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ÍNDICE
Introdução ------------------------------------------------------------------------------------- 2
Objectivos do estudo------------------------------------------------------------------------ 2
Objectivos específicos----------------------------------------------------------------------- 3
Metodologia de trabalho-------------------------------------------------------------------- 3
Conclusões e recomendações------------------------------------------------------------------ 48
2
Referências bibliográficas--------------------------------------------------------------------- 50
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS DO ESTUDO
Este trabalho tem como objectivo principal o conhecimento da realidade ligada ao sector
de exploração e utilização dos georecursos, procurando identificar os pontos negativos desta
actividade, criando bases para que venha a constituir um elemento de apoio, com carácter
dinâmico, que ajuda a fundamentar tomadas de posição e/ou decisão por parte de entidades
públicas e privadas ligadas ao sector, ou outros com os quais este interfere, de acordo com as
medidas legislativas aplicáveis.
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METODOLOGIA DE TRABALHO
CAPÍTULO I
ENQUADRAMENTO DA ILHA DE SANTIAGO
18.059 Habitantes, distribuídos pela freguesia de Santo Amaro de Abade. (Censo 2000). O
Concelho de Picos São Salvador do Mundo, situado na zona central da ilha, com uma área de
28,7 km2 e uma população de 9.172 habitantes, distribuídos pela freguesia de São Salvador do
Mundo (INE 2005).
O Concelho de São Lourenço dos Órgãos, situada na zona leste da ilha, com uma área
de 39,5 km2 uma população de 1.781 habitantes, distribuídos pela freguesia de São Lourenço
dos Órgãos (INE 2005)
O Concelho de Ribeira Grande, com uma área de 164, 4 km 2, situada na zona sul da
ilha, com uma população de 2983 habitantes distribuídos pelas freguesias de Santíssimo
Nome de Jesus e São João Baptista. ( INE 2005)
Ambos os
Masculin Feminin
Sexos
o o
Santa Cruz 109.8 São Tiago Maior 25184 11861 13325 25184
Ribeira Grande 164.4 São João Baptista 4730 2169 2561 4730
Santíssimo Nome 2983 1447 1536 2983
de
Jesus
precipitações.
O clima de Santiago apresenta duas estações distintas:
A estação das chuvas ou “ tempo das águas” que compreende os meses de Agosto a
Outubro, é a mais quente com chuvas irregulares e encontra-se ligada a deslocação da frente
de convergência inter-tropical.
A estação seca ou “tempo das brisas” que vai de Dezembro a Junho, é mais fresca e
seca na qual predomina a acção dos ventos álisios de Nordeste. Os meses de Julho e
Novembro são considerados de transição.
A precipitação concentra-se num curto intervalo de tempo na maioria das vezes muito
irregular ou nula, apesar da humidade relativa atingir valores elevados.
Esta irregularidade, a partir de 1968, com casos de nula precipitação por exemplo nos anos de
1972 e 1977.
entre 0 a 20 m. Neste relevo variado e bastante movimentado insere-se uma rede hidrográfica
de regime temporário relativamente densa e, na grande maioria dos casos, correndo em vales
encaixantes cujos talvegues apresentam perfil longitudinal torrencial. Nesta paisagem,
sobressaem os traços terminais dos vales principais das bacias hidrográficas mais importantes
cuja forma terminal em canhão é vulgar, isto fundamentalmente nos traços que cortam as
achadas, tanto nos litorais como nos planaltos do interior da ilha. Esta forma de vale é devido
a estrutura colunar que afecta as escoadas lávicas.
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Fonte: Grarcia de Horta, Sér. Est. Argon., Lisboa, 17 (1-2), 1990, 19-29
1.4. ASPECTOS GEOLÓGICOS
III. Formação dos flamengos (λρ) – formada por mantos, brechas e piroclástos, de
natureza marinha. O maior afloramento dessa formação pode-se observar na Ribeira
dos Flamengos e, daí o seu nome.
IV. Formação dos órgãos (CB) – apresenta duas fácies: terrestre e marinha. Na fácie
terrestre observam-se depósitos de enxurrada e na face marinha, calcários e
calcarenito fossilíferos.
VI. Sedimentos posteriores à formação dos órgãos (CB) e anteriores às lavas submarinas
e inferiores do Complexo Eruptivo do Pico de Antónia.
VII. Complexo Eruptivo do Pico de Antónia – deste complexo fazem parte produtos
resultantes das actividades explosiva e efusiva, subaéreos, que tiveram lugar em
épocas geológicas diferentes. É constituído por duas fácies. A fácie terrestre
apresenta as subunidades da mais antiga à mais recente:
a) Série espessa, essencialmente de mantos e alguns níveis de piroclastos.
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I. Unidade Recente – constituída pela formação do Monte da Vacas (MV), formada por
cones de piroclastos e alguns derrames associados. É a unidade bastante permeável e
que privilegia a infiltração da água em direcção ao aquífero principal.
II. Unidade Intermediária – constituída pelo Complexo Eruptivo do Pico de Antónia (PA)
e Formação da Assomada. A formação do Pico de Antónia é formada
fundamentalmente por mantos basálticos subaéreos intercalados por piroclastos e
mantos basálticos submarinos. Essa é a formação mais extensa constituindo, deste
modo, o aquífero principal. Tem um coeficiente de armazenamento relativamente
elevado, se a compararmos com as unidades de base, devido a facturação vertical, a
porosidade e a permeabilidade. Também se inclui nesta unidade a Formação de
Assomada.
III. Unidade de Base – formada pelo Complexo Eruptivo Interno Antigo (CA), Formação
dos Flamengos (P), e Formação Conglumerática Brechóide (CB). Esta unidade
comporta-se como unidade impermeável, porque possui boa percentagem de argila que
não permite a infiltração da água. É constituída pelas formação mais antigas que têm
maior percentagem de argila.
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CAPÍTULO II
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO CONCELHO DO TARRAFAL
Concelho do Tarrafal foi criado em 1917 pelo decreto-lei nº3108-B de 25 de Abril, publicado
no supremo nº3 do B.O. nº 25 em 1917, provocando a sua desintegração do concelho de Santa
Catarina, que até 1912 tinha a sua sede na Vila do Tarrafal.
O concelho do Tarrafal fica situado no extremo norte da ilha de Santiago, a uma
distância de 70 Km2 da cidade da Praia (capital do país), ocupa uma área de 112,4 km2 o que
representa cerca de 11% da área total da ilha de Santiago e cerca de 2,8% do território
nacional.
Encontra-se confrontado a sudoeste com o concelho de São Miguel e a Sudeste com o
concelho de Santa Catarina.
Com a elevação da freguesia de São Miguel à categoria de concelho, em 1997, Tarrafal passa
a abarcar apenas o espaço territorial da freguesia de Santo Amaro Abade.
Segundo o Censo 2000 o concelho conta com uma população que ronda os 17.784 habitantes,
distribuído administrativamente pela única freguesia, a do Santo Amaro Abade constituídas
por vinte localidades, sendo a Vila do Tarrafal (Mangue) a sede do concelho.
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No que se refere aos aspectos climáticos, sendo o concelho de Tarrafal uma das partes
integrantes da ilha de Santiago, não escapa a influência dos factores que condicionam o clima
do arquipélago de um modo geral e particularmente o clima de Santiago. Mas, por outro lado,
sendo Tarrafal uma região específica da ilha, com todas as suas características próprias,
tornase necessário destacar os factores que de uma forma ou de outra, influenciam o clima
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A estação das chuvas ou “das águas”, que vai de Agosto a Outubro, em que as chuvas são
irregulares e estão intimamente ligadas as migrações da C.I.T. (convergência inter tropical).
A estação seca ou” das brisas”, que vai de Dezembro a Junho, a mais fresca e seca , em
que há predominância da acção dos ventos alísios de nordeste que, de uma maneira geral,
sopram todo o ano.
Com base na publicação da obra de Ilídio Amaral (1964), “ Santiago de Cabo Verde, a terra e
os homens”, a área do Tarrafal, com uma altitude média de 150 metros, é dominada por relevo
de altura variável, desde os pequenos cones de dezenas de metros à enorme cúpula Monte
Graciosa. Situado no extremo nordeste do concelho, possui uma cota máxima de 643 metros o
que lhe atribui o título da terceira grande elevação da ilha de Santiago.
II. Formação dos Flamengos (P), pode ser observada em pequenos retalhos na zona
Ponta Preta e Ponta Bicuda.
III. Formação dos Órgãos (CB), pode ser observada, principalmente, os depósitos de fácie
marinha nas escarpas do mar do Tarrafal. Nota-se claramente nas partes do litoral os
conglomerados brechóides marinhos estabelecendo contactos com mantos basálticos
submarinos. Na ribeira de Fontão pode-se observar calcarenitos fossilíferos e na Ponta
Lanche Grande aparecem os calcarenitos marinhos.
IV. Complexo Eruptivo Principal (PA), constitui a unidade mais espessa e mais extensa.
Algumas ribeiras de profundidade espectacular foram cavadas nesta formação ( é no
concelho do Tarrafal que se encontra a maior representação de fonólitos e traquitos na
ilha de Santiago).
VI. Formação de Sedimentos Recentes, constituída por duas fácies marinha e terrestre,
sendo a terrestre formada por aluviões, dunas, depósito de vertentes, de enxurrada e a
fácie marinha com areias e cascalheiras da praia.
I. Unidade de Base, esta unidade é constituída pelo Complexo Eruptivo Interno Antigo
(CA), Formação dos Flamengos e Formação dos Órgãos. Estas formações
caracterizam-se por possuírem uma alta percentagem de argila, elevado grau de
alteração, baixa permeabilidade e capacidade de infiltração reduzida. Tendo em conta
estas características, o caudal desta unidade torna-se pouco expressivo.
II. Unidade Intermédia composta pela Formação do Complexo Eruptivo (PA) à qual se
associa a Formação de Assomada (A). É uma unidade extensa e a mais espessa.
Constitui o principal aquífero da ilha, visto que a porosidade e a permeabilidade são
elevadas, contrariamente à Unidade de Base. A fracturação vertical e a expessura
considerável do conjunto ocupam dezenas de metros fazendo desta unidade o
aquífero principal.
III. Unidade Recente, esta unidade é constituída pela Formação do Monte das Vacas
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CAPÍTULO III
A SITUAÇÃO DE EXPLORAÇÃO DE GEORECURSOS NA ZONA
NORTE DE SANTIAGO
3 5 10 Ribeira da
Areia carrada 000$00 mulheres Fazenda
s/mês
(apanha
no mar)
- Tarrafal
______ 2 6 Ribeira de
Areia de __ 500$00 mulheres Chão-Bom
ribeira –
Tarrafal
_______ 2 6 Ribeira de
Brita de _ 000$00 mulheres Chão-Bom
ribeira –
Tarrafal
4 7 13 Ribeira-da-
Brita de carradas 000$00 mulheres Prata
ribeira-
Tarrafal /mês
As condições ambientais em cabo verde estão condicionadas por alguns factores como:
O clima;
A seca;
A perda do solo;
Aumento demográfico,
Más práticas agriculas, etc.
Os jazidos de minerais não metálicos que são explorados são as matérias primas para a
construção civil, como: Basaltos;
• Areias;
• Piroclastoas;
• Cascalheiras das praias e das ribeiras.
EXPLORAÇÃO TRADICIONAL
CAPÍTULO IV
EXPLORAÇÃO DOS GEORECURSOS EM TARRAFAL
4.1. PIROCLASTOS
Fig.3- Estado actual do Cone de piroclastos Achada grande, Tarrafal- ilha de Santiago
São explorados por cerca de dez grupos de pessoas, em cada grupos encontram-se três
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pessoas, que por dia abastece um camião. Cada camião custa 4500 escudos, o abastecimento é
feito aos camiões oriundos de Santa Cruz, Assomada, Calheta etc.
O piroclástos na ilha de Santiago são utilizados como matéria prima na produção de
blocos. No Tarrafal há quatro pistas de blocos a serem abastecidos, duas em Chão Bom e duas
na Vila do Tarrafal.
4.2. AREIA
A extracção de areia representa uma actividade que envolve um ambiente muito complexo,
pois pode provocar desequilíbrios ambientais irreversíveis a curto, médio e longo prazos.
A extracção feita tanto nas praias como nos leitos das ribeiras, provocam
desequilíbrios dos processos biológicos tanto na flora como na fauna, bem como na criação de
condições de salinização do meio terrestre ( intrusão salina).
Fig.5 -Mulheres apanhando areia na Ribeira das Pratas, Tarrafal – ilha de Santiago
4.3. BRITA
A procura da areia e brita tem vindo a aumentar a nível nacional. Um dos grandes
problemas ecológicos da sociedade cabo-verdiana contemporânea é a extracção de areia e
britas nas praias com consequências nefastas para os nichos ecológicos de espécies marinhas e
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aves, bem como para a paisagem natural. È necessário que haja uma alternativa para impedir
as consequências desagradáveis dessa actividade.
Devido ao ritmo acelerado do crescimento populacional na ilha de Santiago, o ritmo
de construção civil aumentou. Por isso, convém realçar que o consumo de brita variou de 53
856 toneladas para 170 963 toneladas de 1985 a 1995, e que no mesmo período o consumo de
areia varia de 173 959 toneladas para 552 224 toneladas.
O consumo associado de britas e areia foi de 227 815 toneladas em 1985 e 723 187
toneladas em 1995. Ainda prevê-se, portanto, que o consumo de georecursos venha aumentar
cada vez mais num horizonte muito curto.
Em relação ao Tarrrafal pode-se observar o estado degradado da ribeira do Chão Bom
e das praias, devido a extracção que se fazem de uma forma desorganizada. O objectivo dessa
prática é arranjar meios de sobrevivência e material para construção das casas.
Na ribeira de Chão Bom todas as pessoas têm a liberdade de fazer a exploração, tendo
em conta que é um meio de sobrevivência, esquecendo-se do impacte ambiental que essa
prática possa vir a ocorrer.
4.4.BASALTO
A localização da pedreira não é adequada porque fica perto das casas, o que não é
aconselhável, devido aos problemas que pode causar a população, como o ruído, as poeiras a
deformação na paisagem visual, etc.
As autoridades competentes, muitas vezes não tomam uma iniciativa para acabar com
essas práticas porque vêm isso como um meio de sobrevivência para os que executam tais
acções.
impactes ambientais.
Face a esses considerandos conclui-se que os impactes são extremamente negativos.
Realçam-se os seguintes:
perturbação da linha de escoamento das ribeiras com o desvio das cheias para áreas
cultivadas ou habitadas;
aumento do risco de contaminação da água subterrânea;
criação de instabilidade nas infra-estruturas de correcção torrencial, nomeadamente
diques nas ribeiras.
EXPLORAÇÃO DE PIROCLASTOS E BASALTO:
5.1.1.VEGETAÇÃO
5.1.2. FAUNA
A fauna também não foge aos danos causados pelos impactes da exploração de
georecursos.
- destruição de habitats;
- acumulação de desperdícios;
5.1.3. SOLO
Fig.10- Destruição do solo devido a exploração de areia numa das ribeiras de Tarrafal
O impacte nos solos que resulta de actividades efectuadas durante o período de execução
é muito significativo. Todas as superfícies afectadas conduzem a mudanças nos solos, tanto
estruturais como funcionais.
5.1.4. ÁGUA
hidráulico do fluxo nos aquíferos e nas suas relações entre si com outras águas e formações.
Os derrames de produtos poluentes que se faz durante a exploração poderá contribuir
significativamente para a poluição das águas tanto superficiais como subterrâneas.
A nível hidrogeológico há que considerar as situações das pedreiras localizadas nas
encostas, em pontos altos, e pedreiras localizadas em zonas mais ou menos plano.
As contaminações das águas subterrâneas são por vezes, bem evidentes, os quais se
vêm favorecidos, em muitas ocasiões, pelo descuido, ignorância e falta de um adequado
controle nas gestão das explorações. As consequências podem ser muito graves e é possível
chegar a situações de remédio custoso ou invejável, se não se actuar a tempo decididamente.
A água é o solvente mais abundante e é capaz de incorporar grande quantidade de
substâncias ao estar em contacto com os terrenos pelos quais circula. As águas subterrâneas
têm uma maior oportunidade dissolver matérias devido as maiores superfícies de contacto,
lentas velocidades de circulação, maior pressão e temperaturas a que estão submetidas e
facilidades de dissolver dióxido de carbono e outros produtos tóxicos do solo. Por isso as suas
concentrações são superiores à das águas superficiais, em geral.
A qualidade de uma água fica definida pela sua composição e o conhecimento dos
efeitos que pode causar cada um dos elementos que contém o conjunto de todos eles, permite
estabelecer as possibilidades das sua utilização classificando assim, de acordo com os limites
estudados, seu destino para bebida, usos ágriculas, industriais etc. Dentro de cada um desses
grupos existem usos específicos, o que se põem outras classificações e novos campos de
aplicação, como por exemplo, a utilização de águas salobras devido a intrusão salina,
classificadas como potáveis para aquelas aplicações domésticas que, com uma adequada
instalação independentes nas vivendas, não se usa para as bebidas.
Cabe considerar a qualidade natural de uma água e a quantidade afectada por
actividades humanas como a exploração das areias das praias e a exploração de alguns
georecursos, que em geral conduzem a uma declaração “poluição e contaminação.”A água
natural “água de boa qualidade” não são sinónimos e, em muitos casos as águas naturais
podem ser de muito baixa qualidade inclusive, tóxicas.
Em alguns casos, a exploração das pedreiras evolui em profundidade e os níveis
piezométricos ou freáticos podem ser atingidos, havendo necessidade de recorrer a uma
bombagem constante de forma a possibilitar a exploração de rocha. Essa bombagem introduz
alterações no regime hídrico subterrâneo, podendo provocar o rebaixamento de captações
existentes.
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5.15.GEOMORFOLOGIA
È o caso do Monte Achada Grande (cone de piroclastos) que se encontra cerca de sete
anos a ser explorado por um grupo de dez homens, em cada grupo três pessoas fazem a
exploração todos os dias. Cada grupo vende no mínimo um camião de piroclastos por dia. O
cone já perdeu a sua morfologia, e esta a desaparecer pouco a pouco.
Daqui a alguns anos vai haver a destruição total do Monte Achada grande, provocando
um dano irreversível a nível geomorfológico. Actualmente podemos observar nitidamente as
cavernas e a destruição de uma parte, provocados pelas explorações.
Na entrada do Conselho de Tarrafal pode se observar nas estradas a extracção de britas nas
encostas das montanhas, também de uma forma desordenada que se vai alterando a
morfologia da base das montanhas e das estradas que pode provocar desabamento de terra
pondo em risco a segurança da vida dos que fazem a extracção e dos veículos que usufruem
da estrada para ter acesso ao Conselho de Tarrafal.
Neste mesmo contexto da degradação das paisagens, há uma área que actualmente é
muito afectada devido à apanha das areias e britas,são as praias do mar. Actualmente podemos
deparar com algumas praias profanadas como consequência das actividades de extracção de
georecursos. Essas actividades provocam danos catastróficos a população além de destruir a
morfologia e da geologia local. Como consequência temos o caso da intrusão salina, avanço
do mar, destruição de algumas espécies e habitat etc.
CAPÍTULO VI
ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DO MERCADO DE CONSTRUÇÃO
CIVIL
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
No termo deste trabalho esperamos ter contribuído para um melhor conhecimento sobre os
impactes ambientais causados pela exploração de georecurso na zona norte da ilha de
Santiago e alerta às autoridades competentes a tomarem uma iniciativa mais credível no que
tange a este problema.
Pode-se concluir que os serviços responsáveis não dispõem os meios suficientes para
combater as extracções e a câmara não tem colaborado com isso por não haver alternativas ou
soluções para as pessoas que tem essa actividade como meio de sobrevivência e assim vai
continuar a degradação do solo, destruição da fauna e flora modificação no relevo, destruição
das praias e aumento de intrusão salina etc.
Neste momento há graves problemas de abastecimento de mercado de construção civil, em
materiais, nomeadamente, areia, piroclastos e brita. Pois o mercado não está capacitado em
corresponder as necessidades que o plano de desenvolvimento urbanístico exige, e isso
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BIBLIOGRAFIA