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Escola Básica Dr.

Fortunato de Almeida

COMUNICAÇÃO
“ DIGITAL

OFERTA
COMPLEMENTAR
2º Ciclo
PROGRAMA
2019- 2020 2020 -2021

(Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho)

Professores responsáveis: Clotilde Santos, Paula Almeida, Bruno Cardina (BE)


I - CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina “COMUNICAÇÃO DIGITAL”, proposta para o 2.º ciclo a envolver as disciplinas que
solicitem colaboração e com a Biblioteca Escolar, foi pensada tendo em conta “o enriquecimento do currículo
com a dinamização da componente de Oferta Complementar, através da criação de novas disciplinas no
Ensino Básico, com identidade e documentos curriculares próprios”, segundo o estipulado no Decreto-Lei
n.º 55/2018, de 6 de Julho.
O programa desta disciplina tem como referência o perfil do Aluno que preconiza que, no final da
escolaridade obrigatória, este deverá ter desenvolvido competências na área de Informação e comunicação,
nomeadamente:
- utilizar de modo proficiente diferentes linguagens e símbolos associados ao meio digital;
- aplicar estas linguagens de modo adequado aos diferentes contextos de comunicação;
- dominar capacidades nucleares de compreensão e de expressão nas modalidades oral, escrita e
multimodal.
- utilizar e dominar instrumentos diversificados para pesquisar, descrever, avaliar, validar e mobilizar
informação, de forma crítica e autónoma, verificando diferentes fontes documentais e a sua credibilidade;
- transformar a informação em conhecimento;
- colaborar em diferentes contextos comunicativos, de forma adequada e segura, utilizando diferentes
tipos de ferramentas (analógicas e digitais), com base nas regras de conduta próprias de cada ambiente.
Com a crescente importância atribuída às línguas estrangeiras entendidas como um fator facilitador
de uma crescente mobilidade de pessoas no espaço comunitário e para o fortalecer de uma sociedade
plurilingue e pluricultural, como professa o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas,
pretende-se que esta disciplina seja um espaço que contribua para que os alunos se tornem mais
“competentes em línguas” e linguagem digital, já que constituirá um espaço/momento onde estes poderão
“apropriar-se de um conjunto de conhecimentos que revelam da língua enquanto saber organizado e da
cultura dos povos que a utilizam (…), usar estratégica e eficazmente os recursos linguísticos disponíveis em
situações de comunicação, de modo a desenvolver estratégias metacognitivas que garantam um processo
contínuo de aprendizagem. Este saber-fazer significa ainda desenvolver características individuais
relacionadas com a personalidade de cada um, nomeadamente atitudes de recetividade/interação em
relação a outras formas de ser, de estar, de viver”.

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II - DESENVOLVIMENTO DAS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS

As atividades/tarefas propostas aos alunos baseiam-se na operacionalização de projetos de cariz


diverso, nomeadamente em projetos de comunicação disponibilizados pela tutela e outras instituições,
como por exemplo, utilização de aplicativos informáticos, onde o uso das ferramentas digitais serão
colocados ao serviço das várias disciplinas e onde serão aplicados os conteúdos e desenvolvidas as
competências/aprendizagens das mesmas, dos programas em vigor e das metas curriculares definidas para
cada uma das disciplinas envolvidas (Aprendizagens Essenciais/Articulação com o perfil do aluno) e onde
serão integrados conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais. Os três
domínios (Competência Comunicativa, Competência Intercultural e Competência Estratégica) serão
trabalhados de forma sistemática.
Nas atividades propostas serão tidos em conta o Referencial de Educação para o Risco, para a
Cidadania, para a Saúde, para a Educação Ambiental, para a Segurança, Defesa e a Paz, Adaptação às
alterações climáticas e o Plano de Ação Estratégica de modo a que sejam também desenvolvidas as
dimensões que se devem exigir a um aluno que pretendemos que seja um cidadão consciente e responsável.
Durante as aulas, será adotada uma abordagem “task-based”, uma metodologia em que a aula
assenta na concretização de uma tarefa central e onde os conteúdos que serão abordados serão
determinados pelas necessidades sentidas pelos alunos à medida que procuram completar a tarefa/projeto.
O professor apresenta o tópico/tema e dá ao aluno/grupo instruções claras sobre o que terão de fazer.
Poderá haver necessidade de se relembrar alguns conteúdos que se revelarão úteis para a concretização da
tarefa, sem, no entanto, serem o foco da atividade. Os alunos tiram notas, dividem tarefas e preparam o
trabalho em pares ou em grupo usando os recursos à sua disposição. O professor assume um papel de
monitor e apoia/incentiva. Neste âmbito, a BE e TIC seriam uma extensão destas atividades, colaborando na
concretização dos produtos finais.
Esta abordagem apresenta várias vantagens:

• Fomenta o tipo de trabalho colaborativo exigido pela flexibilidade;


• Os alunos usam, em todas as atividades/passos, todos os recursos de que dispõem em vez de
praticarem apenas um conteúdo;

• Desenvolve-se um “contexto natural” para o uso das diversas linguagens, onde os alunos
terão que se envolver;

• Existe uma maior exposição às línguas;

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• Os conteúdos advêm das necessidades sentidas pelos alunos (maior motivação para a
aprendizagem) e estes terão necessidade de aplicarem/reverem/consolidarem um vasto
leque de conteúdos;

• Existe um reforço da competência oral dos alunos em função da abordagem comunicativa;


• Criação de um ambiente motivador e agradável na sala de aula;
• Maior contacto com documentos autênticos;
• Reforço do trabalho cooperativo. Todas a tarefas envolverão um ou mais alunos.
• Possível integração no Plano Nacional das Artes, cujo pressuposto é “… tornar as artes mais
acessíveis aos cidadãos, em particular às crianças e aos jovens, através da comunidade
educativa, promovendo a participação, fruição e criação cultural, numa lógica de inclusão e
aprendizagem ao longo da vida. Pretende incentivar o compromisso cultural das comunidades
e organizações e desenvolver redes de colaboração e parcerias com entidades públicas e
privadas, designadamente, trabalhando em articulação com os planos, programas e redes
pré-existentes.”

III- OBJETIVOS

Tendo em conta as limitações impostas pelo desenho curricular, este projeto tem como objetivo geral
proporcionar aos alunos um espaço onde possam desenvolver e melhorar as suas competências linguísticas
e digitais através da criação/realização de atividades/projetos de cariz prático e comunicativo.

Pretende-se:

• Promover as competências digitais dos alunos ao nível da utilização básica do computador,


processador de texto e plataformas diversas;

• promover a interdisciplinaridade, implicando outras disciplinas/ competências na planificação e


concretização dos projetos;

• promover métodos do ensino das línguas vivas que contemplem uma vasta variedade de finalidades,
que sejam flexíveis, abertos e dinâmicos;

• reforçar as competências comunicativas dos alunos, assim como as suas competências


sociolinguísticas, pragmáticas e linguísticas;

• reforçar competências associadas ao bem-estar, saúde e ambiente através da criação e participação


em projetos e do confronto com realidades de outros países;

• proporcionar aos alunos situações e experiências de comunicação e interação oral em situações


específicas;

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• promover o sentido de responsabilidade e de cooperação através do reforço do trabalho de grupo;
• desenvolver o contacto com culturas diferentes como forma de reforçar a consciência do património
e da riqueza nacional;

• promover e reforçar a participação/interação da escola/agrupamento na vida da comunidade


envolvente através do estabelecimento de projetos em parceria com instituições;

• motivar os alunos para a utilização das línguas e das tecnologias de informação e comunicação.

IV- ATIVIDADES

• Desenvolver intercâmbios:
- utilização de plataformas digitais de comunicação e cultura;

• Debates sobre temas atuais (em consonância com os diversos referenciais) e do interesse dos alunos:
- seleção, preparação e planeamento do tema a tratar;
- distribuição das tarefas entre os elementos do grupo;
- apresentação das escolhas à turma;
- preparação das atividades.

• Participação em atividades relacionadas com datas comemorativas, em colaboração com a BE e


outras entidades;
• Utilização de ferramentas digitais para elaboração de projetos de sensibilização, no âmbito de temas
tão diversos como a Igualdade de género, Alterações climáticas, tais como Padlet, Learningapps,
Classroom, Excel, Lucidchart, formulários do Google, etc.
• Criação de pequenos vídeos para apresentar temas da atualidade.

V – AVALIAÇÃO

• Competência comunicativa
• Trabalho em colaboração/grupo
• Cooperação e autonomia demonstradas
• Participação na realização das tarefas
• Trabalhos realizados

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VI- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

(de acordo com o Perfil de Aprendizagens Específicas do ano de escolaridade)


Capacidades/Conhecimentos - (80%)
COMPETÊNCIAS DESCRITORES Instrumentos de Avaliação
✓ utilizar de modo proficiente diferentes linguagens
Competências na área de

e símbolos associados às línguas (língua materna e


linguagens e textos

línguas estrangeiras), à literatura, à música, às


artes, às tecnologias, à matemática e à ciência;
✓ aplicar estas linguagens de modo adequado aos
diferentes contextos de comunicação, em
ambientes analógico e digital;
✓ dominar capacidades nucleares de compreensão e
de expressão nas modalidades oral, escrita, visual
e multimodal.
✓ utilizar e dominar instrumentos diversificados para
informação e comunicação

pesquisar, descrever, avaliar, validar e mobilizar


Competências na área de

informação, de forma crítica e autónoma,


verificando diferentes fontes documentais e a sua
credibilidade;
✓ transformar a informação em conhecimento;
✓ colaborar em diferentes contextos comunicativos,
Capacidades/Conhecimentos - (80%)

de forma adequada e segura, utilizando diferentes


tipos de ferramentas (analógicas e digitais), com Trabalhos realizados
base nas regras de conduta próprias de cada
ambiente. Apresentações
✓ pensar de modo abrangente e em profundidade,
Registo de observação
Competências na área de pensamento

de forma lógica, observando, analisando direta


informação, experiências ou ideias, argumentando
crítico e pensamento criativo

com recurso a critérios implícitos ou explícitos, (registos a fazer em grelhas


com vista à tomada de posição fundamentada; próprias)
✓ convocar diferentes conhecimentos, de matriz
científica e humanística, utilizando diferentes
metodologias e ferramentas para pensarem
criticamente;
✓ prever e avaliar o impacto das suas decisões;
✓ desenvolver novas ideias e soluções, de forma
imaginativa e inovadora, como resultado da
interação com outros ou da reflexão pessoal,
aplicando-as a diferentes contextos e áreas de
aprendizagem.
✓ adequar comportamentos em contextos de
cooperação, partilha, colaboração e competição;
Relacionamento
interpessoal

✓ trabalhar em equipa e usar diferentes meios para


comunicar presencialmente e em rede;
✓ interagir com tolerância, empatia e
responsabilidade e argumentar, negociar e aceitar
diferentes pontos de vista, desenvolvendo novas
formas de estar, olhar e participar na sociedade.
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Atitudes e Valores (20%):

Indicadores Instrumentos de
Avaliação

Responsabilidade e Respeitar-se a si mesmo e aos outros. Grelhas de


integridade observação
Saber agir eticamente, consciente da necessidade de
responder pelas suas ações.

Ponderar as ações próprias e alheias em função do bem


comum.

Excelência e Aspirar ao trabalho bem feito


exigência
Ser perseverante perante as dificuldades

Ser sensível e solidário. Registos de


observação na
Curiosidade, Querer aprender mais. sala de aula
reflexão e inovação
Desenvolver o pensamento reflexivo, crítico e criativo.

Procurar novas soluções e aplicá-las.

Cidadania e Respeitar a diversidade humana e cultural


participação
Respeitar e proteger o meio ambiente

Ser interventivo e empreendedor.

Liberdade Manifestar a autonomia pessoal centrada nos direitos


humanos, na democracia, na cidadania, na equidade, no
respeito mútuo, na livre escolha e no bem comum.

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