eles.
Eliminava a horrenda necessidade de um sacrifício de sangue e
oferecia a completa salvação numa bandeja de prata. Essa
multidão concordou completamente com Lúcifer e estava disposta
a ir à guerra para vê-lo adotado.

Assim a primeira grande crise do Pai espalhou-se através da face


do novo planeta. Mas essa guerra foi realizada de uma forma
peculiar. Armas não foram usadas. João o Amado diz que o
furioso encontro foi lutado com argumento e debate contencioso.
João diz que os servos de Deus lutaram com seus testemunhos
(Apocalipse 12:11).

A linha de argumento provavelmente foi assim: Se eles seguissem


Satanás nunca obteriam corpos temporais. Eles até mesmo
perderiam seus corpos de espírito.

É interessante saber, os que trabalharam pela causa do Salvador


foram chamados “Os Soldados de Deus” ou “Israel” até mesmo
na preexistência. Eles testificaram com a mais viva paixão de que
a única esperança para os filhos do Pai Celestial estava em aceitar
a decisão do Pai e seguir Jeová.

A razão das perdas nessa guerra foi muito alta. Em sentido real
ela foi uma guerra de morte. Um terço da vasta hoste de filhos de
Eloím jogou fora sua legalidade no Reino de Deus porque
quiseram que o Pai adotasse o plano de Satanás. Nenhum
argumento da razão e paciente prestação de testemunhos os
persuadiriam. Finalmente o Pai sentiu-se compelido a mandar
Miguel forçar a hoste de rebeldes amotinados para o exílio através
do véu para o mundo temporal.

Lá, pelos próximos seis mil anos, a guerra continuaria, e no final


dos sete mil anos Satã e seus seguidores enfrentariam seu
destino final.

A Missão Secreta de Jesus Cristo

O primeiro estado envolveu a seleção do administrador geral do


Pai para a estruturação de todo esse turno de criação. Então o Pai
teve que selecionar um redentor para o segundo estado. Satanás
achou que o sacrifício do Redentor era virtualmente estúpido e ele
por isso ofereceu um plano que nunca havia sido experimentado
antes. Quando o Pai escolheu o plano tradicional com Jeová ou
Jesus como o Redentor, causou a guerra no céu. Porque muitos
dos filhos de Deus preferiram o plano de Satanás. Ele queria
eliminar a necessidade de um Redentor e garantir salvação para
todos os filhos de Deus se eles a quisessem ou não. A única (a
principal, porque falhas havia muitas) falha no plano de Satanás
era o fato de que era baseado em força (compulsão), e foi por
isso que o Pai o rejeitou. Isso resultou numa guerra no céu e
terminou com um terço dos filhos de Deus ser expulsos de seu lar
celestial.

Nota dos Editores: Outros líderes e estudiosos do Evangelho


debateram sobre uma forma ainda mais eficiente de “destruir o
arbítrio” sem precisar de compulsão. Uma análise mais detalhada
de como o plano proposto por Lúcifer funcionava pode ser
encontrada clicando aqui.

O segundo estado foi cheio de perigos sob o plano tradicional,


porque todos tinham liberdade de usar seu livre-arbítrio e dessa
forma poderiam aprender a diferença entre o bem e o mal.

Certamente, todos seriam considerados responsáveis pelo abuso


de seus arbítrios e seriam punidos por suas faltas até o último
vintém. Mas que tal se uma pessoa houver aprendido a diferença
entre o bem e o mal e queira evitar a punição por ofensas
passadas. Poderia isso ser conseguido?

O Pai Celestial disse haver um meio se você souber como


funciona. Esse meio foi chamado a Expiação (mediação,
compensação, justificação).

Eu urgentemente pedi ao Elder John A. Widtsoe, com quem já


estava entrosado, para explicar a Expiação de forma que eu a
pudesse compreender. Ele começou por cuidadosamente me
ensinar o que havíamos coberto em Trilogia 1.

Então eu estava extremamente ansioso que ele pegasse o


assunto da Expiação, mas, como de costume, ele começou a
discussão a cerca de cem milhas fora do assunto. A primeira delas
foi, “Onde você acha que o Pai obteve seu poder?”.

Eu sugeri que ele provavelmente obteve de SEU Pai.

Elder Widtsoe disse, “Não, isso não está certo. Tudo o que ele
obteve de seu Pai foi à autoridade ou as chaves (do sacerdócio)
para edificar um novo turno de criação”.

Ele então fez uma segunda pergunta. “O que faz com que um
bispo seja grande?” Eu disse que pensava ser sua ordenação.
“Não” ele disse, “um bispo meramente obtém sua AUTORIDADE
de sua ordenação, mas seu PODER para ser um grande bispo vem
do mesmo lugar que Deus obtém o seu”.
Em total frustração perguntei: “Bem, então onde Deus obtém seu
poder?”.

Ele disse, “Duas passagens nas escrituras darão a você a chave.


Ambas estão em Doutrina e Convênios. Na Seção 29, versículo
36, o Senhor diz, ”MINHA HONRA É O MEU PODER.” Então na
Seção 63, versículo 50 diz, “Eu sou do ALTO e meu poder está EM
BAIXO.”.

Elder Widtsoe então perguntou o que existe abaixo de Deus que o


honra e por isso o obedece. Isso certamente lhe dá poder. E eu
acho que você poderia dizer a mesma coisa sobre um bispo que é
honrado por sua congregação, e por isso é obedecido. Por isso é
dela que ele deriva o seu poder. “Exatamente” disse Elder
Widtsoe. “Isso é um princípio do Sacerdócio." “Deus e seus servos
adquirem seus poderes daqueles a quem presidem.”.

Ele continuou, “Acho que você também sabe o que faz um grande
bispo. É ver todos em seus lugares para os serviços de Domingo.
Os diáconos prontos para distribuir o sacramento e sacerdotes
dignos para abençoar. Sacerdotes que se fazem entendidos do
evangelho e ansiosos para serem chamados numa missão. É uma
Sociedade de Socorro vigilante professoras visitantes que são
rápidas em detectar as necessidades dos doentes e dos pobres.
Essas são as coisas que fazem as pessoas dizerem, “Puxa, que
grande bispo!” Obviamente seu poder vem do apoio de sua ala e
da honra que é demonstrada pelos membros da ala respondendo
entusiasticamente sua orientação e liderança.”

Então ele continuou, “É a mesma coisa com Deus. A honra e


obediência que ele recebe de sua vasta legião de inteligências é o
que lhe dá o poder”.

Nota dos Editores: A expiação é o evento que torna possível ao


expiador -- no atual plano de salvação, Jesus Cristo -- ser capaz
de compreender todas as ações, reações e emoções de todas as
inteligências sob sua jurisdição. Tal experiência, permitiu a Jesus
Cristo alcançar o peculiar conhecimento da soma de todas as
emoções, dores e pecados, do passado, presente e futuro de toda
e qualquer criação feita por suas mãos.

Como Deus Poderia Perder Seu Poder

Então ele me surpreendeu dizendo: “Você sabe que o Pai Celestial


poderia perder o seu poder?”.

Certamente aquilo era uma doutrina nova para mim, assim eu


disse “Como seria isso possível? Deus é todo-poderoso. Pelo
menos isso é o que sempre eu fui ensinado”.

Ele disse, “Essa interessante doutrina de que Deus poderia perder


seu poder encontra-se em Alma capítulo 42. Lá ensina
plenamente que Deus é o grande árbitro do universo e que cada
inteligência depende dele para ser absolutamente honesta,
absolutamente justa, absolutamente boa, e absolutamente
imutável, de outra forma ELE DEIXARIA DE SER DEUS. (Alma 42:
13, 22, 25; Mórmon 9: 19) Isso é o porquê da escritura dizer,
“Deus não pode aceitar o pecado com o menor grau de
tolerância”. (Alma 45: 16 ; D&C 1: 31) ou se ele o fizesse,
deixaria de ser Deus. Ou , em outras palavras, DEUS CAIRIA.”

Então ele adicionou rapidamente, “Mas naturalmente, ele não vai


cair porque ele sabe como evitar isso”. Contudo quer que nós
saibamos que ele PODERIA cair. O Pai quer que saibamos que se
ele não mantivesse a confiança e a honra da hoste de
inteligências neste turno de criação, elas cessariam de honrá-lo, e
assim deixariam de obedece-lo e sem sua honra ele deixaria de
ser Deus. Esta é a poderosa mensagem colocada em Alma
capítulo 42 e Mórmon 9:19.

Tendo disposto esses interessantes e de alguma forma


surpreendentes princípios, ele continuou dizendo: “Agora estamos
prontos para saber por que a Expiação de Jesus Cristo era
indispensável para o Pai. Ele precisava que Jesus fizesse algo de
suprema importância que o Pai não poderia fazer ele mesmo. Se
ele tentasse redimir seus filhos depois deles haverem caído, ele
cessaria de ser Deus!”

Por Que a Queda Era Necessária?


Uma vez que reconheci o dilema do Pai no segundo estado,
perguntei, “Por que a queda foi necessária?”.

Resumidamente, eis o que ele me disse. Na rota do progresso


eterno é necessário que a humanidade durante o Segundo Estado
aprenda a diferença entre o bem e o mal. Eles precisam saber não
somente a diferença entre os dois, mas precisam enraizar no
fundo de suas almas uma determinação de abraçar o bem e
rejeitar o mal. Eles precisam rejeitar o mal com instintiva
veemência que caracterizará seu comportamento na família dos
Deuses para sempre. Isso é de enorme importância,
particularmente para aqueles que aspiram tornarem-se Deuses.

Nosso Pai Celestial sabia ser impossível que nos encontrássemos


num mundo de pecado (sujeitos ao pecado) sem partilhar de
algum. É inerente em nossa natureza que ao tentar aprender
sobre o pecado não podermos evitar algum grau de
contaminação. Por isso, sob lei celestial, nosso encontro com o
pecado automaticamente nos corta da presença do Pai. Paulo
afirma enfaticamente que devido à queda: "TODOS PECARAM E
FICARAM LONGE DA GLÓRIA DE DEUS.” (Romanos 3: 23).

Isso deixa o Pai sem possibilidade no que diz respeito ao resgate


dos seus filhos caídos. Isso é o que fez Néfi dizer:

“Nenhuma coisa imunda pode morar com Deus: Por isso, vós
[que haveis pecado enquanto aprendendo sobre o pecado] estais
afastados para sempre.” (1 Nefi 10: 21).

Neste ponto é muito importante esclarecer um pouco mais essas


palavras de Paulo e de Néfi acima. Os pecados neste nosso
mundo têm uma variedade muito grande em gravidade – uns
muito graves e outros muito pouco. Mas todo pecado mancha a
alma e afasta a inteligência do convívio com Deus na Glória
Celestial. O julgamento dos homens pode aprovar e até mesmo
enaltecer a justiça de determinados outros. Mas ao declararmos
que o único homem perfeito e sem nenhuma submissão ao
pecado foi Jesus Cristo, é porque nenhum outro se pode equiparar
a ele nesse mister. Todos estão submetidos pelo pecado, de uma
ou outra forma.

Assim Qual é a Resposta?


Mas, certamente, se houvermos aprendido a diferença entre bem
e mal e não pudermos voltar aos domínios de nosso Pai Celestial
de modo a continuar nosso progresso eterno, o plano do Pai para
nos ver exaltados e nos tornarmos Deuses estará anulado. Por
isso, a família dos Deuses teve que adotar um instrumento que
justificaria o Pai em nos restaurar à sua habitação celestial e
continuar nosso progresso eterno sem atingir negativamente sua
Divindade.

O objeto da Expiação foi conseguir que as Inteligências


ignorassem nossas imperfeições “A DESPEITO” de nossos
pecados. Os letrados Protestantes acreditam que isso foi
conseguido por Jesus ter “pago por nossos pecados” por meio de
seus sofrimentos e nisso compensado as exigências da justiça.
Contudo, essa teoria envolve problema monumental, e ele é o
fato de que não é justo que uma pessoa pague pelos pecados de
outra. Amulek mostra isso em Alma 34:11-12.

Amulek prossegue para explicar que a Expiação não é baseada


em tentar compensar os ditames da justiça, mas é baseada na
MISERICÓRDIA QUE APAGA (SOBREPUJA) AS EXIGÊNCIAS DA
JUSTIÇA. (Alma 34:15). Isso mostra que este é o espírito da
Expiação.

Como Funciona a Expiação?

Há três requisitos essenciais numa Expiação divina para realizar


algo que o Pai nunca poderia fazer ele mesmo. Primeiro deve
haver alguém que seja amado por todas as hostes de
inteligências. Elas precisam amar essa pessoa tanto quanto amam
ao próprio Deus. Isso foi conseguido através de fazer o Redentor
o administrador geral de todo aquele turno de criação. Por esse
meio, toda inteligência aprendeu a amar e honrar o grande Jeová.

Segundo, essa muito-amada pessoa precisa atravessar uma


horrenda crise de infinita agonia e sofrimento que são tão
intensos que levanta um enorme sentimento de compaixão em
toda a inteligência que pertence a este turno de criação.

Terceiro, a muito-amada pessoa precisa então requerer


arrependimento e completa auto submissão aos requisitos do
evangelho dessa forma Jesus intercederá em petição por conta de
seu sofrimento para que os convertidos possam retornar para o
Pai e continuem o caminho do progresso eterno.

Por isso, para sumarizar: Com cada turno de criação tem de haver
um sacrifício infinito que levante uma tal inundação de
misericórdia na conscientização de toda inteligência, e que
consinta em permitir ao Pai trazer-nos de volta à sua presença
para continuar nosso treinamento e exaltação.
Agora chegamos ao clímax de nossa discussão.

Quem Mandaria o Salvador Através Do Sacrifício Expiatório?

Para produzir um sacrifício redentor, alguém precisa lacerar o


Salvador sob excruciantes circunstâncias. Quem faria isso? Seria
isso planejado antecipadamente, ou simplesmente deixar-se-ia ao
acaso e circunstâncias? Fora de qualquer dúvida essa feia questão
foi longamente examinada entre o Pai e o Filho na preexistência.
Somos levados a presumir a discussão ter sido semelhante ao
seguinte diálogo, porque aquilo deve ter sido exatamente de
acordo com o modo pelo qual tudo se desenvolveu: (O drama da
injustiça, flagelação, da agonia mental e espiritual no Jardim e o
sacrifício indizível do calvário).

O Pai: - Meu Filho, como você sabe com cada novo turno de
criação temos que escolher alguém que faça o sacrifício redentor.
Estou grato que você se tenha oferecido para prover o necessário
sacrifício para este atual turno de criação. Agora, quem você tem
em vista para ser o responsável por causar o sacrifício redentor?
Em outras palavras, quem flagelaria você?

O Filho: - Eu gostaria de ter meu sacrifício redentor trazido por


alguns daqueles que me amaram e que valentemente me
apoiaram durante a Guerra no Céu. Uma vez que eu virei à
mortalidade através dos lombos de Davi, eu creio que gostaria de
ter os próprios Judeus causando minha crucificação.

O Pai: - Mas eles nunca crucificarão você se souberem quem você


é. De fato, como Paulo mais tarde dirá, “Tivessem eles sabido,
eles nunca teriam crucificado o Senhor da Glória”. (1 Coríntios
2:8).
O Filho: - Então eu preciso arrumar as coisas de forma que eles
não percebam quem eu sou até depois que a crucificação
terminar.

O Pai: - Como você fará isso acontecer?

O Filho: - Aqui está meu plano: Eu farei que os profetas judeus


revelem que o Messias será um judeu e que os judeus pensem
que ele é um impostor e o flagelem. Certamente seus líderes
dirão que eles nunca matariam o Messias. Sem dúvida eles
denunciariam a profecia como um mito e considerariam um
insulto para o povo judeu. Eles não só proibiriam qualquer um de
ensinar esta doutrina, mas declarariam pena de morte para
qualquer um que ousasse ensiná-la. Eu estou certo que eles
também retirarão das escrituras os escritos de qualquer profeta
que tenha ensinado que o Messias seria morto por seu próprio
povo. Como resultado disso, eles não terão nenhum meio de
saber quem eu sou, quando eu aparecer entre eles como o
Redentor. Eles apenas saberão sobre minha Segunda Vinda
quando eu virei em poder como o grande Messias-rei. Como
resultado, quando eu vier a terra pela primeira vez, eles estarão
esperando a minha vinda em poder para estabelecer um governo
Judeu mundial. Quando isso deixar de acontecer, eles farão que
me matem.

O Pai: - E então o que acontecerá com aqueles que consentirão a


tua morte por pensarem que éras um impostor?

O Filho: - Eles serão como qualquer outro que peca contra o


conhecimento da verdade e rejeitam a mensagem do evangelho.
Eles terão que sofrer as consequências.

O Pai: - Eu aprovo o plano. É idêntico ao que temos usado em


outros turnos de criação através da eternidade.

Nota dos Editores: O “diálogo” acima não deve ser entendido


como literal ou indício de que o povo Judeu foi predestinado a
rejeitar o Salvador, mas como uma previsão do que no contexto
dos deuses normalmente acontece dada aquelas circunstâncias.

Colocando o Plano em Operação


Depois que a tribo de Judá veio à existência por volta de 1800
A.C., os profetas de Israel ensinaram ao povo a plenitude do
evangelho e explicaram a eles que haveria um Messias que
serviria como mediador para assegurar o perdão de seus pecados.

Isso pareceu ser compreendido e totalmente aceito no princípio,


mas cerca de mil anos depois, quando muitos profetas ensinaram
o povo como os Judeus ajudariam Jesus através desse artifício,
foram apedrejados até a morte.

Isso foi o que aconteceu aos Profetas Zenos e Zenoch (Helamã


8:19) e em 600 B.C. quando o profeta Leí descreveu sua visão do
Salvador sendo crucificado por instigação dos Judeus no
meridiano dos tempos, teve de fugir para salvar sua vida. (1 Néfi
2:1-2)

Jesus Começa Sua Missão Terrena

É deveras interessante, mas Jesus apareceu na Terra Santa


exatamente no tempo em que os Judeus esperavam seu Rei
Messias chegar. Essa animadora antecipação deles era baseada
num erro de interpretação de uma profecia no segundo capítulo
de Daniel.

Será lembrado que por volta de 625 B.C., o rei Nabucodonosor de


Babilônia teve um sonho terrível, mas não conseguia lembrar qual
foi. O rei ameaçou de morte a todos os seus homens sábios se
eles não dissessem a ele qual havia sido o seu sonho e o que
significava. Daniel salvou sua vida e a de três companheiros,
como também a de todos os homens sábios do rei, por receber
revelação do Senhor que lhe disse o sonho que o rei teve e
também o seu significado.

O rei tinha visto uma grande e grotesca imagem em seu sonho. A


imagem representava os futuros reinos que governariam o
mundo. A cabeça era de ouro, que significava a própria Babilônia.
O peito e os braços eram de prata que significavam a Pérsia, que
conquistaria a Babilônia. O ventre e as coxas eram de cobre que
representavam a Grécia que conquistaria a Pérsia. Então os
quadris e as pernas que eram de ferro e representavam os
Romanos que conquistariam a Grécia e mais tarde seria dividida
em duas pernas dos Impérios Romano oriental e ocidental. Os pés
da imagem eram feitos de barro que representavam as muitas
nações gentias que se desenvolveram em tempos mais recentes
depois que o Império Romano entrou em colapso.
Daniel então disse a Nabucodonosor que “nos dias desses reis
[aqueles de ferro e barro] o Deus do céu estabelecerá um reino
que jamais será destruído; e o reino (esse que Deus estabelecerá)
não será deixado para outro povo, quebrará em pedaços e dará
um fim a todos esses reinos e perdurará para sempre.” (Daniel 2:
44).

A começar pelo reino da Babilônia de Nabucodonosor, as nações


que dominaram o mundo conhecido foram sendo conquistadas
por outras nações e assim sucessivamente; até que surgiram as
muitas nações oriundas desde o colapso do Império Romano.
Essas nações estão hoje espalhadas pelas quatro partes da terra,
cada uma com sua própria soberania.

Essas nações é que a profecia declara que serão destruídas por


um povo que será estabelecido pelo próprio Senhor Jesus Cristo;
que porá abaixo todas as outras nações e que ela não será
passada a outro povo e perdurará para sempre.

Os Rabis Judeus não estavam querendo esperar até os últimos


dias, mas queriam interpretar o segundo capítulo de Daniel como
se cumprindo nos seus dias. A chave suprema de sua
interpretação distorcida foi a sua ardentemente desejada
superação sobre os Romanos. Por isso eles ensinaram que não
importava quantos milagres Jesus pudesse fazer, se ele não
subjugasse os Romanos, não era o Messias. Assim, todo o povo
Judeu estava esperando por Jesus para estabelecer seu reino e
derrubar os Romanos. E para nossa admiração aprendemos que
os apóstolos estavam esperando a mesma coisa.

Porque os Apóstolos Estavam Desorientados?

Sabemos agora que serviu aos propósitos do Pai e do Filho que os


apóstolos vissem em Jesus como o Messias-rei.
Foi por desígnio providencial, que todos os Judeus - incluindo os
apóstolos - fossem permitidos pensar que Jesus havia aparecido
na terra para cumprir as profecias gloriosas de Daniel
concernentes à vinda do Messias-rei. Afinal, não havia Jesus dito:
“Eu mostro a vocês um reino... que vocês possam comer e beber
na minha mesa em meu reino, e sentarem- se em tronos
julgando as doze tribos de Israel. (Lucas 22: 29-30) E a mãe de
Tiago e João estava tão segura de que Jesus estava prestes a
estabelecer seu reino que requereu ao Salvador desse aos seus
filhos tratamento especial depois que ele assumisse a posição de
Messias-Rei no mundo. (Mateus 20:21-22)

O Novo Testamento torna claro que Jesus teve sucesso em


entregar sua mensagem sem revelar que ele havia vindo como o
Redentor em vez de como o Messias-Rei. Isso era verdade
mesmo tendo Jesus falado de sua crucificação e ressurreição
muitas vezes. Não obstante o Espírito escondeu dos apóstolos e
também daqueles que se consideravam discípulos do Salvador.
Lucas diz: “E eles não compreenderam nada dessas coisas, e
ESSAS PALAVRAS ESTAVAM ESCONDIDAS DELES.” (Lucas 18:34)
Temos também a declaração de Marcos que disse: “Eles não
compreenderam aquelas palavras [sobre sua morte e
ressurreição] e ficaram temerosos de perguntar a ele.” (Marcos
9:32)

A missão do Santo Espírito naquele momento foi apagar das


mentes dos apóstolos e dos discípulos de Jesus qualquer
referência à sua morte e ressurreição. Falando de Pedro e João a
escritura diz: “Eles não conheciam a escritura, que ele se
levantaria dos mortos.” (João 20:9) Foi somente quando Cristo foi
glorificado que o Espírito restaurou às suas mentes tudo que ele
havia dito sobre sua crucificação e ressurreição durante seu
ministério. (João 14:26)

A Carga Pesada do Salvador

Não sabemos exatamente quando Jesus primeiramente soube


durante sua vida mortal que ele devia realizar o sacrifício redentor
do Pai.

Pela idade de doze anos Jesus sabia que o seu Pai era Eloím e que
ele teria de “cuidar dos negócios de seu Pai.” (Lucas 2:42-40)
Contudo não é aceitável que o Pai sobrecarregasse seu filho com
o conhecimento da terrível missão que estava à frente dele até
que houvesse realmente iniciado sua missão em 30 A.D.

Especulamos que o tempo lógico para anjos ministradores


dizerem da mensagem do sacrifício redentor pudesse ter sido logo
depois do seu batismo. Ele foi iluminado pelo Espírito e conduzido
ao deserto. Lá ele recebeu ministração espiritual durante quarenta
dias e quarenta noites. Isso parece ter sido o sagrado interlúdio
quando os anjos ministradores poderiam ter preparado Jesus para
o que viria adiante. Foi uma santa temporada de reforço espiritual
quando ele suportou seis semanas sem pão. (Lucas 4:2)

Por Que os Judeus Não Reconheceram Jesus?

Jesus realizou seu primeiro milagre espetacular na festa de


matrimônio em Canaã e então se preparou para ir para Jerusalém
onde passaria pelos trinta anos de idade e ser elegível para iniciar
seu ministério, de acordo coma legislação Judaica.

Desde o começo o ministério de Jesus foi espetacular. Ele realizou


centenas de milagres. Curou doente, levantou o morto, andou
sobre a água, acalmou o mar turbulento, e alimentou centenas de
pessoas com peixe já cozido e pão já tostado.

De fato, desde o começo grandes porções de Judeus realmente


acharam que Jesus era o Messias, mas o Messias-REI. Sua crença
de que ele era o Messias-rei persistiu até a última semana de sua
vida. Mas então as expectativas entraram em colapso.

No fim da semana ele havia não somente falhado em abater os


Romanos, mas os Romanos o haviam crucificado. Além do mais
Jesus sofreu morte quando os estudiosos da profecia de Daniel
haviam declarado que ele viveria para sempre.

Como não poderia ser de outra forma. Aqueles muito poucos que
haviam recebido um testemunho do Alto de que Jesus era o
Messias, continuaram a crer nele. Mas ao final, mesmo os
apóstolos vacilaram sem entender o que se passou. A grande
multidão, porém abandonou a fé e passou a esperar com os
outros Judeus a “Vinda do Messias-rei”.

Jesus Hesita na Última Ceia

Quando Jesus chegou perto do tempo em que seria traído ele


parecia estar engolfado por uma escura e ameaçadora sombra e
não podia evitar contemplar a horrível agonia que estava
imediatamente adiante dele. Finalmente ele não pôde evitar dizer
aos apóstolos que os deixaria.

Pedro imediatamente quis saber para onde ele estava indo. O


apóstolo chefe assegurou ao Salvador que não importava para
onde ele estava indo, Pedro queria acompanhá-lo e protegê-lo dos
inimigos que pareciam estar aumentando a cada hora.

“Você daria a sua vida por minha causa? Em verdade em verdade


eu te digo. O galo não cantará, enquanto não me tiveres negado
três vezes.” (João 13: 38).

Essa abrupta predição poderia ter sido profundamente ofensiva


para Pedro e muito fora de caráter para o seu amado Mestre.
Contudo Jesus sabia que dentro de poucas horas Pedro assim
como todos os outros discípulos teriam perdido seus testemunhos
e ficado totalmente confusos a respeito de sua divindade.

Em conexão com a sua grande oração do Sumo Sacerdócio,


registrada por João, Jesus disse:

“Pai, chegou a hora. E agora, Ó Pai, glorifica a mim contigo


mesmo com a glória que eu tive a teu lado antes que o mundo
existisse.” (João 17: 1,5).

Então ele pediu aos apóstolos que o acompanhassem ao seu lugar


preferido de oração no Monte Getsêmane. Ao tempo que eles
chegaram Getsêmane os apóstolos ficaram alarmados com a
súbita mudança no semblante do Salvador. Parecia como se fosse
uma depressão mórbida que veio sobre seu espírito. Ele havia
sido sempre tão determinado, tão corajoso, e tão cheio de
autoconfiança. Eles o tinham visto desafiar tempestades, andar
sobre o mar, levantar o morto, e expulsar demônios. Eles haviam
sempre se orgulhado do seu Messias-Rei. Mas agora ele havia
mudado e os discípulos estavam chocados quando seu espírito se
abate e começa a agir como um amedrontado ser humano
comum. Eles o ouvem dizer:

“A minha alma está cheia de tristeza, mesmo até a morte.”


(Mateus 26: 38)

Tudo isso estava tão completamente fora de caráter para Jesus


que a versão inspirada diz:

“Os discípulos começaram a ficar perplexos e pesarosos, e


tornaram-se muito recolhidos e a lamentar-se em seus orações,
IMAGINANDO SE ESSE SEJA O MESSIAS.” (Joseph Smith
Translation Marcos 14: 36)
Seus testemunhos estavam vacilando.

O Salvador enfrenta Sua Suprema Crise

Ele deixou oito dos apóstolos na entrada do Jardim em guarda


enquanto ele orava. Então levou Pedro, Tiago e João mais acima
no Monte das Oliveiras. Lá os apóstolos deitaram-se e quase de
imediato começaram a dormir. Mas Jesus afastou- se por si
mesmo e deitou-se de corpo inteiro sobre o solo. De acordo com
Marcos 14: 36 ele clamou:

“Aba Pai, TODAS AS COISAS A TI SÃO POSSÍVEIS. Afasta de mim


esse cálice, porém, não seja o que eu quero, mas o que tu
queres.”

Em outras palavras, tu és Deus. És todo-poderoso. Por favor, faz


isso de algum outro modo. Não faz com que eu tenha de passar
por isso.

Nesse momento o Pai estava sofrendo um golpe da mais profunda


angústia. Ele conhecia o incomensurável tormento pelo qual Jesus
estava passando, mas também sabia que a menos que ele
cumprisse sua missão todo este turno de criação se desintegraria
e retornaria para as trevas exteriores. Certamente o Pai conhecia
o fim desde o princípio e compreendeu que Jesus perseveraria.
Mas esse conhecimento não diminuía a penetrante angústia que
ele sabia estar seu Filho tendo de suportar. Então ele enviou um
anjo para dar conforto ao Salvador. (Lucas 22: 23). Não sabemos
quem ele era, mas eu não ficaria surpreso se ele viesse a ser
Adão ou Miguel.

Não sabemos também o que ele disse, mas podemos muito bem
imaginar que pudesse ser algo assim:

“Jeová, você não precisa fazer isso. Você ainda tem seu livre-
arbítrio. Mas se você não cumprir o seu chamado, você deve
saber quais serão as consequências.” Ele então deve ter descrito a
destruição de todo esse turno de criação.

O Livro de Mórmon descreve especificamente o que teria


acontecido com a família humana se não houvesse tido a
Expiação (Mosia 16: 4-5) e nós achamos que isso representa
meramente o que aconteceria com o total turno de criação. Com
referência à espécie humana, todos nós sofreríamos a mesma
sorte de Lúcifer e de seus anjos das trevas. Teríamos sido
desincorporados e deixados sem nenhum tabernáculo, quer
espiritual quer físico. Então teríamos sido lançados de volta na
escuridão exterior como inteligências despojadas e nuas. (D&C
88:32; 73)

E Brigham Young descreve o que aconteceria com o próprio Jesus,


ele diz:

“Jesus foi preordenado antes que as fundações do mundo fossem


edificadas, e sua missão lhe foi dada na eternidade para ser o
Salvador do mundo, contudo, quando ele veio para a carne, foi
deixado livre para escolher entre obedecer ou não ao Pai. Se ele
se houvesse recusado a obedecer a seu Pai ele se teria tornado
um filho da perdição.” (Jornal dos Discursos, vol. 10 pág.324).

Isso significa que Jesus teria seguido o desincorporado Lúcifer e


todo o resto de nós para as trevas exteriores.

Mas, louvado seja Deus, Jesus escolheu o caminho da terrificante


tortura para o qual havia nascido. Ele disse ao Pai “Seja feita a tua
vontade” Mesmo tendo dito isso uma inundação de total angústia
derramou-se sobre ele. Como resultado ele suou grandes gotas
de sangue. Depois que a paixão na sua totalidade houvesse
acontecido, ele acordou seus apóstolos e desceu na direção do
portão onde Judas já estava chegando do Templo acompanhado
dos soldados.

Nota dos Editores: A expiação é atemporal, ou seja, não é


subordinada ao tempo e espaço. A expiação é o maior e mais
complexo ato existente no universo, mas ainda assim, pode ser
sentida e compreendida por qualquer um que tenha o desejo de
viver o evangelho de Jesus Cristo.
Eventos Conduzindo os Apóstolos a Perder seus
Testemunhos

Pedro sabia que Jesus não tinha que ser levado cativo pelos
soldados. Tudo o que ele tinha de fazer era desaparecer como
havia feito muitas vezes durante crises no passado. Mas ele não
desapareceu e quando Pedro viu que eles estavam prestes a
toma-lo como prisioneiro, puxou sua espada e feriu Malcus, um
parente do Sumo Sacerdote. A lâmina escorregou pelo lado de
sua cabeça e decepou a orelha de Malcus. Jesus
instantaneamente a curou e disse a Pedro para embainhar sua
espada, tudo aconteceu tão rapidamente, que Malcus
provavelmente nunca compreendeu que um milagre havia sido
feito. Quando os guardas levaram Jesus os apóstolos fugiram em
todas as direções para evitar que também fossem presos.

Mais tarde, Pedro e João foram para área de entrada do Sinédrio


onde era óbvio a suprema corte religiosa em Israel estava
procurando legalmente implicar Jesus, de forma que os Romanos
o crucificassem. Obviamente Jesus não iria abater os Romanos
(como todos os Judeus esperavam) Isso seria o fim das
esperanças dos Judeus.

Quando uma mulher perguntou a Pedro se ele era discípulo de


Jesus, ele negou, outra mulher perguntou a ele se era discípulo de
Jesus e ele negou. Finalmente ele foi desafiado por Malcus cuja
orelha havia sido miraculosamente curada e desta vez Pedro
praguejou e jurou. Ele disse não conhecer aquele homem. O
mundo de Pedro estava desmoronando em pedaços. Ele havia
perdido seu testemunho e é dito que saiu para a noite e chorou.
(Mateus 26: 73-75)

De nenhuma forma teria Pedro imaginado o júbilo que animaria


sua alma quando seria subitamente visitado pelo Cristo
ressuscitado três dias depois da crucificação. E cinquenta dias
depois, na celebração da festa do Pentecostes ele explicaria a
Expiação de Cristo para uma grande multidão de Judeus, quando
três mil deles se apresentaram para o batismo. Pouco tempo
depois, ele daria a mesma explicação no Templo e cinco mil se
apresentaram para o batismo. Que gloriosa mensagem ele tinha
para todos os que ouviriam!
Se a pregação de Pedro teve esse desfecho, podemos imaginar o
que sucederá às almas dos Judeus dos tempos atuais quando
Jesus lhes mostrar as marcas que lhe fizeram “na casa dos seus
amigos”.

Jesus Salva Nosso Universo Com Sua Vida

Agora nos confrontamos com um desafio final. Como a


crucificação de Jesus redimiu a humanidade e salvou o total deste
turno de criação?

Há apenas um lugar na escritura onde você pode obter toda


história. É em Alma capítulo 34 quando Amulek, o companheiro
missionário de Alma a explicou aos Zoramitas. Ele começa com a
surpreendente declaração de que o sofrimento de Jesus não foi
para pagar os nossos pecados porque uma pessoa não pode
pagar pelos pecados de outra, mas o que Jesus fez foi levantar a
misericórdia e a compaixão em todas as hostes de inteligências na
nossa parte do universo, de forma que elas garantiriam ao
Salvador qualquer coisa que ele pedisse em retidão. Como
Amulek mostrou, que a Expiação não é baseada na justiça – tanto
sofrimento por tanto pecado – mas na criação de um vasto
reservatório de misericórdia e compaixão que ganharia para nós,
não somente o perdão dos nossos pecados, mas também, todas
as dádivas da vida eternas e a subida em nosso progresso eterno.

Havia dois aspectos na Expiação de Cristo que somente ele


poderia realizar. Primeiro de tudo, o sacrifício expiatório tinha que
ser suportado por um que fosse “infinitamente” amado. Significa
universalmente amado por todas as inteligências neste turno de
criação.

Em segundo lugar, o sofrimento deveria ser tão intenso que


levantaria um grande reservatório de misericórdia e compaixão
que duraria para sempre. Isso significa que (o sofrimento) deveria
ser tão agonizante que chegaria até mesmo a toda ínfima
inteligência com tal intensidade que duraria eternamente.

É lícito pensar que o clero Católico conhecera algum dia alguma


coisa correta sobre esse reservatório de misericórdia e compaixão
alimentado por Cristo unicamente. Então, adaptou a doutrina
verdadeira para encher os seus cofres de dinheiro e levar em sua
companhia muitas almas ao inferno. Não foi por menos que
Lutero reagiu e disse, “É muito grave um Cristão pecar contra sua
própria consciência”.

Tendo tudo isso em mente não podemos deixar de perguntar,


quanto ele sofreu? Muitas pessoas têm sido crucificadas ao longo
das idades, assim, o que houve a respeito dessa crucificação de
Jesus que mudou a história do mundo?

Enoque teve uma visão da crucificação que aconteceria perto de


4.000 anos mais tarde.

“E o Senhor disse a Enoque: Olha, e ele olhou e viu o Filho do


Homem levantado na cruz segundo a maneira dos homens; E ele
ouviu uma alta voz, e os céus escureceram; e toda a criação de
Deus chorou; e a terra gemeu; e as rochas se fizeram em
pedaços.” (Moisés 7: 56-57).

Isso significa que todas as inteligências neste turno de criação


caíram na mais profunda angústia enquanto o Salvador suportou
aquelas seis horas de excruciante tortura na cruz.

O sofrimento de Maria foi tão profundo que Jesus pediu a João o


Amado que a retirasse dali, o que João fez.

Mas ainda houve outro participante na crucificação que ainda


tinha seu torturante e excruciante papel para completar. Era o
Pai. Com o fim de Jesus beber a amarga taça da crucificação até o
fundo o Pai tinha que retirar por completo seu espírito de
sustento. Jesus estava quase no fim de sua tarefa, mas a retirada
do Pai de seu espírito lançou Jesus num influxo crescente de
agonia. Ele exclamou: “Eloi, Eloi”, Meu Deus, Meu Deus. “Lama
sabacthani.” Por que me abandonaste? Foi um inexorável clímax
cruel ao seu sofrimento. Ele depois achou impossível descrever a
agonia desse momento. Não sabemos o quanto durou, mas
quando o Espírito do Pai veio de volta para Jesus, ele,
literalmente, entrou em colapso. Finalmente ele sussurrou, “Está
terminado.” Então ele disse: “Pai, em tuas mãos entrego meu
espírito.” E ele morreu, Naquele momento Jesus tornou-se o
Cristo.

Agora, como Amulek tão poderosamente descreve, Jesus havia


enchido o reservatório de misericórdia e compaixão ao ponto que
ele poderia interceder por nós para obter não somente o perdão
dos pecados, mas vida eterna e todas as bênçãos do progresso
eterno. É por isso que toda ascensão de progresso deve ser feita
em nome de Jesus Cristo porque a menos que ele interceda para
trazer cada uma delas a nós, nada acontece.

Deixe-me agora fechar com o pedido apaixonado do Salvador


para os filhos dos homens. É como se estivéssemos dizendo, “Não
deixe que meu sofrimento seja em vão.” Na Seção 19 de Doutrina
e Convênios, versículos 15 a 19, ele diz:

“Ordeno-te que te arrependas - para que eu não te fira com a


vara da minha boca, e com a minha ira, e com a minha cólera, e
os teus sofrimentos sejam dolorosos - quão dolorosos tu não o
sabes nem pungentes, sim, e nem quão difíceis de suportar. Pois
eu, Deus, sofri estas coisas por todos, para que se arrependendo
não precisassem sofrer; mas se não se arrependessem deveriam
sofrer assim como eu sofri; sofrimento que me fez, mesmo sendo
Deus, o mais grandioso de todos, tremer de dor e sangrar por
todos os poros, sofrer tanto corporal como espiritualmente –
desejar de não ter de beber a amarga taça e recuar – todavia,
glória seja ao Pai, eu tomei da taça e terminei as preparações que
fizera para os filhos dos homens.”

Assim este foi o como Jesus tornou-se o nosso Salvador pessoal.

Imediatamente após a sua ressurreição, Jesus apareceu – mas


ainda sem sua glória – próximo ao jardim da tumba, Maria
Madalena o confundiu com o jardineiro e perguntou-lhe aonde o
corpo de Jesus foi levado, foi quando Jesus respondeu
mansamente, “Maria”, ela o reconheceu e imediatamente o
abraçou, mas no grego original é reportado ter ele dito: "Não me
detenhas porque ainda não subi para meu Pai”.

Maria alegremente afastou-se, e com a velocidade do pensamento


Jesus deixou a Terra e chegou ao Reino Celestial de seu Pai.
Próximo ao planeta glorioso Kolob. Quando Jesus ressuscitado
abraçou o glorioso Eloím, sem dúvida Jesus sussurrou aos ouvidos
de seu Pai: “Eu o fiz, eu o fiz, eu o fiz”.

Que gloriosa realização. O plano que Jesus havia proposto foi uma
vitória total para ambos, o Pai e o Filho. Agora você sabe por que
a Expiação foi tão essencial para o Pai tanto quanto para nós. E
possa eu fechar com o mais solene e sagrado testemunho que ele
o fez! Ele o fez! No nome de Jesus Cristo, Amém.

Referência

[1] Extraído do Livro "A Gospel Trilogy" de Cleon Skousen.

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