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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Engenharia Florestal

Júlio César Lelis Formiga

ESTUDO COMPARATIVO DE DOIS CABEÇOTES PROCESSADORES NO


TRAÇAMENTO MECANIZADO DE MADEIRA EM TELÊMACO BORBA,
PARANÁ.

Diamantina

2020
Júlio César Lelis Formiga

Estudo comparativo de dois cabeçotes processadores no traçamento mecanizado de


madeira em Telêmaco Borba, Paraná.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Bacharelado em
Engenharia Florestal, como parte dos
requisitos exigidos para a conclusão do
curso.

Orientador: Dr. Ângelo Marcio Pinto


Leite.

Diamantina
2020
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro ao Grande Arquiteto do Universo que além de possibilitar a

vida sempre se faz presente.

Aos meus pais Boanerges e Idice, as minhas irmãs Geane, Flávia e Gessiara,

agradeço pela educação, a oportunidade de estudo, apoio e constante incentivo para a

realização do meu sonho. Graças aos meus sobrinhos Maria Clara e Heitor percebo ainda mais

a importância da família.

Agradeço o apoio e compreensão do meu Orientador Prof. Dr. Ângelo Marcio

Pinto ao longo do desenvolvimento deste trabalho.

Agradeço a UFVJM de modo em geral por me moldar não só para o mercado de

trabalho, mas como cidadão.

Agradeço a SEMAD por ter me proporcionado o primeiro estágio que me motivou

ainda mais ao longo da graduação.

Agradeço a Aperam BioEnergia que me apresentou ao mundo corporativo, além

de me proporcionar conhecer pessoas inspiradoras que me motivam a ser um profissional

melhor a cada dia.

Agradeço a Klabin por me dar a oportunidade de conhecer o dia a dia da maior

exportadora de celulose do Brasil, gostaria de agradecer em especial a toda equipe de Projetos

Florestais, foi uma experiência única de muito aprendizado, desafios, tenho certeza que vocês

marcaram minha vida e mais uma vez pude me cercar de pessoas inspiradoras.

Por fim gostaria de agradecer as demais pessoas que contribuíram de alguma

forma com este trabalho.


RESUMO
Objetivou-se com este trabalho comparar o desempenho de dois cabeçotes (1 e 2) durante o
processamento / traçamento de madeira na margem da estrada. O estudo foi realizado em
povoamentos de Eucalyptus spp pertencentes a uma empresa de base florestal localizada no
município de Telêmaco Borba, no Estado do Paraná, Brasil. Para comparar o desempenho dos
dois cabeçotes foi utilizado a técnica do estudo de tempos e movimentos, de acordo com a
metodologia de multimomento. Essa ferramenta possibilitou determinar os tempos das
atividades parciais referentes ao ciclo operacional da máquina / equipamento objeto de estudo.
Com esses dados foram determinados a disponibilidade mecânica, eficiência operacional e
produtividade, entretanto, obteve-se o consumo de combustível da máquina com cada
cabeçote avaliado por intermédio do cadastro de informações gerenciais da empresa. Os
resultados referentes a produtividade e ao consumo de combustível foram submetidos ao teste
de Tukey a 5% de significância. As etapas parciais que mais impactaram na duração do ciclo
operacional foram o acionamento do sabre e do rolo, uma vez estas atividades em conjunto
serem as mais importantes, correspondendo à parte produtiva do processamento de madeira
em toras. O cabeçote 1 apresentou maior disponibilidade mecânica, eficiência operacional,
produtividade e autonomia em combustível, mostrando-se, portanto, superior ao cabeçote 2.

Palavras-chave: Colheita florestal. Produtividade. Tempos e movimentos.


ABSTRACT
The objective of this work was to compare the performance of two heads during the
processing / tracing of wood on the roadside. The study was carried out in the city of
Telêmaco Borba located in the State of Paraná, in the southern region of Brazil, in stands of
Eucalyptus spp. To compare the performance of the two heads, the technique of studying
times and movements in data collection was used, according to the multi-moment
methodology. This tool made it possible to determine the times of the partial activities related
to the operational cycle of the machine / equipment under study. With these data, mechanical
availability, operational efficiency and productivity were determined, however the fuel
consumption of the machine with each head evaluated was obtained through management
information. The results regarding productivity and fuel consumption were subjected to the
Tukey test at 5% significance. The partial steps that most impacted the duration of the
operational cycle were the activation of the saber and the roller, activities related to the wood
processing itself. Head 1 showed greater mechanical availability, operational efficiency,
productivity and fuel autonomy, thus showing itself to be superior to head 2.

Keywords: Forest haversting. Productivity. Times and movements.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO..............................................................................................15
2.1 Importância do setor florestal..........................................................................................15
2.2 Colheita florestal...............................................................................................................16
2.3 Sistemas de colheita..........................................................................................................19
2.4 Tempos e movimentos.......................................................................................................19

3 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................21
3.1 Local de estudo..................................................................................................................21
3.2 Sistema de colheita florestal.............................................................................................22
3.3 Características técnicas da máquina avaliada...............................................................22
3.4 Coleta de dados e estudo de tempos e movimentos........................................................23
3.5 Disponibilidade mecânica................................................................................................26
3.6 Eficiência Operacional.....................................................................................................26
3.7 Produtividade e consumo de combustível.......................................................................26
3.8 Análise estatística..............................................................................................................27

4 RESUULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................29
4.1 Estudo de tempos e movimentos......................................................................................29
4.2 Disponibilidade mecânica e eficiência operacional .......................................................31
4.3 Produtividade e consumo de combustível.......................................................................33

5 CONCLUSÃO......................................................................................................................35

REFERÊNCIAS.....................................................................................................................37

ANEXO....................................................................................................................................39
13

1 INTRODUÇÃO

Ao longo da evolução das civilizações a madeira impactou no desenvolvimento da

humanidade e, consequentemente, o crescimento populacional gerou e ainda gera, uma grande

pressão na produção dessa matéria prima. Esta realidade afetou diretamente a necessidade do

plantio de árvores, uma vez que a madeira constitui uma das commodities responsáveis

diretamente por garantir a qualidade de vida populacional (ABRAF, 2013).

O Brasil se destaca como grande player do mercado de madeira, uma vez que

nossas florestas apresentam altas produtividades médias (36 m³/hectare/ano para eucalipto e

de 30,1 m³/hectare/ano para pinus) (IBÁ, 2019). Ainda segundo esta fonte as florestas

plantadas ocorrem em cerca de 1000 municípios e 23 Estados do Brasil e, devido a esta

grande área de abrangência o setor emprega direta ou indiretamente 3,8 milhões de pessoas.

Brown e Diniz (2017) definem a colheita como uma atividade que fecha o ciclo

florestal, sendo seu principal objetivo a retirada de produtos e subprodutos dos plantios. O

processo de colheita engloba o corte, processamento e extração da madeira, estocagem,

transporte e a entrega dessa matéria prima ao destino final.

Tanto o sistema de toras curtas (cut-to-lenght), processo no qual a madeira é

processada no interior do talhão e posteriormente retirada, quanto o sistema de toras longas

(full-tree) onde as árvores são cortadas e extraídas para subsequente processamento nas

margens do talhão, são processos feitos por meio de máquinas de alta produtividade

(RODRIGUES et al, 2018). O processamento conforme Minette et al. (2008) corresponde a

atividade que transforma a madeira acumulada na margem da estrada em feixes de toras

padronizadas. As principais máquinas utilizadas no processamento de madeira são garras

traçadoras, slashers e havesters.


14

Burgin (2016) aborda a importância da colheita florestal, haja visto que ela

impacta em mais de 50% o custo final de produção da madeira. Diante deste cenário que se

faz necessário uma constante inovação desta atividade, com vistas a otimização dos recursos

disponíveis, aumento da produtividade e, redução dos custos.

Conforme Santos (2016), o estudo de tempos e movimentos constitui uma técnica

importante de estudo do trabalho que tem como objetivo a determinação da produtividade,

disponibilidade mecânica e eficiência operacional de máquinas e equipamentos. Ainda de

acordo com o autor essa ferramenta permite um melhor entendimento do processo produtivo

e, consequentemente, o planejamento florestal mais assertivo.

Neste contexto objetivou-se com este trabalho comparar em termos de

disponibilidade mecânica, eficiência operacional, produtividade e consumo de combustível o

desempenho de dois tipos de cabeçotes na operação de processamento / traçamento de

madeira de eucalipto, no intuito de se definir qual o melhor modelo de equipamento (modal) a

ser utilizado.
15

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Importância do setor florestal para o Brasil

O Brasil destaca-se no setor de floresta plantadas pela presença de tecnologia

silvicultural de ponta, por possuir grande disponibilidade de mão de obra especializada e não

especializada, ou ainda pelas excelentes condições climáticas e físicas, tornando o país cada

vez mais competitivo e com grande potencial de expansão.

Em 2018 o Brasil apresentava 7,83 milhões de hectares de florestas plantadas,

sendo destes 5,7 milhões de hectares de eucalipto, 1,6 milhões de pinus e 590 mil hectares de

outras espécies. Os principais Estados com plantio de eucalipto são Minas Gerais com 24%,

São Paulo com 17% e Mato Grosso do Sul com 16%. Já os principais Estados produtores de

pinus são Paraná com 42%, Santa Catarina com 34%, Rio Grande do Sul com 12% e São

Paulo com 8% (IBA, 2019).

Diante desse cenário nota-se que o setor florestal têm sua relevância consolidada

na economia nacional, possuindo participação na ordem de 1,3% do PIB nacional e 6,9% do

PIB industrial, além de apresentar um saldo positivo nas exportações em relação ao ano

anterior de 24,1%, o que representou um montante de US$ 12,5 bilhões (IBA, 2019).

O setor além de ser reconhecido por sua importância econômica, apresenta grande relevância

em termos de conservação do meio ambiente. Oliveira e Oliveira (2018, p. 436) destaca que

“a área preservada pelo setor florestal representa 13,3% dos 50,10 milhões de hectares de

habitat naturais preservados no Brasil, sem contar ainda as unidades de conservação”. Além

de contribuir com a conservação do meio ambiente o setor de base florestal desempenha um

importante papel no desenvolvimento social do país, devido ao grande número de empregos

gerados direta e indiretamente.


16

2.2 Colheita florestal

Conforme Machado (2014) a colheita florestal pode ser definida como o conjunto
de atividades executadas no maciço florestal, que visa preparar e transportar a madeira até o
local de utilização, por meio de técnicas e de padrões estabelecidos, com a intenção de
transformar a madeira em um produto final. A colheita e o transporte de madeira são
consideradas como as etapas mais impactantes economicamente, devido a sua alta
contribuição na formação do custo final do produto e aos riscos de perdas relacionados a
atividade (MACHADO; LOPES, 2000). Diante disso que devem ser empenhados todos os
esforços no sentido de tornar a colheita florestal menos onerosa financeiramente, seja por
meio de novas tecnologias, técnicas ou controle rigoroso de custos e qualidade operacional.

Ainda, de acordo com Machado e Lopes (2000), as etapas da colheita e transporte


florestal são: corte, extração, carregamento, transporte principal e descarregamento.
Malinovski e Malinovski (1998) caracterizam essas etapas da seguinte maneira:

Corte: envolve as operações de derrubada, desgalhamento, traçamento de árvores


em toras e empilhamento da madeira.

A figura 1 mostra fotos ilustrativas de duas máquinas entre as mais utilizadas na


etapa de corte florestal.

Figura 1 – Fotos ilustrativas do harvester e feller buncher

Fonte: Arquivo pessoal.

Extração: corresponde ao transporte / movimentação da madeira do local de corte


até a margem da estrada, carreador ou pátio.
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A figura 2 mostra fotos ilustrativas de duas máquinas entre as mais utilizadas na


etapa de extração.

Figura 2 – Fotos ilustrativas do forwarder e skidder

Fonte: Arquivo pessoal.

Carregamento: corresponde à colocação / disposição da madeira extraída em


veículos que realizam seu transporte até o destino final ou pátios especiais.

A figura 3 ilustra duas máquinas entre as mais utilizadas na etapa do


carregamento.

Figura 3 – Foto ilustrativa do carregador florestal e do caminhão

Fonte: Arquivo pessoal.

Transporte principal: corresponde a movimentação da madeira da margem da


estrada ou pátios intermediários até o local de sua utilização.

A figura 4 ilustra um modelo de caminhão utilizado na etapa de transporte


principal.
18

Figura 4 – Foto ilustrativa de um caminhão

Fonte: Arquivo pessoal.

Descarregamento: compreende a retirada da madeira do meio de transporte


utilizado e sua colocação em pátio do consumidor final.

A figura 5 ilustra duas máquinas entre as mais utilizadas na etapa de


descarregamento.

Figura 5 – Foto ilustrativa de um carregador florestal e do caminhão

Fonte: Arquivo pessoal.


19

2.3 Sistemas de colheita

Conforme Malinovski et al., (2006) os sistemas de colheita florestal podem ser


classificados de acordo com o comprimento das toras, com a forma que estas são extraídas,
bem como o local de processamento. De acordo com a forma que as toras são extraídas os
sistemas de colheita florestal são divididos em:

- Sistema de toras curtas (cut-to-lenght): este é considerado o sistema mais antigo


do Brasil, no qual a árvore é processada no local de derrubada, sendo extraída para a margem
da estrada ou pátio temporário, com as toras apresentando menos de seis metros de
comprimento.

- Sistema de toras longas (tree-lenght): a árvore não é processada totalmente,


sendo normalmente desgalhada e destopada no local de derrubada para, posteriormente, ser
extraída até a margem do talhão ou ao pátio temporário, apresentando mais de seis metros de
comprimento.

- Sistema de árvores inteiras (full-tree): a árvore é derrubada e extraída até a margem


do talhão ou em um pátio intermediário, a fim de ser processada posteriormente.

- Sistema de árvores completas (whole-tree): a árvore é derrubada com parte do


sistema radicular, logo após é extraída e processada na margem do talhão ou pátio temporário.

- Sistema de cavaqueamento (chipping): a árvore é derrubada e processada dentro do


talhão, para posteriormente ser transportada em forma de cavacos para a indústria ou pátio de
estocagem.

2.4 Tempos e movimentos

Segundo Barnes (1977) o estudo de tempos é a observação sistemática dos


sistemas de trabalho, abrangendo quatro objetivos: I) desenvolver o sistema e método
preferido, comumente o de menor custo; II) padronizar estes métodos e sistemas; III)
determinar os tempos gastos por uma pessoa treinada e qualificada para executar uma tarefa
em ritmo normal de trabalho; IV) orientar o treinamento do trabalhador no método preferido.

Castro et al. (2012) apontam que por meio do estudo de tempos e movimentos é
possível minimizar, controlar e padronizar o tempo das atividades, acarretando em uma
otimização de processos e aumento da capacidade produtiva.
20

Neste sentido, estudos de tempos e movimentos permitem realizar correções e, ou


alterações em processos produtivos, tendo em vista a melhoria de resultados, não sendo estes
aspectos dependente do grau de mecanização da colheita (SOUZA 2014).

De acordo com Barnes (1977) “a cronometragem direta é o método mais


empregado na indústria para a medida do trabalho”. Segundo este autor os métodos mais
usuais utilizados em estudos de tempos e movimentos são:

I) Método de leitura contínua (tempo contínuo): no qual o

cronômetro não é zerado, sendo iniciado assim que a atividade começa e,

sempre que ocorre algum novo elemento, anota-se este tempo. Os tempos

individuais dos elementos são obtidos por meio de subtração do tempo

subsequente em relação ao anterior.

II) Método de leitura repetitiva (tempo individual): utilizam-

se dois cronômetros sendo um deles zerado a cada novo elemento e, o outro,

computa o tempo total do ciclo. Este processo exige uma maior atenção do

operador, possibilitando que seja anotada as variações ao longo do estudo.

III) Método de leitura acumulada (multimomento): ao longo

da leitura do cronômetro este não é zerado, não sendo medidos os tempos

parciais propriamente ditos, mas a frequência com que ocorrem os elementos.


21

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Local de estudo

O estudo foi conduzido em povoamentos de Eucalyptus spp. pertencentes a uma


empresa de base florestal localizada no município de Telêmaco Borba, no estado do Paraná.

Segundo a classificação de Köppen a região apresenta temperatura média no mês


mais frio inferior a 16ºC, com a presença de geadas e temperatura média no mês mais quente
superior a 22ºC. Portanto, o clima pode ser caracterizado como Cfa/Cfb, ou seja, subtropical
úmido transacional para temperado (NUNES et al. 2009).

Os talhões colhidos apresentavam espaçamento de 3,00 metros entre linhas e 2,00


metros entre plantas, a madeira proveniente de Eucalyptus spp. em sua totalidade, era
utilizada para a produção de celulose.

As variáveis dendrométricas dos locais de estudo encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1 – Variáveis dendrométricas dos talhões avaliados

Altura média (m) 29,4

Diâmetro a altura do peito (cm) 21,5

Idade de corte (meses) 96

Volume médio individual (m³) 0,50

A Figura 6 mostra uma visão geral de um talhão em fase de colheita na região


estudada.
22

Figura 6 – Visão geral de um talhão representativo da região estudada em fase de colheita

Fonte: Arquivo pessoal.

3.2 Sistema de colheita florestal

O sistema de colheita florestal utilizado foi o de árvores inteiras (full tree), no

qual o feller buncher fazia o abate das árvores e as acumulava em pilhas. Posteriormente o

skidder efetuava o arraste destas até a margem do talhão e, após esta etapa ocorria o

processamento da madeira por dois harvesters cujas máquinas base eram as mesmas, mas,

equipados com dois tipos de cabeçotes processadores diferentes (1 e 2).

3.3 Características técnicas dos equipamentos avaliados

A máquina base avaliada apresentava potência nominal de 224 kW (300 HP),


peso operacional sem o cabeçote de 29.630 kg (65.330 lb.) e uma lança hidráulica de 8,8m de
alcance.

O cabeçote processador 1 apresentava peso de 2.380 kg, abertura de rolos de 87,5


cm, comprimento da barra de serra de 110 cm, diâmetro de corte máximo da serra de 95 cm.
O processador 2 apresentava peso de 2.760 kg, abertura de rolos de 78 cm, comprimento da
barra de serra de 90 cm, diâmetro de corte máximo da serra de 75 cm.
23

Além dessas características, ambos os cabeçotes apresentavam a capacidade de


processar múltiplas árvores, com quatro rolos alimentadores. Entretanto, o cabeçote
processador 1 não apresentava a possibilidade de acionamento individual dos rolos, não sendo
equipado também com o rolo medidor. Estas características exigiam mais manobras e ajustes
por parte do operador para a execução do corte no alvo. Entretanto, a vantagem do cabeçote 1
é apresentar um custo de aquisição menor do que o modelo 2.

A Figura 7 ilustra o cabeçote 1 e 2 respectivamente.

Figura 7 – Foto ilustrativa dos dois cabeçotes processadores avaliados

Fonte: Arquivo pessoal.

3.4 Coleta de dados e estudo de tempos e movimentos

Os dados foram coletados no período de 09 de setembro de 2019 a 17 de janeiro

de 2020. Ambas as máquinas foram operadas pelos mesmos operadores durante todo o

período de coleta de dados, apenas no turno diurno.

O método de estudo de tempos e movimentos empregado foi o de leitura continua,

sendo a frequência empregada para a coleta de dados, a cada 15 segundos. Para medir o

tempo gasto de cada atividade parcial do ciclo operacional utilizou-se o cronômetro digital de
24

um smartphone. As informações eram transcritas em tempo real para uma planilha

desenvolvida especificamente para este estudo (conforme anexo A) e, posteriormente,

digitadas no programa Microsoft Excel®.

O número mínimo de ciclos necessários para satisfazer um erro de amostragem ao

nível de significância de 5% foi obtido por meio de um estudo piloto feito com 10 amostras,

por intermédio da equação 1, citada por Barnes (1977).

(𝑡 2 ∗𝐶𝑉 2 )
n= (1)
𝐸²

Em que n é equivalente ao número mínimo de ciclos necessários, t é igual ao valor

de t a 95% de probabilidade, cv corresponde ao coeficiente de variação (%) e E, ao erro de

amostragem de interesse (%)

O ciclo operacional dos conjuntos avaliados (máquinas-base + cabeçotes

processadores) foi subdivido nas seguintes etapas parciais (Tabela 2).


25

Tabela 2 – Etapas parciais do ciclo operacional dos cabeçotes Harvesters avaliados

Etapas parciais Descrição

Tempo gasto na procura de árvores na pilha de


Busca de árvores
madeira.

Tempo dispendido para o giro do cabeçote


Giro carregado
carregado com madeiras traçadas.

Tempo dispendido com o movimento de


Encabeçamento da madeira captura, organização e alinhamento do feixe de
árvores para posterior corte.

Tempo dispendido com a movimentação da


Acionamento do rolo madeira ao longo do cabeçote, até ser atingido o
alvo de traçamento pré-determinado.

Tempo dispendido com o acionamento do sabre


Acionamento do sabre
para o corte dos fustes em toras.

Tempo dispendido com o descarte de resíduos


Descarte do resíduo
nos locais especificados.

Tempo dispendido com o giro do cabeçote


Giro vazio
vazio.

Tempo dispendido na organização da pilha de


Arrumação do feixe
toras.

Tempo dispendido com movimentos / paradas


diversas da máquina (troca de correntes, quebra,
Interrupções
abastecimento, manutenções, hidratação e
necessidades pessoais do operador).

Fonte: arquivo pessoal do autor.


26

3.5 Disponibilidade mecânica (DM)

Corresponde ao tempo de trabalho produtivo, ou seja, tempo em que a máquina

esteve disponível / programada para realizar o trabalho / atividade prescrita. Nesse sentido, os

tempos de manutenção preventiva e corretiva devem ser desprezados, sendo este indicador

obtido por meio da Equação 2.

(𝑇𝑃−𝑇𝑀)
DM = ∗ 100 (2)
𝑇𝑃

Em que DM corresponde à disponibilidade mecânica, TP ao tempo de trabalho

produtivo (horas), TM ao tempo de manutenção preventiva e corretiva (horas).

3.6 Eficiência Operacional (EO)

Segundo Simões e Fenner (2010), a eficiência operacional corresponde à todas as

atividades realizadas ao longo do decurso de trabalho e que, resultaram em produção.

Portanto, é o tempo efetivamente trabalhado pela máquina em relação ao tempo programado

para o trabalho (tempo de trabalho efetivo + o tempo de interrupções), sendo determinada

pela Equação 3.

(𝐻𝐸∗100)
Eo = (3)
𝐻𝑇

Em que Eo corresponde à eficiência operacional, HE ao tempo efetivo de trabalho

em horas, HT ao tempo programado para o trabalho em horas.

3.7 Produtividade e consumo de combustível

As produtividades dos dois tipos de cabeçotes no traçamento de madeira foram

estimadas por meio da equação 4, citada por Moreira et al. (2004). Esta equação leva em

consideração o número de árvores e o volume individual, dividido pelo número de horas de

trabalho efetivo das máquinas.


27

(𝑛∗𝑣)
P= (4)

Em que P corresponde à produtividade (m3.h-1), n ao número de árvores

processadas, v ao volume médio individual (m³) das árvores processadas e h, ao número de

horas de trabalho efetivo.

O consumo de combustível (óleo diesel) foi obtido com base nos relatórios da

empresa, sendo este determinado pela quantidade de litros abastecidos após um número de

horas trabalhadas pela máquina na atividade de traçamento da madeira, estando o tanque

previamente completo.

3.8 Análise estatística

Os dados referentes a produtividade e consumo de combustível de cada conjunto

de máquina e cabeçote processador foram submetidos ao teste de Bartlett, a fim de se testar a

homogeneidade das variâncias para, em seguida, os parâmetros serem comparados por meio

do teste de médias de Tukey ao nível de 5% de significância, utilizando-se o software

estatístico R®.
28
29

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Estudo de tempos e movimentos

Nesta pesquisa foram avaliados 2.408 ciclos operacionais referentes ao

processador 1 e 1.321 ciclos operacionais ao processador 2. Esse total de ciclos foi bem

superior ao necessário, pois conforme estudo piloto eram recomendados respectivamente 979

e 1.140 ciclos para que a suficiência amostral fosse atendida e respeitado o erro máximo de

5%.

A figura 8 mostra o tempo médio de cada atividade parcial, bem como o tempo

absoluto do ciclo operacional de cada cabeçote processador avaliado.

Figura 8 – Ciclo operacional em valores absolutos dos processadores avaliados

Ciclo operacional em valores absolutos


35,80
40
34,80
Tempo em segundos

20
10
9,5 7,3 6,6
3,4 6,2 5,4 3,7 2,5
5,3 4 2 3
3,2 2,8 3,5 2,4
1,9
0
B GC E R S DR GV AF I Total
Atividades do ciclo operacional

Processador 1 Processador 2

Fonte: arquivo pessoal do autor.

Em que B: busca de árvores / fustes; GC: giro do cabeçote carregado; E: encabeçamento da

madeira; R: acionamento do rolo; S: acionamento do sabre; DR: descarte de resíduo; GV: giro do cabeçote

vazio; AF: arrumação do feixe; I: interrupções.


30

Nota-se que o processador 1 foi em termos de valores absolutos médios,

ligeiramente superior ao processador 2 em relação ao tempo gasto na maioria das atividades

parciais do ciclo operacional e no geral (34,80% contra 35,80% respectivamente).

A figura 9 mostra os dados referentes aos cabeçotes 1 e 2, apresentados por meio

da distribuição percentual do tempo gasto em cada atividade parcial e interrupções.

Figura 9– Distribuição percentual dos tempos gastos em cada atividade parcial e interrupções que
compõem o ciclo operacional dos cabeçote processadores avaliados

Processador A Processador B
AF 1% I 3%
I 10% GV 6%
AF 1% B 21% B 17%
GV 6%
DR 9%

DR 9% GC 9%
GC 10%
E 3%
S 22%
E 5%
S 20%

R 19% R 28%

B GC E R S DR GV AF I B GC E R S DR GV AF I

Fonte: arquivo pessoal do autor.

Em que B: busca de árvores / fustes; GC: giro do cabeçote carregado; E: encabeçamento da

madeira; R: acionamento do rolo; S: acionamento do sabre; DR: descarte de resíduo; GV: giro do cabeçote

vazio; AF: arrumação do feixe; I: interrupções.

Percebe-se que o maior valor percentual de tempo consumido nos ciclos

operacionais avaliados refere-se aos tempos de acionamento do rolo e sabre (R +S), tanto no

cabeçote 1 (39%) quanto no 2 (50%). Isto ocorre devido estas atividades em conjunto serem

consideradas as mais importantes, correspondendo à parte produtiva do processamento da

madeira em toras. Portanto, pode-se dizer que em termos de tempo consumido no

processamento de madeira, o cabeçote 1 foi mais eficiente que o cabeçote 2.


31

Por outro lado, quanto ao segundo maior valor percentual de tempo consumido

que correspondeu a etapa de busca de árvores / fustes (B), o cabeçote 2 foi mais eficiente que

o 1 (17 contra 21% do tempo total do ciclo).

As interrupções (I) representaram 10% e 3% para os cabeçotes 1 e 2

respectivamente, correspondentes à paradas não relacionadas ao ciclo operacional como:

tombamento do sabre, troca de corrente, limpeza de resíduos com as garras dos cabeçotes nas

árvores /fustes a serem processados e, formação do travesseiro (toras dispostas

transversalmente para acomodação das pilhas de madeira processada). A justificativa para o

cabeçote 1 apresentar maior tempo de interrupções (10%) deve-se ao fato das condições no

qual este conjunto trabalhou terem sido piores (muita sujidade, pela presença de cipós e

galhadas nos feixes de árvores), exigindo uma limpeza prévia do cabeçote antes do

processamento / traçamento da madeira.

Quanto a etapa de encabeçamento da madeira (E), o cabeçote 2 mostrou-se

superior ao cabeçote 1 em termos de tempo gasto (3 contra 5% do tempo total do ciclo). Isto

decorre do fato do cabeçote 2 apresentar acionamento individual de rolos e o rolo medidor,

características estas que proporcionam maior facilidade de ajustes para a execução do corte no

alvo.

4.2 Disponibilidade mecânica (DM) e eficiência operacional (EO)

O cabeçote 1 apresentou uma DM de 90,6% e, portanto, bem superior ao cabeçote

2 que foi de 78,42%. As manutenções corretivas da máquina base e do cabeçote foram as

variáveis que mais impactaram na DM e, portanto, no desenvolvimento da atividade de

traçamento da madeira.

A figura 10 apresenta os dados referentes a disponibilidade mecânica dos

cabeçotes 1 e 2.
32

Figura 10 – Disponibilidade mecânica dos cabeçotes processadores avaliados

Disponibilidade mecânica
100%
90,60%
90%
78,42%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Cabeçote A Cabeçote B

Fonte: arquivo pessoal do autor.

A figura 11 apresenta os dados referentes a eficiência operacional dos cabeçotes 1 e 2.

Figura 11 – Eficiência operacional dos cabeçotes processadores avaliados

Eficiência operacional
100%
90%
80% 68,50%
70% 57,80%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Cabeçote A Cabeçote B

Fonte: arquivo pessoal do autor.


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Quanto a eficiência operacional o cabeçote 1 (68,5%) mostrou-se também superior ao

cabeçote 2 (57,8%), uma vez haver uma relação direta entre EO e DM. Os fatores que mais

impactaram a EO foram as atividades de abastecimento, transporte de máquinas e reuniões em

geral. DINIZ et al. (2018) e RODRIGUES et al. (2018) em seus estudos encontraram

também, resultados bem próximos aos valores encontrados nesta pesquisa.

4.3 Produtividade e consumo de combustível

Quanto a estes dois indicadores a tabela 3 apresenta os resultados referentes aos

processadores 1 e 2.

Tabela 3 – Dados médios de produtividade e consumo de combustível para os dois cabeçotes


processadores avaliados

Teste de
Anova
Bartlett
Variáveis
Média cabeçote 1 + Média cabeçote 2 + p
p valor Máquina base Máquina base valor
Consumo de combustível
( l.h-1 ) 0,8485 30,01 a 31,38 a 0,527
Produtividade (m3.h-1) 0,831 58,69 a 53,09 b 0,0323
Fonte: arquivo pessoal do autor. Médias seguidas da mesma letra não apresentam diferença significativa.

Verifica-se que estatisticamente o cabeçote processador 1 apresentou uma

produtividade média maior que o cabeçote processador 2 (58,69 m3.h-1 contra 53,09 m3.h-1,

respectivamente), representando um ganho de produtividade de 10,55%.

Quanto ao consumo médio da máquina, apesar do cabeçote processador 1 ter

gastado 4% menos combustível do que o cabeçote 2, não houve diferença significativa entre

os dois conjuntos mecanizados ao nível de 5% de significância.

Constatou-se assim que, o cabeçote processador 1 mostrou-se superior ao cabeçote 2

em termos de consumo por combustível e produtividade, além de um menor custo de

aquisição.
34
35

5 CONCLUSÃO

O acionamento do rolo e do sabre foram as atividades parciais que geraram maior

impacto na duração do ciclo operacional dos cabeçotes processadores avaliados.

O cabeçote processador 1 mostrou-se superior ao cabeçote 2, uma vez ter

apresentado maior disponibilidade mecânica, eficiência operacional, produtividade,

autonomia em combustível e, além disso, um menor custo de aquisição.

Portanto, o cabeçote processador 1 deve ser o preferido / adotado.


36
37

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23p. Monografia (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão Florestal) – Universidade
Federal do Paraná, 2014.
39

ANEXO

ANEXO A – PLANILHA DE CAMPO PARA COLETA DE DADOS

Fonte: Arquivo pessoal.

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