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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Gabriel Júnior Santos Pinto

ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS NA PRODUÇÃO DE CARVÃO


VEGETAL NUMA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL DO MUNICÍPIO DE
COUTO DE MAGALHÃES, MG

Diamantina
2023
Gabriel Júnior Santos Pinto

ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS NA PRODUÇÃO DE CARVÃO


VEGETAL NUMA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL DO MUNICÍPIO DE
COUTO DE MAGALHÃES, MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Engenharia Florestal da Faculdade de
Ciências Agrárias da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como requisito
para obtenção do título de Eng. Florestal.

Orientador: Prof. Dr. Cristóvão Pereira Abrahão

Diamantina
2023
Ficha catalográfica
Na versão final inserir a folha original folha de aprovação
À minha família.
Dedico
AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares, meu pai Geraldo Nicolau Pinto e minha mãe Marilac de Jesus
dos Santos Pinto.
Aos meus irmãos, Sara Gabriela Santos Pinto, Samara Rafaela Santos Pinto, Albert
José Santos Pinto.
Aos meus sobrinhos, Luiz Miguel Santos Pintos e Maria Helena Costa Pinto.
Ao meu orientador Dr. Cristóvão Pereira Abrahão pelas orientações e ensinamentos.
Aos membros da banca examinadora, por aceitarem fazer parte deste trabalho e
contribuírem com seus conhecimentos. Todo respeito e consideração.
A Faculdade de Ciências Agrárias e em especial o Departamento de Engenharia
Florestal.
À Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) pela
contribuição à minha formação acadêmica.
RESUMO

A preocupação com a diminuição dos recursos naturais no setor florestal vem utilizando o
processo lento de pirólise para gerar fontes energéticas para a indústria de maneira
sustentável, se expandem para microempresas agrícolas no vale do Jequitinhonha, cerrado
mineiro do Brasil. Objetivou-se com esta pesquisa analisar os aspectos técnicos e econômicos
na produção de carvão vegetal numa pequena propriedade rural do município de Couto de
Magalhães, MG. Para isso, um povoamento de Eucalyptus urophylla de 100.000 m² foi
formado a partir de mudas seminais, espaçados em 3 x 2,5 m, em sistema de baixo nível
tecnológico. Para determinar o potencial de produção de carvão e pirolenhoso utilizaram-se
árvores ou clones com idade de 11 anos. Foi realizada a determinação do diâmetro na altura
do peito e estratificação em parcelas, com base no DAP foi estimado estimada a altura
comercial e volume comercial das árvores cubadas e volume das árvores das parcelas,
ajustados pelo método de Smalian. Para análise econômica para produção de madeira do
fragmento florestal foi realizada com base na estimativa de produção e nos custos de
produção de carvão no ambiente de sede e chapada em pequenas propriedades. O diâmetro na
altura do peito das árvores de E. urophylla, produzidas em sistema com baixo nível de
tecnificação em uma pequena propriedade rural na região do Vale do Jequitinhonha, no
cerrado mineiro, não apresentou diferença significativa entre os genótipos, a viabilidade
econômica do sistema de produção de carvão é influenciado com a adição de pirolenhoso e o
local de pirólise, uma vez que impacta diretamente no valor de custos e receita. O cultivo do
E. urophylla em pequenas áreas mostrou-se viável, com a comercialização da madeira em
alta. A produção de carvão vegetal em sistema de forno in loco (chapada) tem um maior
rendimento de receita.

Palavras-chave: Energia. Silvicultura. Eucalipto.


ABSTRACT

The concern with the decrease of natural resources in the forest sector has been using the slow
process of pyrolysis to generate energy sources for the industry in a sustainable way,
expanding to micro agricultural companies in the Jequitinhonha valley, Minas Gerais cerrado
in Brazil. The objective of this research was to analyze the technical and economic aspects of
charcoal production in a small rural property in the municipality of Couto de Magalhães, MG.
For this, a Eucalyptus urophylla stand of 100,000 m² was formed from seminal seedlings,
spaced 3 x 2.5 m, in a low-tech system. To determine the potential for charcoal and
pyroligneous production, clones aged 11 years were used. The determination of the diameter
at breast height and stratification in plots was carried out, based on the DAP, the commercial
height and commercial volume of the cubed trees and the volume of the trees in the plots were
estimated, adjusted by the Smalian method. The economic analysis for the production of
wood from the forest fragment was carried out based on the estimated production and costs of
charcoal production in the environment of headquarters and plateau in small properties. The
diameter at breast height of the trees of E. urophylla, produced in a system with a low level of
technology in a small rural property in the region of Vale do Jequitinhonha, in the cerrado of
Minas Gerais, did not present a significant difference between the genotypes, the economic
viability of the system The coal production system is influenced by the addition of
pyroligneous material and the location of pyrolysis, since it directly impacts the value of costs
and revenue. The cultivation of E. urophylla in small areas proved to be viable, with the sale
of wood on the rise. The production of charcoal in an on-site furnace system (slab) has a
higher revenue yield.

Keywords: Energy. Forestry. Eucalyptus.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................7
2 METODOLOGIA...........................................................................................................11
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................15
5 CONCLUSÃO.................................................................................................................21
REFERÊNCIAS.................................................................................................................22
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1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas a preocupação com a diminuição dos recursos naturais e por
crescimento sustentável, vem a contribuir na busca de fontes de energia renováveis, dentre
elas o uso da madeira provenientes de florestas plantadas (LUCENA et al., 2014). A madeira
como combustível possui diversas finalidades, tanto na forma direta como lenha ou do seu
derivado como carvão.
O carvão vegetal é obtido a partir do processo lento de pirólise e que é utilizado para
fins energéticos no setor industrial, aquecimento e cocção (HAGEMANN et al., 2018;
PEREIRA et al., 2017; BROWN et al., 2015). Neste setor, o seu uso apresenta grandes
vantagens como a redução das emissões de gases do efeito estufa (CHENG et al., 2016;
POHLMANN et al., 2016), menor poluição atmosférica, além de benefícios econômicos e de
sustentabilidade quando comparados ao carvão mineral, uma vez que a tecnologia de
fabricação já está amplamente consolidada no Brasil (ANUÁRIO, 2011; WENNERSTEN et
al., 2015).
Dentre as espécies florestais utilizadas para esta finalidade destaca-se o gênero
Eucalyptus, devido ao seu rápido crescimento, capacidade de adaptação às diversas regiões
ecológicas e pelo potencial econômico (PROTÁSIO et al., 2014). A produtividade de
madeira, possui uma média nacional de 41 m³ ha-1 ano-1, em ciclos de corte de
aproximadamente sete anos, com menores custos e maiores taxas de retorno do investimento,
garantindo alta competitividade de seus produtos nos mercados interno e externo
(PENTEADO et al., 2014).Várias de suas espécies se adaptaram às condições edafoclimáticas
do Brasil e passaram a ser importantes fornecedoras de matérias-primas para a produção de
lenha, carvão vegetal, celulose e papel (TEIXEIRAS & RODRIGUES , 2018).
O Brasil é o maior produtor e consumidor de carvão vegetal produzido a partir de
eucalipto do mundo, sendo as indústrias de ferro-gusa e ferro-liga responsáveis por consumir
84% do total disponível, tendo como maior produtor nacional o estado de Minas Gerais (IBA,
2020), com um número significativo de cidades ao norte do estado, Vale do Jequitinhonha e
Mucuri (REZENDES & SANTOS , 2010; COELHO et al., 2016), que desenvolvem a
atividade de carvoejamento como uma nova alternativa de fonte de renda entre os pequenos e
médios produtores rurais (RODRIGUES et al., 2016).
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No Vale do Jequitinhonha a relevância da produção de carvão vegetal pode ser


explicada pela presença de empresas privadas que se instalaram na região, principalmente na
área do polígono das secas (VALE, 2004), impulsionados pelas políticas públicas dos
incentivos fiscais aprovada pela Lei Federal n.º 5.106, de 2 de setembro de 1966, que proviam
às pessoas físicas e jurídicas reduções no imposto de renda e linhas de financiamento e crédito
a fim de promover o desenvolvimento florestal e impulsionar as indústrias no país,
despertando o interesse em se efetivar a relação silvicultura e indústria.
Dentro desse contexto, onde devido a implementação de facilidades fiscais e de
mecanização favorecida pelo relevo plano da região (chapadas) e de aquisição de terras
adequadas a projetos florestais em detrimento à agricultura favoreceu a consolidação de
distritos florestais no Vale Jequitinhonha, proporcionando uma grande expansão da cultura
por parte de produtores rurais do eucalipto na microrregião de Capelinha, Itamarandiba,
Carbonita, Turmalina e Minas Novas (CALIXTO et al, 2009).
Entretanto, outras microrregiões do Vale do Jequitinhonha apresentam áreas
suficientes e aptas para a expansão da silvicultura, com diversidade de clima e solos: são
aquelas áreas de pastagens abandonadas e degradadas (REZENDES & SANTOS, 2010), a
exemplo Couto Magalhães de Minas, onde a estrutura produtiva se baseia na prática da
agricultura familiar explorando culturas alimentares básicas como milho, feijão, arroz e
mandioca, com características de subsistência, elemento típico da economia camponesa
(SILVA, 2015).
A atividade de silvicultura com plantio de eucalipto se apresenta como alternativa de
investimento em propriedades rurais de pequenos e médios produtores, garantindo assim o
desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais, melhorias na qualidade de vida da
população, reduzir a pressão sobre a vegetação nativa e ainda recuperar e conservar as áreas
degradadas, bem como na promoção da sustentabilidade dos empreendimentos florestais e
industriais (SOUZA et al., 2009; CORDEIRO et al., 2010; Rezende & SANTOS, 2010).
Segundo a AMS (2011), municípios que possuem, entre outras atividades
agropecuárias, plantações de eucalipto apresentaram uma melhor evolução no Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) comparativamente a outros municípios. Pesquisas
realizadas em pequenas comunidades rurais no sul do Brasil têm demonstrado cada vez mais a
importância da atividade carvoeira como fonte de renda para agricultores familiares (ULLER-
GÓMEZ & GARTNER, 2008; STEENBOCK, 2009; LINDEMANN, 2010 ).
Dessa forma, assegurar-se da utilização por estes produtores de adequada tecnologia
na produção florestal reveste-se de maior significância quando se busca a oportunidade de
9

desenvolvimento e geração de renda para o Vale do Jequitinhonha, região que apresenta um


dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil (SOUZA, 2012).

Apesar da grande importância desta atividade, estudos que tratam da viabilidade


econômica e aspectos da produção de madeira de eucalipto em pequenas propriedades rurais e
particularmente quais usos correspondem às melhores alternativas de investimento são
poucos.
Neste contexto, objetivou-se com esta pesquisa analisar os aspectos técnicos e
econômicos na produção de carvão vegetal numa pequena propriedade rural do município de
Couto de Magalhães, MG, uma vez que a produção de carvão se apresenta como uma fonte de
renda alternativa e com algumas vantagens se comparado ao cultivo para outras finalidades,
com retorno mais rápido, menos intervenções na área e menor demanda de mão de obra,
favorecendo a redução do custo de produção, mostrando-se como uma atividade viável .
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2 METODOLOGIA

O estudo foi desenvolvido em um povoamento de Eucalyptus urophylla, localizado


em Couto Magalhães de Minas, no estado de Minas Gerais, Brasil. O clima é tipo Aw de
acordo com a classificação de Köppen-Geiger, com inverno seco e verão chuvoso. O
município apresenta altitude média de 726 m de altitude, precipitação média anual de 1.246
mm, com chuvas concentradas no período de novembro a março. A temperatura média anual
é de 18,4ºC.
O solo da área experimental é tipo arenoso segundo ao sistema brasileiro de
classificação de solos (Santos et al., 2018), um Ferralsol (IUSS Working Group WRB, 2015)
O povoamento em uma área de 10 ha (100.000 m²) foi formado a partir de mudas
seminais de E. urophylla. O plantio foi realizado em espaçamento 3 x 2,5 m, em sistema de
baixo nível tecnológico. Para determinar o potencial de produção de carvão e pirolenhoso
utilizou clones com idade de 11 anos.
O inventário pré-corte foi realizado em 10 parcelas, 20 x 20 m (40 m²), contendo 54
plantas por parcela, distribuídas aleatoriamente dentro do povoamento 100.000 m². A medição
do diâmetro na altura do peito (DAP) foi medida a 1,5 m de altura, com auxílio de um
paquímetro. As médias dos DAP’s foram comparadas entre parcelas para verificação da
necessidade de estratificação das parcelas, ao qual, constatou-se a igualdade entre as parcelas.
Posteriormente foi estabelecido três classes de diâmetro e colhido 10 árvores de cada classe,
na região central do povoamento (Figura 01, Tabela 1).

Tabela 1 - Determinação da classe de diâmetro de Eucalyptus urophylla produzido na


região de cerrado mineiro.
Classe de DAP Intervalo de DAP
1 3 a 9 cm
2 9 a 15 cm
3 > 15 cm
DAP – diâmetro na altura do peito.
Fonte: Pinto, 2023.

Com base no DAP foi estimado a altura comercial - Hc (equação 1) e volume


comercial - Vc (equação 2) das árvores cubadas e volume das árvores das parcelas, (equação
3) ajustados os seguintes modelos:
12
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Equação 1

1
lnln ( H c )=β o + β 1 +ε
DAP
Equação 2
1
lnln ( V c )=β o + β 1 +ε
DAP

Equação 3
lnln ( V c )=β o + β 1 ln ( DAP ) +ln ( H c ) + ε

Figura 1 - Determinação de parcelas e amostragem em um povoamento de clones de


Eucalyptus urophylla no município de Couto Magalhães de Minas, MG.

Fonte: Pinto, 2023.

A Cubagem rigorosa foi realizada a cada um metro de altura do tronco da árvore. Em


cada disco foi obtido a espessura da casca e determinada a densidade básica da madeira.
Utilizando o método de Smalian sobre as medições de diâmetros ao longo da altura para
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calcular os volumes comerciais individuais (Vc) com casca das árvores colhidas considerando
o diâmetro mínimo de 4 cm.
A análise econômica para produção de madeira do fragmento florestal foi realizada
levando em consideração carga de 22 m³ de madeira produzido 11 metros de carvão - mdc,
em intervalo de dois dias. O total de madeira produzido na área foi definido como 51 m³ ha
(510 m³ em 10 hectares), 255 mdc em dois ciclos. Para formar as receitas e despesas,
considerou-se dois cenários, o carvão produzido na chapada e o segundo em sede, com valor
remunerado de preço comercial de venda R$ 300,00 (trezentos reais) por mdc (Tabela 2). Para
realização das atividades operacionais determinou dois operadores em um período de dois
meses. Os valores para estimativa dos custos e receitas foram determinados de acordo com os
valores médios da região mineira de cerrado no ano de 2022.

Tabela 2: Descritores para estimativa de custos e receitas para a produção de carvão vegetal
obtido de genótipos de Eucalyptus urophylla cultivados na região do cerrado
mineiro.
Descrição unidade Valor
Área de produção (ha) ha 10
Produção de madeira ( m³) m³ 510
Capacidade do forno mdc 22
Carvão/ciclo do forno und 11
Total de carvão mdc 255
Carvão vegetal R$/m³ 300
L de Pirolenhoso/m³madeira L/m³ 300
Preço de Pirolenhoso R$/m³ 5
Mão de obra Operários (und) 2
ha: hectare; m³ - metros cúbicos; mdc - metros cúbicos de carvão; und - unidade; R$/m³ - valor em real por
metro cúbico; L/m³ - litros de pirolenhoso por metro cúbico de madeira.
Fonte: Pinto, 2023.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O diâmetro na altura do peito das árvores de E. urophylla, produzidas em sistema com


baixo nível de tecnificação em uma pequena propriedade rural na região do Vale do
Jequitinhonha, no cerrado mineiro, não apresentou diferença significativa entre os genótipos
(p > 0,05) (Tabela 3).

Tabela 3: Análise de variância do diâmetro na altura do peito entre os genótipos de


Eucalyptus urophylla produzido na região de cerrado mineiro.
Fator SQ G.L. QM F P
DAP 172,8 9 19,2 1,752ns 0,075
Resíduo 5843,1 533 11,0
DAP – diâmetro na altura do peito; SQ – soma de quadrados; GL – grau de liberdade; QM – quadrado médio; F
– valor de teste F; p – valor de probabilidade.
Fonte: Pinto, 2023.

As plantas desenvolveram DAP entre 7.6 a 9.85 cm, com média geral de 8.32 cm,
desvio padrão entre 2,65 a 4.22 cm, gerando um volume de madeira entre 1,3 – 1,6 m³, entre
as parcelas houve uma variação de até 40% entre o volume comercial de madeira produzido
entre as parcelas (Tabela 4). Esta alta variação entre o DAP impacta diretamente no
rendimento de madeira e na conversão em carvão vegetal.

Tabela 4: Volume comercial de madeira por metro cúbico em genótipos de Eucalyptus


urophylla produzido na região de cerrado mineiro.
DAP média Desvio padrão DAP mín DAP máx CV Vol
Parcela n
(cm) (cm) (cm) (m) (%) (m³)
1 8,75 51 4,22 3,34 18,46 48,2 1,4
2 9,85 45 3,74 3,34 19,26 38,0 1,6
3 8,22 56 3,08 3,18 19,10 37,5 1,4
4 8,69 56 3,24 3,18 17,35 37,2 1,5
5 8,23 53 3,91 3,50 19,42 47,5 1,3
6 8,24 55 3,28 3,18 18,62 39,8 1,4
7 7,98 60 2,64 3,18 20,37 33,1 1,4
8 7,95 57 3,15 3,50 17,19 39,7 1,4
9 7,60 58 2,89 3,18 14,96 38,1 1,3
10 8,03 52 2,86 3,18 14,80 35,6 1,3
n – número de indivíduos; DAP mín – diâmetro na altura do peito mínimo, DAP max – diâmetro da altura do
peito máximo; CV (%) – coeficiente de variação em porcentagem; Vol (m³) – volume de madeira por metro
cúbico.
Fonte: Pinto, 2023.
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A homogeneidade entre as parcelas considerando as médias dos DAP’s excluiu a


necessidade de estratificação, ao qual podemos inferir que os genótipos da população de E.
urophylla não apresentou dimorfismo fenotípico suficiente entre as plantas para proceder um
programa de seleção e melhoramento para obtenção da melhor performance produtiva em
metros cúbicos de madeira (Tabela 3 e 4).
As características climáticas, o tipo de solo da região do cerrado, o espaçamento,
assim como a ausência de programa de fertilização nas áreas influenciam no ganho de DAP,
tendo em vista que um menor espaçamento de plantio afeta diretamente DAP, o que
correlaciona com maior volume de madeira (LOPES et al., 2017), no entanto com menor
densidade básica (FERREIRA et al., 2014). O que corrobora com os resultados observados
nesta pesquisa, em que o plantio foi realizado de forma mais adensada, por um período
prolongado e ausência de fertilização, afetando o crescimento diamétrico das plantas, em
consequência da competição entre as plantas por água e nutrientes.
As árvores formadas no povoamento de 11 anos apresentaram altura total média de
13,4 m e altura comercial 10,4m de altura, determinado a partir do diâmetro 4 cm (Figura 2).
Observa-se na figura 2b a diminuição do diâmetro da madeira após 10 m de altura, essa
diminuição acarreta em baixa massa energética para produção de carvão vegetal, sendo
configurado porção não comercial. Sendo os cinco primeiros metros da madeira a porção que
apresenta um maior diâmetro a ser utilizado para a conversão em energia, valores variando
entre 4,3 a 25 cm, média geral 11,3 cm.

Figura 2 – Cubagem de genótipos de Eucalyptus urophylla produzido na região de cerrado


mineiro. A- Altura total e comercial; B- Diâmetro da tora em relação a altura
comercial.

Fonte: Pinto, 2022.


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A idade média da população de eucalipto é de sete anos sob cultivo, o ganho em


diâmetro após esse período não é aumentado consideravelmente quando comparado a altura.
Observa-se na Figura 2b e Tabela 5, altura comercial com volume comercial para gerar uma
receita líquida gira em torno de 12 - 14 metros e diâmetro maior que 10 cm. Desta maneira, a
classe de árvores com DAP menor que 10 cm há um aporte de 44,8 para gerar um metro
cúbico de madeira, enquanto árvores com DAP 9 - 15 cm foi necessário 10,8 árvores por
metro cúbico e a classe três é necessárias 2,7 árvores para gerar um metro cúbico. A classe
dois e três apresenta altura e DAP que gerou volume de madeira destinado a comercialização
para gerar carvão vegetal. Já a classe um tudo leva a crer baixa qualidade da madeira.
Donato et al., (2020) avaliando a influência do diâmetro da madeira de eucalipto na
produtividade e nas propriedades do carvão vegetal, observou que enfornar madeiras com
menor diâmetro houve a redução de 14,86% do tempo de carbonização, e o carvão vegetal
produzido teve uma maior resistência a friabilidade.

Tabela 5 - Cubagem de genótipos de Eucalyptus urophylla em cultivo de baixa tecnificação


cultivados na região de cerrado mineiro.
Classe
DAP Ht Hc Vol. com. Vol_estim. resíduo resíduo % res^2 árv/m³
DAP
1 7.7 11.1 7.3 0.0 0.0 1.18E-03 -1.10 1.88E-05 44.8
2 14.8 14.6 12.1 0.1 0.1 2.16E-03 4.7 4.45E-05 10.8
3 17.9 16.1 14.3 0.2 0.2 3.45E-03 -2.7 6.79E-05 5.7
DAP – diâmetro na altura do peito (cm); Classe DAP: 1 - 3 a 9 cm; 2 – 9 a 15 cm; 3- > 15 cm; Ht – altura
total; Hc – altura comercial; Vol. Com – volume comercial (m³); vol. Est. -volume estimado (m³); árv/m³ -
volume m 3 por árvore.

A friabilidade do carvão vegetal está relacionada a umidade, diâmetro e dimensões


da madeira a ser carbonizada. Teores elevados de umidade da madeira geram uma grande
expansão de gases na carbonização que provocam rupturas na estrutura do carvão vegetal
produzido. Pinheiro (2013) mostrando a importância do diâmetro da madeira para produção
de carvão vegetal, realizou um experimento onde foram carbonizadas madeiras de três classes
de diâmetro (<10 cm, 10 – 13 cm, > 13cm) e concluiu que o carvão vegetal proveniente de
madeiras de maior diâmetro são mais friáveis e quebradiços (CARDOSO, 2010) entretanto
estudos realizados por Gomes (2020) demonstram que quando se considera diâmetros muito
baixos, pode ocorrer perdas de árvores para comercialização. Resultados estes similares aos
encontrados neste trabalho (Tabela 5).
19

O volume e a qualidade da madeira formada por árvores de menor diâmetro vai


impactar diretamente no processo de pirólise para formação do carvão. Ao enfornar madeiras
de menores dimensões tem-se uma maior quantidade de espaços vazios dentro do forno,
sendo essa quantidade ainda maior quando o carregamento for mecanizado, gerando uma
menor a massa de madeira enfornada (Donato et al., 2020).
A qualidade da madeira é fator de extrema importância para a produção de carvão. A
densidade da madeira é a característica primordial, bem como o teor de carbono fixo, poder
calorífico, e baixo teor de umidade, cinzas e materiais voláteis (JÚNIOR et al., 2015; SOUZA
et al., 2016). Essas características associam-se diretamente aos clones com maior DAP, altura
comercial, em contrapartida as árvores com menor diâmetro geram aumento de cinzas e
resíduos no processo de carbonização.
Dessa forma deve-se salientar que a variação diamétrica da madeira e altura são
parâmetros que estão presentes em todas as etapas do processo de produção (RAAD, 2004) e
para os pequenos produtores é uma ferramenta fundamental, pois auxilia na análise de
crescimento do povoamento. Portanto, devido aos custos de produção do carvão vegetal
aliado a perdas em rendimento e qualidade influenciadas por essas variáveis, torna-se
importante que os produtores busquem bom planejamento antes da implantação do plantio das
mudas, com adoção de práticas silviculturais e de manejo confiáveis para um adequado
monitoramento, mapeamento produtivo e dimensionamento de multiprodutos ( LAFETÁ, 2021),
que contribuam para uma maior produtividade com qualidade, em menores tempo e custo.

Entre as florestas plantadas no cerrado mineiro, há uma variabilidade na produtividade


de madeira, em algumas regiões chegam a produzir 45 m³ ha-1 ano-1, em outras, entre elas a
cidade de Couto Magalhães de Minas, no entanto, tem menor produtividade, variando de 15 a
30 m³ ha-1 ano-1 (BINKLEY et al., 2017), o que é em parte uma consequência da escassez de
genótipos (clones) adaptados às suas condições edafoclimáticas. Esta variabilidade genética é
de difícil controle quando produzida mudas via semente, uma vez que a população de
eucalipto apresenta alta variabilidade genética que poderá ser influenciada de forma diferente
ao ambiente, entretanto é um mecanismo para seleção de clones com maiores performances
adaptadas às condições do ambiente.
Assim, entende-se que a variação da densidade básica da madeira não pode ser
explicada pelas características edáficas selecionadas, e que o nível de tecnificação está
exercendo maior influência sobre essa variável. Uma forma de identificar materiais genéticos
de eucalipto com características superiores de adaptabilidade, produtividade e qualidade de
20

madeira em uma determinada região pode ser a implementação de testes clonais (CUNHA et
al., 2021; RESQUIN et al., 2019). Da mesma forma, é notória a importância de estudos que
avaliem a possibilidade de expansão de florestas plantadas para regiões tradicionalmente não
florestais, com potencial de exploração.
No entanto, é necessário mencionar que a densidade básica e estoque de carbono na
madeira não são parâmetros únicos de avaliação da potencialidade dos clones de Eucalyptus
para a produção de carvão vegetal (PROTÁSIO et al., 2015). Deve-se considerar ainda, outros
fatores relacionados à madeira para a seleção e agrupamento de materiais genéticos jovens de
Eucalyptus para essa finalidade (CASTRO et al., 2013; Protásio et al., 2015), como a
produtividade de massa seca e teor de lignina (TRUGILHO, 2009).

Análise econômica da produção de carvão vegetal

A simulação da viabilidade econômica para produção de carvão vegetal projetada


para a área de 100.000 m² cultivado com E. urophylla, em conversão da madeira em carvão
vegetal com fornos instalados em chapada e em local sede, percebemos que o transporte da
matéria prima é um dos itens de maior custo neste processo (Tabela 6).

Tabela 6: Resumo da análise econômica da produção de carvão vegetal em chapada e em


sede a partir de um fragmento de Eucalyptus urophylla cultivado na região de
cerrado mineiro.
Unidad
e Valor Sede Chapada
----------------------------------------------------- Custos
-----------------------------------------------------
Trator (operacional) R$/m³ 30.00 15.300.00 0.00
Caminhão (Transporte produto final) R$ 95.00 30.600.00 0.00
Mão de obra R$ 1300 5.200.00 5200.00
Alimentação R$ 3.000.00 3000.00
SubTotal 54.100.00 8.200.00
----------------------------------------------------- Receita
-----------------------------------------------------
Com pirolenhoso R$/mdc - 841.500.00 841.500.00
Sem pirolenhoso R$/mdc - 76. 500.00 76.500.00
SubTotal
Rendimento Líquido (receita-custos)
Com pirolenhoso - - 787.400 83,3300
Sem pirolenhoso - - 22.400 68, 300
Fonte: Pinto, 2023.
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Dessa forma, para propriedades rurais com baixo nível tecnológico a conversão de
madeira a carvão é mais rentável quando instalado fornos in loco, uma vez que há uma
redução dos custos de mão de obra e maquinaria de transporte. A receita obtida do carvão
vegetal com pirolenhoso (R$ 841.500,00 em 510 m³ de madeira) gerou um rendimento 11
vezes maior em relação ao processo de conversão da madeira sem o aditivo de pirolenhoso
(R$ 76.500,00 em 510 m³ de madeira) (Tabela 6). O rendimento líquido (receita-custos) com
ou sem a adição de pirolenhoso é aumentado quando a conversão da madeira ao carvão é
realizada em fornos in loco, uma vez que os custos de maquinaria para transporte da matéria
prima ao local de conversão foram de 85%.
Apesar da receita obtida do carvão vegetal com pirolenhoso ter apresentado um alto
rendimento ainda se faz necessário o emprego de novas tecnologias pelos produtores rurais
permitindo aumento no rendimento em carvão vegetal com a menor demanda de fatores de
produção, como no consumo de matéria-prima e de mão de obra e permita melhoria de suas
propriedades e consequentemente maximizar seus investimentos.
Dessa forma algumas medidas poderiam ser empregadas pelos produtores que
trabalha em escala reduzida, como a utilização de mudas com melhor desempenho nas
condições locais e a tecnologia disponível (SOUZA, 2012) e a adoção de fornos mais
eficientes, uma vez que os mesmo utilizam fornos do tipo rabo quente feitos de alvenaria com
tijolos comuns e geralmente sem chaminé com baixo rendimento gravimétrico o que significa
uma grande perda econômica e a subutilização da lenha enfornada (SILVA et al., 2014).
22

5 CONCLUSÃO

O cultivo do E. urophylla em pequenas áreas mostrou-se viável, com a


comercialização da madeira em alta.
A produção de carvão vegetal em sistema de forno in loco (chapada) tem um maior
rendimento de receita.
23

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