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ANO IV | MAIO, 2017 | EDIÇÃO 32.

MATOCOMPETIÇÃO
O Futuro do controle químico utilizando novas moléculas
ESTADO EM CRISE
Queridos leitores e anunciantes da pais indústrias químicas do Brasil e fomos
B.Forest, é um prazer tê-los conosco em conhecer qual é futuro das moléculas
mais uma edição! que protegem os plantios florestais da
matocompetição, quais os princípios ati-
Chegamos ao final de maio de 2017
vos e como elas agem no ambiente. Na
com nossas expectativas de um Brasil
segunda avançamos nos conhecimentos
melhor e maior, mas agora beiramos a
sobre a cabines das máquinas utilizadas
frustração novamente.
na colheita e silvicultura, entendendo um
Após quase três anos de forte reces- pouco mais sobre as normas nacionais
são econômica e crise política, come- e internacionais, e os testes que os fabri-
çamos a ver sinais de estabilização dos cantes devem seguir para garantir o má-
principais indicadores macro econômi- ximo de segurança para os operadores.
cos e uma disposição para a realização
Em nossa entrevista especial, conti-
de reformas importantes, criando um
nuamos conversando com a geração
ambiente favorável para a retomada do
da “Nova Cara do Setor Florestal” .... os
crescimento nos próximos anos. Porém,
“Super Gerentes”, e nesta edição Tomás
os últimos fatos políticos podem retardar
Balestiero, Gerente Geral de Operações
este processo e o Brasil poderá continuar
Florestais da Fibria em Mato Grosso do
no limbo… até quando?
Sul, nos fala sobre sua carreira em seus
Existe uma máxima que diz “Para que 12 anos de empresa onde começou
as coisas melhorem, antes elas pioram”. como Trainee e hoje faz a gestão flo-
Sabemos que não conseguiremos melho- restal do “maior projeto de celulose em
rar o Brasil sem realizamos uma limpeza uma única unidade no mundo”, com
profunda em todas as esferas do sistema uma base florestal de 307 mil ha planta-
que nos governa. Desta maneira, o que dos e mais de 1.000 equipamentos para
mais desejamos é que nossa sociedade serem gerenciados....Uau!!!
consiga, de uma forma democrática e
Saudações Florestais,
ética, realizar as mudanças necessárias.

Nesta edição, a B.Forest traz para


você duas matérias muito interessantes.
Na primeira conversamos com as princi- Diretor de Negócios da Malinovski
B. FOREST
A REVISTA 100% ELETRÔNICA DO SETOR FLORESTAL

EDIÇÃO 32
ANO IV | MAIO, 2017.

+55 (41) 3049-7888


Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860
Hugo Lange - Curitiba (PR) –
CEP:80040-252
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comunicacao@malinovski.com.br

EXPEDIENTE
Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski.
Editora: Giovana Massetto.
Jornalista: Luciano Simão.
Designer Responsável: Dennys Fernando S. Blitzkow.
Projeto Gráfico e diagramação: Jessica Fonseca Vieira.
Capa: Foto: Dinagro.
Revisão Técnica: Gustavo Castro.
Financeiro: Larissa Cruz Karas.

CONSELHO TÉCNICO
Aires Galhardo, Diretor Executivo de Operações da
Fibria; César Augusto Graeser, Diretor de Operações
Florestais da Suzano; Edson Tadeu Iede, Chefe Geral
da Embrapa Florestas; Germano Aguiar, Diretor
Florestal da Eldorado Brasil; José Totti, Diretor Florestal
da Klabin; Lonard dos Santos, Diretor de Vendas da
Komatsu Forest; Marko Mattila, Diretor da Ponsse Latin
America; Moacyr Fantini, Diretor Florestal da Veracel;
Mário Sant’Anna Junior; Rodrigo Junqueira, Gerente
de Vendas da John Deere Florestal.

B. FOREST . ENTREVISTA 3
40 ANÁLISE
MERCADOLÓGICA

09 ENTREVISTA
Preparado Para o Futuro

26 SEGURANÇA
EM CABINES
CABINES FLORESTAIS
46 ALÉM DA MADEIRA

34 DIA DE CAMPO
TANINO E ENERGIA

49
NOVIDADE NA ÁREA!
ESPAÇO DAS
18 NOVAS
MOLÉCULAS
ASSOCIAÇÕES
- Reflore/MS promove 5ª
MOLÉCULAS PROTEGENDO Campanha de Prevenção e
A FLORESTA Combate a Incêndio
- ACR inicia temporada de
combate à Vespa-da-Madeira
56 NOTAS
- Minas e Energia aprova

53 EVENTOS
política de biocombustíveis
florestais 62 VÍDEOS
- Trator de Esteira Komatsu
Eldorado Brasil reconhecida
ENCAPP por uso de drones D85 - Florestal
- Wood Chipper Terex TBC435
COMPRA DE TERRAS POR ChipMax CBI 484BT
ESTRANGEIROS NÃO SERÁ - Naarva EF28 Harvesting
LIMITADA Head
- Harvester John Deere
2144G

54 NOTAS
- John Deere inaugura filial
Florestal em Lages
- Câmara de Comércio
Internacional lança
Comissão de Meio Ambiente e
Energia no Brasil
- Veracel alerta sobre
multiplicação ilegal de mudas
- Grua Florestal PenzSaur 7.78W
- Suzano obtém financiamento
inédito para projeto de
silvicultura 65 AGENDA
programação e eventos
875
COM GUINCHO

Agora o forwarder Komatsu 875 pode ser equipado com guincho auxiliar
de tração. É um sistema integrado com a transmissão e acrescenta
tração em ladeiras e condições exigentes. O sistema usa um guincho do
tipo cabestrante, com um tambor separado para armazenamento do
cabo, o que é essencial para um enrolamento suave e confiável e para
uma vida útil longa do cabo. Com controle remoto incluído o sistema
permite o operador iniciar a máquina e a bobina do cabo a partir do solo,
sem a necessidade de um segundo operador. O pacote todo é integrado
no chassi traseiro em um projeto compacto.

6 ENTREVISTA . B. FOREST
www.komatsuforest.com.br
ENTREVISTA
PREPARADO
PARA O
FUTURO B. FOREST
FOREST
B. B. FOREST . ENTREVISTA 7
Tomás Balistiero está na Fibria há 12 anos. De trainee a Gerente Geral de
Operações Florestais da empresa em Mato Grosso do Sul, Balistiero demons-
tra o potencial do planejamento e da dedicação para o progresso profissio-
nal. Confira a entrevista na íntegra, na qual o engenheiro fala à B.Forest sobre
sustentabilidade, inovação tecnológica, princípios de liderança e muito mais!

preparo ocorre capturando apren-


01
dizados com líderes de sucesso.
Como tem se preparado para Podemos chamar de orientadores,
lidar com os desafios de um jovem coachings ou mentorings. Essa
profissional em posição de liderança? é uma ajuda importante para o
Desde o início da minha carreira processo de amadurecimento e
na Fibria como trainee, tenho sido
ENTREVISTA

aprendizado contínuo. Por fim, há


amplamente desafiado. Com três a preparação formal, com espe-
anos de empresa, enfrentei o de- cializações e treinamentos. Além
safio de coordenar uma operação de engenheiro florestal, fiz um
com 112 pessoas. Três anos depois, MBA em Administração de Orga-
assumi uma gerência na empre- nizações, Gestão Estratégica para
sa. Posteriormente, outra área e a Sustentabilidade. Tenho formação
liderança do Projeto Horizonte 2 de Black Belt, na metodologia Seis
– implantação da segunda linha de Sigma, em gestão de projetos e
produção na unidade de Três Lago- participamos da educação conti-
as (MS) – da área florestal da Fibria. nuada em programas na Fibria e do

Assim, sucessivamente, mudei grupo Votorantim, que chamamos

de área, desenvolvi projetos e inte- de Academia Votorantim.

ragi com os mais diversos públicos. Outro aspecto fundamental


De certa forma, fui me aprimoran- que me faz estar preparado para
do e preparando para novas ativi- os desafios futuros é a constante
dades e liderança. Outra forma de reflexão das transformações atuais

8 ENTREVISTA . B. FOREST
do mundo. De um mundo previsível minha identificação com os pro-
para um mundo incerto, vulnerável, pósitos da organização e do que se
complexo, ambíguo e totalmente faz. Se a empresa te move, engaja,
novo pra todos. Entender que esta- desafia a desempenhar sempre o
mos em uma transição, que hábitos seu máximo, aproveite a jornada e
e tecnologias exponenciais trans- amplie suas perspectivas.
formarão nosso presente e futuro, Para isso, dentre tantos elemen-
nos conecta com desafios deste tos uma sugestão para aqueles que
novo mundo e exige que estejamos estão entrando no mercado: façam
preparados para transformar e ter mais do que imaginam que pode-
capacidade de se adaptar mais do riam fazer, experimentem, busquem
que nunca. a perfeição no que realizam. Lutem
contra a procrastinação e as co-
muns “auto-desculpas” pelas coisas
02
que não fez. Além disso, utilizem a

ENTREVISTA
A progressão da sua carreira ocor- tecnologia ao seu favor, sem deixar
reu na Fibria, desde o início como de interagir pessoalmente. Escu-
trainee há mais de dez anos. Tendo em tem! É importante entender além
vista que o desenvolvimento profis- dos livros, valorizar as pessoas e o
sional em uma única empresa é cada time trabalhando, sempre, o re-
vez mais incomum, quais são os seus sultado coletivo. E principalmente,
conselhos para os profissionais que curtam a jornada e sejam felizes.
entram no mercado hoje?
Tenho 12 anos de Fibria. Apren-
03
do muito a cada dia. Umas das
minhas interpretações sobre minha Quais são os seus maiores desafios
trajetória e permanecer na mesma frente às operações florestais
empresa é de não ter ficado es- da Fibria?
tagnado. O que me fez conduzir O grande desafio é implantar
minha carreira são as experiências e e operar o maior e mais inovador

B. FOREST . ENTREVISTA 9
projeto florestal de celulose do associado ao conhecimento do
mundo. Estamos à frente do maior time florestal da Fibria.
projeto de celulose em uma única
unidade do mundo. Inédito, inova-
dor e gigante. Plantamos três árvo- 04
res por segundo. Temos uma base Como a Fibria encara novos
florestal de mais de 307 mil hecta- investimentos em tecnologia? O que
res e mais de 1.000 equipamentos tem sido feito nessa área?
para serem gerenciados entre car- A Fibria entende como uma
ros, caminhões, tratores, máquinas grande oportunidade e diferencial
de colheita e pátio e 11 milhões de competitivo aplicar tecnologias em
m³ por ano. nossas operações. A internet das
Investimos em projetos ino- coisas, que é a conexão de dispo-
vadores, exclusivos e de altíssima sitivos, informações e pessoas em
tecnologia. Como exemplo, tere- rede, se abre com um universo de
mos um novo viveiro que produzirá possibilidades para aplicações na
ENTREVISTA

43 milhões de mudas de eucalipto nossa vida cotidiana, nas indústrias,

por ano e será o primeiro viveiro na floresta e em nossos hábitos.

automatizado de mudas da espécie Além do viveiro que citei ante-


no mundo. Importamos tecnologia riormente, temos inúmeros exem-
holandesa da produção de flores plos de aplicações de tecnologias

10 ENTREVISTA . B. FOREST
inovadoras em nossas operações. diferenciar e elevar nossa eficiência
Atualmente, 90% da base florestal e competitividade.
de Mato Grosso do Sul é moni-
torada por câmeras. Eles servem
principalmente para detecção de 05
focos de incêndio, mas também Quais as perspectivas para o futuro
tem aplicações no monitoramento da silvicultura de precisão no país?
de fauna, avaliação de performance
Estamos chegando em um
da floresta, segurança patrimonial,
ponto onde as tecnologias e as
dentre outras. Nossos equipa-
possibilidades que até então vi-
mentos florestais e caminhões de
nham sendo estudadas e estavam
transporte de madeira estão todos
em escalas piloto, ou disponíveis
rastreados e a operação de pátio
somente para algumas operações
utilizará tecnologia de sistemas
específicas, estão maduras e em
embarcados e com RFID. Da ori-
ritmo exponencial de crescimento.
gem da madeira à sua picagem na

ENTREVISTA
Ou seja, questões de comunicação
fábrica, os dispositivos e a infor-
e transmissão de dados, dispositi-
mação estão totalmente ligados.
vos e custos de novas tecnologias
Nosso preparo de solo utiliza piloto
são significativamente menores
automático com uso da tecnologia
RTX. Análises de dados sofisticadas hoje do que há dez anos. Entramos

como BIG DATA e analy- na fase da silvicultura de

tics são usados atual- “É IMPORTANTE precisão efetivamente


mente para entender ENTENDER ALÉM DOS aplicada em larga escala
fenômenos complexos. LIVROS, VALORIZAR e com inúmeras possi-
Veículos não tripulados bilidades. Quem souber
AS PESSOAS E O TIME
já são uma realidade navegar melhor nesse
TRABALHANDO, SEMPRE,
para o monitoramento ambiente levará uma
O RESULTADO COLETIVO.
de qualidade das opera- tremenda vantagem
ções. Enfim, temos mui-
E PRINCIPALMENTE, para o próximo ciclo de
to mais aplicações que CURTAM A JORNADA E “colheita” de resultados
têm nos ajudado a nos SEJAM FELIZES” robustos.

FOREST
B. B. FOREST . ENTREVISTA 11
06 07
Quais os desafios que o setor deve Como a Fibria integra a
enfrentar nos próximos anos? sustentabilidade nos processos de
Entre tantos desafios enfrentados tomada de decisão?
pelo setor, destacaria dois deles que A sustentabilidade é elemento
atualmente são cruciais: as mudan- central da estratégia e do modelo de
ças climáticas e a instabilidade políti- negócio da Fibria. Por trabalhar dire-
ca do nosso País. tamente com comunidades e com

As incertezas fazem com que os a natureza, a sustentabilidade faz

gestores de indústria de base florestal parte do nosso DNA e é uma ques-

se reinventem e estejam preparados tão de princípio. A escolha de ser

para mudanças bruscas com eventos uma empresa florestal cujo principal

extremos. Isso significa que deve- produto é a celulose, e nosso enten-

mos ter uma floresta e uma opera- dimento de que, por meio da floresta

ção mais resiliente do que nunca. As plantada, renovável, oferecer produ-


ENTREVISTA

estratégias adotadas, desde a região tos e contribuir para uma sociedade

a produzir, material genético e ges- melhor, nos dá a responsabilidade

tão até a agilidade nos ajustes da rota de, em todas as análises e decisões,

serão fundamentais para garantir a das maiores às do dia a dia, ter um

produtividade neste ambiente. olhar amplo, sob todos os aspec-


tos da sustentabilidade, e somente
Simultaneamente, o País passa
seguir em frente se os princípios
por uma das maiores transformações
estiverem cumpridos.
culturais e políticas de sua existência.
E nesse movimento, a incerteza e as
dificuldades políticas são extremas.
Nesta condição, é importante se-
guir os fundamentos, acreditar em
seus projetos e olhar à frente, além
da tempestade, para que decisões
do curto prazo forneçam vantagens
competitivas no momento em que as
coisas estiverem resolvidas.

12 ENTREVISTA . B. FOREST
14 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 15
MOLÉCULAS
PROTEGENDO A
FLORESTA O manejo da matocompetição é essencial
para o sucesso de qualquer empreendimento
silvicultural. Falhas neste controle resultam na
perda direta de produtividade. Para realizar o
controle mais eficiente para cada plantio ao
NOVAS MOLÉCULAS

menor custo possível, é preciso identificar


quais são os maiores desafios a superar – e
conhecer as novas moléculas que podem
auxiliar nesses processos.

O
pleno desenvolvimento visando ao maior rendimento do
dos plantios florestais produto aplicado e ao mínimo
depende de uma série de dano às árvores plantadas.
fatores, das condições
edafoclimáticas ao manejo apro- Compreendendo a importân-
priado da silvicultura. Para que as cia e potencial econômico do
florestas plantadas possam atingir setor de florestas plantadas, as
os maiores índices de produtivi- gigantes do mercado de novas
dade, uma das ações essenciais moléculas (consolidadas na agri-
neste processo é o controle da cultura e outros setores da indús-
matocompetição – ou seja, a tria) apostam na diversificação
identificação e eliminação das de seus portfólios florestais. O
plantas daninhas que interferem desenvolvimento dessas novas
ou inibem a cultura desejada, moléculas para controle de mato-

16 NOVAS MOLÉCULAS . B. FOREST


competição na silvicultura é um
processo longo, que tem início
com a identificação dos principais
desafios que os produtores flores-
tais enfrentam em cada região.

“Estamos de olho nos gran-


des desafios que o setor enfren-
tará, monitorando as plantas que
causam problemas hoje, tanto
de folhas largas como de folhas
estreitas, principalmente plantas
que já apresentam resistência ou
tolerância à herbicidas utilizados
no mercado florestal”, diz Ricardo
Boccato, pesquisador responsável

NOVAS MOLÉCULAS
pelo desenvolvimento de novos
produtos e desenvolvimento de
mercado da área de florestas da
Basf no Brasil.
Analisando a situação atual do
mercado, Boccato aponta a ten-
dência de investimentos cada vez
maiores na utilização de herbici-
das pré-emergentes em área total,
saindo do controle feito apenas
em linha para manter a cultura
livre de matocompetição por pelo
menos 120 ou 150 dias. Ainda, o
pesquisador destaca a necessi-
dade do desenvolvimento de gra-
minicidas para controle em área
total pós-plantio, com moléculas
seletivas que permitiriam aumen-
tar o rendimento operacional e

B. FOREST . NOVAS MOLÉCULAS 17


diminuir a competição com gra-
míneas que são muito agressivas
no início do desenvolvimento da
cultura no campo.
Para Fabrício Sebok, coorde-
nador de desenvolvimento de
produtos florestais para a Amé-
rica Latina da Bayer, a tendência
na busca de novas moléculas é
“o desenvolvimento de produ-
tos com maior versatilidade no
controle das plantas daninhas,
aumento no espectro de ação,
novos grupos químicos e dife-
rentes modos de ação, principal-
mente que auxiliem no manejo
integrado para “quebrar” a resis-
NOVAS MOLÉCULAS

tência de algumas plantas dani-


nhas a alguns herbicidas utilizados
atualmente”, detalha.
Vinícius Batista, gerente de
marketing de cana e florestas
da FMC, corrobora. “O obje-
tivo é desenvolver produtos que
façam com que os produtores
não precisem realizar reentradas
com aplicações diversas ao longo
da instalação do ciclo, que é um
período crítico para o eucalipto.
Quanto mais longo o período livre
de plantas daninhas, maior a pos-
sibilidade de sucesso no decorrer
desse ciclo. Por isso, é importante
o desenvolvimento de herbicidas
de longo residual, capazes de pro-
mover essa proteção contra plan-
tas daninhas por mais tempo”.

18 NOVAS MOLÉCULAS . B. FOREST


Novas moléculas
Seguindo essas tendências, baseadas nas difi-
culdades identificadas pelo setor florestal em suas
operações de campo, novas moléculas já estão dis-
poníveis no mercado – com diversas novas formu-
lações que prometem auxiliar no controle da mato-
competição na silvicultura em um futuro próximo.

Uma das soluções mais recentes é o herbicida


Esplanade, lançado pela Bayer no final de 2016
após nove anos de desenvolvimento e pesquisa.
“O grande benefício atrelado ao uso do produto,
que tem como ingrediente ativo a molécula inda-
ziflam, é a redução de no mínimo uma intervenção
no manejo florestal nas aplicações de um herbicida
pós-emergente, reduzindo, assim, diretamente o
uso de recursos e baixando os custos dos silviculto-
res. Atuando na germinação de sementes, o herbi-
cida é posicionado para ser utilizado nas entrelinhas
de cultivo, garantindo o controle de germinação no

NOVAS MOLÉCULAS
banco de sementes das plantas daninhas presentes
no solo”, detalha o coordenador Fabrício Sebok.

Com o nome comercial de Solara, a FMC desen-


volveu a sulfentrazona, herbicida pré-emergente
para a cultura do eucalipto e combate a plantas
daninhas de difícil controle, como corda-de-viola
(Ipomoea sp.) e trapoeraba. “Trata-se de um pro-
duto volátil, de baixo risco para culturas vizinhas,
com uma meia-vida de 180 dias no solo e um
amplo espectro de controle, atuando principal-
mente em folhas largas, mas também com bons
resultados em folhas estreitas. Assim, não é neces-
sário utilizar uma série de misturas; o único produto
atinge os dois espectros. Nossa tendência é conti-
nuar buscando produtos com amplo espectro, com
longo residual, e com seletividade para as culturas”,
frisa Vinícius Batista, da FMC.

Por sua vez, o saflufenacil, desenvolvido e


comercializado pela Basf com o nome de Valeos,
é um herbicida pós-emergente de rápida ação

B. FOREST . NOVAS MOLÉCULAS 19


para ser utilizado principalmente Certificação
na dessecação pré-plantio e na
dessecação nas entrelinhas de Apesar do portfólio diverso que
eucalipto no pós-plantio. “É um as grandes empresas do setor já
produto que visa solucionar o disponibilizam para o segmento
problema de plantas daninhas florestal, ainda restam desafios
para os quais não há uma melhor
de folhas largas que são resis-
solução disponível no mercado. O
tentes ao glifosato ou tolerantes
processo de concepção, desen-
a outros herbicidas utilizados volvimento e certificação de novas
no setor. Pode ser aplicado em moléculas é longo e moroso -
barra, em área total, ou em uma especialmente no Brasil. Bocatto,
conceição, depois que a cultura da Basf, cita um período de 10 a 12
NOVAS MOLÉCULAS

já está instalada. A alta concen- anos desde a concepção de um


tração da formulação granulada novo produto ao seu lançamento
permite o uso de baixas dosagens certificado no mercado.
com alto rendimento. A baixa “Após cerca de seis anos de
concentração de ingrediente desenvolvimento interno, com
ativo necessária por hectare registro especial temporário
garante a sustentabilidade, ao necessário para realização de tes-
mesmo tempo em que aumenta tes, é necessário aprovar o pare-
a rentabilidade do produtor”, cer técnico com o Ministério da
Agricultura, o que leva, em média,
relata Bocatto, pesquisador da
de quatro a seis anos. Trata-se
companhia. Até o fim deste ano,
de um processo moroso, pois o
a Basf deve lançar um produto Ministério recebe inúmeras soli-
pré-emergente para a eliminação citações de registro que precisam
do capim amargoso (Digitaria ser analisadas com responsabili-
insularis). dade, de forma a garantir que os

20 NOVAS MOLÉCULAS . B. FOREST


“O DESENVOLVIMENTO
DE NOVAS MOLÉCULAS
PARA CONTROLE DE
MATOCOMPETIÇÃO produtos para os quais o registro
NA SILVICULTURA É será liberado sejam seguros. O
processo é burocrático e envolve
UM PROCESSO LONGO, ainda a Anvisa e o Ibama. Cada
QUE TEM INÍCIO COM um dos órgãos precisa dar seu
parecer para que o produto
A IDENTIFICAÇÃO DOS possa ser registrado”, esclarece.
PRINCIPAIS DESAFIOS
Além do registro estatal,
QUE OS PRODUTORES quando se trata de certificação
FLORESTAIS ENFRENTAM florestal, o organismo certifica-
dor com maior aderência das
EM CADA REGIÃO. “ empresas florestais no Brasil
é a certificação internacional
FSC (Forest Stewardship Cou-

NOVAS MOLÉCULAS
ncil). O FSC possui mecanis-
mos próprios para opinar se os
ingredientes ativos usados na
silvicultura mundial são perigo-
sos para os trabalhadores e para
o meio ambiente e periodica-
mente revisa a lista de moléculas
que não devem ser utilizadas
por empresas com certificado
FSC. “Em alguns casos, o FSC
emite uma autorização tempo-
rária para o uso excepcional de
alguma molécula “proibida” (uma
derroga). Os principais pontos
(entraves) estão relacionados
ao fato que as definições sobre
quais moléculas entram ou saem
da lista são tomadas por um
conselho específico que ainda

B. FOREST . NOVAS MOLÉCULAS 21


"TENDÊNCIAS
APONTADAS INCLUEM O
DESENVOLVIMENTO DE
não avalia os riscos e as dife- dade econômica dos empreendi-
PRODUTOS COM MAIOR
rentes interações com o meio mentos certificados.
VERSATILIDADE NO ambiente em cada empreendi-
Para que o futuro da silvi-
CONTROLE DAS PLANTAS mento certificado”, opina Sebok.
cultura brasileira permaneça
DANINHAS, AUMENTO Para o coordenador de brilhante, com plantios produti-
desenvolvimento de produtos vos e devidamente certificados,
NO ESPECTRO DE AÇÃO, florestais para a América Latina da é preciso que o setor florestal
NOVOS GRUPOS QUÍMICOS E Bayer, o desafio está no aumento nacional siga fornecendo o
da participação ativa de mem- suporte necessário para que os
DIFERENTES MODOS
bros que representem a silvicul- desenvolvedores de novas molé-
DE AÇÃO." tura brasileira nos fóruns do FSC, culas possam continuar progre-
para que as decisões sobre o uso dindo nas pesquisas e testes em
de químicos sejam tomadas de campo. Quanto mais estreita for
acordo com a realidade local, a parceria entre os produtores de
levando em consideração as florestas plantadas e aqueles que
peculiaridades “site a site” e assim, trabalham para protegê-las de
NOVAS MOLÉCULAS

protegendo o meio ambiente a ameaças, como a matocompeti-


sociedade e garantindo a viabili- ção, mais próspero será o setor.
Foto: Divulgação Malinovski

22 NOVAS MOLÉCULAS . B. FOREST


PONSSE ELEPHANTKING

EFICIÊNCIA IMBATÍVEL

O FORWARDER PONSSE ELEPHANTKING é projetado para condições


extremamente exigentes e para as cargas mais pesadas. Com uma
força de tração imbatível, um poderoso motor, e a surpreendente
capacidade de carga de 20 toneladas. O forwarder PONSSE
ElephantKing garante transporte eficiente da madeira em áreas planas
e locais difíceis, com grande declividade, e em longas distâncias.

COM UMA ESTRUTURA DE CHASSI NOVA E REFORÇADA, pontos para manutenção


reposicionados considerando uma maior facilidade para o operador, a
nova cabine oferece muito espaço, os melhores controles ergonômicos
disponíveis no mercado e uma excelente visibilidade durante a
operação. Além disso, o intervalo para manutenção programada da
máquina foi estendido para 1.800 horas, contribuindo para a redução
PONSSE de custos e o aumento da produtividade na colheita. O forwarder ainda
LATIN AMÉRICA LTDA conta com a excepcional grua PONSSE K100+ e excelente área de
Rua: Joaquim Nabuco, 115
Vila Nancy - Mogi das Cruzes
carga colocando o PONSSE ElephantKing como o forwarder mais eficaz
São Paulo – BRASIL no mercado, seja para áreas planas ou declivosas.
Cep: 08735-120
Tel: +55 (11) 4795-4600

B. FOREST . ENTREVISTA
A melhor amiga do 23
produtor florestal
www.ponsse.com
24 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 25
SEGURANÇA EM CABINES

26 SEGURANÇA EM CABINES . B. FOREST


CABINES
FLORESTAIS
Garantir que os colaboradores encontrem
ambientes de trabalho seguros e
com mínimos riscos é prioridade para
qualquer segmento da indústria. No
setor de florestas plantadas, a segurança
dos operadores de máquinas florestais
depende da qualidade e robustez das
cabines que os protegem. Saiba mais
sobre as certificações ROPS, OPS, FOPS

SEGURANÇA EM CABINES
e outros requerimentos para cabines
verdadeiramente seguras!

A
prosperidade do setor
florestal brasileiro
Para que possam assegurar a integridade
não significa que suas
física dos operadores, as cabines de máqui-
principais atividades
nas florestais precisam fornecer ergonomia,
não incluem grandes
riscos. Pelo contrário: com visibilidade, iluminação, acessibilidade e
frequência, operações proteção contra detritos, queda de objetos,
como a colheita de madeira tombamento e incêndios, assim como isola-
(que envolvem máquinas mento acústico, controle de temperatura e
pesadas e instrumentos fluxo de ar, entre outros. No Brasil, a principal
perigosos) ocorrem nas mais norma que rege estes quesitos no mercado
adversas condições. Nas de máquinas e equipamentos é a Norma
florestas plantadas, um dos Regulamentadora 12. É essa NR, portanto,
dispositivos que mais garante que determina os requerimentos legais para
a segurança dos operadores os fabricantes de cabines florestais.
de máquinas florestais são
Viviane Forte, Auditora Fiscal do Trabalho no
as cabines, que devem ser
MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), ana-
reforçadas e projetadas
para suportar uma grande lisa a importância da norma para o segmento
variedade de adversidades de máquinas e cabines florestais: “É importante
e desafios. ressaltar que a atividade florestal envolve opera-

B. FOREST . SEGURANÇA EM CABINES 27


ções de alto risco, desde a colheita ao processa-
mento da madeira na indústria. No campo, são
etapas em que ocorrem os acidentes graves.
Por isso, é essencial termos as NRs abarcando
todas essas situações de risco para tentar ao
máximo proteger o trabalhador e evitar aciden-
tes. É um setor de risco e que demanda a coo-
peração de todos.”

SAIBA MAIS SOBRE A NR 12 NO SETOR FLORESTAL


Clique aqui para ler mais sobre este assunto.

“Embora ainda o número de acidentes no


trabalho continue muito elevado, as recentes
SEGURANÇA EM CABINES

estatísticas indicam uma contínua redução desses


indicadores. Acreditamos que isso se deve ao fato
das empresas estarem mais atentas à implantação
de sistemas de segurança em máquinas e equi-
pamentos industriais, assim como nos processos
industriais. A saúde e segurança no trabalho deve
sempre ter absoluta prioridade nos avanços da
NR 12 e demais normas que tratam do tema”,
adverte Lourenço Righetti, consultor da ABIMAQ
(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos).

Sandro Rogério Soares, gerente de serviços e


engenharia da Komatsu Forest, aponta a impor-
tância de outras NRs neste quesito: “Realizamos
um rigoroso processo de desenvolvimento e testes
de qualidade buscando atender normas internas
e internacionais. Entre estas, podemos citar que o
ambiente de trabalho precisa estar em conformi-
dade com a legislação atendendo níveis de ruído
(NR15) , níveis de Vibração de Corpo Inteiro (NR17),
bem como disponibilizando a iluminação necessá-
ria à operação noturna.”

28 SEGURANÇA EM CABINES . B. FOREST


Certificações

Para corresponder às exigências da


NR12 e de outras certificações nacionais e
internacionais, os componentes utilizados
na fabricação de cabines florestais precisam
demonstrar alta resistência às adversidades.
Dos painéis de Lexan às portas e pontos de
acesso, toda a estrutura das cabines deve ter a
resiliência comprovada em testes para poder
adquirir as principais certificações do setor -
em especial, as certificações ROPS (Estrutura

SEGURANÇA EM CABINES
com Proteção Contra Capotamento), FOPS
(Estrutura Com Proteção Contra Queda de
Objetos) e OPS (Estrutura com Proteção
Contra Objetos).

Para Luiz Fernando Bona, especialista de


desenvolvimento de mercado florestal da
Pesa (dealer da Caterpillar no Sul do Brasil),
as exigências dessas certificações estão de
acordo com a realidade do mercado florestal.
“Os requerimentos não são específicos para
cada fabricante, pois dependem apenas dos
critérios do órgão certificador que homologa
as cabines, realizando testes para verificar,
por exemplo, se o ambiente do operador
permanece preservado mesmo após
tombamento da máquina”, diz. Ainda, Bona
explica que a exigência das certificações ROPS,
FOPS e OPS não é universal no mercado,
principalmente porque diversas empresas

B. FOREST . SEGURANÇA EM CABINES 29


SEGURANÇA EM CABINES

operam com situações de menor risco –


como, por exemplo, a silvicultura quando
comparada à colheita florestal.

Sandro Soares, da Komatsu, corrobora: “A


colheita no Brasil está mais avançada quanto
à padronização de equipamentos e busca por
soluções mais seguras quando comparada
às máquinas aplicadas na operação de
silvicultura. Via de regra, os certificados
ambientais demandam exigências técnicas
baseadas nas normas vigentes, como a
NR 12. Dentro do conceito de segurança
a nível internacional, a norma veio para
exigir certificados que estejam aderentes
à aplicação florestal.” Soares constata que,
uma vez que o equipamento possua a
cabine com certificação ROPS, FOPS e OPS,
o produto atinge um grau de segurança
Fonte: Caterpillar

operacional maior e em conformidade com


o que é praticado nos países precursores do
desenvolvimento florestal. “O Brasil não fica
devendo nada quanto à tecnologia aplicada
nos equipamentos florestais”, conclui.

30 SEGURANÇA EM CABINES . B. FOREST


OPS - Object Protective FOGS - Falling Object Guard ROPS - Roll Over Protective
Structures (Estrutura Structures (Estruturas Structures (Estrutura
com Proteção Contra Com Guarda para Queda com Proteção Contra
Objetos) - Proteção geral de Objetos) - Define os Capotamento) - Define
do operador contra parâmetros de absorção os parâmetros aceitáveis
condições adversas de energia para cargas para danos à frente, lateral
verticais e longitudinais e topo da estrutura em
FOPS - Falling Object casos de capotamento
Protective Structures TOPS - Tip Over Protective
(Estrutura Com Proteção Structures (Estrutura
Contra Queda de Objetos) com Proteção Contra
- Define os parâmetros de Tombamento) - Define os
absorção de energia para parâmetros aceitáveis para
cargas verticais danos à frente e lateral
da estrutura em casos de
tombamento

SEGURANÇA EM CABINES
Outros desafios de operadores, contudo, o foco não são
os grandes incêndios florestais, mas os
focos de incêndio que podem ocorrer
Além da resistência de toda a estru- nas próprias máquinas – seja por gerar
tura a impactos, quedas de detritos e faíscas em ambientes secos ou por even-
tombamentos, as cabines de máquinas tual superaquecimento de componentes.
florestais precisam garantir a segu-
Antonio Paulo Meyer, diretor pre-
rança dos operadores também de
sidente da Ecosafety Engenharia de
outras formas. Sistemas de iluminação
Incêndios, explica que toda forma de
adequados, especialmente para ope-
combate a incêndios tem início com sis-
rações noturnas; parabrisas amplos,
temas de detecção e alarme. “Além dos
para garantir a visibilidade; controle de
extintores, que são os únicos equipa-
temperatura, para conforto e saúde
mentos anti-incêndios que necessitam
tanto em situações de muito calor ou
da certificação do Inmetro, há sistemas
frio extremo; fluxo de ar, para garantir
de extinção de incêndios desenvolvidos
a qualidade do ar respirado; ergonomia
nos EUA como o Sistema KVS Sentinel,
nos assentos e controles, para reduzir
fabricado pela Kidde Fire Systems, que tra-
lesões e doenças decorrentes do traba-
balha com o Pó Tri Classe ABC e a adição
lho; isolamento acústico e contra infil-
de Espuma Mecânica, agente líquido que
tração em situações de chuva; e mais.
resfria a superfície aquecida pelo fogo
Um dos riscos aos quais o setor deve para que não haja a reignição do incên-
sempre atentar é a possível incidência de dio”, detalha Meyer. Neste sistema, traba-
incêndios. Quando se trata da segurança lha-se com dois cilindros (um para cada

B. FOREST . SEGURANÇA EM CABINES 31


substância) e um painel de comando é raro ocorrer algum acidente grave
que dispara primeiro o pó, e 15 segundos decorrente disso. Na verdade, o risco é
depois o agente líquido. O agente líquido maior para a própria máquina que para o
auxilia pois, se persistir o calor gerado operador”, garante.
não apenas pelo fogo, mas pelo próprio
Faça chuva ou faça sol, frio ou calor,
funcionamento dos componentes da
os operadores, assim como todos os
máquina, o incêndio pode retornar.
colaboradores da cadeia produtiva do
Luiz Fernando Bona, da Pesa, setor florestal, precisam estar seguros
alerta que, apesar da possibilidade contra as adversidades para que o
de incêndios em máquinas florestais progresso seja possível. As normas e
ser real, o risco para os operadores é certificações que regem a segurança das
mínimo. “Graças aos kits de incêndio, cabines são essenciais neste processo.
sejam sistemas manuais ou automáticos,
SEGURANÇA EM CABINES

CONFIRA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA


B.FOREST mais novidades sobre as últimas
tendências e tecnologias para o combate
a incêndios florestais!

32 SEGURANÇA EM CABINES . B. FOREST


NOVIDADE NA ÁREA!
DIA DE CAMPO

Em dia de campo, Trator D85, da Komatsu Forest, foi apresentado às


grandes empresas do setor florestal, realizando limpeza de terreno
para realinhamento em área da Fibria

N
o fim do último mês, a florestal interessados em conhecer as
Komatsu Forest reuniu técni- soluções que a Komatsu Forest está
cos, engenheiros e gestores trazendo para a silvicultura.
das principais empresas florestais do
O dia de campo teve início com
Brasil para apresentar o novo trator
de esteiras D85, desenvolvido espe- uma apresentação das características
cialmente para aplicações florestais. técnicas do novo trator D85, único em
A equipe da B.Forest esteve presente sua classe, em que o diretor de marke-
para conferir de perto as característi- ting e vendas da Komatsu Forest, Lonard
cas da nova máquina. dos Santos, e Sandro Soares, gerente
O evento, realizado em área da de serviços e engenharia da Komatsu
Fibria, na unidade de Capão Bonito Forest, responderam às perguntas dos
(SP), reuniu 40 profissionais do setor convidados e esclareceram dúvidas.

34 DIA DE CAMPO . B. FOREST


Em seguida, foi possível ver de perto
cada detalhe da máquina, e os participan-
tes puderam ter contato com os sistemas
de telemetria do D85, assim como seus
componentes.

O Komatsu D85, fabricado no Japão,

DIA DE CAMPO
diferentemente do modelo utilizando na
construção civil, possui diversas caracterís-
ticas próprias que o tornam uma máquina
apta para operar nas condições severas e
exigentes da área florestal.

As principais características, em rela-


ção ao modelo anterior, incluem: material
rodante de carro longo, com um rolete a
mais, o que permite melhor distribuição da
pressão e proporciona mais tração; venti-
lador com hélice maior para evitar aqueci-
mentos; tanque de combustível para 700
litros; melhor ergonomia com o reposicio-
namento dos joysticks; e expansão da área
Foto: Gustavo Castro

da tampa lateral para facilitar a manuten-


ção. Ainda, a máquina conta com opcionais
como faróis de LED, cortinas antirreflexo,
proteção conta incêndios e sistema de
lubrificação automática.

B. FOREST . DIA DE CAMPO 35


atividade que tem se tornado cada vez
mais comum para empresas flores-
tais que já estão no terceiro ciclo de
rotações, quando os tocos se tornam
DIA DE CAMPO

um problema para as atividades subse-


quentes às operações silviculturais.
O trator, com motor de 266 hp,
Na demonstração, o trator operou
é equipado com dois implementos:
em uma área onde haveria a necessidade
uma lâmina V-Shear na parte frontal
de realinhamento do plantio. O sistema
e um subsolador na parte traseira,
de colheita usado na área foi o CTL
que realizam as atividades de rebai-
(Cut-To-Length), em que os tocos ficam
xamento de tocos e limpeza da linha
mais expostos do que no sistema FT (Full
de plantio e também a subsolagem
Tree). De acordo com o fabricante, como
a uma profundidade de 60 cm. Um
números médios, a máquina apresentou
detalhe para a operação é que, ao
rendimento de 1 ha/h, consumindo 40 L
encontrar um obstáculo que exija
de combustível por hora.
mais força, a máquina aciona a rever-
Ao final da demonstração, os partici-
são automática, gera a força necessá-
Foto: Gustavo Castro

pantes relataram à B.Forest a sensação


ria para superar os obstáculos e pro-
de que a mecanização das atividades
cesse com a atividade.
silviculturais é um processo que está se
Após olhar em detalhes todo o tornando realidade, que as empresas
conjunto (máquina e implementos), florestais estão buscando inovação, jun-
os participantes puderam testemunhar tamente com os fabricantes de máqui-
o D85 em ação desempenhando uma nas, e que muitas novidades vêm por aí.

36 DIA DE CAMPO . B. FOREST


B. FOREST . ENTREVISTA 37
38 ENTREVISTA . B. FOREST
ANÁLISE
MERCA
DOLÓ

ANÁLISE MERCADOLÓGICA
GICA
Acontecimentos
políticos recentes
têm causado forte
estresse no câmbio,
sem possibilidade de
prever sua evolução
no momento.

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B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 39


INDICADORES
MACROECONÔMICOS

Perspectivas Econômicas desde 2007. No acumulado dos


últimos 12 meses, o índice caiu para
A estimativa do crescimento do
4,08%, frente aos 4,57% nos 12 meses
PIB brasileiro para o ano de 2017 é
ANÁLISE MERCADOLÓGICA

anteriores. Até 12/maio a estimativa


de +0,50%, segundo o BCB (Banco
do BCB para a inflação acumulada
Central do Brasil), enquanto o FMI
em 2017 foi de 3,93%, a qual poderá
projeta crescimento mais moderado
ser revista mediante os encaminha-
(+0,20%). Para 2018, a estimativa do
mentos político-econômicos. Caso
BCB é de +2,50%. Tais previsões,
a inflação sustente esta tendência
assim como as perspectivas quanto de queda, estará próxima ao centro
aos indicadores abaixo, não estão da meta definido pelo BCB (4,50%).
alinhadas com os desdobramentos Para 2018, a previsão da inflação pela
ainda em curso no atual cenário instituição é de 4,36%.
político-econômico.
Taxa de Juros
Inflação Em meados de abril, o Copom
O IPCA (Índice Nacional de (Comitê de Política Monetária do
Preços ao Consumidor Amplo) de Banco Central) realizou o maior
abril/17 apresentou variação de corte de juros desde 2009 ao redu-
+0,14%, o menor índice para o mês ziu a taxa básica de juros (Selic) de

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40 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


ÍNDICE DE PREÇOS DE MADEIRA EM TORA
12,25% para 11,25% ao ano. Para a NO BRASIL
próxima reunião no final de mai/17,
Índice de Preço Nominal de Toras de
analistas esperam corte ainda mais
Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Jan-
arrojado, de 1,25 ponto percentual.
Se esta previsão for confirmada, Fev/14 = 100)
a Selic alcançará 10,0% ao ano. O
BCB projeta taxa básica de juros de Tora de Eucalipto
8,50% ao ano no final de 2017. Essa
projeção poderá ser revisada con-
forme os avanços da agenda polí-
tica nacional.

Taxa de Câmbio
A taxa média cambial encer-
rou abril/2017 em BRL 3,14/USD,

ANÁLISE MERCADOLÓGICA
praticamente estável em relação à
média de março/2017 (BRL 3,13/
USD) com desvalorização do Real
de apenas 0,3%. A média cambial
na 1ª quinzena de maio/2017 atin- Tora de Pinus
giu BRL 3,16/USD, com salto para
BRL 3,32/USD no dia 18 devido
ao efeito de desdobramentos do
cenário político nacional. Os desen-
volvimentos políticos recentes têm
causado forte estresse no câmbio,
sem possibilidade de prever sua
evolução no momento.

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15


cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação
Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).

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B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 41


Índice de Preço Real de Toras MERCADO DE PRODUTOS
de Eucalipto e Pinus no Brasil FLORESTAIS | TENDÊNCIAS E
(Base Jan-Fev/14 = 100) PERSPECTIVAS
Comentários - Tora de Eucalipto
Tora de Eucalipto Em grande parte das regiões Sul e
Sudeste do país se observa a contínua
sobre oferta de tora fina de eucalipto.
Alguns produtores florestais estão se
esforçando para não reduzir o preço
da madeira diante de uma demanda
ainda menor em algumas localida-
des. Outros estão optando por não
comercializá-la enquanto o mercado
não reage.

A indústria siderúrgica reduziu suas


projeções anteriores para as vendas
ANÁLISE MERCADOLÓGICA

neste ano de 3,5% para 2,9%, ainda


que a produção de aço deva aumen-
Tora de Pinus tar 3,8% no período, segundo o IABr
(Instituto do Aço do Brasil). Estima-se
que o consumo aparente de aço seja
de 18,7 milhões de toneladas em 2017,
levando o setor ao mesmo patamar
de dez anos atrás. Isto deve aumen-
tar a demanda por madeira fina de
eucalipto e biomassa principalmente
em Minas Gerais e, com isso, pode
ocorrer reação de aumento nos pre-
ços destas matérias-primas. Parte do
excedente de madeira no estado tem
sido há algum tempo comercializada
junto a empresas do setor de celulose
de estados vizinhos.
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15
cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação
Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).

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42 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST


Em linhas gerais, a oferta de tora tos aumentaram nos últimos anos. A
grossa continua restrita. Empresas inadimplência tem sido outro fator de
têm buscado a adoção de tecnolo- impacto negativo no setor. Espera-se
gias em serrarias que utilizem toras que com o aumento de 22% na pro-
de menor diâmetro (< 30 cm). Entre- dução de grãos em 2017, em relação a
tanto, alguns players integrados que 2016, a demanda por biomassa (lenha)
vendem tora grossa no mercado têm pelo agronegócio também aumente.
a intenção de aumentar o preço da Quanto à tora grossa de pinus,
madeira de eucalipto com diâme- alguns produtores florestais conse-
guiram realizar reajustes de preços de

EM GRANDE PARTE DAS REGIÕES SUL E SUDESTE DO PAÍS SE OBSERVA


A CONTÍNUA SOBRE OFERTA DE TORA FINA DE EUCALIPTO.

tro acima de 25 cm em até 10% nos até 5% (acima da inflação dos últimos
próximos meses, condicionado à 12 meses) devido a um aquecimento
evolução da dinâmica (demanda) do na demanda por este sortimento,
principalmente por produtos orien-

ANÁLISE MERCADOLÓGICA
mercado nacional e internacional.
tados ao mercado internacional (ex.:
Comentários - Tora de Pinus compensado de pinus). Com a queda
na taxa Selic, o setor da constru-
Os preços de madeira fina de
ção civil espera retomar as vendas e
pinus têm seguido tendência similar à
novos lançamentos de imóveis ainda
observada para tora de eucalipto, com
em 2017. A redução da Selic propicia
queda nos últimos meses. Em Santa
aumento na disposição do consumi-
Catarina constata-se que a dinâmica
dor em assumir financiamento (ex.:
entre a oferta e a demanda gera mais
compra de imóveis). O eventual aque-
sobre oferta (principalmente em regi-
cimento do setor poderá estimular a
ões com baixo consumo), com efeito
demanda por serrados e toras grossas.
mais negativo sobre os preços do que,
Entretanto, o lançamento de imóveis
comparativamente no Paraná, onde
tem reduzido pelo prolongamento
ocorre uma melhor distribuição apa-
da crise econômica e incertezas no
rente da oferta/demanda.
cenário político nacional. Para melho-
Muitos produtores de madeira em rar o ambiente de negócios, o setor
tora estão com preços defasados há depende da aprovação de reformas do
alguns anos e com dificuldade em governo, que podem ser adiadas.
manter suas operações, já que os cus-

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B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 43


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B. FOREST . ENTREVISTA 45
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A
acácia negra (Acacia mearnsii)
é uma espécie de rápido
ALÉM DA AMDEIRA

crescimento, que atinge


facilmente 4 m de altura com
um ano de idade. Originária da
Austrália, trata-se de uma leguminosa
arbórea. Atualmente, entre 20 e 24
mil hectares são consumidos no
Brasil todos os anos, sendo 50%
da madeira comercializada em
cavacos para exportação. A metade
remanescente da madeira produzida
abastece produção de celulose,
energia (produz madeira com
alto poder calorífico) e carvão no

TANINO
mercado nacional.

& ENERGIA
46 ALÉM DA MADEIRA . B. FOREST
Foto: Acácia

Além da madeira, o acácia negra incluem condução florestal têm


cultivo de acácia negra o combate às pragas, demonstrado ser possível
permite também o uso principalmente às for- aumentar consideravel-
da casca da árvore como migas cortadeiras (Atta mente a produção por
matéria-prima para a pro- sp. e Acromyrmex sp.) e hectare (variando de 180
dução de tanino vege- o cascudo serrador da estéreos/ha a 400 esté-
tal. O tanino de acácia acácia negra (Oncide- reos/ha, com idade de
atende os mercados de res sp.), e a busca pela sete a oito anos), tra-
couro e sucroalcooleiro, melhora na qualidade zendo um retorno maior
servindo também de dos materiais genéticos, para o produtor.
base para a produção de visando melhor unifor-
outros insumos, como midade de fuste para O potencial para o país,
o tratamento de água reduzir custos com a portanto, é grande:
e efluentes, perfuração colheita mecanizada. enquanto na África do

ALÉM DA AMDEIRA
de poços de petróleo, Sul o corte ocorre nor-
Para que a cultura
indústria de cosméticos malmente aos 11 anos,
possa se expandir para
e mais. no Brasil pode ser reali-
outros territórios bra-
No Brasil, a produção sileiros, contudo, são zado dos cinco aos dez
de acácia negra con- necessários maiores anos. Ainda, de acordo
centra-se no Rio Grande estímulos, principalmente com o CIFlorestas, cerca
do Sul, Estado em que o ao mercado de energias de 60% das plantações
cultivo da espécie data renováveis. Conforme pertencem a pequenos
de 1930. A espécie conta noticiado anteriormente proprietários, estimu-
com um mercado cativo pela B.Forest, a expansão lando a economia fami-
e relativamente estável, deve se manter no Rio liar, sendo as plantações
mas que já passou por Grande do Sul, onde as de acácia negra também
períodos conturbados, condições edafoclimá- multifuncionais, com
devido ao excesso de ticas são as mais favorá- ação recuperadora de
oferta para a demanda veis e há a presença das solos de baixa fertilidade
existente. Além disso, indústrias consumidoras e consórcio com culti-
alguns desafios enfren- da casca; ainda, técni- vos agrícolas e criação
tados por produtores de cas de melhoramento e de animais.

B. FOREST . ALÉM DA MADEIRA 47


Com conforto e estabilidade,
sua produtividade cresce.

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48 ENTREVISTA . B. FOREST
ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES

REFLORE/MS PROMOVE 5ª CAMPANHA DE


PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
P
ara alertar, conscientizar e orientar a população acerca dos riscos de incêndios, a Reflore/MS
(Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) e
seus associados iniciam a 5ª Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios.

O presidente da Reflore/
MS, Moacir Reis, ressalta que
a campanha busca criar a
cultura da prevenção junto à
população: “Queremos mos-
trar que com pequenas atitu-
des podemos prevenir incên-
dios de diversas proporções
e, em casos mais extremos,
orientar sobre as medidas e
ações de combate. Além de
conscientizar, a campanha
também almeja diminuir direta
e indiretamente o número de
focos de incêndio no estado;
tornar o Mato Grosso do
tivas que buscam atingir as maiores bases florestais, como
Sul referência na prevenção
comunidades rurais e urbanas. Ribas do Rio Pardo, Água Clara
mundial; promover a união
Outdoors informativos, com e Três Lagoas. Além disso, a
dos segmentos do campo;
contato para denúncia, foram Associação vem buscando
e desenvolver economica-
instalados em rodovias da realizar uma parceria com o
mente o estado com atrativos
costa leste do estado, como Projeto Agrinho, para levar a
preventivos para as diferentes
a BR-262 e em municípios cultura de prevenção para as
indústrias e empresas”.
como Inocência e Brasilândia. crianças. Ainda, no Dia Mun-
Em 2016, as ações atingi- dial do Meio Ambiente (05 de
Foto: Reflore

ram cerca de 400 mil pessoas Serão realizadas palestras junho), a entidade realiza uma
e neste ano a expectativa é educativas no campo e na grande panfletagem informa-
ainda maior. A campanha cidade, especialmente nos tiva, que já virou uma marca
contará com ações educa- municípios que possuem as da campanha.

B. FOREST . ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES 49


ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES
Foto: Vespa 01 (Crédito: Francisco Santana / Embrapa Florestas)

ACR INICIA TEMPORADA DE


COMBATE À VESPA-DA-MADEIRA
A
ACR (Associação Catarinense de Empresas Flo- Para evitar a prolifera-
restais) está disponibilizando doses de nematoides ção da praga, a ACR está
para combate à Vespa-da-Madeira. A Sirex noctilio intensificando as ações de
é uma praga exótica que ataca exclusivamente plan- combate. Fazem parte da
tios de pinus, depositando ovos nos troncos que, ao se estratégia: reuniões técnicas,
transformarem em larvas, comprometem o desenvol- campanhas informativas e
vimento das árvores. Em Santa Catarina, mais de 540 alertas em rádios dos princi-
mil hectares abrigam plantações deste tipo de árvore. O pais municípios produtores
estado é o segundo maior produtor de pinus do Brasil. de pinus no estado. “Profis-

50 ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES . B. FOREST


ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES

sionais que atuam no corte, solução. Através do Fundo


desbaste, transporte e nas Nacional de Controle da Ves-
serrarias devem ser instru- pa-da-Madeira (Funcema), as
ídos para detectar e relatar três associações florestais da
sinais de infestação”, lembra região sul (APRE, AGEFLOR e
o diretor executivo da ACR, ACR) conseguem subsidiar os
Mauro Murara Jr. nematoides com a Embrapa
O controle biológico da Florestas.
Vespa-da-Madeira é feito Produtores não associa-
através de nematoides (Dela-
dos devem entrar em contato
denus siricidicola). A solução
com a CIDASC e solicitar
em gel com nematoides
uma vistoria técnica, para
que é inoculada nas árvo-
res infestadas vem se mos- receberem as doses sem
trando muito eficiente. A ACR custos. Associados a sindica-
está recebendo pedidos de tos madeireiros também têm
empresas associadas e não preços diferenciados para
associadas para doses da aquisição dos nematoides.
Foto: Divulgação Malinovski

As empresas associadas à ACR devem fazer os


pedidos diretamente na secretaria da associação,
com Bruno Ferreira.
As solicitações podem também ser feitas por:
Email: bruno@acr.org.br
Telefone: (49) 3251-7306 | (49) 9 9156-0675.

B. FOREST . ESPAÇO DAS ASSOCIAÇÕES 51


ENCAPP
Ambiente de negócios foi marca
de encontro que reuniu a cadeia
produtiva da porta
Juliane Ferreira

F
oram três dias de contato direto mora os bons resultados obtidos
entre fornecedores e fabrican- com o evento. “Vimos novidades EVENTO APRESENTOU
EVENTOS

tes de portas de madeira. O 3º que os fornecedores estão ofere-


AS ÚLTIMAS
Encontro da Cadeia Produtiva da cendo para o nosso ramo. Foi um
Porta (ENCAPP), promovido pela momento importante para o desen- NOVIDADES DO
Associação Brasileira da Indústria volvimento da cadeia produtiva da SETOR E APROXIMOU
de Madeira Processada Mecani- porta”, afirma.
camente (Abimci), por meio do FORNECEDORES DE
Os expositores apresentaram
Programa Setorial da Qualidade de
lançamentos de segmentos como
FABRICANTES
Portas de Madeira para Edificações
abrasivos, acessórios, adesivos, selan-
(PSQ-PME), conseguiu reunir os
tes, espumas, ferragens e fechaduras,
principais players desse segmento,
filmes para proteção, fitas de borda,
que vieram a Curitiba (PR) com o
máquinas e equipamentos, painéis e
objetivo de fazer negócios.
chapas, perfis, revestimentos, servi-
“Quem acreditou no vento vai ter ços, sistemas de portas, tintas e verni-
um resultado muito positivo, por- zes, tratamento da madeira, vedação
que foi possível ter contato direto e amortecimento.
com o comprador dos fabricantes
Além da oportunidade de apre-
de portas”, garante a coordenadora
sentação dos produtos na feira,
do Sistema Integrado de Gestão da
a ação da Rodada de Negócios,
Pormade, Miriam Gotz Mayer.
exclusiva para os expositores, foi o
Cassiano de Zorzi, diretor de ponto alto do encontro, proporcio-
operações da Reflorestadores nando no total quase 450 encon-
Unidos/Ecoporta também come- tros. “Foi muito bom, um tempo

52 EVENTOS . B. FOREST
bem bacana para estar com os deci-
sores. Daqui pra frente teremos bons
negócios que foram iniciados aqui",
afirma a gerente nacional de Vendas
da Eclisse, Priscila Andrade.

Quem também compartilha da


opinião é o diretor Comercial e
de Desenvolvimento da Hexacell,
Fabiano Ulian. “Achei a rodada muito
produtiva, porque conseguimos levan- Evento
tar muitas informações novas. Essa é

EVENTOS
uma ação que deve ser mantida para O ENCAPP foi realizado pela Abimci e
as próximas edições”, avalia. PSQ-PME. A organização foi da Malinovski. O
evento contou com o apoio institucional da
Para o coordenador do Comitê de ABNT, Associação Brasileira dos Escritórios de
Portas da Abimci, Caetano Balvedi, Arquitetura (Asbea), Associação Paranaense
o resultado positivo alcançado com de Empresas de Base Florestal (Apre), Confe-
o evento foi a capitalização de todo deração Brasileira da Indústria da Construção
o trabalho que vem sendo realizado. (CBIC), Federação das Indústrias do Paraná
“Nossos fornecedores acreditaram no (Fiep), Federação das Indústrias do Estado de
evento. Demonstramos que este é o Santa Catarina (Fiesc), Instituto de Pesquisas
canal correto para que eles se comu- Tecnológicas (IPT), Sinduscon-Paraná-Oeste e
niquem com o setor de portas”, avalia. Sinduscon-PR.
Além disso, o coordenador lembra Já por meio dos apoios de mídia recebido
que desde a realização do primeiro das Revistas B. Forest, Referência Industrial,
encontro, houve uma consolidação Contramarco e Construtores, e dos Portais
das ações. “Estamos indicando para o Madeira e Construção, Madeira Total, Mais
mercado como produto tem que ser Floresta e Painel Florestal, o setor de portas
entregue – dentro das normas - e dei- estreitou relacionamento com formadores
xando claro o nível de solidariedade de opinião desses veículos de comunicação,
Fotos: Pedro Vieira

conjunto que o fornecedor tem com colocando em pauta o evento e temas como a
os fabricantes de portas diante do cultura da qualidade, normalização de produ-
cliente. O sucesso do ENCAPP mostra tos e certificação.
a relação duradoura que pretendemos
ter com os fornecedores”, conclui.

B. FOREST . EVENTOS 53
NOTAS

Foto: John Deere (crédito: Divulgação / John Deere)


JOHN DEERE INAUGURA FILIAL
FLORESTAL EM LAGES

A pós inaugurar, em dezembro de


2016, uma filial em Porto Alegre
(RS), a John Deere Florestal colocou
filial representa o fortalecimento da marca
no Brasil e o comprometimento que a
John Deere tem com o mercado florestal,
em operação, este mês, uma filial em reforçando também que esta iniciativa
Lages (SC), totalizando três endereços visa o livre acesso dos clientes ao dis-
na região Sul (o outro fica em Telêmaco tribuidor, especialmente os pequenos e
Borba, no Paraná). médios, que representam uma grande
parcela das compras na região Sul.
A inauguração em Lages é estratégica
para reforçar a importância da rede de Alinhado com o crescimento da rede
distribuidores no Sul, pois a localização de filiais da operação Florestal no Brasil e
central é de fácil acesso para clientes também como parte dos investimentos
e prestadores de serviços. “O objetivo da John Deere no segmento, foi lançada
desta iniciativa é mostrar que a John a máquina florestal 2144G. O modelo
Deere está próxima e acessível. Quere- 2144G é uma solução para operações
mos funcionar como uma extensão do como harvester, processador, garra
trabalho deles e um lugar onde possam traçadora e carregadora florestal. “Este é
buscar apoio técnico e base de pós-ven- um equipamento que foi 100% conce-
das”, explica Thiago Cibim, gerente geral bido no Brasil, com os clientes florestais
de operações da divisão Florestal da participando do desenvolvimento do
John Deere. projeto desde sua concepção”, destaca
Rodrigo Junqueira, gerente de Vendas da
De acordo com Cibim, a abertura da divisão Florestal da companhia.

54 NOTAS . B. FOREST
CÂMARA DE COMÉRCIO

NOTAS
INTERNACIONAL LANÇA COMISSÃO DE
MEIO AMBIENTE E ENERGIA NO BRASIL

Foto: crédito: Ricardo Malinovski


N o último mês, a ICC (International
Chamber of Commerce) estabeleceu
o capítulo brasileiro da Comissão Global
será ampliada, reforçando a representa-
ção internacional do setor empresarial na
questão ambiental.
de Meio Ambiente e Energia. No lança-
A perspectiva é que o Brasil lidere as
mento, Elizabeth Carvalhaes, presidente
discussões sobre biodiversidade, pela
executiva da Ibá (Indústria Brasileira
vocação natural do país e pelo potencial
de Árvores), foi empossada por Daniel
de negócios nessa área. Entre as empre-
Feffer, presidente do Conselho da ICC
sas que devem integrar a comissão estão
Brasil e Vice-presidente do Conselho da
Natura, o Boticário, Granbio, Klabin
Suzano, para liderar a iniciativa.
e Gerdau.
Com o objetivo de implementar o “A ICC Brasil é uma importante plata-
plano estratégico internacional da ICC, o forma do setor empresarial na constru-
início das operações da Comissão no País ção e fomento da agenda de clima, meio
pretende alavancar a participação brasi- ambiente, energia e biodiversidade. O lan-
leira nas task-forces globais da Câmara çamento da comissão será fundamental
voltadas para temas como economia para contribuir com o desenvolvimento
verde, precificação de carbono e meca- sustentável do país, no momento em que
nismos de mercado, clima e comércio, o mundo combate às mudanças climáti-
energia, sustentabilidade corporativa e cas e a sociedade global demanda produ-
água. Desta forma, a presença de empre- tos e serviços mais sustentáveis” analisa
sas brasileiras em fóruns multilaterais de Elizabeth de Carvalhaes, que assume a
negociações sobre clima e biodiversidade presidência da Comissão.

B. FOREST . NOTAS 55
NOTAS

GRUA FLORESTAL PENZSAUR 7.78W

A Grua Florestal 7.78 W, instalada


sobre trator a partir de 120 cv, foi
desenvolvida para movimentação
para alimentar picadores e para car-
regar e descarregar caminhões, tanto
na floresta como em pátio.
de madeira tanto em floresta como
Dentre as vantagens da Grua 7.78
Foto: PenzSaur (crédito: Divulgação / PenzSaur)

em pátios.
W estão menor peso, maior capaci-
As gruas florestais têm capacidade dade de carga, maior produtividade,
de 78 KNm, com alcance de 7,8 melhor desempenho, alta velocidade,
metros, garra L30 (0,3m²), comando design moderno, além de alto valor de
com acionamento por meio de joys- revenda e durabilidade.
tick eletrônico, e são muito aplicadas

PARA SABER MAIS, ACESSE: www.saur.com.br/pt/florestal

56 NOTAS . B. FOREST
VERACEL ALERTA SOBRE

NOTAS
MULTIPLICAÇÃO ILEGAL DE MUDAS

E m nota à imprensa, a Veracel Celu-


lose vem a público comunicar que
um dos clones desenvolvidos em seu
a empresa fornece o link do RNC,
alocado no site do Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento, no
Programa de Melhoramento Genético, qual os interessados podem consultar
o VCC 975, foi plantado sem sua auto- o número de registro do clone:
rização e fora de suas propriedades e
“A multiplicação genética de qual-
de seus parceiros florestais.
quer material de propriedade da
Veracel, de forma ilegal e sem o con-
Foto: Veracel (crédito: Divulgação / Veracel)

A Veracel informa ainda que não


fornecerá o certificado de origem do sentimento da empresa, viola o artigo
clone VCC 975, registrado sob número 225, parágrafo 1º, II, da Constituição,
22126 no Registro Nacional de Culti- e é passível inclusive de ação judicial”,
vares - RNC, em outubro de 2007, a alerta a empresa.
pretendentes que não fazem parte do
seu Programa Produtor Florestal. Ainda,

extranet.agricultura.gov.br/php/snpc/cultivarweb/cultivares_registradas.php

B. FOREST . NOTAS 57
NOTAS

SUZANO OBTÉM FINANCIAMENTO INÉDITO


PARA PROJETO DE SILVICULTURA

A Suzano Papel e Celulose contará


com recursos da Finep (Financiadora
de Estudos e Projetos) para investir em
fabricantes de máquinas nacionais e
estrangeiros, aperfeiçoará o sistema de
plantio e colheita da companhia e pro-
iniciativas de ganho de produtividade nas porcionará ainda mais eficiência nas
atividades florestais. O financiamento atividades de Silvicultura. A adoção de
de R$ 21,2 milhões, já aprovado, será novas tecnologias para a destoca, por
destinado a quatro grupos de projetos:
sua vez, permitirá o aproveitamento dos
plantio e irrigação automatizada, destoca
resíduos, abrindo espaço para seu uso
e automatização do combate de plan-
em outras finalidades e transformação
tas invasoras. Esta é a primeira vez que a
de áreas para agricultura. Avanços na
companhia obtém recursos do Finep para
investimentos na área de Silvicultura. automação das atividades de irrigação,
outra das frentes apresentadas à Finep,
"O desenvolvimento de novas tec- devem resultar em um sistema mais
nologias e sistemas visam a redução do eficiente e integrado de análise física
custo, o ganho de produtividade das do ambiente e, consequentemente, em
atividades, a melhoria das condições uma melhor definição do volume de
de trabalho no campo e a utilização de água necessário para cada novo plantio.
Foto: Divulgação Malinovski

equipamentos mais modernos e dota- O plano da Suzano Papel e Celu-


dos de tecnologia de controle", explica lose foi enquadrado pela Finep na linha
Mauricio Simões, gerente de desenvol- de Inovação para Competitividade. O
vimento florestal da Suzano. financiamento terá custo equiparável
O desenvolvimento de plantadoras à TJLP, acrescida de 3% ao ano, com
e outros equipamentos automatizados, prazo total de dez anos, incluindo três
uma parceria envolvendo a Suzano e anos de carência.

58 NOTAS . B. FOREST
NOTAS
MINAS E ENERGIA APROVA POLÍTICA
DE BIOCOMBUSTÍVEIS FLORESTAIS

A Comissão de Minas e Energia aprovou


a criação de uma política nacional de
biocombustíveis florestais. A medida está
restal serão obrigatoriamente revertidos,
em pelo menos 60%, para programas de
fomento florestal para projetos de até
prevista no Projeto de Lei 1291/15, do 2.000 ha por proprietário, com objetivo
deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG), de formação de florestas plantadas com
que tem o objetivo de ampliar a parti- potencial energético, e de 10% a título
de compensação mediante plantio de
cipação desses combustíveis na matriz
florestas com potencial energético para
energética brasileira e promover o cul-
empreendimentos sujeitos a recolhi-
tivo de florestas plantadas com potencial
mento das taxas. A taxa de reposição
energético e a produção sustentável de florestal não incidirá sobre os produtos
biocombustíveis. oriundos de florestas plantadas como
FOTO: Dep. (Crédito: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

potencial energético.
A proposta considera biocombustí-
veis florestais os combustíveis sólidos, O texto também permite o cultivo
líquidos ou gasosos produzidos a partir de florestas com potencial energé-
da biomassa florestal, como lenha e car- tico em APPs consolidadas, desde que
vão vegetal. Ainda, o projeto incentiva: o sua reforma não resulte em destoca,
livre exercício da atividade econômica, preservando-se a integridade do solo
visando à redução das desigualdades através de cultivo mínimo. Esse plantio,
sociais e regionais; o plantio florestal no entanto, deverá ser informado no
em áreas degradadas, objetivando sua Programa de Regularização Ambiental,
recuperação; e incentivos financeiros e por meio de declaração expedida pelo
fiscais, linhas de crédito rural e apoio ao empreendedor, acompanhada de anota-
cooperativismo como formas de pro- ção de responsabilidade técnica emitida
mover a política. por engenheiro florestal ou agrônomo.

De acordo com a proposta, os recur-


sos oriundos das taxas de reposição flo-

B. FOREST . NOTAS 59
NOTAS

ELDORADO BRASIL RECONHECIDA POR


USO DE DRONES

A Eldorado Brasil foi novamente pre-


miada pelo uso pioneiro de veículos
aéreos não-tripulados (Vants). Desta vez,
Com autonomia de voo de 40 minu-
tos, as três aeronaves realizam, em um
dia, o trabalho que antes exigia de dois a
o reconhecimento veio no DRONEShow três dias de campo, ou seja, monitoram
Latin America, evento que premia os em torno de 500 hectares/dia. “A tecno-
melhores profissionais, empresas e logia otimizou o trabalho das equipes e
projetos com o uso de drones durante tornou os processos mais precisos, rápi-
o ano. A companhia recebeu o primeiro dos e eficientes. Além da alta produtivi-
lugar na categoria “Agronegócio”, com dade na coleta de imagens, o drone dá a
um projeto para utilização de drones no visão da floresta de um ângulo diferente
planejamento de plantio de eucalipto. do solo, de forma muito precisa e ampla,
com baixo custo”, afirma Carlos Justo,
Em 2013, a empresa se tornou a pri- gerente de Planejamento e Controle
meira do setor de celulose a utilizar os Florestal da Eldorado.
equipamentos para otimizar a produção
florestal de eucalipto. Hoje, de acordo Além disso, a partir do Vant, a Eldo-
com a companhia, os Vants estão ple- rado conseguiu desenvolver outras
tecnologias, com a definição de linhas
Foto: Divulgação Eldorado

namente operacionais e rendendo


resultados expressivos. A tecnologia foi de plantio de eucalipto com uma solu-
adotada para otimizar o monitoramento ção que torna o processo mais preciso e
das áreas plantadas, pois as imagens têm ágil, garantindo a redução de custos e o
precisão e permitem captar detalhes aumento da produtividade no campo.
desde as mudas até o desenvolvimento
das árvores.

60 NOTAS . B. FOREST
COMPRA DE TERRAS

NOTAS
POR ESTRANGEIROS
NÃO SERÁ LIMITADA

A regulamentação da aquisição de ter-


ras brasileiras por empresas estran-
geiras, congelada no Brasil há mais de
Além disso, as cotas mínimas para
culturas anuais (como algodão, soja e
milho) exigidas pelo Ministério da Agri-
seis anos, é o objetivo do projeto de Lei cultura não serão impostas. De acordo
4059/2012, elaborado pela Comissão com a atual formulação do projeto de lei,
de Agricultura e Pecuária da Câmara. não será permitida a aquisição de ter-
Desde sua posse, o presidente Michel ras por ONGs ou fundações particulares
Temer expôs seu interesse em avançar com sede no exterior ou com orçamento
o projeto como uma das prioridades de anual majoritariamente proveniente de
seu governo. uma única pessoa física estrangeira.

Embora constasse anteriormente na As restrições ficam limitadas a cada


proposta a extensão máxima de 100 mil município, com um limite de um quarto
Foto: Divulgação Malinovski

hectares para essas transações, o depu- da superfície dos municípios que poderá
tado federal Newton Cardoso Jr. (PMDB/ ser adquirido por empresas estrangeiras.
MG), presidente da Frente Parlamentar Ainda, fica vetada a posse de mais de
de Silvicultura na Câmara e atual res- 40% das terras de um mesmo município
ponsável pelo projeto afirmou que não por indivíduos de mesma nacionalidade.
será este o caso: o limite de área total
para os investimentos foi removido.

B. FOREST . NOTAS 61
TRATOR DE ESTEIRA KOMATSU D85 - FLORESTAL
VÍDEO

WOOD CHIPPER TEREX TBC435 CHIPMAX CBI 484BT

62 VÍDEOS . B. FOREST
NAARVA EF28 HARVESTING HEAD

VÍDEO
HARVESTER JOHN DEERE 2144G

B. FOREST . VÍDEOS 63
EQUIPAMENTOS ROBUSTOS PARA MANUSEIO DE MATERIAIS

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64 ENTREVISTA . B. FOREST
AGENDA
B.FOREST 2017/2018
Para mais informações, clique nos links espalhados ao longo da agenda.

MAIO

25
2° ENCONTRO BRASILEIRO DE RH E SEGURANÇA FLORESTAL
Quando: 25 A 26 | Onde: CURITIBA (PR)
Informações: http://rhesegurancaflorestal.com.br/

LIGNA

25 Quando: 22 A 26 | Onde: HANNOVER (ALEMANHA)


Informações: http://www.ligna.de/home

JUNHO
ELMIA WOOD

07 Quando: 07 A 10 | Onde: SUÉCIA


Informações: http://www.elmia.se/wood/

FITECMA

13 Quando: 13 A 17 | Onde: BUENOS AIRES (ARGENTINA )


Informações: http://feria.fitecma.com.ar/es/

HORTITEC

21 Quando: 21 A 23 | Onde: HOLAMBRA (SP)


Informações: http://hortitec.com.br/

INTEGRA ILPF

22 Quando: 22 | Onde: TRÊS LAGOAS (MS)


Informações: http://www.painelflorestal.com.br/integra

65
DIA DE CAMPO DO CEDRO AUSTRALIANO

29 Quando: 29 E 30 | Onde: CAMPO BELO (MG)


Informações: https://doity.com.br/1-dia-de-campo-do-cedro-australiano/calendario

AGOSTO
GREENBUILDING BRASIL

09 Quando: 09 A 11 | Onde: SÃO PAULO (SP )


Informações: http://www.informagroup.com.br/greenbuilding/pt

MERCOFLORA

16 Quando: 16 A 18 | Onde: CHAPECÓ (SC)


Informações: http://www.mercoflora.com.br/

FENASUCRO & AGROCANA

22 Quando: 22 A 26 | Onde: SERTÃOZINHO (SP)


Informações: http://www.fenasucro.com.br/

SETEMBRO

SEMANA INTERNACIONAL DA MADEIRA

19 WOODTRADE BRASIL
Quando: 19 | Onde: CURITIBA (PR)
Informações: http://lignumbrasil.com.br/woodtradebrazil

19
WOODPROTECTION
Quando: 19 | Onde: CURITIBA (PR)
Informações: http://lignumbrasil.com.br/woodprotection

66
LIGNUM BRASIL

20 Quando: 20 A 22 | Onde: CURITIBA (PR)


Informações: http://lignumbrasil.com.br/

20
EXPOMADEIRA & CONSTRUÇÃO
Quando: 20 A 22 | Onde: CURITIBA (PR)
Informações: http://lignumbrasil.com.br/expomadeira

20
4° SIMPÓSIO MADEIRA E CONSTRUÇÃO
Quando: 20 A 21 | Onde: CURITIBA (PR)
Informações: http://lignumbrasil.com.br/simpmadeira

21
2° ENCONTRO BRASILEIRO DE ENERGIA DA MADEIRA
Quando: 21 E 22 | Onde: CURITIBA (PR)
Informações: http://lignumbrasil.com.br/energiadamadeira

21 PROWOOD
Quando: 21 E 22 | Onde: CURITIBA (PR)
Informações: http://lignumbrasil.com.br/prowood

8° CONGRESSO NACIONAL MOVELEIRO

21 Quando: 21 E 22 | Onde: CURITIBA (PR)


Informações: http://www.lignumbrasil.com.br/congressomoveleiro

OUTUBRO
FLORESTAS ONLINE

16 Quando: 16 A 20 | Onde: CURITIBA (PR)


Informações:http://www.florestasonline.com.br/

FENATRAN

16 Quando: 16 A 20 | Onde: SÃO PAULO (SP)


Informações:http://www.fenatran.com.br/

ABTCP

23 Quando: 23 A 25 | Onde: SÃO PAULO (SP)


Informações:http://www.abtcp2017.org.br/

67
NOVEMBRO
EXPOCORMA

08 Quando: 08 A 10 | Onde: SANTIGO (CHILE)


Informações:http://www.expocorma.cl/

WOODEX

14 Quando: 14 A 17 | Onde: MOSCOU (RUSSIA)


Informações: http://www.woodexpo.ru/en-GB

2018
ABRIL

09 4° ENCONTRO BRASILEIRO DE SILVICULTURA


Quando: 09 E 10 | Onde: RIBEIRÃO PRETO (SP)

09 XVIII SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO EM SISTEMAS DE COLHEITA DE MADEIRA


E TRANSPORTE FLORESTAL
Quando: 09 A 10 | Onde: RIBEIRÃO PRETO (SP)

11
EXPOFOREST
Quando: 11 A 13 | Onde: REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
Informações: https://www.expoforest.com.br/

68
B. FOREST . ENTREVISTA 69

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